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NOÇÕES DE DIREITO

CONSTITUCIONAL
Organização Político-Administrativa do
Estado

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
Organização Político-Administrativa do Estado
Luciano Dutra

Organização Político-Administrativa. ...............................................................................3


1. Conceito de Estado.......................................................................................................3
2. Formas De Estado. ......................................................................................................4
3. Formas de Governo. ....................................................................................................6
4. Sistemas de Governo..................................................................................................8
5. Regimes de Governo ou Regimes Políticos .. .............................................................. 10
6. Art. 18, Caput............................................................................................................. 11
7. União......................................................................................................................... 16
8. Estados-Membros..................................................................................................... 19
9. Distrito Federal......................................................................................................... 21
10. Municípios................................................................................................................24
11. Territórios Federais................................................................................................. 30
12. Formação dos Estados-Membros............................................................................34
13. Formação dos Municípios. ........................................................................................34
14. Vedação aos Entes Federados.................................................................................36
15. Intervenção. .............................................................................................................36
Resumo........................................................................................................................ 40
Questões de Concurso...................................................................................................44
Gabarito........................................................................................................................62
Gabarito Comentado. .....................................................................................................63

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Organização Político-Administrativa do Estado
Luciano Dutra

ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Olá, meu(minha) aluno(a), como está? Espero que esta aula o(a) encontre bem.
A partir de agora, estudaremos o Título III da nossa Constituição Federal, que trata da
Organização do Estado, dividindo o nosso encontro, para, num primeiro momento, tratarmos
da organização político-administrativa do Estado brasileiro e, após, da repartição de compe-
tências, ok?
Então, aperte o cinto que o avião do Gran Cursos Online vai decolar!

1. Conceito de Estado

Querido(a) aluno(a), podemos conceituar Estado como uma reunião de um povo, em um


território determinado, dotado de um governo soberano.
Desse conceito, extraem-se boa parte dos elementos que compõem o Estado: povo, terri-
tório, governo, soberania e finalidade. Vejamos cada um deles.
Povo é o conjunto de nacionais, no nosso caso, o conjunto de brasileiros natos e natura-
lizados.
Por sua vez, o território é o espaço geográfico sobre o qual o Estado exerce o seu poder
soberano, compreendido pelo espaço terrestre, pelo mar territorial 1 e pelo espaço aéreo so-
brejacente.
Chama-se governo o conjunto de decisões políticas.
Já soberania, conforme estudamos no Título I da nossa Constituição Federal, ao tratar dos
fundamentos do Estado brasileiro, é, no plano interno, o poder que o Estado tem de, dentro de
seu território e sobre o seu povo, impor sua ordem jurídica (suas normas); já na órbita interna-
cional, é o dever de observância da igualdade entre os Estados, todos igualmente soberanos.
Por fim, considera-se a finalidade de um Estado o atingimento do bem comum, em outras
palavras, o Estado existe para buscar a concretização do interesse público.

1
Mar territorial: segundo o art. 1º da Lei n. 8.617, 1993, compreende uma faixa de doze milhas marítimas de largura.

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reunião de um povo sobre um território determi-


nado dotado de governo soberano
Conceito

Povo – conjunto de nacionais


ESTADO Território – espaço geográfico sobre o qual o Estado
exerce sua soberania
Governo – conjunto de decisões políticas

Elementos Ótica interna – poder de impor a ordem jurídica


Soberania Ótica externa – dever de observância da igualdade
entre os Estados

Finalidade – atingimento do bem comum

Dito isso, vamos retomar um tema que, certa medida, já tratamos ao estudarmos o Título I
(Princípios Fundamentais). Vamos diferenciar forma de Estado, forma de Governo, sistema de
Governo e regime de Governo.
Não confunda as nomenclaturas que serão expostas. Fechado?

2. Formas De Estado

Meu(minha) aluno(a), para saber qual é a forma de Estado adotada por um determinado
país, devemos observar se há, ou não, repartição do exercício do poder, em função do territó-
rio estatal.
Se não houver repartição de poder, ou seja, se o poder é exercido de forma central, se tra-
tará de Estado unitário, também chamado de Estado simples (exemplo: Uruguai).
Já se houver repartição de poderes por entes regionais dotados de autonomia política, o
Estado será federal, também chamado de federado, complexo ou composto.
É importante lembrar que o Brasil é uma Federação de 3º grau, por segregação, coope-
rativa e assimétrica, conforme já vimos nos princípios fundamentais. Façamos uma revisão!
O Brasil possui um federalismo de 3º grau, porque é formado por três níveis:
• um nível nacional: exercido pela União;
• um nível regional: exercido pelos Estados-membros;
• um nível local: exercido pelos Municípios.

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Por sua vez, a Federação brasileira é formada por segregação, porque éramos um Estado
unitário (à luz da CF de 1824) e houve uma descentralização política do Poder (a partir da CF
de 1891), o que deu origem ao surgimento de outros entes regionais autônomos que passa-
ram a exercer parcela do poder estatal. Conforme aponta a doutrina, trata-se de movimento
centrífugo (para fora) de formação estatal e distribuição do poder.
Para diferenciar, ocorre uma federação por agregação quando Estados soberanos se unem
para formar um novo Estado, como aconteceu, por exemplo, na formação dos Estados Unidos
da América (EUA). Na formação de uma Federação por agregação, há um movimento centrí-
peto (para dentro) de formação estatal.
Somos, ainda, uma Federação cooperativa, na medida em que não há uma rígida divisão de
competências entre o ente de maior grau (União) e os demais entes federados subnacionais
(Estados-membros, Distrito Federal e Municípios). Tal fato é observado a partir da leitura dos
arts. 23, que trata das competências comuns, e 24, que elenca as competências concorrentes.
Por outro lado, nos Estados que adotam o modelo de federalismo dual, é verificada uma
rígida separação de competências entre o ente de maior grau e os demais entes descentrali-
zados (como é o caso dos EUA).
Por fim, no federalismo assimétrico, como o nosso, a Constituição Federal parte da pre-
missa de que há sérias desigualdades socioeconômicas entre os Estados-membros a exigir
um tratamento diferenciado na busca da igualdade entre os componentes da federação. É o
modelo adotado pelo Estado brasileiro, conforme se percebe da leitura do art. 3º, inciso III.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:


[...]
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

Já no federalismo simétrico, há divisão igualitária das competências e das receitas estatais.

Questão 1 (MPU/ANALISTA PROCESSUAL/2010) Em face da descentralização administra-


tiva e política que caracteriza o Estado brasileiro, a República Federativa do Brasil constitui

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um estado unitário descentralizado, dispondo os entes políticos estatais de autonomia para


a tomada de decisão, no caso concreto, a respeito da execução das medidas adotadas pela
esfera central de governo.

Errado.
Na verdade, em face da descentralização administrativa e política que caracteriza o Estado
brasileiro, a República Federativa do Brasil constitui um Estado federal, dispondo os entes
políticos estatais de autonomia política.

Há autores que identificam uma terceira forma de Estado: a Confederação. Aqui, o que
se tem é a reunião de Estados soberanos a partir da assinatura de um tratado internacional.
Enquanto na Federação a ideia é a indissolubilidade do pacto federativo, na Confederação, os
Estados-partes podem romper a qualquer momento com o tratado internacional, ou seja, a
regra a dissolubilidade da Confederação.

Há repartição do exercício do poder em função do território?

Poder é central
Cada ente descentralizado possui apenas auto-
Unitários nomia administrativa

FORMAS DE
ESTADO Poder é descentralizado
Cada ente descentralizado possui autonomia política
Federação
Pacto indissolúvel
Criado pela Constituição Federal

Cada Estado-parte possui soberania


Pacto dissolúvel
Confederação
Criado por tratado

3. Formas de Governo
Já a forma de Governo refere-se à maneira pela qual se dá a instituição do poder na so-
ciedade e como se dá a relação entre governantes e governados. As formas de Governo são:
República ou Monarquia.

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Questão 2 (AFRE-RN/2005) Sistema de governo pode ser definido como a maneira pela qual
se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados.

Errado.
O conceito refere-se à forma de Governo. Percebeu como é importante tomar cuidado com as
nomenclaturas?

A República possui as seguintes características:


• eletividade: os representantes são eleitos de forma direta e, excepcionalmente, de forma
indireta;
• cumprimento de mandato: significa a temporariedade de permanência no governo
(necessidade de alternância no poder);
• dever de prestar contas de seus atos: o governante possui responsabilidades perante o
povo que o elegeu.

Questão 3 (MP-TO/ANALISTA MINISTERIAL/ESPECIALIDADE CIÊNCIAS JURÍDICAS/2006)


Decorre do princípio republicano a regra constitucional de que o mandato do Presidente da
República será de quatro anos.

Certo.
A República exige alternância no poder, isto é, os detentores do poder político devem cumprir
mandato com prazo certo.

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Por sua vez, na Monarquia, as características são:

• hereditariedade: a instituição do poder não se dá por meio de eleições, mas sim por

vínculo sanguíneo (o filho do rei, rei será);

• vitaliciedade: não temporário; o governante fica no poder até sua morte ou eventual

abdicação do trono;

• não prestação de contas: o monarca não presta contas de seus atos (ideia que vem

desde a Idade Média, segundo a qual o rei não pode errar).

Vejamos um paralelo entre a República e a Monarquia:

República Monarquia
Eletividade Hereditariedade
Mandato Vitaliciedade
Dever de prestar contas Sem dever de prestar contas

Como se dá a relação entre governantes e governados? Há eletivi-


dade e mandato ou hereditariedade e vitaliciedade?

eletividade
FORMAS DE mandato
República dever de prestar contas
GOVERNO

hereditariedade
vitaliciedade
Monarquia
sem dever de prestar contas

4. Sistemas de Governo

Os sistemas de Governo podem ser o parlamentarista ou o presidencialista, a depender

de como se relacionam os Poderes Executivo e Legislativo no exercício das funções governa-

mentais, com independência entre eles ou não.

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Questão 4 (AFC/STN/2005) Forma de governo diz respeito ao modo como se relacionam


os poderes, especialmente os Poderes Legislativo e Executivo, sendo os Estados, segundo a
classificação dualista de Maquiavel, divididos em repúblicas ou monarquias.

Errado.
Na verdade, o sistema de Governo diz respeito ao modo como se relacionam os Poderes, es-
pecialmente os Poderes Legislativo e Executivo.

No sistema parlamentarista, o primeiro-ministro possui mandato por prazo incerto, uma


vez que a responsabilidade do governante se dá perante o parlamento, ou seja, esse sistema
é caracterizado pela interdependência entre os Poderes Executivo e Legislativo.
Nesse sistema, o primeiro-ministro exerce apenas a chefia de governo, cabendo ao rei
(no caso da Monarquia) ou ao Presidente (no caso da República) exercer a chefia de Estado
(chamada de chefia dual).
Já no presidencialismo, o Presidente da República cumpre mandato por prazo certo. Nes-
se caso, há clara independência entre os Poderes Executivo e Legislativo. É o modelo brasilei-
ro, conforme se depreende da leitura do art. 2º, para o qual “são Poderes da União, indepen-
dentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.
Aqui, o Presidente da República exerce, a um só tempo, a chefia de governo e a chefia de
Estado (chamada de chefia única).

Questão 5 (FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ACRE/2006) O parlamentarismo e o presiden-


cialismo são formas de governo previstas no texto constitucional.

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Errado.
O parlamentarismo e o presidencialismo são sistemas de Governo. Mais uma vez, o examina-
dor “jogou” com as nomenclaturas.

Questão 6 (IPHAN/AUXILIAR INSTITUCIONAL/2018) No sistema presidencialista adotado


no Brasil, o presidente, que, em regra, é escolhido pelo povo, governa por um prazo fixo e de-
terminado e assume a chefia de Estado e de governo.

Certo.
Exatamente isso.

Como se relacionam os Poderes Executivo e Legislativo?

independência
Sistemas mandato por prazo certo
Presidencialismo responsabilidade perante o povo
de Governo
chefia monocrática

interdependência
mandato por prazo incerto
Parlamentarismo
responsabilidade perante o parlamento
chefia dual

5. Regimes de Governo ou Regimes Políticos

Aqui, devemos constatar se há ou não participação popular nas formulações estatais.


No regime de Governo autocrático, o povo não participa das formulações políticas do Es-
tado, vale dizer, o Governo é estruturado de cima para baixo, a partir da imposição da vontade
unilateral do detentor do poder político.

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Já no regime democrático, há efetiva participação do povo por meio do voto, da iniciativa


popular de leis, da presença nos tribunais do júri, propondo ação popular etc. É um Governo
estruturado de baixo para cima (governo do povo, pelo povo e para o povo).
Conforme já estudamos, o regime de Governo democrático manifesta-se de três maneiras
distintas: na forma de democracia direta, na forma de democracia indireta (ou representativa)
e na forma de democracia semidireta (ou participativa). Na democracia direta, todas as deci-
sões políticas são tomadas diretamente pelo povo (existiu num passado remoto; hoje é muito
pouco provável que exista pelo mundo). Por sua vez, na democracia indireta (ou represen-
tativa), todas as decisões políticas são tomadas indiretamente, por meio de representantes
eleitos pelo povo. Por fim, na democracia semidireta (ou participativa), a maioria das decisões
políticas são tomadas por representantes eleitos, mas há traços de democracia direta. É o
modelo adotado pelo Brasil.

Há participação do povo na formação da vontade estatal?

Regimes de há participação do povo


Democracia governo estruturado de baixo para cima
Governo

não há participação do povo


Autocracia governo estruturado de cima para baixo

Dito isso, vamos avançar pelo estudo da Constituição Federal brasileira, vendo, agora, o
art. 18, ok? Venha comigo!

6. Art. 18, Caput

Estabelece a norma em questão que a organização político-administrativa da República


Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos
autônomos, nos termos da Constituição Federal.

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(Pref. João Pessoa-PB/Auditor Municipal de Controle Interno/2018) No âmbito da organiza-

ção político-administrativa do Estado, apenas a União, os estados e o Distrito Federal são

considerados entes autônomos.

Errado.

Todas entidades federativas são autônomas, incluídos os Municípios.

Essas entidades políticas (União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios), se-

gundo o Código Civil, possuem natureza jurídica de direito público interno. Perceba:

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:


I – a União;
II – os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III – os Municípios;
IV – as autarquias, inclusive as associações públicas;
V – as demais entidades de caráter público criadas por lei.

Questão 7 (EPPGG/MPOG/2009) A organização político-administrativa da União compre-

ende os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos na forma do disposto

na própria Constituição Federal.

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Errado.
Percebeu a pegadinha sutil? A organização político-administrativa da República Federativa
do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autôno-
mos na forma do disposto na própria Constituição Federal.

Questão 8 (CNJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2013/ADAPTADO) As entidades políticas são pes-


soas jurídicas de direito público interno, como a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios.

Certo.
É o que estabelece o art. 41 do Código Civil.

