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Lei 7.975, publicada no Diário Oficial do Município em 14/12/2007, sob o fundamento de não estar
assinado pelo seu Antecessor;
Considerando que, ante a nulidade daí decorrente, e terem decorrido mais de 15(quinze) dias da data
do recebimento pelo Poder Executivo da aludida Lei, implica na Sanção Tácita prevista no § Único
do Art. 45 da Lei Orgânica do Município:
RESOLVE:
TITULO I
I - Alinhamento: linha locada ou indicada pela Prefeitura que delimita a divisa frontal
entre o lote e o logradouro público;
III - Área urbana: a parcela do território, contínua ou não, incluída nos perímetros
urbanos por lei municipal específica;
IV - Área de expansão urbana: espaço contínuo ou não à área urbana, com pouca ou
nenhuma ocupação que possa, no futuro, transformar-se em urbana;
V - Áreas destinadas a uso público: aquelas para implantação de sistema viário, de
equipamentos urbanos e redes de infra-estrutura, de equipamentos comunitários e de espaços livres
de uso público e áreas verdes;
VI - Área Especial de Interesse Social - AEIS: área urbana instituída pelo Plano
Diretor, destinada predominantemente à moradia de população de baixa renda e sujeita a regras
específicas de parcelamento, uso e ocupação do solo;
VII - Área verde: área descoberta e permeável, dotada de vegetação que contribua
para o equilíbrio climático e favoreça a drenagem de águas pluviais;
VIII - Áreas destinadas a uso comum dos condôminos: aquelas referentes ao sistema
viário interno e as demais áreas de uso comum internas aos condomínios, não caracterizadas como
unidades autônomas;
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existentes, sendo necessário, primeiro, aprovar junto à autoridade licenciadora e depois registrar no
Cartório de Registro de Imóveis;
a Zona Urbana em que se situa o empreendimento e as condições especiais que porventura sejam
necessárias para o caso;
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XX - Faixa Marginal de Proteção (FMP): áreas de terra que margeiam os corpos
d'água, demarcadas pelo órgão estadual ou federal competente, com a finalidade de proteger as
águas públicas estaduais e preservar suas condições ecológicas, hidráulicas e sanitárias tendo em
vista os aspectos ambientais conexos ao domínio hídrico;
b) Pela Constituição Estadual no inciso III do Art. 265, a FMP foi consagrada
como Área de Preservação Permanente, devendo permanecer em seu estado natural e
sendo proibidas quaisquer edificações ou edículas de caráter permanente que não
visem o acesso a embarcações;
XXI - Faixa de domínio: faixa de terra não edificável situada às margens de rodovias,
ferrovias, linhas de transmissão, dutos, entre outras redes de infra-estrutura,
destinadas à segurança operacional dos sistemas instalados;
XXIII - Faixa não edificável ou “non aedificandi”: área na qual a legislação em vigor
não permite construir ou edificar;
XXV - Gleba: imóvel que ainda não foi objeto de parcelamento do solo para fins
urbanos realizado nos termos desta Lei;
XXVI - Greide: séries de cotas que caracterizam o perfil de uma estrada ou de uma
rua dando as altitudes de seus diversos trechos;
XXVII - Imóvel rural: aquele que tenha exploração agrícola, pecuária e extrativa
vegetal ou agro-industrial e que, independentemente de sua localização na área urbana ou rural, tiver
área superior a 1 (um) hectare (Lei nº 5.172/66);
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XXX - Legitimação de posse: ato do Poder Público destinado a conferir título de
reconhecimento de posse de imóvel objeto de demarcação urbanística, com a identificação do
ocupante e do tempo e da natureza da posse;
XXXII - Licença final integrada: ato administrativo vinculado pelo qual a autoridade
licenciadora declara que o empreendimento foi fisicamente implantado e executado de forma
regular, com atendimento integral das exigências urbanísticas e ambientais estabelecidas pela
legislação em vigor e fixadas na licença urbanística e ambiental integrada;
XXXIII - Logradouro público: área urbana de domínio público, ruas e praças que se
constitui bem de uso comum do povo, sendo, portanto, de acesso irrestrito, destinado à circulação ou
permanência da população;
XXXVI - Loteamento com fins sociais - subdivisão do imóvel em lotes com fins
sociais nas Áreas de Especial Interesse Social - AEIS, com abertura de novas vias públicas ou
logradouros públicos, ou com prolongamento, modificação ou ampliação das vias públicas ou
logradouros públicos existentes;
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XL - Nivelamento: regularização do terreno por corte das partes altas ou aterro das
partes baixas, permitindo estabelecer uma altitude de cota de soleira compatível com a cota do
logradouro público;
XLVI - Quadra ou quarteirão: área limitada por três ou mais logradouros adjacentes,
subdivididas ou não em lotes;
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XLVIII - Regularização fundiária sustentável: o conjunto de medidas jurídicas,
urbanísticas, ambientais e sociais, promovidas pelo Poder Público por razões de interesse social ou
de interesse específico, que visem a adequar assentamentos informais preexistentes às conformações
legais, de modo a garantir o direito social à moradia, o pleno desenvolvimento das funções sociais
da propriedade urbana e o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado;
LIV - Via arterial: via com significativo volume de tráfego utilizado nos
deslocamentos urbanos de maior distância, com acesso às vias lindeiras devidamente sinalizadas;
LVI - Vias de circulação ou de penetração: via com a função de permitir o acesso aos
bairros e aos deslocamentos intrabairros;
LVII - Via local ou de impasse: via de baixo volume de tráfego, com função de
possibilitar o acesso direto às edificações;
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TÍTULO II
Art. 3º - Somente será permitido o parcelamento do solo para fins urbanos nas Áreas
Urbanas definidas no Plano Diretor de Campos dos Goytacazes.
