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1/49 Prof. Abner P. Fonseca

TRAFOs
João Monlevade, Junho 2018.

2/49 TRANSFORMADORES

1. Introdução

> Trafo: mesmo que transformador;

> Funcionam com CA pelos princípios de indução eletromagnética [Mútua] de


Faraday-Lenz;

> Convertem V1 I1 [primário] em V2 I2 [secundário];

> Circuito magnético: pacote laminado material ferromagnético [baixa


relutância], núcleo de ferro-silício;

> Bobinas Primárias e Secundárias acopladas por circuito magnético, não há


conexões elétricas, exceto nos autotransformadores;

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1. Introdução

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2. Constituição

Primário: onde aplica-se uma fonte alternada;


Secundário: onde conecta-se uma carga.

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3. Coeficiente de acoplamento [k]

> Núcleo de ar: frouxamente acoplado;

> Núcleo de ferro-silício: fortemente acoplado;

> Coeficiente de acoplamento [k]: relação entre o fluxo mútuo com a soma
do próprio fluxo mútuo e do fluxo disperso [ϕ1]:

k = ϕM/(ϕM+ϕ1);

ou em termos de indutância:

k = M/[√(L1+L2)];

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4. Transformador Ideal

(a) a vazio: [sem carga]

> Corrente secundária: I2 = 0


> Corrente primária: I1 = IM [corrente de magnetização]

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4. Transformador Ideal

(b) carga ligeiramente indutiva [com carga ligada no secundário]

> Corrente secundária: I2 ≠ 0 e segundo Lenz contrariará a causa de sua


origem produzindo um fluxo desmagnetizante [ϕD];

> Corrente primária: I1 = IM + I’1 (soma fasorial)


onde I’1 é a corrente devido a I2;

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4. Transformador Ideal

(b) carga ligeiramente indutiva [com carga ligada no secundário]

> Carga indutiva: corrente atrasada da tensão


- secundário: de θ2 entre I2 e E2;
- primário: de θ1 entre I1 e V1;

Onde:
θ2 = θ’1 e
θ2 < θ1 e
I1 = IM + I’1 (soma fasorial)

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4. Transformador Ideal (b) carga ligeiramente indutiva


[com carga ligada no secundário]
> Carga indutiva: corrente atrasada da tensão
- secundário: de θ2 entre I2 e E2;
- primário: de θ1 entre I1 e V1;
Onde:
θ2 = θ’1 e θ2 < θ1
I1 = IM + I’1 (soma fasorial)

fmm = Força MagnetoMotriz = número espiras x corrente que flui na bobina


fmm = NI [Ampère.espiras ou Ae]
fmm magnetizante = fmm desmagnetizante
I’1 = corrente de carga no primário produzida por ϕD,
I’1N1 = I2 N2 opõe-se a I2.
I1= corrente no primário.

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4. Transformado ideal

> Relação de transformação [α]

_N1_ = _I2_ como I’1 >> IM  I’1 ≅ I1


N2 I’1
Então:

α = _N1_ = _I2_
N2 I1

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Exemplo: Um transformador de 4,6kVA, 2.300V/115V, 60Hz, foi projetado para


ter uma fem induzida de 2,5V por espira [ou 2,5V/espira]. Imaginado um trafo
ideal, calcule:
(a) o número de espiras do enrolamento de AT; Trafo ideal: V1I1 = V2 I2
(b) o número de espiras do enrolamento de BT;
(c) a corrente nominal do enrolamento de AT;
(d) a corrente nominal do enrolamento de BT;
(e) a relação de transformação quando funciona como elevador;
(f) a relação de transformação quando funciona como abaixador.
__________________________________________________________________________________SOLUÇÃO__________________________________________________________________________________________________________

(a) como V1 = 2.300V  N1 = V1 /( 2,5V/espira)  N1 = 920 espiras


(b) como V2 = 115V  N1 = V2 /( 2,5V/espira)  N2 = 46 espiras
(c) I1 = S1 / V1  I1 = 4.600VA/2.300V  I1 = 2A
(d) I2 = S2 / V2  I2 = 4.600VA/115V  I2 = 40A
(e) αELEVADOR = N2 /N1 → α = 46 espiras/920 espiras → α = 0,05
(f) αABAIXADOR = N1 /N2 → α = 920 espiras/46 espiras → α = 20

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A fem induzida no primário é dada por: (1) E1 = 4,44 f ΦM N1 10-8 V

A fem induzida no secundário é dada por: (2) E2 = 4,44 f ΦM N2 10-8 V

Sabemos que o fluxo magnético [Φ] é dado por: Φ = BA

Onde B é a densidade de campo magnético;


A é área transversal do núcleo de material magnético.

