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por
Orientador científico:
Prof. Doutor Amadeu Leão Rodrigues
Lisboa, 2006
i
Agradecimentos
Quero antes de mais expressar a minha gratidão ao Prof. Doutor Amadeu Leão
Rodrigues pela disponibilidade demonstrada no decorrer do trabalho e todo apoio prestado.
Agradecimento à minha empresa Delphi Automotive Systems – Portugal S.A., por me ter
possibilitado a inscrição no Mestrado de Engenharia Electrotécnica e de Computadores ao
abrigo do protocolo existente entre as duas instituições. De destacar ainda, o facto de a Delphi
ter facilitado a utilização de instrumentação de medida, através da qual foi possível extrair os
elementos fundamentais para a realização deste trabalho.
Aos professores que me sensibilizaram para área de Máquinas Eléctricas, no decorrer dos
meus estudos no Instituto Politécnico de Setúbal, Doutor Manuel Gaspar e Doutor Jorge
Esteves.
Finalmente quero agradecer à minha mulher que me soube transmitir uma palavra de
força e coragem para ultrapassar algumas dificuldades encontradas durante o tempo de
elaboração deste trabalho.
Sumário
Sumário em Português.
Abstract
From Park equations is intended to create the machine model of salient pole rotor with
damping windings and to foresee its running in transitory regime.
The objective of the dissertation is to establish the generalized theory of the synchronous
machine in transitory regime and to perform the laboratorial experiments in order to get the
short circuit symmetrical currents, phase to phase and phase to neutral. From these study it is
possible to get the transitory time constants and transitory reactances of the machine.
The knowledge of these constants is very important for the design of the protections of
the alternator.
Dedicatória
Esta dissertação é dedicada à minha mulher e aos meus filhos, que ficaram privados
da minha presença ao longo de muitas horas para que este trabalho pudesse ser uma
realidade.
Simbologia e Notações
''
Td0 - Constante de tempo subtransitória do enrolamento do eixo directo [s]
em circuito aberto.
Tq'' - Constante de tempo subtransitória do enrolamento do eixo [s]
quadratura em curto circuito.
Tq''0 - Constante de tempo subtransitória do enrolamento do eixo [s]
quadratura em circuito aberto.
Tkd - Constante de tempo do enrolamento do eixo amortecedor eixo [s]
directo.
Tkq - Constante de tempo do enrolamento do eixo amortecedor eixo [s]
quadratura.
'' - Corrente Subtransitória do eixo directo [A]
I d
I d' - Corrente Transitória do eixo directo [A]
Id - Corrente Síncrona do eixo directo [A]
I q'' - Corrente Subtransitória do eixo quadratura [A]
Índice
Pag.
Capítulo 1 – Breve Descrição Máquina Síncrona Trifásica ......................... 1
1.1 - Constituição da Máquina Síncrona Trifásica.................................................. 1
1.1.1 - Máquina Síncrona com Rotor Cilíndrico................................................. 2
1.1.2 - Máquina Síncrona de Pólos Salientes...................................................... 2
1.2 - Princípio de Funcionamento da Máquina Síncrona........................................ 8
1.2.1 - Equação Vectorial da Máquina Síncrona de Rotor Cilíndrico................. 8
1.2.2 - Equação vectorial da Máquina Síncrona de Rotor de Pólos Salientes..... 13
1.2.3 - Variação da Reactância em Função da Posição do Rotor........................ 14
1.2.4 - Ensaio de Escorregamento para Determinação de Xd e Xq...................... 16
A máquina síncrona trifásica é constituída por três enrolamentos, cujos eixos magnéticos
estão desfasados de 120º eléctricos, que constituem o estator. No seu interior existe o rotor
que produz um fluxo magnético estático criado por um corrente continua (excitação).
Esta máquina como todas as máquinas eléctricas é reversível, isto é fornecendo energia
mecânica ao veio do rotor, colocando-o a rodar com uma velocidade angular ω esta máquina
converte a energia mecânica em energia eléctrica no estator (gerador ou alternador);
alternativamente, alimentando o estator com um sistema trifásico de tensões, fornecendo-
lhe energia eléctrica a máquina converte-a em energia mecânica (motor) que surge no seu
veio.
Como se pode observar na figura 1.2 este tipo de rotor é feito de uma só peça cilíndrica
ao longo da qual são abertas cavas a receber os enrolamentos do campo indutor.
A figura 1.3, permite ter uma ideia dos dois tipos de máquina, com a de pólos salientes
em cima e a de rotor cilíndrico em baixo. Os aspectos construtivos mais marcantes podem ser
aqui observados para máquinas com a mesma potência.
Terminais de
Núcleo do Permutadores saída
estator de calor
Base
Enrolamentos
do estator
Rolamento
Veio Pólos do de apoio
Ventoinha
rotor Excitador
Brushless
Excitador Núcleo do
Brushless Enrolamentos
do estator estator
Nas figuras 1.4 e 1.5, podem ser comparados os dois tipos de rotores de máquinas
síncronas, em que na primeira está representado o rotor cilíndrico e na segunda o de pólos
salientes. Tendo o mesmo volume prismático D12 l1 = D22 l 2 , então as duas máquinas têm
potências equivalentes.
D1
l1
l2
D2
Fig. 1.5 - Gerador síncrono hexapolar de rotor de pólos salientes (hidroalternador) D2 > l2
Np
f = (1.1)
60
ser observada na figura 1.6, a máquina síncrona de pólos salientes, também conhecida por
hidroalternador, onde a quantidade de pólos é sempre superior podendo ser cinco vezes mais.
Por ser normalmente accionada por uma turbina hidráulica a máquina com pólos salientes
é também conhecida por hidroalternador. Este tipo de hidroalternador é normalmente
instalado em grandes barragens como Castelo de Bode, Alqueva, etc. A figura 1.7 mostra
uma máquina deste tipo vista em corte. Este tipo de máquina possui também uma excitatriz
que é uma máquina de corrente continua que serve para excitar o circuito indutor do rotor
através de dois anéis exterior montados no veio do rotor e obviamente isolados. A corrente de
excitação é injectada através de duas escovas que assentam nos anéis do rotor. A excitatriz
está também directamente acoplada ao mesmo veio do gerador e da turbina. Posto isto, pode-
se passar para a representação esquemática da máquina síncrona representada na figura 1.7.
A
B C
Excitatriz
Aneis
+
Pmec Rotor
G
If
Escova -
Rotor
Estator
Fig. 1.8 – Pormenor de construção do estator e do rotor
Enrolamento
amortecedor
Núcleo
Na figura 1.10 pode observar-se um rotor de pólos salientes com as respectivas barras do
enrolamento amortecedor.
Fig. 1.10 - Perspectiva do rotor com 24 pólos salientes e dos enrolamentos amortecedores
Por simplicidade vai ser considerada a máquina síncrona de rotor cilíndrico por ter um
entreferro constante, a distribuição da densidade de fluxo magnético ao longo da periferia do
rotor, ou do entreferro é sinusoidal. Este campo com o rotor parado é estacionário, semelhante
a um magneto permanente com um pólo norte e um pólo sul.
Quando o rotor for animado com movimento de rotação, o que se observa num
determinado ponto da periferia do estator, ou do entreferro, é um campo magnético de
intensidade variável entre dois máximos de sentidos opostos. Assim estão reunidas as
condições para a formação do campo girante. Este campo girante, vai induzir f.e.m.s nos
enrolamentos do estator. Em vazio as tensões aos terminais têm a forma indicada na figura
1.11.
Quando o rotor estiver parado em relação ao estator, não há variação de fluxo e portanto
não existe f.e.m. induzida, mesmo que o rotor esteja excitado.
Umax
ωt
Uc
Ub
U aU
a
0 60 120 180 240 300 3600 α = ωt
Ub
Uc
Pretende-se estabelecer uma equação que relacione a tensão U aos terminais da máquina
em função da velocidade angular ω do rotor, da corrente de excitação I f e da corrente de
carga I debitada sobre um circuito de utilização Z u . Para isso vai ser considerado o esquema
de ligações simplificado representado na figura 1.12, em que o gerador alimenta uma carga
simétrica Z u . Aplicando a lei geral de indução ao caminho fechado γ no estator.
resulta,
v∫ (
d Ψ1 ⎛ d Ψ1R d Ψ1E ⎞
t
)
E , d γ = i1r1 + U1 = −
dt
= −⎜
⎝ dt
+
dt ⎟⎠ (1.2)
i1
A
r1 γ Zu
L11 U1
Estator Circuito de Carga
N
B C i2 Zu
i3
Zu
α φr
ω
Rotor
+ -
if
Fig. 1.12 - Máquina síncrona simplificada
em que,
Ψ1R = I R + LR1
em que I R é a corrente do rotor e LR1 é o coeficiente de auto indução entre o rotor e a fase 1.
Como o rotor está animado de rotação com uma velocidade angular ω , LR1 não é
constante mas terá uma expressão do tipo,
em que α 0 é o ângulo que o eixo magnético do rotor e da fase 1 do estator formam entre si no
instante da origem dos tempos.
d Ψ1
− = I R ωLR1max sen(α 0 + ωt ) = E0sen(α 0 + ωt ) (1.4)
dt
Analisado o estator em carga têm-se que Ψ1E é o fluxo ligado com a fase 1 do estator
devido às correntes que percorrem o estator, ou seja
Em que L21 e L31 são os coeficientes de indução mútua entre a fase 1 e as fases 2 e 3
respectivamente.
Num sistema trifásico sem neutro existe a seguinte relação de correntes,
i1 + i2 + i3 = 0 donde i3 = −i1 − i2
Simplificando,
Considerando-se que o circuito magnético da máquina é simétrico e L21 = L31 , sendo L11
o coeficiente de indução relativo ao fluxo principal que liga a bobina 1 com a 2 e 3 e λ o
coeficiente de indução relativa ao fluxo de dispersão. Como os eixos magnéticos fazem um
ângulo de 120° entre si,
1
L31 = LM cos (120º ) = l11 cos (120º ) = − l11 (1.7)
2
⎛3 ⎞
Ψ1E = i1 ⎜ l11 + λ ⎟ = i1L+
⎝2 ⎠
3
Considerando-se L+ = l11 + λ , coeficiente de auto-indução trifásico, a f.e.m. induzida
2
na fase 1 então devido ao fluxo produzido pelas 3 correntes estatóricas é dado por,
d Ψ1E di
− = − L+ 1 (1.8)
dt dt
di
iR + U = E 0 e j ωt − L+
dt
ou,
di j ωt
U + L+ + iR = E0 e (1.9)
dt
E0 = U + r I + jωL+ I E0 = U + r I + jωL+ I
ou,
E0 = U + ( r + jX + ) I (1.10)
⎛3 ⎞
X + = ωL+ = ω ⎜ l11 + λ ⎟
⎝2 ⎠
⎛ 3 ⎞
onde X + = ωL+ = ω ⎜ l11 + λ ⎟ (1.11)
⎝2 ⎠
A equação (1.10) pode traduzir-se pelo esquema da figura 1.13, onde E0 = I R ωLR1max é
a amplitude da f.e.m. induzida no estator .
X+
ωL+ r I
ω
ΨR
IR
~ E0 Ec U
Zu
Quando a máquina está em carga, a f.e.m. existente na máquina não é E0 mas sim Ec
f.e.m. em carga o fluxo resultante na máquina não é Ψ R mas sim,
Ψ res = Ψ R + Ψ C
U = E0 − ( r + jX + ) I (1.13)
j ω l+ I
E0
ΨC
EC
Ψ res
ΨR jX + I
δ U j ωλ I
ϕ
rI
onde
ϕ - desfasagem
δ - ângulo de carga
X + - reactância síncrona
Uma vez que a reactância do estator de uma máquina de pólos salientes varia com a
posição angular do rotor, Blondel resolveu o problema decompondo a reactância X ( β ) em
duas componentes X d segundo o eixo directo do rotor e X q segundo o eixo quadratura, de
acordo com a representação da figura 1.15. O mesmo acontece em relação à corrente I do
estator que se pode decompor em duas componentes I d e I q tal que I = I d + I q .
Com esta decomposição a equação vectorial de máquina escreve-se,
E 0 = U + rE I + jX d I d + jX q I q (1.14)
Como o fluxo do rotor φr tem a direcção do eixo directo, a f.e.m. E 0 , está desfasada
dele de 90º em atraso e portanto situada no eixo quadratura.
Desprezando a resistência rE do estator em face das reactâncias, o diagrama pode
simplificar-se eliminando os vectores rE I ,
rE I d e rE I q .
Iq
Id
Xd
Xq
(d) ( )
j Xd − Xq I d
φr jX q I q
E0
jX q I
δ rE I q
U rE I d jX d I d
(q) ϕ rE I
θ I
Id
Iq
E 0 = U + rE I + jX d I d + jX q I − jX q I d
ou ainda ,
E 0 = U + rE I + jX d I d + j X d − X q I d( ) (1.15)
Numa máquina síncrona de pólos salientes como ilustra a figura 1.17 a reactância dos
enrolamentos varia com a posição angular β do rotor.
β
Eixo magnético
do enrolamento
Eixo directo
ou quadratura
A figura 1.18 a) mostra o fluxo segundo o eixo directo e a figura 1.18 b) o andamento do
fluxo segundo o eixo quadratura.
Permeância
(d) Máxima (q)
Permeância
Mínima 90º
(q) (d)
Como se pode observar destas figuras a permeância segundo o eixo directo é maior que a
permeância segundo o eixo quadratura. Então os coeficientes de auto-indução são,
X (β)
Xd
Xq
Xq
α=
Xd
que vale α < 1 para um rotor de pólos salientes. O valor de α representa, o grau de saliência
do rotor, para α = 1 é o caso da máquina de rotor cilíndrico.
U
Xd =
I min
Para determinar X q , bastava colocar o eixo directo do rotor em quadratura com o campo
girante, como indica a figura 1.20 b). Desprezando a resistência a reactância quadratura viria
U
Xq =
I max
I min I max
ω ω
ω
ω
U U
Campo girante
Este ensaio é difícil, senão impossível de pôr em prática porque não se consegue colocar
o rotor rigorosamente em tais condições exactas. Na prática, para contornar esta dificuldade, é
usual fazer o chamado Ensaio de Escorregamento.
