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UNISUL – ENG.

CIVIL

ANÁLISE DE ESTRUTURAS
HIPERESTÁTICAS

encontro 17/08/2020

Prof. Fábio Fiates


• Análise Estrutural

• Determinar as reações vinculares (apoio)


• Determinar os diagramas de esforços internos (Normal,
Cortante e Fletor)
• Determinar os deslocamentos da estrutura;

• Para estruturas isostáticas, a análise estrutural é realizada:

• equações de equilíbrio (reações),


• método das seções ou das áreas (diagramas)
• equação da linha elástica (deslocamentos)
• Análise Estrutural

• Para estruturas hiperestáticas, somente as equações de


equilíbrio não bastam para fazer-se a análise estrutural.
• Os métodos para resolver estruturas hiperestáticas são:

• Método das forças (ou da flexibilidade)

• Método dos Deslocamentos (ou da rigidez)

• Processo de Cross (aproximado, baseado no método dos


deslocamentos)
• Classificação das Estruturas quanto às dimensões

• Estrutura reticular

• Quando uma dimensão predomina em relação às outras


• Ex: vigas retas ou curvas (comprimento muito maior que as
dimensões da seção transversal)
• Classificação das Estruturas quanto às dimensões

• Estrutura laminar

• Quando duas dimensões predominam em relação à outra


• Ex: placas, paredes, lajes, cascas (espessura muito menor que as
outras duas dimensões)
• Classificação das Estruturas quanto às dimensões

• Estrutura tridimensional

• Nenhuma dimensão é predominante


• Ex: blocos de fundações, sapatas, barragens
• Classificação das Estruturas quanto às reações

• Hipoestática: número de reações é menor que o número de


equações de equilíbrio.

• Isoestática: número de reações é igual ao número de


equações de equilíbrio.

• Hiperestática: número de reações é maior que o número de


equações de equilíbrio.
• Iremos estudar estruturas reticulares hiperestáticas, como
vigas, treliças e pórticos.
• Grau de Hiperestaticidade (g)

• Definido como o número de vínculos excedentes em


relação à estabilidade estática. Fornece uma idéia de
“quão” hiperestática a estrutura é.

• Externo (ge)

• dado por 𝑔𝑒 = 𝑟 − 𝑒 − 𝑛𝑟

• Onde r é o número de reações, e é o número de equações


de equilíbrio (igual a 3 p/ estruturas planas) e nr o número
de equações provenientes de rótulas, 𝑛𝑟 = 𝑏 − 1, onde b é
igual ao número de barras ligadas à rótula
• Interno (gi)

• O grau de hiperestaticidade interno (gi) pode ser definido


como o número de vínculos internos que devem ser
liberados para tornar a estrutura estaticamente
determinada.
• Pode ser definido também como o número de esforços
internos necessários ao traçado de diagramas, conhecidas
todas as reações vinculares da estrutura.

• Ocorre em estruturas celulares ou quadros (pórticos


fechados), anéis, alguns tipos de treliça, etc.
• Exemplos - externo

• Reações – 7, equilíbrio – 3, barras ligadas à rotula – 3

• 𝑔𝑒 = 7 − 3 − 3 − 1 = 2
• Exemplos - externo

• Reações – 6, equilíbrio – 3, barras ligadas à rotula – 3

• 𝑔𝑒 = 6 − 3 − 3 − 1 = 1
• Exemplos - externo

• Reações – 6, equilíbrio – 3, sem rotula

• 𝑔𝑒 = 6 − 3 = 3
• Exemplos - externo

• Reações – 5, equilíbrio – 3, sem rotula

• 𝑔𝑒 = 5 − 3 = 2
• Exemplos - interno
• Métodos de Resolução de Estruturas Hiperestáticas

• Método das Forças (flexibilidade)


• Incógnitas: forças (número de incógnitas = g)
• Equações: compatibilidade de deslocamentos (podem ser
obtidos por integração direta, analogia de Mohr, PTV com
tabelas de Kurt-Bayer)
• Processo: liberam-se os vínculos excedentes ou
hiperestáticos
• Sistema de equações: matriz de flexibilidade
• Métodos de Resolução de Estruturas Hiperestáticas

• Método dos Deslocamentos (rigidez)


• Incógnitas: deslocamentos dos nós (número de incógnitas
= número de graus de liberdade)
• Equações: equilíbrio de forças em torno dos nós
• Processo: fixar todos os possíveis deslocamentos dos nós
• Sistema de equações: matriz de rigidez

