Você está na página 1de 104

Coletânea Jurídica

para o Bem do Brasil

Carlos de Mello Porto


Carlos de Mello Porto

Coletânea Jurídica
para o Bem do Brasil

Belém - Gráfica Alves


2010
Copyright © Carlos de Mello Porto 2010
Todos os direitos reservados

Capa:
Osimar R. Araújo

Editoração e Revisão:
Luiz F. Branco

Impressão e Edição:
Gráfica Alves Ltda

Dados Internacionais de Catalogação


(Fundação Biblioteca Nacional)

Porto, Carlos de Mello. Coletânea jurídica para o bem do


Brasil, Belém: Gráfica Alves Ltda, 2010.

102p.

ISBN 978-85-8814-44-3

Diteito/Leis
Coletânea Jurídica
para o Bem do Brasil
COMPANHIA DE JESUS
“EM TUDO AMAR E SERVIR PARA A MAIOR GLÓRIA DE DEUS”
CAPELA DE NOSSA SENHORA DE LOURDES

Expressamos a nossa admiração por tudo que temos


visto e percebido nestes últimos anos do Dr. Carlos de
Mello, em termos de sua preocupação pelas mudanças
sociais a serem devidamente implementadas em nosso
querido Brasil, através de uma reforma no ordenamento
jurídico.

Ressaltamos, da sua importante coletânea, o


anteprojeto que obriga e compromete juridicamente os
candidatos ao pleito eleitoral para o exercício do munus
público. Não se pode nem se deve deixar impune o
candidato que apresente, em campanha, determinadas
ações sociopolíticas e, quando eleito, não cumpre com o
prometido, o que se nos afigura muito grave.
Parabenizamos o ilustre e culto jurista Dr. Carlos
de Mello pelo trabalho apresentado, como também
esperamos todo êxito neste seu empenho na resolução
das questões relevantes e imprescindíveis para o
ordenamento justo e fraterno da sociedade que bem
merece paz, harmonia e tranquilidade nas suas
relações.

Belém, 22 de setembro de 2010.

Pe. Prof. José de Anchieta Lima Costa, Sj


Reitor da Capela de Lourdes
Pe. Adilson Almeida Santos. Sj - Psicólogo
PARÓQUIA DE SANTO ANTONIO DE LISBOA

É plausível e digno de reverências tal gesto


honroso e patriótico o qual levou o Dr. Carlos de
Mello Porto, Procurador de Justiça, a escrever este
livro, no qual descreve o seu mais profundo desejo de
ver acontecer, a partir das instâncias constitucionais,
nas formas da lei, uma sociedade brasileira mais justa,
próspera, democrática e feliz.

Que Deus, o Justo Juiz, continue favorecendo


grandemente a nossa Pátria, principalmente usando como
instrumento de Libertação, Fraternidade e Justiça,
pessoas como o autor desta obra indispensável,
COLETÂNEA JURÍDICA PARA O BEM DO BRASIL.

Com apreços fraternais.

Frei Juraci Estevam de Sousa, ofm - Pároco


Um mundo melhor e mais justo de se viver

O dr. Carlos de Mello Porto, patriota, jurista,


devotado às causas públicas e sociais, cuja carreira
esmerou os quadros do Parquet fluminense, por si só,
dispensa apresentações. Sua vida é um curriculum
aberto a todos que trabalham e pedem a Deus um mundo
melhor e mais justo de se viver.

Sua obra a mim submetida, COLETÂNEA JURÍDICA


PARA O BEM DO BRASIL, demonstra a preocupação do autor

com o atual sistema legal e sua aplicabilidade prática, o


que gera, às vezes, reflexos sociais mal interpretados
ou censuráveis. O Dr. Carlos, com a coragem que lhe
pautou a vida, põe sua face a tapa, seja o lado direito ou
esquerdo e, corajosamente, em dias de democracia mal
interpretada, propõe uma revolução que começa no texto
da lei, mas que fermenta a cabeça dos juristas e uma
atitude coletiva maior, ou seja, uma mudança na
sociedade.
Destaco na obra em exame a proposta de mudança
para atuação do Ministério Público, a nova dinâmica a ser
empregada para o Agravo de Instrumento e Embargos
Infringentes, bem como a observância dos prazos
processuais que a Lei elenca, a necessária e tão esperada
proposta para uma reforma eleitoral, já antevista pelo
autor, dentre outros temas trazidos pelo estudioso
Procurador de Justiça.

Desejo ao Dr. Carlos de Mello que Deus ilumine


seus caminhos. E, às pessoas contempladas com a
recente obra, uma boa leitura, com a esperada mudança
de atitude.

Belém, setembro de 2010.

Luiz Márcio Teixeira Cypriano


Promotor de Justiça Criminal em Belém do Pará
Uma obra para a reflexão e o bem da Pátria

O Estado Democrático de Direito, em fase de


edificação, necessita de construtores do Direito
preparados e bem intencionados, como o ilustre Jurista
e Procurador de Justiça Dr. Carlos de Mello Porto.

Foi no anelo dessas edificações auspiciosas que o


Dr. Carlos de Mello orquestrou, à luz do Texto
Constitucional, uma pequena reforma legislativa,
perpassando por variados temas e ramos do Direito,
contribuindo, na seara legislativa, com propostas
significativas para a concretização do Estado
Democrático de Direito, primando pelas seguranças
pública e jurídica, pelo progresso social, ambos atrelados
e compilados à concepção de Justiça material e do bem
comum.

Está de parabéns o autor pelas propostas de


reforma legislativa e, máxime, por suas percucientes e
lúcidas justificativas.
Por fim, como não poderia ser de outro modo,
recomendo a obra para reflexão de outros juristas no
campo filosófico e para a promulgação porvindoura
no mundo vivo do Direito Positivo e para o bem da
Pátria.

Francisco de Assis Santos Lauzid


Promotor de Justiça
Um sonho que se tornará realidade

Estou encantado, ao saber da publicação urgente


dessa maravilhosa obra: COLETÂNEA JURÍDICA PARA O BEM
DO BRASIL de Carlos de Mello Porto, excelente Promotor

e exímio Procurador de Justiça.

Esta COLETÂNEA é um sonho encantado, que se


tornará realidade com a ajuda de Deus.

Dr. Carlos é apaixonado discípulo e seguidor de


Jesus Cristo, iluminado e dirigido pelo Espírito Santo,
homem íntegro e inquieto na busca do bem.

Tenho certeza de que o povo brasileiro irá conhecer


suas vitais sugestões e quererá vê-las postas em prática
com urgência, desde logo.

O povo brasileiro sofre muito e anda grandemente


desiludido pelo crescimento contínuo da criminalidade,
em todos os ambientes. A impunidade, sem dúvida, é um
campo fértil para o crime. O Dr. Carlos quer e vai alcançar
um remédio eficaz e duradouro.

Rogo a Deus que as autoridades públicas e,


particularmente, o Congresso Nacional, façam seus estes
projetos, com urgência, para a paz e o equilíbrio social em
nosso país.

Parabéns, Dr. Carlos de Mello. O senhor é um


iluminado, para o bem da Pátria.

Belém, PA, aos 24 de setembro de 2010.

Pe. Antonio I. Mattiuz - CSJ


Mestre em Direito Canônico, Congregação de São José
SUMÁRIO

PRÓLOGO ...................................................................... 19
INTRODUÇÃO ................................................................ 21
Sequestro ......................................................................... 23
Adultério ......................................................................... 27
Reforma Eleitoral ........................................................... 29
Imposto Único ................................................................. 35
Prazos Judiciais ................................................................ 39
Putabilidade ..................................................................... 43
Tribunal do Júri ............................................................... 47
Reforma dos Juizados Especiais ....................................... 51
Sistema Penitenciário ....................................................... 55
Fauna e Flora ................................................................... 61
Financiamento de Campanha .......................................... 65
Agravo de Instrumento .................................................. 71
Embargos Infringentes .................................................... 73
Falsificação de Diploma Didático .................................... 75
Reforma da Lei Maria da Penha ..................................... 77
Pichação de Próprios Públicos ou Privados .................... 79
Pedofilia ........................................................................... 83
Porte e Transporte de Tóxicos ....................................... 87
Prerrogativa do Ministério Público ................................. 91
Reforma da CLT ............................................................... 95
Conclusão ........................................................................ 99
Sobre o Autor .................................................................... 101
PRÓLOGO

O presente trabalho jurídico tem por escopo


desestimular e reprimir ações praticadas contra a
sociedade, que se vê impossibilitada de exercer o seu
direito de cidadania de ir e vir com tranquilidade, sendo
certo que a aplicação da legislação constituir-se-á, não
somente em uma punição severa, mas também séria
advertência para os que desejarem infringi-la.

