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O GRAU DE ATENDIMENTO À NR-18 PELAS PEQUENAS CONSTRUTORAS NO

MUNICÍPIO DE SOBRAL

Gabrielle Silva Frota1

Nelson de Oliveira Quesado Filho2

RESUMO

Sabe-se que a construção civil no Brasil é um setor econômico que tem uma
significativa participação na quantidade de acidentes ocupacionais. Desse modo,
torna-se necessário que existam medidas preventivas e corretivas que possam sem
aplicadas no canteiro de obras. Entre essas medidas, existe a NR-18, que é uma
norma regulamentadora voltada apenas para a construção civil. Mas, apesar da
existência da norma, ainda existe um elevado rol de acidentes de trabalho no setor.
A partir disso, esse trabalho tem como objetivo traçar um perfil de atendimento da
NR-18 de um centro regional, de modo a analisar se fatores geográficos e
socioeconômicos causam influência na gestão de saúde e segurança do trabalho.
Utiliza-se da aplicação de um checklist, aplicada com 4 engenheiros responsáveis
por canteiros de obras em Sobral, em que, através de um índice de porcentagem
será classificado o grau de atendimento da NR-18. Ao aplicar o checklist, concluiu-
se que Sobral possui um atendimento, quanto à NR-18, que pode ser classificado
como ótimo, onde o fator geográfico tem influência apenas quanto a existência de
pouca fiscalização, por existirem poucos fiscais do trabalho no município e os fatores
socioeconômicos tem influência quanto ao perfil dos trabalhadores, devido ao baixo
nível de escolaridade.

Palavras-chave: Segurança do Trabalho. Canteiro de obras. Prevenção de acidente


de trabalho. NR-18.

ABSTRACT

Keywords: Safety Engineering. Construction site. Occupational accident prevention.


NR-18.

1 INTRODUÇÃO

1
Graduanda, Engenharia Civil, Aluna, gabriellesfrota@gmail.com 2 Especialista, Engenharia Civil,
Professor, nquesado@gmail
Durante os séculos 18 e 19 ocorreu a Revolução Industrial, que alterou
expressivamente a vida dos trabalhadores da época (BRASIL, 2011). Com a extensa
jornada de trabalho e a falta de especialização dos trabalhadores, os acidentes de
trabalho tornaram-se cada vez mais comuns - os trabalhadores não recebiam
treinamentos, equipamentos de proteção, assistência médica, entre outros fatores.
Desde então, tornou-se necessário a criação de leis e medidas que assegurassem a
vida e a dignidade do trabalhador (BRASIL, 2011).
A partir da Lei n° 6.514 de 1977, as Normas Regulamentadoras (NR’s)
relativas à Segurança e Medicina do Trabalho foram criadas, sendo inicialmente 26
NR’s (BRASIL, 1977). Essas normas determinam quais os direitos e deveres que os
empregados e empregadores, tem, no que se refere à saúde e segurança do
trabalho (BRASIL, 1977).
As NR’s são aplicadas em todos os setores econômicos do país, que, ao
possuírem empregados, e, ao oferecem produtos e prestarem serviços, passam a
ter participação no Produto Interno Bruto (PIB) do país. O PIB representa,
monetariamente, tudo o que foi produzido no país – salário, produtos, impostos,
entre outros (BRASIL, 2016).
O PIB, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,
2016), foi de 6,266 trilhões de reais no ano de 2016 e a indústria da construção civil
foi responsável por 10,4% desse valor, totalizando um valor de R$ 6,259 bilhões. À
vista disso, percebe-se a fundamental importância que a construção civil tem para a
economia brasileira como indústria de alavancagem.
De acordo com Brasil (2016), o Brasil, em 2015, possuía
aproximadamente 13 (treze) milhões de trabalhadores no setor da construção civil.
O total de trabalhadores brasileiros, em 2015, era de 94,8 milhões de pessoas
(IBGE, 2016). Percebe-se que os colaboradores da construção civil representam
aproximadamente 13,7% do total de empregados do país, ou seja, quase um sexto
de todas as pessoas economicamente ativas no Brasil.
Em 2016, no Anuário Estatístico da Previdência Social - AEPS, foram
registrados 578.965 acidentes de trabalho, sendo divididos em acidentes com
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e sem CAT, e, somente no setor da
construção civil, foram registrados 34.786 acidentes de trabalho (MINISTÉRIO DA
FAZENDA, 2016). Pode-se dizer que a construção civil foi responsável por
aproximadamente 6% da totalidade de acidentes laborais no ano de 2016 em todo o
território nacional.
Embora exista uma rigorosa legislação quanto a saúde e segurança do
trabalho, percebe-se que a quantidade de acidentes ainda é elevada, o que se faz
necessário entender as causas desse elevado índice. Amorim e Motta (2013)
afirmam que entre as principais causas dos acidentes de trabalho está a falta de
investimento das empresas e a presença de mão-de-obra desqualificada.
As empresas preferem não ter gastos com treinamentos e qualificação
dos profissionais, por conta da alta rotatividade da mão-de-obra, e também porque o
salário de um profissional que possui especialização na sua área de trabalho é maior
que o salário de um profissional que não possui; os empregados, em sua maioria
são de baixo nível de instrução, ou seja, não possuem uma qualificação profissional,
e se tornam mais resistentes, quanto a necessidade do uso dos equipamentos de
proteção (AMORIM E MOTTA, 2013).
Através dessa óptica do baixo nível de instrução do trabalhador e do
baixo grau de interesse do empregador em investir em saúde e segurança do
trabalho, o presente trabalho usará o município Sobral como instrumento de
pesquisa, pois a autora possui uma maior facilidade para a obtenção de dados para
o desenvolvimento da pesquisa.
Levando em consideração a óptica desses dados citados anteriormente,
este trabalho conta como questão de pesquisa a seguinte pergunta: Qual o perfil de
atendimento da NR-18 de um centro regional?
A partir dessa questão de pesquisa, o objetivo geral desde trabalho
verificar o nível de aderência da NR-18 no canteiro de obras de construtoras de
pequeno porte, levando em consideração as influências que fatores geográficos e
socioeconômicos causam na gestão de saúde e segurança do trabalho.
Os objetivos específicos são estabelecer um modelo de check-list voltado
para à aplicação da NR-18 em obras de pequeno porte, aplicar este modelo com os
engenheiros responsáveis das obras no município de Sobral, analisando as
principais dificuldades encontradas por eles para a efetiva implantação da NR-18 no
canteiro de obras, verificar se essas dificuldades podem ser sanadas, e traçar um
perfil dos engenheiros e das construtoras quanto ao conhecimento da NR-18.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Saúde e Segurança do Trabalho na Engenharia Civil

