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Paleontologia Brasileira: temos fósseis no Brasil

Autor: Ms. Diogo Jorge de Melo (Universidade Severino Sombra)

Resumo: A palestra apresenta um panorama da diversidade de fósseis encontrados no


Brasil, seguindo uma ordem cronológica, dos mais antigos aos mais recentes. Para o
período Pré-Cambriano são apresentadas as ocorrências de estromatólitos e fósseis da
Fauna de Ediacara como a Corumbella werneri e os Beltanelliformes. Na era Paleozóica
são apresentados diversos fósseis das Bacias do Paraná, Amazonas, Parnaíba e
Solimões, demonstrando a diversidade de icnofósseis e invertebrados marinhos, como
trilobitas e braquiópodes. Cabe destacar o surgimento dos fósseis dos primeiros
vertebrados terrestres no período Permiano, como os mesossauros e o Prionosuchus
plummeri. Para a era Mesozóica, destacou-se inicialmente os fósseis do Triássico da
Bacia do Paraná, como os dicinodotes e cinodontes, animais que estão na linhagem
evolutiva dos mamíferos, além dos rincossauros e de outros arcossauromorfos como
os dinossauro Staurikosaurus pricei , Unaysaurus tolentinoi e o Sacisaurus agudoensis.
Para o período Jurássico destacou-se a presença de pegadas de diverso animais como
dinossauros e mamíferos e um icnofóssi de um urólito (marca de urina), encontrado na
Formação Botucatu da Bacia do Paraná. No período Cretáceo deu-se destaque aos
fósseis da Bacia do Araripe e comentou-se a existência de contrabando de fósseis no
pais. Desta formação destacou-se a diversidade de pterossáuros, répteis voadores, e
de dinossauros como Angaturama limai, Irritator challengueri e o Santanaraptor
placidus. Das outras localidades destacou-se as pegadas existentes em Souza, na
Paraíba e diversos animais encontrados na Bacia do Paraná, na Formação Bauru, como
os dinossauros Gondwanatitan faustoi, Maxakalisaurus topai, Uberabatitan ribero e o
carnívoro Pycnonemosaurus nevesi e a grande diversidade de crocodilomorfos como
Uberabasuchus terrificus, Baurusuchus salgadoensis e o Mariliasuchus amarali. Da era
Cenozóica, destacou-se os mamíferos fósseis do Paleoceno da Bacia de São José de
Itaboraí, os fósseis do Eoceno da Bacia de Fonseca e Aiuruoca em Minas Gerais, onde
destacam-se fósseis de vegetais, peixes e anfíbios. Do Oligoceno demonstrou-se a
diversidades de fósseis da Bacia de Taubaté, inclusive citando a presença de uma ave
gigante predadora, a Paraphysornis brasiliensis. No Mioceno apresentou-se os fósseis
da Formação Pirabas, como fósseis de tubarões, peixes ósseos, invertebrados marinho
e a presença de um fóssil de peixe-boi. Por último destacou-se os fósseis do Plioceno
do Acre, Formação Solimões, com a presença de crocodilianos gigantes, como o
Purussaurus brasiliensis e a diversidade de animais da Megafauna Pleistocênica, que
são encontrados por todo o território nacional. A palestra não pretendeu falar sobre
todos os fósseis nacionais e sim chamar atenção para o patrimônio fossilifero do Brasil,
demonstrando que ele é muito rico e diversificado e deve ser preservado por todos os
brasileiros.

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