A reforma do sistema penitenciário para


preparar-se o interno, a fim de ser introduzido na
sociedade; o pagamento de sua estada no sistema,
com o trabalho desenvolvido por ele, com o
provimento da prole e o seu acompanhamento pelo
serviço social, aferindo-se a capacidade do apenado,
para o seu encaminhamento aos cursos
profissionalizantes, às colônias penais e agrícolas são
res sine qua non deixará de haver um verdadeiro
sistema penitenciário.
INTRODUÇÃO

Coletânea de anteprojetos de lei, versando


sobre matérias em vários campos do Direito pátrio,
visando aperfeiçoar a legislação, tor nando-a
desestimuladora de ilícitos penais, em direção à
convivência harmoniosa do cidadão, em meio à
sociedade.

A legislação que se apresenta benevolente, sem


objetividade, sem vigor, sem advertência aos que
teimam infringir a lei, para saciar os seus intuitos
antipatrióticos, corruptivos, deletérios, não serve ao
interesse social.

Há que se dotar o Estado de instrumentos


adequados ao combate à criminalidade, preservando
a família e a prole, para que a nação brasileira diga
ao mundo, que ela dá exemplo; que, sem dúvida
nenhuma, servirá até mesmo de imitação por parte
de outros povos, de outras nações.
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

O Procurador de Justiça, Dr. Carlos de Mello


Porto, mais conhecido como Dr. Carlos de Mello,
oferece a contribuição, em lide, aos vários segmentos
da sociedade, para apreciação, conscientização,
levando os governantes e os poderes constituídos, a
um juízo de valor, a fim de deter-se a onda de crimes,
que estão solapando a tranquilidade social,
juntamente com a corrupção latente, perniciosa,
afrontosa e ousada, que se faz sentir em todos os
quadrantes da vida pública nacional.

Urge, portanto, que se alerte os homens de bem


do Brasil, os verdadeiros patriotas, sobre a necessidade
imediata de dar-se uma solução urgente, para
evitarem-se que situações insustentáveis e bandos
armados, criminosamente, tomem conta do país.

Finalmente, o cidadão pacato, trabalhador


honesto não pode ir ao trabalho sem a certeza de
que voltará, tornando-se o seu ir e vir, inserido na
Constituição da República Federativa do Brasil,
problemático.

Eis o motivo por que se tem que tomar


providências urgentes, inadiáveis, antes que seja
tarde.

22
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE LEI DE REFORMA, EM


PARTE, DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO

Art. 1º - Aquele que sequestrar qualquer


pessoa, colocando-a, sob cárcere privado, por
qualquer tempo, será preso em flagrante delito,
cuja pena é de reclusão de 10 a 20 anos, além da
multa de 5.000 (cinco mil) a 15.000 (quinze mil)
salários mínimos, sendo o cumprimento da
penalidade em re gime fechado, a pena
imprescritível e o crime inafiançável;

Art. 2º - Se houver menores, como vítimas, a


pena será de 20 a 30 anos de reclusão e, no caso
de lesão corporal de qualquer natureza, bem como
morte da vítima, 25 a 30 anos de reclusão, além de
multa de 15.000 (quinze mil) a 20.000 (vinte mil)
salários mínimos;

Art. 3º - Os agentes da lei deverão proceder


com rigor, usando, se possível, da legítima defesa

23
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

putativa ou real, para salvaguardar a integridade


física do ofendido ou deles próprios;

Art. 4º - Não sendo preso em flagrante delito,


será decretada a prisão preventiva do acusado, cujo
interrogatório terá lugar, em 5 dias, estando preso
ou não o réu, e a instrução far-se-á em 20 dias;

Art. 5º - Será terminantemente proibido o


diálogo entre o acusado e os agentes da lei ou
com qualquer autoridade.

Art. 6º - Esta lei entrará em vigor na data de


sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

JUSTIFICATIVAS:

A incidência dos crimes de sequestro tem se


avolumado de modo preocupante, pois não existe
norma legal que desestimule o infrator. Ademais,
ainda há a possibilidade de o acusado saber, de
antemão, que nada lhe acontecerá, desde quando
ameace a integridade física dos sequestrados,
quando, na verdade, o dispositivo, ínsito no diploma

24
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

adjetivo penal permite que o agente possa usar da


legítima defesa putativa ou real, contra uma
agressão iminente e atual à integridade física dele
ou da vítima.

O incentivo, portanto, à criminalidade, devido


a ausência de um dispositivo desalentador para o
criminoso deverá ser coibido para deter-se a onda
de sequestros que se multiplicam dia a dia,
havendo, em alguns casos, lesões corporais e
mortes.

Por outro lado, o diálogo de policiais ou de


qualquer autoridade com o criminoso ou criminosos,
somente tem trazido consequências funestas, porque
isso alimenta a incidência dos crimes e encoraja o
infrator da lei, servindo de péssimo exemplo, para
aqueles que desejam infringir a legislação penal.

Urge, portanto, que se dê um basta a esse estado


de coisas com uma lei desestimuladora da
criminalidade.

25
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE LEI DE REFORMA, EM


PARTE, DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

Art. 1º - O cônjuge adúltero perderá a sua meação,


além de perda do pátrio poder, se houver filho menor,
ficando a guarda e responsabilidade com o cônjuge
ofendido;

Art. 2º - A penalidade para o prevaricador é


de 5 (cinco) a 10 (dez) anos de reclusão, sendo a
pena imprescritível e o crime inafiançável, sem
progressão de pena, além da multa de 3.000 (três
mil) a 5.000 (cinco mil) salários mínimos;

Art. 3º - O Juiz determinará expedição de ofício


ao Banco Central para bloqueio de 40% da verba
pertencente ao infrator, até decisão final;

Art. 4º - Transitada em julgado a sentença


condenatória, a res fungível de que trata o artigo
anterior será confiscada, para pagamento da multa e
o restante destinado ao Tesouro Nacional, a fim de
prover o reaparelhamento da Polícia Federal;

27
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

Art. 5º - No decurso do processo o Juiz


decretará a separação de corpos e o Ministério
Público apreciará o pedido do cônjuge ofendido no
tocante à separação judicial;

Art. 6º - Esta lei entrará em vigor na data de


sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

JUSTIFICATIVAS:

Na antiguidade o adúltero era apedrejado até a


morte constituindo-se o seu ato em crime gravíssimo
contra a integridade da família e o respeito que deve
existir entre os cônjuges e a prole. A família é a
célula mater de uma nação e o Estado tem o dever
de zelar pela sua integridade.

A penalidade é menos um castigo do que uma


séria advertência para aqueles que não respeitam a
lei teológica, nem a dos homens.

Urge, portanto, que se dê um basta a esse estado


de coisas punindo-se exemplarmente o infrator.