O ensaio de escorregamento consiste em aplicar ao estator, por intermédio de um
autotransformador, um sistema trifásico simétrico de tensões reduzidas (na ordem de 20 a
30% da tensão nominal a fim de proteger os enrolamentos da máquina) e com o rotor em
aberto colocá-lo a rodar com uma velocidade muito próxima da do campo girante do estator e
no mesmo sentido.
u
i Saída da imagem da
corrente para Osciloscópio
Saída da tensão
para o Estator
Oscilocópio
ωr = ωg ± ∆ω Máquina de
accionamento
Rotor
er
Fig. 1.21 – Esquema de ligações do ensaio de escorregamento
U U min
X d = max Xq =
I min I max
f.e.m.
0 π 2π
induzida
er
Tensão
Simples u U min U max
Xq
Xd
O presente capítulo tem por objectivo explicar a conversão do sistema trifásico num
sistema bifásico, onde se irá basear todo o estudo de da máquina síncrona.
Supondo que os três enrolamentos a, b e c, têm N/3 espiras por fase e os enrolamentos
peseudo-estacionários (d, q) têm N/2 espiras por fase, então temos as condições necessárias e
suficientes para relacionar os dois sistemas que permite considerá-los equivalentes.
De uma forma geral podemos assumir que as correntes i a , i b e i c constituem um sistema
trifásico assimétrico que pode ser decomposto em três sistemas, Directo, Inverso e
Homopolar.
A componente homopolar significa que as correntes dos três enrolamentos estão em fase,
sendo a sua equação,
1
i0 = (ia + i b + ic)
3
Quando esta corrente percorre os três enrolamentos a, b e c, não produz nenhum campo
no entreferro da máquina, porque está em fase nos três enrolamentos.
N N N ⎛ 2π ⎞ N ⎛ 4π ⎞
id = i a cos (θ ) + i b cos ⎜ θ − ⎟ + i c cos ⎜ θ − ⎟
2 3 3 ⎝ 3 ⎠ 3 ⎝ 3 ⎠
N N N ⎛ 2π ⎞ N ⎛ 4π ⎞
i q = i a sen (θ ) + i b sen ⎜ θ − ⎟ + i c sen ⎜ θ − ⎟ (2.1)
2 3 3 ⎝ 3 ⎠ 3 ⎝ 3 ⎠
1
i 0 = (i a + i b + i c)
3
2⎛ ⎛ 2π ⎞ ⎛ 4π ⎞ ⎞
i d = ⎜ i a cos (θ ) + i b cos ⎜ θ − ⎟ + i c cos ⎜ θ − ⎟
3⎝ ⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠ ⎟⎠
2⎛ ⎛ 2π ⎞ ⎛ 4π ⎞ ⎞
i q = ⎜ i asen (θ ) + i bsen ⎜ θ − ⎟ + i csen ⎜ θ − ⎟
3⎝ ⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠ ⎟⎠
1
i0 = (i a + i b + i c )
3
⎡id ⎤ 2 ⎡ 2π 4π ⎤ ⎡ ia ⎤
⎢ id ⎥ = 3 ⎢ cos(θ ) cos(θ − 3 ) cos(θ − 3 ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
(2.2)
⎢i ⎥ ⎢sen(θ ) sen(θ − 2π ) sen(θ − 4π ) ⎥ ⎢ ⎥
⎢ q⎥ ⎢ ⎢ ib ⎥
3 3 ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢i0 ⎥ ⎢ 1 1 1 ⎥ ⎢i ⎥
⎢⎣ ⎥⎦ ⎢⎣ 2 ⎥⎦ ⎢c⎥
2 2 ⎣ ⎦
1
i0 = (i a + i b + i c ) = 0
3
2⎛ ⎛ 2π ⎞ ⎛ 4π ⎞⎞
i d = ⎜ i a cos (θ ) + i b cos ⎜ θ − ⎟ + i c cos ⎜ θ − ⎟⎟ (2.3)
3⎝ ⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠⎠
2⎛ ⎛ 2π ⎞ ⎛ 4π ⎞ ⎞
i q = ⎜ i asen (θ ) + i bsen ⎜ θ − ⎟ + i csen ⎜ θ − ⎟ (2.4)
3⎝ ⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠ ⎟⎠
2⎛ ⎛ 2π ⎞ ⎛ 4π ⎞⎞
i d cos (θ ) = ⎜ i a cos 2 (θ ) + i b cos (θ ) cos ⎜ θ − ⎟ + i c cos (θ ) cos ⎜ θ − ⎟⎟ (2.5)
3⎝ ⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠⎠
2⎛ ⎛ 2π ⎞ ⎛ 4π ⎞ ⎞
i qsen (θ ) = ⎜ i a sen 2 (θ ) + i bsen (θ ) sen ⎜ θ − ⎟ + i csen (θ ) sen ⎜ θ − ⎟ (2.6)
3⎝ ⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠ ⎟⎠
Esta relação só é válida quando a corrente homopolar é nula (caso do presente estudo)
O sistema trifásico pode ser representado, pelas três fases ia , ib e ic , forma,
i a = i d cos (θ ) + i q se n (θ ) + i c
⎛ 2 ⎞ ⎛ 4 ⎞
i b = i d cos ⎜ θ − π ⎟ + i q se n ⎜ θ − π ⎟ + i c (2.8)
⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠
⎛ 2 ⎞ ⎛ 4 ⎞
i c = i d cos ⎜ θ − π ⎟ + i q se n ⎜ θ − π ⎟ + i c
⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠
⎡ ia ⎤ = ⎡ cos(θ) sen(θ) 1 ⎤ ⎡ id ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎛ 2π ⎞ ⎛ 4π ⎞ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ib ⎥ ⎢ cos ⎜ θ − ⎟ sen ⎜ θ − ⎟ 1 ⎥ ⎢iq ⎥
⎢ ⎥=⎢ ⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠ ⎥⋅⎢ ⎥ (2.9)
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ cos ⎛ θ − 2π ⎞ sen ⎛ θ − 4π ⎞ 1⎥ ⎢ ⎥
⎢ic ⎥ ⎢ ⎜⎝ 3
⎟
⎠
⎜
⎝ 3
⎟ ⎥ ⎢ i0
⎠ ⎦ ⎣ ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
⎡ ⎤ 2⎡ ⎛ 2π ⎞ ⎛ 4π ⎞ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ ed ⎥ = ⎢ cos(θ ) cos ⎜ θ − ⎟ cos ⎜ θ − ⎟ ⎥ ⎢ ed ⎥
⎢ ⎥ 3⎢ ⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎛ 2π ⎞ ⎛ 4π ⎞ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ eq ⎥ = ⎢ sen(θ ) sen ⎜ θ − ⎟ sen ⎜ θ − ⎟ ⎥ ⋅ ⎢ eq ⎥ (2.10)
⎢ ⎥ ⎢ ⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ 1 1 1 ⎥ ⎢ ⎥
⎢ e0 ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ e0 ⎥
⎣ ⎦ ⎣ 2 2 2 ⎦ ⎣ ⎦
⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ ea ⎥ = ⎢ cos(θ) sen(θ) 1⎥ ⎢ ed ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎛ 2π ⎞ ⎛ 4π ⎞ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ eb ⎥ = ⎢ cos ⎜ θ- ⎟ sen ⎜ θ- ⎟ 1⎥ ⋅ ⎢ eq ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎛ 2π ⎞ ⎛ 4π ⎞ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ec ⎥ ⎢ cos ⎜ θ- ⎟ sen ⎜ θ- ⎟ 1⎥ ⎢ e0 ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠ ⎦ ⎣ ⎦ (2.17)
Com base na transformação de Park apresentada no capítulo anterior, vão ser deduzidas
as equações da máquina síncrona de pólos salientes com enrolamentos amortecedores em
regime transitório.
A máquina síncrona generalizada é representada na figura 3.1.
(q)
KQ ukq
ikq
M qkq
ω
Q uq
iq
M df M fkd
D F KD (d)
id
if ikd
ud uf ukd
Desta resulta que se podem extrair as figuras 3.2 e 3.3, que representam respectivamente
os circuitos equivalentes do eixo directo e eixo em quadratura. Estas representações
esquemáticas reflectem os modelos matemáticos da máquina síncrona, para o eixo directo e
em quadratura.
id sla Uf v iq sla
f
slkq
slkd slf
Fig. 3.2 - Circuito equivalente do eixo directo Fig. 3.3- Circuito equivalente do eixo em quadratura
Ld = Lmd + la
Lf = Lmd + lf
Lkd = Lmd + lkd (3.1)
Lq = Lmq + lkq
Lkq = Lmq + lkq
( )
ukd = 0 = ⎡ rkq + L mq +lkq s ⎤ ikq + Lmd s iq
⎣ ⎦
ψ q ( s ) = L mq if + Lmq ikq + ( L mq +la ) iq
[( )
A = Ψ d (s ) r f + (L md + l f )s (r kf + (L md + l kd )s ) − (L md )2 (s )2 + ] (3.5)
[
+ v f (s )(L md )2 s − L md (r kd + (L md + l kd )s ) ]
Voltando a factorizar por forma que a expressão fique do tipo τ= L/R ou seja em ordem à
constante de tempo do enrolamento, resulta
Assim sob esta estrutura podem determinar-se algumas das seguintes constantes de tempo
fundamentais:
L +l
T1 = T 'd0 = md f =
1
( X md + X f ) (3.7)
rf ωrf
L +l
T2 = T 'q0 = md kd =
1
( X md + X kd ) (3.8)
rkd ωrkd
1 ⎛ Lmd lf ⎞ 1 ⎛ X md X f ⎞
T3 = T 'd0
' = ⎜⎜ l kd + ⎟⎟ = ⎜⎜ X kd + ⎟⎟ (3.9)
rkd ⎝ Lmd + Lf ⎠ ωrkd ⎝ X md + X f ⎠
l X
Tkd = kd = kd (3.10)
rkd ωrkd
⎡ ⎤ (3.11)
A = rf rld ⎢ 1 + (T1 + T2 )s + T1T3s 2 ⎥ Ψd (s ) − Lmd rkd (1 + Tkd s )vf (s )
⎣⎢ ⎦⎥
ou ainda,
A = rf rkd Lmd + rf rkd la + rf Lmd la s + rf lkd Lmd s + rf lkd la s + Lmd rkd la s + Lmd lkd la s 2 +
+ lf rkd Lmd s + lf rkd la s + lf Lmd la s 2 + lf lkd Lmd s 2 + lf lkd la s 2
⎡ ⎤
B = (Lmd + la )⎢[rf + (Lmd + l f )s ] [rkd + (Lmd + l kd )s ]⎥ − Lmd 2 s 2 −
⎣⎢ ⎦⎥
[ ] [
− Lmd s Lmd rf + Lmd ( Lmd + lf ) s − Lmd 2 s + Lmd s Lmd 2 s − Lmd rkd − Lmd (Lmd + l kd )s ]
(3.12)
ou ainda,
1 Lmf l kd + Lmd la + l kd la 1 ⎛ L l ⎞ 1 ⎛ X md X a ⎞
T5 = = ⎜⎜ l kd md a ⎟⎟ = ⎜⎜ X kd + ⎟⎟ (3.16)
rkd Lmd + la rkd ⎝ Lmd + la ⎠ ωrkd ⎝ X md + X a ⎠
1 ⎛ 1 X md X f X a ⎞
T6 = T 'd' = ⎜⎜ + ⎟⎟ (3.17)
ωrkd ⎝ ωrkd X md X f + X md X a + X f X a ⎠
⎡1 + (T + T ) s + T T s 2 ⎤ ⎡ 1 + Tkd s ⎤ L u (s)
Ψd ( s ) = ⎢ 4 5 4 6
⎥ Ld id ( s ) + ⎢ ⎥ md f (3.20)
⎣⎢ 1 + (T1 + T2 ) s + T1T3 s ⎦⎥ ⎣⎢1 + (T1 + T2 ) s + T1T3 s ⎦⎥
2 2 rf
1 1
Ψd ( s ) = X d ( s )id ( s ) + G ( s )uf ( s ) (3.21)
ω ω
onde,
1 + (T4 + T5 ) s + T4T6 s 2
X d ( s) = Xd (3.22)
1 + (T1 + T2 ) s + T1T3s 2
1 + Tkd s X md
G ( s) = (3.23)
2
1 + (T1 + T2 ) s + T1T3 s rf
LLmq Ψ q ((ss))
Ψ
mq q C (3.24)
iqq((ss)) = =
rkd + ( Lmq + lkq ) s Lmq s D
Lmq Lmq + l
a
[ (
C = rkq + Lmq + l kq s Ψq ( s) )] (3.25)
donde,
Ψq (s)= ⎣
kq mq a ( )(
⎡r L +l + L l + L l +l l s ⎤
mq a mq kq kq a ⎦
iq ( s )
)
⎡ rkq + Lmq lkq s ⎤
⎣ ⎦ ( )
que ainda se pode escrever na forma
1⎛ Lmq la ⎞
1+ ⎜ lkq + ⎟
⎜
rkq Lmq + la ⎟
Ψ q ( s ) = Lq ⎝ ⎠ i ( s) (3.29)
1 q
1+ (lkq + Lmq ) s
rkq
Assim será,
1 ⎛ Lmqla ⎞ 1 ⎛ X mq X a ⎞
T ''q = ⎜ lkq + ⎟= ⎜ X kq + ⎟ (3.30)
rkq ⎜⎝ Lmq + la ⎟ ωrkq ⎜
⎠ ⎝ X mq + X a ⎟
⎠
T ''q 0 =
1
rkq
(lkq + Lmq =
1
ωrkq
) (
X kq + X mq ) (3.31)
1 + T ''q
Substituindo (3.30) e (3.31), em Ψ q ( s ) = Lqiq ( s ) (3.32)
1 + T ''q 0
obtém-se,
1
Ψ q ( s) = X q ( s )iq ( s ) (3.33)
ω
onde,
1 + T ''qs
X q ( s) = Xq (3.33)
1 + T ''q 0s
Os parâmetros das máquinas que são fornecidos pelos construtores, são em regra geral as
reactâncias, resistências e constantes de tempo que normalmente derivam de medidas feitas ao
enrolamento do estator. O método mais comum para extrair os parâmetros necessários da
máquina, com um grau de confiança elevado é através dos oscilogramas de curto-circuito das
correntes do estator. Este obtém-se quando se aplica um curto-circuito simétrico ao estator
quando este está previamente em vazio e com a corrente de excitação e campo constante.
Em torno da envolvente de corrente contínua, uma porção do curto-circuito tipicamente é
representado por dois períodos de amortecimento distintos. Estes denominam-se por período
sub-transitório e transitório.
O período sub-transitório refere-se aos primeiros ciclos do curto-circuito, quando a
corrente se amortece muito rapidamente, atribuído essencialmente a variações de corrente nos
enrolamentos amortecedores. A taxa de amortecimento de corrente no período transitório é
mais lenta e é atribuída a variações das correntes dos enrolamentos de campo do rotor.
