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• Generalidades

– Mais antigo material de construção (palafitas);

– Facilidade de obtenção;

– Facilidade de adaptação.

Abdul Espelhado - Europa

Vantagens
• Na flexão resiste tanto a esforços de tração como
de compressão;
• Baixo peso próprio e grande resistência mecânica;
• Grande capacidade de absorver choques;
• Boas características de isolamento térmico e
acústico;
• Grande variedade de padrões;
• Facilidade de ser trabalhada;
• Ligações fáceis e simples
• Custo de produção reduzido ⇒ reservas renováveis.
Abdul Espelhado - Europa

1
Desvantagens

• Material heterogêneo e anisotrópico;


• Formas limitadas: alongadas e de seção
transversal reduzida;
• Deterioração fácil;
• Combustível;
• Variações volumétricas x Variação de
umidade
Abdul Espelhado - Europa

Utilização das madeiras para


fins energéticos
Óleo
Carvão
combustível Metanol
vegetal

Hidrogenação
Carbonização Gaseificação

Madeiras
Hidrólise
Combustão
sacarificação
Biodigestão
Madeira
Etanol
combustível
Gás
metano
Abdul Espelhado - Europa

2
Derivados da madeira
Madeira Árvore
roliça Madeira em pé

Madeira
Laminação Resinagem
para fibra

Chapa Celulose
Compensado Breu Terebentina
de fibra e papel

Madeira
Serraria serrada

Obtenção de
Aglomerados
cavacos
Abdul Espelhado - Europa

Ponte de madeira roliça

Abdul Espelhado - Europa

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Ponte de madeira roliça

Abdul Espelhado - Europa

Ponte de madeira roliça

Abdul Espelhado - Europa

4
Ponte de madeira roliça

Abdul Espelhado - Europa

Ponte de madeira roliça

Abdul Espelhado - Europa

5
Ponte de madeira roliça

Abdul Espelhado - Europa

Estruturas em madeira laminada

Abdul Espelhado - Europa

6
Estruturas em madeira laminada

Abdul Espelhado - Europa

Estruturas em madeira laminada

Abdul Espelhado - Europa

7
Estruturas em madeira laminada

Abdul Espelhado - Europa

Estruturas em madeira laminada

Abdul Espelhado - Europa

8
Estruturas em madeira laminada

Abdul Espelhado - Europa

Estruturas em madeira laminada

Abdul Espelhado - Europa

9
Estruturas em madeira laminada

Abdul Espelhado - Europa

Estruturas em madeira laminada

Abdul Espelhado - Europa

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Classificação das árvores

• Fanerógamas (vegetais superiores)


• Endógenas/monocotiledôneas
– Germinação interna (desenvolvimento se
processa de dentro para fora)

– Bambu

– Palmeiras

Abdul Rendado - Europa

Classificação das árvores


•Exógenas/dicotiledôneas
–Germinação externa (desenvolvimento se
processa pela adição de novas camadas
concêntricas de células)
–Coníferas (Resinosas ou Gimnospermas)
•Sementes descobertas, folhas aciculares

–Frondosas (Folhosas ou Angiospermas)


•Sementes em frutos, folhas chatas

Abdul Rendado - Europa

11
Utilização de bambu em
estruturas

Abdul Rendado - Europa

Utilização de bambu em
estruturas

Abdul Rendado - Europa

12
Utilização de bambu em
estruturas

Abdul Rendado - Europa

Utilização de bambu em
estruturas

Abdul Rendado - Europa

13
Classificação das madeiras
• Classificação tecnológica
– Madeiras finas → marcenaria: Louro, Cedro
– Madeiras duras ou de lei → construção:
Cabriúna, Grápia;
– Madeiras resinosas → construções provisórias:
Pinho;
– Madeiras brandas → pequena durabilidade:
Timbaúva.

