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Alagoinhas-Ba
2019
GILMÁRIA FERREIRA BATISTA
Alagoinhas-Ba
2019
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO -----------------------------------------------------------------------------------4
2. DESENVOLVIMENTO ------------------------------------------------------------------------5
3. CONCLUÇÃO -----------------------------------------------------------------------------------9
REFERÊNCIAS ------------------------------------------------------------------------------------10
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1.INTRODUÇÃO
2.DESENVOLVIMENTO
no qual sobreviviam mentalidades atrasadas junto com formas modernas de ordenação social,
instigou um número significativo de intelectuais nos anos das décadas de 1950 e 1960.
A dinâmica societária no final do século XX engendra um conjunto de transformações
sócio históricas que incidem de modo particular na relação Estado e sociedade. Sobre esta
relação, destacamos a transferência de responsabilidades no enfrentamento das expressões da
questão social para o mercado, acarretando um processo de profundas modificações nas
respostas às sequelas sociais, estas últimas oriundas da desigualdade histórica entre as classes.
Inserida no amplo processo de reestruturação capitalista, emerge a estratégia neoliberal
de reforma do Estado, ou melhor, nas palavras de Berhing (2003) contra-reforma. A contra-
reforma caracteriza-se por um processo de reordenamento do Estado a partir dos interesses do
capital, sem alterar a essência da sociedade burguesa e na contramão das conquistas sociais da
classe trabalhadora.
De forma mais contundente, a partir da década de 1990, a política neoliberal minimiza
consideravelmente a intervenção do Estado na área social, apela para a participação da
sociedade na execução de políticas sociais e abre espaço para o capital financeiro
internacional, além de estimular um discurso ideológico de “ineficiência, corrupção,
desperdício” em torno de tudo o que é estatal, enquanto o privado aparece como sinônimo de
“eficiência, probidade, austeridade” (BORÓN, 1995). É um processo que desconsidera
direitos e minimiza o Estado para as necessidades do trabalho e maximiza para os interesses
do capital.
Nessa perspectiva, a estratégia dos governos neoliberais, como no Brasil, é a
precarização das políticas sociais públicas, reduzindo significativamente a prestação de
serviços sociais em quantidade, qualidade e variabilidade. Na verdade, busca-se a
descaracterização e anulação da condição de direito das políticas sociais e assistenciais, ou
seja, a desconstrução do caráter de universalidade e igualdade de acesso, garantidos no Brasil
pela Constituição Federal de 1988.
Para Nogueira (2002, p. 29), essa ampliação da intervenção estatal através da gestão e
desenvolvimento das políticas sociais, apesar de ocorrer de forma diferenciada nos países em
decorrência das múltiplas configurações do sistema capitalista, apresenta o que a autora
denomina como sendo “um traço comum”, que se configura na aceitação do Estado enquanto
“regulador” deste pacto travado entre a grande massa de trabalhadores e os detentores do
capital.
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Conclui-se que na história da escravidão brasileira, o fato de que durante tanto tempo a
liberdade ter sido negociada no foro íntimo das relações entre senhores e escravos, resultou
numa arraigada percepção de que todo ato de receber uma “dádiva” acarretaria numa
retribuição, o que na instituição escravista equivalia a um não-questionamento das hierarquias
que regiam a sociedade da época.
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3.CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BÓRON, Atílio. A sociedade civil depois do dilúvio neoliberal. In: SADER e GENTILI
(orgs.). Pós-neoliberalismo: as políticas sociais e o Estado democrático. 4ª ed. São Paulo:
Paz e Terra, p. 63-137, 1995.
ROSANVALLON, Pierre (1998). A nova questão social. Brasília: Instituto Teotônio Vilela.
(Coleção Pensamento Social-Democrata)
WOOD, Ellen Meiksins (2001). A origem do capitalismo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editor.