O teorema do fluxo constante é importante para determinar os valores iniciais dos fluxos
transitórios induzidos nos circuitos acoplados. A ligação de fluxos de qualquer circuito
indutivo com uma resistência finita e uma f.e.m. não pode variar instantaneamente. De facto,
se não houver resistência ou f.e.m. no circuito, esse fluxo de ligação permaneceria constante.
O teorema dos fluxos de ligação da constante pode assim ser usado para determinar as
correntes imediatamente depois de uma variação nos seus termos.
Através das figuras que se seguem, é possível observar as distribuições de fluxo numa
máquina síncrona durante o período sub-transitório, transitório e permanente, depois de uma
perturbação no estator.
Assim durante o período vigência destes regimes, o comportamento da máquina passa a
ser descrito em pormenor.
if
U c.c. U
~
⇔
Real c.c. Equivalente
O andamento do fluxo magnético no eixo directo (d) e em quadratura (q) pode ser
observado na figura (4.2).
Kd Kq
Xd > Xq
Num rotor cilíndrico as oscilações são normalmente amortecidas devido ao atrito com o
ar e nas chumaceiras. Além disso sendo o rotor maciço em ferro forjado a rodar à velocidade
ω ± ∆ω induzem-se nele, durante as oscilações, correntes de Foucault de frequência ± ∆ω
que dão origem a perdas por efeito de Joule na massa do rotor que resultam da variação da
energia cinética. Por isso, o rotor tende a parar de oscilar, ficando a rodar à frequência
síncrona ω do campo girante.
Num rotor de pólos salientes, como é normalmente laminado, há necessidade de
incorporar um enrolamento fechado (enrolamento em curto circuito colocado nas faces
polares do rotor) chamado enrolamento amortecedor como pode ser observado na figura 1.10.
• Eliminar as harmónicas produzidas pelo campo girante por reacção, de acordo com a
lei de Lenz. As harmónicas são devidas à existência de cavas e dentes no estator e à
descontinuidade da f.m.m. do enrolamento do estator.
rkd rf
X d'' X md
X kd Xf
1 X md X kd X f
X ''d = X a + = Xa + (4.1)
1
+
1
+
1 X kd X f + X md X f + X md X kd
X md X kd X f
⎛ ⎞
1 ⎜ 1 ⎟ 1 ⎛ L l ⎞
T 3 = T ''d 0 = ⎜ X kd + ⎟= ⎜ lkd + md f ⎟
rkd ⎜ 1 1 ⎟ rkd ⎝ Lmd + lf ⎠
⎜ + ⎟
⎝ X md X f ⎠
ou, simplificando,
1 ⎛ X md X f ⎞
T 3=T ''d 0 = ⎜ X kd + ⎟ (4.2)
ωrkd ⎝ X md + X f ⎠
Xa
rkq
X q'' X mq
X Kq
1 X mq X kq
X ''q = X a + Xa + (4.3)
1
+
1 X mq + X kq
X md X kq
L +l
''
T 2 = Tq0 = md kd =
rkd
1
ωrkd
X md + X kq ( ) (4.4)
Xa
rkd rf
X md
X kd Xf
⎛ ⎞
⎜ ⎟
'' = 1 ⎜ X + 1
⎟
T 6 =T d kd
ωrkd ⎜ 1 1 1 ⎟
⎜ + + ⎟
⎝ X md X kd X f ⎠
Simplificando,
1 ⎛ X md X f X a ⎞
T 6 = T ''d = ⎜ X kd + ⎟ (4.5)
ωrkd ⎝ X md X f + X md X a + X f X a ⎠
Xa
rkq
X mq
X Kq
Xa
rf
X d' X md
Xf
1 X md X f
X 'd = X a + = Xa + (4.7)
1
+
1 X md + X f
X md X f
1
T 1 = T ''d 0 = ( X f + X md ) (4.8)
ωrf
Xa
rf
X md
Xf
⎛ ⎞
1 ⎜ 1 ⎟ 1 ⎛ X md X a ⎞
T ''d = ⎜ Xf + ⎟= ⎜ Xf + ⎟ (4.9)
ωrf ⎜ 1 1 ⎟ ωrf ⎝ X md + X a ⎠
⎜ + ⎟
⎝ X a X md ⎠
Xa
X q' X mq
X 'q = X a + X mq (4.10)
T 'q 0 = 0
Xa
X mq
T 'q = 0
Xd X md
X d = X a + X md (4.11)
Xa
Xq X mq
X q = X 'q = X a + X mq (4.12)
Neste capitulo vão ser desenvolvidas as equações das correntes de curto circuito para os
casos do curto-circuito trifásico simétrico, assimétrico fase-fase, assimétrico fase-neutro e
assimétrico fase-fase-neutro.
Tendo por base a simplificação da equação do fluxo magnético segundo o eixo directo
(3.20) obtida no Capitulo 3,
⎡1 + (T + T ) s + T T s 2 ⎤ ⎡ 1 + Tkd s ⎤ L u (s)
Ψd ( s ) = ⎢ 4 5 4 6
⎥ Ld id ( s ) + ⎢ ⎥ md f (3.20)
⎢⎣ 1 + (T1 + T2 ) s + T1T3 s 2 ⎥⎦ ⎢⎣1 + (T1 + T2 ) s + T1T3 s 2 ⎥⎦ rf
simplificando tendo por base o critério de que as constantes de tempo subtransitórias são
desprezáveis face às transitórias, com a intenção de baixar de ordem, considerou-se que
Eliminando na equação (5.1) as constantes de tempo desprezáveis, esta equação pode ser
escrita com uma grande aproximação, obtendo-se assim uma equação de 2ª ordem, mais fácil
de tratar.
X d ( s) = X d
(1 + T 'ds )(1 + T ''ds ) (5.2)
(1 + T 'd0s )(1 + T 'd0' s )
ou para conveniência de cálculo a reactância X d ( s ) pode ser transformada em admitância,
bastando para isso invertê-la,
1
=
( '
)(
''
1 1 + T d0s 1 + T d0s ) (5.3)
( )(
X d ( s ) X d 1 + T 'ds 1 + T ''ds )
expandindo a equação (5.3) em fracções parciais e criando por conveniência as variáveis A e
B vem,
1 1 A B
= + (5.4)
( '
X d ( s ) X d 1 + T ds ) (
1 + T ''ds )
Calculando a variável A a partir de (5.4),
( '
)(''
1 1 + T d0s 1 + T d0s )
=
1
(
1 + T 'ds + As +
Bs
) 1 + T 'ds( ) (5.5)
Xd ( ''
1 + T ds )
Xd ''
1 + T ds ( )
1
Substituindo o denominador de A da equação (5.5) por s = − ' vem,
Td
⎛ T 'd0 ⎞⎛ T ''d0 ⎞ B
⎜1 − ' ⎟⎜ 1 − ' ⎟ −
1 ⎝ T d ⎠⎝ Td ⎠ 1 ⎛ T 'd ⎞ A T 'd ⎛1 − T 'd ⎞
= ⎜ 1− ' ⎟ − ' + ⎜ ⎟
Xd ⎛ T d'' ⎞ X d ⎝ T d ⎠ T d ⎛ T ''d ⎞ ⎝ T 'd ⎠
⎜1 − ' ⎟ ⎜1 − ' ⎟
⎝ Td ⎠ ⎝ Td ⎠
simplificado mais,
⎛ T 'd0 ⎞⎛ T ''d0 ⎞
⎜ 1 − ' ⎟⎜ 1 − ' ⎟
1 ⎝ T d ⎠⎝ Td ⎠ A A
=0− ' +0=− ' (5.6)
Xd ⎛ Td ⎞'' Td Td
⎜1 − ' ⎟
⎝ Td ⎠
⎛ 1 T 'd0 1 ⎞
A = Td' ⎜ − ⎟
' (5.7)
⎝ Xd T d Xd ⎠
Tendo por base e a reactância transitória do eixo directo, deduzida no capítulo o anterior,
1 X md X f
X d' = X a + = Xa +
1 1 X md + X f
+
X md X f
'
X d' = X d T' d (5.8)
T d0
⎛ 1 1 ⎞
A = T 'd ⎜ ' − ⎟ (5.9)
⎜X X ⎟
⎝ d d ⎠
Calculando a variável B,
( '
)( ''
1 1 + T d0s 1 + Td0 s )
)(
1 + Td''s =
1
( )
1 + Td''s ( )(
As
)( )
1 + Td''s + Bs
(
X d 1 + T ' s 1 + T ''s
d d ) Xd '
1 + T ds
1
Substituindo o denominador de B por s = − '' vem,
Td
⎛ T 'd0 ⎞⎛ T ''d0 ⎞
⎜1 − '' ⎟⎜ 1 − '' ⎟
1 ⎝ T d ⎠⎝ Td ⎠ B
= 0 + 0 − ''
Xd ⎛ T 'd ⎞ Td
⎜ 1 − '' ⎟
⎝ Td ⎠
'' ⎛ '
− B = T d ⎜ T d0 − T 'd0T ''d0 ⎞
⎟
X d ⎝ T 'd T 'dT ''d ⎠
Tendo por base a reactância subtransitória do eixo directo, deduzida no capítulo anterior,
1 X md X kd X f
X ''d = X a + 1 1 1
= Xa + (5.11)
+ + X kd X f + X md X f + X md X kd
X md X kd X f
' ''
X d'' = X d T' dT ''d (5.12)
T d0T d0
⎛ 1 1 ⎞
B = T ''d ⎜ '' − ' ⎟ (5.13)
⎜X ⎟
⎝ d Xd ⎠
1 1 ⎛ 1 1 ⎞ T 'ds ⎛ 1 1 ⎞ Td''s
= +⎜ ' − ⎟ + ⎜ − ⎟ (5.14)
X d ( s ) X d ⎝⎜ X d X d ⎟ ' ⎜ '' ' ⎟ ''
⎠ 1 + T ds ⎝ X d X d ⎠ 1 + Td s
A maior parte das falhas que ocorrem nos sistemas de distribuição de energia são não
simétricos entre fases. No entanto, a falha simétrica é importante porque, apesar ser rara é
mais grave porque desencadeia correntes mais elevadas de curto-circuito e provocaria
instabilidade no funcionamento da máquina, colocando-a em situações excepcionais de risco
para a sua integridade.
Além disso o curto-circuito simétrico é a condição mais simples de analisar e é o ponto
de partida para o estudo de qualquer tipo de falhas num sistema de potência. O ensaio de
curto-circuito simétrico de um gerador em vazio permite ainda calcular as características
transitórias da máquina, tais como constantes de tempo e reactâncias transitórias, que foram
desenvolvidas no item anterior.
A
ia
Estator
N
B C ic
ib
If
Rotor
Sabendo-se que a tensão instantânea da fase “a” em função das tensões do eixo directo e
tensão do eixo em quadratura é dada por,
ua = ud cos(θ) + uq sen(θ)
e substituindo θ = ωt + λ , vem,
ikd if rf
rkd
sΨ d id + ikd + if sLmd
slkd slf
iq sla
ikq rkq
sΨ q ikq + iq sLmq
slkq
d
ud = Ψ d + ωΨ q + id ra = Ψ d s + ωΨ q + id ra
dt
(5.17)
d
uq = −ωΨ d + Ψ q + iq ra = −ωΨ d + Ψ q s + iq ra
dt
Onde,
u
uq0 = −ωLmdif0 = − X md f = Emax0 = uq (valor de pico)
rf
Desta forma o sistema trifásico de tensões iniciais aos terminais do alternador, antes do
curto-circuito pode ser observada na figura 1.12 respeitando o andamento temporal das
equações (5.19)
ua0 ( t ) = uq s e n(ωt + λ )
2π
ub0 ( t ) = uq s e n(ωt − ) (5.19)
3
4π
uc0 ( t ) = uq s e n(ωt − )
3
ud = ud0 + ud'
uq = uq0 + uq'
(5.20)
id = id0 + id'
iq = iq0 + iq'
id = 0 + id' ⇒ id' = id
iq = 0 + iq' ⇒ iq' = iq
• antes do curto-circuito,
1 1
Ψd ( s ) = X d ( s )id ( s ) + G ( s )uf ( s )
ω ω
(5.22)
1
Ψq ( s ) = X q ( s )iq ( s )
ω
• depois do curto-circuito,
uf' = 0
1 1 1
Ψ 'd ( s ) = X d ( s )id' ( s ) + G ( s )uf' = X d ( s )id' ( s ) (5.23)
ω ω ω
1
Ψ 'q ( s ) = X q ( s )i q' ( s )
ω
s
0= X d ( s)id' ( s) + X q ( s)iq' ( s ) + id' ra
ω
(5.24)
Uq s
= −ωΨ 'd + Ψ 'q s + iq' ra = X d ( s )id' ( s) − X q ( s )iq' ( s) − iq' ra
s ω
⎛ s ⎞
0 = ⎜ ra + X d ( s ) ⎟ id' ( s) + X q ( s)iq' ( s )
⎝ ω ⎠
(5.25)
Uq ⎛ s ⎞
= X d ( s )id' ( s ) − ⎜ ra + X q ( s ) ⎟ iq' ( s )
s ⎝ ω ⎠
Uq ⎡ ⎛ 1 1 ⎞ ω2 ra 2 ⎤ X ( s)
2 2
= ⎢ s + ω + sωra ⎜ + ⎟+ ⎥ d 2 id' ( s )
⎜ ⎟
s ⎢⎣ ⎝ X d ( s ) X q ( s) ⎠ X d ( s) X q ( s ) ⎥⎦ ω
(5.26)
Uq ⎡ ⎛ 1 1 ⎞ ω2ra 2 ⎤ X q (s)
= − ⎢ s 2 + ω2 + sωra ⎜ + ⎟ + ⎥ iq' ( s )
⎜ ⎟ 2 2
s ⎢⎣ ⎝ X d ( s ) X q ( s ) ⎠ X d ( s ) X q ( s ) ⎥⎦ sω + ω ra
X d (s)
⎡ ⎛ 1 ⎤
Uq 1 ⎞ X ''
= ⎢ s 2 + ω2 + sωra ⎜ '' + '' ⎟ ⎥ 2d id' ( s )
⎢ ⎜ ⎟⎥
⎝ X d X q ⎠⎦ ω
s
⎣
(5.27)
⎡ ⎛ 1 ⎤ ''
Uq 1 ⎞ Xq '
= − ⎢ s 2 + ω2 + sωra ⎜ '' + '' ⎟ ⎥ i ( s)
s ⎢ ⎜ X d X q ⎟ ⎥ sω q
⎣ ⎝ ⎠⎦
1 ωra ⎛⎜ 1 1 ⎞
⎟
Ta = = +
α 2 ⎜ X d'' X q'' ⎟
⎝ ⎠
por conseguinte (5.27) pode escrever-se sob a forma de equação de transferência de segunda
ordem,
X d'' '
( )
Uq
= s 2 + 2αs + ω2 id ( s )
s ω2
(5.28)
X q'' '
( )
Uq 2 2
= − s + 2αs + ω iq ( s )
s sω
ω2 Uq 1
id ( s ) = id' ( s ) =
( ''
s 2 + 2αs + ω2 X d s )
(5.29)
sω Uq 1
iq ( s ) = iq' ( s ) =
( ''
- s 2 + 2αs + ω2 X q s )
Substituindo (5.14) e (5.15) que representam respectivamente as admitâncias do eixo
directo e do eixo quadratura em (5.29),
1 1 1 ⎛ 1 1 ⎞ Td' s ⎛ 1 1 ⎞ Td''s
= = + ⎜ − ⎟ + ⎜ − ⎟ (5.14)
X d'' X d ( s) X d'' ⎜⎝ X d' X d ⎟⎠ 1 + Td' s ⎜⎝ X d'' X d' ⎠⎟ 1 + Td''s
1
=
1
=
''
1 + Tq0 (
s 1 ) (5.15)
X q'' X q ( s ) (''
1 + Tq''s X q )
obtém-se as equações de transferencia finais de id ( s ) e iq ( s ) .