28
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE REFORMA DA LEI


ELEITORAL

Art. 1º - As promessas feitas pelos candidatos


aos cargos de prefeito, de gover nador, e de
presidente da República serão gravadas e arquivadas
pelo órgão eleitoral competente;

§ 1º - A gravação será feita através de qualquer


meio idôneo e durável;

§ 2º - Serão arquivados, também, os programas


de governo ou promessas impressas pelos partidos
ou pelos candidatos;

Art. 2º - Constitui crime o candidato eleito


deixar de cumprir qualquer promessa, empenhada
durante o período que antecede às eleições, após 2
(dois) anos de efetivo exercício no cargo, salvo a
comprovação de que não pôde fazê-lo por fato
superveniente a sua posse, desde que não se pudesse
prever;

29
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

§ 1º qualquer um do povo poderá representar


ao Ministério Público contra o empossado que não
cumprir as promessa feitas, quando candidato;

Art. 3º - Recebida a representação, o membro


do Ministério Público terá 10 (dez) dias para
diligenciar e apurar os fatos, podendo requisitar
elementos e documentos de qualquer repartição
pública e/ou privada;

Art. 4º- A pena, pelo não cumprimento da


palavra empenhada, é de 5 a 10 anos de reclusão,
que deverá ser cumprida, totalmente, em regime
fechado, não havendo prescrição, sem progressão
de pena, e a pecuniária de 500 (quinhentos) a 1.000
(um mil) salários mínimos;

Art. 5º – Se houver bens adquiridos, usando-


se o dinheiro público, a pena é de 10 a 20 anos
de reclusão, além da pecuniária, que é de 2.000 a
3.000 salários mínimos, sem progressão de pena;

Art. 6º - Apresentada a denúncia, logo após


a apuração, e recebida esta, será decretada a
prisão preventiva do denunciado, que não terá

30
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

prisão especial, com o afastamento imediato do


mesmo, cujo interrogatório será feito no prazo
de 5 (cinco) dias, estando o réu preso, e a instrução
criminal, terminada em 20 (vinte) dias;

Art. 7º - Os bens adquiridos, após a posse,


ficarão indisponíveis até decisão final, devendo o Juiz
oficiar às Corregedorias de Justiça dos Tribunais,
comunicando a indisponibilidade.

Art. 8º - Transitada em julgado a sentença


condenatória, os bens tornados indisponíveis serão
confiscados e vendidos, cujo produto será destinado
ao Ente pelo qual se candidatou o apenado;

Art. 9º - Os bens adquiridos, na forma do art.


5º, e transmitidos a terceiros, serão objeto de
confisco, sendo nulos os registros de transmissão,
e vendidos, revertendo-se na forma do artigo
anterior;

Art. 10 - O apenado, além de punição pecuniária


e corporal, terá os seus diretos políticos suspensos,
pelo prazo de 20 (vinte) anos, não podendo votar

31
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

nem ser votado e nem fazer propaganda política,


sob pena de processo-crime por desobediência à
ordem legal;

Art. 11 - Todos os candidatos a cargo eletivo


deverão apresentar à Justiça Eleitoral, quando da
inscrição, o rol dos bens que lhes pertençam e
da(o) companheira(o), constituindo-se crime de
falsidade ideológica a omissão de qualquer deles,
que por acaso exista, bem como acréscimo de
algum que não haja;

Art. 12 - Está lei entrará em vigor na data de


sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

JUSTIFICATIVAS:

Dezenas de candidatos sem escrúpulo, e


desrespeitando o povo, se lançam a conquistar
cargos eletivos, prometendo mundos e fundos,
aproveitando-se da boa-fé da população, bem como
do linguajar fácil e fraudulento, e, às vezes, gastando
importâncias vultuosas, visando buscá-las no Erário.

32
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

São insensíveis, frios, com verdadeiros risos


hipócritas e farisáicos.

Quando eleitos, encastelam-se nos gabinetes,


sem dar à mínima satisfação aos que neles
acreditaram, não temendo a inadimplência e a
punição, pelo não cumprimento das promessas.
Justo, portanto, que se dê um basta a esse estado
de coisas.

33
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE LEI DE REFORMA DA


LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NACIONAL

Art. 1º - Haverá um só imposto, que incidirá


sobre ganhos obtidos nas diversas atividades da
pessoa jurídica e física;

Art. 2º - As pessoas físicas ou jurídicas ficarão


isentas de pagamento do imposto de renda, se os
ganhos não excederem a importância de R$ 3.000,00
(três mil reais), percebidos mensalmente;

Art. 3º - As pessoas jurídicas ou físicas que


tiverem ganhos acima do quantum de que trata o
artigo anterior, pagarão 20% (vinte por cento) sobre
o que exceder aquele valor;

Art. 4º - Os tributos de que tratam o IPI ou


quaisquer outros, sob qualquer sigla pagarão os que
derem origem à percentagem de 5% (cinco por
cento), sobre qualquer produto, comercialização e
serviços;

35
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

Art. 5º - A incidência do imposto dar-se-á na


saída dos bens, da fonte de produção, ato de comércio
ou da realização dos serviços, devendo ocorrer o
recolhimento imediato ao Tesouro Nacional;

Art. 6º - A transgressão da norma íncita no


artigo 5º, ou sonegação de qualquer tributo ou
imposto implicará em processo-crime, sendo a pena
de 20 a 30 anos de reclusão, que será cumprida em
regime fechado, além da pecuniária de 5.000 a
10.000 salários mínimos, sendo a penalidade
imprescritível e o crime inafiançável, sem
progressão de pena ou prisão especial.

Art. 7º - Recebida a denúncia, será decretada a


prisão preventiva do denunciado ou denunciados,
ficando os bens indisponíveis até decisão final,
devendo o Juiz oficiar aos Cartórios de Registro de
Imóveis para averbação do decreto de
indisponibilidade;

Art. 8º - Além da decretação da indisponibilidade


dos bens imóveis, o Juiz deverá oficiar ao Banco
Central, no sentido de bloquear todas as contas dos

36
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

acusados, na base de 40% (quarenta por cento), ficando


essa indisponibilidade até decisão final;

Art. 9º - Transitada em julgado a sentença


condenatória, os bens de que cogita o artigo 7º
serão confiscados e vendidos, cujo produto reverter-
se-á em favor da Fazenda Pública Nacional;

Art. 10º - A verba bloqueada será destinada ao


Tesouro Nacional, bem como o valor da multa
imposta pelo Juiz do feito;

Art. 11 - A instrução processual deverá


findar-se em 20 dias, estando ou não presos os
acusados;

Art. 12 - Se houver revelia do denunciado, serão


publicados editais com prazo de 15 dias e, não
comparecendo, ser-lhe-á dado defensor público, se
não houver advogado;

Art. 13 - Esta lei entrará em vigor na data de


sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

37
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

JUSTIFICATIVAS:

O Tesouro Nacional se ressente de uma


legislação que corresponda às necessidades de uma
arrecadação ágil e ao desestímulo dos que proclamam
a desobediência às normas fiscais, certos da
impunidade e acreditando na deficiência do
organismo judicial.

Por outro lado, o recolhimento dos tributos


deverá ser feito de forma que haja maior
arrecadação deles, facilitando a vida dos
contribuintes, combatendo-se a criminalidade e a
burocratização, sendo certo que, quanto mais a
pessoa física ou jurídica tiver facilidade em pagar
os tributos, melhor será o seu recolhimento, com
maior e mais justa distribuição de renda,
oferecimento de empregos e crescimento da
riqueza nacional.

38
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE LEI DE REFORMA, EM


PARTE, DO CPC (LEI N o 5.869, DE 11 DE
JANEIRO DE 1973), NO TOCANTE AOS
PRAZOS

DOS PRAZOS JUDICIAIS

Art. 1º - O prazo para os despachos de


expediente será de vinte e quatro (24) horas, e para
os interlocutórios, de cinco (5) dias.

§ 1º - Os prazos, para o Juiz, serão contados da


data do termo de conclusão.

§ 2º - Em qualquer instância, declarando motivo


justo, poderá o Juiz exceder, por igual tempo, os
prazos a ele fixados neste Código.

Art. 2º - O prazo para conclusão de autos será


de vinte e quatro (24) horas.

Art. 3º - Salvo disposição em contrário, os atos

39
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

judiciais serão executados no prazo de quarenta e


oito (48) horas pelo serventuário a quem
incumbirem.

§ 1º - Este prazo contar-se-á:

a) para os atos que se devam praticar, em virtude


de lei, da data em que se houver concluído o ato
processual anterior;

b) para os atos ordenados pelo Juiz, da data que


o serventuário tiver ciência da ordem.

§ 2º - O não cumprimento desse dever sujeitará,


de pleno direito, os serventuários à multa de um
salário mínimo por dia de retardamento, além de
processo-crime, por falta de exação no cumprimento
do dever.

§ 3º - O serventuário, no caso da letra b, do §


1º, certificará no respectivo instrumento o dia e a
hora em que recebeu a ordem.

