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Técnico em Finanças
Direito Tributário
Walter Matheus Bernardino Silva
Cuiabá-MT
2014
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Diretoria de Integração das Redes de Educação Profissional e Tecnológica
Revisão Final
Marta Magnusson Solyszko
Projeto Gráfico
Rede e-Tec Brasil / UFMT
Direito tributário / Walter Matheus Bernardino Silva; org. Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia; Universidade Federal do Mato Grosso - Cuiabá : UFMT; Porto Velho: IFRO, 2014.
141 p. ; -- cm.
Curso Técnico em finanças.
ISBN: 978-85-69951-04-9
1. Direito tributário – Espécies tributárias. 2. Direito tributário – Execução fiscal. 3. Crédito tribu
tário. 4. Imunidades tributárias. I. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. II. Universida
de Federal do Mato Grosso. III. Título.
CDD 343.8104
CDU 346.6
Ficha Catalográfica Elaborada pela Bibliotecária Cleuza Diogo Antunes CRB 11/864
Apresentação Rede e-Tec Brasil
Prezado(a) estudante,
Você faz parte de uma rede nacional de ensino que, por sua vez, constitui uma das ações do
Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. O Pronatec, instituído
pela Lei nº 12.513/2011, tem como objetivo principal expandir, interiorizar e democratizar
a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) para a população brasileira
propiciando caminho de acesso mais rápido ao emprego.
É neste âmbito que as ações da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre a Secretaria de
Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e as instâncias promotoras de ensino técnico,
como os institutos federais, as secretarias de educação dos estados, as universidades, as es-
colas e colégios tecnológicos e o Sistema S.
A Rede e-Tec Brasil leva diversos cursos técnicos a todas as regiões do país, incentivando os
estudantes a concluir o ensino médio e a realizar uma formação e atualização contínuas. Os
cursos são ofertados pelas instituições de educação profissional e o atendimento ao estudan-
te é realizado tanto nas sedes das instituições quanto em suas unidades remotas, os polos.
Os parceiros da Rede e-Tec Brasil acreditam em uma educação profissional qualificada – in-
tegradora do ensino médio e da educação técnica – capaz de promover o cidadão com ca-
pacidades para produzir, mas também com autonomia diante das diferentes dimensões da
realidade: cultural, social, familiar, esportiva, política e ética.
Ministério da Educação
Abril de 2014
Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br
Estimado(a) estudante,
Seja bem-vindo(a) ao componente curricular Direito Tributário.
É com grande satisfação que lhe apresentamos o conteúdo deste compo-
nente curricular, com carga horária de 40 horas.
Almejamos que o presente curso e o aprendizado dele decorrente tragam
elementos suficientes para que você consiga alcançar espaço e bom desem-
penho no mercado de trabalho.
Durante o curso, você terá a oportunidade de interagir por meio da plata-
forma Moodle e participar de chats, fóruns e realizar atividades individuais e
em grupo, o que lhe proporcionará o crescimento e o aperfeiçoamento do
aprendizado.
Vamos aprender juntos, somos parceiros nesta etapa da sua formação, conte
conosco, pois nós contamos com sua participação e sua dedicação.
Esses temas são extremamente relevantes para o direito tributário, que con-
siste em um dos ramos do direito onde se estudam as normas que discipli-
nam a instituição e a cobrança dos tributos no país.
Objetivos:
Estimado(a) estudante,
Aula 1 - Sistema Constitucional Tributário e Limitações Constitucionais ao Poder de... 13 Rede e-Tec Brasil
a erradicação da pobreza e da marginalização, tendente à redução das
desigualdades sociais e regionais, bem como a promoção do bem-estar
da coletividade. (2010, p. 35).
Aula 1 - Sistema Constitucional Tributário e Limitações Constitucionais ao Poder de... 15 Rede e-Tec Brasil
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
Aula 1 - Sistema Constitucional Tributário e Limitações Constitucionais ao Poder de... 17 Rede e-Tec Brasil
dos, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente
ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.
III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no do-
mínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por
cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da
lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido
parágrafo.[...]
§ 3º - Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco
por cento dos recursos que receberem nos termos do inciso II, observa-
dos os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II.
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada
Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios,
na forma da lei a que se refere o mencionado inciso.
O Supremo Tribunal Federal, a mais alta Corte de nossa justiça, tem interes-
santes precedentes que confirmam a importância do tema em estudo:
Aula 1 - Sistema Constitucional Tributário e Limitações Constitucionais ao Poder de... 19 Rede e-Tec Brasil
No direito tributário, especialmente no que se refere às limitações ao poder
de tributar, os princípios tributários estabelecem a forma pela qual devem ser
produzidas as leis tributárias.
Fonte: sxc.hu
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natu-
reza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança
e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa se-
não em virtude de lei;
Aula 1 - Sistema Constitucional Tributário e Limitações Constitucionais ao Poder de... 21 Rede e-Tec Brasil
da legalidade constitui o mais importante limite aos governantes na ativida-
de de tributação”.
