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MKT-MDL-05

Versão 00

Tratamentos Termoquímicos e
Superficiais
Aula: Recozimento e Normalização
Introdução

• O especialista em tratamentos térmicos deve ter em mente duas


considerações óbvias, antes de realizar a operação de tratamento
térmico:
• Quais os objetivos do tratamento térmico: aumento de dureza e da
resistência mecânica, diminuição da dureza a aumento da ductilidade,
melhora da capacidade de corte, aumento da resistência ao desgaste,
aumenta da resistência à corrosão, etc
• Quais as modificações estruturais necessárias para atingir os objetivos
desejados?
Introdução

• Em função desse conhecimento, outros fatos devem ser


analisados:
• Equipamento, ferramentas e dispositivos disponíveis;
• Tipo de liga que está sendo utilizada;
• Forma a dimensões das peças a serem tratadas;
• Condições de aquecimento;
• Condições de resfriamento
• Previsão de existência de tensões internas de natureza térmica ou
estrutural ou de ambos os tipos;
• Necessidade de usinagem ou não, após o tratamento
Introdução

• Esses conhecimentos propiciam a adoção de vários artifícios de


natureza prática, tais como:

• Modificação da forma das peças;


• Alteração da composição da liga e
• Escolha de outro meio de resfriamento

Com essas precauções, muitos


problemas podem ser
evitados!
Recozimento

• Para compreender melhor o mecanismo de recozimento, é


preciso entender os fenômenos de:

Encruamento Recristalização
Recozimento

• Na deformação plástica, energia é armazenada no metal. Associa-


se essa energia armazenada ao grande número de imperfeições
cristalinas, como discordâncias, que são produzidas no metal pela
deformação

• Essa energia armazenada atua como força capaz de provocar uma


volta do sistema às condições normais, com estrutura não
deformada, desde que criem condições cinéticas capazes de
inverter o processo.
Recozimento

• A barreira energética que impede essa volta à condição não


deformada é ultrapassada pelo aquecimento do metal, a uma
certa temperatura, durante um tempo determinado.

• Esse processo é chamado de recozimento.


• Durante o mesmo, há como que um rearranjo a eliminação das
configurações produzidas pelos defeitos cristalinos.
Recozimento

• O rearranjo e eliminação das mencionadas configurações


dependem dos níveis de temperatura empregados. Em função
dessas temperaturas, o recozimento compreende 3 estágios
principais:
• Recuperação;

• Recristalização e

• Crescimento de grão
Recozimento

• 1º Estágio – Recuperação
• Temperaturas Baixas;
• Rearranjo das discordâncias;
• Não há sensível modificação estrutural do material, a não ser sobre as
discordâncias;
• Tensões macro e micro introduzidas durante o encruamento, são
diminuídas

• Esse estágio também é chamado de recozimento para alívio de tensões.


Recozimento

• 2º Estágio – Recristalização
• Temperaturas mais elevadas;
• Aparecimento de grãos poligonais equiaxiais não-deformados, que
aparecem em primeiro lugar nas partes da estrutura mais intensamente
deformadas;
• Fenômeno de Nucleação;
• Tempo de recristalização – tempo necessário para ocorrer 95% de
recristalização;
• Temperatura de recristalização – temperatura necessária para, no tempo de
1 hora, ocorrer 95% de recristalização.
Recozimento
Recozimento

• 3º Estágio – Crescimento de grão


• Absorção por parte de alguns grão dos grãos circunvizinhos;
• Força propulsora: energia superficial dos contornos de grão;
Recozimento

• Nos estágios de recuperação a recristalização não ocorre qualquer


modificação de fases
• Quando a temperatura do processo for de tal ordem que essas
transformações de fase se verificam, tem-se o “recozimento pleno”
ou “total”.
Fatores que afetam o
Recozimento

• Embora a temperatura e tempo de recristalização possam ser


determinados, outros fatores afetam o recozimento:

• Encruamento prévio;

• Tamanho de grão prévio;

• Pureza do metal
Fatores que afetam o
Recozimento

• A recristalização é iniciada a uma temperatura mais baixa a


completada numa faixa mais estreita de temperatura quando:

• O encruamento prévio tiver sido mais intenso;

• O tamanho de grão original for menor;

• O metal for mais puro;

• O tempo de recozimento for mais longo.


Fatores que afetam o
Recozimento

• Por outro lado, o tamanho de grão do metal recristalizado será


menor quando:
• Menor a temperatura;

• Mais curto o tempo à temperatura;

• Menor o tempo de aquecimento até a temperatura;

• Mais intenso o encruamento prévio e

• Maior a quantidade presente de partículas insolúveis ou mais finamente


dispersas elas estiverem
Recozimento nos aços

• Produtos:
• Perlita ou
• Perlita + ferrita;
• Perlita + cementita

• Resfriamento lento
Recozimento nos aços

• Regula a textura bruta


de fusão;
• Melhora ductilidade e
usinabilidade
Recozimento nos aços

• A queda no alongamento
acima da temperatura
crítica deve-se a um
acentuado crescimento
do tamanho de grão
Recozimento nos aços

• O recozimento pleno
em peças de pequenas
dimensões pode ser
substituído pelo
recozimento
isotérmico
• Diminui o tempo de
tratamento e produz
uma estrutura mais
uniforme.
Alívio de Tensões

• Tensões residuais –>


empenamento e
fissurações
Alívio de Tensões
Considerações sobre
recozimento

• Aços hipoeutetóides:
• Temperatura acima de A3 em, aproximadamente, 50ºC (entre 900 a 800 C)
• Aços Hipereutetóides:
• Temperaturas entre 790 e 815ºC

• No resfriamento:
• Em forno intermitente comum, a prática é desligar o forno;
• Num forno contínuo, pode-se levar as peças da zona de austenitização
para a zona de transformação
• Depois que o produto de transformação tenha sido totalmente obtido, o
aço pode ser resfriado rapidamente.
Normalização

• Objetivo: refinar a homogeneizar a estrutura do aço, conferindo-


lhe melhores propriedades que as obtidas no recozimento.

• Resfriamento, após austenitização, geralmente, é ao ar

• Melhora as características de usinagem, modifica e refina


estruturas dendríticas fundidas e confere ao aço melhores
condições para têmpera posterior.
Normalização

• Aços baixo-carbono
(0,20% a 0,30%) não
sofrem tratamento
posterior.

• Aços com C mais


elevado podem ser
temperados
posteriormente.
Normalização

• Temperaturas Usuais
Normalização
Normalização

• Dependendo da forma
e posição das curvas
em C, pode-se obter
bainita na
normalização.

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