Muito cuidado com o que eu vou destacar agora! A banca tentará confundi-lo(a) afirmando
que a União é soberana. Na verdade, a União é autônoma, lembrando, conforme detalhamos
ao tratar do princípio federativo, que ter autonomia é possuir capacidades de: auto-organiza-
ção; autogoverno; autolegislação (ou normatização própria); e autoadministração.

Auto-organização: capacidade das entidades federativas (União, Estados-membros, Distrito


Federal e Municípios) de se auto-organizarem por meio das constituições e leis orgânicas. A

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União se auto-organiza pela Constituição Federal; os vinte e seis Estados-membros se au-


to-organizam por suas Constituições Estaduais; o Distrito Federal se auto-organiza por sua
Lei Orgânica; e os mais de cinco mil Municípios se auto-organizam por suas Leis Orgânicas.

Apesar de o Distrito Federal se auto-organizar por uma Lei Orgânica, esta, na sua essência, é
uma verdadeira Constituição Estadual. Conforme consignado na ADI n. 3.756, o Distrito Fede-
ral, muito embora submetido a um regime constitucional diferenciado, está bem mais próximo
da estruturação dos Estados-membros do que dos Municípios, haja vista que:
• ao tratar da competência concorrente, a Lei Maior colocou o Distrito Federal em pé de
igualdade com os Estados e a União (art. 24);
• ao versar sobre o tema da intervenção, a Constituição Federal dispôs que a “União não
intervirá nos Estados nem no Distrito Federal” (art. 34), reservando para os Municípios
um artigo em apartado (art. 35);
• o Distrito Federal tem, em plenitude, os três orgânicos Poderes estatais, ao passo que
os Municípios somente têm dois (inciso I do art. 29);
• a Constituição Federal tratou de maneira uniforme os Estados-membros e o Distrito
Federal quanto ao número de deputados distritais, à duração dos respectivos manda-
tos, aos subsídios dos parlamentares etc. (§ 3º do art. 32);
• no tocante à legitimação para propositura de ação direta de inconstitucionalidade
perante o STF, a Magna Carta dispensou à Mesa da Câmara Legislativa do Distrito
Federal o mesmo tratamento dado às Assembleias Legislativas Estaduais (inciso IV
do art. 103);
• no modelo constitucional brasileiro, o Distrito Federal se coloca ao lado dos Estados-
-membros para compor a pessoa jurídica da União;
• tanto os Estados-membros como o Distrito Federal participam da formação da vontade
legislativa da União (arts. 45 e 46).

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Autogoverno: capacidade das entidades federativas (União, Estados-membros, Distrito


Federal e Municípios) de estruturarem os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

A capacidade de autogoverno do Distrito Federal e dos Municípios é limitada, uma vez que
não possuem Poder Judiciário próprio. No caso específico do Distrito Federal, à luz do art. 21,
inciso XIII, cabe à União organizar e manter o Poder Judiciário do Distrito Federal.

Art. 21. Compete à União:


[...]
XIII – organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territó-
rios e a Defensoria Pública dos Territórios;

Autolegislação: capacidade das entidades políticas de criarem normas jurídicas gerais e


abstratas.
Autoadministração: capacidade das entidades federativas de administrar a coisa pública
sob sua gestão, especialmente servidores e bens.

AUTO-ORGANIZAÇÃO

AUTOLEGISLAÇÃO AUTONOMIA AUTOADMINISTRAÇÃO


POLÍTICA

AUTOGOVERNO

Mais uma vez, volto a chamar a sua atenção para não confundir autonomia com soberania.
Somente o Estado brasileiro (a República Federativa do Brasil), reconhecido como pessoa
jurídica de direito público internacional, possui soberania. Já a União, os Estados-membros, o
Distrito Federal e os Municípios possuem apenas autonomia política.

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Questão 9 (MPOG/EPPGG/2009) Nem o governo federal, nem os governos dos Estados,


nem os dos Municípios ou o do Distrito Federal são soberanos, porque todos são limitados,
expressa ou implicitamente, pelas normas positivas da Constituição Federal.

Certo.
De fato, o governo federal, os governos dos Estados-membros, os governos dos Municípios e
o governo do Distrito Federal possuem tão somente autonomia política e não soberania.

Questão 10 (MPOG/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMEN-


TAL/2013) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são autônomos e possuem
capacidade de auto-organização e normatização própria, autogoverno e autoadministração.

Certo.
Exatamente isso!!!

Dito isso, vamos estudar agora as entidades federativas (União, Estados-membros, Distri-
to Federal e Municípios) e, também, entender o perfil constitucional dos Territórios. Vamos lá!

7. União
A União é uma entidade federativa dotada de autonomia política, possuindo as capacida-
des de auto-organização, por meio da Constituição Federal, de autogoverno (arts. 44, 76 e 92),
de autolegislação (art. 22) e de autoadministração (art. 20).

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No uso da capacidade de autolegislação, a União pode legislar privativamente sobre as


matérias do art. 22.
O autogoverno da União fica evidenciado pela capacidade de estruturar o Congresso Na-
cional (art. 44), o Poder Executivo federal (art. 76) e os órgãos federais que compõem o Poder
Judiciário brasileiro (art. 92).
Dentro da capacidade de autoadministração, os bens da União estão previstos no art. 20, a saber:

Art. 20. São bens da União:


I – os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II – as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções
militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
III – os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais
de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele
provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV – as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as
ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
V – os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI – o mar territorial;
VII – os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII – os potenciais de energia hidráulica;
IX– os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X– as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI – as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como
a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou
gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos mi-
nerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva,
ou compensação financeira por essa exploração.
§ 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres,
designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e
sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

Questão 11 (IRB/DIPLOMATA/2013) Por abranger toda a ordem jurídica do Estado Federal


brasileiro, a União é pessoa jurídica de direito público internacional que se confunde com a
República Federativa do Brasil.

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Errado.
Todas as unidades federativas, inclusive a União, são pessoa jurídica de direito público inter-
no. Além do mais, a União não se confunde com a República Federativa do Brasil.

Questão 12 (MP-PE/ANALISTA/2012) De acordo com o artigo 20, inciso V, da Constituição


Federal, os recursos naturais da zona econômica exclusiva são bens
a) do Município de Salvador – BA.
b) do Estado de Pernambuco.
c) do Estado de Roraima.
d) da União.
e) do Município de Recife – PE.

Letra d.
Esse tipo de questão nos mostra a importância de memorizar o acima transcrito art. 20.

Questão 13 (MPU/TÉCNICO DO MPU/2018) Será compartilhado o domínio de rio que banhe


mais de um estado-membro, pertencendo a cada um deles a parte que adentrar o seu território.

Errado.
É bem da União, conforme o art. 20, III.

Questão 14 (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO I/2018) As atuais terras indígenas demarcadas e


localizadas no estado do Maranhão são bens públicos federais.

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Certo.
Art. 20, XI.

8. Estados-Membros

Os Estados-membros são entes que integram a Federação dotados de autonomia política,


em razão das capacidades de auto-organização (art. 25, caput), de autoadministração (art.
26), de autogoverno (arts. 27, 28 e 125) e de autolegislação (art. 25, §§ 1º, 2º e 3º).
A capacidade de auto-organização dos Estados-membros fica evidenciada pelo caput do
art. 25 que determina que os Estados se organizem por suas Constituições.
Por sua vez, a autolegislação está consignada nos parágrafos deste art. 25, segundo o
qual:

Art. 25, [...]


§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Consti-
tuição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás
canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomera-
ções urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para inte-
grar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

De acordo com o autogoverno dos Estados, o art. 27 trata da estruturação do Poder Legis-
lativo estadual, o art. 28 da estruturação do Poder Executivo estadual e o art. 125 da estrutu-
ração do Poder Judiciário estadual. Vejamos:

Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação


do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos
quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta
Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato,
licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.

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§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa,
na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os De-
putados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
§ 3º Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços
administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos,
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro,
em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a
posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto
no art. 77.
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública
direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no
art. 38, I, IV e V.
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados
por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Cons-
tituição.

À luz da autoadministração dos Estados-membros, são bens dos Estados (art. 26):

I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste


caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob
domínio da União, dos Municípios ou de terceiros;
III – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Questão 15 (MPU/ANALISTA PROCESSUAL/2010) As capacidades de auto-organização, au-


togoverno, autoadministração e autolegislação reconhecidas aos Estados federados exem-
plificam a autonomia que lhes é conferida pela Carta Constitucional.

Certo.
Exatamente isso!!!

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Questão 16 (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO I/2018) Ilha lacustre que não pertença à União
pode ser bem do estado federado ou do município, a depender da localização territorial.

Errado.
Ilha lacustre que não pertença à União pertencerá ao Estado, conforme prevê o art. 26, III.

9. Distrito Federal

O Distrito Federal (DF) é um ente federativo com competências parcialmente tuteladas


pela União, conforme se extrai do art. 21, incisos XIII e XIV. Da leitura destes dois incisos, veri-
ficamos que 6 órgãos que atuam no DF são organizados e mantidos pela União, quais sejam:
1) o Poder Judiciário; 2) o Ministério Público; 3) a polícia civil; 4) a polícia militar; 5) o corpo
de bombeiros militares e 6) a polícia penal (de acordo com a nova redação dada pela Emenda
Constitucional n. 104, de 2019)
O DF possui autonomia política com capacidades de auto-organização (art. 32, caput),
de autogoverno (art. 32, §§ 2º e 3º), de autoadministração (art. 32, § 4º) e de autolegislação
(art. 32, § 1º).
Segundo a cabeça do art. 32, o DF se auto-organiza por sua Lei Orgânica, votada em dois
turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa,
que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal.
O Distrito Federal possui capacidade de autolegislação, conforme consigna o parágrafo
1º do art. 32, determinando que são atribuídas ao DF as competências legislativas reservadas
aos Estados e Municípios (a chamada competência cumulativa).
A capacidade de autogoverno do DF fica evidenciada pelos parágrafos 2º e 3º, que tratam,
respectivamente, da estruturação do Poderes Executivo e Legislativo.
Ainda, dentro da capacidade de autoadministração do DF, o parágrafo 4º do art. 32 as-
severa que lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da polícia

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civil, da polícia penal, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
Muito cuidado com os pontos que irei trabalhar doravante!
Inicialmente, atenção quanto à Capital Federal. Brasília é a Capital Federal, e não o Distrito
Federal, segundo o que prevê art. 18, § 1º.

Art. 18, § 1º Brasília é a Capital Federal.

Questão 17 (IPHAN/AUXILIAR INSTITUCIONAL/2018) O Distrito Federal é a capital da Repú-


blica Federativa do Brasil.

Errado.
Brasília é a Capital Federal

Outro ponto que merece destaque é que a Constituição Federal vedou a possibilidade de
o Distrito Federal se dividir em Municípios, à luz do art. 32, caput.

Questão 18 (DPRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2013) O Distrito Federal (DF) é ente fe-


derativo autônomo, pois possui capacidade de auto-organização, autogoverno e autoadmi-
nistração, sendo vedado subdividi-lo em Municípios.

Certo.
Exatamente conforme ensinamos.

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Questão 19 (PC-PB/AGENTE DE INVESTIGAÇÃO E ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2009) O Distrito


Federal (DF) não é um estado nem um município, mas possui competências legislativas de
tais. As características do DF não incluem
a) a auto-organização.
b) o autogoverno.
c) as autonomias tributária e financeira.
d) a possibilidade de subdividir-se em Municípios.
e) a autoadministração.

Letra d.
Por expressa determinação constitucional (art. 32, caput), o DF não pode criar Municípios.

Questão 20 (MPE-ES/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2010) O DF é entidade federativa


que acumula as competências legislativas reservadas pela CF aos Estados e aos Municípios, sen-
do permitida sua divisão em Municípios, desde que aprovada pela população diretamente interes-
sada, por meio de plebiscito, e pelo Congresso Nacional, mediante a edição de lei complementar.

Errado.
Na verdade, o DF é entidade federativa que acumula as competências legislativas reservadas
pela CF/1988 aos Estados e aos Municípios, sendo vedada sua divisão em Municípios.

Brasília é a capital federal


Art. 18, § 1o

Vedada a divisão em Municípios


DF Art. 32, “caput” Rege-se por lei orgânica

Art. 21, XIII e XIV: PJ, MP, PC, PM e CBM mantidos pela União
Autogoverno
Art. 32, § 4o
limitado

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10. Municípios

Querido(a) aluno(a), apesar de existir uma corrente minoritária que diz o contrário, segun-
do a doutrina majoritária, os Municípios são entes federativos dotados de autonomia política,
haja vista que são citados nos arts. 1º e 18 como integrantes da federação brasileira.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Consti-
tuição.

Como entidade federativa, os Municípios possuem autonomia política com capacidades


de auto-organização (art. 29, caput), de autolegislação (art. 30), de autogoverno (incisos do
art. 29) e de autoadministração (art. 30).
Segundo a cabeça do art. 29, o Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois
turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da
Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição
Federal e na Constituição do respectivo Estado-membro (capacidade de auto-organização
dos Municípios).
Os incisos do art. 29 e o art. 29-A evidenciam o autogoverno dos Municípios. Transcrevo
para uma leitura atenta, especialmente se você fará concurso para um cargo municipal.

Art. 29.
I – eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante
pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;
II – eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior
ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Muni-
cípios com mais de duzentos mil eleitores; (ou seja, só haverá segundo turno nos Municípios com
mais de 200.000 eleitores)
III – posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição;
IV – para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de:
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes;
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000
(trinta mil) habitantes;
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000
(cinquenta mil) habitantes;

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d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até
80.000 (oitenta mil) habitantes;
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até
120.000 (cento e vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009)
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de
até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes;
g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes
e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes;
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de
até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes;
i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil)
habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes;
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de
até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes;
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil)
habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes;
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de
até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes;
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil)
habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes;
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil)
habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta
mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes;
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil)
habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes;
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos
mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocen-
tos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes;
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habi-
tantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes;
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habi-
tantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes;
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habi-
tantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes;
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitan-
tes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes;
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habi-
tantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de
habitantes;

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V – subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa
da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
VI – o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada le-
gislatura para a subsequente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios
estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos:
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a
vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
b) em Municípios de dez mil e um a cinquenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
c) em Municípios de cinquenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a cinquenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vere-
adores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corres-
ponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
VII – o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de
cinco por cento da receita do Município;
VIII – inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato
e na circunscrição do Município; (cuidado: a imunidade material dos Vereadores aplica-se apenas
dentro dos limites territoriais do seu Município)
IX – proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao dis-
posto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo
Estado para os membros da Assembleia Legislativa;
X – julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; (o Prefeito possui foro por prerrogativa de
função no Tribunal de Justiça do seu Estado)
XI – organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal;
XII – cooperação das associações representativas no planejamento municipal;
XIII – iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de
bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; a Constituição
Federal prevê aqui a iniciativa popular no processo legislativo municipal. Isso é muito importante.
XIV – perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único.
Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereado-
res e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos
ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5o do art. 153 e nos arts. 158
e 159, efetivamente realizado no exercício anterior:
I – 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes;
II – 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezen-
tos mil) habitantes;
III – 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e
500.000 (quinhentos mil) habitantes;

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IV – 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre 500.001
(quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes;
V – 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um) e
8.000.000 (oito milhões) de habitantes;
VI – 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de
8.000.001 (oito milhões e um) habitantes.
§ 1º A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de paga-
mento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.
§ 2º Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal:
I – efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo;
II – não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou
III – enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.
§ 3º Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao § 1º
deste artigo.