Art. 4º - Findos os respectivos prazos, os


Juízes, os órgãos do Ministério Público e os

40
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

representantes da Fazenda Pública responsáveis


pelo retardamento, perderão tantos dias de
vencimentos quantos forem os e xcedidos,
constituindo, tal fato, ainda, transg ressão
disciplinar, que será apurada pelos órgãos
competentes. Na contagem do tempo de serviço,
para o efeito de promoção e aposentadoria, a perda
será do dobro dos dias excedidos.

Art. 5º - O desconto referido no artigo


antecedente far-se-á à vista de certidão do
escrivão do feito ou do secretário do Tribunal,
que deverão, ex officio, ou a requerimento de
qualquer interessado, remetê-la às repartições
encarregadas do pagamento e da contagem do
tempo de serviço, sob pena de incorrerem, de
pleno direito, na multa de quatro (4) salários
mínimos, imposta por autoridade fiscal, sem
prejuízo da pena cominada por falta de exação
no cumprimento do dever.

JUSTIFICATIVAS:

A sociedade está estupefata e descrente com a

41
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

morosidade na tramitação dos processos, em todos


os campos do Direito pátrio. Fatos são denunciados
ao Poder competente e sua apuração se arrasta por
meses e anos, sem que haja uma resposta justa e
rápida, aplicando-se a lei em toda a sua plenitude,
evitando-se, assim, a impunidade reinante nos
quadrantes da vida pública nacional.

Verdadeiras fábricas de delinquentes civis que


se vangloriam da inércia continuada, permanente,
afrontosa e deletéria, constituindo-se, esses fatores,
em críticas justas e plausíveis de todos os segmentos
sociais.

A situação chegou a tal ponto que os foras-da-


lei, alimentados por esse estado de coisas, lançam-
se, ousadamente, à prática cada vez mais perversa
da ilicitude, acreditando na impunidade.

Urge, portanto, que se dote a sociedade de


instrumento hábil, efetivo, eficaz e desestimulatório
do caos, fechando a porta, de uma vez por todas,
aos delinquentes.

42
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE REFORMA, EM PARTE,


DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL, NO TOCANTE À
PUTABILIDADE DO AGENTE AOS 14 ANOS
DE IDADE, NO CAMPO CRIMINAL

Art. 1º - Aquele que praticar qualquer ilícito


penal, tendo a idade de 14 (catorze) anos, responderá
a processo-crime, devendo ser separado dos internos,
para ser submetido a exame psicotécnico,
parapsicológico, fisiológico e intelectual, a fim de
fazer-se o encaminhamento, aferindo-se a
periculosidade. A putabilidade, portanto, começa aos
14 anos de idade;

Art. 2º - Na faixa etária de 14 aos 18 anos, o


interno será submetido a testes de aptidão para
diversos ofícios, para sua profissionalização;

Art. 3º - É proibida, terminantemente, a inércia,


a ausência de trabalho, a vadiagem e a falta de

43
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

encaminhamento aos cursos profissionalizantes,


devendo o apenado produzir para si, para o sistema
penitenciário e para a prole, se tiver, pagando a sua
estada com o ofício desempenhado;

Art. 4º - Anualmente deverá ser elaborado


relatório sobre a conduta e aproveitamento
intelectual e profissional do interno, no novo sistema;

Art. 5º - Não haverá progressão de pena, nem


indulto, nem comutação, devendo a penalidade ser
cumprida totalmente, proibindo-se saídas de presos
para cumprimento de penas fora do sistema
penitenciário ou para passar temporada com
qualquer familiar.

Art. 6º - Após o cumprimento total da pena,


haverá a soltura do encarcerado e um relatório para
encaminhamento do liberado a fim de integrá-lo à
sociedade;

Art. 7º - Esta lei entrará em vigor na data de


sua promulgação, revogadas as disposições em
contrário.

44
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

JUSTIFICATIVAS:

O liberalismo, existente na legislação em vigor,


tem trazido consequências funestas para a sociedade.
Vários elementos são mandados passar “férias” em
épocas festivas e a maioria absoluta deles parte para
a reincidência, criando-se um clima de incentivo à
criminalidade e pavor em meio à sociedade.

Por outro lado, a preocupação do Estado deve


ser com o preparo do apenado a fim de devolvê-lo à
sociedade, preparado para a sua integração.

Cria-se um clima de expectativa no Sistema,


provocando até mesmo indisciplina e revolta, o que
não condiz com a tranquilidade social.

O apenado deve conscientizar-se de que não


vale a pena cometer crime nenhum, nem tampouco
ato de indisciplina dentro dos presídios.

Urge, portanto, que se dê um basta à situação


caótica existente na legislação penal e no Sistema.

Finalmente, os que possuem a idade de 14 anos

45
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

já têm entendimento das coisas; a mídia, com seus


programas deletérios, traz consequencias para a
formação moral e intelectual dos jovens, que são usados
para prática de crimes os mais variados. Alguns, já
sabendo manejar armas de grosso calibre, praticam
crimes de várias espécies, sem a menor cerimônia,
pois sabem, de antemão, que o Estatuto da Criança e
do Adolescente é um verdadeiro incentivo à pratica
delituosa. Sabem muito bem que todos os crimes
praticados serão riscados de qualquer assentamento,
porque os seus agentes são menores. Mais um
incentivo à criminalidade.

46
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE LEI DE REFORMA DO


CPP (LEI No 3.931, DE 11 DE DEZEMBRO DE
1941). EXTINGUE O TRIBUNAL DO JÚRI

Art. 1º - Fica extinto o Tribunal do Júri;

Art. 2º - Todos os delitos de competência desse


Tribunal serão julgados por Juiz togado criminal;

Art. 3º - O rito será o mesmo de que trata a lei


adjetiva penal, com referência ao crime de latrocínio;

Art. 4º - Em se tratando de homicídio doloso


ou de dolo eventual, o Juiz, ao receber a denúncia,
decretará a prisão preventiva do denunciado, que
será recolhido à prisão comum, mesmo tendo curso
superior;

Art. 5º - Estando o réu preso, a instrução


criminal deverá ser iniciada, logo após o
interrogatório, e terminar em 20 (vinte) dias, abrindo-
se vistas para a defesa prévia que terá 5 (cinco) dias

47
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

para o Ministério Público e advogados requererem


as diligências, as quais não poderão ser impertinentes
ou protelatórias;

Art.6º - As alegações finais serão apresentadas,


após o quinquênio de que trata o artigo anterior, e,
as partes terão 5 (cinco) dias para oferecimento das
alegações;

Art. 7º - Transcorrido o prazo de que trata o


artigo anterior, os autos irão conclusos ao Juiz para
sentença, que será prolatada em 10 dias;

Art. 8º - A pena para o crime de que trata o


artigo 4º é de 20 a 30 anos de reclusão, que será
cumprida em regime fechado, não havendo
progressão de penalidades, indulto, comutação,
devendo ser cumprida totalmente.

Art. 9º - O Ministério Público e os advogados


terão 5 (cinco) dias para apelação, correndo o prazo
em cartório.

Art. 10º - Esta lei entrará em vigor na data de


sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

48
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

JUSTIFICATIVAS:

A criação do Tribunal do Júri não atendeu


aos interesses da sociedade, sendo certo que não se
pode comparar um Juiz togado, que se preparou
durante anos, fazendo o curso de Direito e após,
submeteu-se ao Exame de Ordem, e ainda, a um
concurso de provas e títulos rigoroso, para alcançar
a magistratura, com aquele que, sem preparo
nenhum, na arte jurídica, é convocado para
conhecer daquilo que ele não conhece, havendo
muitas vezes influência de terceiros com pedidos
os mais variados, para absolver o verdadeiro culpado
pela prática do crime.

Ainda se diga que se o réu estiver foragido, o


processo para, e mesmo não havendo prescrição
da pena, ele foge para que os fatos sejam
esquecidos e por isso, possa usufruir de uma
possível absolvição.

Saliente-se, outrossim, que, no Tribunal do Júri,


a paixão, as cenas teatrais se fazem sentir, deturpando
o veredictum e incentivando a criminalidade que, cada
vez mais, faz-se presente em meio à sociedade.

49
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

Finalmente, se um Juiz togado tem


competência para processar e julgar um latrocida
que, a rigor, cometera, poder-se-ia dizer, dois crimes,
um de roubo e o outro de homicídio, como não
poderá julgar um homicida, que cometera só um
crime, na acepção da palavra? Isso é incongruente
e inconsequente.