Seja (1) ou (2): (E/N) = 4,44f BA10-8 V/espira se k = 4,44 A 10-8

Rearranjando fica: (E / N) = k f B V/espira percebe-se que E ∝ f

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Exemplo: Um transformador de 1,0kVA, 220V/110V, 400Hz, deve ser usado em


60Hz. Calcule:
(a) o máximo valor médio quadrático da tensão que pode ser aplicada ao lado
AT, e a máxima tensão de saída do lado de BT.
(b) os valores nominais de corrente do trafo são inalterados, pois os condutores
têm a mesma capacidade de condução de corrente. Os kVA do trafo sob as
condições de freqüência reduzida.
Solução:
(a) 220V está para 400Hz, assim como x [Volts] estará para 60Hz, então:
x = (220V x 60Hz)/400Hz → xAT = 33V ou xBT = 16,5V
(b) 1kVA = VP x IP → IP = 1000VA/ 220V → IP = 4,55A →
então os novos kVA do trafo será: 33V x 4,55A = 150kVA
SIGNIFICADO: pode-se alterar a freqüência de um transformador desde que
proporcionalmente altere, também, suas tensões de trabalho.

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5. Polaridade instantânea relativa da bobinas do trafo

VE

VR

VE = tensão de ensaio
VR = tensão de referência

Se VENSAIO > VREFERÊNCIA [aditiva] polaridades invertidas;


Se VENSAIO < VREFERÊNCIA [subtrativa] polaridades iguais nos terminais de VE.

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6. Aplicações

> por todo o SEP [Sistema Elétrico de Potência]

Geração-Transmissão: SE, Subestação Elevadora,


13,8kV//(138kV/230kV/500kV);
Transmissão-Distribuição: SA, Subestação Abaixadora;
(138kV/230kV/500kV)//13,8kV;
Distribuição-Residências: 13,8kV//(220V/127V) [CEMIG - MG]

> Transformadores para instrumentos: TP e TC;

> na eletrônica: fontes tradicionais e acoplamentos [casadores de impedância]

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7. Núcleo ferromagnético [visa reduzir perda no ferro: histerese-Foucault]

> para trafos o núcleo deve ter material:


> alta permeabilidade magnética: terá menor relutância e corrente
de magnetização;
> alta resistividade elétrica: terá baixas perdas por correntes de Foucault;
> baixa indução residual: terá menores perdas por histerese.

> constituição: finas (0,25 a 0,5 mm) lâminas de ferro silício, isoladas
eletricamente uma da outra formando um pacote, juntas  núcleo;

> 1,5 a 3,0% de silício  melhora a capacidade de magnetização [curva de


histerese mais fechada, material mole ou soft material ou ferro-doce] e
aumenta a resistividade [ρ];

> R = (ρ l) / A  A  R  reduz a corrente parasita de Foucault;

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7. Núcleo ferromagnético [CICLO DE HISTERESE]

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7. Núcleo ferromagnético [CICLO DE HISTERESE]

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7. Núcleo ferromagnético [CICLO DE HISTERESE]

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7. Núcleo ferromagnético [Formas do Núcleo]

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7. Núcleo ferromagnético [Formas do Núcleo]

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7. Núcleo ferromagnético [Formas do Núcleo]

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8. Número de fases [1Φ] e [3Φ]

> Transformadores Monofásicos: [1Φ]

> Transformadores Trifásicos: [3Φ]

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9. Fluxos magnéticos

> Fluxo Mútuo [Φm ou ΦM]; concatena bobinas primário-secundário.