I - Loteamento;
II - Desmembramento;
III - Articulação das vias internas com o sistema viário adjacente, existente ou
projetado, harmonização da urbanização com a topografia local e garantia do acesso público aos
corpos d’água, às praias e demais áreas de uso coletivo.
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Parágrafo Único - Considera-se também como desmembramento, a subdivisão de
imóvel feita em inventário decorrentes de bens, desde que não se abram novas vias ou outros
logradouros, nem se prolonguem ou modifiquem as existentes, sempre respeitadas as dimensões
mínimas previstas em Lei.
§2º - O condomínio deverá ser todo fechado por muro de alvenaria ou similar.
§3º - Na entrada do condomínio deverá ser prevista guarita com instalação sanitária.
Este conjunto quando projetado na área de afastamento não poderá ter área superior a 8 m2 (oito
metros quadrados).
Art. 9º - Os serviços relativos à manutenção das vias internas e das áreas de uso
comum serão de responsabilidade e ônus dos condôminos, incluindo, no mínimo, os seguintes itens:
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VI - Conservação das áreas verdes.
§1º - A destinação final dos resíduos sólidos coletados pelo condomínio deverá ser
feita conforme orientação da Prefeitura e concessionária prestadora dos serviços de limpeza pública
no Município.
CAPÍTULO I
DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS E AMBIENTAIS
Seção I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
IV - Em áreas que tenham sido aterradas com material nocivo à saúde humana, sem
que sejam previamente saneadas;
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VI - Em locais que integrem Unidades de Conservação da Natureza de proteção
integral, onde só é permitido o uso indireto;
X - Nas faixas de domínio das rodovias federais (BR), estaduais (RJ) e municipais
(CA); das ferrovias; das linhas de transmissão de energia elétrica, dutovias e nas demais redes de
infra-estrutura.
Seção II
I - Dimensionamento dos lotes e das quadras quanto aos seus limites máximos e
mínimos;
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Subseção I
Art. 14 - O parcelamento do solo para fins urbanos no Município deverá ser feito de
acordo com os Modelos de Parcelamento estabelecidos no Anexo I desta Lei, que dispõe sobre as
dimensões mínimas de lotes, quadras e vias para implantação de loteamentos.
§1º - Os limites das diferentes zonas a que se refere este artigo serão definidos na Lei
de Uso e Ocupação do Solo municipal.
Art.17 - Os lotes de esquina deverão ter canto chanfrado e não poderão ter área
inferior à área indicada como lote mínimo para o parcelamento.
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III - A necessidade de preservação do patrimônio ambiental e cultural desaconselhar a
abertura de vias ou logradouros públicos, seu prolongamento, modificação ou ampliação.
Art. 19 - Nas Áreas de Especial Interesse Social (AEIS) os lotes terão área mínima de
126 m² (cento e vinte e seis metros quadrados) e frente mínima de 6 (seis) metros, sendo destinados
à urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente
aprovado pelos órgãos públicos competentes.
Art. 20 - As quadras formadas por lotes industriais deverão ser separadas das
destinadas ao uso residencial por uma via com largura mínima correspondente a das vias de
circulação definidas no Anexo I.
Subseção II
Art. 21 - Os parâmetros para destinação de áreas públicas previstas nesta Lei aplicam-
se a todas as modalidades de parcelamento.
I - Vias de circulação.
e) Rede de telefonia;
f) Gás canalizado.
g) Praça;
h) Escola;
i) Creche;
j) Posto de saúde;
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k) Outros equipamentos comunitários de interesse público e social.
IV - Áreas verdes.
Art. 27 - Nos loteamentos, a soma total das áreas destinadas ao uso público não será
inferior a 35% (trinta e cinco por cento) da área total da gleba.
Parágrafo Único - Caso não atenda ao requisito do caput deste artigo, o percentual da
área destinada a equipamentos comunitários corresponderá a 5% (cinco por cento) da área do
terreno.
I - Vias de circulação;
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III - Rede para o abastecimento de água potável;
podem ser negociadas ou cedidas pelo Poder Público Municipal para outros fins.
Art. 39 - Poderão ser consideradas como áreas verdes aquelas que se enquadrarem
nas seguintes condições:
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II - Matas, inclusive ciliares, fora dos limites de Áreas de Preservação Permanente -
APP, conforme legislação pertinente;
Art. 41 - Não serão computados, para o cálculo das áreas verdes, os separadores
medianos de vias, as rótulas viárias ou similares e as áreas localizadas entre os passeios e os
alinhamentos dos lotes.