O art. 30 traz as competências legislativas municipais, o que demonstra a autolegislação


dos Municípios. Vejamos.

Art. 30. Compete aos Municípios:


I – legislar sobre assuntos de interesse local;
II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem pre-
juízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV – criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públi-
cos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI – manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação
infantil e de ensino fundamental;
VII – prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento
à saúde da população;
VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e con-
trole do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação
fiscalizadora federal e estadual.

Por fim, o art. 31 regulamenta como se dará os controles externo e interno dos Municípios.
Leiamos.

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante con-
trole externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

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§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Con-
tas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde
houver.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anual-
mente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Mu-
nicipal.
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qual-
quer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos ter-
mos da lei.
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

Muito cuidado com a redação do art. 31, que trata da fiscalização dos Municípios, especial-
mente para concursos municipais.
De acordo com o citado art. 31, a fiscalização dos Municípios:
1) será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos siste-
mas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei;
2) o controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Con-
tas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios,
onde houver;
3) o parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anu-
almente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara
Municipal;
4) as contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qual-
quer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos
termos da lei;
5) é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais (quando diz
que é vedada a criação, significa que os Tribunais de Contas Municipais que já existiam antes
do avento da atual Constituição Federal continuaram existindo; são os casos dos Tribunais
de Contas dos Municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo; fora esses, não existem outros
Tribunais de Contas Municipais).

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Questão 21 (TJ-AL/ANALISTA JUDICIÁRIO/2012) A autonomia municipal funda-se na ca-


pacidade de auto-organização, autogoverno, autoadministração e capacidade normativa pró-
pria, de acordo com a Constituição Federal de 1988.

Certo.
Exatamente conforme ensinamos.

Questão 22 (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO I/2018) O município de São Luís, no estado do


Maranhão, é competente para organizar serviços públicos de interesse local; entretanto, se
esses serviços forem de transporte coletivo, tal competência será da União.

Errado.
Segundo o art. 30, V, compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime
de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte
coletivo, que tem caráter essencial.

Questão 23 (MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) As leis orgânicas dos municípios po-


dem criar conselhos ou órgãos de contas municipais para exercer o controle externo do Poder
Executivo municipal.

Errado.
De acordo com o art. 31, § 4º, é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas
Municipais.

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Questão 24 (PREF. JOÃO PESSOA-PB/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/2018)

Conforme a CF, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios possuem Poder Legis-

lativo, Poder Executivo e Poder Judiciário, independentes e harmônicos entre si.

Errado.

Essa questão é muito interessante. Tal qual o Distrito Federal, os Municípios também não

possuem Poder Judiciário próprio.

Regem-se por lei orgânica


Art. 29, “caput”

MUNICÍPIOS

Autogoverno não possuem Poder Judiciário próprio


limitado

11. Territórios Federais

Prezado(a) aluno(a), muito cuidado com os Territórios! Despencam em concurso público.

Os Territórios possuem natureza jurídica de autarquias federais, integrantes da Adminis-

tração Pública indireta da União. São também chamados de autarquias territoriais.

Perceba que os Territórios não são entidades federativas, portanto, não possuem autono-

mia política.
Apesar de não existirem, é possível a criação de novos Territórios federais, basta a edição
de uma lei complementar, conforme determina o art. 18, § 2º:

Art. 18, § 2º os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

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Questão 25 (MF/PROCESSO SELETIVO INTERNO/2008) Na atualidade, não existem Territó-

rios Federais. Contudo, se criados, integrarão unidade autônoma, e não a própria União, razão

pela qual terão organização administrativa própria.

Errado.

Na verdade, na atualidade, não existem Territórios federais e, se criados, não integrarão uni-

dade autônoma, mas sim integrarão a União na qualidade de autarquia.

Questão 26 (CGU/AFC/2008) A criação de territórios federais, que fazem parte da União, de-

pende de emenda à Constituição Federal.

Errado.

A criação de Territórios federais, que fazem parte da União, depende de lei complementar.

Questão 27 (MPU/NÍVEL MÉDIO/2013) O constituinte originário atribuiu caráter de ente fe-

derativo aos Municípios e territórios federais, ainda que lhes tenha conferido autonomia limi-

tada, caracterizada pela ausência de Poder Judiciário, Ministério Público (MP) e defensoria

pública nessas esferas de governo.

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Errado.
A questão estaria correta se fossem retirados do contexto da afirmação os Territórios, que
não possuem caráter de ente federativo. O correto seria: o constituinte originário atribuiu
caráter de ente federativo aos Municípios, ainda que lhes tenha conferido autonomia limita-
da, caracterizada pela ausência de Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública
nessa esfera de governo.

Questão 28 (FUNASA/NÍVEL SUPERIOR/2013) Nos termos da CF, os territórios federais não


são considerados entes federativos, isto é, não gozam de autonomia política, mas integram a
União e possuem natureza de mera autarquia.

Certo.
Exatamente como ensinamos.
Ainda sobre os Territórios, o art. 33 traz algumas informações interessantes:
1) os Territórios poderão ser divididos em Municípios. Olha que curioso: o Distrito Federal, que
é entidade federativa, não pode ser subdividido em Municípios. Já os Territórios, que não são
entes federativos, podem ser dividido em Municípios;
2) as contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer pré-
vio do Tribunal de Contas da União. Isso ocorre por se tratar de uma autarquia territorial federal;
3) nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado
na forma da Constituição Federal (pelo Presidente da República, com aprovação do Senado
Federal), haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério
Público e defensores públicos federais.

DICA DO LD
Os Municípios criados nos Territórios federais serão entidades federativas semelhantes aos
demais Municípios situados nos Estados-Membros, portanto, terão autonomia política.

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Questão 29 (IPHAN/AUXILIAR INSTITUCIONAL/2018) Atualmente, não existem territórios


federais no Brasil, mas a Constituição Federal de 1988 prevê a possibilidade de serem criados
por meio de lei complementar.

Certo.
Art. 18, § 2º.

Questão 30 (TJ-PB/JUIZ SUBSTITUTO/2011) De acordo com a CF, são entes da Federação


a União, os Estados e o DF, não sendo os territórios e os Municípios considerados entes au-
tônomos, visto que os primeiros representam autarquias territoriais da União e os segundos,
divisões político-territoriais dos Estados-membros.

Errado.
O erro está na afirmação de que os Municípios não são entes da Federação.

autarquias federais (não possuem autonomia política)


contas são submetidas ao CN, com parecer do TCU (art. 33,
Natureza
§ 2o)
Jurídica

TERRITÓRIOS Poderão ser divididos em Municípios (art. 33 § 1o)

Governador nomeado pelo Presidente da República (art. 84,


Com mais XIV), com aprovação do Senado (art. 52, III, “c”)
de 100 mil habitan- PJ de 1a e 2a instância
tes, terão (art. 33, MP
§ 3o): DP

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12. Formação dos Estados-Membros

Segundo o art. 18, § 3º, os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou des-
membrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios federais,
mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Con-
gresso Nacional, por lei complementar.
Portanto, a criação de novos Estados-membros depende da satisfação de dois requisitos:
• aprovação da população diretamente interessada por plebiscito;
• lei complementar federal.

DICA DO LD
Aprovada a criação de um novo Estado-membro pela população diretamente interessada,
mediante plebiscito, o Poder Legislativo federal (o Congresso Nacional) tem liberdade plena
para decidir pela criação ou não da entidade federativa.

13. Formação dos Municípios


Por seu turno, à luz do art. 18, § 4º, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembra-
mento de Municípios far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei com-
plementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados
e publicados na forma da lei.
Ou seja, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento dos Municípios depen-
dem de quatro requisitos:
• lei complementar federal, que determinará o período e o procedimento a ser adotado;
• Estudo de Viabilidade Municipal, o qual deve ser apresentado, na forma da lei;
• plebiscito convocado pela respectiva Assembleia Legislativa, desde que o resultado do
Estudo de Viabilidade Municipal seja positivo;
• lei estadual, dentro do período que a lei complementar federal definir, se e somente se
os requisitos anteriores forem respeitados.

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Questão 31 (TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2006) Nos termos da Constituição


Federal, a criação de novos Municípios, que é feita por lei estadual, só poderá se realizar

quando for publicada a lei complementar federal que disciplinará o período dentro do qual

será autorizada essa criação.

Certo.

Conforme o art. 18, § 4º.

Questão 32 (MPOG/EPPGG/2009) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento

de Municípios far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complemen-

tar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Mu-

nicípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e

publicados na forma da lei.

Certo.

Transcrição do art. 18, § 4º.

Questão 33 (MPE-PI/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) A CF permite a fusão de municípios,

desde que autorizada por lei estadual e precedida por consulta em plebiscito às populações

dos municípios envolvidos, após a divulgação de estudo de viabilidade municipal.

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Certo.
De acordo com o art. 18, § 4º.

aprovação da população direta-


mente interessada (plebiscito)
Estados lei complementar federal

lei complementar federal


FORMAÇÃO Municípios estudo de viabilidade municipal
consulta às populações dos Municípios
envolvidos (plebiscito)
lei estadual

lei complementar federal


Territórios

14. Vedação aos Entes Federados


Segundo o art. 19, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
1) estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funciona-
mento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou alian-
ça, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. Isso se dá pela
laicidade do Estado brasileiro, que não adota nenhuma religião oficial;
2) recusar fé aos documentos públicos;
3) criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. À luz desta vedação, o STF
não tem admitido que haja preferência em licitações a produtos de empresas situadas
em determinada região, tampouco que se dê preferência em concurso público a pes-
soas nascidas em determinado lugar.

15. Intervenção

O que é intervenção? Intervenção é uma medida excepcional tomada por uma entidade
federativa de maior grau (União ou Estado-membro) em face de outra entidade federativa de

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menor grau (Estado-membro, Distrito Federal ou Município), em que se afasta temporaria-


mente a autonomia política do ente onde se opera a intervenção.
A União intervém nos Estados-membros ou no Distrito Federal e os Estados-membros
intervém nos seus Municípios. Mas será que haveria a possibilidade da União intervir direta-
mente em Municípios? Sim, mas apenas em Municípios situados em Território Federal. Isto é,
a União jamais intervirá em Municípios situados nos Estados-membros.
As hipóteses de intervenção federal estão previstas (em rol taxativo) no art. 34, são elas:
I – manter a integridade nacional;
II – repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III – pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV – garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V – reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo
motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, den-
tro dos prazos estabelecidos em lei;
VI – prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendi-
da a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações
e serviços públicos de saúde.
Da leitura dos incisos do art. 34, extraímos que há 4 tipos de intervenção. Vejamos.
1) intervenção espontânea: são as hipóteses presentes nos incs. I, II, III e V do art. 34.
Nesse caso, o Presidente da República tem liberdade para decidir pela intervenção (ou
não), ouvindo antes o Conselho da República (art. 90, I) e o Conselho de Defesa Nacio-
nal (art. 91, § 1º II);

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2) intervenção provocada por solicitação: é a hipótese prevista no art. 34, IV, quando a
coação recai sobre o Poder Legislativo ou o Poder Executivo do Estado ou do Distrito
Federal. Nesse caso, o Poder coagido solicita ao Presidente da República a intervenção
federal, porém o Presidente da República não estará vinculado ao pleito. Pelo contrário,
terá liberdade para intervir ou não, ouvindo antes o Conselho da República (art. 90, I) e
o Conselho de Defesa Nacional (art. 91, § 1º II);
3) intervenção provocada por requisição: são as hipóteses do mesmo art. 34, IV (quando
a coação for exercida contra o Poder Judiciário) e do art. 34, VI, segunda parte (no caso
de desobediência de ordem ou decisão judicial). Se se tratar de matéria eleitoral, a re-
quisição fica a cargo do Tribunal Superior Eleitoral. Se estiver sendo descumprida uma
ordem do Superior Tribunal de Justiça, a ele cabe a requisição. Nas demais matérias,
a requisição compete ao Supremo Tribunal Federal. Aqui, o Presidente da República
estará vinculado à requisição do Poder Judiciário.
4) intervenção provocada por provimento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de repre-
sentação do Procurador-Geral da República (PGR): também chamada de representa-
ção interventiva ou ação direta de inconstitucionalidade interventiva, ocorre no caso
do art. 34, VII (desrespeito aos princípios constitucionais sensíveis) e para prover a
execução de lei federal (art. 34, VI, parte inicial). Se o STF der provimento à representa-
ção do PGR, o Presidente da República será obrigado a intervir.

Por sua vez, o art. 35 traz as hipóteses taxativas de intervenção estadual, quais sejam:
I – deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida
fundada;
II – não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desen-
volvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
IV – o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância
de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de
ordem ou de decisão judicial.

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excepcional possibilidade de supressão temporária da auto-


nomia política realizada por um ente de maior grau sobre um
ente de menor grau
Conceito

Art. 34
nos Estados
Intervenção Federal nos Municípios situados em Territórios

INTERVENÇÃO
Art. 35
nos seus Municípios
Intervenção Estadual

Rol taxativo

Art. 34, I, II, III e V


Presidente da República age de ofício, ouvido o CR (art. 90, I)
Espontânea
e o CDN (art. 91, § 1o, II)

Art. 34 - quando a coação recair sobre os Poderes


Legislativo ou Executivo
Dependerá de solicitação do Poder coagido (art. 36, I,
Provocada por soli- primeira parte)
citação o Presidente da República não estará vinculado à soli-
citação
INTERVENÇÃO FEDE-
RAL Art. 34, IV - quando a coação dependerá de requisição do STF (art.
recair sobre o Poder Judiciário 36, I, parte final)
Provocada por requi- Art. 34, VI, segunda parte - deso- dependerá de requisição do STF, do
sição bediência de ordem ou decisão STJ ou do TSE (de acordo com a
judicial matéria)(art. 36, II)
o Presidente da República estará vinculado à requisição

Provocada por provi-


Art. 34, VII - desrespeito aos princípios constitucionais sensíveis
mento de represen-
Art. 34, VI, parte inicial - prover a execução de lei federal
tação do PGR

É isso! Conseguiu acompanhar? Espero que sim. De todo modo, estou disponível no nos-
so fórum de dúvidas. Gostaria de receber sua avaliação acerca da nossa aula. Isso é muito
importante para nós.
Forte abraço, fique com Deus e bons estudos!