Urge, portanto, que se dê um basta a esse estado


de coisas, para que a sociedade se tranquilize, cada
vez mais, com o apanágio da lei.

50
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE LEI DE REFORMA DAS


NORMAS DOS JUIZADOS ESPECIAIS
CRIMINAIS, ESTADUAIS E FEDERAIS

Art. 1º - Qualquer pessoa que praticar ato ou


atos, que indiquem a prática de crime, poderá ser
presa em flagrante delito, mesmo em se tratando de
ilicitude penal cuja pena seja de detenção.

Art. 2º - A autoridade policial deverá proceder,


na forma do art. 5º e seguintes, da Lei Adjetiva
Penal.

Art. 3º - Não se admitirá fiança, nos crimes de


desacato, desobediência, lesão corporal dolosa ou
culposa, sendo todas penas imprescritíveis, não
havendo progressão de pena.

Art. 4º - Nos casos de homicídio doloso, ou


de dolo eventual, em se tratando de réu solto,
decretar-se-á a prisão preventiva, devendo a

51
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

instrução criminal findar-se, em 20 (vinte) dias; e


se o acusado furtar-se ao pregão da Justiça,
publicar-se-ão editais, com o prazo de 15 (quinze)
dias, após o que, far-se-á a instrução, estando ou
não presente o réu, que deverá ser representado
por seu advogado ou, não o tendo, dar-se-á defensor
público.

Art. 5º - Esta lei entrará em vigor na data de


sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

JUSTIFICATIVAS:

As Leis 9.099/1995 e 10.259/2001 vêm


provocando o incentivo à criminalidade,
desalentando o agente da lei, pois não se admite
a prisão em flagrante, nos crimes de detenção,
cuja pena não exceda a dois anos. Diga-se, ainda,
que a ofensa, por desacato, a um magistrado, cuja
investidura seja federal ou estadual, não pode ser
repelida, pronta e energicamente, pela voz de
prisão. Tenta-se desmoralizar o Poder Judiciário,
desacatando o judicante. O ofensor sabe, de

52
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

antemão, que nada lhe acontecerá, pela prática


do ato, ficando em liberdade, gerando, até mesmo,
a impunidade. A pena é prescritível e basta que o
acusado não atenda ao pregão da Justiça, para
não ser julgado pelo crime que cometeu.

Por outro lado, aquele que dirige veículo


automotor, estando alcoolizado ou sob impacto de
tóxico, comete dolo eventual, assumindo o risco de
provocar a morte de outrem, ou mesmo, lesão
corporal de natureza grave, sendo certo que a
legislação em vigor é incentivadora da
criminalidade, pois não inibe, absolutamente, a
prática desses ilícitos penais. O agente sabe, de
antemão, que nada lhe acontecerá, porque, basta
que ele se furte ao chamamento da Justiça, para
obter a prescrição da pena, que, além de ser
irrisória, diante do ato praticado, irrespon-
savelmente, admite-se fiança e, ainda, se houver
socorro à vítima, por parte dele, não há prisão em
flagrante, em face do que dispõe o art. 301, da Lei
nº 9.503, de 23 de setembro de 1997.

53
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

Urge, portanto, que se dê um basta a esse estado


de coisas, que está trazendo consequências danosas,
para a tranquilidade social.

Finalmente, essa situação vem se agravando,


cada vez mais, porque a impunidade está gerando
novos crimes.

54
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE LEI DE REFORMA DO


SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO

Art. 1º - Todo Sistema Penitenciário deverá


ter compartimentos médico-psiquiátricos,
instalando-se locais apropriados e pessoal
competente, para que os inter nos sejam
submetidos, ao chegarem no Sistema, a exames
psicotécnicos, fisiológicos, psicológicos,
intelectuais e parapsicológicos, para o devido
encaminhamento do apenado às Colônias Penais
e Agrícolas, que serão criadas no prazo de um ano,
bem como aos Liceus de Artes e Ofícios, criados
para tanto, devendo ser aferida a aptidão,
competência e vocação do apenado, para os
devidos fins;

Art. 2º - Haverá a criação de um pecúlio, com o


produto oriundo do trabalho dos apenados, o qual
será destinado ao pagamento da estada do interno,
ficando parte deste pecúlio à disposição da família,

55
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

isto é, dos filhos a fim de prover a educação e a


subsistência dos mesmos. Criando-se uma poupança,
para os devidos fins.

Art. 3º - Criar-se-á um quadro de assistentes


sociais, no prazo de seis meses, que terá por escopo
acompanhar a educação da prole do inter no,
provendo-se as necessidades materiais e
educacionais dela e do responsável por ela,
elaborando-se relatório anual, sobre o
aproveitamento dos menores;

Art. 4º - É terminantemente proibido o contato


de presos condenados a penas de reclusão com
aqueles condenados a penas de detenção;

Art. 5º - Os internos que tiverem profissão


serão encaminhados aos Cursos Profissionalizantes,
para uma reciclagem e encaminhamento às oficinas
de trabalhos;

Art. 6º - O produto obtido com a venda dos


manufaturados será destinado ao Tesouro Nacional,
Estadual e Municipal, dividindo-se propor-
cionalmente, devendo aí ser subtraída a parte na

56
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

base de 5% (cinco por cento) para a família do preso


e dele próprio, a fim de suprir as suas necessidades,
encarregando-se o Quadro Social para o devido
encaminhamento;

Art. 7º - Transitada em julgado a sentença


condenatória, o interno será transferido,
imediatamente, para uma Penitenciária fora do
distrito da culpa,

Art. 8º - É terminantemente proibido o uso


de qualquer aparelho de telefonia, rádio ou outro
sistema de comunicação, constituindo-se crime
inafiançável, imprescritível e a pena é de 20 a 30
anos de reclusão, para o detento e o funcionário
do sistema que negligenciou no zelo do
cumprimento da lei, devendo os culpados serem
isolados do convício dos demais e os funcionários
afastados, imediatamente, suspenso os
vencimentos e processados criminalmente, e a
instrução ser concluída no prazo de 20 dias.

Art. 9º - Esta lei entrará em vigor na data de


sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

57
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

JUSTIFICATIVAS:

O Sistema Penitenciário atual não prepara o


preso para devolvê-lo à sociedade, muito pelo
contrário, constitui-se numa escola do crime. Não
há trabalho, não há produção, não há educação, não
há tratamento parapsicológico, psicológico,
psiquiátrico, bem como médico-dentário, nem
tampouco qualquer encaminhamento à Escola
Profissionalizante, a Oficinas dotadas de um Sistema
Técnico e de Produção.

Ressente-se de uma Colônia Agrícola, onde o


apenado possa desenvolver as suas atividades rurais,
plantando-se pomares, legumes, tudo com assistência
da Embrapa, para comercialização da produção, a
fim de prover-se os gastos do Sistema e assistência
às proles dos internos.

Misturam-se o detento com o recluso. Permite-


se a introdução de armas e de instrumento de
transmissão, tudo isso feito com o manto da
corrupção.

58
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

Urge, portanto, que se dote o Sistema


Penitenciário de uma estrutura, para que o Estado
não arque com suas economias, alimentando a
vadiagem nos presídios e o crime organizado,
também, devolvendo-se o preso à sociedade
preparado para viver nela, em paz e com seu
trabalho.

59
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE REFORMA DA LEI QUE


PROTEGE A FAUNA E FLORA BRASILEIRAS

Art. 1º - Qualquer pessoa que, sem


autorização expressa da autoridade competente,
apreender animais selvagens, provocar destruição
de florestas ou queimadas, será presa em flagrante
delito, submetendo-se às penas, de 20 a 30 anos
de reclusão, que serão cumpridas em regime
fechado, e a pecuniária de 3.000 a 5.000 salários
mínimos, sendo crime inafiançável e
imprescritível a pena, não havendo prisão especial
para os que tenham cur so superior, nem
progressão de pena.

Parágrafo Único - A área, onde houver a


incidência dos crimes, sendo pública, será
decretado incontinente o cancelamento da
inscrição ou do aforamento, se houver, voltando
às origens, com todos os objetos e bens nela
e xistentes, que serão confiscados. Sendo

61
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

particular, será objeto de confisco com todas as


coisas e bens ali e xistentes, os quais serão
leiloados e o produto revertido em favor da
Fazenda Nacional.

