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Bloqueio do Implícito

Parabéns! Parabéns por estar assistindo essa aula porque significa que você
assistiu as outras oito aulas de bloqueios e agora você está aqui para nossa última
e importante aula, desse Curso de Reaprendizagem Criativa. Parabéns!
Bloqueio do Implícito, a gente passou já: educacionais, mercadológicos,
cerebrais. É, lembrando que eu falei muito já, mas não custa nada reforçar, é,
aquele lance de que criar soluções gasta muita energia, nosso cérebro é pilhado em
poupar energia. Portanto, usar soluções já conhecidas, testadas, gasta menos
energias, portanto, fica mais convidativo pra gente. E aí vem aquela conclusão,
meio paradoxal, que o cérebro não gosta de pensar criativamente. Apesar dele ser
extremamente capaz em fazer isso, ele num gosta muito, ele prefere ficar de boa na
lagoa.
O cérebro gosta de acessar padrões, somos obcecados por padrões,
padrões antigos, como no Bloqueio das Tradições que a gente viu que a gente tem
que passar a conferir o pensamento crítico, se os nossos padrões antigos não estão
velhos. Os padrões lógicos também, na hora de construir soluções, consultar o
padrão antigo é a tensão para concatenar logicamente demais e virar previsível,
então aceitar também o sem sentido, o ilógico, ouvir um pouco a intuição, chegamos
agora no nono bloqueio.
E o que isso tem a ver com o nosso nono bloqueio, que como eu falei, é o
mais importante de todos. E por que ele é o mais importante? Porque a gente
começou esse curso, lá no começo, primeira aula, primeira coisa que eu falei,
depois da aula inaugural, da aula ​start, foi falar que ​criatividade é uma ferramenta
para resolver problemas​, lembra? Esse é o, tudo começou assim.
A gente acabou os mitos, matou aqueles quatro mitos e construiu uma
definição um pouco mais complexa e completa, passando pelos quatro mitos,
lembra? ​“Criatividade é uma capacidade inata, ​da espécie, que precisa ser
desenvolvida de ​Hardwork,​ ​Papai, ​Noriogun​, ​estudo e treino​. Cuja utilidade é
resolver problemas através da combinatividade de idéias e seguindo as etapas do
processo criativo.
Vimos no processo criativo básico: preparação, incubação, iluminação,
verificação. A minha adaptação: ​input, combinação, ​output, feedback​, que eu trouxe
pra essa representação gráfica e essa é a aula mais importante porque essa é a
aula que vai adicionar uma nova etapa no processo criativo.
A essa altura do campeonato, depois de 20 horas de aulas, um turbilhão de
coisas, na última aula, eu venho com essa história que tem uma etapa a mais,
bicho? Agora tu fala nisso, velho? É. E vou usar a etapa mais, a etapa mais
​ m suspense, ​tchanananan, tchanananan.
importante. ​Tchanananan, u
Então a parada é um seguinte, aqui: ​input, ​repertório, Bloqueio do
Especialista, abertura à curiosidade, a gente viu lá, né. A Combinatividade, o
choque, conflito, abertura às possibilidades, abertura à criança interior, essas coisas
bobas, diferentes, aparentemente improváveis as paradas.
É, a combinação inconsciente também, lá da incubação que rola, o ​output
que é jogar pro mundo, testar, fazer, tem a ver com coragem, Bloqueio do Sucesso,
se abrir ao fracasso e experimentar as paradas. O ​feedback que é o que faz a gente
alimentar tudo, tem a ver com o tesão, realização, a paixão pelo negócio, que faz
isso aqui conseguir girar sem você enlouquecer.
Mas chegou a hora de adicionar uma nova etapa, que é a mais importante de
todas, quer conhecer a etapa mais importante de todo o processo criativo? PARA,
PARA, PARA. ​Vídeo​. Vamos pro intervalo e voltamos depois com a etapa mais
importante do processo criativo, direto dos estúdio da Rede TV, vamos lá.
Voltamos pra conhecer a etapa mais importante do processo criativo. Vou até
pegar essa pessoa aqui e jogar pra baixo, porque aqui vem a etapa mais importante
do processo criativo: Definir o problema, ou como o pessoal fala em inglês, ​frame
the problem. Frame the problem perfeitamente. Lembra de ​Applied Imagination​,
Alex Osborn​, bíblia da criatividade moderna, tem um trecho que ele fala ​“a
formulação do problema é distantemente mais constantemente essencial​,
tradução escrota, do que a sua solução, muito mais essencial que sua solução,
porque sua solução, ela pode surgir meramente de uma questão matemática
experimental, até lógica”​.