ω2 ⎡ Uq ⎛ Uq Uq ⎞ T ' s ⎛ U q U q ⎞ T ''s ⎤
id ( s) = ⎢ +⎜ ' − ⎟ d + ⎜ '' − ' ⎟ d '' ⎥ (5.30)
( 2 2
)
s + 2αs + ω ( s + β ) ⎢⎣ X d ⎝ X d X d ⎠ 1 + Td s ⎜⎝ X d X d ⎟⎠ 1 + Td s ⎥⎦
⎜ ⎟ '
iq ( s) = 2
− sω
⎢ (
⎡ 1 + T '' s
q0 U q ⎥
⎤
) (5.31)
(
s + 2αs + ω2 ⎢ 1 + Tq''s X q'' ⎥
⎢⎣ ⎥⎦ )
Fazendo a transformada inversa de Laplace de (4.30) e (4.31) obtém-se,
⎡ −
t
−
t t ⎤
⎢ U q ⎛ U q U q ⎞ Td' ⎛ U q U q ⎞ Td'' U q − Ta ⎥
id (t ) = ⎢ +⎜ ' − ⎟e + ⎜ '' − ' ⎟ e − '' e cos ( ωt ) ⎥ (5.32)
⎜ ⎟ ⎜X ⎟
⎢ Xd ⎝ Xd Xd ⎠ ⎝ d Xd ⎠ Xq ⎥
⎣ ⎦
t
Uq −T
iq (t ) = − '' e a s e n ( ωt ) (5.33)
Xq
i a = i d cos ( θ ) + i q s e n ( θ ) + i c
⎛ 2 ⎞ ⎛ 4 ⎞
i b = i d cos ⎜ θ − π ⎟ + i q s e n ⎜ θ − π ⎟ + i c (3.14)
⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠
⎛ 2 ⎞ ⎛ 4 ⎞
i c = i d cos ⎜ θ − π ⎟ + i q s e n ⎜ θ − π ⎟ + i c
⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠
A corrente ia (t ) fica,
⎡ −
t
− ⎤
t
⎢ Uq ⎛ Uq Uq ⎞ T ' ⎛ U q U q ⎞ T '' ⎥
ia (t ) = ⎢ +⎜ ' − ⎟ e d + ⎜ '' − ' ⎟ e d ⎥ cos ( ωt + λ ) −
⎜ ⎟ ⎜X ⎟
⎢ Xd ⎝ Xd Xd ⎠ ⎝ d Xd ⎠ ⎥
⎣ ⎦ (5.34)
t t
Uq −T Uq −T
− '' e a cos ( ωt ) cos ( ωt + λ ) − '' e a sen ( ωt ) sen ( ωt + λ )
Xq Xq
cos 2 ( ωt ) = 1 − sen 2 ( ωt )
sen 2 ( ωt ) = 1 − cos 2 ( ωt )
1
cos ( ωt ) sen ( ωt ) = sen ( 2ωt )
2
e escreve-se,
t t
U q − T X d'' + X q'' U q − T X d'' + X q''
− e a
'' ''
cos ( λ ) − e a cos ( 2ωt + λ ) (5.35)
2 Xd Xq 2 X d'' X q''
Xm =
(
2 X d'' + X q'' ) Xn =
(
2 X d'' + X q'' )
X d'' + X q'' X d'' − X q''
(5.36)
• para a fase B
⎡ −
t
−
t ⎤
⎢ Vq ⎛ Vq Vq ⎞ T ' ⎛ Vq Vq ⎞ T '' ⎥ ⎛ 2π ⎞
ib (t ) = ⎢ +⎜ − ⎟e d + ⎜ − ⎟ e d ⎥ cos ⎜ ωt + λ − ⎟−
X ⎜ X ' Xd ⎟ ⎜ X '' X ' ⎟ ⎝ 3 ⎠
⎢ d ⎝ d ⎠ ⎝ d d⎠ ⎥
⎣ ⎦ (5.37)
⎛ −
t
−
t ⎞
⎜ q V Ta ⎛ 2 π ⎞ Vq Ta ⎛ 2π ⎞ ⎟
−⎜ e cos ⎜ λ − ⎟ + e cos ⎜ 2ωt + λ − ⎟ ⎟
⎜ X m ⎝ 3 ⎠ X n ⎝ 3 ⎠⎟
⎝ ⎠
• para a fase C
⎡ −
t
−
t ⎤
⎢ Vq ⎛ Vq Vq ⎞ T ' ⎛ Vq Vq ⎞ T '' ⎥ ⎛ 4π ⎞
ic (t ) = ⎢ +⎜ − ⎟e d + ⎜ − ⎟ e d ⎥ cos ⎜ ωt + λ − ⎟−
X ⎜ X ' Xd ⎟ ⎜ X '' X ' ⎟ ⎝ 3 ⎠
⎢ d ⎝ d ⎠ ⎝ d d⎠ ⎥
⎣ ⎦ (5.38)
⎛ −
t
−
t ⎞
⎜ Vq Ta ⎛ 4π ⎞ Vq Ta ⎛ 4π ⎞ ⎟
−⎜ e cos ⎜ λ − ⎟ + e cos ⎜ 2ωt + λ − ⎟ ⎟
⎜ mX ⎝ 3 ⎠ X n ⎝ 3 ⎠⎟
⎝ ⎠
uf = rf if
ud = ra id + X qiq (5.39)
uq = − X mdif + X did + ra iq
id = iq = 0 logo,
U q0 Uq
if0 = − =−
X md X md
Durante o curto-circuito relação entre if' e id' pode obter-se a partir do seguinte sistema
de equações,
⎡ ⎡r + ( L + l ) s ⎤ ⎡r + L + l
⎣⎢ ⎣ f md f ⎦ ⎣ kd md kd ⎦ ( ⎦⎥ ) ( )
s ⎤ − Lmd 2 s 2 ⎤ if' ( s ) + Lmd s rkd + l kd s id' ( s ) = 0 (5.42)
ω2 1 Uq
id' ( s ) =
( )
s 2 + 2αs + ω2 X d ( s ) s
simplificando,
id' ( s ) =
(1 + Td0' s )(1 + Td0'' s ) ω2 Uq 1
(5.43)
(1 + Td' s )(1 + Td''s ) ( s2 + 2αs + ω2 ) X d (s) s
a corrente de campo vem,
Lmd s (1 + Tkd s )
if' ( s ) = i' ( s )
( '
rf 1 + Td0 s )(
1 + Td s )
'' d
simplificando,
if' ( s ) =
(1 + Tkd s ) ω2 X md Vq 1
(5.44)
( '
1 + Td0 )(
s 1 + Td'' s )( )
s 2 + 2αs + ω2 X d rf s
⎡ −t −
t t ⎤
⎛ ⎞ −
U q md ⎢ Td
X ' Tkd Td'' Tkd ⎥
'
if (t ) = − ⎢e − ⎜1 − '' ⎟ e − '' e Ta
cos ( ωt ) ⎥ (5.45)
'
ωTd rf X d ⎢ ⎜ Td ⎟⎠
⎝ Td ⎥
⎣ ⎦
U q X md if0 X md 2 '
Td0 − Td' X d − X d'
− = = if0 = if0
ωTd' rf X d ωTd' rf X d Td' X d'
visto que,
1 1 ⎛ X X ⎞
'
Td0 − Td' = ( X f + X md ) − ⎜ X f − md a ⎟ =
ωrf ωrf ⎝ X md + X a ⎠
1 ⎛ X md X a ⎞ X md ⎛ Xa ⎞
⎜ X f + X md − X f − ⎟= ⎜1 − ⎟
ωrf ⎝ X md + X a ⎠ ωrf ⎝ Xd ⎠
X md X md 2
( Xd − Xa ) =
ωrf X d ωrf X d
⎣ ⎦ (
T = ⎡⎣ Lmd if + Lmd ikd + ( Lmd + la ) id ⎤⎦ iq − ⎡ Lmq ikq + Lmq + la iq ⎤ id ) (5.47)
T = Ψ d iq − Ψ q id
Sendo este binário resistente por unidade de velocidade (1 rad/s). Para a velocidade ω,
obtém-se,
(
T = ω Ψ d iq − Ψ q id )
Onde o fluxo por eixo é dado por,
id0 = iq0 = 0
logo,
Uq
if0 = −
X md
Uq
Ψ d0 = Lmdif0 = −
ω
Ψ q0 = 0
Uq
Ψ d = Ψ d0 + Ψ 'd = − + Ψ 'd
ω
Ψ q = Ψ q0 + Ψ 'q = Ψ 'q
X d (s) ' ω 1
Ψ 'd ( s ) = id ( s ) =
( )
Uq
ω s 2 + 2αs + ω2 s
Simplificando,
t
Uq −T
Ψ d (t ) = − e a cos ( ωt ) (5.48)
ω
X q (s) ' ω
Ψ 'q ( s ) = iq ( s ) =
( )
Uq
ω 2
s + 2αs + ω2
t
Uq −
Ψ 'q (t ) = − e Ta
sen ( ωt )
ω
Simplificando,
t
Uq −T
Ψ q (t ) = − e a sen ( ωt ) (5.49)
ω
(
T = ω Ψ d iq − Ψ q id )
Obtém-se a equação final do binário,
t ⎡ −
t
−
t ⎤
− ⎢ 1 ⎛ ⎞ ⎛ 1 ⎞ T'' ⎥
1 1 T' 1
T (t ) = U q 2e Ta
sen ( ωt ) ⎢ ' + ⎜ ' − ⎟ e d + ⎜ '' − ' ⎟e d ⎥ +
⎜ ⎟ ⎜X ⎟
⎢ Xd ⎝ Xd Xd ⎠ ⎝ d Xd ⎠ ⎥
⎣ ⎦ (5.50)
t
Uq2 −T ⎛ 1 1 ⎞
+ e a sen ( 2ωt ) ⎜ '' − '' ⎟
4 ⎜ Xd Xq ⎟
⎝ ⎠
A ia = 0
ic = −ib
Estator
N
B C ic
ib
If
Rotor
eb − ec = 0
ib + ic = 0 (5.51)
ia = 0
Ψ b − Ψ c = Ψ b0 − Ψ c0 (5.52)
ou,
ed sen(ωt + λ ) + eq cos(ωt + λ ) = 0
id cos(ωt + λ ) + iq sen(ωt + λ ) = 0 (5.54)
i0 = 0
⎡ −
t
⎢ ⎛ ⎞ T '
⎢ 1 ⎜ 1 1 ⎟ d( f-f )
ib (t ) = 3U q ⎢ +⎜ − ⎟ e +
( f-f ) X d + X 2 ⎜ X d' + X + X
⎢ X d 2 ⎟
⎝ ( f-f )
2
⎢ ⎠
⎣
t
−
⎛ ⎞ T ''
(5.55)
⎜ 1 1 ⎟ d( f-f )
+⎜ − ⎟e ×
'' '
⎜ d( f-f )
X + X 2 X d( f-f ) + X 2⎟
⎝ ⎠
t
−
∞ 3U q sen(λ ) ⎛ 1 ∞ ⎞ Ta
( f-f )
× ∑ ( −b ) sen ( (2n − 1) ( ωt ) ) + ⎜ + ∑ ( −b ) cos(2nωt ) ⎟ e
n n
n=0 X2 ⎝ 2 n =1 ⎠
para a fase C,
⎡ −
t
⎢ ⎛ ⎞ T '
⎢
e ( ) +
1 ⎜ 1 1 ⎟ d f-f
ic (t ) = − 3U q ⎢ +⎜ − ⎟
( f-f ) X + X 2 ⎜ X d' + X2 Xd + X2 ⎟
⎢ d ( f-f )
⎢ ⎝ ⎠
⎣
t
−
⎛ ⎞ T '' (5.56)
⎜ 1 1 ⎟ d( f-f )
+⎜ − ⎟ e ×
'' '
⎜ d( f-f )
X + X 2 X d( f-f ) + X 2⎟
⎝ ⎠
t
−
∞ 3U q sen(λ ) ⎛ 1 ∞ ⎞ Ta
( f-f )
× ∑ ( −b ) sen ( (2n − 1)(ωt) ) + ⎜ + ∑ ( −b ) cos(2nωt) ⎟ e
n n
n=0 X2 ⎝ 2 n =1 ⎠
⎡ − t t ⎤
⎛ X − X' ⎞⎢ T' ⎛ ⎞ − t − ⎥
⎜ d d( f-f ) ⎟ ⎢ d( f-f ) ⎜ ⎟ Td'' Ta
if (t ) = if0 + if0 ⎜
T
− ⎜ 1 − kd −
Tkd ( f-f )
cos ( ωt ) ⎥
( f-f ) ' ⎟ ⎢e '' ⎟e ''
e
⎥
⎜ X d( f-f ) ⎟⎢ ⎜ Td( f-f ) ⎟ Td
( f-f ) ⎥
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
⎢⎣ ⎥⎦
(5.57)
X d'' + X2 X d' + X2
( f-f ) ( f-f )
Td'' ''
= Td0 Td' '
= Td0
( f-f ) ( f-f ) X d' + X2 ( f-f ) ( f-f ) Xd + X2
( f-f ) ( f-f )
X2
Ta
( f-f ) = ra (5.58)
Estator in
N
B C ic = 0
ib = 0
If
Rotor
ea = 0
ib = ic = 0
Considerando a resistência da armadura zero,
Ψ a = Ψ a0
Tendo como base a análise do curto circuito fase-fase, o de fase-neutro partilha o mesmo
princípio teórico visto serem ambos curto-circuitos assimétricos.
