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Propagadores
Maria da Conceição Ruivo
Conteúdo
1 O operador evolução temporal 2
1.1 O operador evolução temporal - definição e propriedades . . . . . . . 2
1.2 Determinação do operador evolução temporal . . . . . . . . . . . . . 2
1.2.1 Operadores nas representações de Schrödinger e de Heisenberg 2
1.2.2 O operador evolução temporal com H independente do tempo 3
1.2.3 O operador evolução temporal com H dependente do tempo . 4
2 Propagadores 7
2.1 Funções de Green . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.2 O propagador não relativista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.3 O propagador não relativista da partı́cula livre . . . . . . . . . . . . . 9
2.4 O propagador da equação de Klein-Gordon . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.5 O propagador da equação de Dirac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.6 O propagador do fotão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.7 Nova definição do propagador de Feynman . . . . . . . . . . . . . . . 14
3 A matriz S 17
3.1 O operador evolução temporal e a matriz S . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.2 O Teorema de Wick . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.3 Exemplo de aplicação das regras de Feynman em QED . . . . . . . . 19
3.3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.3.2 O scattering: e− + µ− → e− + µ− . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2
de onde resulta:
Q(t) = U −1 (t, t0 )Q(t0 )U(t, t0 ), (6)
∂Q(t)
= i[H, Q(t)], (7)
∂t
onde H é o operador hamiltoniano.
∂ −1
(U (t, t0 )Q(t0 )U(t, t0 )) = i(HU −1 (t, t0 )Q(t0 )U(t, t0 ) − U −1 (t, t0 )Q(t0 )U(t, t0 )H).
∂t
(8)
−1
Multiplicando a equação, à esquerda por U e à direita por U , (para simplificar a
notação vamos deixar de explicitar a dependência temporal), obtemos:
∂U −1 ∂U
U Q(t0 ) + Q(t0 ) U −1
∂t ∂t
= i(UHU Q(t0 ) − Q(t0 )UHU −1 ).
−1
(9)
UHU −1 = H. (10)
∂U −1
[Q(t0 ), U ] = i[H, Q(t0 )], (12)
∂t
4
de onde resulta:
∂U −1
[Q(t0 ), (
U + iH)] = 0. (13)
∂t
Para que esta igualdade seja satisfeita, o segundo operador (entre parentesı́s) no
comutador anterior tem que ser constante, de acordo com o lema de Schür, isto é:
∂U −1
i U = H − E0 , (14)
∂t
sendo E0 uma constante arbitrária. Fazendo E0 = 0, temos uma equação de
Schrödinger para o operador evolução temporal:
∂U
i = HU. (15)
∂t
Integrando esta equação e impondo a condição de que a constante de integração
garanta que U(t0 , t0 ) = 1, obtemos de imediato a expressão do operador evolução
temporal:
U(t, t0 ) = e−iH(t−t0 ) . (16)
Um dos problemas mais comuns que temos que resolver em Mecâncica Quântica
é o cálculo da probabilidade de transição de um sistema, inicialmente num estado
próprio, |i >, de um hamiltoniano que não depende do tempo, para outro estado
próprio, |f >, desse hamiltoniano, após a actuação de um potencial externo depen-
dente do tempo. Para calcular o operador evolução temporal nestas circunstâncias,
vamos recorrer à hipótese usual de Teoria de Perturbações dependentes do tempo,
isto é, admitir que o hamiltoniano H(t) se pode decompor em duas partes:
Vamos agora definir o operador evolução temporal como o produto de dois oper-
adores:
Ut (t, t0 ) = U0 (t, t0 ) UI (t, t0 ), (18)
sendo U0 (t, t0 ) = e−iH0 (t−t0 ) . Pode verificar-se que todos os operadores na expressão
anterior são unitários, mas apenas Ut e U0 têm a propriedade de composição.