Fonte: sxc.hu
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer na-
tureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
Entretanto, isto não quer dizer que deva ser dado o mesmo tratamento a
todas as pessoas, já que pode existir tratamento diferenciado para aqueles
que se encontrem em situações direferentes, sem que isso viole a regra da
isonomia tributária.
A propósito, Carrazza (2012, p. 266) ensina que “as leis tributárias devem
tratar todas as pessoas da mesma maneira, mas, tão somente, que precisam
dispensar o mesmo tratamento jurídico às que se encontrem em situações
idênticas.”
Aula 1 - Sistema Constitucional Tributário e Limitações Constitucionais ao Poder de... 23 Rede e-Tec Brasil
A principal finalidade do princípio da isonomia tributária, portanto, é pro-
mover a justiça tributária, de modo que cada contribuinte contribua, com o
Governo, de acordo com suas reais possibilidades.
Fonte: sxc.hu
Para melhor compreender o tema em estudo, valiosos são os ensinamentos Entretanto, se você tem interesse
em se aprofundar no estudo
de Amaro (2010, p. 143): do princípio da anterioridade
tributária, recomendamos o
livro do professor Eduardo
a constituição exige, como dizíamos, que a lei que crie ou aumente o Sabbag, intitulado Manual de
Direito Tributário, da Editora
tributo seja anterior ao exercício financeiro em que o tributo seja cobra-
Saraiva, que trata, de forma
do e, ademais, que se observe a antecedência mínima de noventa dias pormenorizada e didática, do
assunto.
entre a data de publicação da lei que o instituiu ou aumentou e a data
em que passa a aplicar-se.
Fonte: sxc.hu
Aula 1 - Sistema Constitucional Tributário e Limitações Constitucionais ao Poder de... 25 Rede e-Tec Brasil
O princípio da irretroatividade da lei tributária está previsto no artigo 150, III,
“a”, da Constituição Federal:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natu-
reza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança
e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito
e a coisa julgada;
Fonte: sxc.hu
Aula 1 - Sistema Constitucional Tributário e Limitações Constitucionais ao Poder de... 27 Rede e-Tec Brasil
pode inviabilizar o desenvolvimento de atividades econômicas gerado-
ras de riqueza, ou promotoras da circulação desta. (2010, p.298).
Fonte: ilustradora
Incide diretamente sobre o legislador, que não pode criar tributos com a in-
tenção de limitar o trânsito de pessoas ou bens entre os municípios ou entre
os estados. A regra em análise proíbe que o fato gerador do tributo seja a
simples passagem de pessoas ou bens de um estado para o outro ou de um
município para o outro, preservando o direito de ir e vir.
Aula 1 - Sistema Constitucional Tributário e Limitações Constitucionais ao Poder de... 29 Rede e-Tec Brasil
Observe os ensinamentos de um estudioso desse tema, para melhor enten-
der essa questão:
Fonte: ilustradora
Aula 1 - Sistema Constitucional Tributário e Limitações Constitucionais ao Poder de... 31 Rede e-Tec Brasil
1.2.8 Princípio da capacidade contributiva
O princípio da capacidade contributiva, na verdade, é um reflexo do prin-
cípio da igualdade. O artigo 145, § 1° da Constituição Federal dispõe que
“sempre que possível os impostos terão caráter pessoal e serão graduados
segundo a capacidade econômica do contribuinte”.
Sendo assim, na prática, referido princípio pode ser traduzido num conhe-
cido clichê: “quem pode mais paga mais, quem pode menos paga menos”.
Resumo
Nesta aula, você teve oportunidade de estudar o sistema constitucional tri-
butário e os princípios constitucionais que se traduzem nas limitações cons-
titucional ao poder de tributar, figurando como defesa dos cidadãos contra
a ânsia do Estado em cobrar tributos.
Atividades de Aprendizagem
1. A partir do conteúdo desta aula, aponte a importância do sistema consti-
tucional tributário para o Direito Tributário.
a) A lei que crie ou aumente um tributo só pode incidir sobre fatos ocorridos
no exercício financeiro subsequente ao de sua entrada em vigor.
c) A lei que aumente um tributo só pode incidir sobre os fatos ocorridos 366
dias após sua entrada em vigor.
d) A lei que crie um tributo deve ser sempre anterior aos fatos sobre os quais
incidirá.
a) Irretroatividade;
b) Legalidade;
c) Anterioridade;
d) Igualdade.
Caro(a) etudante,
Aula 1 - Sistema Constitucional Tributário e Limitações Constitucionais ao Poder de... 33 Rede e-Tec Brasil
Rede e-Tec Brasil 34 Direito Tributário
Aula 2. Imunidades Tributárias
Objetivos:
Prezado(a) estudante,
Fonte: ilustradora
O Código Tributário Nacional, em seu artigo 9º, IV, “a” a “d”, também dis-
ciplina as imunidades tributárias:
Por exemplo, se a União for proprietária de imóvel urbano, não pode o mu-
nicípio onde o imóvel está situado cobrar o respectivo IPTU, em razão da
imunidade recíproca. Da mesma forma não pode o Governo do Estado co-
brar IPVA sobre a propriedade de veículos automotores pertencentes aos
municípios e à União.