Art. 42 - Quando a área a desmembrar for igual ou superior a 10.000 m2 (dez mil
metros quadrados), o empreendedor, no ato de aprovação do desmembramento, será obrigado a
transferir ao Município, mediante escritura pública e sem qualquer ônus ou encargo para este, a
propriedade de um terreno correspondente a 10% (dez por cento) da área total desmembrada
destinada a equipamentos comunitários.
Subseção III
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II - As áreas mínimas das frações ideais de terreno correspondente a cada unidade
autônoma serão iguais à área mínima do lote do maior modelo de loteamento adotado para a zona
urbana na qual se situe o empreendimento.
§1º - Os parâmetros referidos nos incisos acima e as zonas urbanas onde são
permitidas as implantações de condomínios constam no Anexo II desta Lei.
§1º - Nos condomínios urbanísticos uni e multifamiliar com área superior a 10.000 m²
(dez mil metros quadrados), em glebas não parceladas anteriormente, devem ser doados 5% (cinco
por cento) da área para a implantação de equipamentos comunitários fora do condomínio em local a
ser definido pelo órgão municipal competente.
Subseção IV
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Art. 53 - Nas desapropriações, não serão indenizadas as benfeitorias ou construções
realizadas em lotes ou loteamentos irregulares, nem se considerarão como terrenos loteados, ou
loteáveis, para fins de idealização, as glebas que foram arruadas, loteadas ou desmembradas sem
autorização municipal.
Art. 54 - A arborização das vias deverá seguir os parâmetros estabelecidos pelo órgão
municipal competente.
Art. 59 - Nos loteamentos, o traçado das vias deve se adequar à trama viária existente
e à hierarquia viária indicada no Plano Diretor, de modo a satisfazer plenamente as necessidades de
circulação atual e futura.
I - Vias arteriais: largura mínima: 36,00m (trinta e seis metros): passeio mínimo:
6,00m (seis metros);
IV - Vias locais ou de impasse: largura mínima: 10,00m (dez metros); passeio: 2,00m
(dois metros);
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VI - Vias para uso exclusivo de pedestre: largura: 3,00m (três metros).
Art. 62 - O acesso à via central em qualquer loteamento com área maior do que
200.000 m2 (duzentos mil metros quadrados) deverá ser constituído por vias coletoras ou arteriais.
§1º - Uma via local não pode cruzar nem dar continuidade a qualquer via existente ou
projetada.
§2º - O número máximo das vias locais ou de impasse sucessivamente paralelas não
pode ultrapassar de 5 (cinco).
§3º - A extensão máxima das vias locais e do cul-de-sac será de 300 m (trezentos
metros) no máximo.
§4º - O leito das praças de retorno do cul-de-sac deverá ter diâmetro mínimo de 18,00
m (dezoito metros).
Art. 64 - Ao longo das linhas de transmissão de energia elétrica de alta tensão e das
rodovias e ferrovias, deverão ser abertas vias públicas de largura mínima de 11,00 m (onze metros),
de cada lado da faixa de domínio, quando não houver exigência de dimensões maiores quando do
fornecimento das diretrizes urbanísticas a cargo do órgão municipal competente.
Art. 66 - A concordância dos alinhamentos de dois logradouros será feita por curva de
raio de no mínimo 5 (cinco) metros.
Art. 67 - Ao longo dos cursos d’água naturais ou artificiais será obrigatória a abertura
de vias, situadas dentro dos limites das faixas marginais de proteção, cujas larguras corresponderão
às larguras dos cursos d’água, conforme quadro a seguir:
Largura do Curso d’água (m) Largura da via p/ cada lado da margem (m)
Até 600 14 (quatorze)
Mais de 600 16 (dezesseis)
§1º - Nos cursos d’água de até 2,00 m (dois metros) de largura, se o mesmo for
fechado, com prévia autorização do órgão competente, a sua localização poderá ser deslocada do
eixo central da via, mantendo esta, a largura de 14,00m (quatorze metros).
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§2º - A abertura de vias dentro dos limites da faixa marginal de proteção está sujeita à
orientação técnica do órgão ambiental municipal ou estadual competente.
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Art. 75 - Complementam os parâmetros definidos nesta Lei as normas técnicas
brasileiras e aquelas propostas no Plano Municipal Integrado de Transporte e Mobilidade, previsto
no Plano Diretor Municipal.
Subseção V
I - Faixas de domínio das rodovias federais (BR), estaduais (RJ) e municipais (CA),
numa faixa de 60 m (sessenta metros), 40 m (quarenta metros) e 22 m (vinte e dois metros), de
largura, respectivamente;
III - Faixas de domínio das linhas de transmissão de energia elétrica e dutovias numa
faixa com largura total de 11 m (onze metros).
Seção III
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Art. 80 - O parcelamento de solo urbano deve proteger as Áreas de Preservação
Permanente (APP), as florestas e demais formas de vegetação natural do Município, situadas:
I - Ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa
marginal cuja largura mínima será de:
c) 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200
(duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600
e) 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600
(seiscentos) metros.
III - Nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer
que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura;
VII - Nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo,
em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
VIII - Em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a
vegetação.
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f) A assegurar condições de bem estar público.
Art. 81 - A Área de Preservação Permanente poderá ser transposta pelo sistema viário
ou utilizada para a implantação e manutenção de sistemas de drenagem de águas pluviais, ou para
atividades consideradas de utilidade pública, bem como para obras exigidas pelo Poder Público ou
por concessionários de serviços públicos, desde que a intervenção seja de baixo impacto ambiental e
não a descaracterize na sua totalidade, segundo avaliação do órgão ambiental competente.
III - A faixa de domínio público das rodovias e ferrovias deverá garantir a segurança
da população e a proteção do meio ambiente, conforme estabelecido nas normas técnicas
pertinentes, sendo definida no âmbito do respectivo licenciamento ambiental.
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Art. 84 - O parcelamento do solo para fins urbanos ou qualquer outra forma de
utilização do solo urbano na Zona Costeira deverá assegurar o acesso livre e desimpedido às praias,
respeitadas as normas que regulam as áreas de interesse da segurança nacional e as Unidades de
Conservação de acesso restrito criadas na forma da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000.
condição para a aprovação do projeto, determinar que seja assegurada a perene servidão pública
sobre esses sítios, ouvido o órgão municipal competente.
CAPÍTULO II
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Seção I
Art. 89 - Para emissão das diretrizes urbanísticas, os órgãos deverão vistoriar os locais pretendidos
para o parcelamento.
Seção II
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§1º - Nas Áreas Urbanas abrangidas pelas Macrozonas de Atividades Produtivas e de
Serviços, de Ocupação Controlada e de Expansão Urbana, previstas no Plano Diretor, os projetos de
parcelamento de glebas estão sujeitos à elaboração de Planos de Ordenamento Territorial – POT
pelo interessado, que incluirão as diretrizes urbanísticas e ambientais fornecidas pelo Poder Público;
a) Norte magnético;
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g) Tipo de uso predominante a que o parcelamento se destina;
b) No caso da solução adotada para abastecimento d’água for poço individual tipo
cacimba, e para coleta e destino final de esgoto for fossa séptica com sumidouro, o
projeto final do loteamento deverá conter estudo de localização dos poços e dos
sumidouros de todas as unidades, de modo que a distância entre eles seja igual ou
superior à mínima exigida pelo Código de Obras, devidamente aprovado pelo órgão
municipal competente.
I - Critérios para o uso e ocupação do solo para a zona urbana onde se situa o
parcelamento, conforme o Plano Diretor Municipal e a Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano;
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IV - Faixas de terrenos ou orientação técnica para o escoamento das águas pluviais e
as faixas não edificáveis;
Parágrafo Único - O prazo poderá sofrer prorrogação quando, justificado pelo órgão
municipal responsável pela aprovação do projeto de parcelamento, for necessária consulta a órgãos
dos demais níveis de governos ou entidades técnicas, a fim de proceder à sua aprovação definitiva.
Seção III
DO PROJETO DE PARCELAMENTO
Parágrafo Único - O requerimento referido no caput deste artigo deverá estar assinado
pelo proprietário da gleba ou terreno, ou por seu representante legal, e deverá conter:
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I - Nome e assinatura do proprietário;
II - Natureza do parcelamento;
c) Indicação do norte verdadeiro, das curvas de nível, de meio em meio metro, dos
cursos d’água, das matas e das árvores existentes;
e) Nivelamento que deverá tomar por base a referência de nível (RN) oficial;
i) “Estão caucionados os lotes nos... das quadras nos... que não poderão ser vendidos
antes da aceitação pela Prefeitura Municipal das obras de infra-estrutura exigidas em
lei. Não será passada certidão dos lotes, não serão processadas guias de transmissão
das vendas dos mesmos, nem será dado o "alvará de licença” de construções nestes
lotes, antes da execução e aceitação definitiva das obras por parte da prefeitura.”
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a) Denominação, área, limites, situação e outras características do imóvel ou imóveis;
b) Descrição dos lotes, das vias de circulação, das áreas destinadas a equipamentos
comunitários, das áreas verdes e de outras áreas de uso público, das áreas não
edificantes, do terreno e remanescentes, se houver;
XIII - Cópia das diretrizes urbanísticas fornecidas pelo órgão ou setor responsável
pelo controle urbano;
Art. 103 - A identificação das vias e de outros logradouros públicos, antes de sua
denominação oficial, deverá ser feita por meio de números e letras.
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Art. 104 - A aprovação do projeto de loteamento se dará na forma de ato do
Executivo Municipal.
a) Divisas da gleba;
b) Via confrontante com a gleba ou lote, bem como as vias mais próximas que o
circundam, com indicação da distância do lote até a via mais próxima;
e) Norte verdadeiro, curvas de nível, de meio em meio metro, cursos d’água, matas e
árvores existentes;
III - Memorial descritivo apresentando a descrição dos lotes, das áreas de uso público,
quando for o caso, das áreas non aedificandi, do terreno e remanescentes, se houver;
(i) - Do lote a ser desdobrado, com o nome do loteamento, número da quadra, número
do lote e de seus confrontantes em todas as faces;
(ii) - Das áreas de uso público, quando for o caso, das áreas non aedificandi e de
preservação permanente, do terreno e remanescentes, se houver.