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Se o problema for de forma genialmente, claramente, bem definido, a solução
pode virar até ridiculamente fácil, porque a própria pergunta desencadeia o próprio
caminho da resposta diferente, da resposta criativa.
É, lá no Bloqueio do Especialista eu falei que problemas de ​output são
problemas de ​inputs​, né? Tudo começa no ​input. Na verdade, problemas no ​output
são problemas, formas de definição do problema. Tudo começa na definição do
problema e nós pra poupar energia, temos uma mania de não parar pra analisar
profundamente o problema e sair buscando soluções sem a certeza, a clareza 100%
de que o problema está perfeitamente definido.
Então, nesse caso aqui, o que acontece com muitas pessoas, ao ver o I e o
X, muita gente subentende que era pra responder com algarismos romanos. O um é
I, X é dez, aí é nove, como que eu faço pra colocar, muita gente subentende isso e
se bloqueia e fixa em como que eu boto algarismo romano aqui pra resolver.
Nesse exemplo aqui, muita gente subentende que é que tinha que submeter
os limites do quadrado imaginário, mesmo sem ninguém ter falado nada sobre isso,
ninguém falou nada, ninguém falou nada, assim como ninguém falou antes que
tinha que ser algarismo romano, a gente subentende.
Lembra lá que eu falei no Bloqueio do Gabarito, daquele exemplo, né,
encontre o X, o X tá aqui, calcule X. Nesse caso, o aluno, ele é obrigado a
subentender que era pra responder o valor de X. Professor colocou encontre o X,
encontrei o X, tá errado porque era pra encontrar o valor de X, mesmo que não
tenha dito isso para solucionar o problema, ele é obrigado, treinado, a subentender
o problema.

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Por isso, que esse último bloqueio, eu chamo de Bloqueio do Subentendido,
na verdade, eu chamo de Bloqueio do Implícito, sabe porque do implícito, eu quero
que fique mais implícito. E subentendido faz as pessoas, só ouvirem o nome e meio
que entenderem e eu quero que elas subentendam, então implícito fica mais
implícito, fica mais como assim implícito?
E outro detalhe, subentendido é um tipo de implícito. As coisas implícitas,
elas podem ser basicamente de dois tipos: Ela podem ser pressupostas ou
subentendidas. Qual é a diferença? Em ambos os casos é implícito, ou seja, não
está explícito.
Essa ideia de pressuposto, o pressuposto ele é um pouco mais verdadeiro,
tende a ser estatisticamente mais verdadeiro que o subentendido. O pressuposto é
o seguinte: se eu falo assim “eu acho que amanhã vai continuar chovendo”, o
pressuposto é que hoje está chovendo, se não, o cara que falou é doido. Amanhã
vai continuar chovendo, não está posto que hoje está chovendo, mas está
pressuposto que se eu falei continuar chovendo, tá pressuposto que hoje tá
chovendo. Enquanto o pressuposto surge principalmente na forma como o emissor
fala as coisas, o subentendido tem muito a ver na forma como o receptor recebe e

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as partes que ele não entendeu, ele ocupa elas com o que ele acha, é meio que o
Bloqueio do Achismo.
Vou dar um exemplo mais prático: vamos supor que aqui tem um problema.
Isso aqui é seu problema, um problema tem várias facetas, vários dados que
compõe aquele problema.

Então, de cara, o problema tem alguma coisa que estão explícitas, verdades,
é explícito, os explícitos verdadeiros. São algumas partes do problema que é isso
mesmo, é explícito.

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Só que, o problema também tem aquelas coisas implícitas pressupostas, que
não estão explícitas, mas que a gente pressupõe que é isso porque o emissor fez a
gente pressupor isso, não tá posto, tá implícito, mas tá pressuposto e a gente
preenche também isso aí com os nossos entendimentos, pressupostos.

Aí começa o problema, esses aqui que sobraram, que que se faz com esses
aqui que sobraram? Aí nessa hora entra o grande perigo que é o implícito
subentendido, é ahora que você pega as lacunas do problema e em vez de buscar
conhecê-las profundamente a verdade, você simplesmente substitui, preenche com
seus achismos, com o que você acha que é, com o seus pré-conceitos. Lembra da
aula ​start,​ não preconceito discriminatório, racial, falando seus conceitos
pré-estabelecidos que você simplesmente ocupou os espaços em brancos porque
você quis.

