Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
CIV 361 - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL II - 2012/II
Ensaios de qualificação de materiais cerâmicos

1 - Tijolo maciço cerâmico para alvenaria.


A “ABNT NBR 7170:1983 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria” define o tijolo maciço como sendo o
tijolo com todas as faces plenas de material, podendo apresentar rebaixos de fabricação em uma das faces de maior área.
Os tijolos podem ser comuns ou especiais. Os comuns devem possuir a forma de um paralelepípedo retângulo e
as suas dimensões nominais devem ser de acordo com a tabela seguinte. Os tijolos especiais podem ter forma,
dimensões e outras propriedades acordadas entre o fabricante e o consumidor.
Comprimento Largura. Altura
190 ± 3 mm 90 ± 3 mm 57 ± 3 mm
190 ± 3 mm 90 ± 3 mm 90 ± 3 mm
Para a determinação de suas dimensões reais devem-se medir 24 tijolos colocados lado a lado na direção de
cada uma das suas dimensões e medir o comprimento total com o auxílio de uma trena. Dividindo-se este comprimento
por 24 têm-se então cada uma das respectivas dimensões.
Os tijolos não devem apresentar defeitos sistemáticos tais como trincas, quebras, superfícies irregulares e
desuniformidades na cor.
Os tijolos comuns são divididos em três categorias conforme sua resistência à compressão:
Categoria Resistência à compressão
A ≥ 1,5 MPa
B ≥ 2,5 MPa
C ≥ 4,0 MPa
Para a determinação da resistência á compressão deve-se formar uma amostra de acordo com a tabela seguinte
e submetê-la ao ensaio seguindo os seguintes passos, de acordo com a “NBR 6460 – Verificação da resistência à
compressão”:
Amostra
Lotes
1ª 2ª
1000 a 3000 8 8
3001 a 35000 13 13
35001 a 500000 20 20
• Cortar ao meio cada um dos tijolos da amostra. Superpor, através de suas faces lisas maiores suas duas metades
obtidas, ligando-as com pasta de cimento e aguardar o endurecimento da mesma. Em seguida capear com pasta
de cimento (2 a 3 mm) cada uma das faces de trabalho dos corpos de prova. Após o endurecimento das
superfícies capeadas devem-se submergir os corpos de prova em água por 24 horas.
• Pouco antes do ensaio, retirar os corpos de prova da água, enxugá-los superficialmente e medir as dimensões
das faces de trabalho com aproximação de ± 1 mm.
• Colocar o corpo de prova centralizado entre os pratos da máquina de ensaios e aplicar o carregamento até a
ruptura à razão de 50 kgf/s.
• A tensão de ruptura à compressão de cada corpo de prova será dada por:
P
fc = MPa , onde P é a carga de ruptura e S é a seção transversal média do corpo de prova.
S
Para a aceitação ou rejeição do lote de tijolos, os seguintes passos devem ser considerados:
• A presença de defeitos deve ser verificada em uma inspeção geral e será facultada ao fornecedor a substituição
dos tijolos defeituosos.
• As dimensões (comprimento, largura e altura) devem-se enquadrar nas tolerâncias especificadas.
• Os resultados do ensaio de resistência à compressão são analisados em conformidade com o seguinte critério,
intitulado critério da dupla amostragem:
Números de aceitação e de rejeição do critério de dupla amostragem
Unidades defeituosas
Amostra
Lote 1ª amostra 1ª + 2ª amostra
1ª 2ª Nº aceitação Nº rejeição Nº aceitação Nº rejeição
1000 a 3000 8 8 1 4 4 5
3001 a 35000 13 13 2 5 6 7
35001 a 500000 20 20 3 7 8 9
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
• Para que o lote seja aceito na 1ª amostragem é necessário que o nº de unidades defeituosas seja
inferior ou igual ao nº de aceitação.
• Para que o lote seja rejeitado na 1ª amostragem é necessário que o nº de unidades defeituosas seja
igual ou superior ao nº de rejeição.
• O lote deve passar para a 2ª amostragem se o nº unidades defeituosas situar-se entre o nº de
aceitação e o nª de rejeição.
• Para que o lote seja aceito na 2ª amostragem é necessário que a soma das unidades defeituosas da
1ª e da 2ª amostras seja inferior ou igual ao nº de aceitação.

Analise os resultados obtidos nos ensaios de uma amostra de tijolos maciços representativa de um lote de 3000
unidades, procedente de uma olaria da região de Viçosa e conclua sobre a aceitação deste lote de tijolos com vistas à
utilização em uma obra sob sua responsabilidade.

