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Fotossíntese:

Processo a partir do qual os organismos fotossintéticos convertem a matéria


mineral em matéria orgânica, utilizando energia luminosa. Realizada por plantas,
algas, bactérias e cianobactérias.

A equação geral da fotossíntese traduz-se por:

6 CO2+ 12 H2O ---- Luz e clorofila ----------> C6H12O6+ 6 O2+ 6 H2O

A água, o dióxido de carbono e a luz são fornecidos pelo ambiente, enquanto


as clorofilas e outras moléculas implicadas no processo são sintetizadas pelas
plantas.

Onde se encontram os pigmentos fotossintéticos ?

Cloroplasto:

• Dupla membrana de constituição idêntica á da membrana celular;


• A membrana interior invagina-se para o interior originando vesiculas
achatadas – lamelas e tilacoides – é na membrana dos tilacoides que se
encontram os pigmentos;
• As clorofilas- pigmentos fotossintéticos que captam a energia luminosa do Sol,
encontram-se nas membranas dos tilacoides dos cloroplastos;
• Conjunto de tilacoides empilhados originam um Granum;
• Conjunto de ganum/s denomina-se Grana;
• Os intergrana são as lamelas que unem os grana;
• Ligações entre dois Granums denomina-se Tilacoide intergranar ou membrana
intergranar;
• Estroma: matriz que envolve os tilacoides onde podem existir particulas de
amido;
• É na membrana de cada tilocoide que se dá a fotossintese;
• Espaço vazio entre tilacoides designa-se Lumen;
• Possui algum DNA.
Como captam os pigmentos fotossintéticos a energia luminosa ?

Os principais pigmentos fotossintéticos são as clorofilas (a,b,c e d), mas


existem, também, os carotenoides e as ficobilinas. Os diferentes pigmentos
fotossintéticos, como têm estruturas diferentes, completam-se na captação de
radiações com diferente comprimento de onda. As radiações mais eficientes para a
fotossíntese são as absorvidas pelos pigmentos nas faixas vermelho-alaranjada e
azul-violeta.
A fotossíntese compreende duas fases sucessivas:

• fase fotoquímica - dependente da luz;


• fase química - não dependente da luz;

Fase fotoquímica/ clara – ocorre na membrana do tilacoide :

1. A clorofila capta energia luminosa, fazendo com que esta fique oxidada
e por isso perde eletrões, passando consequentemente a reduzida.
Com isto ela fica instável e graças á rutura da molécula da água
( hidrólise ), esta ganha eletrões e protões fazendo-a ficas estável;
2. De seguida os eletrões cedidos vão passar por uma cadeia
transportadora, onde vai ocorrer a fosforilação do ADP, tornando-se
em ATP;
3. Em outro fotossistema, outra corolofila vai captar energia luminosa
fazendo com que fique oxidada e perca eletrões. Com isto ela fica
instável e graças aos eletrões vindos da cadeia transportadora volta a
ficar estável. O NADP que está oxidado vai receber eletrões passando a
NADPH reduzido.
Fase química/ escura/ Ciclo de calvin – ocorreno estroma:

1. Uma pentose ( ribulose-difosfato ) ( 5 carbonos e 2 fosfatos ) une-se


com CO2, formando um composto intermédio ( 6 carbonos e 2 fosfatos )
instável, que se separa em dois compostos com 3 carbonos e 1 fostato;
2. O composto com 3 carbonos e 1 fosfato vai ser fosforilizado, passando
o ATP a ADP e por isso doando um fosfato, formando o ácido
fosfoglicérico ( 3 carbonos e 2 fosfatos );
3. O ácido fosfoglicérico vai ser reduzido pelo NADPH, passando a
NADP+, cedendo um fosfato e formando o aldeido fosfoglicérico ( 3
carbonos e 1 fosfato );
4. No final de 12 PGAL, 2 são armazenados, sendo que os restantes vão
ser utilizados na regeneração do RUDP.
Quimiossíntese:

• Processo através do qual os organismos quimiossintéticos produzem


compostos orgânicos através de matéria mineral utilizando energia
química, diferindo portanto da fotossíntese quanto à origem primária da
energia necessária à formação de substâncias orgânicas;

Organismos quimiossintéticos: bactérias nitrificantes, bactérias ferrosas,


bactérias sulfurosas.