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Art. 106 - Aprovado o projeto, a Prefeitura Municipal emitirá a certidão de
desmembramento.
c) Via confrontante com as glebas ou com os lotes, bem como as vias mais próximas
que os circundam, com indicação da distância até a via mais próxima;
d) Norte verdadeiro, curvas de nível, de meio em meio metro, cursos d’água, matas e
árvores existentes;
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b) Indicação do norte verdadeiro, das curvas de nível, de meio em meio metro, dos
cursos d’água, das matas e árvores existentes;
c) Indicação da via confrontante com a gleba ou o lote, bem como das vias mais
próximas que a circundam;
d) Quadro de áreas das unidades autônomas, das áreas de uso comum, das áreas
destinadas a equipamentos comunitários, quando houver, das áreas non aedificandi e
de preservação permanente, quando for o caso, com as devidas porcentagens, e os
seus totais.
III - Planta de implantação das edificações, com indicação dos afastamentos entre
elas, em relação às áreas comuns e às divisas do terreno, conforme parâmetros previstos na Lei de
Uso e Ocupação do Solo para a zona urbana em que se situe;
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Art. 113 - Em casos especiais, previstos em legislação federal, estadual ou municipal,
identificados na fase de fornecimento de diretrizes, o interessado deverá apresentar, para aprovação
do projeto:
Parágrafo Único - O não atendimento do pedido a que se refere este artigo importará
no arquivamento do processo de parcelamento.
Art. 119 - O órgão responsável pelo planejamento urbano somente aprovará o projeto
de parcelamento caso sejam apresentadas as respectivas licenças das entidades federais, estaduais e
municipais, onde couber.
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Art. 122 - A licença para a execução da obra será válida pelo período de 1 (um) ano,
prorrogável por mais 1 (um) ano.
Art. 124 - Sempre que houver prolongamento de via já existente no novo loteamento,
esta deverá receber o mesmo nome da via existente.
Art. 125 - O Poder Executivo, por meio de seu órgão competente, dará denominação
oficial a todos os loteamentos aprovados, sendo vedado divisões numéricas em sua unidade.
Seção IV
DAS GARANTIAS
Art. 126 - Como garantia ao cumprimento da execução das obras e serviços previstos
nesta Lei, o proprietário deverá caucionar parte dos lotes destinados à alienação a particulares.
Art. 127 - A soma das áreas dos lotes ou quadras a serem vinculados ou caucionados
deve corresponder a um percentual de, no mínimo, 30% (trinta por cento) da área útil do
parcelamento.
Art. 128 - O Município fica autorizado a utilizar a garantia para corrigir imperfeições
na execução das obras e serviços no loteamento ou para reparar danos decorrentes da ação ou
omissão do empreendedor.
Art. 129 - A garantia prestada será retida definitivamente no caso da não execução
das obras por culpa do empreendedor sem prejuízo das penalidades cabíveis.
§1º - O disposto neste artigo quanto à garantia não se aplica aos casos de
desdobramento e remembramento.
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proporcionalmente à execução dos serviços de infra-estrutura executados, mediante requerimento do
empreendedor e competentes vistorias, devendo estar assegurados a independência entre as etapas e
o perfeito funcionamento de todos os serviços previstos.
Seção V
DA EXECUÇÃO DO PARCELAMENTO
Subseção I
I - Denominação do loteamento;
VII - O número total de lotes e quadras, área total da gleba, áreas destinadas para
implantação de equipamentos urbanos e comunitários, áreas destinadas a áreas verdes e praças, área
útil do loteamento, área destinada ao arruamento, outras áreas com restrições, se existirem, e
respectivos percentuais;
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II - Caucionar ao Município, mediante escritura pública, um percentual de, no
mínimo, 30 % (trinta por cento) da área útil do loteamento, como garantia de execução das obras de
infra-estrutura do loteamento;
III - Executar, à própria custa, em prazo fixado em comum acordo com a Prefeitura
Municipal, todas as obras exigidas constantes do projeto aprovado;
Art. 133 - No caso de aprovação do loteamento e não registro dos lotes ou início das
obras nos prazos estabelecidos o decreto será revogado não podendo ser revalidado sem novo
processo de aprovação.
Art. 135 - Os lotes caucionados só poderão ser vendidos após terem sido liberados
pelo órgão municipal competente.
Art. 137 - Concluída a demarcação dos lotes e dos logradouros públicos, vias, áreas
verdes, institucionais e não edificáveis, o interessado deverá solicitar ao setor municipal competente
a vistoria do início das obras e a verificação da correta definição dos marcos de alinhamento e
nivelamento.
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I - Demarcação cravada ao solo, em concreto, contendo a indicação de lotes, quadras
e logradouros;
Art. 139 - Deverão ser informados, ao setor municipal competente, os casos em que o
movimento de terra necessário à implantação do loteamento acarretar a necessidade de importar, ou
exportar material, cuja área de recolhimento ou de destinação do material recolhido localize-se fora
dos limites do loteamento podendo ser exigida a adoção de medidas mitigadoras dos possíveis
impactos.
