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Resposta Técnica

Assunto
Celulose e papel.

Palavras-chave
Papelão paraná; papel.

Identificação da demanda
Como montar uma micro empresa de embalagens artesanais para presente e como adquirir
papel paraná direto da fábrica para diminuir os custos.

Solução apresentada

ARTESANATO

No dicionário, artesanato é a manufatura de objetos com matéria-prima existente na região,


produzidos por um ou mais artífices com o auxílio dos seus familiares, numa pequena oficina
ou na própria habitação, com o fim de os trocar ou vender. É também definida como a pequena
indústria especializada.

Artesão é aquele que detém o conhecimento do processo de criação e/ou produção de peças
artesanais, e dele participe individual ou coletivamente, que tenham expressão cultural e
artística, bem como o que conhece o tratamento e a transformação da matéria-prima, o
trabalho é predominantemente manual podendo ser utilizados máquinas e equipamentos não-
automáticos, mantendo as características e autenticidade do artesão que a produz. O Artesão
é quem opta por produzir artesanato, concilia vida profissional com vida pessoal. Mas é
importante lembrar, antes de tudo, que artesanato exige vocação.

A atividade não proporciona grandes lucros quando se está iniciando, mas à medida que o
produto alcança credibilidade e popularidade, é possível prestar atendimento a uma clientela
fixa e sem muita propaganda, obter faturamento líquido mensal de até R$ 2 mil. É um valor
considerável, levando-se em consideração os reduzidos custos de produção (basicamente em
função do baixo preço da matéria-prima e das vantagens do trabalho em casa) e
consequentemente a redução das despesas, pode-se considerar R$ 2 mil um valor
considerável.

MERCADO

Cenário - "O artesanato é hoje, talvez, a mais segura opção de trabalho, operando com
independência dentro de um mercado estrangulado pela crise de emprego. Basta verificar o
volume de vendas cada vez maior de artesanato, tanto no país, quanto para o exterior", diz
Tânia Machado, presidente do Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Pequeno
Empreendedor (Iccape), de Belo Horizonte.

Atividade que dá emprego a 8,5 milhões e fatura R$ 28 bi por ano, o artesanato deixa
informalidade e gera divisas. Ele acaba de entrar na pauta das matérias de atualidade. Os
países do Mercosul já estudam a criação de um selo do artesanato e a Agência de Promoção
das Exportações (APEX) acaba de aprovar o primeiro consórcio de exportação de artesanato,
criado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e pela
UNIARTE, Organização Não-governamental (ONG) do Paraná. O consórcio iniciará suas
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atividades com a seleção de produtos e pesquisa de mercado. Bordados do Ceará, cerâmicas
de Minas Gerais e panelas de barro do Espírito Santo, entre outros produtos artesanais, já
respondem por uma fatia considerável do PIB (Produto Interno Bruto, a soma de toda a riqueza
produzida pelo país em um ano): 2,8%. A participação do artesanato no PIB supera até a de
indústrias tradicionais, como vestuário (2,7%), bebidas (1%), farmacêutica (1%), mobiliária
(1%), papel e papelão (2%) e perfumaria e higiene (1%).

A partir de uma pesquisa feita com 210 cooperativas e associações de artesanato espalhadas
pelo país, os dados demonstrando o tamanho do mercado brasileiro de produtos artesanais,
surpreendeu até o governo, que decidiu neste ano mapear o setor. Não é para menos,
informações do Ministério do Desenvolvimento, apontam o artesanato como responsável pelo
movimento de perto de R$ 28 bilhões por ano no Brasil. Essa quantia corresponde a cerca de
2,8% do PIB. Estimados pelo governo correspondem ainda à metade do que faturam os
supermercados no país e encosta em uma das mais tradicionais indústrias brasileiras, a
automobilística, que detém pouco mais de 3% do PIB.