Bubinga - África

Crescimento das árvores

• Raiz

• Caule

• Copa

Carvalho Liso - EUA

14
Crescimento das árvores

Carvalho Liso - EUA

Bosque petrificado

Carvalho Liso - EUA

15
Crescimento das árvores

• Casca

– Protege as árvores contra agentes externos

• Camada cortiçal, líber ou floema (transporta a seiva

elaborada)

• 6CO2 + 12H2O + 647 cal ⇒ C6H12O6 + 6H2O + 6O2

Carvalho Liso - EUA

Crescimento das árvores


• Câmbio
– Tecido merismático (em constante transformação)
• Açúcares e amidos; e
• Celulose e lignina (anéis de crescimento)

• Lenho
– Parte resistente das árvores
• Alburno ou branco, células atuantes, conduzem a
seiva bruta
• Cerne, células impregnadas de lignina, resinas e
taninos, mais denso
Carvalho Liso - EUA

16
Crescimento das árvores
• Medula
– Miolo central, mole
– Vestígio do vegetal jovem

• Raios medulares
– Transportam e armazenam a seiva
• São desenvolvimentos transversais e radiais
• Realizam uma amarração transversal das fibras
• Inibem em parte a retratilidade

Carvalho Liso - EUA

Estrutura fibrosa do lenho


Microestrutura → Células

Ébano - Europa

17
Estrutura fibrosa do lenho
• Frondosas
– Fibras
– Vasos
– Raios medulares (multiserriados)
– Parênquima

Ébano - Europa

Estrutura fibrosa do lenho


• Coníferas
– Traqueídeos
– Canais resinosos
– Raios medulares (uniserriados)
– Parênquima

Ébano - Europa

18
Composição química

• Celulose → 60%
• Lignina → 28%
• Outras substâncias → 12%

Imbuia Pomolé - Brasil

Identificação

• Vulgar → Pinho do Paraná

• Botânica → Araucária angustifolia

• Botânica tecnológica → exame de lâminas

no microscópio

Laurel Rosa - Chile

19
Produção
Exploração racional de reservas florestais

• Corte
– Realizado no inverno
• Maior durabilidade
– Secagem lenta
– Paralisação vegetativa

– Ferramentas
• Machado
• Traçador
• Máquinas de derrubar

Louro Faia Lavado - Brasil

Produção
Exploração racional de reservas florestais
• Toragem
– Facilidade de transporte
(5 a 6m)

Louro Faia Lavado - Brasil

20
Produção
Exploração racional de reservas florestais
• Falquejo
– Seção aproximadamente retangular

Louro Faia Lavado - Brasil

Produção
• Desdobro
– Obtenção de peças estruturais de madeira
maciça

Louro Faia Lavado - Brasil

21
Desdobro
• Peça de maior seção transversal (maior
volume, maior quadrado inscrito na
seção da tora)
– b=d 2

• Peça de maior momento resistente


– b = 0,57d h = 0,82d

Louro Faia Lavado - Brasil

Aparelhamento ou bitolagem
Nomenclatura de peças de madeira serradas
Nome Espessura (cm) Largura (cm)
Pranchão > 7,0 > 20,0
Prancha 4,0 - 7,0 > 20,0
Viga >4,0 11,0 - 20,0
Vigota 4,0 - 8,0 8,0 - 11,0
Caibro 4,0 - 8,0 5,0 - 8,0
Tábua 1,0 - 4,0 > 10,0
Sarrafo 2,0 - 4,0 2,0 - 10,0
Ripa < 2,0 < 10,0
Louro Faia - Brasil

22
Dimensões da madeira serrada
(cm)
• Pranchões • Caibros • Tábuas
– 15,0 x 23,0 – 7,5 x 7,5 – 2,5 x 23,0
– 10,0 x 20,0 – 7,5 x 5,0 – 2,5 x 15,0
– 7,5 x 23,0 – 5,0 x 7,0 – 2,5 x 11,5
• Vigas – 5,0 x 6,0 • Ripas
– 15,0 x 15,0 • Sarrafos – 1,2 x 5,0
– 7,5 x 15,0 – 3,8 x 7,5
– 7,5 x 11,5 – 2,2 x 7,5
– 5,0 x 20,0
– 5,0 x 15,0
Louro Faia - Brasil

Dimensões da madeira beneficiada


(cm)
• Soalho
– Seção de 2,0 x 10,0
• Forro
– Seção de 1,0 x 10,0
• Batente
– Seção de 4,5 x 14,5
• Rodapé
– Seção de 1,5 x 15,0
– Seção de 1,5 x 10,0
• Taco
– Seção de 2,0 x 7,5
Louro Faia - Brasil