Dimensão Tijolos dispostos em filas com 24 unidades. Dimensão média


Comprimento 482,4 cm
Largura 244,8 cm
Altura 144,0 cm

DIMENSÕES REAIS ENSAIO DE COMPRESSÃO


Face A Face B Seção Carga
Corpo de Tensão
Comp. Largura Comp. Largura média máxima
prova n.º (MPa)
(cm) (cm) (cm) (cm) (cm2) (kgf)
01 9,98 9,22 9,85 9,37 6.440
02 9,77 9,27 9,83 9,32 7160
03 10,17 9,42 9,75 9,42 9.240
04 9,85 9,27 9,54 9,25 9.700
05 9,95 9,25 9,75 9,25 9.660
06 9,75 9,19 9,68 9,09 8.040
07 9,68 9,21 9,48 9,04 12.020
08 9,63 9,27 9,79 9,17 10.960
2 - Bloco cerâmico para alvenaria
A norma “NBR 15270 – Componentes cerâmicos” Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação e Parte
2: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural - Terminologia e requisitos ” dá as seguintes definições:
Bloco cerâmico de vedação: componente da alvenaria de vedação que possui furos prismáticos perpendiculares
às faces que os contêm. Os blocos cerâmicos para vedação constituem as alvenarias externas ou internas que não tem a
função de resistir a outras cargas verticais, alem do peso da alvenaria da qual faz parte.
Bloco cerâmico estrutural: componente da alvenaria estrutural que possui furos prismáticos perpendiculares às
faces que os contêm. Sendo que os mesmos são produzidos para serem assentados com os furos na vertical.
Bloco cerâmico estrutural de paredes vazadas: Componente da alvenaria estrutural com paredes vazadas.
Bloco cerâmico estrutural com paredes maciças: Componente da alvenaria estrutural cujas paredes externas são
maciças e as paredes internas podem ser maciças ou vazadas.
Bloco cerâmico estrutural perfurado: Componente da alvenaria estrutural cujos vazados são distribuídos sobre
toda a face de assentamento.
Indicação de rastreabilidade: Gravação no bloco que possibilita verificar, nos registros do fabricante, as
condições especificas do lote a que pertence o bloco.
Requisitos gerais
Fabricação: os blocos devem ser fabricados por conformação plástica de matéria-prima argilosa, contendo ou
não aditivo, e queimados a elevadas temperaturas.
Identificação: os blocos devem trazer, obrigatoriamente, gravado em uma das suas faces externas, a
identificação do fabricante e do bloco (dimensões de fabricação em centímetros, na seqüência largura (L), altura(H), e
comprimento(C), em baixo relevo ou reentrância, com caracteres com no mínimo 5 mm de altura, sem que prejudique o
seu uso. Além disso nos blocos cerâmicos estruturais devem conter as letras EST (indicativo da sua condição estrutural)
e indicação de rastreabilidade.
Características visuais: os blocos não devem apresentar defeitos sistemáticos, tais como quebras, superfícies
irregulares ou deformações que impeçam seu emprego na função especificada. Devendo as suas características atender
aos critérios especificados.
Características geométricas: os blocos cerâmicos de vedação ou estrutural devem possuir a forma de um prisma
reto, sendo suas dimensões de fabricação indicada nas tabelas seguintes.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
Determinação das características geométricas, físicas e mecânicas: as características geométricas dos blocos
cerâmicos de vedação ou estrutural são as seguintes: medidas das faces – dimensões efetivas, espessuras dos septos e
paredes externas dos blocos, desviam em relação ao esquadro, planeza das faces e área bruta. Alem disso nos blocos
cerâmicos estruturais a área liquida também deve ser determinada. Enquanto as suas características físicas dos blocos
cerâmicos de vedação e estrutural são: massa seca e índice de absorção de água. E sendo a resistência à compressão
individual ( f b ) a característica mecânica para os blocos cerâmicos de vedação e ( f bk ) a característica mecânica do
bloco cerâmico estrutural, estabelecida por meio dos ensaios de resistência à compressão individual ( f b ) . Sendo que
todas as características (geométricas, físicas e mecânicas) dos blocos cerâmicos para alvenaria de vedação e estrutural
são determinadas pela ABNT NBR 15270-3.
Dimensões de fabricação de blocos cerâmicos de vedação
Dimensões Dimensões de fabricação (cm)
LxHxC Comprimento (C)
Modulo dimensional Largura (L) Altura (H)
Bloco Principal ½ Bloco
M = 10 cm
(1) M x (1) M x (2) M 49 9
9
(1) M x (1) M x (5/2) M 24 11,5
(1) M x (3/2) M x (2) M 19 9
(1) M x (3/2) M x (5/2) M 14 24 11,5
(1) M x (3/2) M x (3) M 29 14
9
(1) M x (2) M x (2) M 19 9
(1) M x (2) M x (5/2) M 24 11,5
19
(1) M x (2) M x (3) M 29 14
(1) M x (2) M x (4) M 39 19
(5/4) M x (5/4) M x (5/2) M 11,5 24 11,5
(5/4) M x (3/2) M x (5/2) M 14 24 11,5
(5/4) M x (2) M x (2) M 19 9
(5/4) M x (2) M x (5/2) M 11,5 24 11,5
19
(5/4) M x (2) M x (3) M 29 14
(5/4) M x (2) M x (4) M 39 19
(3/2) M x (2) M x (2) M 19 9
(3/2) M x (2) M x (5/2) M 24 11,5
14 19
(3/2) M x (2) M x (3) M 29 14
(3/2) M x (2) M x (4) M 39 19
(2) M x (2) M x (5/2) M 19 9
(2) M x (2) M x (3) M 24 11,5
19 19
(2) M x (2) M x (3) M 29 14
(2) M x (2) M x (4) M 39 19
(5/2) M x (5/2) M x (5/2) M 24 11,5
(5/2) M x (5/2) M x (3) M 24 24 29 14
(5/2) M x (5/2) M x (4) M 39 19
NOTA Os blocos com largura de 6,5 cm e altura 19 cm serão admitidos excepcionalmente, somente em funções secundarias (como
em “shafts” ou pequenos enchimentos) e respaldados por projeto com identificação de responsável técnico

Dimensões de fabricação de blocos cerâmicos estrutural


Dimensões
Dimensões de fabricação (cm)
LxHxC
Comprimento (C)
Modulo dimensional
Largura (L) Altura (H) Bloco ½ Bloco Amarração Amarração
M = 10 cm
Principal (L) (T)
(5/4) M x (5/4) M x (5/2) M 11,5 24 11,5 - 36,5
(5/4) M x (2) M x (5/2) M 24 11,5 - 36,5
11,5
(5/4) M x (2) M x (3) M 19 29 14 26,5 41,5
(5/4) M x (2) M x (4) M 39 19 31,5 51,5
(3/2) M x (2) M x (3) M 29 14 - 44
14 19
(3/2) M x (2) M x (4) M 39 19 34 54
(2) M x (2) M x (3) M 29 14 34 49
19 19
(2) M x (2) M x (4) M 39 19 - 59
Bloco L – bloco para amarração em paredes em L.
Bloco T – bloco para amarração em paredes em T.

Requisitos específicos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
As tolerâncias dimensionais para os blocos cerâmicos de vedação ou estrutural, relacionados às medições
individuais e à média das medições efetivas, são indicadas na tabela a seguir:
Dimensão Tolerância individual Tolerância relaciona à média
Largura (L) ± 5 mm ± 3 mm
Altura (H) ± 5 mm ± 3 mm
Comprimento (C) ±5 mm ± 3 mm
As tolerâncias para as espessuras das paredes externas e para os septos dos blocos cerâmicos de vedação ou
estrutural são relacionadas a seguir na tabela:
Tipo de Bloco p/ Valores Mínimos Requeridos (mm)
Tipo de Parede
Alvenaria Septos Paredes externas
Vedação - 6 7
Paredes vazadas 7 8
Estrutural Paredes Maciças* 8 20
Perfurado 8 8
* - Para os blocos de paredes maciças, as paredes internas poderão ser vazadas, desde que sua espessura total seja
maior ou igual a 30 mm
As tolerâncias exigidas para os parâmetros de desvio em relação ao esquadro e planeza das faces para os blocos
cerâmicos de vedação ou estrutural são apresentados a seguir na tabela.
Parâmetro ensaiado Tolerância
Desvio em relação ao esquadro (D) 3 mm
Planeza das faces- Flecha (F) 3 mm