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RESUMO
Conceito de Estado: reunião de um povo, em um território determinado, dotado de um
governo soberano.
Elementos dos Elementos do Estado: povo, território, governo, soberania e finalidade.
Povo: é o conjunto de nacionais, no nosso caso, o conjunto de brasileiros natos e natura-
lizados.
Território: é o espaço geográfico sobre o qual o Estado exerce o seu poder soberano, com-
preendido pelo espaço terrestre, pelo mar territorial e pelo espaço aéreo sobrejacente.
Governo: conjunto de decisões políticas.
Soberania: é, no plano interno, o poder que o Estado tem de, dentro de seu território e so-
bre o seu povo, impor sua ordem jurídica (suas normas); já na órbita internacional, é o dever
de observância da igualdade entre os Estados, todos igualmente soberanos.
Finalidade: atingimento do bem comum.
Formas de Estado: a) Unitário - não há repartição de poder, ou seja, o poder é exercido de
forma central; b) Federado - há repartição de poderes por entes regionais dotados de auto-
nomia política.
Formas de Governo: a) República - possui as seguintes características: 1) eletividade: os
representantes são eleitos de forma direta e, excepcionalmente, de forma indireta; 2) cumpri-
mento de mandato: significa a temporariedade de permanência no governo (necessidade de
alternância no poder); 3) dever de prestar contas de seus atos: o governante possui respon-
sabilidades perante o povo que o elegeu; b) Monarquia - as características são: 1) heredita-
riedade: a instituição do poder não se dá por meio de eleições, mas sim por vínculo sanguí-
neo; 2) vitaliciedade: não temporário; o governante fica no poder até sua morte ou eventual
abdicação do trono; 3) não prestação de contas: o monarca não presta contas de seus atos.
Sistemas de Governo: a) parlamentarista: o primeiro-ministro possui mandato por prazo
incerto, uma vez que a responsabilidade do governante se dá perante o parlamento, ou seja,
esse sistema é caracterizado pela interdependência entre os Poderes Executivo e Legislativo;
b) presidencialista: o Presidente da República cumpre mandato por prazo certo. Nesse caso,
há clara independência entre os Poderes Executivo e Legislativo.

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Regimes de Governo: a) autocrático: o povo não participa das formulações políticas do


Estado; b) democrático: há efetiva participação do povo por meio do voto, da iniciativa popular
de leis, da presença nos tribunais do júri, propondo ação popular etc.
Art. 18, “Caput”: a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos (auto-
nomia política), nos termos da Constituição Federal.
Autonomia Política: significa possuir as capacidades de auto-organização, de autogover-
no, de autolegislação (ou normatização própria) e de autoadministração.
Bens da União: art. 20.
Participação no Resultado ou Compensação Financeira: é assegurada, nos termos da lei,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração dire-
ta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos
hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo
território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensa-
ção financeira por essa exploração.
Faixa de Fronteira: a faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das
fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para de-
fesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
Bens dos Estados: art. 26.
Formação dos Estados-Membros: os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se
ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios fe-
derais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e
do Congresso Nacional, por lei complementar.
Distrito Federal: é um ente federativo com competências parcialmente tuteladas pela
União, conforme se extrai do art. 21, incisos XIII e XIV. Da leitura destes dois incisos, verifica-
mos que 6 órgãos que atuam no DF são organizados e mantidos pela União, quais sejam: 1)
o Poder Judiciário; 2) o Ministério Público; 3) a polícia civil; 4) a polícia militar; 5) o corpo de
bombeiros militares; e 6) a polícia penal. Não pode se dividir em Municípios.
Capital Federal: Brasília.

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Fiscalização dos Municípios: 1) será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante
controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma
da lei; 2) o controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais
de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Muni-
cípios, onde houver; 3) o parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que
o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos
membros da Câmara Municipal; 4) as contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias,
anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei; 5) é vedada a criação de Tribunais, Conse-
lhos ou órgãos de Contas Municipais.
Formação dos Municípios: a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de
Municípios far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar
federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publica-
dos na forma da lei.
Territórios Federais: 1) possuem natureza jurídica de autarquias federais, integrantes da
Administração Pública indireta da União; 2) não são entidades federativas, portanto, não pos-
suem autonomia política; 3) apesar de não existirem, é possível a criação de novos Territórios
federais, basta a edição de uma lei complementar; 4) poderão ser divididos em Municípios;
5) as contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer
prévio do Tribunal de Contas da União; 6) nos Territórios Federais com mais de cem mil ha-
bitantes, além do Governador nomeado na forma da Constituição Federal (pelo Presidente da
República, com aprovação do Senado Federal), haverá órgãos judiciários de primeira e segun-
da instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais.
Vedação aos Entes Federados: é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios: 1) estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes
o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; 2) recusar fé aos do-
cumentos públicos; 3) criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

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Organização Político-Administrativa do Estado
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 OAB/EXAME DA ORDEM XXVIII/2019 A população do Estado X, insatisfeita com
os rumos da política nacional e os sucessivos escândalos de corrupção que assolam todas
as esferas do governo, inicia uma intensa campanha pleiteando sua separação do restante
da Federação brasileira. Um plebiscito é então organizado e 92% dos votantes opinaram fa-
voravelmente à independência do Estado. Sobre a hipótese, com base no texto constitucional,
assinale a afirmativa correta.
a) Diante do expressivo quórum favorável à separação do Estado X, a Assembleia Legislativa
do referido ente deverá encaminhar ao Congresso Nacional proposta de Emenda Constitucio-
nal que, se aprovada, viabilizará a secessão do Estado X.
b) Para o exercício do direito de secessão, exige-se lei estadual do ente separatista, dentro
do período determinado por Lei Complementar federal, dependendo ainda de consulta prévia,
mediante plebiscito, às  populações dos demais Estados, após divulgação dos estudos de
viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei.
c) Diante da autonomia dos entes federados, admite-se a dissolução do vínculo existente
entre eles, de modo que o Estado X poderia formar um novo país, mas, além da aprovação da
população local por meio de plebiscito ou referendo, seria necessária a edição de Lei Comple-
mentar federal autorizando a separação.
d) A forma federativa de Estado é uma das cláusulas pétreas que norteiam a ordem consti-
tucional brasileira, o que conduz à conclusão de que se revela inviável o exercício do direito
de secessão por parte de qualquer dos entes federados, o que pode motivar a intervenção
federal.

Questão 2 (POLÍCIA CIVIL-ES/INVESTIGADOR/2019) De acordo com a Constituição Fede-


ral, assinale a alternativa correta acerca da Organização Político-Administrativa do Estado.
a) Os Territórios Federais integram a União e sua criação, transformação em Estado ou rein-
tegração ao Estado de origem serão reguladas em lei ordinária.
b) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se ane-
xarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da

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população diretamente interessada, através de plebiscito, e  do Congresso Nacional, por lei


complementar.
c) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei
federal, dentro do período determinado por Lei Ordinária.
d) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se ane-
xarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação das
Assembleias Legislativas dos Estados diretamente interessados e do Congresso Nacional,
por lei ordinária.
e) São considerados como bens dos Estados da Federação os recursos minerais, inclusive os
do subsolo.

Questão 3 (DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO/2019) O Tribunal de Contas do Estado,


ao apreciar as contas apresentadas por determinado Prefeito Municipal, entendeu que apresen-
tavam irregularidade insanável. À luz da sistemática constitucional, o referido entendimento:
a) por si só, importa na rejeição das contas;
b) será apreciado pela Câmara Municipal, que pode acolhê-lo, ou não, pelo voto da maioria de
seus membros;
c) será apreciado pelo Governador do Estado, que pode acolhê-lo, ou não;
d) será apreciado pelo Conselho de Prefeitos, que pode acolhê-lo, ou não;
e) será apreciado pela Câmara Municipal, que somente pode rejeitá-lo por decisão de dois
terços dos seus membros.

Questão 4 (DPE-RJ/TÉCNICO MÉDIO DE DEFENSORIA PÚBLICA/2019) A Câmara dos Ve-


readores do Município Alfa aprovou o diploma normativo que regeria o Município, por dois
terços dos seus membros, após dois turnos de votação, com o interstício de dez dias entre
cada uma delas. O referido diploma normativo, na sistemática constitucional, é:
a) a Constituição Municipal;
b) a Lei Orgânica Municipal;
c) a Lei Complementar Municipal;
d) a Lei Ordinária Municipal;
e) o Estatuto Municipal.

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Questão 5 (TJ-MG/OUTORGA DE DELEGAÇÕES DE NOTAS E DE REGISTRO/2012) A organi-


zação político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende, EXCETO
a) os Estados.
b) os Municípios e os Territórios.
c) o Distrito Federal.
d) a União.

Questão 6 (SEPLAG/GESTOR GOVERNAMENTAL/2008) Constitui bem ambiental de domí-


nio dos Estados:
a) a mata atlântica.
b) os sítios arqueológicos.
c) as águas subterrâneas.
d) as cavidades naturais subterrâneas.

Questão 7 (ADVOGADO/2002) A Constituição Federal vigente NÃO assegura ao Município:


a) capacidade normativa própria.
b) capacidade de autogoverno.
c) autonomia financeira.
d) representação no Senado Federal.

Questão 8 (ADVOGADO/2002) É INCORRETO afirmar que a Lei Orgânica Municipal:


a) é elaborada pelo Município no exercício de sua capacidade de auto-organização.
b) deve atender aos princípios estabelecidos na Constituição Federal e na Constituição do
respectivo Estado.
c) não deve tratar da matéria de competência exclusiva do Município.
d) deve atender aos preceitos enumerados nos incisos do Art. 29 da Constituição Federal.

Questão 9 (PGJ/ANALISTA DE SISTEMAS/2002) É CORRETO afirmar que a criação de Mu-


nicípios se fará por:

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a) lei estadual.
b) lei federal.
c) lei complementar estadual.
d) lei complementar federal.

Questão 10 (PC-PB/AGENTE DE INVESTIGAÇÃO E ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2009) O Distrito


Federal (DF) não é um estado nem um município, mas possui competências legislativas de
tais. As características do DF não incluem
a) a auto-organização.
b) o autogoverno.
c) as autonomias tributária e financeira.
d) a possibilidade de subdividir-se em municípios.
e) a autoadministração.

Questão 11 (MP-PE/ANALISTA/2012) De acordo com o artigo 20, inciso V, da Constituição


Federal, os recursos naturais da zona econômica exclusiva são bens
a) do Município de Salvador-BA)
b) do Estado de Pernambuco.
c) do Estado de Roraima.
d) da União.
e) do Município de Recife-PE).

Questão 12 (PREFEITURA DE CAMPINAS/AGENTE ADMINISTRATIVO/2012) Sobre o que dis-


põe a Constituição Federal de 1988, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funciona-
mento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou alian-
ça, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.
II – recusar fé aos documentos públicos.
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

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É correto o que está contido em


a) I, II e III.
b) II e III, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.

Questão 13 (MTUR/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2014) O Estado é pessoa jurídi-


ca territorial soberana formada por três elementos indissociáveis e indispensáveis para a no-
ção de um Estado independente. Assinale a opção que contenha os três elementos essenciais
para a existência do Estado.
a) Povo, Carta Constitucional e Território.
b) Autonomia, Governo e Povo.
c) Território, Povo e Governo.
d) Carta Constitucional, Povo e Governo.
e) Autonomia, Povo e Território.

Questão 14 (CÂMARA DE SÃO PAULO/PROCURADOR LEGISLATIVO/2014) Ao disciplinar a


instituição de regiões metropolitanas, determinou a Constituição Federal que
a) poderão ser instituídas apenas por lei complementar estadual.
b) poderão ser constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes ou não.
c) tem como objetivo a transferência de competências municipais para o âmbito exclusivo do
Estado-membro.
d) a integração do município à região metropolitana não é compulsória.
e) cabe à União editar normas gerais a respeito da instituição das regiões metropolitanas.

Questão 15 (EXAME DE OAB/2007.1) Acerca da organização do Estado, na forma como pre-


vista na Constituição Federal, assinale a opção correta.
a) A Federação é forma de Estado, ao passo que a República é forma de governo.
b) Viola um princípio sensível, constante da Constituição Federal, o fato de um estado-mem-
bro proceder ao provimento de cargo efetivo no âmbito da administração pública centralizada
sem realizar concurso público.

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c) É cláusula pétrea a regra constitucional segundo a qual a matéria constante de proposta de


emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma
sessão legislativa.
d) No âmbito da competência concorrente, a ausência de norma estadual possibilita ao mu-
nicípio dispor sobre a matéria de forma supletiva. O advento de norma estadual suspende a
execução da norma municipal com ela incompatível, de forma que, revogada a lei estadual
superveniente, a norma municipal volta a viger.

Questão 16 (EXAME DA OAB/2007.3) Nos termos da Constituição de 1988, o Estado federal


brasileiro
a) é formado pela união indissolúvel dos estados e municípios e do Distrito Federal (DF), to-
dos autônomos, sendo apenas a União detentora do atributo da soberania.
b) adota um sistema de repartição de competências que enumera os poderes da União, define
indicativamente os dos municípios e atribui os poderes remanescentes para os estados.
c) destina à União, como ente central, competências de caráter exclusivo e privativo, restando
aos estados, ao DF e aos municípios apenas o exercício de competências legislativas em ca-
ráter remanescente e suplementar.
d) não admite que os municípios, mesmo de forma suplementar, possam legislar sobre as
matérias que são objeto da legislação federal e estadual.

Questão 17 (EXAME DA OAB/2008.2) Assinale a opção correta acerca da disciplina consti-


tucional dos municípios.
a) Os municípios, que são dotados de autonomia, podem editar constituição própria.
b) Compete privativamente aos municípios legislar sobre trânsito e transporte.
c) É vedada a criação de tribunais de contas municipais.
d) A posse de prefeitos e vice-prefeitos ocorrerá no dia 15 de fevereiro do ano subsequente
ao da eleição.

Questão 18 (EXAME DA OAB/2008.2) Não constitui causa de intervenção da União nos estados
e no DF a necessidade de

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a) manter a integridade nacional.


b) prover a execução de ordem judicial.
c) assegurar o princípio da autonomia municipal.
d) garantir a aplicação do mínimo exigido da receita na segurança pública.

Questão 19 (EXAME DA OAB/2009.1) Acerca do federalismo nacional, assinale a opção correta.


a) A CF, ao extinguir os territórios federais até então existentes, vedou a criação de novos
territórios.
b) A CF não atribuiu ao território a chamada tríplice capacidade.
c) Segundo preceitua a CF, são entes federativos os estados-membros, o DF, os municípios e
os territórios federais.
d) O DF não possui capacidade de autoadministração visto que não organiza nem mantém
suas próprias polícias.

Questão 20 (EXAME DA OAB/2009.1) De acordo com a CF e com a doutrina, a intervenção


federal
a) exige do Presidente da República, quando provocada por requisição, a submissão do ato
ao Conselho da República e ao Conselho de Defesa Nacional, para posterior exame quanto à
conveniência e oportunidade da decretação.
b) é provocada por solicitação quando a coação ou o impedimento recaem sobre cada um dos
três Poderes do Estado.
c) dispensa, quando espontânea, a autorização prévia do Congresso Nacional.
d) exige, em qualquer hipótese, o controle político.