• É de fácil implementação computacional, pois utiliza


cálculos matriciais
• Métodos de Resolução de Estruturas Hiperestáticas

• Processo de Cross
• Incógnitas: momentos nas barras adjacentes aos nós
(número de incógnitas = número de nós desiquilibrados)
• Equações: equilíbrio de momentos em torno dos nós
• Processo: calcula-se os esforços por meio de um processo
iterativo de equilíbrio dos nós

• Baseado no método dos deslocamentos. Processo iterativo


e aproximado
• UNIDADE I: MÉTODO DAS FORÇAS

• O método das forças utiliza uma estrutura isoestática


auxiliar, obtida da estrutura original hiperestática pela
eliminação de reações (vínculos).

• Essa estrutura é chamada de Sistema Principal (SP)

• As forças ou momentos excedentes que foram liberados


são chamados de hiperestáticos (X)

• O número de Sistemas Principais é igual a g + 1 ( g = grau


de hiperestaticidade)
• Exemplo

• Considerar o pórtico plano bi-engastado mostrado, com


suas respectivas reações

• O grau de hiperestaticidade do pórtico é g = 6 – 3 = 3


• Este pórtico tem 4 (3 + 1) sistemas principais. Os sistemas
principais isoestáticos são obtidos através da eliminação de
reações e pela substituição pelos hiperestáticos
correspondentes (X1, X2 e X3)

• Como o grau de hiperestaticidade é 3, devemos eliminar 3


reações para transformar a estrutura em isoestática

• Isso pode ser feito eliminando as 3 reações de um dos


engastes, transformando o engaste em apoio de segunda
ordem (pino) e apoio de primeira ordem (rolete)

• Qualquer sistema principal escolhido terá os mesmos


resultados.
• Sistemas Principais possíveis:

• a) eliminar engaste B

• Os hiperestáticos são as
• duas reações X1 e X2 e o
• momento X3 em B

• A numeração dos
• hiperestáticos é livre
• Sistemas Principais possíveis:

• b) eliminar engaste A

• Os hiperestáticos são as
• duas reações X1 e X2 e o
• momento X3 em A

• A numeração dos
• hiperestáticos é livre
• Sistemas Principais possíveis:

• c) transformar engaste A
• em pino e engaste B em
• rolete

• Os hiperestáticos são a
• reação X1 e o momento X2
• em B e o momento X3 em A

• A numeração dos
• hiperestáticos é livre
• Sistemas Principais possíveis:

• d) transformar engaste A
• em rolete e engaste B em
• pino

• Os hiperestáticos são a
• reação X1 e o momento X2
• em A e o momento X3 em B

• A numeração dos
• hiperestáticos é livre
• Para o sistema principal escolhido, deve-se analisar os
seguintes SPs:

• SP0 – estrutura isoestática com o carregamento original

• SP1 - estrutura isoestática tendo como o carregamento o


hiperestático X1

• SP2 - estrutura isoestática tendo como o carregamento o


hiperestático X2

• SP3 - estrutura isoestática tendo como o carregamento o


hiperestático X3
• Supondo que o SP escolhido foi a opção a), ou seja,
eliminar o engaste B, temos

• SP0 – estrutura isoestática com o carregamento original


• Supondo que o SP escolhido foi a opção a), ou seja,
eliminar o engaste B, temos

• SP1 – estrutura isoestática com o hiperestático X1


• Supondo que o SP escolhido foi a opção a), ou seja,
eliminar o engaste B, temos

• SP2 – estrutura isoestática com o hiperestático X2


• Supondo que o SP escolhido foi a opção a), ou seja,
eliminar o engaste B, temos

• SP3 – estrutura isoestática com o hiperestático X3


• Supondo que o SP escolhido foi a opção c), ou seja,
transformar engaste A em pino e engaste B em rolete

• SP0 – estrutura isoestática com o carregamento original


• Supondo que o SP escolhido foi a opção c), ou seja,
transformar engaste A em pino e engaste B em rolete

• SP1 – estrutura isoestática com o hiperestático X1


• Supondo que o SP escolhido foi a opção c), ou seja,
transformar engaste A em pino e engaste B em rolete

• SP2 – estrutura isoestática com o hiperestático X2


• Supondo que o SP escolhido foi a opção c), ou seja,
transformar engaste A em pino e engaste B em rolete

• SP3 – estrutura isoestática com o hiperestático X3

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