É possível distinguir duas fases no processo quimiossintético:

1. Formação de ATP's e NADPH's :

• Como na quimiossintese não é utilizada a energia luminosa


como fonte de protões e eletrões, então é utilizada a oxidação
de compostos minerais que libertam eletrões e protões que
vão ser transportados ao longo de uma cadeia, ocorrendo
fosforilação de ATP e redução de NADP

2. Ciclo de Calvin
O transporte nas plantas

Nos organismos complexos, como as plantas e os animais, a maioria das


células está bastante afastada das superfícies através das quais se estabelecem as
trocas com o meio exterior. Assim sendo, são necessários sistemas especializados
de transporte que apresentam diferentes graus de complexidade.

Translocação: movimento de água e solutos no interior da planta através dos


tecidos condutores

As plantas mais simples, não possuem sistemas de transporte; assim, o


movimento da água efetua-se por osmose e as substâncias dissolvidas movem-se
por difusão de célula a célula. Estas plantas designam-se de plantas avasculares.

As plantas que possuem sistemas de transporte especializados na condução


e distribuição das substâncias designam-se plantas vasculares.

Nas plantas vasculares existem dois tipos de tecidos de transporte: o xilema e


o floema, que estão localizados em todos os órgãos das plantas.

Xilema:
• também designado por lenho ou tecido traqueano;
• especializado na condução de água e sais minerais desde a raiz até aos
restantes órgãos das plantas;
• transporta a seiva xilémica ou seiva bruta ( água e sais minerais ).

Constituído por três tipo de células:

• Elementos condutores que são formados por elementos de vaso e


traqueídos: são células mortas com espessamentos nas paredes
laterais de lenhina, o que lhes confere rigidez. A sua principal função é
a condução de água e sais minerais. Os elementos de vaso
distinguem-se dos traqueídos, por possuírem perfurações.
• Fibras lenhosas: são células mortas muito longas e com paredes
espessas devido á deposição de lenhina. Têm função de suporte.
• Parênquima lenhoso: constituído por células vivas de paredes
celulares finas. Têm função de reserva.
Floema:
• também designado por líber ou tecido crivoso;
• especializado no transporte de água e de substâncias orgânicas,
resultantes da fotossíntese, desde as folhas até aos outros órgãos das
plantas;
• transporta a seiva floémica ou seiva elaborada ( água e substâncias
orgânicas ).

Constituído por quatro tipos de células:

• Células dos tubos crivosos: células vivas muito especializadas; estas


células ligam-se entre si topo a topo, e as paredes transversais, com
orifícios, constituem as placas crivosas. A principal função é a condução
de água e substâncias orgânicas.
• Células de companhia: células vivas que se situam perto das células
dos tubos crivosos, com as quais estabelecem ligações citoplasmáticas.
• Fibras: constituídas por células mortas com paredes espessas. A sua
principal função é a de suporte.
• Parênquima: constituído por células vivas de paredes finas pouco
diferenciadas. A sua função é de reserva.

É possível distinguir os diferentes órgãos das plantas pela disposição dos


tecidos condutores. O conjunto de células dos tecidos condutores denominam-se
feixes condutores.
Em cortes transversais de folhas, é possível distinguir uma região delimitada
pelas duas epidermes (superior e inferior), onde se situam os tecidos condutores e
tecido clorofilino, o mesófilo.