5
com Q(t) 6= Q0 (t). Isto é, Q0 (t) contém a dependência temporal associada à evolução
dos factores de fase, devida a H0 , enquanto Q(t) contém, para além desta de-
pendência temporal, a que é devida à actuação do potencial externo, com é manifesto
na seguinte expressão:
∂Q(t)
= i[H, Q(t)] (24)
∂t
∂Q0 (t)
= i[H0 , Q0 (t)]. (25)
∂t
Com vista a obter a forma do operador evolução temporal, vamos trabalhar o
primeiro membro da última equação:
∂UI −1
[H0 , Q0 (t)] = −i[ UI , Q0 (t)] + UI [H, Q(t)] UI−1
∂t
∂UI −1
⇒ [(H0 + i U ), Q0 (t)] = [H0 , Q0 (t)] + [(UI HI (t)UI−1 ), Q0 (t)] . (27)
∂t I
Vejamos agora o que representa UI HI (t)UI−1 . Uma vez que estamos a usar a rep-
resentação de Heisenberg, HI (t) depende do tempo através dos operadores que o
constituem, que designaremos por φ(t), pelo que HI (t) = HI [φ(t)]. Fazendo uma
expansão de HI [φ(t)] em φ(t), teremos:
Z t Z t Z t1
2
UI (t, t0 ) = 1 + (−i) dt1 HI (t1 ) + (−i) dt1 dt2 HI (t1 ) HI (t2 ) + .... (32)
t0 t0 t0
Para o caso geral, podemos ainda escrever o operador evolução temporal numa
forma compacta recorrendo à definição de produto ordenado no tempo. O produto
ordenado no tempo de dois operadores define-se como:
ou, equivalentemente: Rt
−i dt′ HI (t′ )
UI (t, t0 ) = T (e t0
). (36)
2 Propagadores
2.1 Funções de Green
O estudo da evolução temporal de um sistema e o cálculo dos observáveis relevantes
pode ser feito recorrendo à teoria dos propagadores. Como veremos, o propagador
em Mecânica Quântica define-se como um elemento de matriz do operador evolução
temporal entre dois estados do sistema, mas a teoria é conceptualmente baseada no
método das funções de Green para resolver equações diferenciais não homogéneas.
A fim de ilustrar os conceitos básicos, vamos recordar o exemplo da resolução da
equação de Poisson.
∇2 φ(~x) = −ρ(~x), (37)
onde φ(~x) é o potencial devido a uma distribuição de cargas ρ(~x) sujeita a condições
de fronteira. Podemos resolver o problema para uma fonte unitária:
sendo G(~x, ~x′ ) o potencial em ~x produzido por uma fonte unitária em ~x′ . Multipli-
cando ambos os membros da equação por ρ(x′ ) e integrando em x′ a todo o volume
V em que se encontra distribuı́da a carga, obtemos:
Z Z
∇2x G(~x, ~x′ ) ρ(x′ )d3 x′ =− δ 3 (~x − ~x′ )ρ(x′ )d3 x′
V V
Z Z
−→ ∇2x ′ ′ 3 ′
G(~x, ~x ) ρ(x )d x = − δ 3 (~x − ~x′ )ρ(x′ )d3 x′ = − ρ(x) (39)
V V
Z Z
∂
Hx d3 x′ K(~x, t; ~x′ , t′ ) ψ(~x′ , t′ ) − i d3 x′ K(~x, t; ~x′ , t′ ) ψ(~x′ , t′ ) = 0
∂t !
Z
∂
= d3 x′ Hx − i K(~x, t; ~x′ , t′ ) ψ(~x′ , t′ ) = 0
∂t
!
∂
=⇒ Hx − i K(~x, t; ~x′ , t′ ) = 0 (46)
∂t
Atendendo à propriedade (44), a equação anterior pode ser escrita na forma:
!
∂
Hx − i K(~x, t; ~x′ , t′ )θ(t − t′ ) = 0 (47)
∂t
Atendendo a que ∂θ(t − t′ )/∂t = δ(t − t′ ) e à propriedade (45), obtemos finalmente
uma equação que mostra que o propagador é a função de Green da equação
de Schrödinger:
!