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Por isso, eu falei lá no começo, ​esquecer é muito importante​. Começamos
com a aula do esquecer porque a gente precisa esquecer alguns conceitos que a
gente tem pra ocupar com as lacunas dos problemas com os conceitos que a gente
acha, porque ​a gente é muito bom em enrolar a gente mesmo​.
Eu falei muito no Bloqueio das Tradições do pensamento crítico. Pensamento
crítico, não aceitar as coisas, cuidado com essa era do pós-verdade. O pensamento
crítico, ele também é muito importante assim que você recebe um problema,
analisar criticamente tudo que está implícito, pressuposto e implícito, subentendido
previamente.
Então, vamos lá! Chegou aqui, o problema, tem os explícitos verdadeiros, é
isso. Algumas coisas são pressupostas, apenas por não pecar por omissão, pra
garantir, vale a pena analisar criticamente pra transformar o pressuposto, o implícito
pressuposto em verdade absoluta, é isso, chequei, conferi, é isso mesmo. Continua
sobrando ainda essas partes lacunas aqui. Em vez de subentender, “ah, eu acho
que deve ser assim, deve ser assim”, não, análise crítica também, investigação para
também trocá-los por verdades e você ter exatamente a clareza sobre qual é o
problema.
Grande parte das vezes em que as pessoas dão soluções erradas pros
problemas e que o negócio dá errado, o troço não tá o desejado, sabe o que se
ouve muito? “E aí, fulano? Porra, deu errado, num sei o quê, por que o que foi que
houve?” A pessoa fala “ah, é porque eu imaginei que era pra isso, isso e isso”. Você
imaginou o problema? O problema não é pra imaginar, o problema é pra investigar,
a solução que tem que ser imaginada.
Então, esse papo de “ah, é porque eu imaginei que…” sabe que que tem
depois desse que? Subentendidos, que é preconceitos e padrões sociais, que não é
o imaginado e colocado com o que você acha, é o que você tem investigado e
descobrido qual é a verdade. Quem disse que era pra imaginar? Mas imaginar num
é criatividade aplicada pra resolver problemas? Sim, criatividade é imaginação
aplicada pra resolver problemas, mas criatividade é uma ferramenta, solução de
problemas na hora de solucionar, não na hora de definir o problema.
Aqui, oh, problema, solução. Simples. Pra encontrar uma solução, a gente
usa imaginação, pra definir um problema a gente usa a investigação. A gente num

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fica imaginando aqui porque imaginar é criar imagens novas e criar imagens novas
não é a verdade. Aqui ele precisa saber a verdade investigar. ​Sherlock investiga o
problema profundamente. A gente até fez uma linha de camisas da ​Tomatêra​, uma
coleção chamada Sherlock, só batendo nessa tecla. ​“O problema não se imagina,
problema se investiga”​. Essa que eu tô usando, ​“99% investigando o problema,
1% imaginando a solução”​.
Tem uma coisa que foi atribuída à ​Einstein que se tivesse uma hora pra
salvar o mundo, ele passaria 59 minutos entendendo o problema, porque se você
entende o problema de forma perfeita, a solução muitas vezes vem rápida de tão
bem definido que o problema está e eu vou dar alguns exemplos, tá?
Cê lembra lá no Bloqueio do Sucesso, lá no começo que eu falei daquela
história de encontrar o tesouro, lembra? Tal, a diferença de persistente. ​Hardwork é
o cara que decide cavar ​hard​. Aí tem o insistente que fica cavando no mesmo lugar,
batendo com a cabeça na mesma tecla, sem parar. Tem o persistente que já é mais
inteligente e cava em vários lugares. E o criativo que cria um jeito melhor pra achar
o tesouro.
Essa diferença do achar, antes eu colocava cavar. Aqui, eu não falei em
cavar porque qual é o problema? O problema não é cavar, o problema é achar o
tesouro. Se você define o problema como cavar, você vai ficar limitado a coisas que
envolvam uma pá. Enquanto, muitas vezes, o problema pode ser jogar na terra lá,
uma minhoca, é, modificada geneticamente que cheira ouro e que, sei lá, tem um
bluetooth transmitindo. Se você ficar obcecado em cavar, você vai ficar obcecado
em pá, em escavação, em coisas assim, né.
É engraçado que nesse exemplo, em situações da vida muitas vezes, as
pessoas começam a cavar pra procurar o problema, tão cavando lá, caça ao
tesouro. Aí você fala assim, “velho, a gente acabou de descobrir que o tesouro não
tá aqui, ele tá a um quilômetro pra lá”. Tem pessoas nessa hora, que depois te
terem cavado lá 3 metros, tá embaixo do buraco lá, olha pra cima, lá, 3 metros. Tem
gente que pode falar que o tesouro não tá ali, mas neguinho pensa “foda-se, vou
continuar cavando aqui, vou começar cavar de novo não. Olha o tanto que eu cavei
já, começar a cavar de novo?”