A resistência à compressão ( f b ) dos blocos cerâmicos de vedação, calculada na área bruta, deve atender aos
valores mínimos indicados na tabela a seguir tabela:
Posição dos furos f b (MPa)
Para blocos usados com furos na horizontal ≥ 1,5
Para blocos usados com furos na vertical ≥ 3,0
A resistência característica à compressão ( fbk ) dos blocos cerâmicos estruturais deve ser considerada a partir
de 3,0 MPa, referida a área bruta. A estimativa da resistência à compressão da amostra dos blocos é o valor estipulado
pela seguinte equação:
 f b(1) + f b(2) + ... + f b(i −1) 
f bk ,estt = 2  − f bi Onde:
 i −1 
( fbk ,est ) é a resistência característica estimada da amostra, em megapascals;
f b (1) , f b ( 2 ) ,..., f bi são os resultados de resistência à compressão individual dos corpos-de-prova da amostra ordenados
crescentemente;
i = n/2, se n for par;
i = (n-1) /2, se n for impar;
n é a quantidade de blocos da amostra.
Após o calculo do ( f bk ,est ) deve-se proceder à seguinte analise:
a) se o valor do f bk , est ≥ f bm (média da resistência à compressão de todos os corpos-de-prova da amostra), adota-se f bm
como a resistência característica do lote ( f bk ) ;
b) se o valor do f bk , est < φ . f b (1) (menor valor da resistência a compressão de todos os corpos-de-prova da amostra),
adota-se a resistência característica à compressão ( f bk ) determinada pela expressão φ . f b (1) , estando os valores de φ
indicados na tabela 7 a seguir:
c) caso o valor calculado de f bk , est esteja ente os limites mencionados acima ( φ . f b (1) e f bm ), adota-se este valor como
a resistência característica à compressão ( f bk ) .
Quantidade
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 ≥18
de blocos
Ø 0,89 0,91 0,93
0,94 0,96 0,97 0,98 0,99 1,00 1,01 1,02 1,04
Recomenda-se adotar Ø ≥ 13
O índice de absorção de água não deve ser inferior a 8 % nem superior a 22% para os blocos cerâmicos de
vedação e estrutural.

Inspeção
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
O lote de fabricação deve ter no máximo 100 000 blocos. Sendo que todo lote de fabricação deve ser divido em
lotes de fornecimento de até 100 000 blocos ou fração.
Para execução da inspeção geral adota-se amostra simples para identificação e adota-se amostragem dupla
amostragem para características visuais de acordo a tabela a seguir. As exigências quanto aos aspectos visuais devem ser
verificadas na amostragem.
Número de blocos
Lote 1ª amostragem Verificações
ou amostragem 2ª amostragem
simples
Identificação e
1 000 a 100 000 13 13
Características Visuais
Na execução da inspeção por ensaios, adota-se amostragem simples
Para o ensaio de determinação das características geométricas (largura, altura, comprimento, espessura das
paredes internas e externas e septos, planeza das faces e desvio em relação ao esquadro) e para o ensaio de determinação
de resistência à compressão, as amostras são constituídas por 13 corpos-de-prova. Enquanto para o ensaio de absorção
de água, a amostra deve ser constituída de seis corpos-de-prova.
Aceitação e rejeição
Para execução da inspeção geral, nos blocos cerâmicos de vedação ou estruturais adota-se amostragem simples
para ensaio de identificação e adota-se dupla amostragem para características visuais, de acordo com a seguir:
Unidades não-conformes
Nº de Blocos constituintes
1ª amostragem 2ª amostragem
Nº de Nº de Nº de Nº de
1ª amostragem 2ª amostragem
aceitação rejeição aceitação rejeição
13 13 2 5 6 7
Para que o lote seja aceito na primeira amostragem, é necessário que o número de unidades não-conformes para
os ensaios ou verificações seja igual ou inferior ao indicado na coluna de aceitação da mesma forma para que o lote seja
rejeitado na primeira amostragem, é necessário que o número de unidades não-conformes seja igual ou superior ao
indicado na coluna de rejeição. Caso o número de unidades não-conformes seja maior que o indicado na coluna
aceitação ou menor que o indicado na coluna rejeição deve-se repetir o ensaio empregando as unidades constituintes da
segunda amostragem.
Para que o lote seja aceito na segunda amostragem, é necessário que a soma das unidades não conformes da
primeira e da segunda amostragem seja igual ou inferior ao indicado na coluna de rejeição. Da mesma forma para que o
lote seja rejeitado a soma do número de unidades não-conformes da primeira e segunda amostragem seja igual ou
superior ao indicado na coluna rejeição.
No caso de haver rejeição do lote no ensaio inspeção-características visual, mediante acordo entre fabricante e
comprador, pode-se proceder à inspeção de todos os blocos do lote, comprometendo-se o fabricante a repor todos os
blocos não conformes.
O não atendimento aos requisitos exigidos na identificação de qualquer corpo-de-prova é suficiente para a
rejeição do lote.
Na inspeção por ensaios, o corpo-de-prova deve ser considerado não-conforme na verificação de sua primeira
não-conformidade.
O lote deve ser rejeitado caso a média obtida a partir da verificação das dimensões efetivas individuais
ultrapasse a tolerância estabelecida para a média indicada estabelecidas anteriormente nas tabelas 4, 5 e 6.
Na inspeção por ensaios referente às suas características geométricas dos blocos cerâmicos de vedação ou
estrutural, a aceitação ou rejeição do lote fica condicionada ao disposto na tabela a seguir:
Nº de blocos constituintes Unidades não-conformes
Amostragem simples N° de aceitação Nº de rejeição
13 2 3
Na inspeção por ensaios referente a absorção d’água, para os blocos cerâmicos de vedação ou estrutural, a
aceitação ou rejeição do lote fica condicionada ao disposto na tabela a seguir:
Nº de blocos constituintes Unidades não-conformes
Amostragem simples N° de aceitação Nº de rejeição
6 1 2
Na inspeção por ensaios referente à resistência à compressão individual, dos blocos cerâmicos de vedação, a
aceitação ou rejeição do lote fica condicionada ao disposto na tabela a seguir:
Nº de blocos constituintes Unidades não-conformes
Amostragem simples N° de aceitação Nº de rejeição
13 2 3
Na inspeção por ensaios referente à resistência característica à compressão, dos blocos cerâmicos estruturais, a
aceitação ou rejeição do lote fica condicionada à resistência característica à compressão (fbk) ser igual ou maior ao
especificado ao comprador, que por sua vez deve ser maior ou igual que do projeto estrutural.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
No caso de amostragem simples para que o lote seja aceito é necessário que o número de unidades não-
conformes esteja abaixo ou igual ao número de aceitação. Caso contrario, o lote deve ser rejeitado.