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Art. 141 - No caso de desmembramentos serão exigidos obras e serviços previstos
nesta Lei, podendo as obras serem dispensadas se os serviços já estiverem sido implantados e em
perfeito funcionamento.
II - As praças deverão ter, pelo menos, metade de sua área total arborizada;
III - As áreas verdes deverão ser arborizadas com espécies e mudas apropriadas ao
ecossistema local.
Art. 143 - O projeto de arborização deverá ser apresentado e aprovado pelo órgão
competente da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes.
Art. 144 - A pavimentação das pistas de rolamento das vias deverá seguir os padrões
adequados a sua função e integração ao sistema viário da cidade.
Art. 145 - A pavimentação dos passeios deverá ser realizada de acordo com as
normas de acessibilidade universal.
Art. 146 - O condomínio urbanístico edificado poderá ser executado em etapas, mas
de forma a não haver interrupção no andamento das obras.
Art. 148 - Caso o cronograma de obras não seja cumprido, o Município poderá
assumir a realização parcial ou integral da obra e dos serviços atribuídos ao responsável pelo
parcelamento, desde que sejam dados, em contrapartida, lotes em quantidade equivalente
economicamente ao custo estimado da obra ou o imóvel dado em garantia.
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§2º - A realização das obras pelo Município, prevista neste artigo, deverá ser
aprovada pelo Prefeito Municipal ou por autoridade delegada, ouvido o Conselho Municipal de
Meio Ambiente e Urbanismo, formalizando-se através de contrato.
§3º - Os lotes recebidos nos termos previstos neste artigo poderão ser vendidos para
custear a realização das obras pela Prefeitura ou destinados à promoção de habitação de interesse
social.
Art. 149 - A execução e segurança das obras para parcelamento do solo observarão,
além do previsto nesta Lei, às exigências previstas no Código de Obras e Edificações de Campos
dos Goytacazes e no Código Municipal Ambiental, no que couber.
Art. 150 - A execução das obras e serviços a cargo do empreendedor será fiscalizada
pela Prefeitura Municipal, devendo o mesmo facilitá-la, inclusive quanto à qualidade dos materiais
empregados além de, obrigatoriamente, comunicar o seu início.
Art. 152 - Uma vez realizada a totalidade das obras e serviços de infra-estrutura do
parcelamento a Prefeitura Municipal dará permissão para liberação da caução dos lotes ou do
imóvel.
Art. 154 - O responsável pelo loteamento fica obrigado a fornecer, no mês de janeiro
de cada ano, ao órgão fazendário competente da Prefeitura Municipal, a relação dos lotes que, no
ano anterior tenham sido alienados definitivamente ou mediante compromisso de compra e venda,
mencionando o nome do comprador e o endereço, os números do quarteirão, do lote e o valor do
contrato de venda, a fim de ser feita a anotação no Cadastro Imobiliário Municipal.
§2º - O projeto de modificação será considerado como um novo projeto, devendo ser
submetido à aprovação dos órgãos municipais competentes, com reavaliação das diretrizes
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fornecidas. A nova planta e o memorial aprovados serão depositados no cartório do registro para
nova inscrição.
Subseção II
I - Prazo de 6 (seis) meses para início da execução da obra e/ou serviços, contado a
partir da data da aprovação do projeto;
§2º - Caso não sejam observados os prazos previstos neste artigo a contar da data de
aprovação do parcelamento, o Município decretará a caducidade do ato de aprovação do projeto de
parcelamento.
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Art. 159 - Será admitida execução parcial do parcelamento, a pedido do interessado,
desde que se mantenha inalterado o prazo máximo de 2 (dois) anos e 6 (seis) meses para a execução
total da obra.
§1º - A execução parcial referida neste artigo deverá ser prevista no cronograma de
execução da obra de acordo com as seguintes exigências:
III - Identificação dos lotes dados em garantia por cada etapa de execução da obra, ou
imóvel correspondente ao valor das obras de cada uma das etapas;
Seção VI
DA ACEITAÇÃO DO PARCELAMENTO
§1º - Caso o termo de verificação da execução da obra conclua pela não aceitação do
parcelamento, o requerente poderá promover a complementação da obra ou os ajustes necessários ou
apresentar recurso à autoridade competente.
Art. 161 - Uma vez realizada a totalidade das obras e serviços de infra-estrutura do
parcelamento, a Prefeitura Municipal, a requerimento do interessado e após as competentes
vistorias, liberará os lotes caucionados dados em garantia.
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Art. 163 - O Município poderá conceder o aceite parcial no caso de execução em
etapas, conforme previsto nesta Lei, com extinção da caução sobre os lotes correspondentes àquela
etapa, desde que observado o cronograma parcial.
