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Karoline Assunção Sousa

Gravitação
Conceitos e aplicabilidade

Cuiabá
2018
Karoline Assunção Sousa

Turma: 7631 – Secretariado 1°B


Disciplina: Física
Docente: Roney

Gravitação
Conceitos e aplicabilidade

Cuiabá
2018
SUMÁRIO

1 HISTÓRIA DA GRAVITAÇÃO..........................................................................................4
2 LEI UNIVERSAL DA GRAVITAÇÃO...............................................................................5
3 CONCEITOS NA GRAVITAÇÃO......................................................................................6
4 LEIS DE KEPLER.................................................................................................................7
5 LEIS EM AÇÃO....................................................................................................................8
6 CONCLUSÃO........................................................................................................................9
7 REFERÊNCIAS...................................................................................................................10
1. História da gravitação

Ao estudarmos a gravitação universal vimos que o Sol é a estrela central do nosso


sistema planetário. Sabemos também que todos os planetas se movem ao seu redor, seguindo
a seguinte ordem crescente de afastamento: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno,
Urano e Netuno. A figura acima nos mostra essa ordem.
Chamamos o movimento que cada planeta descreve em torno do Sol de movimento
orbital de translação; enquanto o movimento que o planeta faz em seu próprio eixo é chamado
de movimento de rotação.
As leis da física que estão por trás dos movimentos dos planetas resultam de milhares
de anos de observação do universo. Essas observações se iniciaram desde a época dos
egípcios, caldeus, fenícios, e outros povos da Antiguidade. Essas observações tinham por
finalidade tentar entender os movimentos – não somente o movimento dos planetas, mas de
todo corpo no espaço. O interesse a respeito desse movimento sempre estava ligado às
atividades humanas, como a agricultura e a navegação. As primeiras explicações a respeito
dos corpos celestes envolviam intervenções de deuses, ou seja, apresentavam como
fundamentos conceitos religiosos, místicos e míticos.
Historicamente sabe-se que os primeiros estudos científicos dos astros foram
realizados pelos filósofos gregos. Foram eles que, sem se apoiar na religião, tentaram explicar
os movimentos dos planetas, ou melhor, de todo o sistema planetário.
O modelo astronômico proposto na Antiguidade foi o modelo geocêntrico. Esse
modelo teve como defensor Cláudio Ptolomeu. Esse modelo considerava a Terra como sendo
o centro do Universo, ou seja, todos os astros do universo giravam em torno da Terra. Nesse
modelo, também chamado de modelo ptolomaico, Cláudio Ptolomeu dizia que o Sol e a Lua
descreviam órbitas circulares em torno da Terra. Já os demais planetas, segundo esse modelo,
descreviam, cada um, uma órbita circular em torno de um centro, que, por sua vez, descrevia
outra órbita circular em volta da Terra.
O modelo ptolomaico, ou seja, o modelo sugerido por Cláudio Ptolomeu foi aceito por
muitos anos sem sofrer qualquer refutação. Porém, no século XVI novas hipóteses sobre o
movimento do universo começaram a surgir. Um novo modelo foi então proposto por Nicolau
Copérnico. Em seu modelo, Nicolau Copérnico propôs que o Sol era o centro do universo e os
demais planetas, até então descobertos, giravam em órbitas circulares em torno do Sol. Seu
modelo ficou conhecido como modelo heliocêntrico.
Outro cientista que defendia vigorosamente o modelo heliocêntrico foi Galileu Galilei.
Através da utilização de instrumentos ópticos nas observações astronômicas, Galileu
conseguiu fortes evidências que provavam ser correto o modelo copernicano. Uma das provas
mais plausíveis da época foi a descoberta das luas de Júpiter. Se havia corpos que giravam em
torno de um planeta, a Terra não poderia ser o centro do Universo.
Mas coube ao jovem astronômico Johannes Kepler determinar, de forma definitiva,
como os planetas se movem em torno do Sol. Kepler foi discípulo e assistente do astrônomo
Tycho Brahe. Kepler herdou os registros das precisas observações deixadas por seu mestre. A
partir de tais registros, e após um trabalhoso e longo estudo, Kepler pôde enunciar as três leis
que descrevem o movimento do sistema planetário. Essas leis são chamadas de Leis de
Kepler.
2. Lei Universal da gravitação

De acordo com a lenda popular, Newton teve a primeira centelha de sua ideia sobre a
gravitação sentado aos pés de uma macieira, ao observar a queda de uma maçã. Newton
imaginou, então, que a força entre a Terra e a maçã em queda pudesse ser a mesma
responsável por manter a Lua em órbita da Terra e os planetas em órbita do Sol. Para ele,
tanto os movimentos orbitais quanto a queda da maçã poderiam ser tratados como o mesmo
tipo de movimento, diferindo apenas quanto à direção das velocidades dos corpos.

