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CAPA
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
Honorato Cosenza
Diretor de Segurança Alimentar e Nutricional
Publicação Oficial:
© 2016 Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas – Fapespa
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desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.
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Normalização
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Andrea Cristina dos Santos Corrêa
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Jacqueline Queiroz Carneiro de Souza
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação
F981a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (FAPESPA)
Anuário de Assistência Social do Estado do Pará, 2016. -
Belém, 2016. 91 f.: il
CDD. 361
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Alguns programas e benefícios no Pará que utilizam o CadÚnico ........................ 42
Quadro 2 - Número de Agenda de Capacitações e Eventos realizados, pela SEASTER em
parceria com o MDS, nos municípios paraenses 2015 .......................................... 45
Quadro 3 - Número de assessoramentos técnicos realizados pela SEASTER nos municípios
paraenses, 2015 ...................................................................................................... 45
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 14
2 A PROTEÇÃO SOCIAL NO SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL -
SUAS ................................................................................................................................... 17
3 PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA ........................................................................................ 18
3.1 CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS) ........................................... 19
3.1.1 Equipamentos Socioassistenciais da Proteção Social Básica no Pará ....................... 21
3.2 SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS DA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA ................................ 25
3.2.1 Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF) ............................. 26
3.2.2 Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) ................................. 28
3.2.3 Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e
Idosas ........................................................................................................................... 32
3.3 BENEFÍCIOS, PROGRAMAS E AÇÕES SOCIOASSISTENCIAIS NO PARÁ ......................... 33
3.3.1 Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC).............................. 33
3.3.2 Benefícios eventuais ....................................................................................................... 36
3.3.3 Benefício para pessoas com hanseníase ....................................................................... 36
3.3.4 Programa Cheque Moradia Especial ........................................................................... 38
3.3.5 Cadastro Único (CadÚnico).......................................................................................... 39
3.3.6 Programa Bolsa Família .............................................................................................. 42
3.3.7 A Busca Ativa ................................................................................................................ 46
4 PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL ................................................................................... 52
4.1 MÉDIA COMPLEXIDADE ........................................................................................................... 52
4.1.1 Equipamentos Públicos do Sistema de Proteção Social Especial de Média
Complexidade .............................................................................................................. 53
4.2 ALTA COMPLEXIDADE .............................................................................................................. 56
4.2.1 Equipamentos Públicos do Sistema de Proteção Social Especial de Alta
Complexidade .............................................................................................................. 58
4.3 CENÁRIO DO PÚBLICO ALVO DA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE MÉDIA
COMPLEXIDADE NO ESTADO DO PARÁ .............................................................................. 60
4.3.1 A Criança e o Adolescente ............................................................................................ 60
4.3.1.1 Estatísticas de Atendimento à Criança e ao Adolescente, pelo Sistema de Proteção
Social Especial de Média Complexidade no estado do Pará, 2014 e 2015 ............. 62
4.3.2 A mulher ......................................................................................................................... 71
4.3.2.1 Estatística de Atendimento às Mulheres vítimas de violência, pelo Sistema de
Proteção Social Especial de Média Complexidade no estado do Pará, 2014 e 2015
...................................................................................................................................... 72
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
APRESENTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
organiza-se em três principais itens, quais sejam: a Proteção Social no âmbito do SUAS, a
Proteção Social Básica e a Proteção Social Especial.
O primeiro item introduz a organização da política de Assistência Social a partir da
legislação vigente. O segundo apresenta a Proteção Social Básica, seus serviços, benefícios e
o equipamento de efetivação de suas ações, o Centro de Referência de Assistência Social
(CRAS), e como estão distribuídos no território paraense. O terceiro discorre sobre a Proteção
Social Especial nos dois diferentes níveis (média e alta complexidade); apresenta os serviços
tipificados nacionalmente, quais estão em execução no estado e o qual o público alcançado
por eles.
16
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
Em 2004, a Política Nacional de Assistência Social (PNAS)2 foi instituída com vistas a
nortear a concretização das diretrizes estabelecidas na LOAS, bem como a implementação do
Sistema Único da Assistência Social (SUAS)3, integrando as esferas governamentais no
objetivo comum de cumprir o compromisso do Estado com a Assistência Social.