Parte 3- Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação – Métodos de ensaio

Esta parte da ABNT NBR 15270 estabelece os métodos para a execução dos ensaios dos blocos cerâmicos
estruturais e de vedação.

Determinação das características geométricas


A determinação medidas das faces – dimensões efetivas, espessura dos septos e paredes externas dos blocos,
desvio em relação ao esquadro (D), planeza das faces (F), área bruta (Ab) e área líquida (Aliq). Devem ser realizada de
acordo com a “ABNT NBR 15270-3 - Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação – Métodos de ensaio
Anexo A”.
A aparelhagem necessária para a execução do ensaio: paquímetro com sensibilidade mínima de 0,05 mm; régua
metálica com sensibilidade mínima de 0,5 mm; esquadro metálico de 90 ± 0,5°; balança com resolução de até 10 g.
Cada corpo-de-prova é constituído por um bloco principal, íntegro e isento de defeitos devendo ser recebidos,
identificados, limpos, ter as rebarbas retiradas e colocados em ambiente protegido que preserve suas características
originais.
A determinação das medidas das faces – dimensões efetivas devem ser feitas em superfície plana e
indeformável. Devendo ser expressos os valores individuais das dimensões das faces de cada um dos corpos-de-prova,
em milímetros, valor da média de cada uma das dimensões consideradas, calculado como a média aritmética dos valores
individuais, em milímetros e valores de referência das tolerâncias dimensionais.
A espessura das paredes externas deve ser medida em no mínimo e cada um dos lados do bloco, nos pontos
onde a parede apresentar menor espessura. As medições das espessuras dos septos devem ser obtidas na região central
destes, utilizando no mínimo quatro medições, buscando os septos de menor espessura. Caso o bloco apresente ranhuras,
a medição deve ser feita no interior destas. Devendo ser expresso um esquema da face de corte transversal aos furos,
com as indicações dos pontos onde os valores das espessuras foram obtidos, os valores individuais das espessuras das
paredes externas e dos septos, para cada um dos corpos-de-prova, expressos em milímetros e valores de referência dos
limites dimensionais.
Para a realização do ensaio de determinação do desvio em relação ao esquadro (D) os corpos-de-prova devem
ser colocados sobre uma superfície plana e indeformável. Deve-se medir o desvio em relação ao esquadro entre uma das
faces destinadas ao assentamento e a maior face destinada ao revestimento do bloco empregando-se o esquadro metálico
e a régua metálica. Devendo ser expressos os valores individuais do desvio em relação ao esquadro (D) para cada um
dos corpos-de-prova, expressos em milímetros e valor de referência do limite dimensional.
Para a realização do ensaio de determinação da planeza das faces os corpos-de-prova devem ser colocados
sobre uma superfície plana e indeformável. Deve-se determinar a planeza de uma das faces destinadas ao revestimento
através da flecha formada na diagonal empregando-se o esquadro metálico e a régua metálica.
A determinação da área bruta é aplicável para o bloco de vedação e estrutural e a determinação da área líquida
exclusivamente para bloco estrutural. A área bruta é determinada medindo-se a largura (L), a altura (H) e o
comprimento (C) dos blocos a serem ensaiados e é obtida pelo produto de L x C, expressa em centímetros quadrados,
com aproximação decimal.
A determinação da área líquida é realizada da seguinte forma: após a determinação da área bruta, imergir os
blocos em água fervente por 2 h ou em água à temperatura ambiente por 24 h, após saturados, os blocos devem ser
pesados imersos em água à temperatura de (23 ± 5)ºC; o valor obtido é a sua massa aparente ma; retirar os blocos,
enxugá-los superficialmente com um pano úmido e pesá-los imediatamente, obtendo-se a sua massa saturada mu, área
líquida, expressa em centímetros quadrados, de cada bloco, calculada segundo a expressão:

(mu − ma )
Aliq = onde: Aliq é igual a área liquida, em centímetros quadrados, com aproximação decimal
γ .H
mu - massa do bloco saturado, em gramas;
m a - massa aparente do bloco, em gramas;
H - altura do bloco, em centímetros;
γ - massa específica da água, tomada igual a 1, em gramas por centímetro cúbico .
Deve ser expresso o valor médio da área bruta, calculado como a média aritmética dos valores individuais e
valor médio da área líquida, calculado como a média aritmética dos valores individuais.

Determinação da massa seca e do índice de absorção d água


UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
A determinação da massa seca e do índice de absorção d’água deve ser realizada de acordo com a “ABNT
NBR 15270-3 - Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação – Métodos de ensaio Anexo B”
A aparelhagem necessária para a execução do ensaio: balança com resolução de até 5 g e estufa com
temperatura ajustável a (105 ± 5)ºC.
Cada corpo-de-prova é constituído por um bloco principal, íntegro e isento de defeitos devendo ser recebidos,
identificados, limpos, ter as rebarbas retiradas e colocados em ambiente protegido que preserve suas características
originais.
A determinação da massa seca e realizada da seguinte forma: retirar do corpo-de-prova o pó e outras partículas
soltas, submeter os corpos-de-prova à secagem em estufa a (105 ± 5)ºC, determinar a massa individual, em intervalos de
1 h, até que duas pesagens consecutivas de cada um deles difiram em no máximo 0,25%, pesando-os imediatamente
após a remoção da estufa e medir a massa seca (ms) dos corpos-de-prova após a estabilização das pesagens, nas
condições acima estabelecidas, expressando-as em gramas.
A determinação da massa seca e realizada da seguinte forma: após a determinação da massa seca (ms), os
corpos-de-prova devem ser colocados em um recipiente de dimensões apropriadas, preenchido com água à temperatura
ambiente, em volume suficiente para mantê-los totalmente imersos, os corpos de prova devem permanecer imersos em
água a à temperatura ambiente durante 24 h, estando a água do recipiente à temperatura ambiente, os corpos-de-prova
saturados devem ser removidos e colocados em bancada para permitir o escorrimento do excesso de água, tempo
decorrido entre a remoção do excesso de água na superfície e o término das pesagens não deve ser superior a 15 min, a
massa úmida (mu), expressa em gramas, é determinada pela pesagem de cada corpo-de-prova saturado, os resultados das
pesagens devem ser expressos em gramas.
( )
O índice de absorção d água AA de cada corpo-de-prova é determinado pela expressão:
mu − m s
AA(% ) = x100 Onde mu e ms representam a massa úmida e a massa seca de cada corpo-de-prova,
ms
respectivamente, expressas em gramas.
Devem ser expressos os seguintes resultados: valores individuais da massa seca (ms), em gramas, valores
individuais do índice de absorção d’água AA, em porcentagem e valores de referência do índice de absorção d’água.