Questão 21 (EXAME DA OAB/2009.2) Considerando as normas constitucionais que versam


sobre a organização do Estado Federal, assinale a opção correta.
a) A subdivisão e o desmembramento dos estados dar-se-ão mediante aprovação das popu-
lações diretamente interessadas, bem como das respectivas assembleias legislativas, por lei
complementar.
b) Os prefeitos dispõem, como foro especial por prerrogativa de função, do Superior Tribunal
de Justiça, ao qual cabe processá-los e julgá-los.

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c) Em obediência ao princípio da isonomia e da equivalência entre os diversos estados da


Federação, os subsídios do governador e do vice-governador, que têm como parâmetro os
subsídios dos ministros do STF, são fixados por lei federal.
d) Aos deputados estaduais aplicam-se as regras da CF sobre sistema eleitoral, inviolabili-
dade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às
Forças Armadas.

Questão 22 (EXAME DA OAB/2009.3) Assinale a opção correta quanto à disciplina sobre a


intervenção federal.
a) No caso de descumprimento, por algum estado-membro, dos princípios constitucionais
sensíveis, a decretação de intervenção dependerá de provimento, pelo STF, de representação
do procurador-geral da República.
b) Se houver, por parte de estado-membro, ameaça ao livre exercício de qualquer dos poderes,
o pedido de intervenção federal dependerá de requisição do STF.
c) A União só poderá intervir nos estados após prévia anuência do Congresso Nacional.
d) O estado só poderá intervir em seus municípios se a assembleia legislativa, por maioria
absoluta, aprovar a decretação da intervenção.

Questão 23 (EXAME DA OAB/2009.3) No tocante às hipóteses de criação de estados-mem-


bros, previstas na CF, assinale a opção correta.
a) No desmembramento para a anexação de outro estado, a parte desmembrada constituirá
novo estado, com identidade própria.
b) Na fusão, dois ou mais estados unem-se, geograficamente, para a formação de um novo
estado, o que implica perda da personalidade primitiva.
c) Na cisão, o estado subdivide-se em dois ou mais estados-membros, com personalidades
distintas, mantendo o estado originário sua personalidade jurídica.
d) No desmembramento para a formação de novo estado, o estado originário perde sua iden-
tidade, para formar um novo estado com personalidade jurídica própria.

Questão 24 (EXAME DA OAB/2011.2) Os Estados são autônomos e compõem a Federação


com a União, os Municípios e o Distrito Federal. À luz das normas constitucionais, quanto aos
Estados, é correto afirmar que

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a) podem incorporar-se entre si mediante aprovação em referendo.


b) a subdivisão não pode gerar a formação de novos territórios.
c) o desmembramento deve ser precedido de autorização por lei ordinária.
d) se requer lei complementar federal aprovando a criação de novos entes estaduais.

Questão 25 (OAB/EXAME XXIV/2017) Em observância aos princípios da transparência, pu-


blicidade e responsabilidade fiscal, o prefeito do Município Alfa elabora detalhado relatório
contendo a prestação de contas anual, ficando tal documento disponível, para consulta e
apreciação, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elabo-
ração. Carlos, morador do Município Alfa, contribuinte em dia com suas obrigações civis e
políticas, constata diversas irregularidades nos demonstrativos apresentados, apontando in-
dícios de superfaturamento e desvios de verbas em obras públicas. Em função do exposto e
com base na Constituição da República, você, como advogado de Carlos, deve esclarecer que
a) a fiscalização das referidas informações, concernentes ao Município Alfa, conforme pre-
visto na Constituição brasileira, é de responsabilidade exclusiva dos Tribunais de Contas do
Estado ou do Município, onde houver.
b) Carlos tem legitimidade para questionar as contas do Município Alfa, já que, todos os anos,
as contas permanecem à disposição dos contribuintes durante sessenta dias para exame e
apreciação.
c) a impugnação das contas apresentadas pelo Chefe do Executivo local exige a adesão mí-
nima de um terço dos eleitores do Município Alfa.
d) a CRFB/88 não prevê qualquer forma de participação popular no controle das contas públi-
cas, razão pela qual Carlos deve recorrer ao Ministério Público Estadual para que seja apre-
sentada ação civil pública impugnando os atos lesivos ao patrimônio público praticados pelo
prefeito do Município Alfa.

Questão 26 (OAB/EXAME XXIII/2017) As contas do Município Alfa referentes ao exercício


financeiro de 2014, apresentadas pelo prefeito em 2015, receberam parecer desfavorável do
Tribunal de Contas do referido Município, o qual foi criado antes da promulgação da Cons-
tituição da República Federativa do Brasil de 1988. O Presidente da Câmara, após o regular

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trâmite interno, editou resolução e aprovou as referidas contas públicas municipais, uma vez
que as demonstrações contábeis de exercícios financeiros anteriores deveriam ter sido ana-
lisadas em consonância com o plano plurianual. Diante da narrativa exposta, assinale a afir-
mativa correta.
a) A competência para julgar as contas é do Tribunal de Contas do Município, órgão do Poder
Judiciário, não podendo, em nenhuma hipótese, o Legislativo local afastá-la, sob pena de vio-
lação ao princípio da separação e harmonia entre os Poderes.
b) O parecer do Tribunal de Contas do Município a respeito da rejeição das contas somente não
será acatado pela Câmara Municipal por decisão de 2/3 (dois terços) dos membros deste órgão.
c) Considerando que o Tribunal de Contas do Município é órgão do Poder Legislativo e o Pre-
sidente da Câmara é a autoridade máxima de sua estrutura, é constitucional o afastamento,
pelo Chefe do Poder Legislativo local, do entendimento de órgão a ele subordinado.
d) O Presidente da Câmara agiu corretamente, pois a periodicidade para análise das contas
públicas do Município deve ser de 5 (cinco) anos, e tal disposição não foi observada pelo Tri-
bunal de Contas do Município.

Questão 27 (XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) A parte da população do Estado V situa-


da ao sul do seu território, insatisfeita com a pouca atenção que vem recebendo dos últimos
governos, organiza-se e dá início a uma campanha para promover a criação de um novo Esta-
do-membro da República Federativa do Brasil – o Estado N, que passaria a ocupar o território
situado na parte sul do Estado V. O tema desperta muita discussão em todo o Estado, sendo
que alguns argumentos favoráveis e outros contrários ao desmembramento começam a ga-
nhar publicidade na mídia. Reconhecido constitucionalista analisa os argumentos listados a
seguir e afirma que apenas um deles pode ser referendado pelo sistema jurídico-constitucio-
nal brasileiro. Assinale-o.
a) O desmembramento não poderia ocorrer, pois uma das características fundamentais do
Estado Federal é a impossibilidade de ocorrência do chamado direito de secessão.
b) O desmembramento poderá ocorrer, contanto que haja aprovação, por via plebiscitária,
exclusivamente por parte da população que atualmente habita o território que formaria o Es-
tado N.

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c) Além de aprovação pela população interessada, o desmembramento também pressupõe a


edição de lei complementar pelo Congresso Nacional com esse objeto.
d) Além de manifestação da população interessada, o  sistema constitucional brasileiro
exige que o desmembramento dos Estados seja precedido de divulgação de estudos de
viabilidade.

Questão 28 (XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) José é cidadão do município W, onde está
localizado o distrito de b. Após consultas informais, José verifica o desejo da população dis-
trital de obter a emancipação do distrito em relação ao município de origem. De acordo com
as normas constitucionais federais, dentre outros requisitos para legitimar a criação de um
novo Município, são indispensáveis:
a) lei estadual e referendo.
b) lei municipal e plebiscito.
c) lei municipal e referendo.
d) lei estadual e plebiscito.

Questão 29 (XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Determinado Governador de Estado, incon-


formado com decisões proferidas pelo Poder Judiciário local, que determinaram o fechamen-
to de diversos estabelecimentos comprovadamente envolvidos com ilícitos, decidiu que os
órgãos estaduais a ele subordinados não cumpririam as decisões judiciais. Alegou que os
negócios desenvolvidos nesses estabelecimentos, mesmo sendo ilícitos, geravam empregos
e aumentavam a arrecadação do Estado, e que o não cumprimento das ordens emanadas do
Poder Judiciário se justificava em razão da repercussão econômica que o seu cumprimento
teria. Das opções a seguir, assinale a que se mostra consentânea com a Constituição Federal.
a) O Presidente da República, após a requisição do Supremo Tribunal Federal, decretará a in-
tervenção federal, dispensado, nesse caso, o controle pelo Congresso Nacional.
b) O Governador de Estado, tendo por base a inafastável autonomia concedida aos Estados
em uma organização federativa, está juridicamente autorizado a adotar o indicado posicio-
namento.

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c) O Presidente da República poderá decretar a intervenção federal, se provocado pelo Procu-


rador Geral da República e com autorização prévia do Congresso Nacional, que exercerá um
controle político.
d) O Supremo Tribunal Federal, prescindindo de qualquer atuação por parte do Presidente da
República, determinará, ele próprio, a intervenção federal, que será posteriormente apreciada
pelo Congresso Nacional.

Questão 30 (XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO) O instituto da intervenção é de extrema ex-


cepcionalidade, razão pela qual restam minuciosamente delineadas as hipóteses na CRFB/88.
Assinale a opção que contempla, à luz da CRFB/88, hipótese correta de intervenção.
a) O Estado X, sob o pretexto de celeridade e efetividade, vem realizando somente contrata-
ções diretas, sem a aplicação da Lei Federal de Licitações e Contratos Administrativos – Lei
n. 8.666/93. Nessa situação, poderá a União intervir no Estado X para prover a execução de
lei federal.
b) O Município Y, localizado no Estado Z, não vem destinando nos últimos seis meses o mí-
nimo exigido da receita municipal na manutenção das escolas públicas municipais, sob o
fundamento de que a iniciativa privada realiza melhor ensino. Nesta hipótese, tanto a União
quanto o Estado Z, à luz da CRFB/88, poderão intervir no Município Y para garantir a aplicação
do mínimo exigido da receita municipal na aludida manutenção.
c) Nos casos de desobediência à ordem ou decisão judiciária, a decretação de intervenção
independe de requisição judicial.
d) O Município Z, em razão de problemas orçamentários, em 2013, decidiu, excepcionalmente,
pela primeira vez na sua história, não realizar o pagamento da sua dívida fundada. À luz da
CRFB/88, poderá o Estado W, onde está localizado o referido Município, intervir no ente menor
para garantir o pagamento da dívida fundada.

Questão 31 (MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ/ASSISTENTE MINIS-


TERIAL DE CONTROLE EXTERNO/2019) Considerando-se as disposições da Constituição Fe-
deral de 1988 (CF), é correto afirmar que a subvenção a cultos religiosos e igrejas

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a) pode ser realizada independentemente de lei, desde que não seja mantida relação de depen-
dência entre um ente federado e eventuais cultos religiosos e igrejas por ele subvencionados.
b) é admitida no caso de colaboração de interesse público, desde que seja feita na forma da lei.
c) é legítima se prevista na Lei Orgânica do município, independentemente de caracterizar-se
como colaboração de interesse público.
d) é vedada aos municípios em qualquer hipótese, sendo permitida apenas à União, aos es-
tados e ao Distrito Federal.
e) somente é admitida no caso de religiões que sejam oficialmente adotadas pelo Estado bra-
sileiro, que consiste em uma federação não laica.

Questão 32 (PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO-PE/ASSISTENTE DE PROCURADO-


RIA/2019) Por gozar de autonomia, o Distrito Federal pode auto-organizar-se por meio de lei
orgânica própria.

Questão 33 (PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE BOA VISTA/PROCURADOR MUNI-


CIPAL/2019) A Constituição Federal de 1988 assegura aos municípios a participação no re-
sultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração
de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, ou a compensação
financeira por essa exploração.

Questão 34 (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2019) A integridade


territorial do Paraná, protegida pela Constituição desse estado, somente pode ser alterada
mediante
a) aprovação da população local, por meio de plebiscito, e lei complementar federal.
b) aprovação da população local, por meio de plebiscito, e lei complementar estadual.
c) aprovação da população local, por meio de referendo, e lei complementar federal.
d) aprovação da população local, por meio de referendo, e lei complementar estadual.
e) lei complementar estadual de iniciativa popular.

Questão 35 (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA/JUIZ SUBSTITUTO/2019) Na pro-


priedade de Roberto, localizada em um município do estado de Santa Catarina, existe um

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conjunto de cavidades naturais subterrâneas, sobre o qual Roberto pretende construir um


empreendimento. De acordo com a Constituição Federal de 1988, a pretensão de Roberto é
juridicamente inviável, porque essas cavidades são bens de titularidade
a) do estado de Santa Catarina.
b) do município de localização da propriedade.
c) da União.
d) comum da União, do estado de Santa Catarina e do município de localização da propriedade.
e) concorrente da União, do estado de Santa Catarina e do município de localização da pro-
priedade.

Questão 36 (SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) Tendo em vista


a organização do Estado e o fato de que o texto constitucional prevê a possibilidade de de-
terminados órgãos do Poder Judiciário requisitarem ao presidente da República intervenção
federal no caso de desobediência à ordem ou à decisão judiciária, julgue os itens seguintes.
Nos casos de requisição de intervenção federal, o presidente da República estará obrigado
a editar o decreto de intervenção, não lhe cabendo, a despeito da sua condição de chefe do
Poder Executivo, exercer juízo de conveniência ou de oportunidade da providência requerida.

Questão 37 (ABIN/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/2018) As terras devolutas indispensáveis à


defesa das fronteiras e os terrenos de marinha e seus acrescidos são bens pertencentes à
União.

Questão 38 (TRIBUNAL DE CONTAS MUNICIPAL-BA/AUDITOR ESTADUAL DE INFRAESTRU-


TURA/2018) Com relação à organização político-administrativa do Estado Federal, é correto
afirmar que
a) os territórios brasileiros são excluídos da composição da organização político-administra-
tiva da República Federativa do Brasil.
b) os recursos minerais do subsolo são de propriedade do município em que forem encontrados.
c) os estados podem incorporar-se entre si ou desmembrar-se para formarem novos territó-
rios estaduais.

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d) a organização e a prestação de serviços de transporte rodoviário interestadual e local são


de competência dos estados.
e) as cavidades naturais subterrâneas são patrimônio do estado onde se localizarem.

Questão 39 (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALISTA PORTU-


ÁRIO/2018) As atuais terras indígenas demarcadas e localizadas no estado do Maranhão são
bens públicos federais.

Questão 40 (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALISTA PORTU-


ÁRIO/2018) Ilha lacustre que não pertença à União pode ser bem do estado federado ou do
município, a depender da localização territorial.

Questão 41 (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ASSISTENTE POR-


TUÁRIO/2018) Rio que banhe os estados do Maranhão e do Piauí é um bem da União.

Questão 42 (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ASSISTENTE POR-


TUÁRIO/2018) As águas superficiais maranhenses são bens do estado, ainda que, na forma
da lei, sejam decorrentes de obras da União.