Desta forma, apoiado nos dizeres de Cordeiro (2013, p. 1), “temos que
culto é a reunião de pessoas, com objetivos afins, quais sejam, de disseminar
Por fim, interessante ponderar que, a imunidade religiosa não se refere ape-
nas ao templo religioso em si, mas também aos imóveis e rendas que, de
forma direta ou indireta, estão relacionados com a atividade religiosa res-
pectiva.
Art. 9º. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Muni-
cípios:
[...]
IV - cobrar imposto sobre:
[...]
c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive
suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das institui-
ções de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, observa-
dos os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo;
Como bem afirma Torres (2008), havendo o Estado que se abster de intervir
na ordem econômica, que dá preferência aos setores privados, não há como
deixar de oferecer certa proteção aos trabalhadores. Entende-se que a tribu-
Art. 12. Para efeito do disposto no art. 150, inciso VI, alínea "c", da
Constituição, considera-se imune a instituição de educação ou de assis-
tência social que preste os serviços para os quais houver sido instituída
e os coloque à disposição da população em geral, em caráter com-
plementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos.
§ 1º Não estão abrangidos pela imunidade os rendimentos e ganhos de
capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda
variável.
§ 2º Para o gozo da imunidade, as instituições a que se refere este rti-
go, estão obrigadas a atender aos seguintes requisitos:
a) não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços
prestados;
b) aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvi-
mento dos seus objetivos sociais;
c) manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros
revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão;
d) conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da
data da emissão, os documentos que comprovem a origem de suas
receitas e a efetivação de suas despesas, bem assim a realização de
quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situ-
ação patrimonial;
2.6 Imunidade do papel destinado
exclusivamente à impressão de
jornais, periódicos e livros
A imunidade na cobrança de impostos sobre o papel destinado à impres-
são de jornais, periódicos e livros está prevista no artigo 150, VI, “d”, da
Constituição Federal e, em razão dela, ficam as pessoas políticas proibidas
Nesse contexto, vale a pena destacar que o livro, para fins de imunidade,
não possui um conteúdo fechado ou restrito, de modo que todos os obje-
tos compreendidos como veículos de informação e cultura, que não seriam,
necessariamente, entendidos como livros, são contemplados pela imunidade
tributária, por exemplo, as listas telefônicas, apostilas, encadernações acadê-
micas, álbuns de figurinhas, os papéis e filmes fotográficos etc.
Resumo
Nesta aula, apresentamos o conceito, espécies, consequências e utilidade
prática das imunidades constitucionais tributárias, para o sistema tributário
nacional.
II- Os livros são imunes aos impostos, porém outros impressos, que
não os livros, tais como as listas telefônicas, apostilas, encadernações
acadêmicas, álbuns de figurinhas, ainda que sirvam para difundir a
cultura e a informação, não podem ser contemplados pela imunidade
tributária.
III- As instituições de ensino com fins lucrativos não podem ser tributa-
das, em razão da imunidade constitucional.
Querido(a) estudante,
Objetivos:
Caríssimo(a) estudante(a),
Fonte: sxc.hu
Assim, como bem esclarece Silva (1996, p. 181), “Com a ocorrência do fato
gerador, surge para quem lhe deu nascimento o dever jurídico de pagar o
tributo. Em decorrência do surgimento do dever de pagar a alguém, surge o
direito desse alguém em receber o crédito respectivo.”
Dessa forma, o Código Tributário Nacional em seus artigos 114 e 115 disci-
plinou o fato gerador da obrigação principal e da obrigação acessória, res-
pectivamente.
Por fim, questão relevante a ser analisada diz respeito à confusão que se tem
feito entre as expressões fato gerador e hipótese de incidência, pois em mui-
tos casos o fato gerador é tratado como hipótese de incidência e vice-versa.
Para esclarecer essa questão, Machado nos ensina que:
De acordo com Amaro (2010, p. 320): “[...] sujeito ativo é, na relação jurídica
tributária, o titular do polo credor, a que se contrapõe o sujeito passivo, no
polo devedor”.
Segundo Geraldo Ataliba (apud Abal, 2005, p. 29), sujeito passivo “é o de-
vedor, convencionalmente chamado de contribuinte. É a pessoa que fica na
contingência legal de ter o comportamento objeto da obrigação, em detri-
mento do próprio patrimônio e em favor do sujeito ativo”.
3.1.2.5 Objeto
O objeto da obrigação tributária consiste no pagamento do tributo ou da
penalidade pecuniária, bem como nas prestações positivas ou negativas ins-
tituídas no interesse da arrecadação ou fiscalização dos tributos, conforme
se trate de obrigação principal ou acessória, respectivamente, isto é, equivale
ao próprio conteúdo da obrigação tributária.