Art. 2º - A instrução criminal, estando o réu


preso ou não, far-se-á em 20 (vinte) dias.

Art. 3º - Não havendo a presença do réu, por


furtar-se ao pregão da Justiça, será decretada a
sua prisão preventiva, não se interrompendo a
instrução e não existindo advogado ser-lhe-á dado
defensor público.

JUSTIFICATIVAS:

A poluição ambiental cada vez mais acentua-


se, provocando intempéries e diminuição da
camada de ozônio, com as consequências
imprevisíveis.

As queimadas, destruindo a fauna e flora, de


modo perverso, irresponsável e mercenário. Não há
escrúpulos nem amor ao próximo, e sim,

62
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

mercantilismo desenfreado, avidez de lucros, sem que


se atine para o verdadeiro suicídio coletivo.

Urge, portanto, que se dê um basta a esse


estado de coisas, desestimulando aqueles que
teimam em continuar com as ações deletérias,
como que dizendo: “a legislação não me afronta,
nem me atemoriza”.

63
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE REFORMA DA NORMA


ELEITORAL, QUANTO AO FINANCIA-
MENTO DE CAMPANHAS DE CANDIDATOS
A CARGOS PÚBLICOS ELETIVOS

Art. 1º - É proibido o financiamento, de


qualquer forma, para campanha eleitoral, sob
qualquer pretexto;

Art. 2º - O recebimento de pecúnia, ou qualquer


bem, pelo candidato, a cargo eletivo, constitui crime,
cuja pena é de reclusão de 10 a 20 anos, que será
cumprida em regime fechado, não se admitindo
prescrição, nem fiança, além da pena pecuniária de
2.000 a 3.000 salários mínimos, proibida a
progressão de pena.

Art. 3º - Tanto o receptador quanto o doador


estarão incursos nas mesmas penas previstas no
artigo anterior;

Art. 4ª - Qualquer pessoa do povo poderá

65
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

representar ao Ministério Público contra o


infrator;

Art. 5º - Recebida a representação, o


Ministério Público terá dez dias, para diligenciar e
apurar;

Art. 6º - Apresentada a denúncia e recebida


esta, será decretada a prisão preventiva dos
acusados, sendo suspensa a inscrição do
candidato, que não poderá fazer qualquer
propaganda política, para si ou para outrem, sob
pena de responder a processo-crime, e à pena de
5 a 10 anos de reclusão, além da pecuniária de
1.000 a 2.000 salários, sendo inafiançável,
imprescritível e o cumprimento, em regime
fechado, ficando os bens do doador e do receptor
indisponíveis até o trânsito em julgado da decisão
condenatória, sem progressão de pena.

Art. 7º - A instrução, que durará vinte dias,


estando o réu preso ou não, será iniciada, logo
após o interrogatório, que terá lugar, três dias
depois do recebimento da denúncia;

66
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

Art. 8º - Os bens, objeto da receptação,


transitada em julgado a sentença condenatória, serão
confiscados e revertidos em favor do Ente Federativo
a que pertença o cargo para o qual o candidato
concorria, tornando-se nula a inscrição a que alude
o artigo anterior;

Art. 9º - Esta lei entrará em vigor na data de


sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

JUSTIFICATIVAS:

O financiamento de campanha, feito pela


iniciativa privada, poderá acarretar g raves
problemas para a lisura do pleito, bem como,
comprometimento do eleito para com o financiador
da campanha, ficando adstrito aos interesses escusos
daquele que, de qualquer modo, ajudou no certame,
perde-se a dignidade do cidadão, que mergulhará
na promiscuidade.

Por outro lado, dezenas de hospitais estão


desestruturados; milhares de crianças sem
merenda escolar e sem escolas; estradas

67
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

esburacadas, sem a mínima conser vação,


acarretando perigo iminente e atual à integridade
física dos motoristas, bem como prejuízo
astronômico aos cofres públicos; os professores e
os membros das Forças Armadas, mal pagos; o
sistema previdenciário, universitário público e
penitenciário, destroçados, à míngua de recursos;
a segurança da população, cada vez mais precária
e deficiente, atingindo, até mesmo, a própria
Segurança Nacional. Por esses e outros motivos,
não menos relevantes, o Tesouro Nacional não
pode, nem deve, arcar com qualquer ônus, para
eleição de candidatos que, além de tudo, muitas
vezes, não possuem qualidades para o exercício
importantíssimo do munus público. Ademais, já
existe o horário gratuito, através do qual, pode o
interessado inscrito expor suas ideias, para
obtenção do sufrágio.

Ainda se diga que, na possibilidade da existência


do voto distrital, o candidato já estará familiarizado
com o eleitor e conhecido por este, não havendo,
portanto, necessidade de gastarem-se somas vultosas
para a eleição de quem quer que seja.

68
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

Urge, portanto, que se dote o sistema eleitoral


de uma lei capaz de evitar a proliferação da
licenciosidade, da corrupção e da gastança do
dinheiro público.

69
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE LEI DE REFORMA DO


CPC (LEI No 5.869/73)

Art. 1º - Poderá haver Agravo de Instrumento


e retido, no prazo de 5 dias;

Art. 2º - O agravante se não lograr êxito, na


interposição do agravo, de que cogita o art. 1º, pagará
10% de multa, sobre o quantum do valor da causa;

Art. 3º - O Juiz, ao receber o agravo, oficiará ao


Banco Central, determinando o bloqueio de 40% da
importância depositada em nome do agravante, até
decisão final,

Art. 4º - Transitada em julgado a decisão, que


não deu provimento ao recurso, o agravado poderá
pedir ao Juiz o levantamento da importância a que
alude o art. 3º;

Art. 5º - Se não existir verba na instituição


bancária, o acórdão servirá de título executivo para

71
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

cobrança, podendo o exequente requerer a


indisponibilidade de bens pertencentes ao executado,
até sentença final, para pagamento da multa;

Art. 6º - Esta lei entrará em vigor na data de


sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

JUSTIFICATIVAS:

Dezenas e centenas de recursos são interpostos


sem haver o direito do recorrente, apenas o interesse
de procrastinar, assoberbando a Justiça e
prejudicando o credor, que muitas vezes morre sem
obter o seu direito.

Trata-se do mau pagador que, sem a mínima


cerimônia e espírito humano, não visa o bem comum,
alimentado-se da demora e dos atos
procrastinatórios.

Urge, portanto, que se dê um basta a esse estado


de coisas, desobstruindo os serviços dos vários
tribunais e juízos.

72
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE LEI DE REFORMA DO


CPC (LEI No 5.869/73) (EMBARGOS)

Art. 1º - Poderá haver Embargos Infringentes


do julgado e de Declaração, no prazo de 5 dias,

Art. 2º - O embargante, se não lograr êxito, na


interposição dos Embargos de que cogita o art. 1º,
pagará 10% de multa sobre o quantum do valor da
causa;

Art. 3º - O Juiz, ao receber os Embargos,


oficiará ao Banco Central, determinando o bloqueio
de 40% da importância depositada em nome do
embargante, até decisão final.

Art. 4º - Transitada em julgado a decisão,


que não deu provimento ao recurso, o embargado
poderá pedir ao Juiz o levantamento da importância
a que alude o art. 3º;

Art. 5º - Se não existir verba na instituição

73
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

bancária, o acórdão servirá de título executivo para


cobrança, podendo o exequente requerer a
indisponibilidade de bens do executado, até decisão
final, para pagamento da multa;

JUSTIFICATIVAS:

Dezenas de centenas de recursos são interpostos


sem haver o direito do recorrente, apenas o interesse
de procrastinar, assoberbando a Justiça e
prejudicando o credor, que muitas vezes morre sem
obter o seu direito.

Trata-se do mau pagador que, sem a mínima


cerimônia e espírito humano não visam o bem
comum, alimentado-se da demora e dos atos
procrastinatórios.

Urge, portanto, que se dê um basta a esse estado


de coisas desobstruindo os serviços dos vários
tribunais e juízos.