Assim, a Assistência Social alcança o patamar de política de Proteção Social
articulada a outras políticas do campo social, voltadas, sobretudo, à garantia de direitos e de
condições dignas de vida da população.
O público usuário dessa política é caracterizado na PNAS como cidadãos e grupos em
situação de vulnerabilidade e riscos, que, por sua vez, são definidos como:
1
Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993.
2
Resolução nº 145, de 15 de outubro de 2004.
3
Previsto e regulamentado pela Resolução nº 130, de 15 de julho de 2005, que aprova a Norma Operacional
Básica da Assistência Social (NOB SUAS).
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
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A Proteção Social Básica, de acordo com a LOAS, tem caráter preventivo e objetiva
proporcionar o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, por meio de serviços,
programas, projetos e benefícios da Assistência Social. Também visa prevenir situações de
vulnerabilidade e risco social através do desenvolvimento de potencialidades e aquisições,
além de ampliar o acesso aos demais direitos sociais.
Conforme a PNAS/2004, o público alvo consiste na população que está em situação de
vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação4 e/ou fragilização de vínculos afetivos
– relacionais e de pertencimento social, discriminações de gênero, étnicas, por idade, por
deficiências, etc.
Os programas e projetos socioassistenciais podem ser executados pelas três instâncias
de governo (federal, estadual e municipal) e devem ser articulados dentro do SUAS. Cabe aos
governos municipais atuarem como executores públicos das ações socioassistenciais, sendo
responsáveis diretos pela oferta dos Serviços de Proteção Básica.
A efetivação dessas ações deve se concretizar nos Centros de Referência de
Assistência Social (CRAS) ou em outras unidades referenciadas a eles, inclusive por meio de
parcerias com organizações da sociedade civil.
4
Ausência de renda; precário ou nulo acesso aos serviços públicos; dentre outros.
18
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5
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações técnicas: Centro de
Referência de Assistência Social – CRAS. Brasília: MDS, 2009.
6
Antes denominado Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, cuja alteração se deu através da
Medida Provisória nº 726, de 12 de maio de 2016.
7
A composição dos profissionais de referência é regulamentada pela Norma Operacional Básica de Recursos
Humanos do SUAS (NOB-RH/SUAS/2006) e Resolução nº 17/2011, do Conselho Nacional de Assistência
Social (CNAS).
8
A equipe volante deve ser composta de dois técnicos de nível superior, sendo um assistente social e outro
preferencialmente psicólogo, e dois técnicos de nível médio. A Resolução CIT nº 6, de 31 de agosto de 2011,
pactua os critérios e procedimentos das expansões 2011 do cofinanciamento federal do Serviço de Proteção e
Atendimento Integral à Família-PAIF das Equipes Volantes, no âmbito do Distrito Federal e Municípios,
conforme descrito nesta Resolução. A Portaria nº 303, de 8 de Novembro de 2011, estabelece o cofinanciamento
dos serviços de proteção social básica e ações executados pela equipe volante do Centro de Referência de
Assistência Social – CRAS, por meio do Piso Básico Variável. Cofinanciamento Federal das Equipes Volantes:
Resoluções das expansões qualificadas, Resoluções: CNAS 26/2011 e 07/2012.
9
A Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, aprovada pela Resolução CNAS nº 109, de 11 de
novembro de 2009, prevê o atendimento às famílias residentes em territórios de baixa densidade demográfica,
com espalhamento ou dispersão populacional (áreas rurais, comunidades indígenas, quilombolas, calhas de rios,
assentamentos, dentre outros), que pode ser realizado por meio do estabelecimento de equipes volantes ou
mediante a implantação de unidades de CRAS itinerantes.
19
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10
Sobre esse serviço, ver Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009, que aprova a Tipificação Nacional de
Serviços Socioassistenciais.
11
Como, por exemplo, os casos que envolvem desemprego, violência, doenças, acesso à educação, saneamento
básico, moradia e outros.