Para Héctor Vellegas (apud ABAL, 2005, p. 30), “o objeto da obrigação tri-
butária é a prestação, quer dizer, o mesmo tributo que deve ser pago pelos
sujeitos passivos e cuja pretensão corresponde ao sujeito ativo.”
Portanto, como se afirmou acima, para que surja o crédito tributário é neces-
sária a prática do lançamento tributário.
3.2.2.1 Conceito
O Código Tributário Nacional estabelece o conceito de lançamento tributário
em seu artigo 142:
3.2.2.2 Obrigatoriedade
O parágrafo único do artigo 142 do Código Tributário Nacional estabelece
que a atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob
pena de responsabilidade funcional.
3.2.2.3 Modalidades
De acordo com o Código Tributário Nacional são três as modalidades de lan-
çamento tributário: lançamento por declaração (artigo 147), lançamento de
ofício (artigo 149) e lançamento por homologação (artigo 150).
Cuida-se aqui de tributos que, por sua natureza [...] têm o recolhimen-
to exigido do devedor independentemente de prévia manifestação do
sujeito ativo, vale dizer, sem que o sujeito ativo deva lançar para tornar
exigível a prestação tributária.
Resumo
Nesta aula, tratamos de obrigação e crédito. Nela você teve a oportunidade
de identificar as principais características dos referidos institutos, tais como
conceito, espécies, objeto, partes, disposições legais, entre outros.
Atividades de Aprendizagem
1. Com base nos ensinamentos da presente aula, estabeleça as diferenças
entre obrigação tributária principal e acessória.
a) Hipótese de incidência
b) Fato gerador
c) Sujeito de direitos
d) Objeto
Objetivo:
Estimado(a) estudante,
4.1.1. Moratória
A moratória, conforme ensina Machado Segundo (2010, p. 117), correspon-
de à:
Portanto, caso o devedor não concorde com a dívida tributária ou com seu
respectivo valor, tem ele o direito de questioná-los, de modo que, se, ao
se insurgir contra o crédito tributário, realizar o depósito de seu montante
integral, enquanto perdurar a discussão, a exigibilidade do crédito ficará sus-
pensa, não podendo o fisco promover a respectiva cobrança.
4.2.1. Pagamento
Machado (2010, p. 210) leciona que o pagamento consiste “na entrega ao
sujeito ativo, pelo sujeito passivo ou qualquer outra pessoa em seu nome, da
quantia correspondente”
4.2.2 Compensação
Zapatero (2009, p. 109) ensina que a compensação “ocorre quando duas
pessoas são ao mesmo tempo credoras e devedoras umas das outras”.
Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular,
ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa,
autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos
e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda
pública.
4.2.3 Transação
Conforme bem esclarece Sabbag (2010, 854), “a transação é o acordo para
concessões recíprocas que põe fim ao litígio”
4.2.4 Remissão
A remissão consiste no perdão da dívida feito pelo credor, ou, no dizer de
Zapatero (2009), “remir significa perdoar, total ou parcialmente”
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito ad-
quirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.
Para que o elemento temporal ingresse no mundo jurídico por meio dos
institutos da decadência e da prescrição, é necessário a presença de duas
condições: o decurso do lapso temporal previsto em lei, seguido da inércia
do titular do direito.
Assim, os direitos devem ser exercidos dentro do prazo que a lei estabelece,
sob pena de serem extintos, ou perderem a proteção jurídica que lhes é as-
segurada.
Zapatero (2009, p. 113) ensina que “o Fisco possui o prazo de 5 (cinco) anos
para efetuar o lançamento do crédito tributário, sobe pena de decadência
Assim, cabe ao Fisco, dentro do referido prazo, exercer sua atividade fisca-
lizatória, a fim de verificar se os procedimentos realizados pelo contribuinte
na apuração e recolhimento do tributo estão corretos. Se, ao exercer essa fis-
calização, o Fisco constata que a atividade desenvolvida pelo sujeito passivo,
bem como o recolhimento do tributo devido estão corretos, tem ele o prazo
de cinco anos para homologá-la. Todavia, caso constate alguma irregulari-
dade ou inexatidão, terá igual prazo para, através do lançamento de ofício,
nos termos do artigo 149, V do Código Tributário Nacional, lançar eventuais
diferenças, sob pena de decadência.
O inciso II, do artigo 173 do Código Tributário Nacional reza que, quando o
lançamento for anulado, por decisão definitiva, em razão de vício formal, o
prazo decadencial é de cinco anos contados da data da respectiva decisão.
Com efeito, pode-se afirmar que o lançamento tributário opera como o ele-
mento divisor entre a prescrição e a decadência, pois, antes do lançamento,
somente é admissível falar em decadência, ao passo que, depois de efetiva-
do o lançamento, não há mais como se cogitar a decadência, sendo, então,
caso de prescrição.
Caso opte pelo recurso administrativo e, ao final, este seja julgado proce-
dente, isto é, se conclua que o contribuinte não deve o tributo cobrado, o
crédito tributário restará extinto, desde que a decisão administrativa seja
irreformável, isto é, que não caiba mais recurso.