Nos anos de 2013, 2014 e 2015 foram registrados, respectivamente,


62.408, 50.662 e 41.012 acidentes de trabalho no setor de construção (MINISTÉRIO
DA FAZENDA, 2015). Nesse ínterim, compreende-se que, mesmo com as
legislações em vigor que regulam a segurança e medicina do trabalho, o índice de
acidentes nessa indústria ainda é bastante significativo.
É importante acentuar que essa redução que vem ocorrendo na
quantidade de acidentes não ocorre necessariamente em valores absolutos. Pois,
desde 2014, com a crise econômica que o Brasil enfrenta, o setor da construção civil
teve uma queda de investimentos e paralisação de obras (VENTURA, 2017).
Ou seja, com uma menor quantidade de obras ativas, torna-se necessário
que muitos empregados sejam demitidos, o que ocasiona uma menor quantidade de
empregados nas empresas/obras, o que consequentemente diminui a quantidade de
acidentes de trabalho.
Não obstante, apesar da relação direta da crise econômica com a
diminuição da quantidade de acidentes na indústria da construção, é necessário
compreender a influência que a gestão, quanto à saúde e segurança do trabalho,
tem nessa alta quantidade de acidentes. Ou seja, é necessário compreender se isto
ocorre por falta de legislação ou mesmo por responsabilidade das próprias
empresas de construção, quanto ao não cumprimento das normas existentes,
principalmente da decorrência de pouca fiscalização.