Determinação da resistência à compressão dos blocos estruturais e de vedação


A determinação da resistência à compressão dos blocos estruturais e de vedação é realizada de acordo com a
“ABNT NBR 15270-3 - Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação – Métodos de ensaio Anexo C”
Deve-se medir a largura (L), altura (H) e o comprimento (C) dos blocos, para a regularização das faces de
trabalho dos corpos-de-prova, devem ser utilizados pastas de cimento ou argamassas com resistências superiores às
resistências dos blocos na área bruta, a superfície onde o capeamento será executado não deve se afastar do plano mais
que 8 x 10-2 mm para cada 4 x 102 mm, o capeamento deve apresentar-se plano e uniforme no momento do ensaio, não
sendo permitidos remendos, a espessura máxima do capeamento não deve exceder 3 mm, alternativamente, as faces dos
corpos-de-prova podem ser regularizadas por meio de uma retífica, dispensando-se assim o capeamento.
Todos os corpos-de-prova devem ser ensaiados de modo que a carga seja aplicada na direção do esforço que o
bloco deve suportar durante o seu emprego, sempre perpendicular ao comprimento e na face destinada ao assentamento.
Os corpos-de-prova devem ser preparados da seguinte forma: cobrir com pasta de cimento (ou argamassa) uma
placa plana indeformável recoberta com uma folha de papel umedecida ou com uma leve camada de óleo mineral,
aplicar à face destinada ao assentamento sobre essa pasta (ou argamassa) exercendo sobre o bloco uma pressão manual
suficiente para fazer refluir a pasta (ou argamassa) interposta, de modo a reduzir a espessura no máximo a 3 mm; logo
que a pasta (ou argamassa) estiver endurecida, retirar com espátulas o excesso de pasta existente, passar, em seguida, à
regularização da face oposta, após procedimento indicados deve-se obter assim um corpo-de-prova com duas faces de
trabalho devidamente regularizadas e tanto quanto possível paralelas, após o endurecimento das camadas de
capeamento, imergir os corpos-de-prova em água no mínimo durante 6 h e nos casos em que as faces de assentamento
são regularizadas por uma retífica, não se aplicam os procedimentos anteriores citados.
A execução do ensaio deve ser a seguinte: os blocos devem ser ensaiados na condição saturada, todos os
corpos-de-prova devem ser ensaiados de modo que a carga seja aplicada na direção do esforço que
o bloco deve suportar durante o seu emprego, sempre perpendicular ao comprimento e na face destinada ao
assentamento, o corpo-de-prova deve ser colocado na prensa de modo que o seu centro de gravidade esteja no eixo de
carga dos pratos da prensa, proceder ao ensaio de compressão, regulando os comandos da prensa, de forma que a tensão
aplicada, calculada em relação à área bruta se eleve progressivamente à razão de (0,05 ± 0,01) MPa/s.
Ao final devem ser expressos os seguintes resultados paras os blocos cerâmicos estruturais: valor médio de
cada uma das dimensões dos blocos medidos, desenho esquemático de como os corpos-de-prova foram ensaiados,
ressaltando a posição dos furos, resistência à compressão de cada corpo-de-prova, expressa em megapascals, com
aproximação decimal, obtida dividindo-se a carga máxima, expressa em newtons, observada durante o ensaio, pela
média das áreas brutas das duas faces de trabalho de cada bloco, expressa em milímetros quadrados, resistência média
dos blocos expressa em MPa, com aproximação decimal, calculada como a média aritmética dos valores individuais,
resistência característica à compressão estimada, desvio-padrão, em megapascals, coeficiente de variação, em
porcentagem, valor de referência da resistência característica à compressão.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
Ao final devem ser expressos os seguintes resultados paras os blocos cerâmicos de vedação: valor médio de
cada uma das dimensões dos blocos medidos, desenho esquemático de como os corpos-de-prova foram ensaiados,
ressaltando a posição dos furos, resistência à compressão de cada corpo-de-prova, com aproximação decimal e expressa
em megapascals, obtida dividindo-se a carga máxima, expressa em newtons, observada durante o ensaio, pela média das
áreas brutas das duas faces de trabalho de cada bloco, expressa em milímetros quadrados, valor de referência da
resistência à compressão.

Analise os resultados obtidos nos ensaios de uma amostra de blocos cerâmicos de vedação representativa de um
lote de 10000 unidades, procedente de uma fábrica da região de Viçosa e conclua sobre a aceitação deste lote de blocos
com vistas à utilização em uma obra sob sua responsabilidade.

2.1) Determinação das características geométricas largura, altura, desvio em relação ao


esquadro e planeza das faces:
Corpo de Largura (mm) Altura (mm) Comprimento (mm) D. em relação ao Planeza das
Prova nº L1 L2 H1 H2 C1 C2 esquadro (mm) faces (mm)
1 140,9 141,0 185,5 186,4 291,0 289,0 4,0 3,0
2 145,4 142,3 182,6 183,1 283,0 281,0 4,5 1,5
3 141,3 144,6 183,0 184,3 282,0 283,0 4,5 3,0
4 144,9 141,8 184,4 184,5 282,0 283,0 2,5 3,0
5 141,8 142,6 183,0 183,5 284,0 288,0 6,5 2,0
6 142,3 143,6 186,2 187,7 287,0 288,0 6,0 4,5
7 143,0 144,3 185,5 185,4 284,0 287,0 3,5 4,0
8 143,8 144,3 187,3 186,0 292,0 292,0 7,0 4,0
9 146,6 144,3 185,0 185,5 287,0 287,0 4,5 4,0
10 144,8 141,6 185,1 187,1 290,0 288,0 6,0 4,5
11 144,9 142,4 185,5 185,2 287,0 288,0 5,0 4,0
12 144,1 146,6 185,3 183,5 287,0 288,0 3,5 4,0
13 149,4 142,7 181,9 181,4 285,0 282,0 6,0 7,5