De um modo geral, o crédito tributário não pode ser extinto por meio de
dação em pagamento, em razão do disposto no artigo 3º do Código Tribu-
tário Nacional, pelo qual o tributo é uma prestação pecuniária, ou seja, em
dinheiro. Contudo, a partir da Lei Complementar n. 104/2001, que inseriu
o inciso XI ao artigo 156 do Código Tributário Nacional, excepcionalmente,
desde que haja expressa disposição legal nesse sentido, é possível a extinção
do crédito tributário mediante a dação de pagamento de bens imóveis, ape-
nas (MACHADO SEGUNDO, 2010).
4.3.1 Isenção
A isenção consiste na dispensa do tributo, prevista em lei. É regulamentada
pelos artigos 176 a 179 do Código Tributário Nancional.
4.3.2 Anistia
Anistia num sentido amplo significa perdão e, na área tributária, Sabbag
(2010) afirma que a anistia consiste no perdão legal referente às penalidades
pecuniárias decorrentes da prática de determinada infração tributária. Suas
regras estão previstas nos artigos 180 a 182 do Código Tributário Nacional.
Resumo
Esta aula teve como objeto o estudo das causas de supensão, extinção e
exclusão do crédito tributário. Nela foi possível identificar as peculiaridades e
importância dos referidos institutos dentro do direito tributário.
Atividades de Aprendizagem
1. Tendo em vista os ensinamentos da presente aula, estabeleça as diferen-
ças entre as causas de suspensão e de extinção do crédito tributário.
a) Pagamento
b) Parcelamento
c) Moratória
a) Anistia e pagamento
b) Remissão e moratória
c) Anistia e isenção
d) Isenção e compensação
Caro(a) etudante,
Objetivos:
• distinguir a competêcia tributária;
Caríssimo(a) estudante,
Sigamos em frente!
5.1.1. Conceito
Fonte: ilustradora
Aula 5 - Competência Tributária e a Instituição dos Impostos e a Lei de ... 77 Rede e-Tec Brasil
No Brasil, os tributos podem ser criados pela União, pelos estados, pelo Dis-
trito Federal ou pelos municípios, conforme a competência de cada um,
estabelecida pela Constituição Federal ou pelo Código Tributário Nacional.
De um modo geral, a esse poder de criar determinado tributo dá-se o nome
de competência tributária.
5.1.2 Características
Conforme Brigagão (2012), são características da competência tributária:
• Inalterabilidade: os entes políticos não podem criar leis que alteram sua
competência tributária, que é estabelecida pela própria Constituição, a
qual funciona como uma espécie de moldura a que se devem adequar
as demais leis.
Aula 5 - Competência Tributária e a Instituição dos Impostos e a Lei de ... 79 Rede e-Tec Brasil
competência tributária confere e delimita o poder e nada obsta a que o
ente a exerça de forma parcial face ao traço da facultatividade. A imple-
mentação ou não do tributo fica ao alvedrio de cada ente.
5.1.3 Espécies
Agora, estudaremos as espécies de competências tributárias, quais sejam:
competência exclusiva ou privativa, residual e comum.
Existem alguns tributos que somente podem ser instituídos por determina-
dos entes, por exemplo, somente a União pode instituir empréstimos com-
pulsórios. Da mesma forma, apenas os estados têm competência para criar
o imposto sobre a propriedade de veículo automotor (IPVA). Igualmente, só
cabe aos municípios gerar imposto sobre os serviços de qualquer natureza
(ISSQN).
É aquela prevista no artigo 154, I da Constituição, que pode ser exercida pela
União, para instituir impstos, mediante lei complementar, desde que não
Assim, por exemplo, a LRF estabelece limites para gastos com pessoal (fun-
cionários públicos) e para dívida pública, além de determinar a criação de
metas para controlar receitas e despesas públicas.
O gestor público que não cumprir as regras previstas na LRF está sujeito à
imposição de penalidades, que podem ser institucionais, previstas na pró-
pria LRF; ou pessoais, previstas em outras leis, como, por exemplo, a Lei n.
10.028/00, que trata dos crimes de responsabilidade fiscal.
Aula 5 - Competência Tributária e a Instituição dos Impostos e a Lei de ... 81 Rede e-Tec Brasil
o governante que não prever, arrecadar e cobrar tributos (impostos, taxas
e contribuições) que sejam de sua competência,
• perda de cargo;
• pagamento de multas;
Além das regras acima mencionadas, a LRF também deu início à transparên-
cia dos gastos públicos, que, gradativamente, passaram a estar acessíveis
aos cidadãos para conhecimento.
Aula 5 - Competência Tributária e a Instituição dos Impostos e a Lei de ... 83 Rede e-Tec Brasil
vel a incidência do dispositivo da Lei Complementar ora comentado.
Assente-se ainda o fato de que a competência tributária, após o adven-
to da Lei de Responsabilidade Fiscal, apresenta essas especiais cores,
que impulsionam o Estado - em qualquer de suas esferas - e em nome
da responsabilidade e da transparência, a dar efetividade ao processo
legislativo de instituição dos impostos sob sua competência.