2.2 Legislação aplicada à Saúde e Segurança do Trabalho


Barsano e Barbosa (2014) afirmam que a legislação aplicada à
Segurança do Trabalho é dividida em três esferas, sendo elas federal, estadual e
municipal. As legislações estadual e municipal são provenientes, respectivamente,
pelo poder Legislativo Estadual e o poder Executivo Municipal, e essas legislações
variam de acordo com cada região em que se inserem, já a legislação federal
provém do poder Legislativo Federal e Executivo Federal (BARSANO; BARBOSA,
2014).
A partir disso, pode considerar que a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) é a principal lei que rege as normas de saúde e segurança do trabalho. A CLT
regula as normas trabalhistas, garantindo proteção ao trabalhador e direitos e
deveres ao trabalhador e ao empregador (BRASIL, 1943). Sendo alguns exemplos
desses direitos e deveres: carteira de trabalho, salário mínimo, direito à greve,
jornada de trabalho, descanso semanal, licença-maternidade, entre outros (BRASIL,
1943).
Percebe-se que nem todas as normas regulamentadoras são aplicáveis
na indústria da construção civil, pois algumas são direcionadas para outras áreas.
Para Coelho e Ghisi (2016) as NR’s 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 12,15, 16, 18, 24, 26, 33 e 35
são as mais aplicáveis para a construção civil. Enquanto, por exemplo, as NR’s 13,
29, 30, 31 e 32 não são aplicáveis em nenhuma hipótese para a construção de
edificações (MTE, 2015). Para Health Care (2017), a NR 18 pode ser considerada
como uma das normas mais importante para o setor da construção, pois ela
estabelece as condições físicas e ambientais do canteiro de obras.

2.3 Equipamento de proteção coletiva e individual


Medeiros e Rodrigues (2001) afirmam que, quando não é possível
eliminar os riscos de acidente de trabalho, seja através de uma reorganização da
estrutura do trabalho, ou rearranjo do processo construtivo, ou mudança de
materiais, entre outras possibilidades, é necessário a utilização de meios que
minimizem esses riscos, através do uso de equipamentos de proteção coletiva
(EPC) e equipamentos de proteção individual (EPI).
Para Souza (2016), os equipamentos de proteção coletiva são utilizados
para “[..] proteger um grupo de pessoas que estão em um mesmo local. [...] não visa
apenas o ambiente de trabalho, mas qualquer tipo de ambiente onde tenha tráfego
de pessoas. ”. Extintores de incêndio, hidrantes, mangueiras, redes de proteção,
placas sinalizadoras: guarda-corpos, corrimões, sirene são alguns exemplos de
EPC’s.
Ainda segundo Souza (2016), os EPI’s “[...]são utilizados individualmente.
[...] é todo dispositivo que protege o trabalhador contra um ou mais riscos que
possam ocorrer simultaneamente e que podem ameaçar sua segurança e saúde. ”.
Capacete, óculos de segurança, calçado de segurança, protetor auricular, luvas,
braçadeiras são alguns exemplos de EPI’s.
A NR 6 regula quanto aos equipamentos de proteção individual, por
exemplo, especificando a obrigatoriedade do Certificado de Aprovação (CA) que os
equipamentos de proteção devem ter para poderem ser vendidos e utilizados,
especificando também a obrigatoriedade da empresa, empregador, empregado,
fabricantes, órgãos competentes nacionais e regionais quanto aos equipamentos de
proteção individual. (MTE, 2017).

2.4 Perfil dos trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho na construção civil


Costella, Cremonini e Guimarães (1998), fizeram uma análise dos
acidentes de trabalho na construção civil no estado do Rio Grande do Sul, e
concluíram que 66% dos acidentes de trabalho no setor da construção civil,
aconteceram com serventes e pedreiros, como mostra a figura 1.
Figura 1 - Profissão dos acidentados

Fonte: Costella, Cremonini e Guimarães (1998)


Em 2005, Silveira et tal. fizeram um estudo de caso de acidentes de
trabalho na construção civil no município de Ribeirão Preto, no estado de São Paulo,
através de 6.122 prontuários hospitalares. Destes 6.122 prontuários, 618 eram de
pacientes que sofreram algum tipo de acidente de trabalho, e destes 618
prontuários, 150 eram de trabalhadores da indústria da construção civil, o que
representava aproximadamente 25% dos acidentes de trabalho (SILVEIRA et al.,
2005).
Através desses prontuários, foi identificado qual função os acidentados
exerciam, como exemplifica a figura 7, sendo 83 trabalhadores - 55,2% -
identificados como pedreiros ou ajudantes de pedreiros; 26 trabalhadores - 17,2% -
eram serralheiros, marceneiros, carpinteiros e seus ajudantes; 11 trabalhadores -
7,5% - exerciam o cargo de pintor; 28 trabalhadores – 18,6% - exerciam diferentes
profissões, tais como, vidraceiros, ajudantes de montagem, oficiais de serviço,
operadores de betoneira, ajudantes de encanador, calheiros e encarregados de
obras; e 2 trabalhadores - 1,5% não tiveram suas ocupações especificadas
(SILVEIRA et al., 2005).
Através desses estudos, é possível perceber que, a maioria dos
trabalhadores que são vítimas de algum tipo de acidente de trabalho são aqueles
que exercem uma função que não precisa de especialização de mão-de-obra, como
serventes, pedreiros e seus ajudantes, diferentemente de funções como
serralheiros, eletricistas, operadores de betoneira, entre outros, que para
executarem a sua função, precisam realizar cursos para serem especialistas.