Questão 43 (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXI-


LIAR/2018) O Distrito Federal é a capital da República Federativa do Brasil.

Questão 44 (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXI-


LIAR/2018) Para que um estado seja incorporado a outro, é necessária consulta prévia à po-
pulação dos dois estados, por meio de plebiscito.

Questão 45 (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXI-


LIAR/2018) Atualmente, não existem territórios federais no Brasil, mas a Constituição Federal
de 1988 prevê a possibilidade de serem criados por meio de lei complementar.

Questão 46 (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXI-


LIAR/2018) É inconstitucional a parceria entre Estado e entidade religiosa que promova edu-

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cação de jovens e adultos em periferias de uma grande cidade, em razão de dispositivo cons-
titucional que veda essa aliança.

Questão 47 (INSTITUTO RIO BRANCO/TERCEIRO SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMA-


TA/2018) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreen-
de a União, os estados, o Distrito Federal, os municípios e os territórios, todos entes federati-
vos autônomos dotados de capacidade de autogoverno e autoadministração.

Questão 48 (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL/2018) As leis orgâ-


nicas dos municípios podem criar conselhos ou órgãos de contas municipais para exercer o
controle externo do Poder Executivo municipal.

Questão 49 (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018)


Será compartilhado o domínio de rio que banhe mais de um estado-membro, pertencendo a
cada um deles a parte que adentrar o seu território.

Questão 50 (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTER-


NO/2018) A Constituição Federal de 1988 dispõe que são bens da União
a) as águas superficiais fluentes.
b) as águas subterrâneas em depósito.
c) as terras devolutas indispensáveis à preservação ambiental.
d) as ilhas fluviais e lacustres.
e) as ilhas oceânicas e costeiras.

Questão 51 (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTER-


NO/2018) Determinado estado-membro se desfez de parte de seu território, e a população ali
residente foi unida a outro estado-membro, sem que aquele perdesse a sua identidade origi-
nária. Nessa situação, ocorreu a modalidade de formação de estados federados denominada
a) incorporação.
b) subdivisão.

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c) desmembramento por anexação.


d) desmembramento por formação.
e) fusão.

Questão 52 (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTER-


NO/2018) A Constituição Federal de 1988 veda expressamente a edição de medida provisória que
a) verse sobre a seguridade social.
b) trate das diretrizes e bases da educação nacional.
c) regulamente a concessão de serviços locais de gás canalizado.
d) implique a instituição ou majoração de impostos.
e) regulamente o regime de portos e a navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial.

Questão 53 (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTER-


NO/2018) Determinado município apresentou, por cinco anos seguidos, graves problemas na
sua prestação de contas, em razão de desvios de recursos públicos por parte de seus ges-
tores. Tendo constatado a recorrência desse problema, o servidor do tribunal de contas local
responsável pelo controle dessas contas propôs a criação de um tribunal de contas municipal
para garantir melhor controle dos gastos do município. Conforme a Constituição Federal de
1988 (CF), a proposta do servidor do tribunal de contas é
a) viável somente para as capitais dos estados, porque sua estrutura administrativa, mais
complexa, justifica a criação desse órgão de controle.
b) inconstitucional, pois é vedada expressamente pelo texto da CF.
c) inconstitucional, uma vez que a CF, quando da sua promulgação, determinou a extinção dos
tribunais de contas municipais existentes.
d) recomendada para municípios com mais de vinte mil habitantes.
e) recomendada para estados que tenham muitos municípios, para que o controle de contas
seja mais eficiente e transparente.

Questão 54 (SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL/ASSISTENTE


ADMINISTRATIVO FAZENDÁRIO/2018) Acerca da organização dos estados, é correto afirmar que

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a) a criação de um território federal é regulada por lei ordinária.


b) aos estados-membros compete explorar os serviços locais de gás canalizado.
c) a iniciativa popular no processo legislativo estadual não é admitida.
d) a competência da União para legislar sobre normas gerais exclui a competência suplemen-
tar dos estados-membros para legislar.
e) o texto constitucional autoriza a criação de tribunais de contas municipais.

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GABARITO
1. d 28. d
2. b 29. a
3. e 30. a
4. b 31. b
5. b 32. C
6. c 33. C
7. d 34. a
8. c 35. c
9. a 36. C
10. d 37. C
11. d 38. a
12. a 39. C
13. c 40. E
14. a 41. C
15. a 42. E
16. b 43. E
17. c 44. C
18. d 45. C
19. b 46. E
20. c 47. E
21. d 48. E
22. a 49. E
23. b 50. c
24. d 51. c
25. b 52. c
26. b 53. b
27. c 54. b

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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (OAB/EXAME DA ORDEM XXVIII/2019) A população do Estado X, insatisfeita
com os rumos da política nacional e os sucessivos escândalos de corrupção que assolam
todas as esferas do governo, inicia uma intensa campanha pleiteando sua separação do res-
tante da Federação brasileira. Um plebiscito é então organizado e 92% dos votantes opinaram
favoravelmente à independência do Estado. Sobre a hipótese, com base no texto constitucio-
nal, assinale a afirmativa correta.
a) Diante do expressivo quórum favorável à separação do Estado X, a Assembleia Legislativa
do referido ente deverá encaminhar ao Congresso Nacional proposta de Emenda Constitucio-
nal que, se aprovada, viabilizará a secessão do Estado X.
b) Para o exercício do direito de secessão, exige-se lei estadual do ente separatista, dentro
do período determinado por Lei Complementar federal, dependendo ainda de consulta prévia,
mediante plebiscito, às  populações dos demais Estados, após divulgação dos estudos de
viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei.
c) Diante da autonomia dos entes federados, admite-se a dissolução do vínculo existente
entre eles, de modo que o Estado X poderia formar um novo país, mas, além da aprovação da
população local por meio de plebiscito ou referendo, seria necessária a edição de Lei Comple-
mentar federal autorizando a separação.
d) A forma federativa de Estado é uma das cláusulas pétreas que norteiam a ordem consti-
tucional brasileira, o que conduz à conclusão de que se revela inviável o exercício do direito
de secessão por parte de qualquer dos entes federados, o que pode motivar a intervenção
federal.

Letra d.
Segundo o art. 60, § 4º, “não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a
abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a
separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais”. A vedação ao exercício do
direito de secessão está estampada na cabeça do Art. 1º, que leciona que a federação brasi-

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leira é formada a partir de uma união indissolúvel, perceba: “a República Federativa do Brasil,
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se
em Estado Democrático de Direito”. Se um determinado Estado resolver romper com a fede-
ração, sofrerá intervenção federal para a manutenção da integridade nacional. É o que diz o
Art. 34, I: “a União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a
integridade nacional”.

Questão 2 (POLÍCIA CIVIL-ES/INVESTIGADOR/2019) De acordo com a Constituição Fede-


ral, assinale a alternativa correta acerca da Organização Político-Administrativa do Estado.
a) Os Territórios Federais integram a União e sua criação, transformação em Estado ou rein-
tegração ao Estado de origem serão reguladas em lei ordinária.
b) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se ane-
xarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da
população diretamente interessada, através de plebiscito, e  do Congresso Nacional, por lei
complementar.
c) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei
federal, dentro do período determinado por Lei Ordinária.
d) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se ane-
xarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação das
Assembleias Legislativas dos Estados diretamente interessados e do Congresso Nacional,
por lei ordinária.
e) São considerados como bens dos Estados da Federação os recursos minerais, inclusive os
do subsolo.

Letra b.
É a expressão do Art.  18, §  3º, segundo o qual “os Estados podem incorporar-se entre si,
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou
Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”.

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Questão 3 (DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO/2019) O Tribunal de Contas do Estado,


ao apreciar as contas apresentadas por determinado Prefeito Municipal, entendeu que apresen-
tavam irregularidade insanável. À luz da sistemática constitucional, o referido entendimento:
a) por si só, importa na rejeição das contas;
b) será apreciado pela Câmara Municipal, que pode acolhê-lo, ou não, pelo voto da maioria de
seus membros;
c) será apreciado pelo Governador do Estado, que pode acolhê-lo, ou não;
d) será apreciado pelo Conselho de Prefeitos, que pode acolhê-lo, ou não;
e) será apreciado pela Câmara Municipal, que somente pode rejeitá-lo por decisão de dois
terços dos seus membros.

Letra e.
É o ensinamento retirado do art. 31, § 2º. De acordo com a Constituição Federal, “a fiscali-
zação do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal (Câmara Municipal), me-
diante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal,
na forma da lei. O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tri-
bunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
Municípios, onde houver. O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas
que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços
dos membros da Câmara Municipal”.

Questão 4 (DPE-RJ/TÉCNICO MÉDIO DE DEFENSORIA PÚBLICA/2019) A Câmara dos Ve-


readores do Município Alfa aprovou o diploma normativo que regeria o Município, por dois
terços dos seus membros, após dois turnos de votação, com o interstício de dez dias entre
cada uma delas. O referido diploma normativo, na sistemática constitucional, é:
a) a Constituição Municipal;
b) a Lei Orgânica Municipal;
c) a Lei Complementar Municipal;
d) a Lei Ordinária Municipal;
e) o Estatuto Municipal.

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Letra b.
De acordo com a cabeça do art. 29, “o Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois
turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câ-
mara Municipal, que a promulgará”.

Questão 5 (TJ-MG/OUTORGA DE DELEGAÇÕES DE NOTAS E DE REGISTRO/2012) A organi-


zação político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende, EXCETO
a) os Estados.
b) os Municípios e os Territórios.
c) o Distrito Federal.
d) a União.

Letra b.
Art. 18, caput, da CF/1988.

Questão 6 (SEPLAG/GESTOR GOVERNAMENTAL/2008) Constitui bem ambiental de domí-


nio dos Estados:
a) a mata atlântica.
b) os sítios arqueológicos.
c) as águas subterrâneas.
d) as cavidades naturais subterrâneas.

Letra c.
Art. 26, I, da CF/1988.

Questão 7 (ADVOGADO/2002) A Constituição Federal vigente NÃO assegura ao Município:


a) capacidade normativa própria.
b) capacidade de autogoverno.
c) autonomia financeira.
d) representação no Senado Federal.

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Letra d.
Somente os Estados-membros e o Distrito Federal possuem representação no Senado Federal.

Questão 8 (ADVOGADO/2002) É INCORRETO afirmar que a Lei Orgânica Municipal:


a) é elaborada pelo Município no exercício de sua capacidade de auto-organização.
b) deve atender aos princípios estabelecidos na Constituição Federal e na Constituição do
respectivo Estado.
c) não deve tratar da matéria de competência exclusiva do Município.
d) deve atender aos preceitos enumerados nos incisos do Art. 29 da Constituição Federal.

Letra c.
Na verdade, a  Lei Orgânica Municipal deve tratar de matéria de competência exclusiva do
Município.

Questão 9 (PGJ/ANALISTA DE SISTEMAS/2002) É CORRETO afirmar que a criação de Mu-


nicípios se fará por:
a) lei estadual.
b) lei federal.
c) lei complementar estadual.
d) lei complementar federal.

Letra a;
Art. 18, § 4º, da CF/1988.

Questão 10 (PC-PB/AGENTE DE INVESTIGAÇÃO E ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2009) O Distrito


Federal (DF) não é um estado nem um município, mas possui competências legislativas de
tais. As características do DF não incluem
a) a auto-organização.
b) o autogoverno.

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c) as autonomias tributária e financeira.


d) a possibilidade de subdividir-se em municípios.
e) a autoadministração.

Letra d.
Segundo a cabeça do art. 32, “o Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-
-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por
dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos
nesta Constituição”.

Questão 11 (MP-PE/ANALISTA/2012) De acordo com o artigo 20, inciso V, da Constituição


Federal, os recursos naturais da zona econômica exclusiva são bens
a) do Município de Salvador - BA)
b) do Estado de Pernambuco.
c) do Estado de Roraima.
d) da União.
e) do Município de Recife - PE).

Letra d.
Diz o importantíssimo art. 20 que “são bens da União: V - os recursos naturais da plataforma
continental e da zona econômica exclusiva”.

Questão 12 (PREFEITURA DE CAMPINAS/AGENTE ADMINISTRATIVO/2012) Sobre o que dis-


põe a Constituição Federal de 1988, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funciona-
mento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou alian-
ça, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.
II – recusar fé aos documentos públicos.
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

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É correto o que está contido em


a) I, II e III.
b) II e III, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.

Letra a.
É a expressão do art. 19: “é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento
ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada,
na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

Questão 13 (MTUR/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2014) O Estado é pessoa jurídi-


ca territorial soberana formada por três elementos indissociáveis e indispensáveis para a no-
ção de um Estado independente. Assinale a opção que contenha os três elementos essenciais
para a existência do Estado.
a) Povo, Carta Constitucional e Território.
b) Autonomia, Governo e Povo.
c) Território, Povo e Governo.
d) Carta Constitucional, Povo e Governo.
e) Autonomia, Povo e Território.

Letra c.
Numa visão mais ampla, poder-se-ia identificar cinco elementos constitutivos do Estado:
povo, território, governo, soberania e finalidade.

Questão 14 (CÂMARA DE SÃO PAULO/PROCURADOR LEGISLATIVO/2014) Ao disciplinar a


instituição de regiões metropolitanas, determinou a Constituição Federal que

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a) poderão ser instituídas apenas por lei complementar estadual.


b) poderão ser constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes ou não.
c) tem como objetivo a transferência de competências municipais para o âmbito exclusivo do
Estado-membro.
d) a integração do município à região metropolitana não é compulsória.
e) cabe à União editar normas gerais a respeito da instituição das regiões metropolitanas.

Letra a.
Art. 25, § 3º, da CF/1988.

Questão 15 (EXAME DE OAB/2007.1) Acerca da organização do Estado, na forma como pre-


vista na Constituição Federal, assinale a opção correta.
a) A Federação é forma de Estado, ao passo que a República é forma de governo.
b) Viola um princípio sensível, constante da Constituição Federal, o fato de um estado-mem-
bro proceder ao provimento de cargo efetivo no âmbito da administração pública centralizada
sem realizar concurso público.
c) É cláusula pétrea a regra constitucional segundo a qual a matéria constante de proposta de
emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma
sessão legislativa.
d) No âmbito da competência concorrente, a ausência de norma estadual possibilita ao mu-
nicípio dispor sobre a matéria de forma supletiva. O advento de norma estadual suspende a
execução da norma municipal com ela incompatível, de forma que, revogada a lei estadual
superveniente, a norma municipal volta a viger.