23
Propriedades físicas e
mecânicas da madeira

A escolha e utilização de determinada

espécie para fins industriais só poderá ser

realizada com conhecimento preciso de

suas qualidades físicas e mecânicas

Marcore - África

Propriedades físicas e
mecânicas da madeira
• Ensaios de laboratório
Fatores que influenciam e determinam a variação
de resultados
– Material – Condições de ensaio
• Espécie botânica • Velocidade de
da madeira aplicação da carga
• Massa específica • Formatos e
• Diferença entre dimensões dos
alburno e cerne corpos de prova
• Umidade • Direção do esforço
• Defeitos em relação às fibras
Marcore - África

24
Marcação dos corpos de
prova na tora - MB 26

Nogueira - Europa

Localização dos corpos de


prova - MB 26

Nogueira - Europa

25
Características físicas
• Umidade
– Grande importância pois todas as propriedades
mecânicas variam com o teor de umidade
A água na madeira verde:
– Água de constituição das células vivas
• Não é alterada pela secagem;
– Água de adesão ou impregnação
• Satura as paredes da célula
– Água de capilaridade ou livre
• Enche os canais do tecido lenhoso

Nogueira - Europa

Características físicas
• Ponto de Saturação das Fibras (PSF)
– É o ponto onde a madeira perdeu toda a água
livre
– Não existe água livre mas as paredes e os
tecidos estão saturados e inchados
– A remoção da água livre não causa alteração
de volume

PSF ≅ 30% (variável em função da espécie)

Nogueira - Europa

1
Madeira seca ao ar
• Fazendo-se a secagem por exposição ao ar, começa
a evaporar a água de impregnação ou adesão, até
um ponto de equilíbrio entre a umidade do ar e a
da madeira
• A remoção da água de adesão é acompanhada de
variações volumétricas
– Teor de umidade da madeira seca ao ar - 12 a 18%
• Referência para determinação das características
físicas e mecânicas:
– Teor de umidade normal internacional igual a 15%
Nogueira - Europa

A umidade na madeira
Denominação Teor de umidade
Madeira verde h > 30%
Madeira comercialmente
18 < h < 23%
seca
Madeira seca ao ar 12 < h < 18%
Madeira dessecada h < 12%
Abaixo de 23% de umidade pode-se considerar que a
madeira está ao abrigo do ataque dos agentes de
destruição (fungos e bactérias)
Nogueira - Europa

2
Retratilidade
É a propriedade da madeira de alterar suas
dimensões e o volume quando o seu teor
de umidade varia entre o estado anidro e o
estado de saturação (impregnação) dos
tecidos celulósicos.

Volumétrica
Retratilidade Axial
Linear Radial
Tangencial
Olho de Passarinho - EUA

Retratilidade
• Contração volumétrica total
• perda de volume em %, quando a
madeira passa do estado verde ao
estado anidro
• corpos de prova 2 x 2 x 3 cm

Vv - Vs
Ct = × 100
Vs

Olho de Passarinho - EUA

3
Retratilidade
• Contração volumétrica parcial

• perda de volume em %, quando a


madeira passa de estado úmido ao
estado anidro

Vh - Vs
Ch = × 100
Vs

Olho de Passarinho - EUA

Retratilidade
Contração volumétrica, %

15

10

10 20 30 Umidade, %
Coeficiente de retratilidade volumétrica
% de variação do volume para a variação de 1% da umidade
Ct C
η= = h
PSF h Olho de Passarinho - EUA

4
Retratilidade linear
Corpos de prova 2 x 2 x 3 cm com pequenos pregos
fixados segundo as direções tangencial, axial e radial

Lh - Ls
Cl = × 100
Ls
• Contração axial é quase desprezível
• Contração tangencial = 2 x contração radial
• Cont. volumétrica=Σ(Cont. axial, tangencial e radial)
• A madeira se contrai aproximadamente a metade do
total ao estabilizar sua umidade com o meio ambiente

Olho de Passarinho - EUA

Ilustração da retratilidade
sofrida durante a secagem

Olho de Passarinho - EUA

5
Retratilidade de madeiras

Retratilidade Verde a 0% Verde a 15%


Linear tangencial 4 - 14 2-7
Linear radial 2-8 1-4
Linear axial 0,1 - 0,2 0,05 - 0,1
Volumétrica 7 - 21 3 - 10

Olho de Passarinho - EUA

Retratilidade de madeiras
Retratilidade
Qualificação Exemplos
total (%)

Toras com grandes fendas de secagem.