∂
Hx − i K(~x, t; ~x′ , t′ ) = −iδ 3 (~x − ~x′ ) δ(t − t′ ) para t > t′ . (48)
∂t
Em geral, define-se a função de Green como:
i i
√ 1 e h̄ px , √ 1 e− h̄ px ,
′
Atendendo a que < x|p >= 2πh̄
< p|x′ >= 2πh̄
e fazendo t − t0 = ∆t,
teremos:
Z
1 i ′ ip2
K(x, t; x′ , t0 ) = dpe h̄ p(x−x ) e− 2mh̄ ∆t
2πh̄ Z
m2 (x−x′ )2 m2 (x−x′ )2
1 i∆t
− 2mh̄ m
(p2 +2p(x−x′ ) ∆t + − )
= dpe (∆t) 2 (∆t)2
2πh̄ Z
1 i m(x−x′ )2 ∆t x−x′ 2
= e 2∆th̄ dpe−i 2mh̄ (p+ m∆t )
2πh̄ |
√ {z2πmh̄
}
i∆t
r
m m(x−x′ )2
= ei 2h̄∆t . (52)
2πih̄∆t
O propagador no espaço dos momentos, é, por definição:
i
K(p, t; p′ , t0 ) =< p|e− h̄ H(t−to ) )|p′ >, (53)
(2π) 4 µ
∂x ∂xµ
4
d4 p −ip(x−x′ )
Z Z
dp 2 2
−ip(x−x′ ) ˜
=⇒ p − m e △ F (p) = i e
(2π)4 (2π)4
i
=⇒ △˜F (p) = 2 . (57)
p − m2
Por conseguinte, o propagador no espaço das configurações é da forma:
′
d4 p e−ip(x−x )
Z
′
△F (x − x ) = i . (58)
(2π)4 p20 − E 2
′
d3 p i~p(~x−~x′ ) dp0 i e−ip0 (t−t )
Z Z
′ i
△F (x − x ) = e −
2E (2π)3 2π p0 − E + iǫ
′
d3 p i~p(~x−~x′ ) dp0 i e−ip0 (t−t )
Z Z
i
− e (59)
2E (2π)3 2π p0 + E − iǫ
I [p 0 ]
- E + i ε-
E-iε
′
dp0 e−ip0 (t−t )
Z
i ′ ′
i = (−2πi) e−iE(t−t ) θ(t − t′ ) = e−iE(t−t ) θ(t − t′ )
2π p0 − E + iǫ 2π
Z −ip0 (t−t′ )
dp0 e i ′ ′
−i = −(2πi) eiE(t−t ) θ(t′ − t) = eiE(t−t ) θ(t′ − t) (60)
2π p0 + E − iǫ 2π
Note-se que a solução com energia positiva propaga-se para a frente no tempo,
só é diferente de zero para t > t′ ; o inverso é verdadeiro para a solução com energia
negativa. As funções θ na expressão anterior exprimem este conceito. Podemos
escrever a expressão para o propagador no espaço das configurações como:
d3 p
Z
′ ′
△F (x − x ) =′
3
ei~p(~x−~x ) e−iE(t−t ) θ(t − t′ ) +
(2π) 2E
Z
d3 p ′ ′
+ 3
e−i~p(~x−~x ) eiE(t−t ) θ(t′ − t), (61)
(2π) 2E
12
(6 p − m)SF (x − x′ ) = i δ 4 (x − x′ ). (62)
d4 p −ip(x−x′ ) ˜
Z
SF (x − x′ ) = e SF (p), (63)
(2π)4
de onde resulta:
i i 6p+m
S˜F (p) = = 2 para p2 6= m2 . (64)
6p−m p − m2
Tal como no caso do propagador da equação de Klein-Gordon, este propagador tem
dois pólos, para p0 = ±E. Fazendo a integração no plano complexo, tal como no
caso anterior, e fazendo uso dos projectores de energia positiva e negativa, λ± (p),
obtemos a seguinte expressão:
d3 p m
Z
′ ′
′
SF (x − x ) = 3
λ+ (p) ei~p(~x−~x ) e−iE(t−t ) θ(t − t′ ) +
(2π) E
d3 p m
Z
′ ′
+ 3
λ− (p) ei~p(~x −~x) e−iE(t −t) θ(t′ − t), (65)
(2π) E
onde:
±6p+m
λ± (p) = . (66)
2m
F µν = ∂ µ Aν − ∂ ν Aµ (67)
∂µ F µν = j ν (68)
13
∂ µ ∂µ Aν − ∂ ν (∂µ Aµ ) = j ν (69)
∂ α ∂α DFµν (x − x′ ) = ig µν δ 4 (x − x′ ), (71)
Tal como no caso da EKG, este propagador tem uma singularidade para P0 =
E = |~p|, vamos pois proceder à integração no plano complexo, vindo:
′ !
d3 p i~p(~x−~x′ ) dp0 i e−ip0 (t−t )
Z Z
1
DFµν (x ′
− x ) = −ig µν
e −
2E (2π)3 2π p0 − E + iǫ
′ !
d3 p i~p(~x−~x′ ) dp0 i e−ip0 (t−t )
Z Z
µν 1
+ig e (74)
2E (2π)3 2π p0 + E − iǫ
Note-se que, uma vez que na teoria do campo electromagnético existe a liberdade
na escolha da ”‘gauge”, a expressão do propagador depende da gauge escolhida.