2.5 Dificuldades quanto ao cumprimento da NR-18


Quanto a revisão da NR-18 e a sua efetiva aplicação no canteiro de
obras, ao ser composta por 39 tópicos, torna-se laborioso atender todas as suas
exigências no canteiro de obras. Lima (2014) destaca que, a falta de gestão técnica
e administrativa, e a falta de conscientização dos trabalhadores, são os principais
fatores responsáveis pela ineficiência da efetiva aplicação da NR-18 no canteiro de
obras.
Um dos aspectos negativos da NR-18, para os empregadores, é porque,
para a sua efetiva implantação, é necessário que a fiscalização na obra seja
frequente, o que consequentemente gera um aumento dos custos na obra
(SANT’ANNA JÚNIOR, 2013). Para os responsáveis pela segurança das obras, as
principais dificuldades referentes ao cumprimento da NR-18 é a falta de
conscientização – principalmente a dificuldade cultural do empregado em aceitar a
utilização dos equipamentos de proteção no dia-a-dia, a falta de planejamento e a
própria divergência entre os fiscais, pois em um mês um fiscal determina o que deve
ser corrigido, as correções são feitas, e no outro mês outro fiscal aparece e manda
desfazer aquilo que foi corrigido, pois para ele não era essa correção que deveria
ser feita (SANT’ANNA JÚNIOR, 2013).
À vista disso, Sant’anna Júnior (2013) afirma que, em relação as
exigências da NR-18, as mais difíceis de serem atendidas são aquelas que
especificam sobre escavações e fundações, sinalização, medidas de proteção
contra queda em altura, fornecimento de água potável, armações de aço,
equipamento de proteção individual, ordem e limpeza, torre de elevadores, e
escadas, rampas e passarelas.
2.6 Custos trabalhistas
Para Santos (2012), os acidentes e doenças de trabalho trazem
consequências para o trabalhador, para a empresa/empregador e para a sociedade.
Para o trabalhador, algumas consequências são: lesão, incapacidade física/mental,
afastamento do trabalho e diminuição do salário, entre outros; para a empresas,
algumas consequências são diminuição da produção pela interrupção do trabalho e
problemas emocionais nos colegas, danificação e reposição de máquinas, material
ou equipamento; aumento do custo de produção; perdas da qualidade e
competitividade, entre outros; e para a sociedade, o acúmulo de encargos
assumidos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e contribuintes, aumento
de preços ao consumidor; diminuição de força de trabalho, aumento de impostos e
taxas de seguro, destruição de famílias, entre outros (SANTOS, 2012).
Percebe-se que essas consequências, além de físicas e psicológicas,
também são financeiras. O trabalhador, ao sofrer o acidente ou doença de trabalho,
é afastado do serviço, e passa a receber auxílios do INSS, sendo esses auxílios
pago pelas empresas, por meio de contribuições (BOTELHO E GOMES, 2017).
Para Brasil (2015), essas contribuições são os riscos ambientais do trabalho (RAT),
em que o valor varia, entre 1 e 3% de acordo com o risco de atividade do
trabalhador, e o fator acidentário de prevenção (FAP), que diminui ou aumenta o
valor do RAT, a depender do histórico da empresa quanto as medidas que elas
aplicam sobre a prevenções de acidentes.
Além dessas contribuições pagas ao INSS, existem também algumas
gratificações que são acrescidas ao salário do trabalhador, como a Insalubridade e
Periculosidade, em que, os valores são definidos de acordo com o tipo de atividade
exercidas, sendo um percentual aplicado no valor do salário (MTE, 2014). Existe
também o Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e
Informações à Previdência Social (GFIP), que serve para informar aos órgãos
públicos dados relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e
Previdência Social recolhidos pela empresa (BRASIL, 2018).
Os dados contidos na GFIP, são utilizados para o cálculo da concessão
dos benefícios previdenciários, que tem o percentual de recolhimento determinado
através de um código de ocorrência, classificado pelo GFIP, que depende do agente
nocivo e do tempo de exposição do trabalhador (BRASIL, 2018). Além desses
gastos com contribuições e gratificações, que podem ser classificados como gastos
diretos, existem outros gastos, por exemplo, salário de um engenheiro/técnico de
segurança, aquisição de epi’s e epc’s, compra de medicamentos, entre outros, que
já foram citados anteriormente.
Botelho e Gomes (2017), fizeram um comparativo entre duas empresas
fictícias, empresa X e Y, onde cada uma possuía 20 trabalhadores, com um salário
de R$ 880,00, expostos a um nível insalubre de ruído de 95dB. A empresa X não
investiu em equipamentos de proteção, neste caso, por simplificação, considera-se
apenas a aquisição de protetor auricular, já a empresa Y investiu na compra do
equipamento de proteção.
Desse modo, devido as condições de trabalho, a empresa X tinha que
pagar ao seu funcionário, além do salário, o percentual de insalubridade – 20% de
acordo com a lei; sendo o GFIP código 4 – que corresponde a um recolhimento de
6%; o FAP no valor de 2; e o RAT de 2%. Enquanto a empresa Y, por adquirir
medidas de proteção para o trabalhador, não precisava pagar o percentual de
insalubridade; o seu código no GFIP era 1 – logo a empresa se tornava isenta; o
FAP possuía um valor igual a 1; e o RAT de 2%.
A empresa X, durante um mês, teve uma despesa de R$ 2.816,00, e a
empresa Y teve uma despesa de R$ 1.262,00. Desse modo, é possível concluir que,
embora a empresa Y tenha um maior gasto com equipamentos de proteção, no final
do mês, suas despesas foram aproximadamente 50% menores que as despesas da
empresa X, que não adquiriu equipamentos de proteção (BOTELHO E GOMES,
2017).
Ou seja, investir em Saúde e Segurança do Trabalho, embora
inicialmente não pareça ser rentável, ao se fazer um detalhamento do orçamento,
percebe-se que as despesas diminuem significativamente, principalmente no que se
refere as despesas trabalhistas.