15 a 20 Forte
Devem ser rapidamente desdobradas.

Toras com fendas médias de secagem.


Podem ser conservadas e usadas em
10 a 15 Média
forma cilíndrica (galerias de minas,
pontaletes). Resinosas em geral.

Toras com pequenas fendas, aptas para


5 a 10 Fraca
marcenaria e laminados.

Olho de Passarinho - EUA

6
Retratilidade de madeiras
Teor de umidade Tipo de secagem
Tipo de construção
correspondente a realizar
30% - Madeira saturada
Construções submersas, pilotis, de água, acima do
pontes, açudes, etc ponto de saturação das
fibras
Construções expostas a umidade, 18 a 23% - Madeiras
Parcial no canteiro de
não cobertas e não abrigadas: úmidas, ditas
obras.
cimbres, torres, etc “comercialmente secas”
Construções abrigadas em local
16 a 20% - Madeiras No canteiro ou
coberto mas largamente aberto:
relativamente secas artificial sumária
hangares, entrepostos, telheiros.
Construções em locais fechados e 13 a 17% - Madeiras Natural ou artificial até
cobertos: carpintaria de telhados “secas ao ar” ≅ 15%
10 a 12% - Madeiras
Locais fechados e aquecidos Artificial
bem secas
8 a 10% - Madeiras
Locais com aquecimento artificial Artificial
dessecadas
Olho de Passarinho - EUA

Retratilidade de madeiras
Radial Tangencial Volumétrica
Espécie Coeficiente
(%) (%) (%)
Açoita-cavalo 3,04 7,29 11,93 0,44
Cabriúva 2,75 6,12 10,03 0,47

Canela preta 2,90 7,16 14,51 0,46

Cedro 2,96 5,40 11,81 0,38


Eucalipto
6,46 17,10 23,24 0,56
tereticornis
Louro 3,42 7,78 10,30 0,41

Pinho 3,50 6,76 13,10 0,51


Peroba-rosa 3,70 6,90 12,20 0,55

Olho de Passarinho - EUA

7
Massa específica aparente
• É o peso por unidade de volume aparente
da madeira, a um determinado teor de
umidade Ph
Dh =
Vh
• Obtido pela pesagem e determinação do
volume aparente de C.Ps. 2 x 2 x 3 cm,
retirados de todo o diâmetro e comprimento
da tora Pau Brasil - Brasil

Massa específica aparente

• Peso, massa específica e volume estão


intimamente ligados

• A definição da massa específica deve ser


em um teor de umidade padronizado
– Umidade normal = 15%

D15 = Dh − d ⋅ (h − 15 )
Pau Brasil - Brasil

8
Massa específica aparente

* d - coeficiente de variação da massa


específica para a variação de 1% de
umidade abaixo do PSF

⎛ 1−η ⎞ ⎡ (1 − η )(h − 15 ) ⎤
d = Dh × ⎜ ⎟ ∴ D15 = Dh ⎢1 − ⎥⎦
⎝ 100 ⎠ ⎣ 100
Massa específica aparente - responsável
pelas propriedades físicas e mecânicas da
madeira
Pau Brasil - Brasil

Classificação das madeiras pela


massa específica
Madeira Resinosas Frondosas
Muito leves 0,4 t/m3 0,5 t/m3
Leves 0,4 – 0,5 t/m3 0,5 – 0,65 t/m3
Semi pesadas 0,5 – 0,6 t/m3 0,65 – 0,8 t/m3
Pesadas 0,6 – 0,7 t/m3 0,8 – 1,0 t/m3
Muito pesadas > 0,7 t/m3 > 1,0 t/m3

Pau Brasil - Brasil

9
Massa específica aparente de algumas
espécies nacionais, h = 15%
Espécie t/m3
Açoita-cavalo 0,62
Cabriúva 0,89
Canela-preta 0,63
Cedro 0,49
Eucalipto tereticornis 0,89
Louro 0,69
Peroba-rosa 0,76
Pinho 0,56
Pau Brasil - Brasil

Propriedades mecânicas das


madeiras
• Esforços principais, exercícios no sentido das
fibras, relacionados com a coesão axial do
material:
– Compressão, tração, flexão estática, flexão
dinâmica e cisalhamento
• Esforços secundários, exercidos transversal-
mente às fibras, relacionados com a sua coesão
transversal:
– Compressão, torção, fendilhamento e tração.