A gauge que estivémos a usar pertence à classe da ”gauge”’ de Lorentz e por isso
mantém a covariância da teoria, mas não é a mais geral. A escolha da chamada
14
′
Z
d3 p h −ip(x−x′) ′ −ip(x′ −x) ′
i
△F (x − x ) = e θ(t − t ) + e θ(t − t) (80)
(2π)3 2E
15
d4 p
Z
i ′
< 0|T (φ(x) φ(x′))|0 >= 4 2 2
e−ip(x−x ) (81)
(2π) p − m
O propagador de um campo escalar com carga define-se como:
Note-se que, uma vez que se trata de campos de fermiões, ao trocar a ordem dos op-
eradores de campo temos que trocar o sinal. Conclui-se facilmente que o propagador
é da forma:
d3 p X
Z
′
′
SF (x − x ) = 3
u(~p, s)ū(~p, s)e−ip(x−x ) θ(t − t′ ) +
(2π) 2E s
Z
d3 p X ′
− 3
v(~p, s)v̄(~p, s)e−ip(x −x) θ(t′ − t) (84)
(2π) 2E s
Usando as identidades:
X
u(~p, s)ū(~p, s) = 2mΛ+ (p)
s
X
− v(~p, s)v̄(~p, s) = 2mΛ− (p), (85)
s
p+m
onde Λ± = ±62m é o projector de energia positiva (negativa), a expressão do propa-
gador pode escrever-se:
d3 p m
Z
′
′
SF (x − x ) = 3
Λ+ (p)e−ip(x−x ) θ(t − t′ ) +
(2π) E
d3 p m
Z
′
+ 3
Λ− (p)eip(x−x ) θ(t′ − t). (86)
(2π) E
Para reproduzir a expressão do propagador no espaço dos momentos, vamos fazer a
troca: p~ → −~p no segundo integral, o que dá:
16
′
d3 p ei~p(~x−~x )
Z
′
′
SF (x − x ) = 3
(γ0 E − ~γ .~p + m)e−iE(t−t ) θ(t − t′ ) +
(2π) 2E
′
(−γ0 E − ~γ .~p + m)eiE(t−t ) θ(t′ − t).
(87)
Atendendo a que:
Z
−iE(t−t′ ) i ′ γ0 E − ~γ .~p + m −ip0 (t−t′ )
(γ0 E − ~γ .~p + m)e θ(t − t ) = dp0 e
2π p0 − E + iǫ
Z
iE(t−t′ ) ′ i γ0 E − ~γ .~p + m −ip0 (t−t′ )
(−γ0 E − ~γ .~p + m)e θ(t − t) = − dp0 e , (88)
2π p0 + E − iǫ
obtemos a seguinte expressão para o propagador:
d4 p −ip(x−x′ ) 1
Z
SF (x − x′ ) = i e (89)
(2π)4 6p−m
3 A matriz S
3.1 O operador evolução temporal e a matriz S
Em geral estamos interessados em saber qual a evolução temporal de um sistema,
inicialmente num estado próprio de um hamiltoniano H0 , quando é ”ligada”uma
interação no instante t = t0 . Num instante genérico t a dinâmica do sistema é
governada pelo seguinte hamiltoniano:
Este problema pode ser resolvido conhecido o operador evolução temporal, definido
como:
Ut (t , t0 ) = U0 (t , t0 ) UI (t , t0 ), (96)
U0 (t , t0 ) descreve a evolução trivial dos factores de fase, devido ao hamiltoniano H0 ,
e UI (t , t0 ), como vimos na secção 1, é da forma:
(−i)2
Z t Z t Z t
UI (t , t0 ) = 1 − i dt1 HI (t1 ) + dt1 dt2 T (HI (t1 )HI (t2 )) + ... (97)
t0 2 t0 t0
Para calcular a propabilidade de um sistema, que num instante remoto estava num
estado próprio de H0 , |i >, vir a ser encontrado, no futuro, num estado próprio |f >,
precisamos de calcular a matriz S, definida como:
< f | UI (∞ , −∞) |i >
Sf i = . (98)
< 0|UI (∞ , −∞)|0 >
podem ser muito simplificados visto que um produto geral de operadores de campo
ordenado no tempo pode escrever-se como uma soma de produtos de operadores
na ordem normal e de propagadores de Feynman. O resultado é conhecido como o
teorema de Wick:
T (φ1 φ2 φ3 φ4 ....φn ) =
=: φ1 φ2 φ3 φ4 ...φn :
+D12 : φ3 φ4 ...φn : +D13 : φ2 φ4 ...φn :
+D12 D34 : φ5 φ6 ...φn : +..