⎡ −
t
⎢⎛ ⎞ T ''
e ( ) +
⎜ 1 1 ⎟ d f-n
ia (t ) = 3U q ⎢⎜ − ⎟
( f-n ) ⎢ X '' + X 2 + X 0 X d' + X2 + X0 ⎟
⎢⎜⎝ d( f-n ) ( f-n ) ⎠
⎢⎣
t
−
⎛ ⎞ T'
⎜ 1 1 ⎟ d( f-n ) 1 ⎤ (5.59)
+⎜ − ⎟ e + ⎥×
'
⎜ X d( f-n ) + X 2 + X 0 X d + X 2 + X 0 ⎟ X d + X 2 + X 0 ⎥⎦
⎝ ⎠
t
∞ ⎛ ∞ ⎞ − Ta
∑ ∑
3 cos( λ )
( −b0 )n cos ( (2n − 1) ( ωt ) ) − q 1 ⎜⎜ + ( −b0 )n cos(2nωt) ⎟⎟ e ( f-n )
U 1
×
n=0 X 2 + X 0 ⎜⎝ 2 n =1 ⎟
⎠
2
⎡ − t t ⎤
⎛ X − X' ⎞⎢ T' ⎛ ⎞ − t − ⎥
⎜ d d( f-n ) ⎟ ⎢ d( f-n ) ⎜ ⎟ Td'' Ta
if (t ) = if0 + if0 ⎜
T
− ⎜ 1 − kd −
Tkd ( f-n )
cos ( ωt ) ⎥
( f-n ) ' ⎟ ⎢e '' ⎟e ''
e
⎥
⎜ X d( f-n ) ⎟⎢ ⎜ Td( f-n ) ⎟ Td
( f-n ) ⎥
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
⎢⎣ ⎥⎦
(5.60)
X d'' + X2 + X0 X d' + X2 + X0
( f-n ) ( f-n )
Td'' ''
= Td0 Td' '
= Td0
( f-n ) ( f-n ) X d' + X2 + X0 ( f-n ) ( f-n ) Xd + X2 + X0
( f-n ) ( f-n )
2X2 + X0
Ta
( f-n ) = 2ra + r0 (5.61)
A
ia
Estator in
N
B C ib
ib = 0
If
Rotor
Em complemento do ensaio curto-circuito às três fases, fase com fase, fase com neutro,
considerados previamente, uma máquina síncrona poderá ter dois terminais simultaneamente
curto-circuitados ao neutro ou terra. Este curto-circuito é considerado também sem carga
jusante.
As condições de curto-circuito das duas fase A e C sem carga, de acordo com a
representação da figura 5.59 entre é,
ea = ec = 0
ib = 0
Tal como foi abordado na análise do curto circuito fase-fase, fase-neutro a fase-fase-
neutro há a partilha do mesmo princípio teórico visto serem todos curtos-circuitos
assimétricos.
3 ⎡⎛ ⎞ ⎛ '' ⎞ ⎤
+ ⎢⎜ X d'' + X q' ⎟ cos ( ωt ) − ⎜ X d( f-f-n ) − X q( f-f-n ) ⎟ cos ( 2ωt − λ ) ⎥ A +
''
2 ⎣⎝ ( f-f-n ) ( f-f-n ) ⎠ ⎝ ⎠ ⎦
3 ⎡⎛ '' ⎞ ⎛ '' ⎞ ⎤ ⎫
⎜ X d( f-f-n ) + X q( f-f-n ) + 4 X 0 ⎟ sen ( λ ) − ⎜ X d( f-f-n ) − X q( f-f-n ) ⎟ sen ( 2ωt − λ ) ⎥ B ⎬
'' ''
+ ⎢
2 ⎣⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎦ ⎭
(5.62)
entre a fase C e o neutro
U q ⎧ ⎡ '' ⎛ '' ⎞ ⎤
icn
( f-f-n )
(t ) = ⎨− ⎢3 X q( f-f-n ) cos ( ωt ) − 3 ⎜ X q( f-f-n ) + 2 X 0 ⎟ sen ( ωt ) ⎥ C +
D ⎩ ⎣ ⎝ ⎠ ⎦
3 ⎡⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎤
+ ⎢⎜ X d'' + X q'' ⎟ cos ( ωt ) − ⎜ X d'' − X q'' ⎟ cos ( 2ωt − λ ) ⎥ A +
2 ⎣⎝ ( f-f-n ) ( )⎠
f-f-n ⎝ ( f-f-n ) ( )⎠
f-f-n ⎦
3 ⎡⎛ '' ⎞ ⎛ '' ⎞ ⎤ ⎫
⎜ X d( f-f-n ) + X q( f-f-n ) + 4 X 0 ⎟ sen ( λ ) − ⎜ X d( f-f-n ) − X q( f-f-n ) ⎟ sen ( 2ωt − λ ) ⎥ B ⎬
'' ''
+ ⎢
2 ⎣⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎦ ⎭
(5.63)
onde as constantes das equações (5.62) e (5.63) são dadas por,
X2 + 2X0 X2
Taα = Taβ =
( f-f-n ) ra + 2r0 ( f-f-n ) ra
t t
− −
Taα Taβ
A=e ( f-f-n ) B=e ( f-f-n )
X2 X0
Xe =
X2 + X0
t t
− −
'' '
⎛ X '' + X ⎞ ⎛ X '' + X '' ⎞ X d'' + X e
e − Xd + Xe ⎟e
Td Td
C = ⎜1 − d e ⎟e ( f-f-n ) +⎜ d ( f-f-n ) +
⎜ X' + X ⎟ ⎜ X' + X X d + X e ⎟⎠ Xd + Xe
⎝ d e ⎠ ⎝ d e
( ) ( )
D = 2 ⎡ X 0 X d'' + X q'' + X d'' X q'' − X 0 X d'' − X q'' cos ( 2ωt ) ⎤
⎢⎣ ⎥⎦
(5.63)
Este capítulo centrou-se no desenvolvimento das equações que irão permitir fazer a
simulação matemática da máquina nos vários tipos de curto-circuitos que foram abordados.
Sem estas equações não era possível quantificar os valores da corrente de curto-circuito
que a máquina irá desenvolver na ocorrência durante a perturbação.
Introdução
Para confirmar a validade das considerações teóricas dos capítulos anteriores, foi
montada uma bancada de ensaio no Laboratório de Máquinas Eléctricas da Faculdade de
Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Uma Máquina de Corrente Contínua
a funcionar com Motor foi acoplada pelo veio a uma Máquina Síncrona a funcionar como
Gerador.
Por forma a salvaguardar a integridade do equipamento, foram feitos ensaios com
valores muito abaixo dos nominais representados na “Chapa das Características”, sendo
condição suficiente para levar à obtenção de uma imagem do comportamento do sistema em
regime nominal.
Todos os ensaios foram obtidos com a bancada de ensaios ligada conforme o esquema
na figura 6.1. A velocidade de sincronismo do sistema foi possível de manter durante todos os
ensaios, com base na utilização da pistola estroboscópica, tal com representa a mesma figura.
O método de acerto da velocidade de sincronismo resultava assim numa coordenação entre
frequência estroboscópica referenciada no acoplamento dos veios das duas máquinas e a
regulação da alimentação e excitação da Máquina de Corrente Contínua, bem com a regulação
da corrente de excitação de campo do alternador.
r.p.
m.
U exc Uf
A A
U2 V2 W2
I exc If
M G
3~
U1 V1 W1 N
A A A A
0 - 220Vcc
Para que este trabalho fosse possível foi necessário recorrer a equipamento de medida
convencional, tal como Voltímetros e Amperímetros, mas para obter as medidas dos curtos-
circuitos reais, foi necessário recorrer a outro tipo equipamento de medida mais sofisticado.
Assim as curvas obtidas só foram possíveis com instrumentação de aquisição rápida de
sinal, o instrumento de medida utilizado foi o osciloscópio digital com uma largura de banda
de 300 Mhz ligado a quatro pinças amperimétricas de alta sensibilidade da marca Tektronix.
O modelo de osciloscópio com quatro entradas, satisfez em pleno a aquisição das
correntes de curto-circuito. No caso do curto-circuito trifásico simétrico foram adquiridas as
correntes das três fases e corrente de excitação em simultâneo.
As curvas das três fases e a de excitação visualizadas no écran, foram transformadas em
pontos, descrevendo todo o andamento temporal. Os pontos das curvas por sua vez deram
origem a ficheiros tipo texto (*.txt) e foram extraídos do osciloscópio através de uma
disquete. Toda a reconstituição gráfica foi finalmente feita e exposta nos itens seguintes.
A fotografia e características deste equipamento podem ser consultadas em Anexo e a
imagem do écran obtida durante o curto-circuito trifásico simétrico pode ser visualizada na
figura 6.5.
Estator
N
B C ic
ib
If
Rotor
No modelo do circuito equivalente por fase existem três parâmetros que são necessários
determinar, são eles, a resistência da armadura Ra , a reactância síncrona e a f.e.m. em vazio
por fase E0 . A resistência da armadura Ra , foi determinada pelo método volt-amperimétrico
em corrente contínua, está representada na figura 6.4 , enquanto a reactância síncrona e a
f.e.m. induzida foram determinadas pelo ensaio em circuito aberto e curto-circuito,
representado na figura 6.2.
O ensaio de circuito aberto foi realizado com a máquina síncrona animada com uma
velocidade síncrona nominal de 1500 r.pm., enquanto os enrolamentos do estator estavam em
circuito aberto. Varia-se a corrente de excitação de campo e mede-se a tensão de saída dos
enrolamentos do estator. A relação entre os terminais do enrolamento do estator e a corrente
de excitação de campo no rotor, permite obter a característica da máquina síncrona em vazio.
O ensaio em curto-circuito foi iniciado com uma corrente de campo regulada com um
reóstato para o mínimo, os terminais do estator foram curto-circuitados nos terminais das
três fases U1, V1 e W1, através do comutador S, intercalando em série os amperímetros onde
vai ser lida a corrente de curto-circuito da armadura como está representado na figura 6.1.
A representação de amperímetros no esquema, de facto são pinças amperimétricas que
lêem a corrente que passa em cada condutor, porque estes caso fossem amperímetros normais
sem qualquer transformador, estes seriam destruídos durante o curto-circuito devido às
elevadas corrente.
350 3
E0 = f (if )
300 Característica em 2,5
Vazio
Linha de Entreferro
250 E0 = 220V
2
200
I cc = f (if )
1,5
150
Característica em 1
100 Curto-Circuito
0,5
50
Icc=0,74A In
0 0
0
0,16
0,28
0,36
0,46
0,55
0,63
0,72
0,81
0,89
0,97
1,07
1,2
1,39
Corrente de campo If (A)
A característica da reactância síncrona foi obtida com base no gráfico da figura 6.2, tendo
por base a seguinte equação,
E0 = U + jX d I
(6.1)
E0 = X d I
E
Xd = 0 (6.2)
I cc
O gráfico abaixo, da figura 6.3 foi construído com base na equação (6.2), para valores
coincidentes de corrente de campo I f . O dados que possibilitaram as construção dos gráficos
podem ser consultados em Anexo I. Este gráfico permite situar o valor da reactância síncrona
a partir do ponto de funcionamento da máquina, sabendo-se a corrente de campo I f à
velocidade nominal.
700
E0
600 Xd =
I cc
Reactância Sincrona Xd (Ohms)
500
400
X d = f ( If )
300
200
100
0
0
0.1
0.12
0.19
0.23
0.3
0.36
0.41
0.51
0.61
0.7
0.81
0.91
1.01
1.14
1.2
1.3
1.39
1.5
1.59
1.75
Corrente de cam po If(A)
Tal como descrito em 5.1.3. o gráfico da figura 5.4 foi obtido experimentalmente
recorrendo ao método volt-amperimétrico.
O dados que possibilitaram a construção do gráfico podem ser consultados no Anexo
I.
80
Ua
70
ra =
Ia
Tensão na resistência da Amadura
60
50
ra = 70Ω
Ua (V)
40
30
20
10
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
Fig. 6.5 – Imagem do écran do osciloscópio gravada no instante em que foi feito o
curto-circuito simétrico trifásico e adquirido pelos seus 4 canais.
Depois do tratamento dos dados gerados pelo osciloscópio em formato *.TXT estes
foram transformados em curvas através do programa Excel tal como pode ser observado nas
figuras seguintes,
1,5
1,0
0,5
0,0
-0,5
-1,0
Ia (A )
ia ( A ) -1,5
-2,0
-2,5
-3,0
-3,5
-4,0
-4,5
0
44
88
132
176
220
264
308
352
396
440
484
528
572
616
660
704
748
792
836
880
924
968
t (ms)
t (ms)
Fig. 6.6 - Corrente de curto-circuito trifásico simétrico - Fase A
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
ib ( A ) 0,5
Ib (A)
0,0
-0,5
-1,0
-1,5
-2,0
-2,5
0
44
88
132
176
220
264
308
352
396
440
484
528
572
616
660
704
748
792
836
880
924
968
t t(ms)
(ms)
Fig. 6.7 - Corrente de curto-circuito trifásico simétrico - Fase B
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
Ic (A)
0,5
ic ( A ) 0,0
-0,5
-1,0
-1,5
-2,0
-2,5
0
44
88
132
176
220
264
308
352
396
440
484
528
572
616
660
704
748
792
836
880
924
968
t t(ms)
(ms)
Fig. 6.8 - Corrente de curto-circuito trifásico simétrico - Fase C
1,8
1,6
1,4
1,2
1,0
if ( A )
If (A)
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
-0,2
0
60
121
182
244
305
366
425
486
547
609
670
731
790
851
912
974
tt (ms)
(ms)
Fig. 6.9 - Corrente de excitação de campo durante o curto-circuito trifásico simétrico
Uma vez obtidos os gráficos pelo ensaio da máquina em Laboratório, através deles é
possível extrair as variáveis necessárias para proceder à simulação gráfica. Assim tendo como
base os gráficos da figura 6.6 até à 6.9, obtidos directamente pelo ensaio em curto-circuito,
mediante uma análise gráfica detalhada é possível determinar outras variáveis fundamentais.