OS NÚMEROS DA CATEGORIA

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre economia informal


indicam que 8,5 milhões de brasileiros - 87% dos quais mulheres - vivem hoje do artesanato e
movimentam por ano, segundo levantamento do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, quase R$ 3 bilhões. Um estudo da Organização Mundial de Turismo,
divulgado este ano, indica também que, enquanto a indústria automobilística nacional precisa
de R$ 170 mil para gerar um emprego, com apenas R$ 50 garante-se matéria-prima e trabalho
para um artesão. Para chegar a esses números, o governo levou em conta o fato de existirem
cerca de 8,5 milhões de artesãos no país e que cada um deles recebe, em média, de dois a
três salários mínimos por mês com a venda de seus produtos.

TREINAMENTOS

"Esse setor ainda tem muito para crescer aqui e fora do país", afirma Hélio Mattar, secretário
do Desenvolvimento da Produção. A secretaria iniciou um trabalho para treinamento de cerca
de 4.000 artesãos. A idéia é capacitá-los com vistas à melhoria da qualidade do artesanato, da
produtividade e das vendas.

PLANOS

Existe a intenção de elaborar uma legislação específica para o setor, além de abrir linhas de
financiamento à produção e à exportação. A exibição dos trabalhos em eventos no exterior
também está mais intensa. Tanto que o artesanato brasileiro já está à venda nas redes de lojas
mais finas dos Estados Unidos, como Bloomingdale's e Saks, na 5ª Avenida, em Nova York,
assim como em redes italianas, francesas e portuguesas.

LOCALIZAÇÃO

O canal de venda é um determinado ponto ou local que permite a exposição e venda de seus
produtos. São vários tipos de canais e locais de venda : feiras de artesanato, encontros de
negócios, feiras agropecuárias, exposições e eventos culturais, lojas do artesão, casas de
cultura, museus, cooperativas e associações, hotéis, pousadas e resorts. Eles podem ser
autônoma (lojas administradas pelos próprios artesãos através de associações ou
cooperativas) ou pode ser resultado de uma parceria (comerciantes que expõem o artesanato
para venda, um quiosque no interior de um centro cultural, museu ou hotel).
A associação ou cooperativa pode criar um local de venda autônoma, utilizando algum espaço
próprio, alugado ou cedido pela prefeitura. Ela precisa estar bem localizada, permitindo o fácil
acesso dos clientes.

Lembre-se que a atividade econômica regulamentada da maioria das cidades é regulamentada


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em conformidade com um plano diretor urbano (PDU). È essa lei que determina o tipo de
atividade que pode funcionar no imóvel ou no local escolhido para a instalação da empresa.
Esse deve ser o primeiro passo para avaliar a implantação de sua empresa. Nesse caso
procure a Prefeitura Municipal da sua cidade.

ESTRUTURA

O local de venda e de trabalho deverá ter a seguinte estrutura: ter boas condições logísticas,
isto é, uma infra-estrutura adequada para armazenamento, manutenção, administração,
transporte e distribuição da produção artesanal. Além de ter uma boa apresentação, com
padronização das áreas de circulação e produtos organizados de maneira que facilite a
apreciação e a comercialização.

EQUIPAMENTOS

Os equipamentos utilizados irão variar de acordo com o tipo do artesanato que se irá fazer,
podendo ser manuais ou semi-automática sem os repetidores industriais. Eles poderão ser
comprados ou criados pelos artesãos.

INVESTIMENTOS

O investimento, assim como os equipamentos serão os mais diversos, cada seguimento do


artesanato irá ter um tipo de investimento, geralmente baixo, pois a matéria prima na maioria
das vezes é retirada da natureza e os equipamentos são criados e/ou adaptados pelos
artesãos.

PESSOAL

Geralmente o artesanato é produzido de forma individual, em alguns casos com a ajuda de


familiares. Atualmente estão surgindo as associações, na qual varias pessoas trabalham com
artesanato para produzir e vender em maior quantidade. Contudo deverá ser produzido com as
seguintes características: reconhecida a expressão cultural; predominância do trabalho manual
no processo de sua elaboração sem a utilização de maquinário automático; e preservação da
autenticidade característica do artesão que participa do processo de sua criação e elaboração.

COMEÇANDO

• A matéria-prima escolhida deve ser encontrada com facilidade na sua região, pois isso
diminui os custos de produção.

• Quando a matéria-prima escolhida existe em abundância na sua região, dê atenção às


técnicas de manejo e beneficiamento. Também é importante que ela seja resistente para
permitir a criação de linhas de produto com bom acabamento.