A epiderme da folha possui estomas, que são constituídos por duas células
labiais ou células guarda, que delimitam uma abertura chamada ostíolo, que
contacta com a câmara estomática.
Pelos estomas ocorrem as trocas indispensáveis à realização da fotossíntese
e a evaporação de grandes quantidades de água, que se designa transpiração.

Como se dá a abertura dos estomas ?


1. Os iões entram para as células-guarda por transporte ativo
2. A água das células circundantes entra para as células-guarda por
osmose
3. As células guarda ficam turgidas devido ao aumento de volume, e a
água exerce pressão sobre a parede celular ( pressão de turgência )
4. A região deslgada da parede das células-guarda, distende-se mais do
que a zona mais espessa o que provoca a abertura do ostiolo
Absorção de água e solutos – Absorção radicular

As plantas fazem a absorção de água e iões minerais, necessários para as


várias atividades das células, através do seu sistema radicular que apresenta pelos
radiculares, que são extensões das células epidérmicas que aumentam a área de
absorção.
A água desloca-se por osmose do solo para a raiz da planta. Relativamente
aos iões minerais, o tipo de transporte depende da sua concentração na solução do
solo, podendo ser por difusão simples (a favor do gradiente de concentração) ou por
transporte ativo (contra o gradiente de concentração).

Niveis de transporte

Transporte a curtas distâncias/ Transporte no xilema


A deslocação de água e sais minerais da epiderme da raiz ao xilema faz-se
por duas vias:
• Via simplasto ou intracelular: movimento através dos citoplasmas das
células, segundo um continuo estabelecido ao longo das
plasmodesmas.
• Via apoplasto ou extracelular: movimento através da matriz formada
pelas paredes celulares e pelos espaços intercelulares. Esta via coloca
menor resistência á deslocação de soluções
A seiva xilémica é constituída por água e iões minerais e o seu pH é ácido.

O transporte de seiva xilémica ao longo do xilema é um processo muito


rápido. A água movimentada através do xilema corresponde à água absorvida na
raiz, sendo grande parte dela perdida através da transpiração.

O transporte no xilema pode ser explicado por duas teorias: teoria da pressão
radicular e a teoria da tensão-coesão-adesão.

Teoria da pressão radicular:

• Devido á necessidade de haver uma manutenção do gradiente de


concentração entre o solo e a raiz é provocada um pressão osmótica
que força a entrada pela raiz, isto porque a raiz está hipertónica
relativamente ao solo, pois contém sais que entram por transporte ativo.
Devido ao meio estar hipertónico vai haver entrada de água por
osmose, que vai provocar uma acumulação de água no tecido que vai
provocar uma pressão, forçando-a a subir no xilema por capilaridade.

O efeito da pressão radicular pode ser observado em dois fenómenos


naturais: a exsudação e a gutação.

Exsudação: saída de seiva xilémica que se verifica em zonas de corte de


caules de certas plantas;
Gutação:libertação de seiva xilémica sob a forma líquida que ocorre ao nível
das folhas

Esta teoria apresenta algumas incongruências:


• a pressão radicular medida em diversas plantas não é suficiente para
explicar a ascensão de água até ao topo de certas árvores;
• determinadas árvores não apresentam pressão radicular;
• na maioria das árvores não são detetados fenómenos de exsudação e
gutação.

Teoria da tensão-coesão-adesão:
• Devido á transpiração pelos estomas vai haver uma perda de água e
consequentemente um aumento da concentração nas células do
mesófilo. Devido ao défice de água, as células do mesófilo encontram-
se em relação ao xilema hipertónicas, criando uma pressão negativa
que se chama tensão, levando ao aparecimento de novas moléculas de
água nas células que por forças de coesão se mantêm ligadas umas as
outras e por forças de adesão aderem ás paredes do xilema. A
ascenção da água cria um défice de água nas raizes fazendo com que
aumente a absorção da água e quanto maior for a transpiração mais
rápida é a ascenção.
Controlo da transpiração

Os estomas podem controlar a quantidade de água perdida por transpiração,


através da sua abertura ou fecho.