Seção VII
Art. 164 - A falta de cumprimento das disposições desta Lei, bem como de qualquer
exigência acessória para regularização do parcelamento, verificada no exercício da fiscalização, dará
ensejo a uma ou mais das seguintes penalidades:
III - Multa;
Parágrafo único - Da aplicação das penalidades previstas nos incisos do caput deste
artigo caberá recurso à autoridade superior à que tenha imposto a sanção, assegurada ampla defesa,
ouvido o Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo - CMMAU.
Parágrafo Único - O auto de infração será lavrado de acordo com as normas previstas
no Código de Obras.
Art. 166 - Constitui infração administrativa punível com embargo da obra os casos
de:
§1º - O embargo deverá ser precedido de vistoria feita pelo órgão municipal
competente.
§2º - O auto de infração que constatar situação passível de embargo deverá anotar as
providências necessárias para o levantamento do embargo, bem como cominar a multa
correspondente, prevista no Anexo IV desta lei, podendo o infrator obter remissão da multa se
cumprir as exigências do órgão municipal competente dentro do prazo assinalado.
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§3º - O infrator não terá direito a remissão da multa caso a mesma obra já tenha sido
objeto de punição com multa prevista no Art. 172, ou tenha sido previamente embargada, pela
mesma infração ou não.
Art. 167 - Depois de lavrado o auto de infração, serão expedidos, quando couber, auto
de embargo ou de interdição, podendo ser solicitado o auxílio de força pública, quando necessário,
para fazê-lo respeitar.
Art. 168 - Aplica-se a cassação da licença de execução da obra nos seguintes casos:
II - Obra executada em desacordo com as normas desta Lei, inclusive aquela objeto
de embargo que não foi regularizada.
III - Vender lotes caucionados sem a liberação pelo órgão municipal competente.
Art. 169 - Sem prejuízo das responsabilidades civis e criminais, constitui infração
administrativa punível com multa:
IV - Outros atos que contrariam as normas desta Lei, previstos no Anexo IV.
§1º - O pagamento das multas não exclui a aplicação de outras sanções previstas em
Lei, nem sana a infração, ficando o infrator obrigado a legalizar as obras do loteamento de acordo
com o projeto aprovado.
§2º - Os valores das multas para cada infrações estão estabelecidos no Anexo IV
desta Lei e serão corrigidos monetariamente por ato do Poder Executivo.
§3º - A multa prevista no parágrafo anterior será calculada por meio de alíquotas
percentuais sobre a Unidade Fiscal do Município (UFICA).
Art. 170 - As infrações não previstas nesta Lei serão punidas com multas que poderão
variar de 10% (dez por cento) a 2.000% (dois mil por cento) da UFICA, a critério do órgão
municipal competente, ouvido o Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo - CMMAU.
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TÍTULO III
Da Regularização Do Parcelamento
CAPÍTULO I
Art. 172 - Só será admitida a regularização de parcelamento do solo para fins urbanos
nas Áreas Urbanas definidas no Plano Diretor.
Art. 176 - Será admitida a substituição do projeto aprovado pelo setor municipal
competente, quando a desconformidade tornar inviável ou extremamente difícil a implantação do
projeto original.
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Art. 180 - A faculdade prevista no artigo anterior passará por avaliação prévia do
Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, observando-se sempre a equivalência entre os
valores envolvidos.
Art. 182 - Serão exigidas para a regularização do parcelamento do solo para fins
urbanos, conforme o caso, a execução de obra e serviços, conforme o previsto nesta Lei, onde
couber.
CAPÍTULO II
a) Data final prevista para o prazo de defesa do notificado, caso esta não tenha sido
exercida;
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II - Projeto de parcelamento conforme o previsto na seção III do Capítulo II desta Lei,
no prazo de 30 (trinta) dias contados da data de apresentação da planta mencionada no inciso I deste
artigo;
III - Cronograma de execução das obras e serviços ainda não concluídos, quando for o
caso, com prazo máximo de 2 (dois) anos para conclusão.
Art. 187 - O disposto nos incisos I e II do artigo anterior se aplica apenas em caso de:
Art. 188 - O cronograma para execução da obra e serviços não concluídos será
apresentado com o projeto de parcelamento do solo ou, quando este não for necessário, em 60
(sessenta) dias contados da:
I - Data final prevista para o prazo de defesa do notificado, caso esta não tenha sido
exercida;
IV - Cronograma de execução das obras e serviços ainda não concluídos, quando for
o caso, com prazo máximo de 2 (dois) anos para conclusão.
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Art. 193 - Ato do Executivo Municipal regulamentará o processo administrativo de
regularização do parcelamento por iniciativa de qualquer interessado.
Parágrafo Único - O Município poderá desistir da ação prevista neste artigo quando se
verificar o atendimento à notificação e o satisfatório andamento do procedimento de regularização
do parcelamento.
Art. 198 - A apresentação do parcelamento do solo para aceitação final pelo órgão ou
setor municipal responsável pelo controle urbano deverá ocorrer no prazo máximo de 2 (dois) anos
contados da data da autorização.
Art. 199 - O Município poderá promover diretamente as obras e serviços para fins de
regularização do parcelamento, quando:
Parágrafo Único - O disposto neste artigo aplica-se inclusive nos casos em que:
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§2º - No caso do parcelamento ter sido promovido por órgão ou entidade pública,
poderá ser estabelecido convênio com o Município, compartilhando-se as atribuições previstas nesta
Lei.