• Seu pedido se torna diferente e ganha maior valor quando o tema escolhido está relacionado
com as referências mais significativas e tradicionais da sua região.

• Para dar personalidade ao seu produto é necessária a criação de uma identidade visual
contendo logotipo, símbolo, cores definidas e o tipo de letra desenhada.

• Para obter uma melhor produtividade, você deve planejar e organizar a produção por etapas.

• As etapas de produção devem prever os seguintes passos: criação, previsão dos custos,
compra e manejo da matéria-prima, construção do produto, acabamento, capacidade de
produção (quantidade) e definição do período de tempo necessário para a realização de cada
uma das etapas.

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• Etapas de produção bem definidas evitam prejuízos técnicos e financeiros (desperdício de
matéria-prima, perda de qualidade no acabamento, aumento dos custos, não cumprimento dos
compromissos negociados).

• Antes de assumir qualquer compromisso com o seu cliente, analise a sua capacidade de
produção: analise o seu tempo de trabalho, a sua capacidade diária, mantenha-se fiel às suas
habilidades. O resultado de sua produção deve manter o bom padrão.

• Mantenha a fidelidade de seu cliente pela qualidade de seus produtos e não pela quantidade.
Seja bem objetivo no momento da negociação. O seu capital está em jogo. Uma produção mal
calculada causará danos ao seu orçamento.

• Lembre-se: a partir do momento que seu trabalho for planejado formalmente (escrevendo no
papel ou fazendo uma planilha), a administração de sua produção estará sob controle.

CLIENTES

Os clientes são o público em geral, que aprecie artesanato. Contudo os turistas são os
principais clientes, pois sempre querem levar recordações dos locais visitados, no caso o
artesanato do local é o mais indicado, pois se identifica com o povo e sua cultura, empregados
com peculiaridade nos artesanatos.

ENTRAVES

O principal problema encontrado por certos artesãos é a escassez de matéria-prima ou


proibição de retirá-la da natureza, porém não são todos que enfrentam esta dificuldade, pois
preservam a matéria-prima, que é retirada da natureza com consciência ecológica.

DIVERSIFICAÇÃO

A diversificação para o artesão está na forma como ele irá se organizar, tanto para produzir
quanto para vender seus produtos, assim ele deverá seguir alguns passos para se destacar no
mercado, tais como: a) Tenha certeza sobre sua capacidade de produção em escala (maior
quantidade): assegure-se que você, sozinho ou trabalhando em equipe, tem os instrumentos
suficientes para cumprir os acordos com seus clientes; analise o seu capital de giro para
compra de matéria-prima ou para pagamento de terceiros; tenha credibilidade junto aos seus
fornecedores; invista num trabalho capacitado tecnicamente; mantenha o comprometimento
com o trabalho.
b) Todos os níveis de comercialização devem ser objetivos e formalizados. Formalizar as suas
negociações significa preparar propostas escritas e assinados por todas as partes
interessadas.
c) Quanto aos seus fornecedores, analise também as vantagens e desvantagens. A qualidade
do que você está adquirindo é importante para a qualidade do seu produto.
d) Os lojistas que se interessam pelo produto artesanal estão cada vez mais exigentes com a
qualidade e os prazos; portanto, mantenha um nível profissional no relacionamento com seus
clientes.
e) Qualidade do produto, capacidade de produção, controle dos gastos e preço competitivo são
segredos de diferenciação para uma comercialização bem sucedida.

LEMBRETE

Faça uma avaliação pessoal da sua produção artesanal. Assegure a concretização dos seus
princípios e critérios administrativos.

Os princípios são os fatores emocionais que envolvem o seu produto como criatividade (dom,
inspiração) e tempo de dedicação.
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Os critérios administrativos são os elementos palpáveis, os gastos envolvidos para realização
da sua produção artesanal: transporte (passagens, gasolina), matérias-primas envolvidas,
instrumentos, ferramentas, aluguel de espaço para trabalho, luz, telefone, entre outros.
Todos os gastos envolvidos devem ser listados para que seu produto possa ser avaliado, sem
perdas ou exageros, no processo de definição do preço final para negociação com
fornecedores ou clientes.