[...]
Com esses temperos acima trazidos, não temos dúvidas em afirmar
que a facultatividade do exercício da competência tributária, que já
conhecia limitações, como no aventado caso do ICMS, experimenta
agora novo paradigma: o sistema de direito positivo brasileiro acena
com sanção de natureza orçamentária - questão eminentemente jurí-
dica - àqueles entes políticos que se mostrarem desidiosos em instituir
os impostos sob sua competência.
Embora não se possa asseverar ter sido extinta aquela facultativida-
de, até porque, como acentuamos acima, o sistema de direito positivo
não possui qualquer remédio hábil a colmatar aquela lacuna legislativa,
impõe-se séria limitação à facultatividade do exercício da competência
tributária, no ponto em que se limita o acesso a certos recursos orça-
mentários, diante daquela omissão. Disponível em:< http://jus.com.br/
artigos/7940> Acesso em: 17 nov. 2013.
Desta forma, à luz da LRF, não pode o gestor público, sob pena de configu-
ração de renúncia de receita e, consequentemente, violação das disposições
da referida lei, negligenciar a instituição e arrecadação de impostos compre-
endidos na competência tributária do ente público por ele administrado, sob
pena de suportar as sanções respectivas.
Resumo
Nesta aula, foram abordados temas como competência tributária e Lei de
Responsabilidade Fiscal, especialmente no quanto à obrigatoriedade da ins-
tituição e cobrança de tributos por parte dos gestores dos entes políticos, no
que se refere ao efetivo exercício da respectiva competência tributária.
a) Competência negativa
c) Competência residual
d) Competência comum
Prezado(a) estudante.
Alcançamos, assim, o fim de nossa quinta aula, que teve como objeto o
estudo da competência tributária e a Lei de Responsabilidade Fiscal, espe-
cialmente no que se refere ao exercício efetivo do poder de tributar. Supe-
ramos, assim, mais da metade de nossa jornada. Na próxima aula, analisa-
remos as espécies tributárias propriamente ditas.
Aula 5 - Competência Tributária e a Instituição dos Impostos e a Lei de ... 85 Rede e-Tec Brasil
Aula 6. Espécies Tributárias
Objetivos:
Caro(a) estudante,
Acreditamos que você avança com êxito em seus estudos, pois já superou
alguns degraus na escada do aprendizado. Lembre-se de que o caminho do
conhecimento não termina, pois sempre estamos aprendendo e comparti-
lhando saberes. Mas, há etapas importantes a serem concluídas. Chegou o
momento de analisarmos o conceito de tributo e as espécies tributárias.
Vamos adiante!
Fonte: sxc.hu
• Não consiste em sanção pela prática de ato ilícito por parte do contri-
buinte. Assim, a obrigação de pagar o tributo surge independentemente
da prática de qualquer ato contrário à lei. Aqui reside a principal diferen-
ça entre tributo e multa já que esta decorre justamente da prática de um
ato proibido por lei.
Fonte: ilustradora
Fonte: sxc.hu
Em relação a esse fato, o contribuinte pode dizer que não a pagará porque
o governo não está oferecendo o respectivo serviço, já que seu valor corres-
ponde a uma contraprestação estatal. Isto não ocorre, como dito, com os
impostos.
Percebe-se, assim, que o fato gerador da taxa não consiste numa atividade
do contribuinte, mas do próprio Estado, que exerce uma determinada ativi-
dade e, em razão dela, cobra da pessoa que dela se utiliza.
Fonte: sxc.hu
Fonte: sxc.hu
Além disso, é um tributo vinculado, pois o dinheiro arrecadado deve ser uti-
lizado na situação que justificou sua cobrança (calamidade pública, guerra
externa ou a sua iminência).
Consiste numa espécie de tributo bastante rara, pouco utilizada, pois, como
dito, é vinculado à ocorrência de determinadas situações excepcionais.
Fonte: sxc.hu
Nos termos do artigo 149, caput, da Constituição Federal, três são as espé-
cies de contribuições sociais: as de seguridade social, as de intervenção no
domínio econômico e as de interesses de categorias profissionais ou econô-
micas.
Resumo
Nesta aula, você pôde estudar o conceito e as diversas espécies de tributos.
Estes são temas de grande importância no mundo contemporâneo, tendo
em vista a elevada carga tributária do país.
Atividades de Aprendizagem
1. A afirmação de que impostos e tributos são expressões sinônimas é verda-
deira? Justifique sua resposta.
b) Taxa
c) Contribuição de melhoria
d) Empréstimo compulsório
I- Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situa-
ção independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
Prezado(a) estudante,
Ao finalizar esta aula, você pôde avançar mais um pouco em seu processo de
aprendizagem. Nela abordamos as espécies tributárias, conceito de tributo,
os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria, bem como as contribui-
ções sociais e empréstimos compulsórios. Na próxima aula, estudaremos os
Objetivos:
Fonte: sxc.hu
Aula 7 - Impostos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios... 97 Rede e-Tec Brasil
• Imposto de Exportação de Produtos Nacionais ou Nacionalizados (IE);
Fonte: sxc.hu
Sua principal função não é arrecadar tributos, mas sim proteger a indústria
nacional. Em razão disso, diz-se que possui função extrafiscal.