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Art. 207 - A regularização fundiária a ser promovida em favor dos adquirentes dos
lotes terá a participação do Município em caso de inclusão dos interessados em programa de
regularização fundiária municipal.
CAPÍTULO III
habitação no Município.
Art. 210 - Para regularização urbanística e fundiária nas AEIS deverá ser criado um
Grupo de Trabalho composto por representantes locais, grupos comunitários formais e informais da
área específica e entidades organizadas das áreas de influência da respectiva AEIS.
§2º - O Grupo de Trabalho será efetivado por ato do Executivo Municipal, para
atuação na ação de regularização específica.
Art. 211 - O Executivo Municipal poderá firmar convênio com a União e com o
Estado do Rio de Janeiro com vistas à execução integrada das ações de regularização urbanística e
fundiária nas AEIS.
Art. 212 - Para a regularização fundiária nas AEIS serão utilizados os seguintes
instrumentos previstos na Lei do Plano Diretor Participativo de Campos dos Goytacazes:
III - Desapropriação;
Art. 213 - Para fins de regularização urbanística e fundiária poderão ser utilizados os
instrumentos da política urbana previstos na Lei do Plano Diretor:
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I - Direito de superfície;
Art. 214 - Para cada AEIS a ser regularizada será elaborado um cadastro de ocupantes
que funcionará como referência para a titulação da propriedade dos lotes resultantes do parcelamento
aprovado:
Art. 215 - A regularização urbanística e fundiária nas AEIS deverão ser precedidas
das seguintes providências, de iniciativa direta ou indireta do Executivo Municipal:
II - Delimitação, por ato do Executivo Municipal, das áreas integrantes das AEIS;
III - Demarcação do sistema viário das áreas caracterizadas como AEIS, de forma a
permitir a elaboração do respectivo projeto de parcelamento do solo, observada a tipicidade local;
Art. 216 - Para fins e efeitos de regularização urbanística fica instituído o lote padrão.
§1º - Considera-se lote padrão a área básica, em metros quadrados, fixada para cada
AEIS, com dimensão estabelecida por parâmetros estatísticos referentes às áreas dos lotes resultantes
do levantamento planialtimétrico cadastral.
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II - Aqueles destinados a reassentamento de famílias moradoras da AEIS, se for
necessário implantar habitações multifamiliares, a serem definidos quando da aprovação do
parcelamento do solo para a respectiva AEIS.
§3º - Os lotes padrão, com área inferior ou superior aos limites definidos no § 2o deste
artigo, serão objetos de avaliação técnica do órgão municipal responsável pelo controle urbano e
pelo órgão ou entidade municipal responsável pela habitação, a fim de que:
Art. 217 - Para a regularização urbanística nas AEIS serão exigidos, no mínimo, a
execução das seguintes obras de infra-estrutura:
Art. 219 - O cronograma das obras e serviços deverá ser anexado à documentação,
para o acompanhamento da execução das obras pela população.
TITULO IV
Art. 221 - Os parcelamentos aprovados em data anterior à da vigência desta Lei ficam
sujeitos às exigências da legislação anterior.
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Art. 222 - Os parcelamentos efetivados sem aprovação da Prefeitura Municipal, terão
prazo de 90 (noventa) dias para serem legalizados, sob pena de interdição e demolição judicial das
obras executadas.
Art. 224 - Os prazos previstos nesta Lei são contados, por dias corridos, excluindo-se
o primeiro dia e incluindo-se o último, prorrogando-se para o primeiro dia útil o vencimento de
prazo que cair em sábado, domingo ou feriado.
Art. 225 - Não serão fornecidos alvarás de licença para construção, ampliação,
alteração, reforma e demolição em lotes resultantes de parcelamentos não aprovados pela Prefeitura
Municipal.
Art. 226 - Nenhum benefício do poder público municipal será estendido a terrenos
parcelados sem a devida aprovação ou regularização junto a Prefeitura Municipal.
Art. 228 - Fica facultado ao Poder Público municipal exigir, na forma da lei, o
parcelamento compulsório nos vazios urbanos localizados nas Macrozonas urbanas definida no Art.
241 do Plano Diretor do Município.
Art. 229 - O Município de Campos dos Goytacazes poderá celebrar convênios com
entidades federais, estaduais, municipais e autárquicas, visando a fiel execução desta Lei.
Art. 230 - As funções referentes à aplicação das normas e imposições desta Lei serão
exercidas pelos órgãos municipais competentes.
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Art. 231 - Os casos não previstos expressamente nesta Lei deverão ser avaliados e
encaminhados à decisão do Município de acordo com parecer do Conselho Municipal de Meio
Ambiente e Urbanismo – CMMAU.
Art. 233 - Por infração às disposições desta Lei serão aplicadas as penalidades
previstas nesta Lei e na legislação municipal, estadual e federal.
Art. 234 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário, em especial a Lei nº 6.690, de 20 de agosto de 1998, que dispõe sobre o
Parcelamento do Solo no Município.
MM/rp.-
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