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ESTÁCIO DE SÁ

Atividade Estruturada
Curso Superior em Serviço Social

DOCUMENTOS DE ARAXÁ, TERESÓPOLIS E SUMARÉ

Vitória – Espírito Santo 2015


ESTÁCIO DE SÁ
Atividade Estruturada
Curso Superior em Serviço Social

DOCUMENTOS DE ARAXÁ, TERESÓPOLIS E SUMARÉ

Nome: Heloisa Alves de Melo Lopes


Matricula: 201402375204
Curso: Serviço Social
Semestre: 3º

Vitória – Espírito Santo 2015


RESUMO

Este estudo resultado de um processo investigativo que se propõe realizar


uma análise sobre a origem do Serviço Social no Brasil, a partir de uma
contextualização histórica das mudanças ocorridas na profissão.

A pesquisa caracterizou-se como bibliográfica; utilizou como fontes: video


aulas Estácio de Sá, apostila do Aluno, livros e referenciou-se no método dialético
para análise e interpretação de dados.

Abordaremos sobre os documentos de Araxá, Teresópolis e Sumaré que


foram de grande importância para Renovação do Serviço Social no Brasil e a
contextualização histórica, a Perspectiva téorico-metodológica, As Categorias e
conceitos utilizados, concepção da profissão, do usuário do Serviço Social e a
prática profissional.

Palavras chave: Araxá, Teresópolis, Sumaré e serviço social.


ABSTRACT

This study is the result of an investigative process that intends to carry out an
analysis of the origin of Social Work in Brazil, from a historical context of changes in
the profession..

The research was characterized as literature; used as sources: video lessons


Estacio de Sá, Student handout, scientific articles, books and referenced in the
dialectical method of analysis and interpretation of data.

Discuss about the documents of Araxá, Teresopolis and Sumaré that were of
great importance for Renewal of Social Work in Brazil and the historical context, the
Theoretical and methodological perspective, the categories and concepts used, the
design profession, the social service user and the professional practice.

Key words: Araxá, Teresopolis, Sumaré and social work.


SUMÁRIO

Introdução.................................................................................................................06

1 Documento de Araxá............................................................................................07

2 Documento de Teresópolis..................................................................................09

3 Documento de Sumaré.........................................................................................12

CONCLUSÃO............................................................................................................15

REFERÊNCIAS..........................................................................................................17
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INTRODUÇÃO

Abordaremos sobre os 3 seminários que deram origem aos documentos de


Araxá, Teresópolis e Sumaré que foram de grande importância para Renovação do
Serviço Social no Brasil e a contextualização histórica, a perspectiva téorico-
metodológica, as categorias e conceitos utilizados, concepção da profissão, do
usuário do Serviço Social e a prática profissional

A finalidade deste trabalho estruturado tende desenvolver um perfil


inverstigativo como princípio formativo e condição central da formação profissional, a
partir da análise comparativa entre os Documentos de Araxá, Teresópolis e Sumaré
.
Os Documentos de Araxá, Teresópolis e Sumaré constituem "marcos
históricos" do Serviço Social. São produto dos estudos de profissionais competentes
reunidos em Seminários promovidos pelo Centro Brasileiro de Cooperação e
Intercâmbio de Serviços Sociais (CBCISS). Espelham a situação do Serviço Social
em dado momento de sua história, e são o resultado de seu desenvolvimento
científico, embora influenciado por acontecimentos sociais e políticos. De fato, desde
o início, o Serviço Social preocupou-se com determinadas questões que põem em
jogo sua própria existência ou sobrevivência.

1 Documento de Araxá
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O Documento de Araxá foi composto durante o I Seminário de Teorização do


Serviço Social, em Minas Gerais (Araxá) de 19 a 26 de março de 1967 e
posteriormente publicados pelo CBISS. Convém destacar que esse era um período
bastante crítico no que se refere ao modo como as relações entre sociedade e
Estado se davam, pois esse período deu início a Ditadura Militar no Brasil.

O seminário de Araxá alavancou a afirmação de uma mudança na prática


profissional, no sentindo de rever as funções que atribuem à profissão e a prestação
de serviços. Como ponto de partida poucos profissionais participaram, no entanto,
foi essencial para que outros encontros acontecessem.

Os 38 assistentes sociais de cujas reflexões resultou o Documento de Araxá


partiram de um patamar de consensual na apreciação da profissão: "como prática
institucionalizada, o Serviço Social se caracteriza pela ação junto a indivíduos com
desajustamentos familiares e sociais. Tais ajustamentos muitas vezes decorrem de
estruturas sociais inadequadas" (CBCISS apud NETTO, 2009, p.24).

O Documento de Araxá teve grande repercussão, não apenas no Brasil, mas


também no exterior, e foi traduzido em inglês e espanhol, assim como o documento
de Teresópolis que foi traduzido para o espanhol.