Fazendo uma redução no período temporal dos gráficos das figuras supra mencionadas,
de 200ms para 100ms, para melhor enquadrar toda a oscilação imediatamente após o curto
circuito, obtêm-se consequentemente as figuras 6.10, 6.11 e 6.12.
5.0
4.0
3.0
2.0
1.0
0.0
Ia (A)
ia ( A ) -1.0
-2.0
-3.0
-4.0
-5.0
-6.0
-7.0
0
16
32
48
64
80
96
112
128
144
160
176
192
tt (ms)
(ms)
Fig. 6-10 - Envolvente da curva de curto-circuito trifásico simétrico - Fase A
5.0
4.0
3.0
2.0
1.0
Ib (A)
ib ( A ) 0.0
-1.0
-2.0
-3.0
-4.0
-5.0
0
16
32
48
64
80
96
112
128
144
160
176
192
t (ms)
t (ms)
Fig. 6-11 - Envolvente da curva de curto-circuito simétrico - Fase B
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
Ic (A)
ic ( A )
0,0
-1,0
-2,0
-3,0
-4,0
-5,0
0
16
32
48
64
80
96
112
128
144
160
176
192
t t(ms)
(ms)
10,0
Td' = 45ms
I d'' = 3.68 A
3,68
I d' = 1.8 A
1,10 I d'
I ''d+I'd(A)
1,0
= 1.1A
e
0,74
I d = 0.74 A
1 '
Td
2
0,1
0
12
16
20
24
28
32
36
40
44
48
52
56
60
64
68
72
76
80
84
88
92
96
100
t (ms)
t (ms)
Fig. 6-13 - Curva envolvente subtransitória e transitória
10,0
3,68
I d''
= 1,36 A
e
1,0
I'' (A)
0,1
Td'' = 4,5 ms
0,0
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40
t t (ms)
(ms)
Fig. 6-14 - Curva envolvente subtransitória
A figura 6.15 representa as componentes contínuas de cada corrente de fase, fazendo uma
tangente a cada curva, obtém-se uma intersecção das três rectas na origem. O ponto obtido é a
constante de tempo da armadura.
2
I aDC , 0
I bDC , (A)
I (A)
-1
I cDC
-2
-3 Ta=40ms
-4
0
12
16
20
24
28
32
36
40
44
48
52
56
60
64
68
72
76
80
84
88
92
96
100
tt (ms)
(ms)
Fig. 6.15 - Componentes contínuas das três fases
A partir destes oscilogramas representados nas figuras 6.13, 6.14 e 6.15 obtém-se os
valores das constantes de tempo da máquina Td'' , Td' e Ta e as correntes I d'' e I d' .
Com base nas características da máquina mencionadas pelo seu fabricante na “Chapa de
Características” juntamente com as variáveis até aqui obtidas por ensaio esta máquina é
caracterizada pela seguinte tabela.
Para se poder fazer a simulação das correntes de curto-circuito vão ser calculados os
valores das reactâncias X d'' , X d' e X d .
Tendo por base os valores nominais da tensão e corrente nominais, consequentemente a
reactância nominal é,
U n 220
Xn = = X n = 147 Ω
I n 1,5
Pelo gráfico da figura 6.4, é possível obter a resistência da armadura,
ra = 70 Ω
Tendo por base as curvas da figura 6.2 é possível obter graficamente pela intersecção da
curva de tensão em vazio com a curva da corrente em curto circuito as seguintes variáveis
fundamentais, para o cálculo da reactância síncrona do eixo directo.
Assim com base na equação (6.2) e substituindo as variáveis acima mencionadas, obtém-
se,
E 220
Xd = 0 = = 297 Ω
I cc 1,5
Uq
X d'' = '' =60 Ω
Id
Uq
X d' = ' = 122 Ω
Id
Convertendo para unidades “pu” (por unidade) para que a máquina em estudo seja mais
facilmente comparada com outras similares que existem.
X d 297
Xd = = = 2 pu
( pu ) X n 147
X d' 122
X d' = = = 0,83 pu
( pu ) X n 147
'' X d'' 60
Xd = = = 0,41 pu
( pu ) X n 147
Substituindo as constantes acima achadas nas equações (5.36), (5.37) e (5.38) das
correntes de curto-circuito já deduzidas no capítulo anterior, obtém-se os andamentos
temporais para cada fase,
⎡ −
t
− ⎤
t
⎢ U q ⎛ U q U q ⎞ Td' ⎛ U q U q ⎞ Td'' ⎥
ia (t ) = ⎢ +⎜ ' −
⎜X
⎟e
⎟
+ ⎜ '' − ' ⎟ e
⎜X ⎟ ⎥ cos ( ωt + λ ) −
⎢ X d ⎝ d X d ⎠ ⎝ d X d⎠ ⎥
⎣ ⎦ (5.36)
⎛ −
t
−
t ⎞
⎜ U q U q ⎟
−⎜ e Ta
cos ( λ ) + e Ta
cos ( 2ωt + λ ) ⎟
⎜ mX X n ⎟
⎝ ⎠
200
ia ( A ) 200
Ia (A)
400
600
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t (s)
(s)
Fig. 6.16 - Corrente de curto-circuito trifásico na fase A simulada.
⎡ −
t
− ⎤
t
⎢ Uq ⎛ Uq Uq ⎞ T ' ⎛ Uq Uq ⎞ T '' ⎥ ⎛ 2π ⎞
ib (t ) = ⎢ +⎜ ' − ⎟ e d + ⎜ '' − ' ⎟ e d ⎥ cos ⎜ ωt + λ − ⎟−
X ⎜X X ⎟ ⎜X ⎟ ⎝ 3 ⎠
⎢ d ⎝ d d ⎠ ⎝ d X d⎠ ⎥
⎣ ⎦ (5.37)
⎛ −
t
−
t ⎞
⎜ U q Ta ⎛ 2π ⎞ U q Ta ⎛ 2π ⎞ ⎟
−⎜ e cos ⎜ λ − ⎟+ e cos ⎜ 2ωt + λ − ⎟
⎜ Xm ⎝ 3 ⎠ Xn ⎝ 3 ⎠ ⎟⎟
⎝ ⎠
400
200
Ib (A)
ib ( A ) 0
200
400
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t ( s )
t (s)
Fig. 6-17 - Corrente de curto-circuito trifásico na fase B simulada.
⎡ −
t
− ⎤
t
⎢ Uq ⎛ Uq Uq ⎞ T' ⎛ Uq Uq ⎞ T '' ⎥ ⎛ 4π ⎞
ic (t ) = ⎢ +⎜ ' − ⎟ e d + ⎜ '' − ' ⎟ e d ⎥ cos ⎜ ωt + λ − ⎟−
X ⎜X X ⎟ ⎜X ⎟ ⎝ 3 ⎠
⎢ d ⎝ d d ⎠ ⎝ d X d⎠ ⎥
⎣ ⎦ (5.38)
⎛ −
t
−
t ⎞
⎜ U q Ta ⎛ 4π ⎞ U q Ta ⎛ 4π ⎞ ⎟
−⎜ e cos ⎜ λ − ⎟+ e cos ⎜ 2ωt + λ − ⎟
⎜ Xm ⎝ 3 ⎠ Xn ⎝ 3 ⎠ ⎟⎟
⎝ ⎠
400
Ic (A)
ic ( A ) 200
200
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
tt (s)
(s)
Fig. 6.18 - Corrente de curto-circuito trifásico na fase C simulada.
⎡ − t −
t t ⎤
⎛ X − X' ⎞⎢ T' ⎛ T ⎞ T '' T − ⎥
if (t ) = if0 + if0 ⎜ d d ⎟ ⎢e d − ⎜1 − kd ⎟ e d − kd e Ta cos ( ωt ) ⎥ (5.46)
⎜ X' ⎟ ⎜ Td'' ⎟ Td''
⎝ d ⎠⎢ ⎝ ⎠ ⎥
⎣ ⎦
if ( A ) 2
If (A)
2
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t t (s)
(s)
Fig. 6.19 - Corrente de excitação de campo durante o curto-circuito simulada
t
Uq − T
I a DC ( t ) = e a cos ( λ )
Xm
t
Uq − T ⎛ 2π ⎞
I b DC ( t ) = e a cos ⎜ λ − ⎟
Xm ⎝ 3 ⎠
t
Uq − T ⎛ 4π ⎞
I c DC ( t ) = e a cos ⎜ λ − ⎟
Xm ⎝ 3 ⎠
400
I c DC
200
I aDC ,
I bDC , I (A)
(A)
0 I b DC
I cDC
200
I a DC
400
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0.2
t (s)
t (s)
Fig. 6.20 – Componentes contínuas das correntes de curto-circuito
Fase A 100
50
⎛U − t ⎞
ia2H ( t ) =- ⎜ q
e T a cos ( 2ωt + λ ) ⎟ 0
⎜ Xn ⎟
⎝ ⎠
50
100
0 0.05 0.1 0.15 0.2
Fase B 100
50
⎛U − t ⎞
⎜ ⎛ 2π ⎞
e Ta cos ⎜ 2ωt + λ − ⎟ ⎟
q
i b2H ( t ) =- 0
⎜ Xn ⎝ 3 ⎠⎟
⎝ ⎠
50
100
0 0.05 0.1 0.15 0.2
t1
Fase C 100
50
⎛U − t ⎞
⎛ 4π ⎞ 0
ic2H ( t ) =- ⎜ e Ta cos ⎜ 2ωt + λ − ⎟ ⎟
q
⎜ Xn ⎝ 3 ⎠⎟
⎝ ⎠ 50
100
0 0.05 0.1 0.15 0.2
Pode-se observar que as segundas harmónicas das três fases são sub-amortecidas,
evidenciando uma sobrelevação no instante inicial, quando se dá o curto-circuito e depois
tende para zero até à sua extinção, coincidindo com a entrada da máquina em regime
permanente. A corrente de excitação do campo no ensaio representada na figura 6.9 e de
forma simulada na figura 6.19, à semelhança das correntes nas fases, sofre também uma
sobrelevação no instante inicial no período subtransitório e transitório, mas sempre sobre a
sua componente contínua, a qual tenderá a manter-se no regime nominal.
A ia = 0
ic = −ib
Estator
N
B C ic
ib
If
Rotor
Os gráficos das figuras que se seguem foram obtidos da mesma forma que os do ensaio
anterior, aqui apenas vão ser abordados as duas fases que contribuíram para o curto circuito, a
fase A ficou em vazio como se pode observar na figura 5.2.
1,5
1,0
0,5
0,0
-0,5
( f-f ) (
A)
-1,0
ib
Ia (A)
-1,5
-2,0
-2,5
-3,0
-3,5
-4,0
-4,5
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
220
240
260
280
300
320
340
360
380
400
420
440
460
480
500
520
540
560
580
600
0
t (ms)
t (m s)
Fig. 6.21 – Corrente de curto-circuito assimétrico fase-fase – Fase B
4,5
4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
( f-f ) ( ) 1,5
ic A
Ic (A)
1,0
0,5
0,0
-0,5
-1,0
-1,5
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
220
240
260
280
300
320
340
360
380
400
420
440
460
480
500
520
540
560
580
600
t t(ms)
(m s)
2,0
1,5
1,0
If (A)
0,5
0,0
-0,5
0
24
48
72
96
120
144
168
192
216
240
264
288
312
336
360
384
408
432
456
480
504
528
552
576
600
t t (ms)
(m s)
2,0
1,0
0,0
-1,0
-2,0
ib (A)
Ia (A)
( f-f ) -3,0
-4,0
-5,0
-6,0
-7,0
-8,0
0
16
24
32
40
48
56
64
72
80
88
96
104
112
120
128
136
144
152
160
168
176
184
192
200
t (ms)
t (m s)
8,0
7,0
6,0
5,0
4,0
( f-f ) ( )
A
Ic (A)
ic 3,0
2,0
1,0
0,0
-1,0
-2,0
0
16
24
32
40
48
56
64
72
80
88
96
104
112
120
128
136
144
152
160
168
176
184
192
200
tt (m(ms)
s)
10
Td' = 48 ms
( f-f )
Id'' = 3,01 A
3,01
( f-f )
Id' = 1,8 A
( f-f )
I''d+ I'd (A)
1
I d'
( f-f )
= 1,1 A
e
1 '
Td
2 ( f-f )
0
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76 80 84 88 92 96 100
t (ms)
t (ms)
10,0
I d''
( f-f )
= 1,1 A
e
1,0
I'' (A )
0,1
Td'' = 2,5 ms
( f-f )
0,0
0 4 8 12 16
t t (ms)
(ms)
1
I ''d + I 'd (A )
-1
-2
Ta ( ) =58 ms
f-f
-3
-4
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76 80 84 88 92 96 100
t t (ms
(ms)
)
Fig. 6.28 – Componentes continuas das duas fases
Através das figuras 6.26, 6.27 e 6.28 obtém-se os valores das constantes de tempo da
máquina Td'' , Td' e Ta e as correntes I d'' e I d' , importantes para a
( f-f ) ( f-f ) ( f-f ) ( f-f ) ( f-f )
simulação matemática.
Uq
X d'' = = 73,1 Ω X d'' = 73,1 Ω
( f-f ) I d'' ( f-f )
( f-f )
Uq
X d' = = 200 Ω X d' = 200 Ω
( f-f ) I d' ( f-f )
( f-f )
Convertendo para unidades “pu” (por unidade) para que a máquina em estudo seja mais
facilmente comparada com outras similares que existem.
X d 297
Xd = = = 2 pu
( pu ) X n 147
X d'
( f-f ) 200
X d' = = = 1,36 pu
( pu ) Xn 147
X d''
( f-f ) 59,78
X d'' = = = 0,50 pu
( pu ) Xn 147
Substituindo as constantes acima achadas nas equações (5.55), (5.56), (5.57) e (5.58) das
correntes de curto-circuito já deduzidas no capítulo anterior, obtém-se os andamentos
temporais para cada fase.