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Adianta? Adianta? Adianta cavar bem no lugar errado é cavar mal. Você tá
utilizando o melhor método de escavação possível, a estratégia criativa de
escavação, mas se o tesouro não está naquela direção, não adianta. Cavar bem no
lugar errado é cavar mal, por isso é melhor passar 99% do tempo tendo clareza do
problema, tendo certeza de onde está o tesouro, maior probabilidade e depois
começar a cavar. A gente fez uma camisa “cavar bem no lugar errado é cavar mal”.
Tem uma história interessante, umas décadas atrás nos Estados Unidos
quando surgiram os primeiros prédios arranha céu, aqueles prédios muito altos, 40
andares, 50 andares. O pessoal reclamava do elevador, reclamava que demorava
muito pra ir do 1 até o 40 e tal, tecnologia de antigamente, lógico, diferente da de
hoje, tecnologia diferente, era mais lento, lógico. Demorava meia hora? Lógico que
não, demorava pelo menos um minuto, enfim, um tempo que demorava muito.
Reclamação chegando, chegando, chegando e tal. Quando você, trabalha lá,
administração do prédio, infraestrutura da empresa e recebe essa reclamação, esse
problema de o elevador está lento, o elevador está lento, o elevador está lento, o
elevador está lento.
Qual é a primeira resposta certa pra esse problema? A primeira resposta
certa é aumentar a velocidade do elevador. Então, vamos abrir uma licitação de
novos elevadores, trocar o motor, fazer manutenção. Vira uma obsessão em
aumentar a velocidade, já que o problema é o elevador estar lento. Pois bem, sabe
qual foi a solução adotada pra esse problema lá trás? A solução foi simplesmente,
simplesmente, colocar um espelho no elevador, um espelhozinho.
Elevadores não nasceram com espelho, nasceram assim, sem espelho.
Depois tiveram que colocar o espelho. E por que o espelho resolveu? Porque o
problema das pessoas não era exatamente com o tempo gasto e sim a falta do que
fazer naquele tempo, qual a ociosidade, a falta de valor daquele tempo. Agora, com
espelho, você vê o cabelo, a bundinha, a gravatinha, tira uma espinha, tira uma
selfie​ bacana. Passa a ter valor aquele tempo.
É, e aí vem a importância da frase do problema. Se você chama o problema
de como aumentar a velocidade do elevador para chegar mais rápido que os
elevadores atuais, X segundos. Se esse for o problema que você coloca na mesa,

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pra sua equipe, a tendência é que todas as respostas, as soluções fiquem dentro do
universo de velocidade.
Se você pega e investiga mais o problema, aí tem muito o ​design thinking de
você entrar na jornada do cliente. Será que você, responsável por esse problema,
vive esse problema? Será que você talvez não chegue num horário que não é muito
cheio ou você num costuma sair muito do escritório, e aí não tem essa dor. Porque
o cara que só entra de manhã e sai a noite, aí, porra, elevador é um negócio que
pra ele só acontece duas vezinhas só e pá, morreu. E o cara que trabalha numa
área, talvez de vendas, que tá entrando e saindo do escritório cinco vezes por dia.
Será que você não deveria tentar viver a jornada desse cliente pra você
entender mais as dores dele e, quem sabe, chegar na frase que defina o problema,
que ​frame ​the problem com perfeição.Se você usa a frase, como reduzir a
ansiedade das pessoas durante aqueles X segundos do elevador, abre-se um novo
universo de possibilidade de respostas só com a mudança da pergunta.
Educador americano, ​John Dewy​, ele falava, “​A problem well stated is half
solved”​, um problema bem definido está metade solucionado. Uma coisa legal é
tentar pegar o problema, tentar reduzí-lo a uma única palavra, uma. Se você
pudesse usar uma palavra, não pode ser duas, uma só pra definir o problema, qual
seria?
É legal ficar pensando nessa palavra porque essa redução a uma palavra te
faz “será que é isso mesmo?”. Por exemplo, temos um problema de velocidade,
pessoal, temos um problema de velocidade. É velocidade a palavra chave, essa
redução me ​faz pensar, será que velocidade mesmo? Ou temos um problema de
ansiedade? O que já abriria um novo universo. Sabe qual é a evolução daquele
espelho no elevador? A evolução daquilo é elevador panorâmico.
Ele transformou a experiência de andar no elevador tão legal porque em lá
Recife tem um hotel, na Praia de Boa Viagem, o Atlântico Plaza, sempre que eu
vou lá, eu aperto o cobertura pra passear. Eu quero que aumente o meu tempo no
elevador, vê que diferença do problema inicial, só porque a experiência ficou boa
demais, passear. Em São Paulo, como não tem paisagens bonitas, eles metem ali
uma TV com bolsas de valores pra dentro e o povo acha legal. Talvez, pra chegar
nessas ideias, talvez a pergunta tenha sido: Como adicionar valor para a