O documento em questão analisa, discute, os objetivos remotos e


operacionais do Serviço Social brasileiro, sua metodologia, examina a adequação á
realidade brasileira, o documento de Araxá fala sobre os princípios e postulados que
fundamentam a metodologia do Serviço Social, entende-se por princípios
operacionais aqueles norteadores da atuação do profissional e postulados os
pressupostos éticos e metafisico. A metodologia utilizada na época era de Caso,
Grupo e Desenvolvimento de Comunidade não sendo este trabalho exclusivo do
Assistente Social. A partir do documento, surgem novas formas de atuação como
técnica, mobilização de forças organizadas, ideologia do desenvolvimento integral
entre outras. As discussões sobre o tema em questão, elaboradas na disciplina de
Fundamentos Históricos Teóricos Metodológicos, tem como objetivo a compreensão
da história da profissão sua metodologia e seus princípios.
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Uma das grandes contribuições desse documento foi de se analisar a


realidade brasileira, tendo em vista que o Serviço Social nesse período era
totalmente voltado ao Serviço Social norte-americano de teoria funcionalista; outra
questão levantada a partir da elaboração do mesmo foi a tentativa de ruptura com as
práticas assistencialistas com vistas a construir novos pressupostos teórico-
metodológicos

2 Documento de Teresópolis
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O documento surgiu em virtude da realização do Seminário de Teresópolis,


que aconteceu entre 10 a 17 de Janeiro de 1970 no Rio de Janeiro, dando
continuidade ao Seminário do Araxá – realizado no ano de 1967 em Minas Gerais,
para estudar a “Metodologia do Serviço Social”, com a perspectiva modernizadora
da profissão. Os organizadores elaboraram um roteiro cuidadoso, mas foi refeito
pelos profissionais, que optaram por uma dinâmica diferenciada acabando por
inviabilizar a redação de um texto final

A importante contribuição do documento elaborado por 33 profissionais


assistentes sociais, que a convite do CBCISS (Centro Brasileiro de Cooperação e
Intercâmbio em Serviços Sociais) dividiram-se em dois grupos para discutir e
analisar as seguintes temáticas: “Concepção Científica da Prática do Serviço Social”
e “Aplicação da Metodologia do Serviço Social”. A temática estava na necessidade
de um aprofundamento da metodologia do Serviço Social em face da realidade
brasileira, por isso o documento possui características diversas e justaposição dos
dois grupos de estudos. A este documento deu-se a denominação de Documento de
Teresópolis.

No texto de Teresópolis, o que se têm é um coroamento do transformismo:


nele o “moderno” triunfa sobre o “tradicional”. A perspectiva modernizadora se afirma
não apenas como concepção profissional geral, mas, sobretudo como pauta
interventiva. O objetivo do Seminário de Teresópolis é instrumentalizar o profissional
de assistencia social, para responder às demandas do regime ditatorial, por isso não
busca uma nova organização da sociedade. Este aponta para a requalificação
profissional, redefinindo nitidamente o perfil sócio-técnico da profissão, e a escrevem
conclusivamente no circuito da “modernização conservadora”.

Diferente do Seminário de Araxá, o de Teresópolis não produz um


documento final, e o Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviço
Social, que é a instuição responsável pelo evento, publica o relatório de cada grupo
participante de forma separada; legitima e justifica a sociedade capitalista; obtem
características em uma perspectiva modernizadora; aprimora os profissionais da
área para que estes possam contribuir no projeto desenvolvimentista
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O Seminário de Teresópolis, possui como influência o Movimento de


Reconceituação do Serviço Social, a repercurssão nos conteúdos utilizados pelos
cursos de serviço social, e a grande repercurssão da profissão.

O grupo A inspirou-se em Lebret, elencou sete itens a partir das


“necessidades sociais”, com isso reitera a importância de uma visão globalizada e a
moldura do subdesenvolvimento

O grupo B com uma visão desenvolvimentista porem com outra fonte de


inspiração o UNRISD (Instituto para o Desenvolvimento Social da Organização das
Nações Unidas), construiu um quadro resumido de “fenômenos e variáveis segundo
o critério das necessidades e problemas” referindo-se a “necessidades básicas e
sociais”, o grupo procurou identificar os conhecimentos “para” “em” e “sobre” o
Serviço Social diante das situações do meio social, trouxe como sugestões a adoção
de procedimentos lógicos tanto para que predomine o conhecimento como para a
ação.

No segundo tema “Aplicação da Metodologia do Serviço Social” o grupo A,


formulou procedimentos metodológicos de intervenção do Serviço Social, composta
por investigação, diagnóstico e intervenção, que configura uma metodologia
genérica do Serviço Social encontrada em qualquer escala e forma de atuação.