2.2) Espessuras das paredes externas e septos:


Corpo de Espessura das paredes externas Espessura dos septos
Prova nº e1 e2 e3 e4 s1 s2 s3 s4
1 7,9 8,1 7,9 8,3 6,3 6,6 6,7 7,3
2 7,9 7,8 8,6 8,9 7,1 7,2 7,9 7,0
3 8,5 8,6 7,8 7,6 6,5 7,0 6,8 7,4
4 8,2 8,9 8,0 7,2 7,0 7,0 6,9 7,4
5 8,3 7,0 8,2 8,4 6,6 7,0 7,3 7,5
6 7,6 8,4 8,1 8,6 6,7 7,2 7,2 7,1
7 7,5 7,4 8,0 8,1 6,5 6,9 7,1 6,6
8 8,1 7,6 7,9 8,0 6,9 6,4 6,9 6,7
9 7,4 7,6 8,1 8,4 6,5 6,6 7,0 6,7
10 7,6 7,9 8,3 8,0 6,5 6,6 7,9 7,9
11 7,9 8,1 8,4 7,7 6,9 7,0 6,9 7,1
12 7,5 8,2 7,5 8,0 5,8 6,9 6,8 6,6
13 6,9 7,9 8,1 8,1 6,5 6,4 7,5 6,9

2.4) Verificação da resistência à compressão.


UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
Dimensões médias (mm) Tensão de
Corpo de Carga de
Face 1 Face 2 ruptura
Prova n.º ruptura (kgf)
Largura Comp. Altura Largura Comp. Altura (MPa)
01 140,9 291,0 185,5 141,0 289,0 186,4 6870
02 145,4 283,0 182,6 142,3 281,0 183,1 10100
03 141,3 282,0 183,0 144,6 283,0 184,3 7790
04 144,9 282,0 184,4 141,8 283,0 184,5 7860
05 141,8 284,0 183,0 142,6 288,0 183,5 9310
06 142,3 287,0 186,2 143,6 288,0 187,7 5550
07 143,0 284,0 185,5 144,3 287,0 185,4 7110
08 143,8 292,0 187,3 144,3 292,0 186,0 9010
09 146,6 287,0 185,0 144,3 287,0 185,5 6450
10 144,8 290,0 185,1 141,6 288,0 187,1 5480
11 144,9 287,0 185,5 142,4 288,0 185,2 6850
12 144,1 287,0 185,3 146,6 288,0 183,5 7840
13 149,4 285,0 181,9 142,7 282,0 181,4 8440

2.3) Determinação da absorção de água:


Peso seco em estufa
Corpo de prova n.º Peso sat. sup. seca (g) Absorção (%)
(g)
01 4710 5582
02 4513 5354
03 4582 5357
04 4639 5441
05 4631 5578
06 4691 5520

3 - Telhas cerâmicas
A “NBR 15310 – Componentes cerâmicos – Tenhas – Terminologia, requisitos e métodos de ensaio ” dá a
seguinte definição para o material: componente cerâmico destinados à montagem de cobertura estanque à água.
Nesta norma foi elaborada uma nova termologia para as telhas, englobando-as em quatro tipos:
Telhas planas de encaixe: Telhas cerâmicas planas que se encaixam por meio de sulcos e saliências.
Telhas compostas por encaixe: Telhas cerâmicas planas que possuem geometria formada por capa e canal no mesmo
componente.
Telhas simples de superposição: Telhas cerâmicas formadas pelos componentes capas canal independentes.
Telhas planas de sobreposição: Telhas cerâmicas planas que somente se sobrepõem.
A telha cerâmica deve trazer, a identificação do fabricante e os outros dados gravados em relevo ou reentrância,
sem que prejudique o seu uso. Devendo constar na inscrição no mínimo o seguinte:
a) identificação do fabricante, município e do estado da federação;
b) modelo da telha;
c) rendimento da telha;
d) dimensões na sequência: largura de fabricação x comprimento de fabricação x posição do pino ou furo de
amarração em centímetros;
e) galga média;
A telha pode apresentar ocorrências tais como esfoliações, quebras, lascados, e rebarbas que não prejudiquem o
seu desempenho. A telha deve apresentar som semelhante ao metálico, quando suspensa por uma extremidade e
percutida.
Todo lote de fabricação deve ser dividido em lotes de fornecimento de até 100 000 telhas ou fração. De cada
lote será extraída uma amostra para realização de ensaios de acordo com a tabela seguinte:

Número de telhas
Verificação
1ª amostra 2ª amostra
30 30 Identificação, características visuais e sonoridade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
A forma e as dimensões das telhas, bem como as tolerâncias para estas dimensões, constam da norma de
padronização “NBR 8038”:
Comprimento Largura. Comprimento útil
400 ± 8 mm 240 ± 4,8 mm 340 ± 6,8 mm
O empenamento não deverá ser superior a 5 mmmm e sua verificação consiste em colocar a telha sobre um plano
horizontal, com a sua face inferior voltada para cima, e medir com um pente de folgas a separação existente entre seus
vértices e o plano.
A massa da telha seca em estufa não deverá ser superior a 3 kg e absorção de água não deverá ser superior a
20%. As determinações destas características são feitas de acordo com o procedimento anteriormente descrito constante
da “NBR 8947 – Determinação da massa e absorção de água de materiais cerâmicos”.
Submetida ao ensaio de permeabilidade conforme o procedimento a seguir descrito, baseado na “NBR 8948 –
Verificação da impermeabilidade de telha cerâmica”, a telha não deverá apresentar vazamentos ou formação de gotas,
sendo, porém tolerado o aparecimento de manchas de umidade:

Determinação das características dimensionais e do rendimento médio

Prescreve-se a seguir o método para determinação das características dimensionais (dimensões básicas das
telhas, rendimento médio, planaridade (pl) e retilineidade(r).
Sendo necessária a seguinte aparelhagem para a execução do ensaio: paquímetro com sensibilidade de no
mínimo 1 mm; defletômetro, com sensibilidade de 1 mm; régua metálica graduada com sensibilidade mínima de 1 mm;
pente de folga de espessura mínima de 1 mm;

1. Determinação dos valores das dimensões básicas e do rendimento médio: após o preparo dos corpos
de prova, as telhas devem ser dispostas em uma superfície plana, e a medição deve ser efetuada no sentido transversal
(largura) e longitudinal (comprimento), sempre na maior dimensão da telha.