Letra a.
Os Estados podem adotar duas formas de Estado: o unitário ou o federado (ou federação).
Por sua vez, são formas de governo a República e a Monarquia. O Estado unitário, também
chamado de Estado simples, é aquele em que existe um único centro dotado de capacidade
legislativa, administrativa e política, do qual emanam todos os comandos normativos e no
qual se concentram todas as competências constitucionais. Como exemplo, o Estado do Uru-

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guai. De outra banda, os Estados federativos, também chamados de federados, complexos


ou compostos, são aqueles em que as capacidades políticas, legislativas e administrativas
são atribuídas constitucionalmente a entes regionais, que passam a gozar de autonomias
(e não soberanias) próprias. Na República, o poder é exercido pelo povo, por intermédio de
mandatários eleitos temporariamente. Possuem as seguintes características: i) eletividade:
os representantes são eleitos de forma direta ou indireta; ii) periodicidade da renovação re-
presentativa: temporariedade no governo; iii) representação popular: o Governo representa o
povo; e iv) dever de prestar contas de seus atos: responsabilidade dos atos do governante.
Na Monarquia, o poder é exercido por quem o detém naturalmente, sem representar o povo
por meio do mandato. As características desta forma de Governo são: i) hereditariedade: a
instituição do poder não se dá por meio de eleições, mas sim por vínculo sanguíneo; ii) vi-
taliciedade: não temporário; iii) não representatividade popular: o Monarca não representa o
povo, mas sim a uma linhagem familiar; e iv) não prestação de contas: o Monarca não presta
contas de seus atos.

Questão 16 (EXAME DA OAB/2007.3) Nos termos da Constituição de 1988, o Estado federal


brasileiro
a) é formado pela união indissolúvel dos estados e municípios e do Distrito Federal (DF), to-
dos autônomos, sendo apenas a União detentora do atributo da soberania.
b) adota um sistema de repartição de competências que enumera os poderes da União, define
indicativamente os dos municípios e atribui os poderes remanescentes para os estados.
c) destina à União, como ente central, competências de caráter exclusivo e privativo, restando
aos estados, ao DF e aos municípios apenas o exercício de competências legislativas em ca-
ráter remanescente e suplementar.
d) não admite que os municípios, mesmo de forma suplementar, possam legislar sobre as
matérias que são objeto da legislação federal e estadual.

Letra b.
A técnica de repartição de competência utilizada pela Carta da República é o da predominân-
cia do interesse. Segundo ela, à União caberão as matérias de interesse geral (arts. 21 e 22, da

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CF/1988) e aos Municípios as questões de predominante interesse local (art. 30, da CF/1988).


No que tange aos Estados, a Constituição Federal reservou-lhes as competências não atribu-
ídas à União e aos Municípios, chamada de competência residual (art. 25, § 1º, da CF/1988).
Para o Distrito Federal, a Carta Política atribuiu as competências reservadas aos Estados e
Municípios, denominada de competência cumulativa (art. 32, 1º, da CF/1988).

Questão 17 (EXAME DA OAB/2008.2) Assinale a opção correta acerca da disciplina consti-


tucional dos municípios.
a) Os municípios, que são dotados de autonomia, podem editar constituição própria.
b) Compete privativamente aos municípios legislar sobre trânsito e transporte.
c) É vedada a criação de tribunais de contas municipais.
d) A posse de prefeitos e vice-prefeitos ocorrerá no dia 15 de fevereiro do ano subsequente
ao da eleição.

Letra c.
É o que prevê o art. 31, § 4º, da CF/1988, para o qual “é vedada a criação de Tribunais, Conse-
lhos ou órgãos de Contas Municipais”.

Questão 18 (EXAME DA OAB/2008.2) Não constitui causa de intervenção da União nos esta-
dos e no DF a necessidade de
a) manter a integridade nacional.
b) prover a execução de ordem judicial.
c) assegurar o princípio da autonomia municipal.
d) garantir a aplicação do mínimo exigido da receita na segurança pública.

Letra d.
A intervenção é uma excepcional possibilidade de supressão temporária da autonomia de um
ente federativo. A intervenção federal nos Estados e no Distrito Federal somente ocorrerá nas
hipóteses taxativamente elencadas no Art. 34, da CF/1988, são elas: I - manter a integridade
nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr

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termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer


dos Poderes nas unidades da Federação; V - reorganizar as finanças da unidade da Federa-
ção que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos,
salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas
nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei fe-
deral, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios cons-
titucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da
pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública,
direta e indireta; e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino
e nas ações e serviços públicos de saúde. Assim, a única alternativa que não consagra uma
hipótese de intervenção federal nos Estados e no Distrito Federal é a letra d).

Questão 19 (EXAME DA OAB/2009.1) Acerca do federalismo nacional, assinale a opção


correta.
a) A CF, ao extinguir os territórios federais até então existentes, vedou a criação de novos ter-
ritórios.
b) A CF não atribuiu ao território a chamada tríplice capacidade.
c) Segundo preceitua a CF, são entes federativos os estados-membros, o DF, os municípios e
os territórios federais.
d) O DF não possui capacidade de autoadministração visto que não organiza nem mantém
suas próprias polícias.

Letra b.
Os territórios possuem natureza jurídica de autarquias territoriais integrantes da Adminis-
tração Pública Indireta da União. Nesse sentido, não são entidades federativas dotadas de
tríplice capacidade.

Questão 20 (EXAME DA OAB/2009.1) De acordo com a CF e com a doutrina, a intervenção


federal

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a) exige do Presidente da República, quando provocada por requisição, a submissão do ato


ao Conselho da República e ao Conselho de Defesa Nacional, para posterior exame quanto à
conveniência e oportunidade da decretação.
b) é provocada por solicitação quando a coação ou o impedimento recaem sobre cada um dos
três Poderes do Estado.
c) dispensa, quando espontânea, a autorização prévia do Congresso Nacional.
d) exige, em qualquer hipótese, o controle político.

Letra c.
Nas hipóteses dos artigos 34, VI e VII e 35, IV, ficam dispensadas a apreciação pelo Congresso
Nacional, vale dizer, o controle exercido pelo Congresso Nacional será posterior. Nesses ca-
sos, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar
ao restabelecimento da normalidade (Art. 36, § 3º, da CF/88).

Questão 21 (EXAME DA OAB/2009.2) Considerando as normas constitucionais que versam


sobre a organização do Estado Federal, assinale a opção correta.
a) A subdivisão e o desmembramento dos estados dar-se-ão mediante aprovação das popu-
lações diretamente interessadas, bem como das respectivas assembleias legislativas, por lei
complementar.
b) Os prefeitos dispõem, como foro especial por prerrogativa de função, do Superior Tribunal
de Justiça, ao qual cabe processá-los e julgá-los.
c) Em obediência ao princípio da isonomia e da equivalência entre os diversos estados da
Federação, os subsídios do governador e do vice-governador, que têm como parâmetro os
subsídios dos ministros do STF, são fixados por lei federal.
d) Aos deputados estaduais aplicam-se as regras da CF sobre sistema eleitoral, inviolabili-
dade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às
Forças Armadas.

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Letra d.
É o que se extrai do Art. 27, § 1º, da CF/1988, segundo o qual “será de quatro anos o manda-
to dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta Constituição sobre sistema
eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos
e incorporação às Forças Armadas.”

Questão 22 (EXAME DA OAB/2009.3) Assinale a opção correta quanto à disciplina sobre a


intervenção federal.
a) No caso de descumprimento, por algum estado-membro, dos princípios constitucionais
sensíveis, a decretação de intervenção dependerá de provimento, pelo STF, de representação
do procurador-geral da República.
b) Se houver, por parte de estado-membro, ameaça ao livre exercício de qualquer dos poderes,
o pedido de intervenção federal dependerá de requisição do STF.
c) A União só poderá intervir nos estados após prévia anuência do Congresso Nacional.
d) O estado só poderá intervir em seus municípios se a assembleia legislativa, por maioria
absoluta, aprovar a decretação da intervenção.

Letra a.
A representação interventiva (Art.  36, III, da CF/1988), também denominada ação direta de
inconstitucionalidade interventiva, é a ação destinada a aferir legitimidade ao processo de in-
tervenção, que pode ocorrer em duas hipóteses constitucionais: i) ofensa aos princípios sen-
síveis (Art. 34, VII, da CF/1988); e ii) recusa à execução de lei federal (Art. 34, VI, da CF/1988).
Nessas duas situações, a intervenção federal dependerá de provimento pelo Supremo Tribu-
nal Federal de representação interventiva proposta pelo Procurador-Geral da República.

Questão 23 (EXAME DA OAB/2009.3) No tocante às hipóteses de criação de estados-mem-


bros, previstas na CF, assinale a opção correta.
a) No desmembramento para a anexação de outro estado, a parte desmembrada constituirá
novo estado, com identidade própria.

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b) Na fusão, dois ou mais estados unem-se, geograficamente, para a formação de um novo


estado, o que implica perda da personalidade primitiva.
c) Na cisão, o estado subdivide-se em dois ou mais estados-membros, com personalidades
distintas, mantendo o estado originário sua personalidade jurídica.
d) No desmembramento para a formação de novo estado, o estado originário perde sua iden-
tidade, para formar um novo estado com personalidade jurídica própria.

Letra b.
Da leitura art. 18, § 3º, da CF/1988, extraímos que os Estados podem incorporar-se entre si
(fusão), subdividir-se (cisão) ou desmembrar-se para se anexarem a outros (desmembramen-
to-anexação), ou formarem novos Estados ou Territórios Federais (desmembramento-forma-
ção). Nessa senda, a formação de novos Estados pode se aperfeiçoar por: a) fusão: incorpo-
ração dos Estados entre si, desaparecendo os Estados primitivos; cisão: ocorre quando um
Estado subdivide-se, formando dois ou mais Estados novos. Neste caso, o Estado originário
também desaparece; desmembramento: desmembramento do Estado originário em outros,
sem que aquele deixe de existir. Pode se dar por desmembramento-anexação ou desmem-
bramento-formação: i) desmembramento-anexação: a parte desmembrada anexa-se a outro
Estado pré-existente, ampliando o seu território geográfico; ii) desmembramento-formação:
a parte desmembrada se transformará em um ou mais de um Estado novo, que não existia.

Questão 24 (EXAME DA OAB/2011.2) Os Estados são autônomos e compõem a Federação


com a União, os Municípios e o Distrito Federal. À luz das normas constitucionais, quanto aos
Estados, é correto afirmar que
a) podem incorporar-se entre si mediante aprovação em referendo.
b) a subdivisão não pode gerar a formação de novos territórios.
c) o desmembramento deve ser precedido de autorização por lei ordinária.
d) se requer lei complementar federal aprovando a criação de novos entes estaduais.

Letra d.
À luz do art. 18, § 3º, “os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-
-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante

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aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Na-


cional, por lei complementar”.

Questão 25 (OAB/EXAME XXIV/2017) Em observância aos princípios da transparência, pu-


blicidade e responsabilidade fiscal, o prefeito do Município Alfa elabora detalhado relatório
contendo a prestação de contas anual, ficando tal documento disponível, para consulta e
apreciação, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elabo-
ração. Carlos, morador do Município Alfa, contribuinte em dia com suas obrigações civis e
políticas, constata diversas irregularidades nos demonstrativos apresentados, apontando in-
dícios de superfaturamento e desvios de verbas em obras públicas. Em função do exposto e
com base na Constituição da República, você, como advogado de Carlos, deve esclarecer que
a) a fiscalização das referidas informações, concernentes ao Município Alfa, conforme pre-
visto na Constituição brasileira, é de responsabilidade exclusiva dos Tribunais de Contas do
Estado ou do Município, onde houver.
b) Carlos tem legitimidade para questionar as contas do Município Alfa, já que, todos os anos,
as contas permanecem à disposição dos contribuintes durante sessenta dias para exame e
apreciação.
c) a impugnação das contas apresentadas pelo Chefe do Executivo local exige a adesão mí-
nima de um terço dos eleitores do Município Alfa.
d) a CRFB/88 não prevê qualquer forma de participação popular no controle das contas públi-
cas, razão pela qual Carlos deve recorrer ao Ministério Público Estadual para que seja apre-
sentada ação civil pública impugnando os atos lesivos ao patrimônio público praticados pelo
prefeito do Município Alfa.

Letra b.
É o que estabelece o Art. 31, § 3º, segundo o qual “as contas dos Municípios ficarão, durante
sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação,
o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei”.

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Questão 26 (OAB/EXAME XXIII/2017) As contas do Município Alfa referentes ao exercício


financeiro de 2014, apresentadas pelo prefeito em 2015, receberam parecer desfavorável do
Tribunal de Contas do referido Município, o qual foi criado antes da promulgação da Cons-
tituição da República Federativa do Brasil de 1988. O Presidente da Câmara, após o regular
trâmite interno, editou resolução e aprovou as referidas contas públicas municipais, uma vez
que as demonstrações contábeis de exercícios financeiros anteriores deveriam ter sido ana-
lisadas em consonância com o plano plurianual. Diante da narrativa exposta, assinale a afir-
mativa correta.
a) A competência para julgar as contas é do Tribunal de Contas do Município, órgão do Poder
Judiciário, não podendo, em nenhuma hipótese, o Legislativo local afastá-la, sob pena de vio-
lação ao princípio da separação e harmonia entre os Poderes.
b) O parecer do Tribunal de Contas do Município a respeito da rejeição das contas somente
não será acatado pela Câmara Municipal por decisão de 2/3 (dois terços) dos membros deste
órgão.
c) Considerando que o Tribunal de Contas do Município é órgão do Poder Legislativo e o Pre-
sidente da Câmara é a autoridade máxima de sua estrutura, é constitucional o afastamento,
pelo Chefe do Poder Legislativo local, do entendimento de órgão a ele subordinado.
d) O Presidente da Câmara agiu corretamente, pois a periodicidade para análise das contas
públicas do Município deve ser de 5 (cinco) anos, e tal disposição não foi observada pelo Tri-
bunal de Contas do Município.

Letra b.
Em respeito ao art. 31, § 2º, “o parecer prévio, emitido pelo órgão competente [no caso o Tri-
bunal de Contas do Município] sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só
deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal”.

Questão 27 (XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) A parte da população do Estado V situa-


da ao sul do seu território, insatisfeita com a pouca atenção que vem recebendo dos últimos
governos, organiza-se e dá início a uma campanha para promover a criação de um novo Esta-

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do-membro da República Federativa do Brasil – o Estado N, que passaria a ocupar o território


situado na parte sul do Estado V. O tema desperta muita discussão em todo o Estado, sendo
que alguns argumentos favoráveis e outros contrários ao desmembramento começam a ga-
nhar publicidade na mídia. Reconhecido constitucionalista analisa os argumentos listados a
seguir e afirma que apenas um deles pode ser referendado pelo sistema jurídico-constitucio-
nal brasileiro. Assinale-o.
a) O desmembramento não poderia ocorrer, pois uma das características fundamentais do
Estado Federal é a impossibilidade de ocorrência do chamado direito de secessão.
b) O desmembramento poderá ocorrer, contanto que haja aprovação, por via plebiscitária, exclu-
sivamente por parte da população que atualmente habita o território que formaria o Estado N.
c) Além de aprovação pela população interessada, o desmembramento também pressupõe a
edição de lei complementar pelo Congresso Nacional com esse objeto.
d) Além de manifestação da população interessada, o sistema constitucional brasileiro exige
que o desmembramento dos Estados seja precedido de divulgação de estudos de viabilidade.

Letra c.
É o que estabelece o art. 18, § 3º.