Pau Ferro - Brasil

10
Compressão axial de peças
curtas

MB-26: C.P. 2 x 2 x 3 cm:


• Seco ao ar
• Verde

Pau Ferro - Brasil

Compressão axial de peças


curtas
• Coeficiente de correção da resistência
em função da umidade (de teor “h”
para 15%):
σ 15 = σ h + C (h − 15)
• Relação entre a massa específica e a
resistência à compressão axial:
σ c = XD m

Pau Ferro - Brasil

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Compressão axial de peças
curtas
• O módulo de elasticidade à compressão é
calculado para o valor limite de
proporcionalidade da curva experimental
(tensão x deformação unitária).
• MB 26: corpos de prova de 6 x 6 x 18 cm
(madeira verde).

Pau Ferro - Brasil

Compressão axial de peças


curtas
σ
σc
E = σp/εp
σp
σp = 2/3 σc

εp εc ε
Pau Ferro - Brasil

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Compressão axial de peças
longas (flambagem)
• σfl = resistência à compressão afetada pelo
fenômeno da flambagem.
• Índice de esbeltez da peça:
l = comprimento da peça
l
λ = i = raio de giração mínimo
i J
i =
S

Pcrít
σ fl =
S
Pau Paraíso - Brasil

Compressão axial de peças


longas (flambagem)

• Trecho I: Para valores de λ < 40, a tensão crítica

de flambagem σfl é igual à tensão limite da

resistência à compressão σc, colunas curtas,

condicionadas ao comportamento em regime de

deformações plásticas da madeira.

σfl = σc

Pau Paraíso - Brasil

13
Compressão axial de peças
longas (flambagem)
σfl

Trecho I
σfl=σc

40 λ
Pau Paraíso - Brasil

Compressão axial de peças


longas (flambagem)
• Trecho II: valores 40 < λ < λ0, correspondem a
colunas intermediárias, condicionado ao compor-
tamento da madeira no regime de deformação
elasto-plásticas, onde verifica-se flambagem
inelástica, isto é, com tensões superiores ao limite
de proporcionalidade:
σp < σfl < σc
– A NB-11 considera o trecho, em favor da segurança,
retilíneo, com a seguinte equação empírica:
⎡ 1 λ − 40 ⎤
σ = σ × ⎢1 − ×
λ 0 − 40 ⎥⎦
fl c
⎣ 3
Pau Paraíso - Brasil

14
Compressão axial de peças
longas (flambagem)
σfl

Trecho I
σc
Trecho II

σp

40 λ0 λ
Pau Paraíso - Brasil

Compressão axial de peças


longas (flambagem)
• Trecho III: Colunas longas (λ > λ0), a ruptura
acontece dentro do domínio das deformações
elásticas da madeira, por flambagem, isto é,
com tensões inferiores ao limite de
proporcionalidade.
σfl < σp
• A curva é a hipérbole de Euler
π 2 × EJ π2×E
Pcrít = ou σ fl =
l2 λ2
Pau Paraíso - Brasil

15
Compressão axial de peças
longas (flambagem)
σfl

Trecho I
σc
Trecho II

σp
Trecho III

40 λ0 λ
Pau Paraíso - Brasil

Compressão axial de peças


longas (flambagem)
• Pela experiência temos σp ≅ 2/3σc ∴
podemos determinar o valor de λ0, ou seja,
o limite de aplicação da fórmula de Euler:
2 π2×E 3 π2×E
σ fl = σ c = ∴ λ0 = ×
3 λ20 2 σc
• Nova expressão da fórmula de Euler em
função de λ0:
3 π 2E π 2E ⎛λ ⎞
2
2 2
λ = ×
2
∴π E = × σ c λ0 ∴σ fl = 2 ∴σ fl = × σ c ⎜ 0 ⎟
2 2

2 σc λ ⎝λ ⎠
0
3 3
Pau Paraíso - Brasil

16
Tração axial

• Estrutura fibrosa da madeira presta-se

particularmente aos esforços de tração

axial (raramente rompe por tração pura)