+D12 D34 ....D12 Dn−1 n (100)
de onde resulta:
sendo agora n o número de partı́culas que entram e saiem da interacção. Por con-
seguinte, para o cálculo de um processo de decaimento ou de scattering é essen-
cial saber calcular a matriz M. Para começar, desenham-se todos os diagramas
topológicamente distintos, em seguida constroi-se a matriz M, usando as regras de
Feynman.
3.3.2 O scattering: e− + µ− → e− + µ−
PP
Figura 2: Scattering 2 → 2
s = (pa + pb )2 = (pc + pd )2
t = (pa − pc )2 = (pb − pd )2
u = (pa − pd )2 = (pb − pc )2 , (111)
21
verificando-se:
s + t + u = m2a + m2b + m2c + m2d (112)
O diagrama correspondente ao processo e− + µ− → e− + µ− é da forma:
e-
e-
PP
q − igµν / q2
µ− µ−
Figura 3: Scattering e− + µ− → e− + µ−
1 X e4 X µ
|Mf i |2 = 4 ūα (pc , sc ) γαβ uβ (pa , sa ) (ūθ (pa , sa ) (γ ν )θǫ uǫ (pc , sc ))
4 spins 4q sa sc
X
(ūγ (pd , sd ) (γµ)γδ uδ (pb , sb )) (ūσ (pb , sb ) (γν )σρ uρ (pd , sd )) (115)
sb sd
Atendendo a que:
X
(uα (p, s)ūβ (p, s)) = (6 p + m)αβ , (117)
s
temos finalmente:
e4 nh ν µ
i
= (γ ) θǫ (6 p c + me ) ǫα γ αβ (6 p a + me ) βθ
4q 4
[(γν )σρ (6 pd + mµ )ργ (γµ )γδ (6 pb + mµ )δσ ]} (118)
1 X e4
|Mf i |2 = 4 {tr [γ ν (6 pc + me ) γ µ (6 pa + me )] tr [γµ (6 pd + mµ ) γν (6 pb + mµ )]}
(119)
4 spins 4q
Uma vez que só são diferentes de zero os traços de produtos pares de matrizes de
Dirac, teremos:
tr [γ ν (6 pc + me ) γ µ (6 pa + me )]
= trγ ν 6 pc γ µ 6 pa + trγ ν γ µ m2e
h i
= 4 pµc pνa + pνc pµa − (pc .pa − m2e )g µν (121)
23
O outro traço obtém-se de modo análogo. O produto dos dois traços na eq. (119),
que vamos designar por T , dá:
h ih i
T = 16 pµc pνa + pνc pµa − (pc .pa − m2e )g µν (pb )µ (pd )ν + (pb )ν (pd )µ − (pb .pd − m2µ )gµν
h i
= 16 2(pa .pb )(pc .pd ) + 2(pa .pd )(pc .pb ) − 2m2µ (pa .pc ) − 2m2e (pd .pb ) + 4m2µ m2e(122)
Tendo em conta as definições das variáveis de Mandelstam (eq. 111), podemos fazer
as seguintes substituições:
1
pa .pb = pc .pd = [s − (m2e + m2µ )]
2
1
pa .pd = pc .pb = − [u − (m2e + m2µ )]
2
1
pa .pc = − [t − 2m2e ]
2
1
pb .pd = − [u − 2m2µ ]
2
s + t + u = 2(m2e + m2µ ). (123)
1 X 2e4 h i
|Mf i |2 = 2 (s2 + u2 ) − 4(m2e + m2µ )(s + u) + 6(m2e + m2µ )2 . (124)
4 spins t