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experiência de X segundos no elevador? Já é outra pergunta, nesse caso, temos
um problema de experiência. Não é de velocidade, nem ansiedade, é de
experiência.
Provavelmente, foi essa a pergunta que o ​Walt Disney quando foi desenhar
os parques e sempre se preocupou que as filas dos brinquedos tivessem algum tipo
de experiência. Sempre as filas na Disney, sempre tem um negocinho pra você ver,
simplesmente poder ver o brinquedo dos outros saindo, porque aí você vê, já tá
meio que contando a experiência só de você tá podendo ver o outro ali embaixo no
carrinho ou ter uma brincadeira legal, um palhaço, um personagem na fila. É o
mesmo conceito do elevador só que com a pergunta: como adicionar valor àquele
tempo? Então, essa é a pergunta mais importante que você tem que fazer a si
mesmo pra resolver um problema, a pergunta é: você está resolvendo o problema
do jeito certo?
Tem um artigo na ​Harvard Business Review com o nome: Você está
resolvendo o problema certo? Esse cara desse artigo, ele é o criador dessa
plataforma ​InnoCentive,​ a forma que as empresas, as pessoas submetem
problemas, desafios. Ou seja, como criar um jeito de otimizar o cano do num sei o
que do petróleo, um nome propriamente científico, matemáticos, técnicos também
de saúde, medicina, biológicas e tal.
E aí tem centenas de milhares de pesquisadores, cientistas no mundo que
entram aqui, tentar as soluções e aí vem as obrigações pra isso: escolha o seu
caminho: escolha ​problem solver ou eu quero ​run challange​, eu quero criar uma
competição, um desafio.
Nesse artigo, o senhor dessa plataforma fala o seguinte “​já recebemos mais
de 2 mil problemas, ​problemas fodas, grandes, científicos ​e resolvemos mais de
metade deles. Agora sabemos que ​com essa experiência, ele conclui que ​o rigor
com o qual um problema é definido é o fator mais importante para a
descoberta de uma solução adequada​. O intuito de rodar muitos problemas, o
exemplo que rolou lá, isso aqui:
Derramamento de petróleo em zonas subárticas. 20 anos depois do
derramamento que teve em 89, em 89 que aconteceu esse derramamento e até
hoje equipes de petróleo de zonas subárticas ainda tavam penando porque o

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petróleo tava tão viscoso, em baixa temperatura que tava difícil levar o líquido pras
barcaças que coleta pra tirar o petróleo. Como o problema foi definido?
Na busca da solução, a empresa lá formulou o problema como problema de
viscosidade de material, e não como problema de limpeza de derramamento de
petróleo. Porque se você diz que o problema é, temos um problema de limpeza. É
um problema de como limpar derramamento de petróleo, por que? Isso eles levam
pra um caminho. Mas eles perceberam que o grande barato era a viscosidade do
líquido, então resolveram definir o problema sobre viscosidade de materiais porque
se focassem nisso e descobrissem um jeito de alterar a viscosidade, com certeza
resolveria o problema de limpeza do derramamento lá de óleo.
E aí, um químico, da indústria do cimento, de outro universo, o cara era.
Talvez esse cara percebesse, tivesse lá na hora de buscar o problema, “ah,
derramamento de petróleo, entendo porra nenhuma disso, industria do cimento,
químico, entendo porra nenhuma de, mas como era de viscosidade da matéria, ele
falou “porra, isso eu entendo, trabalho com vários materiais diferentes aqui, entendo
de viscosidade”. Ganhou 20 mil dólares porque propôs modificação de alguns
equipamentos lá do mercado que fariam vibrar o óleo congelado, mantendo o
estado líquido do óleo. Ele encontrou um caminho pra alterar a viscosidade, alterar
o processo, o projeto de limpeza. Um exemplo da importância da definição do
problema.
Lembra lá no Bloqueio das Tradições que eu lancei aquele exercício
provérbios que atrasam o mundo​. Espero que você tenha feito lá, hein? Vai lá
fazer o exercício, submete o seu porque você vai ter acesso a todos os exercícios
feito pelos colegas e é uma parada bem rica, pra você navegar lá e ver o que você
gosta.
E tem um provérbio também que atrasa o mundo relacionado ao Bloqueio do
Implícito/Subentendido que é ​“para bom entendedor, meia palavra basta…”​. Ou
seja, pra bom entendedor não precisa explicar o problema direito, basta explicar
meia boca que ele vai entender.
É bem arriscado isso aqui, isso é um provérbio que incentiva a falta de
clareza, incentiva o subentendido, porque na verdade, meias palavras deixam o
subentendido e o subentendido gera mal entendido. Então, é possível sim que a

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pessoa seja bom entendedor e entenda, mas há sempre um risco ali de que ele
complete as lacunas com seus padrões pessoais, pré-conceitos, e não resolva com
clareza. A gente também fez uma camisa ​“o subentendido gera mal entendido”.
É interessante que essa questão de definição do problema, ela é tão
importante, é a aula mais importante mesmo, não é João Klebice, atoa não, é a aula
mais importante.
Tão importante que quando a gente se juntou, a equipe inteira da ​Keep
Learning School pra fazer, definir nossos valores, a gente criou nosso código de
cultura, essa foi a primeiro versão ​Keep Learning School for Dummies​, ​versão
feita nas coxas​, é e a gente definiu quais são os ​7 valores não negociáveis da
empresa​, coletivamente definimos e ​“criatividade, comprometimento,
masterização, clareza, ​flow,​ verdade e serumanidade​. Clareza é a palavra única
que eu acho que resume tudo que eu tô falando nessa aula, a importância de ter
clareza do problema, total, sem o subentendido.
A gente colocou uns exemplos aqui, oh, exemplos de como exercer o valor
clareza: ​levantar a mão para o subentendido​. Agora mesmo, antes de começar a
gravar, tava tendo uma conversa aqui e eu falei pessoal, se tiver precisando de
clareza, fala com a Solléro lá, vamo ver.
Fazer rituais de alinhamento​, alinhamento já é clareza, alinhamento macro,
nós, alinhamento micro de cada área e alinhamento pessoal, alinhamento gera
clareza, desalinhamento gera subentendido, subentendido gera mal entendido.
Ferramentas visuais de comunicação, a gente tá começando a implementar
já, já estão a vista porque ajudam na clareza quando você tem coisas visuais no
escritório para ajudar nisso, né.
Já que eu chamei de clareza, talvez com esse exemplo aqui eu devia trocar
pra branquinho, bonitinho, tá claro. Esqueci de falar lá, você viu a sacada aqui,
superentendimento. Então, tem subentendido e o subentendimento.
Superentendido, tá claramente entendido.
É, umas das inspirações nossa também pra, é, esse valor da empresa é o
livro que eu sempre falo ​Os quatro compromissos quem tá atento aí, percebeu que
eu falei 3 ao longo das aulas. Eu falei: ​seja impecável com a sua palavra​, sobre o
poder da palavra, falei ​não leve nada pro lado pessoal​, a importância de você