Fonte: sxc.hu
Aula 7 - Impostos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios... 99 Rede e-Tec Brasil
O imposto de exportação está previsto no artigo 153, II da Constituição
Federal e artigo 23 e seguintes do Código Tributário Nacional. Consiste, em
regra, na cobrança feita, pela União, em razão da saída (exportação), para o
exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.
Também possui função extrafiscal, uma vez que não se presta, especifica-
mente, para arrecadar dinheiro para os cofres da União.
Fonte: sxc.hu
Aula 7 - Impostos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios... 101 Rede e-Tec Brasil
de renda sobre a parte que exceder o valor da faixa de 15%;
Fonte: sxc.hu
Tem como fato gerador, nos termos do artigo 46 do Código Tributário Na-
cional:
Aula 7 - Impostos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios... 103 Rede e-Tec Brasil
• o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos con-
tribuintes definidos no inciso anterior;
Fonte: sxc.hu
Nos termos do artigo 63 do Código Tributário Nacinal, tem como fato ge-
rador:
Possui função extrafiscal, uma vez que não se destina, inicialmente, a suprir
os cofres da União, embora represente parcela significativa da arrecadação
do Governo Federal, mas sim a intervir na política de crédito, câmbio e segu-
ro, bem como de títulos e valores mobiliários.
O IOF não possui alíquota fixa, pois a mesma varia conforme a operação
respectiva. Por esta razão, diz-se que sua alíquota é flexível. Contudo, isto
não significa que pode ser estabelecida qualquer alíquota, visto que a lei
determina as alíquotas máximas a serem estabelecidas para cada operação.
Aula 7 - Impostos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios... 105 Rede e-Tec Brasil
Segundo o artigo 66 do Código Tributário Nacional, o sujeito passivo ou
contribuinte do IOF é qualquer das partes na operação tributada, como dis-
puser a lei.
Fonte: sxc.hu
O imposto incidente sobre grandes fortunas está previsto no artigo 153, VII
da Constituição Federal.
Fonte: sxc.hu
Aula 7 - Impostos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios... 107 Rede e-Tec Brasil
Os principais impostos de competência dos estados e do Distrito Federal
estão especificados no artigo 155 da Constituição Federal, sendo eles:
Fonte: sxc.hu
Aula 7 - Impostos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios... 109 Rede e-Tec Brasil
7.2.2 Imposto sobre Operações relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação, ainda que as operações
e as prestações se iniciem no exterior (ICMS)
Fonte: sxc.hu
Aula 7 - Impostos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios... 111 Rede e-Tec Brasil
Como regra, o contribuinte do ICMS é qualquer pessoa, física ou jurídica,
que realize o fato gerador do tributo.
Fonte: sxc.hu
O IPVA é instituído pelos estados e pelo Distrito Federal, através de lei pró-
pria, que deverá estabelecer o fato gerador, a alíquota, a base de cálculo, o
contribuinte, entre outros, pois não há no Código Tributário Nacional nor-
mas gerais a seu respeito.
O IPVA tem função predominantemente fiscal, pois foi criado para aumentar
a arrecadação dos estados.
ITBI
Fonte: sxc.hu
Fonte: sxc.hu
Aula 7 - Impostos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios... 113 Rede e-Tec Brasil
O fato gerador do IPTU encontra-se especificado no artigo 32 do Código
Tributário Nacinal, correspondendo à propriedade, o domínio útil ou a posse
de bem imóvel por natureza ou acessão física, localizado na zona urbana do
município.
Art. 32
[...]
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a
definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência
de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos se-
guintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distri-
buição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3
(três) quilômetros do imóvel considerado.
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis,
ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos
órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comér-
cio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do
parágrafo anterior.
As alíquotas do IPTU, como bem afirma Machado (2010), são fixadas pelos
municípios, sem que haja limitação expressa constante na Constituição ou
no Código Tributário Nacional. Conforme o artigo 182, § 4º, II da Consti-
tuição Federal, as alíquotas do IPTU podem ser progressivas no tempo em
relação aos imóveis não edificados, não utilizados ou subutilizados. Desta
forma, a cada ano que passa, o IPTU do imóvel que não cumpre sua função
social sobe gradativamente. De igual modo, em razão do disposto no artigo
156, § 1º da Constituição, pode haver progressividade das alíquotas do IPTU
em razão do valor do imóvel.
Fonte: sxc.hu
As alíquotas do ITBI, a exemplo do que ocorre com o IPTU, são fixadas pelos
Aula 7 - Impostos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios... 115 Rede e-Tec Brasil
municípios, sem que haja limitação expressa constante na Constituição ou
no Código Tributário Nacional.