Diante de sua hipótese, Newton considerou que a Lua, assim como a maçã, também
caía em direção à Terra, mas em uma trajetória circular devido à presença de uma velocidade
tangencial à órbita. A partir de suposições geométricas e analogias entre a queda de um corpo
na Terra e a trajetória lunar, Newton realizou diversos cálculos que forneceram resultados
incompatíveis com os dados. Relutante, mas profundamente desapontado, ele abandonou suas
anotações, que assim permaneceram esquecidas por quase 20 anos.

Estimulado pela aparição dos cometas de 1680 e 1682 e encorajado pelo astrônomo
Edmond Halley (1656-1742), Newton voltou à sua hipótese sobre a força causadora do
movimento lunar. Com medidas mais precisas da distância Terra-Lua e correções nos
primeiros dados experimentais, os cálculos de Newton concordaram perfeitamente com suas
observações, comprovando indubitavelmente sua ideia. Seu trabalho, junto a diversas outras
realizações científicas, foi publicado na famosa obra Philosophie Naturalis Principia
Matemática, em 1687.

A lei da gravitação universal de Newton pode ser resumida no seguinte enunciado:


todo corpo atrai outro corpo com uma força que, para qualquer dos dois corpos, é diretamente
proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância
que os separa.

Em sua versão moderna, a lei da gravitação universal foi escrita pelo matemático
Laplace (1749-1827), no século XVIII, na forma da equação:

F= G⋅M.m/d2

Onde F representa o módulo da força gravitacional entre dois corpos de massa m1 e


m2 separados pela distância d. O termo G é uma constante de proporcionalidade denominada
constante gravitacional universal, cujo valor numérico foi calculado em 1798 pelo francês
Henry Cavendish (1731-1810), a partir de uma balança de torção. Em unidades do SI, G =
6,67 × 10-11 N∙m²/kg².

É importante ressaltar que o trabalho de Isaac Newton teve grande impacto na


concepção da humanidade sobre o Universo. Acreditava-se, até aquele momento, que a
natureza possuía dois conjuntos de leis para descrevê-la: um para os eventos do cotidiano, na
Terra, e outro para os fenômenos celestes. Ao aplicar uma mesma lei a movimentos que
ocorriam tanto no céu quanto na Terra, Newton demonstrou ser possível a união das leis
terrestres e cósmicas e quebrou definitivamente a dicotomia milenar entre Terra e céu.
3. Conceitos na Gravitação
 Comportamento Gravitacional de Cascas Esférica homogêneas:
A força gravitacional entre corpos de dimensões finitas pode ser calculada somando
(integrando) as forças a que estão submetidas as partículas que compõem os corpos.
Entretanto, se um dos corpos é uma casca esférica homogênea ou um sólido com simetria
esférica, a força gravitacional resultante que o corpo exerce sobre um objeto externo pode ser
calculada como se toda a massa da casca ou do corpo estivesse localizada no seu centro.
Superposição:
As forças gravitacionais obedecem ao princípio da superposição: se N partículas
interagem, a força resultante que age sobre uma partícula denominada partícula 1 é a soma
das forças exercidas individualmente sobre ela pelas outras partículas:

 Aceleração Gravitacional:
A aceleração gravitacional de um a partícula (de massa m) se deve unicamente à força
gravitacional que age sobre ela. Quando uma partícula está a uma distância r do centro de um
corpo esférico homogêneo de massa M, o módulo F da força gravitacional sobre a partícula é
dado pela equação da lei da gravitação geral de Newton. Assim: F= mag; Ag= GM/ r2.
 Aceleração de queda livre e peso:
Como a terra não é perfeitamente esférica, está girando e sua massa não está
distribuída uniformemente, a aceleração de queda livre de uma partícula nas proximidades da
terra difere ligeiramente da aceleração gravitacional e o peso da partícula difere do modulo da
força gravitacional que age sobre a partícula, dada pela equação universal.
 Energia Potencial Gravitacional:
A energia potencial gravitacional U(r) de um sistema de duas partículas de massa M e
m, separadas por uma distância r; é igual ao negativo do trabalho que seria realizado pela
força gravitacional de uma partícula agindo sobre a outra se a distância entre elas mudasse de
infinita até r. Essa energia é dada por:

 Teoria da gravitação de Einstein:


Einstein mostrou que a gravitação e aceleração são equivalentes. Esse princípio de
equivalência é a base da teoria da relatividade geral que explica os efeitos gravitacionais em
termos de uma curvatura no espaço.
4. Leis de Kepler

1ª lei de Kepler – Lei das órbitas;

A lei das órbitas diz que a trajetória de planetas ao redor do Sol ou a trajetória de
satélites ao redor de planetas possui formato elíptico (oval) e o corpo que está sendo orbitado
ocupa um dos focos da elipse.
A primeira lei de Kepler não exclui a possibilidade de trajetórias circulares, já que a
circunferência é um caso particular de elipse.
No caso da trajetória dos planetas ao redor do Sol, o ponto em que eles estão mais
próximos da estrela é chamado de periélio, e o ponto de maior afastamento é denominado de
afélio.