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filtrar o que as pessoas falam sobre você porque lembrando que o que elas falam tá
de acordo com o repertório delas, com as crenças delas, não necessariamente a
verdade, faz parte do mundo imaginário que cada um de nós vive.
​ enhum é igual o
Todo mundo vive um mundo imaginário que seus ​inputs n
outro e quando eu me expresso ao outro é meu mundo imaginário, é minha
imaginação, a minha loucura.
​Sempre faça seu melhor​, a busca pela excelência, tudo que merece ser
feito, merece ser bem feito. Isso é uma palestra que eu falei lá no segredo do
fracasso, há mais de cinco anos atrás, esse era uma das mensagens da minha
palestra, sempre faça o seu melhor.
E o quarto compromisso da filosofia toutecas: ​não faça suposições​. O que é
isso? Não subentenda, não aceita o que está implícito, nem pressuposto, nem
subentendido, solicite clareza, não suponha nada, não imagine o que não tem que
ser imaginado, imagine as novas soluções, não o problema.
A gente também falou no Bloqueio do Especialista, voltando aqui algumas
aulas, tudo se conecta, né. A gente falou, lembra? ​Nós nascemos criativos e
desaprendemos a ser criativos​, nós também ​nascemos cientistas e
desaprendemos, nascemos exploradores e desaprendemos, nascemos
corajosos e desaprendemos, nascemos curiosos e desaprendemos,
nascemos questionadores e desaprendemos.
E esse questionadores tem dois sentidos. Tem o sentido de questionar
padrões antigos, bem ligado com o Bloqueio da Tradição, abertura, disrupção,
questionar por quê, por que tem que ser assim, por que sempre foi assim? Não,
mas também esse questionador tem um outro sentido, o sentido da arte de formular
questões, a arte de formular problemas e formular perguntas.
Nós nascemos perguntadores e naturalmente você pergunta muito, você vira
bom em fazer perguntas mas desestimula isso e fez a gente ficar obcecado em só
respostas. Achando que saber a resposta das coisas é o que garante o nosso
futuro, enquanto, na verdade, não é, é saber fazer as perguntas que fazem a
diferença.
Tem um livro maravilhoso sobre esse assunto ​A More Beautiful Question,​ é
um livro muito legal, aqui diz, oh, ​nós estamos todos famintos hoje em dia por

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melhores respostas, mas primeiro a gente tem que aprender a fazer as
perguntas corretas​. Eu queria até passar aqui meio que um trailerzinho que o autor
fez que dá uma resumida no livro e ele é só visual, eu vou narrando por trás,
explicando. ​Vídeo​. Legal, hein? O livro é muito bom, o livro é foda, num chegou no
Brasil, não tem em português ainda não.
Isso conecta com aquela técnica ​Sétimo Chapéu​, lembra, lá? Perto do
Bloqueio do Adulto, em que eu falo aquele exemplo da charadas. Crianças adoram
charadas, porque charadas são perguntas, o que é o que é, qual é a diferença, qual
é a semelhança e é engraçado que no mundo das charadas, você pode investigar
os problemas.
O que é, o que é? Que cai em pé e corre deitado? Você não pode chegar e
peraí, quero investigar o problema, quando você fala corre, significa exatamente
correr com as pernas ou qualquer tipo de deslocamento no mesmo plano
considerado curvilíneo.
E cair, você considera cair de um lugar alto? Não vale isso, no mundo das
charadas não vale investigar porque é piada, é brincadeira de criança. E até isso é
uma coisa que talvez mal acostuma a gente a querer dar a solução pras coisas, não
não, a pergunta foi dada, tem que ver qual é, tem que responder agora, e não
precisa ser assim, a gente pode investigar o problema.
Todo mundo conhece o velho ​Roda Roda de ​Silvio Santos​, “Roda Roda, ê
êee”, eu imito bem o Silvio Santos. E não foi que inventou. A gente tem o ​Merv
Griffin​, grande gênio do entretenimento dos Estados Unidos que criou a ​wheels,
spinner fortune, s​ ei lá como é o nome. E esse mesmo cara criou o ​Game Show de
maior sucesso da TV americana de todos os tempos que é o ​Jeopardy!​, que é uma
parada que não veio pro Brasil e que muitos países têm, mas não desse jeito
porque o Jeopardy! ele tem um detalhe que faz a diferença.
Diferentemente de um ​Game Show ​normal que você faz uma pergunta e os
participantes têm que ver quem consegue responder, no Jeopardy! o apresentador
dá as respostas e os participantes, competidores têm que adivinhar qual é a
pergunta que gera essa resposta. Pequena diferença, mas que faz toda diferença e
acaba, apesar de ser um produto de entretenimento, acaba treinando a arte de
pensar nas perguntas. E nesse caso é uma cultura americana, tem várias décadas