O grupo B em suas explanações definiu a metodologia aplicável ao nível de


planejamento e aplicou aos níveis de administração em Serviço Social e prestação
de serviços diretos, elaborou diferentes quadros cruzando diagnóstico/intervenção
(este foi o binômio adotado pelo grupo) com as categorias do planejamento no
Serviço Social.

A “concepção científica da prática do Serviço Social” é adotada como


intervenção o que ficou comum entre os grupos. A perspectiva modernizadora
afirma-se não só como concepção profissional geral, mas também como pauta
interventiva.
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No tocante ao objeto de atuação do Serviço Social para o Seminário de


Teresópolis, este significava a intervenção enquanto orientação social, ou seja, o
processo desenvolvido pelo homem a fim de obter soluções normais para problemas
sociais. Para tanto, o Seminário em alusão, em seus grupos, buscou analisar temas
de concepção científica da prática do Serviço Social, com o fito de dar cientificidade
à intervenção do(a) assistente social.

Netto (2011, p. 188-189) faz a crítica a este documento com o seguinte


fundamento:

Em ambos os relatórios, a concepção científica da prática do Serviço Social é efetivamente reduzida


ao estabelecimento de conexões superficiais entre dados empíricos da vida social e à intervenção
metódica sobre eles, consideradas aquelas conexões. Nos dois textos, a resultante dessa ‘concepção
científica’ é uma pauta interventiva cujo andamento pode ser objeto de acompanhamento, vigilância e
avaliação por parte de hierarquias institucional-organizacionais de corte tecnoburocrático.

De forma geral, estabelecendo uma analogia entre o documento de Araxá e


as contribuições de Teresópolis, tem-se que o primeiro levou as concepções
profissionais para o projeto de Modernização Conservadora, enquanto que
Teresópolis promoveu a exclusão de ideias que promoviam e sedimentavam a
Modernização Conservadora. Nas palavras de Netto (op. cit., p. 190), houve uma
cristalização da perspectiva modernizadora de Araxá:

Para Netto (op. cit.), enquanto que Araxá considerava a(o) assistente social como um
funcionário do desenvolvimento, em Teresópolis concebia como “agente desse processo”.

Não podemos deixar de destacar a importância do profissional José Lucena


Dantas, com sua tentativa em elaborar uma teoria metodológica para o Serviço
Social a partir de uma abordagem sistemática, o qual, de certa forma,colaborou no
aspecto teórico-metodológico e ídeo-cultural relacionados ao Encontro de
Teresópolis.
Dantas defendeu os principais pontos a serem discutidos na profissão e
inaugurou a distinção de princípios em éticos, metafísicos e lógicos e os relaciona ao
dever ser; conhecer considerando-os com componentes: científico (generalização,
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leis, teorias formuladas pelas ciências) e axiológico (concepções doutrinárias e


valorativas); debate os princípios dos métodos de caso, grupo e comunidade; reflete
acerca da natureza científica da categoria profissional, contudo, não supera a
doutrina social da Igreja, em sua expressão neotomista.

Essa assertiva deveu-se a duas vertentes defendidas por Dantas em sua


teoria metodológica. A primeira, a cientificidade prática, cujas ações eram
desenvolvidas de forma singular e de controle burocrático-administrativo. Já a
segunda, a globalidade da ação profissional, baseava-se na análise do problema
com interação de variáveis de maneira generalista, processo desarticulado da
totalidade.

Mesmo com esta abordagem criticada por suas perspectivas da


modernização conservadora, como já apontado, o Seminário de Teresópolis
apresentou avanços interessantes em relação ao conteúdo metodológico da
profissão, dadas as circunstâncias sócio-históricas presentes à época. Ainda
consoante Netto (op. cit.), foi em Teresópolis que a profissão alcançou um patamar
relevante de discriminação, classificação e categorização de situações sociais
problema e de procedimentos técnicos para intervir e enfrentar tais situações.

3 Documento de Sumaré
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O seminário de Sumaré ocorreu de 20 a 24 de novembro de 1978, vinte e


cinco assistentes sociais, a convite do CBCISS, reuniram-se no Centro de Estudos
do Sumaré, no Rio de Janeiro, com o objetivo principal de continuar os estudos de
teorização do Serviço Social iniciados em 1967 com o Seminário de Araxá, cujo
documento final — o Documento de Araxá — foi considerado por muitos como um
marco teórico do Serviço Social no Brasil. Decorridos dez anos, era desejável
retomar esse Documento e possibilitar novos questionamentos na linha da
sistematização teórica por ele iniciado. Seminário se desenvolveu dentro da
metodologia de trabalho. O programa constituiu-se dos três temas básicos
pertinentes aos questionamentos levantados durante a preparação do seminários
referidos

 O SERVIÇO SOCIAL E A CIENTIFICIDADE.