σt = (2 a 4) x σc

Pinho de Riga - Alemanha Finlândia

Flexão estática

• MB-26: Corpo de prova ⇒ 2 x 2 x 30 cm

• Madeira verde e seca ao ar

• Carga aplicada diretamente por um cutelo,


no centro do vão biapoiado, de 24 cm,
tangencialmente aos anéis de crescimento

Rádica de Vavona - Europa

17
Flexão estática

P
L/2 L/2

M
σf =
W M
P⋅L
M= 3 P⋅L
4 σf = ⋅
J
W= =
b ⋅ h3
12 =
b ⋅ h2 2 b ⋅ h2
y h 6
2 Rádica de Vavona - Europa

Flexão estática
• Módulo de elasticidade à flexão
• MB-26: corpos de prova de madeira verde
de 6 x 6 x 100 cm, carregados no centro do
vão
L3 ⋅ P
E= L = vão livre, L = 84 cm
4 ⋅ f ⋅ b ⋅ h3 P = limite de proporcionalidade
f = flecha no centro do vão
b = base de seção transversal
h = altura da seção transversal
Rádica de Vavona - Europa

18
Flexão estática

Carga

f Flecha
Rádica de Vavona - Europa

Flexão dinâmica (resiliência)

• A resiliência é o trabalho necessário para


romper um corpo de prova mediante a
aplicação de um choque
• Caracteriza a fragilidade do material
• O esforço é realizado por um choque
aplicado no centro do vão, com um pêndulo
de Charpy

Raiz de Nogueira - EUA

19
Flexão dinâmica (resiliência)
10
W = k ⋅b ⋅h 6
kgm
k = coeficiente de resiliência

0,12 – 0,60 resinosas e as frondosas brandas


k
0,40 – 1,50 frondosas duras

Cota dinâmica = K/D2, onde D é a massa específica

Raiz de Nogueira - EUA

Classificação das madeiras pela


resiliência
Cota
Categoria Utilização
Dinâmica
Madeira inadequada ao
Madeiras frágeis < 0,8 emprego em construções
móveis
Peças submetidas a choques
Madeiras
e vibrações: vagões,
medianamente 0,8 a 1,2
carrocerias, transversinas,
resilientes
caixaria

Madeiras Madeira para aviação, cabo


> 1,2
resilientes de ferramentas, esquis, etc.

Raiz de Nogueira - EUA

20
Compressão transversal

• Aplicação do esforço de compressão no

sentido normal as fibras da madeira:

– Limite de elasticidade

– Limite de resistência

– Módulo de elasticidade.

Sapeli Pomeli - Europa

Tração normal às fibras

• Ao esforço normal das fibras opõe-se


somente a aderência mútua das mesmas,
esta aderência é fraca e o deslocamento
das fibras não exige um grande esforço
• Aderência é função somente da composição
química das substâncias de ligação entre as
fibras
Zebrano - África

21
Tração normal às fibras

Zebrano - África

Fendilhamento

• É um esforço de tração transversal,


aplicado na extremidade de uma peça
entalhada a fim de deslocar as fibras

Abdul Espelhado - Europa

22
Cisalhamento

• Esforços que provocam o deslizamento de


um plano sobre outro

Abdul Rendado - Europa

Dureza

• Resistência à penetração localizada


• Dureza Janka
– Corpo de prova de 6 x 6 x 18 cm
– Esfera com superfície média de 1 cm2
– Mede-se a força necessária para cravar a
esfera na madeira

Bubinga - África

23
Defeitos

1. De crescimento:

• Nós vivos

• Nós mortos

• Desvio do veio; e

• Vento

Carvalho Liso - EUA

Defeitos
2. De produção:
• Desdobro mal conduzido

3. De secagem:
• Rachaduras, fendas e fendilhamento; e
• Abaulamento, arqueamento, curvatura e
curvatura lateral
Carvalho Liso - EUA

24
Defeitos

4. De deterioração:

• Apodrecimento;

• Bolor; e

• Furo de inseto

Carvalho Liso - EUA

Norma alemã - DIN

Classificação Defeitos

Alta resistência Diâmetro de nós

Resistência comum Quantidade de nós

Baixa resistência Inclinação do veio

Imbuia Pomolé - Brasil

25
Norma alemã - DIN

Imbuia Pomolé - Brasil

Deterioração e preservação das


madeiras
• Deterioração
– Putrefação ou podridão - 60%
• Fungos e bactérias
• Condições ambientais
– Ar ⇒ oxigênio atmosférico
– Umidade ⇒ h > 20%
– Temperatura ⇒ 20ºC < t < 30ºC