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que rolam esse programa já, então é um bom treino, um bom treino de valorizar as
perguntas.
Inclusive, eu falei muito do ​IBM Watson​, inteligência artificial, tecnologia da
IBM, o IBM Watson participou do Jeopardy! a máquina e dois participantes, o
apresentador dava as respostas e rolava uma competição e o Watson conseguiu
ganhar dos melhores participantes do Jeopardy! ele conseguiu ganhar adivinhando
que pergunta geraria aquela resposta que foi dada, viagem isso aí.
Esse assunto de fazer perguntas é uma das coisas que me admira muito o
coaches,​ os bons ​coaches porque ​coach,​ se eu pudesse resumir, eu resumiria
coach como uma pessoa que sabe fazer boas perguntas. ​Coach é isso, é o cara
que já tem algumas perguntas lá, de repertório, de algumas ferramentas, ele tem a
habilidade de fazer as perguntas que desencadeiam as melhores respostas.
Quem quiser saber mais sobre esse assunto, tem o ​podcast meu, 36, que eu
falo sobre ​coach e meu grande parceiro meu, ​Gerônimo Temel​, fantástico que tem
um curso de formação de ​coaches e também tem sobre produtividade, cara incrível,
GunCast 140, vai tá disponível também, quem quiser ver o vídeo de criatividade em
que ele fala sobre clareza, clareza e fazer boas perguntas tão extremamente
conectados.
Como sempre, eu gosto de trazer pro lado micro, microcriatividade,
problemas, fracassos, padrões, tradições, paradigmas, lógicas e micro implícitos
também. Como assim? Microhistórias, a gente fala muito sempre em histórias, as
empresas grandes, o elevador nos Estados Unidos, arranha céu, eu gosto de trazer
pra exemplos mais do dia a dia porque a minha filosofia é fazer com que as pessoas
coloquem criatividade em todos os problemas, de todas as esferas, não só na hora
de criar o novo produto na empresa e tal, mas em qualquer tipo de coisa que
demanda uma solução, você pode usar os conceitos aqui do curso e as técnicas.
Por exemplo, sempre tive cabelo meio grande, meio cumprido assim e aí eu
tinha uma mania de quando eu dormia, eu dormia e ficava mexendo no meu cabelo,
ficava mexendo pra trás assim, de noite dormindo teoricamente. Aí acordava com
um monte de cabelo na cama, aí cabelo oleoso, tá errado ficar assim e eu pensei,
porra, vou dar um jeito de resolver isso. Aí comecei a dormir com a touca de banho

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de Dani na cabeça, só que a touca, ela tem aquele elástico meio forte, né, aí
quando ele começa a sair, porra, vai embora, aí ia embora.
Aí pensei, tenho que fazer uma coisa diferente, comecei a dormir com a
cueca na cabeça, a cueca tem um elástico um pouco mais frouxo pra proteger e tal,
mesmo assim saía. Até que eu mudei o problema, eu descobri que eu estava
atacando o problema errado e cavar bem no lugar errado é cavar mal. E eu mudei o
problema e tive a sacada de dormir com meia nas mãos porque o problema não era
proteger o cabelo, era acalmar as mãos.
O cabelo coitado era vítima, o vilão é a mão, eu tava muito focado em como
proteger a vítima e não em como eliminar o vilão que são as mãos loucas. Então, se
você diz que o problema é como proteger o cabelo para que ele caia, essa é uma
frase que define o problema que vai te levar pro universo de cabelo, de proteção, de
touca, de num sei o quê, de proteger.
Se você chama o problema de como acalmar as mãos para que não
atrapalhem meu sono. Nem teve a palavra cabelo aqui, não é sobre cabelo o
problema. E é aquela história um problema bem definido, é metade resolvido.
Quando você define o problema assim, você já parte mais pra acalmar as mãos ou
até uma coisa mais profunda porque temos um problema de cabelo, é uma opção,
temos um problema de mão, é uma opção, temos um problema de sono, é outra
opção, ter um problema de ansiedade é outra opção porque a visão mais profunda,
por que as mãos tão assim? Pode cavar mais profundo e descobrir que é problema
de ansiedade.
Ansiedade, ​Augusto Cury define como o mal do século, ansiedade. Você vê
que lá no elevador a conclusão foi problema de ansiedade das pessoas, aqui
novamente, ansiedade. Por isso que a gente trouxe pra ​Keep Learning School, Os
Inquietos Meditam​, foi o primeiro curso propriamente dito de criatividade que a
gente trouxe pra escola, porque entendemos que meditação é uma ferramenta,
dentre muitas, importante, né. E não é algo meditação só pra galera que já é muito
zen,​ essa é a galera que não precisa, meditação é pros inquietos, sim.
Outro exemplo nesse mundo micro, eu mudei pra uma casa em ​Alphaville e a
gente tava acertando a questão da internet da casa e da TV a cabo da casa, aí o
pessoal da NET foi lá e deu um problema porque não tinha cabos da NET passados