2. Determinação da distância do pino de amarração à extremidade e altura do pino: a determinação da


distância do pino e feita determinando-se a distância da face interna do pino ou da borda do furo de amarração à
extremidade final da telha no sentido longitudinal correspondente ao pino ou furo de amarração. A altura do pino deve
ser media entre o plano de apoio da telha e o topo do pino.

3. Execução do ensaio para a determinação do rendimento médio (Rm ) : para determinação do


rendimento médio deve se dispor de cinco telhas de modo que um telha é fixada no centro e as demais são ajustadas e
volta. Em cada novo conjunto de medições a telha central deve ser substituída quatro vezes. A cada substituição da
posição das telhas, são feitas duas medições da largura útil, mínima e máxima, e duas medições do comprimento útil,
mínimo e máximo. Os valores mínimos são óbitos ajustando as telhas com o menor afastamento entre si e, para obtenção
dos valores máximos, as telhas são ajustadas com o maior afastamento entre si. Os valores médios da largura e do
comprimento são obtidos pela média aritmética considerando as telhas de menor e com maior afastamento. A área
útil ( Au ) é obtida pelo produto da largura útil média (L ) e o comprimento útil médio (Cu ,m ) , obtendo-se o
u ,m

rendimento médio (Rm ) , conforme a seguinte equação:

( Rm ) = 1
Au

Ensaio de Permeabilidade (Pl)

Após o preparo das telhas, estas devem ser ensaiadas sobre uma superfície plana (não apresentando desnível
maior que 0,025 mm) e indeformável, de dimensões maiores que a telha. As medições nas telhas planas de encaixe são
feitas apoiando-as em três pontos e medindo-se os afastamentos máximos da superfície de uma das extremidades da
telha, em relação à superfície de apoio. Os resultado e expresso pelo afastamento máximo da superfície plana.

Determinação da retilineidade

Antes de proceder às medições, o defletômetro deve estar zerado e disposto sobre uma superfície
plana. A retilineidade e avaliada no sentido longitudinal e deve ser medida em um ponto central em relação a dois
outros pontos fixos. Os resultados devem ser apresentados com todos os valores individuais medidos, com respectivo
sinal; se o afastamento for para baixo, a borda apresenta concavidade; assim sendo, adota-se o sinal positivo ou, quando
para cima, a borda apresenta convexidade, e assim adota-se sinal negativo.
Ensaio de Permeabilidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
Este ensaio consiste na verificação qualitativa da passagem ou não de água através da espessura do telhado,
quando submetida a uma pressão constante de água na sua face superior.
Sendo necessária a seguinte aparelhagem:
Moldura estanque à água, a lamina deve recobrir no mínimo 65 % da área determinada pelo comprimento e
largura totais do corpo de prova; superfície plana impermeável com área superficial igual ou superior a área da telha;
espelho com área superficial igual ou superior a área da moldura.
As telhas devem ser mergulhadas em água a temperatura ambiente por no mínimo 24 h o por no mínimo 2 h em
água fervente e seguida devem ser secas a temperatura de 105 ± 5°C ate o momento em que a telha apresente massa
constante. Após a estabilização da massa as telhas devem ser resfriadas naturalmente até atingirem temperatura
ambiente. As molduras devem ser aplicadas nas superfícies superiores das telhas e adequadamente seladas. A seguir
devem ser preenchidas de água de modo que a coluna de água na parte mais profunda da telha tenha uma altura mínima
de 60 mm e na parte mais alta de 10 mm, mantendo-se sempre a coluna de água constante. As telhas devem ser
submetidas a pressão de coluna de água por no mínimo 24 h; O indicativo de marcas de água na superfície do espelho
em qualquer instante indica a permeabilidade da telha.

Ensaio de Flexão Simples – Flexão em três Pontos.


Prescreve a seguir o método de ensaio para verificação da carga de ruptura à flexão simples.
Aparelhagem e instrumentação:Dispositivo que permita a aplicação de carga a uma razão máxima de 50 N/s,
com dispositivo de leitura com sensibilidade de 10 N; barra metálica com comprimento superior à largura total do corpo
de prova que possua articulação conectada ao dispositivo de carga; trena metálica com sensibilidade mínima de 1 mm;
dois apoios inferiores e um superior de seção transversal retangular de gesso, argamassa (traço 1:1, em volume) ou
madeira dura e largura aproximada de 30 mm, altura mínima de 40 mm, para os apoios inferiores e largura e largura
aproximada de 30 mm, altura mínima de 30 mm para os cutelos superiores e comprimento mínimo superior a largura
total do corpo de prova, recomenda-se para o cutelo de madeira o uso de uma tira de feltro ou borracha na interface dos
apoios e o corpo de prova, situados sobre articulações metálicas; o cutelo pode ser moldado na superfície superior do
corpo de prova.
Método de ensaio: Assentar os corpos de prova sobre os apoios inferiores, de modo que um deles se situe no
local ocupado pelo apoio no telhado; O outro deve estar situado a uma distancia do primeiro igual à galga média ou
afastamento médio entre apoios declarado pelo produtor; na ausência desse dado, colocar o segundo apoio a uma
distancia de 30 mm da borda; o vão livre teórico deve ser anotado; Colocar o sistema de apoios e corpo de prova, de
modo que a barra de aplicação de carga se alinhe paralelamente aos apoios inferiores e esteja eqüidistante de ambos e
aplicar a carga no ponto correspondente a metade da largura do corpo de prova; Aplicar a carga a uma velocidade
constante de (50 ± 5) N/s, sem golpes até a ruptura do corpo de prova; Registrar o valor da carga máxima de ruptura de
cada corpo de prova em newtons, arredondando para uma casa decimal registrar a temperatura ambiente e a umidade
relativa do ar durante a realização do ensaio.

Determinação da massa seca e absorção de água.


