29/01/2020 Portal IT4CIO

OTIMIZAÇÃO E LOGÍSTICA
INTELIGENTE: COMO O USO DA
TECNOLOGIA AJUDA NA DETECÇÃO DE
PROBLEMAS?
Notícias • 27/01/2020

Ferramentas disruptivas têm contribuído para detectar casos suspeitos de coronavírus nos aeroportos

Cresce o uso da tecnologia em situações de conflito ou calamidades públicas. Na medida que o

desenvolvimento da ciência de ponta avança, torna-se cada vez mais comum o uso de ferramentas
tecnológicas no diagnóstico de problemas, na solução de crimes ou na cura de enfermidades.

Nas últimas semanas, um vírus misterioso que já atingiu diversas localidades tem preocupado as autoridades e
a opinião pública. O coronavírus provocou um surto de pneumonia e foi identificado primeiro em Wuhan, na
China. Autoridades do país confirmaram na última semana que a doença tem transmissão entre humanos.

Na tarde de ontem (28), o Ministério da Saúde divulgou que são três caso suspeitos do coronavírus 2019-
nCoV no Brasil - um em São Leopoldo (RS), e outro em Curitiba. O governo já havia noticiado anteriormente
que um caso também estava sendo investigado em Belo Horizonte (MG)

Abordagens inteligentes

Em conjunto com ações básicas, o uso da tecnologia de ponta tem sido importante para o diagnóstico de
problemas. Segundo matéria publicada pela Agência Brasil EBC, os aeroportos aumentaram o processo de
triagem.

As câmeras de imagens térmicas nos aeroportos, por exemplo, ajudam a monitorar a temperatura corporal dos
passageiros, atuando como uma ferramenta essencial durante epidemias ou surtos de gripe.

https://www.it4cio.com/materias/view/codigomateria/5394 1/2
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Em 2003, em meio a um surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que também teve início na
China, vários aeroportos utilizaram o scanner térmico para detectar febre em passageiros. Segundo o The
Guardian, os aeroportos chineses têm tomado medidas drásticas de proteção – profissionais têm checado até a
tosse de passageiros.

A tecnologia utilizada na prevenção de acidentes também se configura como uma ferramenta essencial de
proteção. Os desastres recentes no Brasil, envolvendo o rompimento de barragens, destacam o uso de
tecnologias disruptivas na busca por pessoas desaparecidas.

Ligações externas

O desenvolvimento da tecnologia e da ciência também contribui para a resolução de diversos impasses do

mundo moderno. O professor e fundador da Associação Brasileira de Inteligência Artificial, Felipe
Zmoginski, comentou em artigo para o “Tilti”, canal de tecnologia do UOL, que o desfecho da ameaça de uma
epidemia pode ser barrado pela tecnologia.

Ele cita uma conversa com um pesquisador da Universidade de Georgetown, Daniel Lucey, que comentou
sobre o cenário tecnológico e como ele apresenta condições e ferramentas distintas, se comparado à epidemia
da Síndrome Respiratória Aguda Grave, que se espalhou de forma veloz na China em 2002, matando cerca de
800 pessoas. “Há duas décadas, nós não tínhamos serviços de Big Data, análise de grandes volumes de dados
ou mesmo laboratórios com supercomputadores capazes de prever as mutações de um novo vírus”, contou
Lucey por e-mail.

Felipe comenta ainda que recursos e aplicações de IA são favoráveis à situação. Como exemplo, estão a
capacidade de rastreamento por georreferenciamento, que pode mostrar a trajetória de pessoas suspeitas,
trazendo informações essenciais, como onde e com quem estiveram.

Já o gerente de TI da Fiesc, Expedito Junior, explica que, com o desenvolvimento social, a tecnologia serve
como um apoio em situações problemáticas. “Com o aumento da população global e aumento de demandas na
cadeia de alimentos, saúde, serviços, produtos e outros bens de consumo, não temos como utilizar os modelos
de gestão dos séculos anteriores, a tecnologia neste cenário é um suporte importante para avanços necessários
nas diversas áreas da ciência. O uso da tecnologia tem avançado em diversas áreas, já transformou o mundo
da contabilidade, matemática, engenharia, física, marketing e educação. Agora a tecnologia está avançando
para outras áreas da ciência.”

Em relação ao coronavírus e ao investimento em ferramentas tecnológicas, o executivo relata que a demanda

cresce cada vez mais nos aeroportos. “Projetos como análise inteligente de vídeos, projetos de monitoramento
remoto, logística aeroportuária inteligente, gestão de ativos inteligentes, entre outros, estão no portfólio dos
CIOs de todos os aeroportos do Brasil com o objetivo de melhorar segurança, agilizar toda a operação e,
acima de tudo, aumentar a despachabilidade de todas as aeronaves deste complexo.”

Segundo o executivo, a IA tem se tornado uma grande protagonista nos projetos que prezam pela melhoria dos
serviços. “Não tenho dúvida que a aplicação de inteligência com base em algoritmos e tecnologia nas áreas de
calamidades públicas é de extrema importância, é fundamental para ações que salvem vidas e reduzam o
prejuízo”, comenta Expedito.

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