74
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE REFORMA, EM
PARTE, DO CÓDIGO PENAL BRASILIEIRO,
NO TOCANTE À FALSIFICAÇÃO DE
DIPLOMAS DIDÁTICOS EM GERAL

Art. 1º - Aquele que falsificar diploma didático


de qualquer natureza será apenado com 20 a 30
anos de reclusão, que serão cumpridos em regime
fechado sem progressão de pena, além da multa
de 3.000 a 5.000 salários mínimos, sendo, o crime
inafiançável e imprescritível a pena;

Art. 2º - O Juiz, ao receber a denúncia, estando


o acusado solto, decretará a prisão preventiva;

Art. 3º - O imóvel usado para prática do


crime de que trata o artigo 1º será confiscado,
bem como os instrumentos usados na confecção
dos diplomas;

Art. 4º - Os bens de propriedade dos autores


do ilícito penal serão postos em indisponibilidade

75
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

até decisão final. Para tanto, o Juiz deverá oficiar à


Corregedoria de Justiça dos Estados, solicitando a
matrícula, de qualquer imóvel que esteja em nome
dos acusados, para garantia do Juízo.

Art. 5º - Esta lei entrará em vigor na data de sua


publicação, revogadas as disposições em contrário.

JUSTIFICATIVAS:

A imprensa vem publicando notícias da prática


de falsificação de diplomas, constituindo a sua
expedição ameaça iminente e atual à educação do
povo, bem como a sua saúde, em se tratando das
carreiras de medicina, odontologia, farmácia,
engenharia e arquitetura.

Por outro lado, a preocupação do Estado deve


ser com a qualidade, eficiência, vigilância e punição
severa aos infratores da lei.

Urge, portanto, que se dê um basta a esse estado


de coisas, preservando-se o interesse da sociedade e
do próprio Estado.

76
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE REFORMA DA LEI


MARIA DA PENHA

Art. 1º - A ofensa verbal, bem como a agressão


física, entre marido e mulher, e entre os que vivem em
comunhão de fato, constitui crime, cuja pena é de 4 a
10 anos de reclusão, sendo inafiançável e imprescritível
a pena, além da multa de 3.000 a 5.000 salários mínimos;

Art. 2º - Transitada em julgado a sentença


condenatória, esta servirá como título para
promover-se a separação judicial, ou extinção da
comunhão de fato, perdendo o cônjuge culpado, a
guarda e responsabilidade dos menores, se houver,
decretando-se, de ofício, a separação de corpos, bem
como a perda da meação e o pátrio poder;

Art. 3º - Na hipótese de reconciliação e após o


cumprimento da pena, examinada a conduta e o
estado psíquico do apenado, poderá o Juiz a pedido
do ofendido, ouvindo-se o Ministério Público e
estando este de acordo, deferir o pedido.

77
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

Art. 4º - Esta lei entrará em vigor na data de


sua publicação, revogando-se as disposições em
contrário.

JUSTIFICATIVAS:

O casamento deve constituir-se um estado de


paz e harmonia entre dois seres do sexo oposto que
se amam e desejam prole.

Esse status deve ser preservado e aperfeiçoado


cada vez mais, visando à boa educação dos filhos.

A desavença, o ódio, a agressão física ou moral


tem que ter consequência, pois a família não pode
desintegrar-se, portanto, há que se punir
rigorosamente o cônjuge agressor, não somente
como castigo, mas como advertência àqueles que
inadvertidamente ou não, seguem o caminho da
desarmonia e do caos.

Urge, portanto, que se dê um basta ao status quo


para o aperfeiçoamento da convivência entre casais
e felicidade dos filhos.

78
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE LEI DE REFORMA, EM


PARTE, DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO –
(DECRETO-LEI N o 3914/1941) - NO
TOCANTE À PICHAÇÃO DE PRÓPRIOS
PÚBLICOS OU PRIVADOS

Art. 1º - Constitui crime de dano praticar


pichação em qualquer bem pertencente ao poder
público ou privado, cuja pena é de reclusão de 5 a 10
anos, além da multa de 5.000 a 10.000 salários
mínimos;

Art. 2º - Se o agente da infração penal for menor


de idade será internado em estabelecimento adequado
pelo prazo de 8 anos, devendo ser submetido, periodi-
camente, a exame psicotécnico, parapsicológico,
intelectual, para aferimento de sua personalidade e
estado psíquico;.

Art. 3º - O pai ou responsável responderá a


processo-crime, cuja pena é de 8 a 15 anos de

79
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

reclusão, sendo imprescritível a penalidade, não


havendo fiança, além da multa de 6.000 a 10.000
salários mínimos, sem progressão de pena;

Art. 4º - O Juiz, ao receber a denúncia, oficiará


ao Banco Central para que ponha, em
indisponibilidade, 40% da verba depositada, em nome
do pai ou responsável, ou da pessoa jurídica a ele
pertencente, para garantia do juízo;

Art. 5º - O ressarcimento do prejuízo ficará a


cargo do responsável pelo dano ou do pai ou
responsável sendo menor o infrator.

Art. 6º - Esta lei entrará em vigor na data de


sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

JUSTIFICATIVAS:

Dezenas e centenas de pichadores, irresponsa-


velmente, estão praticando pichações, certos da
impunidade. Muitas vezes danificando prédios
púbicos e privados, além de muros e monumentos
históricos, trazendo um clima de insegurança e

80
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

revolta, podendo, inclusive, menores ser


acidentados, pois a infração é praticada em edifícios
altos, às vezes, enfeando a cidade e afugentando
até mesmo os turistas, que levam péssimas
recordações para os seus países de origem ou a seus
Estados de onde vieram.

Urge, portanto, que se dê um basta a essa


situação, desestimulando os atos de vandalismo e
advertindo àqueles que têm em mente a
impunidade.

81
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE LEI DE REPRESSÃO AOS


ATOS DE PEDOFILIA

Art. 1º - É proibido ter em seu poder qualquer


escrito, foto ou sinais que indiquem prática de
pedofilia. A pena para o infrator é de 15 a 30 anos
de reclusão, além da multa de 3.000 a 5.000 salários
mínimos, sendo o crime inafiançável e a pena
imprescritível, não se admitindo prisão especial ao
agente, mesmo tendo ele curso superior;

Art. 2º - Não haverá progressão de pena, tendo


o apenado que cumprir a penalidade em regime
fechado, totalmente;

Art. 3º - O Juiz, ao receber a denúncia, estando


o réu solto, decretará a prisão preventiva e a
instrução criminal deverá findar-se em vinte dias,
estando o acusado preso ou não;

83
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

Art. 4º - Logo que receber a peça vestibular,


o magistrado oficiará ao Banco Central para que
ponha em indisponibilidade 40% da verba
depositada em seu nome, pessoa física ou jurídica,
até decisão final, para garantia do juízo, bem como
oficie aos Cartórios de Registro de Imóveis, através
da Corregedoria de Justiça, a fim de que os oficiais
enviem ao juízo as matrículas dos imóveis
pertencentes ao(s) acusado(s), os quais ficarão
indisponíveis até final decisão, para o pagamento
da multa;

Art. 5º - A res fungível a que alude o artigo


anterior será destinada ao pagamento da multa, bem
como ao reaparelhamento da Polícia Federal.

Art. 6º - O imóvel usado para a prática de


pedofilia será confiscado, vendido e o apurado
revertido em favor da Fazenda Pública Nacional;

Art. 7º - Esta lei entrará em vigor na data de


sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

84
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

JUSTIFICATIVAS:

Dezenas de crianças e menores de várias faixas


etárias têm sido usados para a prática do crime de
pedofilia, por elementos sem nenhum espírito
humano, acobertando-se na impunidade. Muitas
vezes deixando as crianças com sequelas
irremediáveis, traumatizadas para o resto da vida.

A ausência de um diploma severo, que


desalente e puna com rigor os pedófilos tem feito
proliferar esses atos que atentam, até mesmo
contra a Segurança Nacional e a lei de Deus.

Urge, portanto, que se lhe dê um basta a esse


estado de coisas, punindo, de uma vez por todas,
aqueles praticantes de atos atentatórios à moral,
à dignidade e à saúde física e psíquica de jovens e
crianças de nossa Pátria.