Prescreve a seguir o método de ensaio para determinação da massa seca (ms ) e da absorção de água (AA ) .
Aparelhagem e instrumentação: balança com sensibilidade de 10 g; Estufa com temperatura ajustável a (105 ±
5) °C; Recipiente com capacidade para acomodar os corpos de prova imersos.
Execução do ensaio:
Determinação da massa seca (m s ) : Retirar do corpo de prova o pó e outras partículas soltas; Submeter os
corpos de prova a secagem em estufa a (105 ± 5) °C; Determinar a massa individual, em intervalos de 1 hora, até que
duas pesagens consecutivas não difiram mais que 0,25%, pesando imediatamente após a remoção da estufa; Medir a
massa seca após a estabilização das pesagens nas condições acima estabelecidas, expressando em gramas.
Determinação da massa úmida (mu ) : Após a determinação da massa seca os corpos de provas devem ser
colocados em um recipiente de dimensões apropriadas, preenchido de água a temperatura ambiente e totalmente imersa;
manter os corpos de prova completamente imersos e água à temperatura ambiente durante 24 h; os corpos de prova
saturados devem ser removidos e colocados na vertical, para o escorrimento da água em excesso, a água remanescente
deve ser removida com um pano limpo e úmido, observando que o tempo de remoção de água em excesso e o término
da pesagem não deve se superior a 15 minutos; a massa úmida é determinada pela pesagem de cada corpo de prova
saturado, e é expressa em gramas.
(
Determinação do índice de absorção de água AA : )
O índice de absorção de água de cada corpo de prova é determinado pela expressão:
mu − m s
AA(% ) = x100
ms

Onde mu e m s são respectivamente a massa seca e a massa úmida do corpo de prova, expressas e gramas.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

Determinação da galga média


Aparelhagem e instrumentação:
a) estrutura metálica construída sobre apoios moveis e ajustável a galga;
b) trena de aço com sensibilidade’ de 1 mm.
Execução do ensaio
Após a montagem dos corpos de prova sobre a estrutura, devem ser feitas as seguintes atividades:
• Ajustar os apoios, considerando o afastamento mínimo entre as telhas;
• Proceder e registrar a medição do comprimento total mínimo (Ct min ) , que corresponde à medida do primeiro
ao sexto apoio.
• Reajustar os apoios, considerando o afastamento máximo entre as telhas;
• Proceder e registrar a medição do comprimento total máximo (Ct max ) , corresponde à medida do primeiro ao
sexto apoio.
• Calcular a galga mínima (G min ) :
Gmin = Ct min 5
• Calcular a galga máxima (G máx ) :
Gmax = Ct max 5
• Galga média (G m ) :
Gm = (Gmax + Gmin ) 2

A carga de ruptura à flexão não deverá ser inferior a 70 kgf e sua verificação se faz de acordo com o seguinte
procedimento, conforme a “NBR 6462 – Determinação da carga de ruptura à flexão de telha cerâmica do tipo francesa”:
• Preparar cada corpo de prova moldando-se 3 coxins de argamassa de cimento e areia ou de gesso, com
dimensões aproximadas de 30 x 30 x 240 mm, com o objetivo de transferir à telha a carga linearmente
distribuída. Na face inferior da telha devem ser executados dois coxins situados nas regiões de apoio da telha e
o terceiro coxim deve ser executado na face oposta da telha, a meia distância dos dois primeiros.
• Após o endurecimento dos coxins, os corpos de prova devem ser imersos em água por 24 hs.
• Pouco antes do ensaio retirar os corpos de prova da água, enxugá-los superficialmente e medir a distância entre
eixos longitudinais dos coxins extremos da telha, que será adotado com vão livre teórico.
• Colocar o corpo de prova com os coxins extremos apoiando os sobre os apoios articulados da máquina de
ensaios e colocar sobre o coxim intermediário uma barra cilíndrica de aço com diâmetro de 20 mm e
comprimento mínimo de 250 mm para a transmissão da carga. Aplicar o carregamento até a ruptura à razão de
5 kgf/s.
Após a ruptura do corpo de prova medir a espessura da telha em diversos pontos da seção fraturada, registrando
sua espessura mínima.
As exigências quanto às dimensões, ao empenamento, à massa, à absorção de água, à impermeabilidade e à
resistência à flexão são verificadas em uma amostra com 6 exemplares representativa de lotes com quantidade máxima
de 40000 telhas, pelo critério da dupla amostragem, já exposto, de acordo com o disposto na tabela seguinte.

Números de aceitação e de rejeição do critério de dupla amostragem


Unidades defeituosas
Amostra
Lote 1ª amostra 1ª + 2ª amostra
1ª 2ª Nº aceitação Nº rejeição Nº aceitação Nº rejeição
40000 6 6 1 3 3 4
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
Analise os resultados obtidos nos ensaios de uma amostra de telhas cerâmicas do tipo francesa representativa
de um lote de 40000 unidades, procedente de uma fábrica da região de Viçosa e conclua sobre a aceitação deste lote de
telhas com vistas à utilização em uma obra sob sua responsabilidade.

3.1) Dimensões , empenamento e planariade


Dimensões efetivas, posição do pino e planaridade
Corpo de Comprimento Largura Distancia do pino à Altura do Planaridade
prova n.º efetivo (cm) efetiva extremidade (cm) Pino (mm) (mm)
(cm)
01 41,5 24,1 37,6 98 4,0
02 41,8 24,3 37,5 105 4,2
03 41,5 24,3 37,5 93 3,5
04 41,6 24,1 37,6 100 4,5
05 41,5 24,2 37,6 110 2,5
06 41,6 24,2 37,8 88 3,0
3.2) Condições especificas
São condições específicas da telha cerâmica: a massa no estado seco, a absorção de água, a impermeabilidade e
a carga de ruptura à flexão.
Estas características foram determinadas em laboratório cujas condições ambientais durante a realização dos
ensaios foram: umidade relativa do ar igual 55% e temperatura igual 19ºC

Massa Impermeabilidade
CP Absorção
seca Vazamento Gotejamen- Mancha-
n.º (%)
(kg) to mento
07 2,551 20,3 não não sim
08 2,556 21,1 não não sim
09 2,569 20,3 não não sim
10 2,546 20,4 não não sim
11 2,573 19,9 não não sim
12 2,540 20,9 não não sim

Corpo de Ensaio de flexão Retilineidade Rendimento médio/ dimensões uteis


prova n.º Carga Vão livre (mm) L.U. Max C. U. Max L. U. mín C. U. mín
(kgf) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm)
01 104 34 -2,83 22,4 35,3 20,2 34,3
02 97 34 -1,85 22,3 35,6 20,1 34,5
03 104 34 0,97 22,5 35,3 20,4 34,1
04 97 34 -2,41 22,3 35,4 20,2 34,2
05 90 34 -1,63 22,2 35,1 20,3 34,3
06 90 34 -1,33

Elabore um relatório contendo a descrição dos ensaios realizados, a apresentação e a análise dos resultados
obtidos e as conclusões a que se chegaram sobre o atendimento às especificações técnicas dos materiais ensaiados.
Destaque a importância do atendimento aos padrões técnicos para a garantia da qualidade das construções.

Você também pode gostar