2ª lei de Kepler – Lei das áreas;

A segunda lei de Kepler diz que a linha que liga o centro do Sol ao centro dos planetas
“varre” áreas iguais em intervalos de tempo iguais, portanto, podemos entender que a taxa de
variação da área em função do tempo é constante para todos os planetas. Isso só pode ser
possível se as velocidades de translação dos planetas forem variáveis, devendo ser maiores na
região de periélio e menores na região de afélio.

3ª lei de Kepler – Lei dos períodos

Em sua terceira lei, Kepler diz que o quadrado do período de revolução (T) dos
planetas é diretamente proporcional ao cubo dos raios médios (R) de suas órbitas. Sendo
assim, temos:

T2/R3= constante

A constante em questão depende da constante da gravitação universal (G = 6,7 x 10 –


11 N.m2/kg2) e da massa do corpo que está sendo orbitado. No caso do Sistema Solar,
utilizando o período de revolução dos planetas em anos terrestres e o raio médio das órbitas
em unidades astronômicas, o valor da constante para todos os planetas deve ser muito
próximo de 1. A tabela abaixo traz a relação da terceira lei de Kepler e os planetas do Sistema
Solar.
5. Leis em ação
Calculamos aproximadamente o período de rotação de um satélite artificial da Terra
cujo raio da órbita é 2 vezes menor que o raio da órbita da Lua usando a terceira lei de Kepler.
Considerando que o período de rotação da Lua ao redor da Terra é igual a 28 dias:
Aproximadamente 10 dias.

Sabemos que: TLUA = 28 dias; TSATÉLITE =? RSATÉLITE = RLUA


/2.

A força gravitacional entre dois corpos de massas m1 e m2 tem módulo F = G m1m2/r2, em


que r é a distância entre eles e G = 6,7 × 10–11 Nm2/ kg2. Sabendo que a massa de Júpiter é
mJ = 2,0 × 1027 kg e que a massa da Terra é mT = 6,0 × 1024 kg, o módulo da força
gravitacional entre Júpiter e a Terra no momento de maior proximidade é:
Aplicando-se a equação da força de interação gravitacional entre os corpos, temos:

Resolvendo os produtos entre as potências, temos:


Conclusão

Sir Isaac Newton. Newton, apoiando-se nas leis de Johannes Kepler, concluiu que para
os planetas descreverem órbitas ao redor do Sol, eles devem estar sujeitos a força centrípeta,
caso contrário, os mesmos não delineavam trajetórias circulares. Percebendo tal fato, esse
cientista admitiu que as suas leis do movimento, as três leis de Newton, podiam ser aplicadas
aos corpos celestes, fato esse que contrariava o ponto de vista do filósofo Aristóteles, o qual
defendia a ideia de que o movimento dos corpos celestes era regido por leis diferentes das que
foram propostas para o movimento de corpos na superfície da Terra.
Tomando como base as suas leis do movimento e as leis de Kepler, chegou as
seguintes conclusões, que culminaram na equação matemática que determina a força de
atração entre o Sol e um planeta: a Terra, por exemplo. Foram essas as conclusões: A força é
proporcional à massa do planeta e a massa do Sol; A força é inversamente proporcional ao
quadrado da distância que separa esses dois corpos celestes. Sabendo dessa proporcionalidade
e incluindo a elas uma constante de proporcionalidade, a qual é representada pela letra G,
Isaac Newton chegou a seguinte expressão matemática: F = G M.m/
Referências

HISTÓRIA DA GRAVITAÇÃO Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br>.


Acesso em 12 de Fev. 2018.

LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL Disponível em:


<https://www.infoescola.com/fisica/lei-da-gravitacao-universal/>. Acesso em 12 de Fev.
2018.

LEIS DE KEPLER Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/>. Acesso em 12 de


Fev. 2018.

EXERCÍCIOS DE GRAVITAÇÃO KEPLER E NEWTON Disponível em:


<http://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br>. Acesso em 12 de Fev. 2018.

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; Fundamentos de Física Volume 2. Gravitação


(p.28-45)

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