de Rogério Haesbaert apresentado para disciplina de Região e Regionalização. Prof. Dr. Timo Bartholl
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS NITERÓI, RJ 2019 PRIMEIRA RODADA: Responder a duas das três perguntas a seguir referente à leitura do livro "Regional-Global" de Rogério Haesbaert:
1) Em que sentido o autor defende que é possível constatar a "vida e morte" da
região" em diversas perspectivas do estudo regional? Haesbaert aponta três perspectivas sobre a “morte” da região. A perspectiva neopositivista, marxista e o globalismo pós moderno. E três vertentes sobre a “ressurreição” o pós estruturalismos, a teoria da (estrutur)ação e as novas correntes materialista. A morte da região não é recente e na história temos fatos que aponta sua “ida e vinda” (mortes e ressurreições) o que mostra o quão a região é resistente e mesmo quando se trata de sua “morte”, logo em seguida temos também sua “ressurreição”. Ao longo do tempo, na trajetória da região, vemos evidências da construção, destruição e reconstrução. Na perspectiva neopositivista os primeiros a decretar a morte da região foram os geógrafos quantitativistas ou seja, os neopositivistas. Nesse momento, alguns pontos favorecem a que queda da região, como a mudança do paradigma regional para o espacial e na classificação de áreas. A obra de Schaefer, defendia o excepcionalismo da geografia e isso também favoreceu esse processo. Schaefer, valorizava o região e não se prendia ao sistemático. Nesse sentido, a sua crítica a geografia era vista no sentido da distribuição geográfica dos seres vivos. Assim, vemos a questão das regiões homogêneas, funcionais e polarizadas. Na perspectiva marxista, temos uma geografia crítica de fundamentos marxista que no ínicio de certa forma, começa matando a geografia regional clássica de origem francesa. De início temos a obra de Yves Lacoste (1976) que dita a região como um conceito-obstáculo, pois não era possível verificar outras relações espaciais existentes. Porém ele admite que cometeu um equívoco ao se basear apenas em La Blache. O fim da região pode ser caracterizados pela difusão das relações econômicas capitalismo homogeneizadoras, ou seja, à morte da região associada ao modo de produção capitalista, homogeneização ocorre no processo de desigualdade socioespacial e homogeneização do espaço. A última morte da região “flerta” com a perspectiva marxista. No globalismo pós-moderno, vemos uma sociedade mais em formato de rede/territorial ou regionalizada. Nessa perspectiva a visão é mais dicotômica da organização do espaço, por um lado regional, mas do outro, em redes. O discurso de globalização em redes faria a região desaparecer enquanto recorte espacial contínuo. Essa homogeneização globalizada é vista pelo padrão mercantil da desigualdade e seu “pós-moderno” é marcado pela chamadas políticas da diferença.
2) Em que sentido podemos entender uma região como "fato" e como
"artifício" e quais são exemplos para cada um destes tipos? Para Haesbaert, na sua proposta de regionalização, a região como “fato” é visto como algo natural e pronto, que existe independente de qualquer coisa, é dado. Exemplo disso seria La Blache que possui uma visão realista da região, ou seja, como fato. O marxismos também possui também uma visão realista social, o que se encaixa no caso da região como fato. Na região artificial podemos citar Hartshorne, para quem defende essa região artificial, ela se dá primeiro, de um recorte espacial feito para análise. Ou seja, esse tipo de região é um instrumento para análise e construção metodológica. Esses recortes são feitos para facilitar a análise e o estudo da região em questão. Diferente da região fato que apenas existe, a região artificial é de origem antrópica para análise.
BATTISTI - Variação, Mudança Fônica e Identidade, A Implementação Da Palatalização de T e D No Português Falado Na Antiga Região Colonial Italiana Do Rio Grande Do Sul