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Ideologia e Religião Sob A Ótica Marxiana
Ideologia e Religião Sob A Ótica Marxiana
CURITIBA
2017
SUMÁRIO
ROTEIRO DO SEMINÁRIO........................................................................................3
1 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS.............................................................................3
REFERÊNCIAS.........................................................................................................11
ANEXO......................................................................................................................12
3
ROTEIRO DO SEMINÁRIO
1 – Pressupostos Teóricos
em relação aos meios nas quais elas são produzidas, uma vez que, na visão do
materialismo histórico dialético de Marx, a superestrutura (ou seja as ideias da
sociedade) e a infraestrutra (seus meios e modos de produção) são extremamente
interdependentes e inseparáveis, sendo a superestrutura diretamente dependente
da infraestrutura.
Nesse sentido, a partir do momento que as ideias passam a ser apreendidas
como entidades autônomas e dissociadas das práticas sociais, torna-se fácil
naturalizá-las e distorcê-las mediante um processo de inversão, podendo ser
erroneamente compreendidas como a própria origem e fundamento da vida
histórica, sendo esse, para Marx, o segredo de toda a ideologia. Assim, Marx se
opõe completamente à filosofia alemã ao afirmar que "não é a consciência que
determina a vida, mas a vida que determina a consciência".
Uma vez que as ideias acabam sendo vistos pela classe dominada como
sendo dotadas de autonomia, cabe aos pensadores, geralmente pertencentes à
classe dominante, apenas "descobri-las" ao invés de criá-las. Essa “descoberta” é,
na verdade, a forma de apresentar à classe dominada os próprios interesses da
classe dominante, de forma que se crie a impressão de serem interesses universais,
válidos igualmente para toda a sociedade. Para disseminarem tais interesses, por
sua vez, a classe dominante se aproveita do controle dos meios de produção
(infraestrutura) para utilizar a superestrutura a seu favor, de modo a aproveitarem-se
da mídia, da religião, da educação, da arte e da moral como meios de propagarem
seus ideais e institucionalizá-los.
religioso. Contudo, é importante ressaltar que o público alvo da IURD são pessoas
fragilizadas, tanto econômica quanto emocionalmente. Portanto, elas se encaixam
nas definições de Marx de população oprimida e alienada, que busca na religião um
amparo para aguentar sua condição.
Por outro lado, a Teologia da Prosperidade incentiva o luxo e a riqueza.
Assim, todos os fieis, inclusive os que possuem renda mais baixa, são envolvidos
pela lógica da compra, da posse, do sucesso material. Desse modo, nessa ideologia
o consumo tem papel central e, aos poucos, passa a se confundir com felicidade
para os crentes. Assim, como concluiria Marx, a IURD não passa de um instrumento
para legitimar e consolidar a ideologia da classe dominante.
Com efeito, Marx vislumbra o fim da religião: ela só existe onde há alienação.
Desse modo, quando não houverem mais opressores e oprimidos, isto é, onde
desaparecer a alienação, desaparecerá também a religião.