3 MÉTODOS
Para Gil (2002), a pesquisa descritiva tem como objetivo “[...] a descrição
das características de determinada população ou fenômeno ou, então,
estabelecimento de relação entre variáveis". Desse modo, essa pesquisa pode ser
considerada, de acordo com seus objetivos, como uma pesquisa descritiva, pois ela
leva em consideração as influências que os fatores geográficos e socioeconômicos
podem causar na qualidade do atendimento à NR 18.
Em relação à natureza da pesquisa, de acordo com Gerhardt e Silveira
(2009), essa pesquisa pode ser classificada como quantitativa, pois através da
aplicação de um checklist, torna-se possível quantificar os resultados.
Quanto aos procedimentos técnicos utilizados, esta pesquisa pode ser
classificada como pesquisa bibliográfica, pois para o desenvolvimento do referencial
teórico, foram utilizados materiais já escritos, sendo eles, jornais, leis, livros, artigos
científicos, trabalhos de conclusão de curso, entre outros (GIL, 2002).
A pesquisa também pode ser classificada como levantamento e estudo de
caso. Para Gil (2002), o levantamento “[...] procede-se à solicitação de informações
a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida,
mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos
dados coletados. ”, Ainda conforme Gil (2002), o estudo de caso tem diferentes
propósitos, entre eles “(...) descrever a situação do contexto em que se está sendo
feita determinada investigação (...)", pois será realizado um checklist com os
responsáveis pelos canteiros de obra, quanto ao cumprimento da NR-18.
Quanto ao instrumento de coleta de dados, será utilizado apenas um
instrumento. Um checklist, para aplicação juntamente com o responsável pelo
canteiro de obra, quanto ao cumprimento da NR-18.

3.1Etapas da Pesquisa
Para a coleta de dados, será aplicado um checklist, adaptado do modelo
de checklist para NR-18 fornecido pela Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio
Ambiente do Trabalho (2003), que será aplicado juntamente com os engenheiros
responsáveis pelas obras. Esse checklist foi divido em 19 partes, em que cada parte
contém uma quantidade diferente de requisitos, pois varia de acordo com o que é
exigido na NR-18. Quanto o requisito for cumprido, será marcado sim no checklist, e
quanto não for cumprido, será marcado não.
Para essa classificação, será calculado de duas maneiras, específica e
geral. Para a classificação específica, será calculado o percentual de requisitos
atendidos individualmente para cada uma das 19 partes que compõe o checklist,
sendo escolhido os 4 itens mais atendidos e os 4 itens menos atendidos. Para a
classificação geral, consideram-se as 19 partes do checklist e o questionário apenas
como uma parte. Esse percentual será calculado conforme mostra a Equação 1:

quantidade de requisitos aplicáveis atendidos


%= x 100
quantidadetotal de requisitos aplicáveis
(1)