20
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12
O Censo SUAS é uma ação integrada entre a Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS) e a Secretaria
de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI) do MDS. Trata-se de um processo de coleta de dados realizado
anualmente, que tem por finalidade elaborar informações sobre a oferta de serviços e benefícios da assistência
social, bem como a respeito de sua estrutura física, de gestão e de recursos humanos.
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RIs Tapajós (7) e Xingu (13) apresentaram o menor quantitativo. O estado possui 82 equipes
volantes distribuídas em 69 municípios, estando em sua maioria nas RIs Araguaia (13), Baixo
Amazonas (13) e Marajó (11). Há ainda, 36 municípios com uma Lancha Social cada, estando
a maioria destas na RI Baixo Amazonas (8) e no Marajó (7), principalmente pela sua
peculiaridade geográfica, e a minoria nas RIs Guamá (1) e Lago de Tucuruí (1), conforme se
observa na Tabela 05.
A Proteção Social deve contar com um conjunto de programas, ações e serviços, que
conjuntamente possam garantir seus objetivos primordiais. Para isso, a organização da
Proteção Social foi dividida em básica e especial, que trabalham de maneira concorrente e
integrada. A Proteção Social Básica conta com três tipos de serviços principais,
regulamentados pela resolução nº 109/2009, são eles: o Serviço de Proteção e Atendimento
Integral às Famílias (PAIF), Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e
Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas.
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Resolução CIT nº 07, de 10 de setembro de 2009.
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Gráfico 2 - Média das famílias acompanhadas pelo PAIF, por Região de Integração, no
estado do Pará, 2014
Guajará 36.997
Lago de Tucuruí 14.002
Marajó 10.942
Tocantins 9.027
Guamá 8.115
Tapajós 6.782
Rio Capim 6.471
Araguaia 5.026
Carajás 4.543
Rio Caeté 4.476
Xingu 3.723
Baixo Amazonas 3.681
Gráfico 3 - Média das famílias acompanhadas pelo PAIF, por Região de Integração, do
estado do Pará, 2015
Guajará 23.224
Lago de Tucuruí 16.744
Guamá 7.539
Tocantins 4.968
Marajó 4.708
Rio Capim 4.575
Xingu 4.497
Carajás 4.298
Tapajós 3.759
Araguaia 3.560
Baixo Amazonas 3.215
Rio Caeté 2.575
27
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14
A Resolução CIT nº 01/2013 favoreceu a unificação da oferta do SCFV para crianças, adolescentes e idosos,
além de dar maior autonomia aos municípios para utilizarem os recursos; equalizarem a oferta do SCFV;
unificarem a lógica do cofinanciamento, independente da faixa etária; planejarem a oferta de acordo com a
demanda local; garantirem serviços continuados; potencializarem a inclusão dos usuários identificados nas
situações prioritárias; e facilitarem a execução do serviço, otimizando recursos humanos, materiais e financeiros.
15
Crianças de até 6 anos, crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, adolescentes de 15 a 17 anos, jovens de 18 a 29
anos, adultos de 30 a 59 anos e idosos.
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(10,24%) na RI Guajará e 5.078 (10,06%) na RI Marajó. Nesta faixa, também houve especial
destaque para a RI Baixo Amazonas, com 5.077 usuários, 10,05% do total de usuários do
estado.
Para a faixa de 15 a 17 anos, além do destaque observado nas RIs Tocantins, Guajará e
Marajó, houve também uma participação significativa da RI Rio Caeté, com 11,01% do total
de usuários do estado. As três RIs citadas apresentaram percentuais próximos das faixas
etárias anteriores. A RI Tocantins, por exemplo, continuou agregando o maior percentual de
usuários entre todas as demais, 16,83%, o que corresponde a 3.170 dos 18.831 atendidos no
Estado. As RIs Guajará e Marajó concentraram 1.954 usuários (10,38%) e 1.902 usuários
(10,10%), respectivamente, ao passo que a RI Tapajós reuniu apenas 2,34%.