Fonte: sxc.hu
Resumo
Nesta aula, estudamos os impostos de competência de cada ente tributante,
seus elementos e peculiaridades. Agora, você tem condições de identificar as
espécies tributárias e suas respectivas funções.
Atividades de Aprendizagem
1. Tendo em vista os conhecimentos adquiridos no presente estudo, aponte
a principal diferença intre o ITCMD e o ITBI.
Aula 7 - Impostos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios... 117 Rede e-Tec Brasil
b) ICMS, IPVA, ITBI
a) Imposto de Renda
II- O ITCMD incide sobre toda e qualquer transmissão de bem, seja ela
gratuita ou onerosa.
Estimado(a) estudante,
Aula 7 - Impostos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios... 119 Rede e-Tec Brasil
Rede e-Tec Brasil 120 Direito Tributário
Aula 8. Execução Fiscal
Objetivos:
Valoroso(a) estudante,
Fonte: ilustradora
Fonte: sxc.hu
Art. 39
[...]
§ 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa na-
tureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos
adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais cré-
ditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos
compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer
origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis
ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados
por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições,
alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os cré-
ditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-roga-
8.3 Partes
A ação de execução fiscal tem como partes:
8.4 Procedimento
A ação de execução fiscal tem início com uma petição inicial, que deverá
Petição inicial é a peça conter os elementos previstos no artigo 6º da Lei n. 6.830/80:
processual que instaura o
processo jurídico, levando
ao juiz os fatos constitutivos
do direito, os fundamentos • a indicação do juiz a quem é endereçada;
jurídicos e o pedido da ação
respectiva. Disponível em: <
http://pt.wikipedia.org/wiki/ • o pedido;
Peti%C3%A7%C3%A3o_inicial
> Acesso em: 15 nov. 2013.
• o requerimento de citação do devedor; e
Assim, a garantia da execução nada mais é do que a garantia dada pelo exe-
cutado no sentido de que, se ao final do processo, tiver seu direito rejeitado
(perder a ação), a dívida será paga, pois está devidamente garantida. Em ra-
zão disso, enquanto perdurar a discussão levantada pelo executado, o curso
da ação de execução fiscal, propriamente dita, poderá ser suspenso, ou seja,
Todavia, caso o executado opte por nada fazer, permanecendo inerte, ficará
a exequente autorizada a promover a penhora de bens pertencentes aquele,
até o limite do valor da dívida (artigo 10 da Lei n. 6.830/80).
8.6 Privilégios
Conforme o artigo 30 da Lei de Execução Fiscal, todos os bens e rendas, de
qualquer origem ou natureza, do executado, respondem pelo pagamento da
dívida ativa, ainda que sobre eles recaiam ônus reais ou cláusulas de inalie-
nabilidade ou impenhorabilidade.
Zapatero, explica, com clareza, em que consiste a regra legal acima mencio-
nada:
Resumo
Em nossa última aula, estudamos a ação de execução fiscal e suas princiais
características, tema de grande importância para o direito tributário, pois é
responsável por boa parte da arrecadação das receitas necessárias para o
abastecimento dos cofres dos entes políticos.
d) A ação de execução fiscal não pode ser suspensa, mesmo quando não
forem encontrados bens do executado passíveis de penhora.
Caríssimo(a) estudante,
Não se esqueça de que o conhecimento deve ser construído a cada dia, ain-
da mais porque ele não tem limites.
Nosso contato direto encerra-se aqui, porém estamos à disposição para co-
laborar no que for necessário.
Aula 1
Atividade 01
Atividade 02
Atividade 03
Resposta: A
Atividade 04
Resposta: b
Aula 2
Atividade 01
Atividade 02
Resposta: B
Atividade 03
Resposta: D
Aula 03
Atividade 01
Atividade 02
Atividade 03
Resposta: C
Atividade 04
Aula 04
Atividade 01
Atividade 02
Resposta: A
Atividade 03
Resposta: C
Atividade 04
Resposta: A
Atividade 05
Resposta: D
Aula 05
Atividade 01
Resposta: A
Aula 06
Atividade 01
Atividade 02
Resposta: B
Atividade 03
Resposta: D
Aula 07
Atividade 01
Resposta: Tanto o ITCMD como o ITBI têm como fato gerador a transmissão
da propriedade de bens. Ocorre que o ITCMD incide apenas sobre trans-
missões gratuitas, em regra, sobre herança e doação, ao passo que o ITBI
incide sobre a transmissão onerosa de bens, por exemplo, a compra e venda.
Além disso, o ITCMD incide sobre a transmissão de bens móveis e imóveis,
enquanto o ITBI, recai apenas sobre a transferência de bens imóveis.
Atividade 02
Resposta: D
Atividade 03
Resposta: A
Resposta: C
Atividade 05
Resposta: C
Aula 08
Atividade 01
Atividade 02
Resposta: D
Atividade 03
Resposta: C
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
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Bibliografia Básica
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SABBAG, Eduardo de Moraes. Manual de direito tributário. 2ª ed. São Paulo: Saraiva,
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