O fecho e abertura dos estomas dependem das alterações de turgescência


das células-guarda:
• se as células-guarda estão túrgidas, o estoma abre;
• se as células-guarda estão plasmolisadas, o estoma fecha;
• Se a luz aumenta , o estoma abre;
• se o pH diminui, o estoma fecha.

Transporte no floema

No caso do fluido floémico, e como não é possivel o estudo directo, utilizam-se


estudos indirectos, tais como :
• a aplicação de materiais radioactivos na raiz das folhas;
• o uso de afideos ( insectos que se alimentam do fluido floémico);
• a remoção do anel de malpigi desde a casca até ao cilindro
central.

O modelo mais aceite para explicar este transporte designa-se por Hipotese
do fluxo de massa.
Hipotese do fluxo de massa:
• A glicose é convertida em sacarose e esta passa para o floema por
transporte ativo. Por causa da sacarose há um aumento da
concentração nos tubos crivosos levando á entrada de água vindo do
xilema por osmose ficando as células turgidas. Esta pressão de
turgência faz com que a solução atravesse as placas crivosas. A
sacarose é retirada do floema por transporte ativo para locais de
consumo ou reserva. Por fim há um aumento da concentração de
sacarose nas células envolventes provocando a saida de água e
diminuindo a pressão de turgência.

Esta hipótese apresenta, no entanto, alguns aspetos que não consegue


explicar:

•a existência de um fluxo ascendente e outro descendente, simultaneamente


no mesmo tubo crivoso, em determinadas alturas do ano;
•a baixa pressão no tubo crivoso se comparada com a pressão necessária
para a seiva floémica conseguir ultrapassar os poros das placas crivosas.

O transporte nos animais

Nos animais mais simples, não existe um sistema de transporte especializado.


As trocas de substâncias realizam-se por difusão simples.
Nos animais mais complexos, existe um sistema de transporte especializado -
sistema circulatório, que é constituído por:

• fluido circulante como, por exemplo, sangue e hemolinfa;


• conjunto de vasos ou lacunas por onde o fluido circula;
• órgão propulsor do sangue, geralmente o coração.

Existem dois grupos de sistemas de transporte nos animais: sistema de


transporte aberto e sistema de transporte fechado.

Sistema de transporte aberto:

•O fluido circulante, neste caso a hemolinfa, abandona os vasos


sanguíneos e passa para lacunas, banhando directamente as células.
•Este sistema é constituído por um vaso dorsal e por um coração tubular
em posição dorsal, que possui válvulas internas e orifícios laterais – os
ostíolos.
•A hemolinfa, que circula nas lacunas, entra no coração através dos
ostíolos. Os ostíolos fecham, o coração contrai e a hemolinfa é
impulsionada para a aorta dorsal, passando desta para as lacunas. O
vaso dorsal relaxa, os ostíolos abrem e a hemolinfa entra para o coração.
Sistema de transporte fechado:

•O sangue circula sempre no interior de vasos sanguíneos.


•Um ou mais corações bombeiam o sangue para grandes artérias, que se
ramificam.
•Permite uma mais rápida e eficaz reposição e substituição de materiais.
•O sistema circulatório da minhoca é constituído por dois vasos – um
dorsal e um ventral, que estão ligados por vasos laterais, que se
ramificam constituindo uma rede de capilares. O vaso dorsal funciona
como um coração e existem ainda cinco corações laterais que
impulsionam o sangue do vaso dorsal para o vaso ventral.

O sistema fechado pode estar organizado de forma que a circulação seja


simples ou dupla.

Circulação simples: O sangue percorre um trajecto único, passando uma só vez no


coração.