⎡ −
t
⎢ ⎛ ⎞ T '
⎢
e ( ) +
1 ⎜ 1 1 ⎟ d f-f
ib (t ) = 3U q ⎢ +⎜ − ⎟
( f-f ) X + X 2 ⎜ X d' + X2 Xd + X2 ⎟
⎢ d ( f-f )
⎢ ⎝ ⎠
⎣
t
−
⎛ ⎞ T ''
(5.55)
⎜ 1 1 ⎟ d( f-f )
+⎜ − ⎟e ×
'' '
⎜ d( f-f )
X + X 2 X d( f-f ) + X 2⎟
⎝ ⎠
t
−
∞ 3U q sen(λ ) ⎛ 1 ∞ ⎞ Ta
( f-f )
× ∑ ( −b ) sen ( (2n − 1) ( ωt ) ) + ⎜ + ∑ ( −b ) cos(2nωt ) ⎟ e
n n
n=0 X2 ⎝ 2 n =1 ⎠
200
( f-f ) (
ib A)
ibff (A)
200
400
600
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t (s)
(s)
Fig. 6.29 – Simulação do curto-circuito fase-fase – Fase B
⎡ −
t
⎢ ⎛ ⎞ T'
⎢ 1 ⎜ 1 1 ⎟ d( f-f )
ic (t ) = − 3U q ⎢ +⎜ − e +
( f-f ) X d + X 2 ⎜ X d' + X X d + X 2 ⎟⎟
⎢
⎝ ( f-f )
2
⎢ ⎠
⎣
t
−
⎛ ⎞ T '' (5.56)
⎜ 1 1 ⎟ d( f-f )
+⎜ − ⎟ e ×
'' '
⎜ X d( f-f ) + X 2 X d( f-f ) + X 2 ⎟
⎝ ⎠
t
−
∞ 3U q sen(λ ) ⎛ 1 ∞ ⎞ Ta ( f-f )
× ∑ ( −b ) sen ( (2n − 1)(ωt) ) + ( )
n n
⎜ + ∑ − b cos(2 nω t) ⎟e
n=0 X2 ⎝ 2 n =1 ⎠
600
400
( f-f ) (
ic A)
icff (A)
200
200
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t t(s)(s)
Fig. 6.30 – Simulação do curto-circuito fase-fase – Fase C
⎡ − t t ⎤
⎛ X − X' ⎞⎢ T' ⎛ ⎞ − t − ⎥
⎜ d d( f-f ) ⎟ ⎢ d( f-f ) ⎜ ⎟ Td'' Ta
if (t ) = if0 + if0 ⎜
T
− ⎜1 − kd −
Tkd ( f-f )
cos ( ωt ) ⎥
( f-f ) ' ⎟ ⎢e '' ⎟e ''
e
⎥
⎜ X d( f-f ) ⎟⎢ ⎜ Td( f-f ) ⎟ Td
( f-f ) ⎥
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
⎣⎢ ⎦⎥
(5.57)
2
iFff (A)
( f-f ) (
if A)
2
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
tt(s)
(s)
Fig. 6.31 – Simulação do curto-circuito fase-fase – Corrente de campo
0.5 Fundamental
Corrente (A)
Amplitude
0 1.25
2ª Harmónica 2ª Harmónica
0.5
1 0
0 1 2 3 4 5 6
0 8 16 24 32
Angulo (rad)
Espectro
Fig. 6.32 – Comportamento das correntes de 1ª, 2ª Fig. 6.33 - Espectro da 1ª e 2ª harmónicas
harmónicas e resultante
Corrente de 3 Harmónica
1 2.5
Resultante Fundamental
2
0.5
Fundamental
Amplitude
Corrente (A)
1.5
0
1
3ª Harmónica 3ª Harmónica
0.5
0.5
1 0
0 1 2 3 4 5 6 0 8 16 24 32
Angulo (rad)
Espectro
Fig. 6.34 – Comportamento das correntes de 1ª, 3ª
harmónicas e resultante Fig. 6.35 – Espectro de 1ª e 3ª harmónicas
A
ia
Estator in
N
B C ic = 0
ib = 0
If
Rotor
Os gráficos das figuras que se seguem foram obtidos da mesma forma que os do ensaio
anterior, aqui apenas vai ser abordado a fase A e o neutro que contribuíram para o curto
circuito, a fase B e C ficaram em vazio como se pode observar na figura 6.36.
( f-n ) ( )
ia A
Ia (A)
-1
-2
0
32
64
96
128
160
192
224
256
288
320
352
384
416
448
480
512
544
576
608
640
672
704
736
768
800
832
864
896
928
960
992
t (ms)
t (m s)
10
if
( f-n ) (A)
If (A)
-2
-4
0
32
64
96
128
160
192
224
256
288
320
352
384
416
448
480
512
544
576
608
640
672
704
736
768
800
832
864
896
928
960
992
tt (ms)
(ms)
Fig. 6.38 - Corrente de curto-circuito entre fase e neutro – Corrente de campo If
7
3
Ia (A)
( f-n ) ( )
2
ia A
1
-1
-2
-3
0
16
24
32
40
48
56
64
72
80
88
96
104
112
120
128
136
144
152
160
168
176
184
192
200
t t (ms)
(m s )
10.0
I d'' (f-n) = 2, 75 A
1.0
I''d+I'd I d' (f-n)
= 1,1 A
e
1 '
Td = 144 ms
2 ( f-n )
Td' = 72 ms
( f-n )
0.1
0
16
24
32
40
48
56
64
72
80
88
96
104
112
120
128
136
144
152
160
168
176
184
192
200
t t(ms)
(ms)
Fig. 6.40 - Curva envolvente subtransitória e transitória
10
I''d ( f-n )
1
= 1.01 A
e
I''d (A)
Td'' = 9 ms
( f-n )
0,1
0 4 8 12 16 20 24 28 32
t (ms)
Fig. 6.41 – Curva envolvente subtransitória
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
I (A)
0,0
-0,5
-1,0
Ta = 27 ms
-1,5 ( f-n )
-2,0
-2,5
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76 80 84 88 92 96 100
t t (ms)
(ms)
Fig. 6.42 – Componente continua da fase A
Através das figuras 6.40, 6.41 e 6.42 obtém-se os valores das constantes de tempo da
máquina Td'' , Td' e Ta e as correntes I d'' e I d' , importantes para a
( f-n ) ( f-n ) ( f-n ) ( f-n ) ( f-n )
simulação matemática.
Para se poder fazer a simulação das correntes de curto-circuito vão ser calculados os
valores das reactâncias X d'' e X d' .
( f-n ) ( f-n )
O cálculo da reactância subtransitória entre fases tem por base os valores em cima
determinados,
Uq
X d'' = = 80 Ω X d'' = 80 Ω
( f-n ) I d'' ( f-n )
( f-n )
Uq
X d' = = 122, 2 Ω X d' = 122, 2 Ω
( f-n ) I d' ( f-n )
( f-n )
Convertendo para unidades “pu” (por unidade) para que a máquina em estudo seja mais
facilmente comparada com outras similares que existem.
X d 297
Xd = = = 2 pu
( pu ) X n 147
X d'
( f-n ) 200
X d' = = = 0,83 pu
( pu ) Xn 147
X d''
( f-n ) 59,78
X d'' = = = 0,55 pu
( pu ) Xn 147
Substituindo as constantes acima achadas nas equações (5.59) e (5.60) das correntes de
curto-circuito já deduzidas no capítulo anterior, obtém-se os andamentos temporais para cada
fase.
⎡ −
t
⎢⎛ ⎞ T ''
⎜ 1 1 ⎟ d( f-n )
ia (t ) = 3U q ⎢⎜ − ⎟ e +
( f-n ) ⎢ X '' + X 2 + X 0 X d' + X2 + X0 ⎟
⎜
⎢⎝ ( f-n )
d ( f-n ) ⎠
⎢⎣
t
−
⎛ ⎞ T'
⎜ 1 1 ⎟ d( f-n ) 1 ⎤ (5.59)
+⎜ − ⎟e + ⎥×
'
⎜ X d( f-n ) + X 2 + X 0 X d + X 2 + X 0 ⎟ X d + X 2 + X 0 ⎥⎦
⎝ ⎠
t
∞
3U q cos(λ ) ⎛⎜ 1
∞ ⎞ − Ta
×
n=0
∑( −b0 ) cos ( (2n − 1) ( ωt ) ) −
n
1
X 2 + X0 ⎝
⎜⎜ 2
+
n =1
∑
( −b0 ) cos(2nωt) ⎟⎟ e ( f-n )
n
⎟
⎠
2
800
600
400
( f-n ) (
ia A)
IFN (A)
200
200
400
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t (s)
(s)
Fig. 6.41 – Simulação da corrente de curto-circuito entre fase e neutro
⎡ − t t ⎤
⎛ X − X' ⎞⎢ T' ⎛ ⎞ − t − ⎥
⎜ d d( f-n ) ⎟ ⎢ d( f-n ) ⎜ ⎟ Td'' Ta
if (t ) = if0 + if0 ⎜
T
− ⎜1 − kd −
Tkd ( f-n )
cos ( ωt ) ⎥
( f-n ) ' ⎟ ⎢e '' ⎟e ''
e
⎥
⎜ X d( f-n ) ⎟⎢ ⎜ Td( f-n ) ⎟ Td
( )
f-n ⎥
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
⎢⎣ ⎥⎦
(5.60)
Resulta o gráfico o gráfico da figura 6.42
2
iFfn (A)
( f-n ) (
if A)
1
1
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t (s)
(s)
Fig. 6.42 – Simulação do curto-circuito fase-neutro– Corrente de campo
A (f.m..m.)1' girando com a frequência 2f no sentido de rotação do rotor vai por sua vez
induzir no estator uma corrente de frequência 2f + f = 3f ou seja a 3ª harmónica.
A (f.m..m.)'2 girando com a frequência -2f em sentido contrário à rotação do rotor irá por
sua vez induzir no estator uma corrente de frequência -2f + f = -f , isto é, com o valor absoluto
da fundamental.
(f.m.m. pulsante)
Conclusão:
ω No curto-circuito assimétrico fase-
+ω −ω neutro, mesmo com o circuito magnético
A linear, obtêm-se correntes de 2ª harmónica
(f.m.m.)1 (f.m.m.) 2 no rotor e de 3ª harmónica no estator,
Curto - Circuito
Fase - Fase Porém, o processo repete-se. A corrente
Estator
N de 3ª harmónica do estator, por sua vez,
induz uma corrente de 4ª harmónica no rotor
B C e esta reflecte-se no estator com uma
icc
A
ia
.
Estator in
N
B C ib
ib = 0
If
Rotor
1,0
0,5
0,0
-0,5
-1,0
( f-f-n ) (
ian A ) -1,5
Iac (A)
-2,0
-2,5
-3,0
-3,5
-4,0
-4,5
0
36
72
108
144
180
216
252
288
324
360
396
432
468
504
540
576
612
648
684
720
756
792
828
864
900
936
972
tt (ms)
(ms)
Fig. 6.45 – Corrente de curto-circuito assimétrico fase-fase-neutro – Fase A e C
2
1
0
-1
-2
( f-f-n ) (
icn A) -3
IN (A)
-4
-5
-6
-7
-8
-9
-10
0
36
72
108
144
180
216
252
288
324
360
396
432
468
504
540
576
612
648
684
720
756
792
828
864
900
936
972
tt (ms)
(ms)
Fig. 6.46 – Corrente de curto-circuito assimétrico fase-fase-neutro – Fase C e Neutro
0,7
0,6
0,5
0,4
( f-f-n ) ( )
0,3
if A
IF (A)
0,2
0,1
0,0
-0,1
-0,2
-0,3
0
40
80
120
160
200
240
280
320
360
400
440
480
520
560
600
640
680
720
760
800
840
880
920
960
tt (ms)
(ms)
Fig. 6.47 – Corrente de curto-circuito assimétrico fase-fase-neutro – Corrente de Excitação
1,5
0,5
-0,5
( f-f-n ) (
ian A)
Iac (A)
-1,5
-2,5
-3,5
-4,5
-5,5
0
12
16
20
24
28
32
36
40
44
48
52
56
60
64
68
72
76
80
84
88
92
96
100
t t (ms)
(ms)
Fig. 6.48 – Envolvente da curva de curto-circuito assimétrico fase-fase-neutro – Fase A C
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
-1,0
-2,0
( f-f-n ) (
icn A) -3,0
IN (A)
-4,0
-5,0
-6,0
-7,0
-8,0
-9,0
-10,0
-11,0
-12,0
0
12
16
20
24
28
32
36
40
44
48
52
56
60
64
68
72
76
80
84
88
92
96
100
t t(ms)
(ms)
10,0
I d'' = 5,25 A
( f-f-n )
Id'
( f-f-n)
= 1,7 A
I d' = 2,8 A e
( f-f-n )
I''d+I'd (A)
1,0
1 '
2 d ( f-f-n )
T
Td' ( f-f-n ) = 8 ms
0,1
0
12
16
20
24
28
32
36
40
44
48
52
56
60
t t (ms)
(ms)
10,0
I d''
( f-f-n )
= 1,93 A
e
I''(A)
1,0
Td'' = 4 ms
( f-f-n )
0,1
0 4 8 12 16
t t(ms)
(ms)
4,00
2,00
0,00
I (A)
-2,00
-4,00
Ta = 18 ms
-6,00 ( f-f-n )
-8,00
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60
t (ms)
t (ms)
Fig. 6.52 – Componentes contínuas das fases A C e neutro
Através das figuras 6.40, 6.51 e 6.52 obtém-se os valores das constantes de tempo da
máquina Td'' , Td' e Ta e as correntes I d'' e I d' , importantes para a
( f-f-n ) ( f-f-n ) ( f-f-n ) ( f-f-n ) ( f-f-n )
simulação matemática.
Para se poder fazer a simulação das correntes de curto-circuito vão ser calculados os
valores das reactâncias X d'' e X d' .
( )
f-f-n ( f-f-n )
O cálculo da reactância subtransitória entre fases tem por base os valores em cima
determinados,
Uq
X d'' = = 59,78 Ω X d'' = 59,78 Ω
( f-f-n ) I d'' ( f-f-n )
( f-f-n )
Uq
X d' = = 78,6 Ω X d' = 78,6 Ω
( f-f-n ) I d' ( f-f-n )
( f-f-n )
Convertendo para unidades “pu” (por unidade) para que a máquina em estudo seja mais
facilmente comparada com outras similares que existem.