 O SERVIÇO SOCIAL E A FENOMENOLOGIA.
 O SERVIÇO SOCIAL E A DIALÉTICA.

Visando discutir a cientificidade da ação do Serviço Social e provocando


reflexões sobre a operacionalização das proposições frente às demandas
brasileiras. Com isso, tem por base teórica o livro Ditadura e Serviço Social: uma
análise do Serviço Social no Brasil pós-64 de José Paulo Netto, e o texto Teorização
em Serviço Social do CBCISS (Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de
Serviços Sociais), por serem obras clássicas de abordagem da temática

Neste contexto, a ditadura militar enfrenta crises, com grandes lutas e


mobilização dos trabalhadores. Cresce então um intenso processo de discussão
interna entre os assistentes sociais na busca de um novo perfil profissional e de uma
identidade com as classes trabalhadoras, marcadas pelo autoritarismo e
intransigência.

Assim, o movimento de ruptura com o serviço social é marcado por romper


com o serviço social considerado tradicional, implicando na neutralidade da ação e
intervenção do profissional numa perspectiva de comprometimento com a
transformação social.
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o III Seminário de Teorização do Serviço Social que aconteceu em Sumaré,


foi de suma importância para o desenvolvimento de uma posição crítica da categoria
profissional, tendo em vista os temas problematizados e os encaminhamentos
oriundos. Vale ressaltar que não houve grandes conclusões, pois se constituiu num
espaço de debate e discussões que ampliou a compreensão dos Assistentes Sociais
acerca da profissão no cenário brasileiro.

CONCLUSÃO
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Na origem da profissão o trabalho social, tinha papel imprescindível de


corrigir os abusos e atenuar as rebeliões no intuito de aliviar o sofrimento e melhorar
a situação de milhares de seres humanos, ao tentar realizar essa tarefa o
trabalhador social tinha uma visão ingênua e maniqueísta.

No Brasil, a prática do assistente Social inicialmente dava-se na perspectiva


de estabelecer a ordem, a moral ou a higiene, com o processo de expansão e
consolidação do modo de produção capitalista, com as crises políticas, sociais e
econômicas, o profissional é convocado para contribuir na articulação da harmonia
social na relação Estado/sociedade.

Com as mudanças de Estados, principalmente na fase da ditadura militar, os


profissionais de Serviço Social passam a analisar criticamente suas intervenções,
visto que a repressão era grande em todos os aspectos da vida social e as
regressões dos direitos não possibilitavam uma intervenção que respondessem as
demandas da sociedade. Nesse caso, a categoria buscou articulação com a classe
trabalhadora e os movimentos sociais, contato esse que possibilitou a reflexão critica
de sua atuação despertando a busca de um referencial teórico que construísse uma
ideologia de transformação social.

Dessa forma, ao se apropriar de um complexo amplo de saberes, a


categoria profissional de Serviço Social tem o desafio constante de produzir e
reconstruir crítica à teoria num intuito de superar limites e estabelecer coerência em
sua matriz teórica que metodologicamente supere tanto o formalismo das etapas
preconcebidas, dos elementos preestabelecidos numa estrutura rígida, como o
empirismo (experimentação inspirada nas situações pessoais, na preocupação
apenas da aplicabilidade) e o ecletismo (posições misturadas, sem crítica das
teorias funcionalista, fenomenológica e dialética).

Por fim, vale registrar que a contradição que permeia a prática profissional
do assistente social, deve ser entendida como um desafio contemporâneo, nessa
lógica para enfrentar esses desafios, o profissional estrategicamente deve se
qualificar para acompanhar, atualizar e explicar as particularidades das expressões
da “Questão Social” nos seus diversos níveis, seja mundial, nacional, regional e
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local, pois se não ter domínio da realidade que é um dos objetos profissionais, o
mesmo não conseguirá construir propostas de ações que modifique a realidade de
seus usuários.

Em um país como o Brasil, no qual a história do serviço social está arraigado


em ações paternalistas e clientelistas de combate focalizado na pobreza, a
assistência social estava identificada como prática social de doações de auxílios e
manutenção do poder. É na prática social do dia-a-dia que podemos pensar
criticamente e agir no enfrentamento das questões sociais.

REFERÊNCIAS
17

TEORIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL – Documentos de Araxá,


Teresópolis e Sumaré. CBCISS. Rio de Janeiro: Agir, 1986. Pag 107

Resumo dos documentos. Disponível em < http://seer.unipampa.edu.br >. Acesso


em: 19 de maio de 2015.

Ditadura e Serviço Social - Uma análise do Serviço Social no Brasil pós 64.

Ditadura militar. Disponível em http://www.artigonal.com/ acesso em: 19 de maio de


2015

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