Durante uma negociação, confie em si mesmo. Escute primeiro, apresente sua proposta no
momento exato. Perceba, avalie e pondere com firmeza para que o resultado traga benefícios
para as duas partes.

PAPELÃO

Cartão de elevada gramatura e rigidez. Fabricado essencialmente de pasta mecânica e/ou


aparas, geralmente em várias camadas da mesma massa. Sua cor, em geral, é conseqüência
dos materiais empregados na sua fabricação. Usado na encadernação de livros, suporte para
comprovantes contábeis, caixas e cartazes para serem recobertos. Comercializado em
formatos e identificados por números que indicam a espessura das folhas contidas num
amarrado de 25 quilos. Vide subitens para melhor classificação:
a) papelão madeira ou papelão paraná
É o cartão fabricado com fibras geralmente virgens de pasta mecânica ou mecanoquímica. O
papelão pardo obtido de pasta mecânica em toras pré-impregnadas com vapor, deve ser
incluído neste item.
b) papelão cinza
É o cartão obtido a partir de aparas recicladas.
c) papelão laminado
Papelão fabricado essencialmente de aparas, obtido por colagem de folhas sobrepostas, não
revestidos na superfície, gramaturas de 349 a 1749 g/m2, em folhas.
http://www.fazfacil.com.br/Papel5.htm

Potenciais Fornecedores de Papelão Paraná:

Capele – Comércio de Papéis


End: Av. Manuel Domingos Pinto, 198 - Pq. Anhaguera. São Paulo – SP.
Tel: (11) 3621-3314 / 3622 – 6489
E-mail: faleconosco@capele.com.br/ cíntia@capele.com.br
Site: www.capele.com.br

Cartonagem S. José
End: Rua Prates 858, Bom Retiro, CEP: 01121-000. São Paulo – SP.
Tel: (11) 3228-9655
E-mail: cartonagem@cartonagem.com.br
Site: http://www.cartonagem.com.br/

CIPPIL - Com. e Indústria de Papéis e Papelão Indiano Ltda


End: Rua Pires de Campos 198, Mooca, CEP: 03182-020. São Paulo – SP.
Tel./Fax (11) 6601-8641 / 6601-8652
E-mail: papelao@cippil.com.br
Site: http://www.cippil.com.br/index.htm

Iguaçu Celulose, Papel S.A


End: Alameda Santa Mônica 01, CEP: 83030-550. São José dos Pinhais – PR.
Tel: (41) 2169-8080
Site: http://www.iguacucelulose.com.br/produtos/papelao/index.htm
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Ind. Rio Verde
Rua Coelho Neto, 75 - Edifício Coelho Neto, 3º Andar Sala 34. Rio do Sul – SC.
Tel: (47) 521-0440 / Fax: (47) 521-2108
E-mail: rioverde@rioverde.ind.br
Site: http://www.rioverde.ind.br/

Marombas
Tel: (49) 3245-0871
E-mail: marombas@brturbo.com.br

Conclusão e recomendações

Recomendamos a leitura dos textos abaixo, que auxiliarão no entendimento do negócio.

Plano de Negócio SEBRAE – MG sobre Loja de Artesanato.


http://www.sebrae-mg.com.br/geral/arquivo_get.aspx

Site com notícias gerais sobre artesanato.


http://www.portaldoartesao.org.br/

Portal sobre artesanato no Brasil.


http://www.artesanatonarede.com.br/

Portal do artesão.
http://www.artesanato.net/

Passo a passo para fazer cesta para lembrancinhas utilizando o papel paraná.
http://www.artesanatonarede.com.br/passos/exibir.php?esp=artepapel&id=227

Referências

Sebrae – Idéias de Negócio: Loja de Artesanato. Disponível em


http://www.sebraees.com.br/IdeiasNegocios/pag_mos_ide_neg.asp?id=274&tipoobjeto=3&objet
o=274&botao=0 Acesso em Outubro de 2005.

Provedores Públicos de Informação.

Nome do técnico responsável


Andréa Gomes.

Nome da Instituição respondente


RETEC – Rede de Tecnologia da Bahia.

Data de finalização
27/10/2005.

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