Após a aplicação do checklist, será feito a análise dos dados, através de


uma tabulação. Essa tabulação será feita baseada no método utilizado pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, em 2003, em que classifica, de acordo com o
percentual de requisitos aplicáveis atendidos, a gestão de saúde e segurança do
trabalho, quanto ao cumprimento da NR-18 em péssimo (0-20%), ruim (20,1-40%),
regular (40,1-60%), bom (60,1-80%) ou ótimo (80,1-100%).
Com a análise do checklistt, será estabelecido o grau de aderência da
NR-18, em porcentagem e, posteriormente, o checklist será adaptado para ser
implantado em obras de pequeno porte.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para a obtenção dos resultados, o checklist e a entrevista foram aplicados
com 4 engenheiros, de diferentes construtoras, mostrado na figura 1. O engenheiro
A trabalha em uma construtora que possui matriz em Fortaleza, e em Sobral está
localizada a sua filial, sendo responsável por uma obra residencial que possui 4
pavimentos, possuindo 24 empregados. Os engenheiros B e C, são, responsáveis
por duas obras residenciais de 2 pavimentos, possuindo, respectivamente, 15 e 13
empregados. O engenheiro D é responsável por uma obra comercial, de um prédio
com 3 pavimentos com 15 empregados.

Figura 01 – Quadro com as características das obras


  Tipo Qtde de pavimentos Qtde de empregados

Engenheiro A Residencial 4 24

Engenheiro B Residencial 2 15

Engenheiro C Residencial 2 13

Engenheiro D Comercial 3 15

Fonte: Do autor

Para os resultados do checklist, por ser composto por 20 itens, para a


análise dos resultados, foram escolhidos os 4 itens que mais foram atendidos e os 4
itens que menos foram atendidos. Enquanto a entrevista foi dividida em 3 partes –
Conhecimentos sobre a NR-18, percepção dos problemas relativos à prevenção de
acidentes e políticas e atitudes da empresa, e a partir das respostas para cada
pergunta, será traçado um perfil para cada parte da entrevista.

4.1 Checklist
Para a obtenção da porcentagem de atendimento de cada item, foi
utilizado o software EXCEL, utilizando-se a equação 1. Enfatiza-se que, alguns itens
não são aplicáveis em todas as obras, desse modo, os valores não foram
considerados para a média geral de cada item e de cada empresa.
Na figura 02, tem-se a média geral de atendimento dos itens. Para o
engenheiro A, todos os itens foram aplicáveis em sua obra; enquanto para os
engenheiros B, C e D, o item de ambiente de trabalho não se aplicava; e para os
engenheiros C e D, os itens de movimentação e transporte de pessoas e andaimes
não eram aplicáveis no canteiro de obras.
Ao ser feito um comparativo geral entre as empresas, as obras dos
engenheiros A e D podem ser classificada, quanto ao cumprimento da NR-18 como
ótima, pois obtiveram um média de, respectivamente, 95,0% e 89,1%. Enquanto as
obras dos engenheiros C e D, obtiveram uma média de 75,8% e 75,5%, sendo
classificadas quanto ao cumprimento da NR-18 como bom. Enquanto a média de
todas as empresas, foi de 83,9%, ou seja, em uma vista geral, o atendimento da NR-
18, em obras de pequeno porte, no município de Sobral, pode ser classificado como
ótimo.