Circulação dupla: O sangue percorre dois circuitos de circulação sanguínea:


• um do coração para os pulmões e de novo para o coração - circulação
pulmonar ou pequena circulação;
• outro do coração para todo o corpo e de novo para o coração -
circulação sistémica ou grande circulação.
A circulação dupla pode ser incompleta ou completa.

Circulação dupla incompleta:


• Ocorre uma mistura parcial de sangue venoso e arterial no ventrículo.
• Coração com três cavidades - duas aurículas e um ventrículo.

Circulação dupla completa:


• Não ocorre uma mistura de sangue venoso e arterial.
• Coração com quatro cavidades - duas aurículas e dois ventrículos.

Transporte nos Vertebrados:

Todos os vertebrados possuem um sistema circulatório fechado, que é


constituído por:

•um coração em posição ventral, dividido em cavidades;


•uma rede de vasos sanguíneos por onde circula o sangue:
•artérias e arteríolas, que transportam o sangue para fora do coração;
•capilares, que efectuam as trocas de substâncias com as células;
•veias e vénulas, que transportam o sangue para o coração.

As artérias possuem uma parede espessa e elástica que permite o transporte


de sangue a grande pressão; as veias apresentam uma parede mais fina e possuem
válvulas que impedem o recuo do sangue; e os capilares são formados apenas por
uma camada de células.
Peixes:
• Circulação simples.
• Coração com duas cavidades (uma aurícula e um ventrículo), onde
circula apenas sangue venoso no coração
• O sangue venose entra na auricula através de uma pequena dilatação
( seio venoso). A auricula contrai-se e o sangue impele para o
ventriculo. Por sua vez o ventriculo contrai e impulsiona o sangue para
fora do coração até atingit as brânquias. Nas branquias efetuam-se
trocas gasosas, sendo o sangue recolhido na artéria aorta que se
ramifica, conduzindo o sangue por todo o corpo.
Anfíbios:

•Circulação dupla incompleta.


•Coração com três cavidades (um ventrículo e duas aurículas), no qual pode
ocorrer mistura de sangue venoso com sangue arterial.
•A mistura completa do sangue não ocorre devido à não simultaneidade da
contração das duas aurículas.

Circulação pulmonar:
• Começa no ventriculo. O sangue passa do ventriculo para a artéria
pulmunar, até chegar aos pulmões. Nos pulmões o sangue é
oxigenado tranformando-se em sangue arterial. Volta para a auricula
esquerda pelas veias pulmonares

Circulação sistémica:
• Começa no ventriculo. Do ventriculo o sangue é bombeado para os
diferentes orgãos. Nos tecidos desses orgão o sangue passa de arterial
a venoso. No fim regressa as veias que terminam no seio venoso,
dando entrada na auricula direita
Répteis:

• Circulação dupla incompleta.


• Coração com três cavidades (duas aurículas e um ventrículo), no
entanto, já apresenta um septo interventricular incompleto. O coração
dos crocodilos apresenta quatro cavidades.
• A mistura de sangue venoso com o arterial é mínima, devido à anatomia
do coração e à não simultaneidade na contracção dos dois lados do
ventrículo.
Aves e mamíferos:

•Circulação dupla completa.


•Coração com quatro cavidades (duas aurículas e dois ventrículos), o que
impede a mistura do sangue venoso com o sangue arterial.
•A função do coração é gerar pressão para impulsionar o sangue através dos
vasos; o coração apresenta válvulas que impedem o retrocesso do sangue.

O coração executa um ciclo cardíaco, que consiste num período de


relaxamento denominado diástole, durante o qual o coração se encha de sangue, e
um período de contracção denominado sístole, que pode ser das aurículas – sístole
auricular, ou dos ventrículos - sístole ventricular.

