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ALDEIA DOS MALUNGOS

No Brasil, o termo Aldeia (do árabe ad-Dai'hâ) é usado sobretudo para referir-se a
povoações nativas de uma terra. Considerando a etnografia brasileira, Aldeia significará
para nós Candomblé de Caboclo, ou terreiro que por eles são influenciados, e também
o conjunto de pessoas que ali se reúnem.
Aos africanos sequestrados da África, trazidos na mesma embarcação, se tratavam
respectivamente por esse título: malungo, que sinigica irmão ‘de leite’, irmão de criação.
Portanto, Malungos significa Irmãos de Barco.

INZO OFADEOMIN
refere-se a dijina da madrinha Luyza, que significa Arco D’água.
Nos candomblés de rito angola e congo, Dijina siginifica “nome”, a autodenominação da
entidade dona da cabeça da muzenza, uma vez iniciada.
COBRA/SERPENTE
representa Transmutação, animal do Caboclo Araribóia, que em tupi
siginifica “Cobra Feroz” ou ” Cobra da Tempestade”.
Em seu arquétipo a cobra/serprente traz a capacidade de transmutar
venenos de natureza física, mental, emocional ou espiritual. O
conceito de transmutação, também simbolizada pela constante troca
de pele das cobras (a ecdise), que se define como o ciclo
representativo do “viver/morrer/renascer” e nos faz conhecer valores
profundos do ser. Para os Guarani, é o eixo por onde se ergue o ser
humano, a coluna vertebral. Na sua base está o poder gerador de vida
da Grande Mãe.
ESTRELA DE SETE PONTAS
representa as Setes Cidades de Jurema. É um centro de poderes
positivos de onde emergem as falanges dos mensageiros de luz,
conhecido como entidade, guia, mentor, conselheiro astral, espíritos
de luz.
O número 7 (sete) é também a representação de grande
espiritualidade: número da perfeição, integra os dois mundos e é
considerado símbolo da totalidade do Universo em transformação.
Está associado a espiritualidade, a pesquisa, a introspecção, ao
ocultismo.
CHAPÉU E PANGAIO
inspirado no “tetos” (chapéu de couro) do padrinho Sr. Laço de Ouro, utilizado
para cobrir em Proteção ao Orí. Orí em yoruba tem muitos significados - o
sentido literal é cabeça física, símbolo da cabeça interior (Ori Inu).
Espiritualmente, a cabeça como o ponto mais alto (ou superior) do corpo
humano representa o Ori, não existe um Orixá que apóie mais o homem do que
o seu próprio Orí. Ori é o Orixá pessoal, em toda a sua força e grandeza. É o
primeiro Orixá a ser louvado, a essência real do ser.
A aba do Chapéu faz referência a um Pangaio, que siginifica Barco, grande
embarcação alterosa, resistente, rápida e de boa estabilidade, com dois mastros
de velas bastardas. Apesar de este vocábulo ser usado em idiomas indianos
(conc., malai., canarês, túlu), sua procedência é africana.
FLECHAS
“aponta o Caminho Certeiro” - afirma padrinho Sr. Laço de Ouro.
Símbolo nativo americano, é a ferramenta utilizada para caça e
proteção. É símbolo de guerra e também de paz. Nas culturas nativas
americanas, o sinal de duas flechas cruzadas é usada para representar
uma aliança.
PENAS
“Leveza e Ancestralidade Nativa” - expressa padrinho Sr. Laço de
Ouro.
São usadas por diversas civilizações antigas como símbolos espirituais
de cura e do poder sagrado. As penas na cultura nativo americana
simbolizam a ascensão e a evolução espiritual a um plano mais
elevado. O Reino dos pássaros é o ar que interliga o Paraíso com a
Terra. São os pássaros que se movem entre ambos (espiritualidade e a
matéria). O ar em movimento é o vento que simboliza a capacidade
de voar, nas asas da inspiração, intuição e criatividade.
MARACÁ
representa Chamado, Invocação, ligado à Cura.
Símbolo nativo americano de feitiçaria, faz um paralelo do maracá
com o universo.
O cabo da maracá sul-americana diz ser feito da ávore do mundo, ao
volume oco do instrumento simboliza o cosmo. As sementes, cristais
ou seixos contidos no seu interior são os espíritos e as almas dos
ancestrais. A agitação do maracá torna os espíritos ativos, que então
passam a prestar assistência ao xamã.

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