– Ação de insetos xilófagos - 10%


• Térmites, cupins ou carunchos
Marcore - África

1
Deterioração e preservação das
madeiras
• Deterioração
– Ação de moluscos e crustáceos de água salgada
- 5%
• Teredos e liminória
– Ação do fogo - 20%
• Decomposição da madeira em CO2, vapor de água e
cinzas
– Ação mecânica do vento e ação de agentes
químicos - 5%

Marcore - África

Deterioração e preservação das


madeiras
• Preservação
– Tratamento prévio
• Remoção das cascas
• Secagem
– Natural
– Artificial ⇒ estufas

• Desseivamento
– Injeção de vapor de água saturado em estufas

Marcore - África

2
Deterioração e preservação das
madeiras
• Processos de preservação
– Processos superficiais
• Pintura
• Imersão simples
• Carbonização incipiente
– Processos de impregnação sem pressão ⇒ à
pressão atmosférica
• Imersão em tanque com preservativo a 100oC ⇒ 1 a
2 hs
• Resfriamento no tanque; ou
• Transferência para outro tanque com preservativo frio
⇒ processo dos dois tanques
Marcore - África

Deterioração e preservação das


madeiras
– Processos de impregnação sob pressão ⇒ auto
claves
• Processo BETHELL ou das células cheias
– Vácuo ⇒ 560 mm de Hg
– Admissão de preservativo a quente sob pressão ⇒ 8 a 14
kgf/cm2
– Vácuo para facilitar a secagem
• Processo RUEPING ou das células vazias
– Injeção de ar comprimido ⇒ 1,5 a 7 kgf/cm2
– Admissão do preservativo a quente sob pressão maior
– Vácuo
Marcore - África

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Deterioração e preservação das
madeiras

• Eficiência do tratamento
– Penetração
• Testes colorimétricos
• Observação direta

– Absorção
• Consumo de preservativo

Marcore - África

Deterioração e preservação das


madeiras
• Ensaios de controle de deterioração
– Avaliação da eficiência da preservação
– Determinação do valor impeditivo
• Dosagem mínima de preservativo
– Campos de prova
• Terrenos abertos
• Estacas preservadas
– De 2 x 2 x 50 cm
– De 5 x 10 x 50 cm
• Comparação da vida útil com estacas testemunho
⇒ sem tratamento

Marcore - África

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Deterioração e preservação das
madeiras
• Ensaios de controle de deterioração
– Ensaios acelerados
• Pequenos c.ps. isentos de defeitos

• Contato com cultura de fungos

• Avaliação da perda de:


– Peso

– Resistência mecânica

Marcore - África

Deterioração e preservação das


madeiras
• Produtos tóxicos
– Soluções salinas de sais inorgânicos
• Cloreto de zinco
• Cromato de zinco
• Fluoreto de sódio ⇒ sal de WOOLMANN
• Cloreto de mercúrio
• Sulfato de cobre
• Sais de arsênio
• Pentaclorofenol, etc.

Marcore - África

5
Deterioração e preservação das
madeiras
• Produtos tóxicos
– Óleos preservativos
• Creosotos

• Carbolíneos

– Soluções oleosas
• Substâncias tóxicas mais óleo de baixa
viscosidade como veículo

Marcore - África

Deterioração e preservação das


madeiras
• Produtos impermeabilizantes
– Óleo crus
– Tintas
– Vernizes
• Qualidades de um preservativo
– Toxidez
– Permanência
– Alta penetração
– Segurança à saúde e ao fogo
– Não ser corrosivo a metais
Marcore - África

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Deterioração e preservação das
madeiras

Marcore - África

Deterioração e preservação das


madeiras

Marcore - África

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Deterioração e preservação das
madeiras

Marcore - África

Deterioração e preservação das


madeiras

Marcore - África

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Deterioração e preservação das
madeiras

Marcore - África

Deterioração e preservação das


madeiras

Marcore - África

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Deterioração e preservação das
madeiras

Marcore - África

Deterioração e preservação das


madeiras

Marcore - África

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Deterioração e preservação das
madeiras

