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Atividades do Manual – 18 de maio de 2020

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22. Com base nos valores fornecidos no Q.12.17 e nas Figs. 12.36, 37 e 38,
podemos explicar os efeitos que advêm da aplicação das chamadas políticas de
austeridade na economia portuguesa, tendo em conta os seguintes aspetos:
produção interna, mercado de trabalho, rendimento das famílias e, trocas
comerciais com o exterior.
Quanto à produção interna, esta pode ser analisada no quadro 12.17. Após ter
sido feita uma análise dos dados fornecidos, podemos verificar que a taxa de
variação real do PIB (em %) não se manteve durante o período 2009-2012. No
ano de 2009, apresentou uma percentagem negativa de -2,9%. No ano seguinte,
essa taxa teve um aumento de 1,9%, que veio a diminuir -1,6% em 2011. Em
2012, por motivos de crise económica, a taxa de variação real do PIB diminuiu
ainda mais, tendo registado uma percentagem de -3,2%.
Relativamente à situação do mercado de trabalho, apresentada na figura 12.36,
é possível afirmar-se que, em 2008, a taxa de emprego apresentou um valor de
68,2 e a de desemprego, 7,6. Porém, no ano seguinte, podemos verificar que a
taxa de emprego diminuiu ligeiramente para 66,3 e que a taxa de desemprego
aumentou para 9,5. Com o decorrer do tempo podemos verificar o decréscimo
da taxa de emprego e o consequente aumento da taxa de desemprego, tendo
sido registados nos anos de 2010, 2011 e 2012, os valores de 65,6, 64,2 e 61,8,
respetivamente, para a taxa de emprego e, para a taxa de desemprego valores
como, 10,8, 12,7 e 15,7, no período de tempo anteriormente referido.
Na figura 12.37, estão em análise o Rendimento Nacional Disponível e as
remunerações do trabalho (em milhões de euros). De uma forma geral,
podemos verificar que, durante o período 2010-2012 o Rendimento Nacional
Disponível foi diminuindo progressivamente de 168 297 300 milhões de euros
(em 2010) para 163 143 000 milhões de euros (em 2012). As remunerações do
trabalho também apresentaram um decréscimo, de 86 813 942 milhões de euros
(em 2010) para 79 243 713 milhões de euros (em 2012).
Por fim, é possível analisar o comportamento das trocas comerciais com
exterior, na figura 12.38, onde nos são apresentadas as importações e
exportações de bens e o respetivo saldo a preços correntes, em milhares de
euros. O gráfico mostra-nos a variação homóloga dos meses de janeiro e julho
desde 2010 a 2013. Em termos de importações, podemos afirmar que sempre se
apresentaram superiores às exportações (é negativo para Portugal, pois dá
origem a um défice orçamental), à exceção da passagem de julho de 2012 para
janeiro de 2013.
Relativamente ao saldo, podemos observar que foi variando de forma irregular,
aumentando e diminuindo, ao decorrer dos anos e que registou um aumento de
julho de 2011 para julho de 2012.
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23. A problemática da sustentabilidade das dívidas em Portugal e Grécia, no
quadro da Zona Euro explica-se pelo requerimento de um esforço tanto a nível
social como económico, tendo em conta que, é necessária a existência de um
elevado crescimento económico, porque, caso isso não aconteça, está em causa
a permanência de Portugal e Grécia na Zona Euro. Porém, para se dar um forte
crescimento económico é necessário que sejam feitos o pagamento de juros e a
amortização do empréstimo, no entanto, se as dívidas forem pagas, é possível a
recessão de ambos os países, pois ficarão sem recursos disponíveis para
poderem crescer em termos económicos.
Na figura 12.39 está a ser analisada a variação do PIB a preços constantes
sendo que o ano base é 2005. De uma forma geral, podemos afirmar que
apenas nos anos de 2008 e 2010 houve taxas de variação positivas. No caso de
Portugal, em 2008, a taxa de variação apresentada foi cerca de 0,01% e da
Grécia, nesse mesmo ano, de 0,2%. Em 2010, apenas Portugal apresentou uma
taxa de variação positiva, de cerca de 1,9%. Já a situação da Grécia é-nos
apresentada com uma taxa de cerca de -4,9%.
É também possível afirmar que, de uma forma geral, Portugal, sempre
apresentou taxas superiores à da Grécia, estando, dessa forma, numa situação
menos preocupante.
Por último, na figura 12.40, é igualmente verificável a afirmação de que
Portugal se apresentava numa melhor situação em termos de dívida pública
(em % do PIB) comparativamente à Grécia, à exceção do ano de 2013, onde
não nos é fornecida a percentagem de peso da dívida pública no PIB para a
Grécia. Para além disto, podemos afirmar que a dívida pública foi aumentando,
progressivamente, durante o período entre 2008 e 2013.

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