Figura 02 - Média Geral de Atendimento de Todos os Itens

Fonte: Do autor
4.1.1 Itens mais atendidos
Os 4 melhores itens atendidos, considerando apenas os que foram
aplicáveis nas 4 obras, foram os itens relativos a estruturas de concreto (item 8),
andaimes (item 13), instalações elétricas (item 14) e fornecimento de água potável
(item 18), com média de atendimento de 100%, 100%, 100% e 96,6%,
respectivamente.
Quanto o atendimento da NR-18 no que se refere as estruturas de
concreto, os 4 engenheiros declararam que 100% das exigências são atendidas em
suas obras, como mostra a figura 25, sendo classificado como ótimo quanto ao seu
atendimento. São apenas 4 itens que podiam ser aplicáveis, e nas 4 obras todos os
itens eram aplicáveis, e foram atendidos.
Esses itens, em geral, se referiam a inspeção das escoras e formas, e a
segurança dos equipamentos e trabalhadores. Pode-se deduzir que esses itens são
plenamente atendidos por se referirem a parte estrutural da obra, sendo uma das
fases em que exigem um maior cuidado durante a sua execução, pois um simples
erro pode causar algum tipo de problema no empreendimento.
Quanto ao grau de atendimento da NR-18 no que se referente aos
andaimes, são 9 itens e os 9 itens são aplicáveis nas obras A, B, C e D. Todas as
obras atendem 100%, ou seja, atendem os 9 itens, sendo seu atendimento
classificado como ótimo. É importante citar que, nas 4 obras, os andaimes são
fabricados e montados por empresa terceirizada, o que justifica que todos os itens
sejam atendidos.
Outro item que foi 100% atendido, podendo ser classificado como ótimo,
foi o de fornecimento de água potável. Sendo composta por apenas um item, sobre
a presença de bebedouro inclinado com água potável, todas as empresas atendem
esse item, por ser um item considerado como básico.
E o último item que está entre os que possuem maior grau de
atendimento, está o de instalações elétricas, que possui uma média de atendimento
de 96,6%, e pode ser classificado como ótimo. Composta por 22 itens, sendo todos
aplicáveis, as obras A, B, C e D, atendem a, respectivamente, 22, 21,20 e 22 itens.
A obra do engenheiro B não atendeu ao item sobre o isolamento
adequado dos condutores elétricos, de modo a não obstruir a circulação de pessoas,
e a obra do engenheiro C não atendeu ao esse item citado anteriormente, e também
não atendeu ao item sobre a execução e manutenção das instalações elétricas
serem realizadas por trabalhador qualificado, justificando que essa execução é feita
por profissional capacitado, mas o projeto é feito por profissional qualificado.

4.1.2 Itens menos atendidos


Quanto aos itens menos atendidos, considerando apenas os que foram
aplicáveis nas 4 obras, foram os itens relativos ao vestiário (item 3), escavações e
fundações (item 5), operações de soldagem e corte a quente (item 9) e sinalização
(item 17), com média de atendimento de 47,2%, 75%, 75% e 25%, respectivamente.
A média de atendimento das exigências feitas na NR-18 quanto ao
vestiário, pode ser classificada como regular. Em relação ao vestiário no canteiro de
obras, os canteiros B e C não possuem vestiário, por isso não possuem nenhum
item atendido. No canteiro de obras A, o vestiário é localizado em um container,
logo, todos os 9 itens são aplicáveis e atendidos. No canteiro de obras D, dos 9 itens
aplicáveis, apenas o que se refere se o vestiário possui armários individuais dotados
de fechadura ou dispositivo com cadeado não é atendido, pois o vestiário não possui
armários fechados.
A média de atendimento dos canteiros de obras no que diz à escavações
e fundações é de 77,5%, sendo a média classificada como boa. O canteiro de obras
do engenheiro A, dos 12 itens, possui 10 itens aplicáveis, sendo que 8 são
atendidos, quanto aos 2 itens não atendidos - um se refere a presença de
sinalização de advertência, inclusive noturna, e barreira de isolamento, e outro
quanto aos cabos de sustentação do bate-estacas, se dão no mínimo 6 voltas sobre
o tambor – o primeiro item não é atendido pois não existe sinalização de advertência
noturna, e o segundo, como o engenheiro não soube responder, foi classificado
como não atendido.
O canteiro de obras B possui 5 itens aplicáveis e 3 atendidos, sendo os
itens não atendidos - Os materiais retirados são depositados a uma distância
superior à metade da profundidade? e Há sinalização de advertência, inclusive
noturna, e barreira de isolamento? – o primeiro item não atendido foi considerado
assim, pois o engenheiro não soube responder, e o segundo item não é atendido
pois não há sinalização de advertência diurna e noturna, e também não há barreira
de isolamento.
O canteiro de obra C possui 5 itens aplicáveis e 4 atendidos, sendo o item
não atendido apenas o que se refere a presença de sinalização de advertência,
inclusive noturna, e barreira de isolamento, pois no canteiro não possui nenhuma
sinalização de advertência. O canteiro de obras D possui 10 itens aplicáveis, sendo
9 atendidos, não possuindo sinalização de advertência, inclusive noturna, e barreira
de isolamento, o que torna esse o item não atendido.
As operações de soldagem e corte a quente possuem 05 itens, sendo
todos aplicáveis nos 4 canteiros, possuindo uma média de atendimento de 75%.
Nos canteiros A, B e D, apenas o item que se refere a presença de mangueiras com
mecanismos contra o retrocesso das chamas não é atendido, pois nos 3 canteiros
não possui mangueiras, porém possuem extintores de incêndio.
O canteiro C também não atende o item citado anteriormente, e o outro
item que ele não atende é o que pergunta se as operações são realizadas por
trabalhadores qualificados, pois, de acordo com o engenheiro da obra, recentemente
os 2 trabalhadores qualificados que faziam as operações de soldagem e corte foram
demitidos, então, atualmente, no canteiro de obras os trabalhadores que estão
fazendo as operações de soldagem e corte são apenas capacitados.
Entre os 4 itens menos atendidos, o que possui a menor média, 25%, é o
de sinalização. Ele possui apenas um item - São colocados cartazes alusivos à
prevenção de acidentes e doenças de trabalho?, e apenas o canteiro de obras A
possui essa sinalização, possuindo 100% de atendimento. Enquanto os canteiros
B,C e D não possuem essa sinalização, por isso possuem 0% de atendimento.

