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Esta singela opinião pode parecer leviana e provocatória para um certo círculo de
moçambicanos, mas a ideia não é essa. Na verdade, o fundamental é convidar o leitor a
reflectir sobre os malefícios de um possível desequilíbrio bioecológico no seio da
sociedade moçambicana.
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Na sociedade moçambicana, parece que o desenvolvimento humano está a seguir uma
lógica em que os factores de desenvolvimento não estão sincronizados, se olharmos
para o que está a acontecer nos vários distritos da província de Cabo Delgado, a inédita
morte de um famoso activista no Xai-Xai, os baleamentos em Maputo, os deslocados
em Nampula, as horas extras dos professores no período da COVID-19, os subsídios de
reintegração da nobreza nacional e a reclamação dos estudantes a uma nova forma de
estar face a pandemia.
Se o desejo dos moçambicanos for o desenvolvimento humano tal como tem sido
propalado, é chegada a altura de repensarmos nesse mesmo modelo, sob pena de
continuarmos a assistir aos actuais cenários sociopolíticos caracterizados pela existência
de factores de risco e não de protecção ao desenvolvimento humano equilibrado e
saudável.
Mazuze