> Fluxo de Dispersão [Φd ou ΦD]; este só se fecha sobre a própria bobina.

Monofásico Trifásico

 
Φd desse núcleo é maior que desse

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9. Fluxos magnéticos

> para reduzir o Fluxo de Dispersão [Φd ou ΦD];

Monofásico

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10. Disposição dos enrolamentos

Enrolamentos: Superposto e em discos alternados


melhora Φm
em detrimento de Φd;
Bobina primária: interna;
Bobina secundária: externa, maior corrente.

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10. Disposição dos enrolamentos

ATENÇÃO

Transformadores de grandes potências quando percorrido


por altas correntes, a exemplo da sobrecarga e curto-
circuito, produzem GRANDES FORÇAS MECÂNICAS
sobre as bobinas do transformador, por isso faz-se
necessário um bom sistema de ancoragem dessas
bobinas para preservá-las.

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11. Rendimento ou eficiência [η]

η  atingem de 96 a 99%, os de alta potências: 99%;

Então: PP =PE - PS → PE = PS + PP
Ou, ainda: o rendimento η = PS / PE = PS / (PS + PP)
As perdas se compõem de:
(a) Perdas no Ferro, ou núcleo [PFe ou PHF] [fixas]: que são as perdas pelas
correntes parasitas ou de Foucault e as perdas por histerese;
(b) Perdas no cobre [PCU] [variáveis]: ou perdas ôhmicas.

O rendimento da máquina fica assim: η = PSAÍDA / [PSAIDA + (PFE + PCU)]

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12. Refrigeração

> Circulação de óleo;


> Ventilação de ar, natural ou forçada.

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12. Refrigeração

> Circulação de óleo;


> Ventilação de ar, natural ou forçada.

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13. Dados de Placa

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14. Transporte

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14. Transporte

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15. AutoTransformadores

> Transformador: apenas ação transformador;


> Autotransformador: além ação transformador também tem a ação condutiva.
como Abaixador (subtrativa) como Elevador (aditiva)

Difere do divisão de tensão: IC tem sentido contrário.


Continua valendo V1 I1 = V2 I2
kVA(ORIGINAIS) do trafo isolado quando ligado como autotransformador.
kVA TOTAL = kVA CONDUTIVO + kVA TRANSFORMADOS.

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15. AutoTransformadores  Exemplo de autotransformador (somador)

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15. AutoTransformadores  Exemplo de autotransformador


Abaixador - subtrator

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Exemplo 1: Um transformador isolado de 10 kVA, 1.200/120V, mostrado na


Figura (a) do slide 35, ligado como autotransformador com polaridade aditiva,
como mostra a Figura (d), calcule:

a) a capacidade original do enrolamento de 120 V em ampères


b) a capacidade original do enrolamento de 1.200 V em ampères;
c) a capacidade do autotransformador da Figura (d), usando a capacidade do
enrolamento de 120 V calculada em (a) acima.
d) acréscimo percentual da capacidade do autotransformador em relação ao
transformador isolado
e) I1, e IC na Figura (d), a partir do valor de I2 usado na parte (c) acima
f) sobrecarga percentual do enrolamento de 1.200 V, quando usado como
autotransformador
g) interprete e tire conclusões do cálculo acima.

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Exemplo 1: Um transformador isolado de 10 kVA, 1.200/120V, mostrado na


Figura (a) do slide 35, ligado como autotransformador com polaridade aditiva,
como mostra a Figura (d), calcule:

a) a capacidade original do enrolamento de 120 V em ampères


b) a capacidade original do enrolamento de 1.200 V em ampères;
c) a capacidade do autotransformador da Figura (d), usando a capacidade do
enrolamento de 120 V calculada em (a) acima.
Solução:
a) IBAIXA = (10 kVA x 1.000) / 120V = 83,3A
b) IALTA = (10 kVA x 1.000) / 1.200V = 8,33A
c) Desde que o enrolamento de 120V seja capaz de suportar 83,3A,
a nova capacidade em kVA do autotransformador é:
V2I2 = (1.320V x 83,3A) / 1.000 = 110 kVA