Ciclo cardiaco:
1. Relaxamento das auriculas para a entrada de sangue
2. Contração das auriculas para a condução de sangue para cada um
dos ventriculos, sendo que a metade direita do coração é
atravessada com sangue venoso e a esquerda com sangue arterial

Circulação pulmonar:
3. Devido á contração do ventriculo direito o sangue é impulsionado para
os pulões através da artéria pulmonar;
4. Nos pulmões o sangue, neste caso venoso, percorre arteriolas e
capilares pulmonares onde ocorrem trocas gasosas e onde tornam o
sangue rico em oxigénio, passando a sangue arterial;
5. O sangue agora arterial pelas veias pulmonares regressa á auricula
esquerda.

Circulação sistémica:
3. Devido á contração do ventriculo esquerdo o sangue é impulsionado
para a artéria aorta;
4. Da artéria aorta derivam varios ramos que se ramificam e levam o
sangue para os restantes orgãos;
5. Na passagem por esses orgãos fazem-se trocas de substâncias, onde
também é consumido o oxigénio, passando de sangue arterial a
venoso;
6. O sangue agora venoso, pelas veias cavas regressa á auricula direita
Fluidos circulantes

Nos animais com sistema circulatório aberto, existe apenas um tipo de fluido
circulante – a hemolinfa.
Nos Vertebrados, existem dois tipos de fluidos circulantes - o sangue e a linfa,
que fazem parte do meio interno.

O sangue é constituído por elementos figurados - hemácias, leucócitos e


plaquetas sanguíneas – e plasma. O sangue circula no sistema circulatório
sanguíneo.

A linfa circula no sistema circulatório linfático, que é formado por:

•vasos linfáticos, que transportam a linfa;


•órgãos linfoides, que têm um papel importante na defesa do organismo.

A linfa que é constituída, essencialmente, por plasma e por leucócitos e que


banha directamente as células designa-se linfa intersticial. Quando a linfa é
recolhida para dentro dos vasos linfáticos designa-se linfa circulante.

Os fluidos circulantes permitem o intercâmbio de substâncias entre as células


e o meio.
Através dos fluidos circulantes:
• as células recebem nutrientes e oxigénio e lançam para o exterior,
produtos resultantes do metabolismo;
• ocorre a distribuição de calor para diferentes zonas do corpo, como
forma de regular a temperatura corporal;
• dá-se a remoção do dioxido de carbono, resultante da respiração celular
• o transporte de substâncias de celulas e anticorpos do sistema
imunitário, responsáveis pela defesa do organismo

Obtenção de energia

A energia é necessária para inúmeros processos biológicos, como, por


exemplo, a troca de substâncias com o meio, o movimento e a manutenção da
própria organização celular.

O metabolismo celular é o conjunto de reacções químicas que se efectuam


nas células. Nestas reacções podem considerar-se dois processos: o anabolismo e
o catabolismo.

Anabolismo: entende-se por o conjunto de reacções onde ocorre a formação de


moléculas complexas a partir de moléculas simples.

Catabolismo: entende-se por o conjunto de reacções em que moléculas complexas


são degradadas em moléculas mais simples, ocorrendo libertação de energia.
Existem duas vias catabólicas responsáveis pela transferência de energia de
compostos orgânicos para moléculas de ATP: a fermentação e a respiração aeróbia,
consoante as condições sejam de anaerobias (ausência de oxigénio) e aerobias
(presença de oxigénio), respectivamente.

Fermentação:

A primeira etapa de designa-se glicólise

Glicólise – dá-se no citoplasma:

Fase de ativação:
1. Inicia-se com a ativação da molécula da glicose, por duas moléculas de
ATP que vão doar 2 fosfatos, passando a ADP ( fosforilação );
2. É formado um composto intermédio instável ( 6 carbonos e 2 fosfatos –
frutose-difosfato ), que se separa em dois compostos, designados por
Aldeidos fosfoglicéricos ( 3 carbonos e um fosfato );
Fase de rendimento:
3. O aldeido é oxidado pelo NAD o que vai fazer com que ele perca
elatrões e esses vão servir para reduzir o NAD+;
4. De seguida dá-se a desfosforilação do ADP em ATP, havendo perda
do fosfato, sendo assim criado o Ácido piruvico ( 3 carbonos ).
No final da glicólise restam:
• duas moléculas de ácido pirúvico;
• duas moléculas de NADH;
• duas moléculas de ATP (formam-se quatro, mas dois são gastos na
activação da glicose).