X d 297
Xd = = = 2 pu
( pu ) X n 147
X d'
( f-f-n ) 200
X d' = = = 0,54 pu
( pu ) Xn 147
X d''
( f-f-n ) 59,78
X d'' = = = 0,41 pu
( pu ) Xn 147
Substituindo as constantes acima achadas nas equações (5.62), (5.63) e (5.65 ) das
correntes de curto-circuito já deduzidas no capítulo anterior, obtém-se os andamentos
temporais para cada fase,
U q ⎧ ⎡ '' ⎛ '' ⎞ ⎤
ian
( f-f-n )
(t ) = ⎨− ⎢3 X q( f-f-n ) cos ( ωt ) − 3 ⎜ X q( f-f-n ) + 2 X 0 ⎟ sen ( ωt ) ⎥ C +
D ⎩ ⎣ ⎝ ⎠ ⎦
3 ⎡⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎤
+ ⎢⎜ X d'' + X q' ⎟ cos ( ωt ) − ⎜ X d'' − X q'' ⎟ cos ( 2ωt − λ ) ⎥ A +
2 ⎣⎝ ( f-f-n ) ( )⎠
f-f-n ⎝ ( f-f-n ) ( )⎠
f-f-n ⎦
3 ⎡⎛ '' ⎞ ⎛ '' ⎞ ⎤ ⎫
⎜ X d( f-f-n ) + X q( f-f-n ) + 4 X 0 ⎟ sen ( λ ) − ⎜ X d( f-f-n ) − X q( f-f-n ) ⎟ sen ( 2ωt − λ ) ⎥ B ⎬
'' ''
+ ⎢
2 ⎣⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎦ ⎭
(5.62)
200
( f-f-n ) (
ian A)
IAN (A)
400
600
800
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
tt (s)
(s)
Fig. 6.53 - Simulação da corrente de curto-circuito fase-fase-neutro - Fase A e Neutro
U q ⎧ ⎡ '' ⎛ '' ⎞ ⎤
icn
( f-f-n )
(t ) = ⎨− ⎢3 X q( f-f-n ) cos ( ωt ) − 3 ⎜ X q( f-f-n ) + 2 X 0 ⎟ sen ( ωt ) ⎥ C +
D ⎩ ⎣ ⎝ ⎠ ⎦
3 ⎡⎛ ⎞ ⎛ '' ⎞ ⎤
+ ⎢⎜ X d'' + X q'' ⎟ cos ( ωt ) − ⎜ X d( f-f-n ) − X q( f-f-n ) ⎟ cos ( 2ωt − λ ) ⎥ A +
''
2 ⎣⎝ ( f-f-n ) ( f-f-n ) ⎠ ⎝ ⎠ ⎦
3 ⎡⎛ '' ⎞ ⎛ '' ⎞ ⎤ ⎫
⎜ X d( f-f-n ) + X q( f-f-n ) + 4 X 0 ⎟ sen ( λ ) − ⎜ X d( f-f-n ) − X q( f-f-n ) ⎟ sen ( 2ωt − λ ) ⎥ B ⎬
'' ''
+ ⎢
2 ⎣⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎦ ⎭
(5.63)
200
( f-f-n ) (
icn A)
ICN (A)
400
600
800
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
tt (s)
(s)
Fig. 6.54 - Simulação da corrente de curto-circuito fase-fase-neutro - Fase C e Neutro
⎡ − t t ⎤
⎛ X − X' ⎞⎢ T' ⎛ ⎞ − t − ⎥
⎜ d d( f-f-n ) ⎟ ⎢ d( f-f-n ) ⎜ ⎟ Td'' Ta ( f-f-n )
cos ( ωt ) ⎥
Tkd Tkd
if (t ) = if0 + if0 ⎜ ⎟ ⎢e − ⎜1 − ⎟e − e
( f-f-n ) ' '' '' ⎥
⎜ X d( f-f-n ) ⎟⎢ ⎜ Td( f-f-n ) ⎟ Td
( f-f-n ) ⎥
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
⎢⎣ ⎥⎦
(5.65)
10
( f-f-n ) (
if A)
4
IF (A)
As simulações realizadas neste capítulo permitem ter a percepção dos picos de corrente a
que o estator estaria sujeito caso se tratasse de um curto-circuito real em qualquer uma das
três possibilidades aqui estudadas. Assim, com base neste estudo pode-se iniciar todo o
dimensionamento das protecções de toda a carga a jusante, sejam disjuntores ou fusíveis.
t ⎡ −
t
−
t ⎤
− ⎢ 1 ⎛ 1 1 ⎞ Td' ⎛ 1 1 ⎞ T'' ⎥
T (t ) = U q 2e Ta
sen ( ωt ) ⎢ ' + ⎜ ' − ⎟e + ⎜ '' − ' ⎟e d ⎥ +
⎜ ⎟ ⎜X ⎟
⎢ Xd ⎝ Xd Xd ⎠ ⎝ d Xd ⎠ ⎥
⎣ ⎦ (5.50)
t
Uq2 −T ⎛ 1 1 ⎞
+ a e sen ( 2ωt ) ⎜ '' − '' ⎟
4 ⎜ Xd Xq ⎟
⎝ ⎠
.
1.5 .10
5
1 .10
5
5 .10
4
T (N.m)
T (N)
5 .10
4
1 .10
5
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t t (s)
(s)
Fig. 7.1 – Comportamento do Binário durante o curto-circuito.
dJ = r 2 dm
l
dr
r
ω Do
γ
γ Ro
De acordo com as figuras 7.3 e 7.4, por definição o momento polar do anel elementar
vale,
R
R0 ⎡ r4 ⎤ 0 1
R0
J=
0 ∫
dJ = γ 2πλ
0 ∫
r dr =γ 2πλ ⎢ ⎥ = γπλR04
3
⎢⎣ 4 ⎥⎦ 0 2
(7.2)
R02 ⎛R ⎞
J =m = m ⎜ 0 ⎟ = mRg2 (7.3)
2 ⎝ 2⎠
R
onde o raio de giração Rg = 0 = 0,707 R0 representa a distância ao centro de uma coroa
2
infinitesimal .
1
J= PDg2 com g = 9,8 m/s 2 (7.4)
4g
πD02
O peso do rotor pode ainda ser representa por P = γ λg diâmetro de giração por
4
D
Dg = 0 .
2
1
J= γπV prism D02 ( Kg .m2 ) (7.5)
32
O momento de inércia da equação (7.5), varia com o quadrado do diâmetro. Daí que os
turboalternadores tenham um momento polar de inércia menor do que o dos hidroalternadores
para as mesmas condições. Pode-se observar a figura 1.5 e 1.6 que expõe em detalhe as
diferenças físicas entre ambos os tipos de máquinas síncronas.
• Método analítico
Basta substituir os valores de catálogo de PDg2 directamente na equação (7.4) e
imediatamente se obtém o momento de inércia J.
• Método do Pêndulo
Este método é mais preciso que o anterior porque é baseado na simulação real do
movimento pendular através da extracção do rotor do interior da máquina.
Uma vez o rotor extraído, o seu veio vai ser colocado sobre duas barras que se pretendem
com o mínimo de atrito, para não perturbar o movimento pendular que lhe vai ser imposto. O
movimento pendular vai ser conseguido com auxílio de um peso colocado a uma distância de
preferência ao centro de massa do rotor, seguidamente anima-se o sistema.
O momento de inércia que vai ser obtido depende do tempo que o sistema demora a
parar, que se deve à relação das diferenças entre as massas do rotor e do peso.
d ωr
J = −Tf (7.6)
dt
r
γ
θ ω
mg Pêndulo
Fig. 7.5 – Medição do momento de inércia pelo Método do Pêndulo
Kb ωr
Tf = Kb (7.7)
r
t
−
τem
ωr = ωm e (7.8)
1000
N (rpm)
500
0
0 1 2 3 4 5
t(s)
Fig. 7.6 – Curva de desaceleração do rotor
O presente trabalho é uma ferramenta muito importante para poder prever as correntes
que as máquinas síncronas de pólos salientes podem atingir quando sujeitas a um brusco
curto-circuito. Para o efeito, foram identificados os ensaios que são considerados mais críticos
para a integridade física da máquina e equipamento envolvente.
Para conhecer a presente máquina foi necessário fazer vários ensaios, a fim de conhecer
as suas características fundamentais tais como curva da f.e.m. em vazio, curva da corrente de
armadura em curto-circuito, reactâncias e constantes de tempo, deduzidas a partir das curvas
das correntes de curto-circuito obtidas em ensaio com correntes de tensões reduzidas,
comparativamente com os valores nominais definidos pelo fabricante da máquina.
As constantes de tempo e reactâncias determinadas pertencem aos três períodos temporais
onde se enquadra um curto-circuito típico, que são o subtransitório, transitório e nominal.
Com o conhecimento destas constantes, foi possível simular graficamente o andamento
temporal das correntes de curto-circuito que a máquina irá desenvolver quando for sujeita a
um brusco curto-circuito em regime nominal.
Estas curvas simuladas irão ajudar no dimensionamento das protecções do circuito a
jusante, visto poderem ser confrontadas com as curvas das protecções e assim será possível
escolher a protecção mais adequada. De salientar que o valor eficaz da corrente subtransitória
alcançada durante os dois primeiros ciclos, serve como base para o cálculo da corrente de
regulação da interrupção do disjuntor a seleccionar para proteger a carga aplicada à máquina.
Os ensaios desenvolvidos, possibilitaram o confronto entre a teoria da máquina síncrona e
os respectivos resultados experimentais, que se revelaram estar em quase absoluta sintonia,
evidenciada graficamente.
Toda a vasta Teoria exposta sobre esta matéria exige a avaliação comportamental da
máquina num exaustivo conjunto de situações diferenciadas ao nível de simulações, que este
trabalho procurou de forma modesta abordar através da selecção criteriosa das consideradas
críticas para análise do fenómeno.
No entanto, a investigação desenvolvida, os resultados obtidos e a actualidade da
temática no contexto da segurança dos sistemas de produção de energia, onde se insere a
máquina estudada, estimulam a um aprofundamento de alguns assuntos, nomeadamente o
comportamento do binário da máquina durante o curto-circuito.
A continuidade deste trabalho está assim, desde já assegurada pela motivação para a
“descoberta” de soluções que protejam os grandes centros produtores de energia de ameaças
ao seu funcionamento e que são passíveis de desenvolvimento no campo experimental e
teórico.
[1] Bernard Adkins M.A.. “ The General Theory of Electrical Machines”. Chapman an Hall,
1964, ISBN 412 07840 6/87
[2] Charles Concordia “Synchronous Machines Theory and Performance”. General Electric
Company, 1951. Chapter 4, 5 , 6, 7.
[3] Chee – Mun Ong, “Dynamic Simulation of Electric Machinery, using MatLab
/Simulink”. Prentince Hall, ISBN 0-13-723785-5. Chapter 7 –Synchonous Machines
[4] Syed A. Nasar, “Máquinas Eléctricas” . Schaum McGraw-Hill, CEP 04533 . Capítulo 6 –
Máquinas Síncronas.
[5] A.E. Fitzgerald, “Máquinas Eléctricas”. McGraw –Hill, Capítulo 10 – Máquinas de C.A.,
Transitórios e Dinâmica
[6] Siemens, “Manual de Engenharia Eléctrica” Livraria Nobel S.A. - Nº0536, Capítulo 8 –
Corrente de Curto-Circuito em sistemas trifásicos.
•
•
campo
campo
Corente
Corente
eexcitação
campo
Corrente
Correntede
Corrente de
xciação de
de
campo
de
@1500 r.p.m
@1500 r.p.m
@1500 r.p.m
@1500 r.p.m
Curto-Circuito
Curto-Circuito
Anexo I
do eixo directo
Circuito Aberto
Tensão de saida
saída
Reactância síncrona
de excitação
I f (A)
em Circuito Aberto E0 (V)
I cc (A)
excitação If(A)
I f (A)
E0(V)
E0 (V)
Icc(A)
I cc (A)
X d (Ω)
0 0 0
Xd(Oh)
0,10 0,01 5
0,12 0,02 15
0,44 148
0,46 152
0,61 302,00 0,65 196
0,48 162
0,70 295,70 0,74 219 0,51 0,52 168
0,53 178
0,81 270,55 0,86 233
0,55 179
0,91 249,99 1,00 250 0,57 185
Resultados Experimentais
0,59 190
1,01 232,49 1,12 260
0,61 0,65 196
2006
Média
Periodo
Periodo
Período
continuas
Armadura
Armadura
Tensão da
Contínuas
Período
Resistência
Corrente da
da Armadura
Componentes
Componentes
t ( ms )
ra ( Ω )
Ua(V)
U a (A)
I bDC (A)
I cDC (A)
t ( ms )
I aDC (A)
3,68 0
0,80 1,00 -3,75 0 0 0
2,95 4
0,90 0,70 -2,90 4 90,91 0,02 2
2,57 8
1,10 0,60 -2,10 8 76,92 0,05 4
1,08 96
1,06 100
119
2006
Anexos
•
•
•
•
Média
Média
Periodo
Periodo
Periodo
Periodo
Período
Período
Continua
continuas
Contínua
Período
Contínuas
Período
Componente
Componentes
Componentes
t ( ms )
Componente I
t ( ms )
t ( ms )
t ( ms )
I d'' ( f-f ) + I d' ( f-f ) (A)
1,47 60
0,137 48 1,42 60 -1,46 1,60 48
1,45 64
0,128 52 1,40 64 -1,44 1,58 52 1,43 68
Resultados que serviram de base à construção do gráfico das figuras 6.40 e 6.41
1,38 68
0,119 56 -1,42 1,56 56 1,41 72
Resultados que serviram de base à construção dos gráficos das figuras 6.26 e 6.27.
1,35 72
0,110 60 -1,40 1,54 60 1,39 76
1,36 76
1,37 80
0,101 64 1,33 80 -1,38 1,52 64
1,35 84
0,092 68 1,33 84 -1,36 1,50 68 1,33 88
1,29 88
0,083 72 -1,34 1,48 72 1,32 92
1,29 92
0,074 76 -1,32 1,46 76 1,31 96
1,25 96
1,30 100
0,065 80 1,25 100 -1,30 1,44 80
0,056 84 -1,28 1,42 84
2006
Anexos
•
•
Média
Período
Periodo
Periodo
continuas
Contínuas
Período
Componentes
Componentes
t ( ms )
t ( ms )
I d'' ( f-f-n ) + I d' ( f-f-n ) (A)
-0,58 0,33 48
0,49 56
-0,52 0,25 52
0,48 60
Resultados que serviram de base à construção do gráfico da figura 6.50 e 6.51
-0,64 0,33 56
0,46 64
-0,70 0,33 60 0,45 68
0,43 72
0,42 76
0,40 80
0,39 84
0,37 88
0,36 92
0,34 96
0,33 100
121
2006
Anexos 122
Especificações
0
Ia (A)
200
400
600
0 01 02 03 04 05 06 07 08 09 1
400
200
Ib (A)
200
400
600 0 01 02 03 04 05 06 07 08 09 1
400
Ic (A)
200
200
6 0 01 02 03 04 05 06 07 08 09 1
4
If (A)
2
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