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Exemplo 1: Um transformador isolado de 10 kVA, 1.200/120V, mostrado na


Figura (a) do slide 35, ligado como autotransformador com polaridade aditiva,
como mostra a Figura (d), calcule:
d) acréscimo percentual da capacidade do autotransformador em relação ao
transformador isolado
e) I1, e IC na Figura (d), a partir do valor de I2 usado na parte (c) acima
f) sobrecarga percentual do enrolamento de 1.200 V, quando usado como
autotransformador
g) interprete e tire conclusões do cálculo acima.
Solução:
d) (kVAAUTO / kVAISOLADO) = (110 kVA / 10 kVA) x 100 = 1.100%
e) I1 = (kVA x 1.000) / V1 = (110 kVA x 1.000) / 1.200V = 91,75A
IC = I1 - I2 = 91,75A - 83,3A = 8,42A [Figura (d)]
f) percentagem de carga no enrolamento de 1.200V = IC / IALTA =
IC / IALTA = (8,42A / 8,33A) x 100 = 101%

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Exemplo 1: Um transformador isolado de 10 kVA, 1.200/120V, mostrado na


Figura (a) do slide 35, ligado como autotransformador com polaridade aditiva,
como mostra a Figura (d), calcule:

g) interprete e tire conclusões do cálculo acima.

Como autotransformador, os kVA aumentaram de 1.100% em relação ao valor


original, com o enrolamento de baixa tensão no seu valor nominal de corrente,
e o de alta com uma sobrecarga desprezível (1,01 x nominal).

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Exemplo: repita o exemplo anterior, agora ligado como abaixador figura slide 36.
Solução:
a) a capacidade original do enrolamento de 120 V em ampères
IBAIXA = (10 kVA x 1.000) / 120V = 83,3A [igual ao exemplo anterior]
b) a capacidade original do enrolamento de 1.200 V em ampères
IALTA = (10 kVA x 1.000) / 1.200V = 8,33A [igual ao exemplo anterior]
c) a capacidade do autotransformador da Figura slide 35 (d), usando a
capacidade do enrolamento de 120 V calculada em (a) acima.
V2I2 = (1.080V x 83,3A) / 1.000 = 90 kVA
d) acréscimo percentual da capacidade do autotransformador em relação ao
transformador isolado é
(kVAAUTO / kVAISOLADO) = (90 kVA / 10 kVA) x 100 = 900%
e) I1, e IC na Figura 3-c, a partir do valor de I2 usado na parte (c) acima
I1 =(kVA x 1.000)/V1 =(90kVA x 1.000)/1.200V=75A
IC =I2 - I1 =83,3A -75A=8,33A [Figura slide 36 (c)]
f) sobrecarga percentual do enrolamento de 1.200 V, quando usado como
autotransformadorpercentagem de carga no enrolamento de 1.200V = IC /

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Exemplo: repita o exemplo anterior, agora ligado como abaixador figura slide 36.
Solução:

f) sobrecarga percentual do enrolamento de 1.200 V, quando usado como


autotransformador

percentagem de carga no enrolamento de 1.200V = IC / IALTA =


IC / IALTA = (8,33A / 8,33A) x 100 = 100%

g) interprete e tire conclusões do cálculo acima.

Como autotransformador com polaridade subtrativa, a capacidade em kVA


aumentou de 900% em relação ao seu valor original no transformador isolado,
com ambos os enrolamentos funcionando em suas capacidades nominais.

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Transformadores Trifásicos

(a) três trafos monofásico – banco de transformadores;


(b) um único transformador.

Supondo as tensões trifásicas de linha [VAB, VBC e VCA


sejam de 2.300V, 60Hz, defasadas de 120°, como
mostrado na figura abaixo, portanto acima da tensão
nominal dos transformadores individuais.

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Transformadores Trifásicos

Ligando os trafos individuais em Y [polaridades instantâneas ligadas à rede],


2.300V/√3 = 1.328V [com 30o de diferença em relação as tensões de linha,
tensão nominal de cada trafo individual], ou VFASE = VLINHA / √3, as bobinas
AT, grafadas com A, B e C e as de BT por a, b e c, como figura abaixo:

AT, ligação Y. Primário: Secundário:


tensões de linha e fase, Y tensões de fase,
induzidas.