Marcore - África

Deterioração e preservação das


madeiras

Marcore - África

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Secagem da madeira
• Secagem natural
– A metade da umidade é evaporada em 30 dias
– Atinge-se o equilíbrio higrométrico em 90 a 150
dias
• Secagem artificial ⇒ em estufas
– Vantagens
• Rapidez de secagem
– Menores imobilizações de estoque e de capital
• Teor de umidade final homogêneo
• Menor perda de material
• Esterilização do material ⇒ fungos e insetos
Nogueira - Europa

Mecanismo de perda de
umidade
• Água de capilaridade
• Água de impregnação
– Diferença entre a tensão de vapor de água
saturante que impregna as paredes celulares na
temperatura em que se encontram e a tensão de
vapor de água do ambiente na temperatura em
que se encontra
– Parcela de água em combinação coloidal com a
própria substância da madeira
• Evaporação superficial x difusão da umidade
– Equilíbrio higroscópio
– Curvas de secagem
Nogueira - Europa

12
Estufas de secagem
• Fonte de calor
• Dispositivo de umidificação
• Dispositivo de circulação de ar
• Esquema de funcionamento
– Determina se o teor de umidade da madeira
– Regulam-se a temperatura e a umidade da
estufa para uma umidade de equilíbrio
higroscópio imediatamente inferior
– Repetem-se as operações sucessivamente

Nogueira - Europa

Estufas de secagem

Nogueira - Europa

13
Estufas de secagem

Nogueira - Europa

Classificação das madeiras em


função da secagem
Tipo de secagem Madeira
Cedro, guarapuruvú, caixeta e
Fácil secagem
tamboril

Pinho do Paraná, peroba rosa,


Média secagem cabriúva, ipê, pau marfim, feijó,
açoita cavalos, jequitibá

Imbuia, canela, amendoeira,


Difícil secagem
caviúna, aroeira, jatobá, faveiro

Nogueira - Europa

14
Defeitos de secagem
• Colapso
• Achatamento das células devido à rápida retirada da

água dos poros celulares

• Empenos

• Fendas

Nogueira - Europa

Madeira transformada

• Transformação na estrutura fibrosa

– Correção de características negativas


• Madeira reconstituída

• Madeira aglomerada

• Madeira compensada

Olho de Passarinho - EUA

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Madeira transformada
• Vantagens
– Homogeneidade na composição e isotropia no
comportamento físico e mecânico
– Tratamentos de preservação e ignifugação
mais eficientes
– Melhoria de características físicas e mecânicas
– Execução de chapas, blocos e formas moldadas
para aplicação diversas
– Aproveitamento integral do lenho
Olho de Passarinho - EUA

Madeira reconstituída
• Desfibramento do tecido lenhoso
– Moega
– Autoclave ⇒ processo MASON
• União das fibras por prensagem
– Baixa pressão ⇒ soft board
– Alta pressão ⇒ hard board
• Ligantes
– Lignina
– Fenol, uréia, caseína, resinas sintéticas
Pau Brasil - Brasil

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Madeira aglomerada
• Pequenos fragmentos de madeira
– Lascas, virutas, maravalhas e flocos
• Ligante
– Mineral
• Cimento Portland, gesso e magnésia Sorel
– Orgânico
• Uréia-formaldeido, uréia-melanina-formaldeido,
fenol-formaldeido, etc.
• Prensagem
– A quente
– A frio
Pau Ferro - Brasil

Madeira aglomerada

Pau Ferro - Brasil

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Madeira aglomerada

Pau Ferro - Brasil

Madeira aglomerada

Pau Ferro - Brasil

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Madeira compensada
• Patente de 1886 ⇒ WITIKOWSKI
• Finas folhas de madeira coladas entre si
– Disposição perpendicular das fibras de uma
folha em relação às fibras da outra folha
– Número ímpar de folhas ⇒ 3, 5, 7...
– Extração da folha
• Descascador ⇒ 1 mm < e < 6 mm
• Faqueadeira ⇒ e = 1 mm
Pau Paraíso - Brasil

Madeira compensada

• Colagem
– Cola de ossos
• Caseína

– Resina sintética

• Prensagem ⇒ 15 kgf/cm2
– A frio
– A quente ⇒ 1500C
Pau Paraíso - Brasil

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Madeira compensada

Pau Paraíso - Brasil

Chapa de carpinteiro
(contraplacado)

• Sarrafos de madeira justapostos e


recobertos
– Lâminas de madeira

– Chapas de madeira aglomerada

Pinho de Riga - Alemanha Finlândia

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