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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO SUL DE MINAS - CAMPUS POÇOS DE CALDAS

CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

DISPOSIÇÃO ESPACIAL DO TURISMO NA GEOGRAFIA URBANA

ADAUTO JOSÉ DA COSTA

POÇOS DE CALDAS

AGOSTO /2020
OBJETIVO

O objeto de estudo é a disposição espacial do fenômeno turismo em cidades próximas a centro


turísticos. A pesquisa visa elaborar um mapeamento da estrutura e atividade do turismo de
algumas cidades turística em minas gerais para compreender sua configuração no espaço. As
cidades selecionadas para esse estudo se encontram nas proximidades de Poços de Caldas
MG, Capitólio MG e Gonçalves MG A pesquisa recorta no turismo praticado por visitantes
que pernoitam na cidade e não pelo excursionista temporário. Para Organização Mundial do
Turismo (OMT), o turismo é uma modalidade de deslocamento espacial, que envolve algum
meio de transporte e ao menos uma noite de pernoite no destino. A pesquisa busca entender
através de dados quantitativos o real aspecto da ocupação espacial do fenômeno turismo.

Palavras chaves: Turismo, Poços de Caldas MG, geografia urbana e Capitólio MG Golçaves
MG
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Trata-se de uma pesquisa descritiva. Foram obtidos junto ao banco de dados ao site Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE e base de dados do Instituto de Pesquisas
Econômicas Aplicadas – IPEA. Utilizou imagens de satélite do Google.
Adotou-se na elaboração deste trabalho dados quantitativos do censo do IBGE de 2016,
referente ao número de leitos e estabelecimentos hoteleiros no cenário nacional. Utilizou-se o
software QGIS para transformação desdes dados em um mapa, para apresentar a disposição e
ocupação do espaço pelo fenômeno turismo e compreensão clara do estudo

“Não há produção que não seja produção do espaço, não há produção do espaço que
se dê sem o trabalho. Viver, para o homem, é produzir espaço” (Santos, 1996).

Com respeito a região de Capitólio, observou-se que o censo de 2016 não descreveu o numero
correto de unidades hoteleiras. Neste caso a pesquisa se direcionou para um mapeamento
manual atraves do google mapa, localizando cada unidade hoteleira e fixando suas
coordenadas para produção de um mapa da disposição real do turismo no espaço. Os mapas
originados pela empresa Google, são poluídos de propagandas, por isso optou-se para
compilação de um mapa limpo, para melhor estudo da atividade turistica na região. O recorte
temporal corresponde ao período entre 2016 a 2020.
RESULTADOS

Poços de Caldas, localizada na mesorregião do Sul e Sudoeste de Minas, segundo o


censo do turismo realizado pelo IBGE, possui uma estrutura de 19.000 leitos para demanda de
visitantes. Através da interpretação dos dados quantitativos do censo de 2016 com a
transformação em cartografia temática, observou-se que cidades próximas que não possuem
vocação turística se adaptaram para retroalimentar a demanda apresentada. Essas cidades
periféricas fornecem itens essenciais ao desenvolvimento da prestação de serviço ao visitante
como: hospedagem, gêneros alimentícios agrícolas e produtos artesanais locais, e outros. (fig.
1). Referente a região de Campos do Jordão-SP, observou-se atravé da elaborção do mapa
temático que o epicentro do turismo está localizado na cidade de Gonçalves MG. A
comparação quantitativa das unidades hoteleiras entre Gonçalves MG e Campos do Jordão
SP, corroborou-se que em comparação ao numero de habitantes, a cidade de Gonçalves
apresenta uma estrutura maior em relaçao a Campos do Jordâo (fig. 2). Na região de Capitólio
a disposição espacial é bem peculiar as demais já apresentadas. A pesquisa identificou o
numero de 105 pousadas ativas no local, enquanto o censo do IBGE apresentou o numero
inferior de 10 unidades. Observou-se que a disposição da estrutura hoteleira se situa
espacialmente nas proximidades da represa de Furnas. Atraves da pesquisa observou-se que a
grande atração turística são as belezas naturais do espaço. Com relação a região da represa de
Furnas, o grande atrativo é a paisagems produzida artificialmente que se destaca do relevo
típico de minas gerais. Isso foi comprovado na estrutura hoteleira que se encontra no espaço.

“não há produção que não seja produção do espaço, não há produção do espaço que
se dê sem o trabalho. Viver, para o homem, é produzir espaço” (Santos, 1996, p.107,
apud Cruz, 2007, p.8).
Figura 1: Região Poços de Caldas-MG

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO TURISMO

Aguas da Prata - SP
São João da Boa Vista-SP
Andradas - MG
Poços de Caldas - MG
Caldas - MG
Botelhos - MG
Bandeira do Sul - MG
dados_hotel2 Planilha1
Numero de Leitos
30 - 266
266 - 320
320 - 341
341 - 460
460 - 2055
2055 - 9017

Fonte: Compilação do autor


Figura 2: Região Campos do Jordão-SP

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO TURISMO - CAMPOS DO JORDÃO-SP

CIDADES
Brazópolis-MG
Gonçalves-MG
Sapucai-mirin-MG
Paraisópolis-MG
Piranguçu-MG
Camanducaia-MG
Campos do Jordão_SP
São Bento Sapucaí-SP

DENSIDADE LEITOS
temp3
30 - 30
30 - 30
30 - 314
314 - 3941
3941 - 10127
Região Campos do Jordão
30 - 30
30 - 30
30 - 314
314 - 3941
3941 - 10127

Fonte: Compilação do autor


Figura 3: Região Capitólio-MG

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO TURISMO - CAPITÓLIO-MG

CIDADES
São José da Barra-MG
Capitólio_MG
Passos_MG
São João Batista do Glória-MG
Piumhi-MG
Alpinópolis-MG
Guapé-MG
temp1
8 - 8
8 - 10
10 - 20
20 - 291
Guapé-MG

Fonte: Compilação do autor


Figura 4: Unidades Hoteleiras- Capitólio-MG

DISPOSIÇÃO ESPACIAL DO TURISMO EM CAPITÓLIO-MG


Unidades Hoteleiras
Represa de Furnas
capitolio_região

Fonte:Compilação do autor
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do resultado desta pesquisa corroborou-se a impossibilidade de uma cidade turística


atuar isoladamente no espaço geográfico. Um acomodamento e adaptação a esse fluxo de
atividade turística de cidades periféricas as cidades turíticas, é demonstrado pelos dados
quantitativos transformados em cartografia temática. Embora a atuação turística no espaço
geográfico entre Poços de Caldas e Capitólio sejam diferenciadas, a pesquisa apresenta que há
similaridade nos objetivos econômicos e culturais. Comprovou-se a consolidação de uma
estrutura que se retroalimenta para atender demanda do fenômeno turismo.

REFERENCIAS

CONTI, José Bueno. Ecoturismo: Paisagem e Geografia. In: RODRIGUES, Adyr B. (org.)
Ecoturismo no Brasil: Possibilidades e Limites. São Paulo: Editora Contexto, 2003, p. 59-69.

SANTOS, Mílton. A Natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo:
Hucitec, 1996. 308 p.

Número de leitos 8.163 – Fonte: IBGE – Pesquisa de Serviços de Hospedagem


2015

Fonte: IBGE – Pesquisa de Serviços de Hospedagem 2016


–numero de leitos 9.017
HOTÉIS E SIMILARES 68

RODRIGUES, A.B. Turismo e Geografia: Reflexões teóricas e enfoques regionais. São Paulo,
Hucitec, 1999.

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