85
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE LEI DE REFORMA, EM


PARTE, DA DE No 11.343/2006

Art. 1º - O porte, o transporte, o consumo de


substâncias entorpecentes ou que determinem
dependência física ou psíquica constituem crime, cuja
pena é de reclusão de 20 a 30 anos, além da multa de
10.000 a 20.000 salários mínimos;

Art. 2º - O veículo que esteja com qualquer


quantidade da substância, referida no artigo anterior,
será objeto de confisco, bem como o imóvel onde
seja encontrado o entorpecente;

Art. 3º - Se o consumidor for menor de 14 anos


será processado penalmente, devendo ser submetido,
periodicamente, a exames para aferir-se seu estado
psíquico e de saúde, devendo haver segurança e
vigilância na guarda do interno;

87
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

Art. 4º - Os pais ou responsáveis pelo menor


serão responsabilizados penalmente, por abandono
material, intelectual e moral e a pena será de 10 a 20
anos de reclusão, em regime fechado, sem progressão
de pena, sendo o crime inafiançável e imprescritível
a penalidade, além da multa de 5.000 a 15.000 salários
mínimos;

Art. 5º - O Juiz, ao receber a denúncia, estando


o acusado solto, será decretada a sua prisão
preventiva e oficiado ao Banco Central, para que
torne indisponível 40% da verba depositada em nome
do réu, até decisão final, para garantir o juízo;

Art. 6º - Esta lei entrará em vigor na data de


sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

JUSTIFICATIVAS:

Dezenas de menores ou maiores estão usando


substância entorpecente, trazendo cada vez mais
perturbação da ordem pública, perigo para a
sociedade e praticando crimes os mais variados e
hediondos.

88
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

Na verdade, se não houver o consumidor, não


haverá traficante. Tornou-se um círculo vicioso a
prática deletéria, acintosa, perigosa e atentatória à
segurança do cidadão e, até mesmo, à Segurança
Nacional.

Verificam-se casos em que elementos


criminosos consomem o tóxico para a prática de
delitos contra a sociedade.

Urge, portanto, que se dê um basta a esse estado


de coisas, desestimulando o tráfico e o consumo das
drogas.

89
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE LEI DE REFORMA DA


CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA
DO BRASIL, NO TOCANTE AO MINISTÉRIO
PÚBLICO, (Artigo 129 da Carta Maior do País)

Art. 1º - O Representante do Ministério Público


poderá decretar prisão civil provisória e preventiva
contra transgressores da lei penal e lei civil,
observando-se os pressupostos inseridos na
legislação em vigor, para tanto;

Art. 2º - Qualquer recurso contra decisão do


Representante do Parquet, será apreciado pelo
Tribunal ad quem que, ouvindo o Procurador de
Justiça, poderá decidir sobre a reforma ou não da
decisão;

Art. 3º - O Representante do Ministério Público


poderá requisitar de qualquer repartição pública ou
privada elementos que sirvam de convicção para o
desempenho da elevada função;

91
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

Art. 4º - Terá o Representante do Ministério


Público prerrogativa para determinar a instauração
de procedimento, no campo penal, civil ou
administrativo, desde quando exista necessidade de
apuração de atos praticados contra legem.

Art. 5º - Esta reforma entrará em vigor na data


de sua promulgação, revogando-se as disposições em
contrário.

JUSTIFICATIVAS:

O Representante do Ministério Público é o


magistrado de pé. Os doutos juristas renomados assim
o dizem e em vários países já existem prerrogativas
concedidas pela lei constitucional, infraconstitucional,
complementar e ordinária. Dando-se poder maior ao
representante da sociedade, haverá maior agilidade e
menor incidência dos crimes, sendo certo que o fiscal
da lei está mais familiarizado com o processo, muitas
vezes, do que o próprio Juiz, pois as próprias funções
exigem que ele esteja cientificado de todos os fatos,
ad principium.

92
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

A atual Constituição da República Federativa


do Brasil já preleciona no sentido de que o
Representante do Parquet tem prerrogativa para
fiscalizar as atribuições da Polícia Judiciária, sua
eficiência e tudo o mais que for necessário para
uma boa apuração das ilicitudes.

Urge, portanto, que se lhe dê prerrogativas


elásticas, em benefício da própria sociedade.

93
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

ANTEPROJETO DE LEI DE REFORMA DA


CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO –
CLT.

Art. 1º - A rescisão contratual poderá ser feita,


de comum acordo, entre o empregado e o empregador;

Art. 2º - A avença terá que ser subscrita pelo


empregador e empregado, na qual conste 4 (quatro)
testemunhas idôneas, com os respectivos CPFs e
endereços das mesmas, 2 (duas) do empregado e 2
(duas) do empregador;

Art. 3º - As assinaturas apostas deverão ser


reconhecidas por notário público;

Art. 4º - Formalizado o documento, terá ele


valor de coisa julgada, não cabendo, portanto,
qualquer recurso, quer seja administrativo ou judicial;

Art. 5º - Se patrão e empregado desejarem a


assistência do Sindicato da categoria, poderão

95
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

admitir a assessoria sindical, sendo, portanto,


voluntário o referido auxílio, recebendo o Sindicato
um pro labore a ser estabelecido pelas partes;

Art. 6º - Esta lei entrará em vigor na data de


sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

JUSTIFICATIVAS:

A disciplina do distrato com interferência do


Sindicato da categoria, obrigatoriamente, não tem
trazido tranquilidade para as partes, pois havendo
a rescisão contratual, poderá haver demanda
judicial, e, as mais das vezes, alegam-se falta de
pagamento de adicionais, de horas extras e outros
pedidos, feitos ao Poder Judiciário, o que vem
acarretando dezenas de demandas com acúmulo de
serviços na Justiça Trabalhista e demora constante
havida no desfecho da causa, o que pode prejudicar
ambas as partes. O patrão, que ficará na situação de
animus spectandi; o empregado, sem receber o que
faz jus, às vezes.

96
Carlos de Mello Porto • Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil

Além de tudo, o projeto visa à conciliação entre


patrão e empregado e a confiança bilateral, lucrando
com isso, o progresso do Brasil, porque, onde há
paz para trabalhar, a produção se multiplica,
recebendo o obreiro o seu direito com tranquilidade
e o patrão, a certeza de que demanda não haverá e
ele terá as suas forças produtivas dirigidas para o
progresso da Nação brasileira, de si próprio e da
sociedade.

97
Si vis pacem para bellum. Se queres a paz
prepara-te para a guerra. A lei benevolente
incentiva o crime, trazendo consequências funestas
para a tranquilidade da população.
Sobre o autor

Dr. Carlos de Mello Porto, alagoano, ocupou os


cargos de Defensor Público, Curador de Menores,
Curador de Acidentes do Trabalho, Curador de Órfãos,
Sucessões, Ausentes e Interditos, Curador de Família,
Curador de Resíduos, Curador de Registros Públicos,
Promotor de Justiça e Procurador de Justiça do Ministério
Público do Rio de Janeiro.

Também cursou Filosofia e Teologia no Seminário


Sacré Couer de Jesus, no Recife, tendo se destacado pelo
aprendizado das línguas portuguesa, inglesa, francesa e
latim. Cursou, ademais, Bacharelado em Ciências Jurídicas
e Sociais e Doutorado em Direito Penal na Faculdade
Nacional de Direito, Universidade do Brasil, extensões
universitárias na Pontifícia Universidade Católica do Rio
de Janeiro e na Faculdade Fluminense de Direito.
Convidado, participou do Congresso Internacional de
Juízes no Estado de Massachussets, Estados Unidos,
sobre o tema “Violência e Terrorismo”, em que o Brasil se
Coletânea Jurídica para o Bem do Brasil • Carlos de Mello Porto

destacou, com a tese apresentada pelo autor: “O Tóxico e


a Corrupção como Instrumento da Subversão”.

Cursou “Parapsicologia e Psicologia”, ministrado


pelo Frei Albino Aresi, mestre do Instituto Mens Sana.

É autor da ideia de criação do IBRAP, Instituto


Brasileiro de Aperfeiçoamento Político. Já recebeu
menções de elogio pelos mais diversos órgãos
públicos. Recebeu condecorações das Forças Armadas
do Brasil.

Na qualidade de Curador de Menores, destacou-


se pela luta fragorosa em favor do menor, com ênfase
nas ações contra as publicações eróticas e o abandono
de crianças e adolescentes na Capital Fluminense.

102

Você também pode gostar