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Transformadores Trifásicos

Ligando as bobinas secundárias em Y [conectando X2] com as polaridades


instantâneas X1 ligadas às linhas de BT a, b e c, conforme figura abaixo:

Secundário Y e X2 NEUTRO.
As tensões de fase, induzidas de 230V,
proporcionam uma tensão de linha de
√3 x 230V = 398V, aproximadamente de
400V defasadas de 30º.

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Transformadores Trifásicos

Diagramas fasoriais [primário e secundário, Y-Y [fig. abaixo], há deslocamento


entre as tensões de linha e de fase do secundário em relação ao primário. As
diferenças residem, apenas, no valor absoluto das tensões, isso devido [claro] à
relação de transformação.

A tensão de linha primária é VAB = 2.300∠ 0oV, enquanto a tensão de linha


secundária é Vab= 400∠0oV. Semelhantemente, a tensão de fase primária é
VAN=1.330∠30°V, enquanto a secundária é Van = 230∠30°V.

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Transformadores Trifásicos
Ao ligar prestar atenção às polaridades instantâneas das bobinas para
evitar problemas diversos, a exemplo de curtos circuitos. A polaridade como
retratada anteriormente nos atende perfeitamente.
IMPORTANTE: secundários ligados em Δ NÃO podem ser colocados em
paralelo com secundários ligados em Y.
Y//Y  tensões linha e fase primárias e secundárias NÃO há deslocamento.
Y//Δ  produz uma defasagem de 30° (e menores tensões de linha, VL = VF),
como mostra a figura da direita abaixo.

O Voltímetro VR quando
indica zero Volt pode fe-
char a malha em Δ.

Diagrama fasorial.

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EXEMPLO: Uma fábrica drena 100A com cos θ = 0,7 em atraso, do secundário
de um banco de transformadores de distribuição de 60 kVA, 2.300/230V,
ligada em Y-Δ. Calcule:
(a) a potência real consumida em kW e a aparente em kVA
(b) as correntes secundárias nominais de fase e de linha da bancada
(c) o percentual de carga para cada transformador
(d) as correntes primárias de fase e de linha de cada transformador
e. a capacidade em kVA de cada transformador. Solução:
(a) PT = (√3 VL IL cos θ)/1000  PT = (1,73 x 230 x 100 x 0,7)/1000 = 28kW
kVAT = PT / cos θ = 28 kW/0,7  kVAT = 40kVA
(b) IF2 (NOMINAL) = (kVA x 1000) / 3 VF = (60 kVA x 1000)/(3 x 230) = 87A
IL2 (NOMINAL) = √3 IF2 (NOMINAL) = 1,732 x 87A = 150A
(c) (corrente de carga por linha)/(corrente nominal por linha) =
100A/150A = 0,67 x 100 = 67%.
(d) IF1 = IL1 = (kVA x 1000) / (√3 VL = (40 kVA x 1000)/(√3 x 2.300) = 10A
(e) kVA/transformador = kVAT /3 = 60kVA/3 = 20 VA

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EXEMPLO: Repita o Exemplo anterior, usando uma transformação Δ-Δ e


compare as correntes de linha primárias com as da transformação Y-Δ.
Solução:

(a) PT = 28kW e kVAT = 40kVA, do exemplo anterior (a).

(b) IF2(NOMINAL) = 87A; IL2(NOMINAL) = 150A, do exemplo anterior (b).

(c) Carga percentual de cada transformador = 67%, do exemplo anterior (c)

(d) IF1 = 10A; do exemplo anterior (d).


Mas, IL1 = √3 IF1 = 1,73 x 10A = 17,3A
A corrente de linha primária drenada por uma bancada Δ-Δ é √3 vezes a
corrente primária de linha drenada por uma bancada Y-Δ.

(e) kVA/transformador = 60kVA/3 = 20kVA, o mesmo do exemplo anterior (c).

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