Questão 28 (XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) José é cidadão do município W, onde está
localizado o distrito de b. Após consultas informais, José verifica o desejo da população dis-
trital de obter a emancipação do distrito em relação ao município de origem. De acordo com
as normas constitucionais federais, dentre outros requisitos para legitimar a criação de um
novo Município, são indispensáveis:
a) lei estadual e referendo.
b) lei municipal e plebiscito.
c) lei municipal e referendo.
d) lei estadual e plebiscito.

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Letra d.
Conforme o art. 18, § 4º, “a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municí-
pios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal,
e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envol-
vidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na
forma da lei”.

Questão 29 (XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Determinado Governador de Estado, incon-


formado com decisões proferidas pelo Poder Judiciário local, que determinaram o fechamen-
to de diversos estabelecimentos comprovadamente envolvidos com ilícitos, decidiu que os
órgãos estaduais a ele subordinados não cumpririam as decisões judiciais. Alegou que os
negócios desenvolvidos nesses estabelecimentos, mesmo sendo ilícitos, geravam empregos
e aumentavam a arrecadação do Estado, e que o não cumprimento das ordens emanadas do
Poder Judiciário se justificava em razão da repercussão econômica que o seu cumprimento
teria. Das opções a seguir, assinale a que se mostra consentânea com a Constituição Federal.
a) O Presidente da República, após a requisição do Supremo Tribunal Federal, decretará a in-
tervenção federal, dispensado, nesse caso, o controle pelo Congresso Nacional.
b) O Governador de Estado, tendo por base a inafastável autonomia concedida aos Estados
em uma organização federativa, está juridicamente autorizado a adotar o indicado posicio-
namento.
c) O Presidente da República poderá decretar a intervenção federal, se provocado pelo Procu-
rador Geral da República e com autorização prévia do Congresso Nacional, que exercerá um
controle político.
d) O Supremo Tribunal Federal, prescindindo de qualquer atuação por parte do Presidente da
República, determinará, ele próprio, a intervenção federal, que será posteriormente apreciada
pelo Congresso Nacional.

Letra a.
No caso de intervenção federal provocada por requisição para exigir cumprimento de decisão
judicial (Art. 34, VI, parte final), o Presidente da República, após a requisição do Supremo Tri-

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bunal Federal, decretará a intervenção federal, dispensado, nesse caso, o controle pelo Con-
gresso Nacional.

Questão 30 (XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO) O instituto da intervenção é de extrema ex-


cepcionalidade, razão pela qual restam minuciosamente delineadas as hipóteses na CRFB/88.
Assinale a opção que contempla, à luz da CRFB/88, hipótese correta de intervenção.
a) O Estado X, sob o pretexto de celeridade e efetividade, vem realizando somente contratações di-
retas, sem a aplicação da Lei Federal de Licitações e Contratos Administrativos – Lei n. 8.666/93.
Nessa situação, poderá a União intervir no Estado X para prover a execução de lei federal.
b) O Município Y, localizado no Estado Z, não vem destinando nos últimos seis meses o mí-
nimo exigido da receita municipal na manutenção das escolas públicas municipais, sob o
fundamento de que a iniciativa privada realiza melhor ensino. Nesta hipótese, tanto a União
quanto o Estado Z, à luz da CRFB/88, poderão intervir no Município Y para garantir a aplicação
do mínimo exigido da receita municipal na aludida manutenção.
c) Nos casos de desobediência à ordem ou decisão judiciária, a decretação de intervenção
independe de requisição judicial.
d) O Município Z, em razão de problemas orçamentários, em 2013, decidiu, excepcionalmente,
pela primeira vez na sua história, não realizar o pagamento da sua dívida fundada. À luz da
CRFB/88, poderá o Estado W, onde está localizado o referido Município, intervir no ente menor
para garantir o pagamento da dívida fundada.

Letra a.
É a hipótese trazida pelo art. 34, VI, parte inicial.

Questão 31 (MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ/ASSISTENTE MINIS-


TERIAL DE CONTROLE EXTERNO/2019) Considerando-se as disposições da Constituição Fe-
deral de 1988 (CF), é correto afirmar que a subvenção a cultos religiosos e igrejas
a) pode ser realizada independentemente de lei, desde que não seja mantida relação de depen-
dência entre um ente federado e eventuais cultos religiosos e igrejas por ele subvencionados.
b) é admitida no caso de colaboração de interesse público, desde que seja feita na forma da lei.

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c) é legítima se prevista na Lei Orgânica do município, independentemente de caracterizar-se


como colaboração de interesse público.
d) é vedada aos municípios em qualquer hipótese, sendo permitida apenas à União, aos es-
tados e ao Distrito Federal.
e) somente é admitida no caso de religiões que sejam oficialmente adotadas pelo Estado bra-
sileiro, que consiste em uma federação não laica.

Letra b.
Art. 19, I, da CF/1988.

Questão 32 (PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO-PE/ASSISTENTE DE PROCURADO-


RIA/2019) Por gozar de autonomia, o Distrito Federal pode auto-organizar-se por meio de lei
orgânica própria.

Certo.
Art. 32, caput, da CF/1988.

Questão 33 (PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE BOA VISTA/PROCURADOR MUNI-


CIPAL/2019) A Constituição Federal de 1988 assegura aos municípios a participação no re-
sultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração
de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, ou a compensação
financeira por essa exploração.

Certo.
Art. 20, § 1º, da CF/1988.

Questão 34 (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2019) A integridade


territorial do Paraná, protegida pela Constituição desse estado, somente pode ser alterada
mediante
a) aprovação da população local, por meio de plebiscito, e lei complementar federal.

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b) aprovação da população local, por meio de plebiscito, e lei complementar estadual.


c) aprovação da população local, por meio de referendo, e lei complementar federal.
d) aprovação da população local, por meio de referendo, e lei complementar estadual.
e) lei complementar estadual de iniciativa popular.

Letra a.
Art. 18, § 3º, da CF/1988.

Questão 35 (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA/JUIZ SUBSTITUTO/2019) Na pro-


priedade de Roberto, localizada em um município do estado de Santa Catarina, existe um
conjunto de cavidades naturais subterrâneas, sobre o qual Roberto pretende construir um
empreendimento. De acordo com a Constituição Federal de 1988, a pretensão de Roberto é
juridicamente inviável, porque essas cavidades são bens de titularidade
a) do estado de Santa Catarina.
b) do município de localização da propriedade.
c) da União.
d) comum da União, do estado de Santa Catarina e do município de localização da propriedade.
e) concorrente da União, do estado de Santa Catarina e do município de localização da pro-
priedade.

Letra c.
Art. 20, X, da CF/1988.

Questão 36 (SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) Tendo em vista


a organização do Estado e o fato de que o texto constitucional prevê a possibilidade de de-
terminados órgãos do Poder Judiciário requisitarem ao presidente da República intervenção
federal no caso de desobediência à ordem ou à decisão judiciária, julgue os itens seguintes.
Nos casos de requisição de intervenção federal, o presidente da República estará obrigado
a editar o decreto de intervenção, não lhe cabendo, a despeito da sua condição de chefe do
Poder Executivo, exercer juízo de conveniência ou de oportunidade da providência requerida.

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Certo.
Nos casos de intervenção provocada por requisição do Poder Judiciário, o Presidente estará
obrigado a realizar a intervenção federal.

Questão 37 (ABIN/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/2018) As terras devolutas indispensáveis à


defesa das fronteiras e os terrenos de marinha e seus acrescidos são bens pertencentes à
União.

Certo.
Art. 20 da CF/1988.

Questão 38 (TRIBUNAL DE CONTAS MUNICIPAL-BA/AUDITOR ESTADUAL DE INFRAESTRU-


TURA/2018) Com relação à organização político-administrativa do Estado Federal, é correto
afirmar que
a) os territórios brasileiros são excluídos da composição da organização político-administra-
tiva da República Federativa do Brasil.
b) os recursos minerais do subsolo são de propriedade do município em que forem encontrados.
c) os estados podem incorporar-se entre si ou desmembrar-se para formarem novos territórios
estaduais.
d) a organização e a prestação de serviços de transporte rodoviário interestadual e local são
de competência dos estados.
e) as cavidades naturais subterrâneas são patrimônio do estado onde se localizarem.

Letra a.
Art. 18, caput, da CF/1988.

Questão 39 (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALISTA PORTU-


ÁRIO/2018) As atuais terras indígenas demarcadas e localizadas no estado do Maranhão são
bens públicos federais.

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Certo.
Art. 20, XI, da CF/1988.

Questão 40 (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALISTA PORTU-


ÁRIO/2018) Ilha lacustre que não pertença à União pode ser bem do estado federado ou do
município, a depender da localização territorial.

Errado.
À luz do art. 26, III, da CF/1988, se não pertencer à União, pertencerá ao Estado-membro.

Questão 41 (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ASSISTENTE POR-


TUÁRIO/2018) Rio que banhe os estados do Maranhão e do Piauí é um bem da União.

Certo.
Art. 20, III, da CF/1988.

Questão 42 (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ASSISTENTE POR-


TUÁRIO/2018) As águas superficiais maranhenses são bens do estado, ainda que, na forma
da lei, sejam decorrentes de obras da União.

Errado.
Art. 26, I, da CF/1988.

Questão 43 (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXI-


LIAR/2018) O Distrito Federal é a capital da República Federativa do Brasil.

Errado.
Art. 18, § 1º, da CF/1988.

Questão 44 (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXI-


LIAR/2018) Para que um estado seja incorporado a outro, é necessária consulta prévia à po-
pulação dos dois estados, por meio de plebiscito.

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Certo.
Art. 18, § 3º, da CF/1988.

Questão 45 (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXI-


LIAR/2018) Atualmente, não existem territórios federais no Brasil, mas a Constituição Federal
de 1988 prevê a possibilidade de serem criados por meio de lei complementar.

Certo.
Art. 18, § 2º, da CF/1988.

Questão 46 (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXI-


LIAR/2018) É inconstitucional a parceria entre Estado e entidade religiosa que promova edu-
cação de jovens e adultos em periferias de uma grande cidade, em razão de dispositivo cons-
titucional que veda essa aliança.

Errado.
Art. 19, I, parte final, da CF/1988.

Questão 47 (INSTITUTO RIO BRANCO/TERCEIRO SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMA-


TA/2018) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreen-
de a União, os estados, o Distrito Federal, os municípios e os territórios, todos entes federati-
vos autônomos dotados de capacidade de autogoverno e autoadministração.

Errado.
Art. 18, caput, da CF/1988.

Questão 48 (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL/2018) As leis orgâ-


nicas dos municípios podem criar conselhos ou órgãos de contas municipais para exercer o
controle externo do Poder Executivo municipal.

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Errado.
Art. 31, § 4º, da CF/1988.

Questão 49 (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018)


Será compartilhado o domínio de rio que banhe mais de um estado-membro, pertencendo a
cada um deles a parte que adentrar o seu território.

Errado.
É bem da União, segundo o art. 20, III, da CF/1988.

Questão 50 (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTER-


NO/2018) A Constituição Federal de 1988 dispõe que são bens da União
a) as águas superficiais fluentes.
b) as águas subterrâneas em depósito.
c) as terras devolutas indispensáveis à preservação ambiental.
d) as ilhas fluviais e lacustres.
e) as ilhas oceânicas e costeiras.

Letra c.
Art. 20, II, da CF/1988.

Questão 51 (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTER-


NO/2018) Determinado estado-membro se desfez de parte de seu território, e a população ali
residente foi unida a outro estado-membro, sem que aquele perdesse a sua identidade origi-
nária. Nessa situação, ocorreu a modalidade de formação de estados federados denominada
a) incorporação.
b) subdivisão.
c) desmembramento por anexação.
d) desmembramento por formação.
e) fusão.

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Letra c.
A formação de novos Estados-membros pode se aperfeiçoar por: a) fusão: incorporação de
Estados-membros entre si, formando um terceiro e novo Estado-membro; aqui os Estados-
-membros originários deixam de existir; b) cisão: um Estado-membro subdivide-se, formando
dois ou mais Estados--membros novos; neste caso, o Estado-membro originário também de-
saparece; c) desmembramento: desmembramento de um Estado-membro em outro(s), sem
que o originário deixe de existir. Pode se dar por desmembramento-anexação ou desmem-
bramento-formação: i) desmembramento-anexação: a parte desmembrada anexa-se a outro
Estado-membro preexistente, ampliando o seu território primitivo; ii) desmembramento-for-
mação: a parte desmembrada se transformará em um, ou mais de um, novo Estado-membro
(exemplo: Art. 13 do ADCT).

Questão 52 (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTER-


NO/2018) A Constituição Federal de 1988 veda expressamente a edição de medida provisória que
a) verse sobre a seguridade social.
b) trate das diretrizes e bases da educação nacional.
c) regulamente a concessão de serviços locais de gás canalizado.
d) implique a instituição ou majoração de impostos.
e) regulamente o regime de portos e a navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroes-
pacial.

Letra c.
Art. 25, § 2º, da CF/1988.

Questão 53 (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTER-


NO/2018) Determinado município apresentou, por cinco anos seguidos, graves problemas na
sua prestação de contas, em razão de desvios de recursos públicos por parte de seus ges-
tores. Tendo constatado a recorrência desse problema, o servidor do tribunal de contas local
responsável pelo controle dessas contas propôs a criação de um tribunal de contas municipal
para garantir melhor controle dos gastos do município. Conforme a Constituição Federal de
1988 (CF), a proposta do servidor do tribunal de contas é

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a) viável somente para as capitais dos estados, porque sua estrutura administrativa, mais
complexa, justifica a criação desse órgão de controle.
b) inconstitucional, pois é vedada expressamente pelo texto da CF.
c) inconstitucional, uma vez que a CF, quando da sua promulgação, determinou a extinção dos
tribunais de contas municipais existentes.
d) recomendada para municípios com mais de vinte mil habitantes.
e) recomendada para estados que tenham muitos municípios, para que o controle de contas
seja mais eficiente e transparente.
Letra b.
Art. 31, § 4º, da CF/1988.

Questão 54 (SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL/ASSISTENTE


ADMINISTRATIVO FAZENDÁRIO/2018) Acerca da organização dos estados, é correto afirmar que
a) a criação de um território federal é regulada por lei ordinária.
b) aos estados-membros compete explorar os serviços locais de gás canalizado.
c) a iniciativa popular no processo legislativo estadual não é admitida.
d) a competência da União para legislar sobre normas gerais exclui a competência suplemen-
tar dos estados-membros para legislar.
e) o texto constitucional autoriza a criação de tribunais de contas municipais.

Letra b.
Art. 25, § 2º, da CF/1988.

Luciano Dutra
Advogado da União desde 2009. Autor de livros e articulista. Professor de Direito Constitucional com
ampla experiência em cursos preparatórios para concursos públicos e Exames de Ordem presenciais
e on-line. Aprovado em diversos concursos públicos. Comentarista jurídico de revistas, jornais, sites e
rádios. Graduado em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora e pós-graduado em Direito Público.
Graduado e pós-graduado em Ciências Militares.

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