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pela casa e o lugar de passar cabos já estava ocupado por muitos cabos, teria que
revisar todos os cabos da casa e a casa era alugada, então, seria um puta rolo fazer
isso.
Então, a gente ficou com um problema, porra, não conseguimos ter TV a
cabo nessa casa, só se for, a não ser se a gente revisasse tudo ou se colocasse a
TV Alphaville, que é uma TV a cabo, tipo a NET do Alphaville que ela já tinha cabos
passados lá. Então, beleza, vamos por TV Alphaville. TV Alphaville foi lá em casa e
quando foram instalar as coisas descobrimos que a internet deles era uma bosta,
era ruim demais a internet. E assim, bosta pro meu padrão porque eu preciso de
​ ou aulas ao vivo, dou
muita internet na minha casa. Eu trabalho, dou ​hangouts, d
Skype com a equipe, preciso de uma internet, uma internet empresarial na minha
casa e eles não tinham. O problema, eu, minha mulher, Kamila, nossa secretária,
como é que vamos resolver?
Aí começou a ver um orçamento de uma pessoa pra revisar todos os cabos
da casa, começou um rolo e tal. E aí, nessa discussão toda, eu falei pra minha
mulher assim “amor, que que a gente quer? Qual a nossa necessidade? A nossa
necessidade é ter uma TV a cabo normal, pra mim a nível de menu de
programação, foda-se. Eu quero poder ter um ​Sport TV ali, um Fox Sport,​ assistir
um futebol, umas TV a cabo, os ​reality show tosco lá pra ficar vendo de vez em
quando. Internet, precisamos de uma internet pica. A TV Alphaville supre nossa
necessidade de TV a cabo, mas não supre de internet e a NET ou VIVO não supre
a outra e eu fiz a pergunta: como podemos ter o melhor de cada um?”.
E aí, Dani falou, “ah, simples, só a gente pedir pra NET pra contratar só
internet da NET”, acabou sendo VIVO e a Alphaville só a TV a cabo. E aí temos os
dois fornecedores e temos o melhor de cada um”.
Um exemplo simples, não é genial, mas esses são os que eu mais gosto,
esses simples, pequeno problema doméstico. E se você, pra cada pequeninho
problema desse não se contenta com a primeira resposta certa, busca formular as
perguntas corretas, você vai ter uma mudança de melhoria de soluções na sua vida
gigante. Então não só na vida profissional, mas na pessoal também. E aí a
importância de você evangelizar, trazer sua família, quem tá perto de você, sócios,
equipe pra tá acompanhando esses assuntos, isso de criatividade também.

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Então, como podemos ter o melhor de cada um deles e aí, meu amigo, a
ideia nessa hora fica fácil. E aí, conversando com minha mulher depois, ela falou,
falei “ah, porra, encontramos uma boa solução”, ela falou, “ah, a ideia foi minha”
também com a pergunta que eu fiz, com a pergunta que eu fiz é fácil, né não, mô?
Uma pergunta dessa, papai, aqui oh. Problema ​well stated, half solved.​
Portanto, Bloqueio do Implícito, eu acho que a grande lição errada é que a
gente ​aprendeu a preencher as lacunas de um problema com os nossos
padrões pessoais​. Então, o problema não tá claro, em vez de solicitar clareza a
gente fica “não, é assim, eu acho que é assim”, vem o achismo, vem imaginação na
hora errada e a gente não pode fazer isso, a gente precisa ter clareza, a
reprendizagem é que a gente não pode aceitar menos do que 100% de clareza,
100% da clareza possível, lógico, de um problema. Temos que ser inconformados,
questionadores, e não aceitar nada menos que a clareza total dos problemas.
Então, Bloqueio do Implícito resumido numa frase: ​clareza sobre o
problema​. E pra fechar essa nossa última aula, eu trouxe uma música que fala
sobre subentendido num contexto diferente, num contexto romântico de amor, mas
que eu queria que vocês observassem o clipe, o clipe é muito interessante, é uma
história contada, nem tem muita relação com indireta, a letra da música, é uma
indireta, claro, mas não perfeita. Mas é um clipe muito legal sobre um subentendido,
um mal entendido na verdade, é a música ​Missunderstood, John Bon Jovi.

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