A segunda etapa da ferentação designa-se por redução do piruvato

Redução do piruvato:

O ácido pirúvico em condições de anaerobias é reduzido pelo NADH (formado


durante a glicólise) formando diferentes produtos, consoante o tipo de fermentação.
Os dois tipos mais frequentes de fermentação são a alcoólica e a láctica.

• Na fermentação alcoólica, o ácido pirúvico é descarboxilado (perde


CO2), originando aldeído acético. Este é reduzido pelo NADH, formando
álcool etílico.
• Na fermentação láctica, não se verifica a descarboxilação do ácido
pirúvico. Este é reduzido pelo NADH, formando ácido láctico.

Na fermentação não há uma degradação completa dos compostos orgânicos


e, consequentemente, o rendimento energético é reduzido (2 ATP). O álcool etílico e
o ácido láctico são moléculas ricas em energia.
Respiração aeróbia:

A respiração aeróbia processa-se em quatro etapas: a glicólise, a formação da


acetil-CoA, o ciclo de Krebs e a fosforilação oxidativa e cadeia transportadora de
eletrões

Glicólise : ver a cima.

Formação de acetil-CoA – dá-se na matriz mitocondrial:


1. O ácido pirúvico proveniente da glicólise é descarboxilado e oxidade
( perda de CO2 e H+ );
2. A coenzima-A adere ao acetil, e o NAD é reduzido pelo H+ passadno a
NADH+, sendo assim formado a Acetil-coenzima-A.

Produtos finais (por molécula de glicose):


• duas moléculas de acetil-CoA;
• 2 NADH e H+;
• 2 CO2.
Ciclo de Krebs – dá-se na matriz mitocondrial
1. União entre a acetil-coenzima-A com o ácido oxaloacético e “ retirada “
da coenzima A, formando-se o ácido citrico ( 6 carbonos )
2. O ácido citrico é descarboxilado e oxidado pelo NAD, libertando um H
que vai reduzir o NAD passando a NADH+, ( formando um composto
com 5 carbonos );
3. O composto é descarboxilado e oxidade pelo NAD, libertando um H que
vai reduzir o NAD passando a NADH+ ( formando um composto com 4
carbonos );
4. Dá-se a fosforilação do ADP passando a ATP, e o composto é
oxidado pelo FAD, libertando dois H's que vão reduzir o FAD
passando a FADH2;
5. O composto é oxidado pelo NAD, livertando um H que vai reduzir o
NAD, passando a NADH+, formando-se assim de novo o ácido
oxaloacético.

Produtos finais (por molécula de glicose):


• 2 ATP;
• 6 NADH e H+;
• 2 FADH2
• 4 CO2.
Fosforilação oxidativa e cadeia transportadora de eletrões – dá-se nas
cristas da mitocôndria:
• cedência dos electrões do NADH e do FADH2 a uma cadeia
transportadora de electrões, ordenados de acordo com o seu potencial
• produção de ATP, por fosforilação oxidativa;
• formação de H2O por aceitação dos electrões e dos protões (iões de
hidrogénio), pelo oxigénio (último aceitador de electrões da cadeia
respiratória);

Produtos finais (por molécula de glicose):


• H2O;
• 32 ou 34 ATP;
• calor.
Na respiração aeróbia os compostos orgânicos são degradados até
compostos inorgânicos muito simples, H2O e CO2, o rendimento energético, é
portanto elevado.

A equação geral da respiração aeróbia traduz-se por:

C6H12O6 + 36Pi + 36ADP à 6 CO2 + 36ATP + 42 H2O

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