3 CONCLUSÃO
O desenvolvimento desse estudo possibilitou traçar um perfil de
atendimento à NR-18 no município de Sobral, através de uma análise quantitativa,
com a média da pontuação adquirida pela aplicação do checklist e da análise
qualitativa da entrevista feita com 4 engenheiros responsáveis por diferentes
canteiros de obras localizados em Sobral.
De um modo geral, a pontuação adquirida através do checklist, com 20
itens aplicáveis foi satisfatória. Com os 4 canteiros de obras, obtendo um média de
atendimento de 83,9%, o que tornou possível classificar o atendimento como ótimo,
através do método utilizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, demonstrado na
equação 3.
Com a aplicação do checklist, foi possível fazer uma análise da média de
atendimento entre as 4 empresas, foi possível perceber que os itens que possuem
uma relação direta com a qualidade da obra, por exemplo, estruturas de concreto,
andaimes, instalações elétricas, carpintaria, armações de aço, obtiveram
desempenho com uma média de atendimento igual ou superior a 90%. Enquanto
itens que não interferem na qualidade da obra, como sinalização, possui uma média
de atendimento igual a 25%.
E itens referentes ao bem-estar do trabalhador, como vestiário e local
para refeições, possuíram, respectivamente, 47,2% e 83,3% como média de
atendimento. Quanto aos vestiários, em dois canteiros de obras não possuíam, o
que demonstra uma menor preocupação das empresas quanto as condições de
higiene do trabalhador. E quanto ao local para refeições, a média obtida pode ser
considerada como ótima, pois as exigências que a NR-18 faz quanto a esse item
não requer muitas exigências, o que facilita o atendimento desse item.
Ao analisar individualmente cada empresa, conclui-se que a empresa A,
por ser uma empresa que possui matriz em outro munícipio, neste caso, em
Fortaleza, possui um melhor atendimento quanto a gestão de saúde e segurança do
trabalho. Enquanto as empresas B e C, obtiveram uma média de atendimento menor
que 80%, sendo classificado o seu atendimento como bom, pois são construtoras
que trabalham apenas com construções de casas, e, por considerarem serem obras
mais fáceis e rápidas de serem executadas, não possuem uma preocupação em
seguir todas as exigências feitas pela NR-18. A empresa D obteve um média
superior a 80%, classificando seu atendimento como ótimo, e ressalva-se que o
engenheiro responsável pelo canteiro de obras é especialista em Segurança do
Trabalho, o que faz com que o seu canteiro de obras tenha maiores cuidados para
atender as exigências da NR-18.
Durante a aplicação do checklist, os entrevistados faziam alguns
comentários relativos aos itens atendidos e não atendidos, e todos os 4
entrevistados ressalvaram sobre a contraposição dos empregados para seguirem as
normas, principalmente quanto a utilização de EPI’s e EPC’s. Pois para os
empregados, em sua maioria com baixo nível de escolaridade, acreditam que a
utilização de equipamentos de proteção não é necessária e eficaz. Ou seja, o fator
socioeconômico possui influência pois, devido à baixa escolaridade dos
trabalhadores, eles não possuem o conhecimento necessário para entender a
necessidade e a utilidade da utilização de equipamentos de proteção.
Também foi observado que as fiscalizações nas obras, feitas por fiscais
do extinto Ministério do Trabalho, são escassas. Através de uma pesquisa feita com
um fiscal do trabalho do município de Sobral, observou-se que, para Sobral e cidade
próximas, existe apenas um fiscal do trabalho responsável pela fiscalização. Porém,
algumas vezes, fiscais de outros municípios se deslocam até Sobral para fazer
alguma fiscalização, mas ainda assim, não é o suficiente para fiscalizar todos os
canteiros de obras existentes no município.

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