Em relação às demais faixas etárias, ocorreu uma leve mudança no cenário de
concentração dessas RIs. Para a faixa de 18 a 29 anos, por exemplo, a RI Tocantins lidera o
atendimento com 21,36% do total de usuários, ao passo que a RI Marajó concentra 11,75%
deles. Em termos absolutos, dos 4.799 jovens atendidos, 1.025 estão na RI Tocantins e 564 na
RI Marajó, sendo que a RI Tapajós continuou apresentando o menor número de usuários
(136), o que corresponde a 2,83% do total do Estado.
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Em termos absolutos, é possível afirmar, a partir da Figura 02, que nas cinco RIs
citadas o número de usuários ultrapassa 1.300, enquanto que nas demais regiões esse número
varia de 440 a 879 usuários. De todo modo, ainda se constituiu como valores altos,
considerando as condições de fragilidade em que, quase sempre, esses usuários se encontram.
3.2.3 Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e
Idosas
16
Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009.
17
Ressaltamos a importância deste serviço para o atendimento à pessoa idosa e com deficiência, que vive em
situação de vulnerabilidade social e tem dificuldade e/ou impossibilidade para sair de sua residência, em razão de
sua condição de locomoção.
18
Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009.
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
O BPC garante a transferência mensal de 1 (um) salário mínimo à pessoa idosa, com
65 anos ou mais, e à pessoa com deficiência de qualquer idade. Nos dois casos, o cidadão que
pleiteia o benefício deve comprovar não possuir meios de se sustentar ou de ser sustentado
pela família.
Em 2015, foi identificado um total de 198.874 beneficiários no Pará, um aumento de
33.512 com relação ao ano de 2011, conforme observado na Figura 03. No mesmo período, a
RI com maior número de beneficiários foi a Guajará, com 62.513 pessoas beneficiárias
(37,8%) em 2011, e 70.725 (35, 56%) em 2015; em seguida esteve a RI Guamá, com 13.244
(8,1%) e 16.412 (8,25%), na mesma ordem dos anos. A RI Tapajós novamente demarcou o
menor quantitativo, obtendo 4.190 (2,53%) e 5.476 (2,75%) em 2011 e 2015,
sequencialmente.
19
As Entidades de Assistência Social privadas sem fins lucrativos no Brasil: 2014-2015: Unidades de Prestação
de Serviços Socioassistenciais/IBGE, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Rio de janeiro: IBGE,
2015. 60 p.
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NO ESTADO DO PARÁ 2016
Fonte: Seaster/DRCCP.
Elaboração: Fapespa, 2016.
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
48% 1%
Com Renovação
Com Adesão
51% Sem adesão
Fonte: Seaster/DRCCP.
Elaboração: Fapespa, 2016.
20
Instituído pela Portaria Interministerial nº 18, de 24 de abril de 2007. É um programa de responsabilidade dos
Ministérios da Educação (MEC), do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS), da Saúde (MS) e da
então Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR).
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
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21
Lei Estadual nº 7.789/2014, que institui a concessão de Benefícios Eventuais.
22
Este benefício foi estabelecido pela Lei Complementar Estadual 05/90, de 24 de janeiro de 1991.
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
1600
1380
1400
1200
1032
1000
800
575
600
400
200
0
2013 2014 2015
Fonte: Seaster/DRCCP.
Elaboração: Fapespa, 2016.
23
Instituído pela Lei nº 7.776, de 23 de dezembro de 2013.
24
A contrapartida do beneficiário consiste na contratação e pagamento de mão de obra utilizada.
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
Em relação ao perfil dos beneficiários no ano de 2015, observou-se que 34% são
portadores de alguma deficiência física, seguidos de 32% com algum tipo de transtorno
mental. Essas duas categorias de beneficiários concentraram juntas 66% do total de
beneficiários, conforme aponta o Gráfico 08.
Deficiência Múltipla 6%
Renal Crônico 6%
Outras Patologias 5%
Deficiência Auditiva 4%
Deficiência Intelectual 1%
Fonte: Seaster/DRCCP.
Elaboração: Fapespa, 2016.
25
Sobre CadÚnico, ver a sua Regulamentação no Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007, da Presidência da
República, e na Portaria nº 177, de 16 de junho de 2011, do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário
(MDS), que trata de sua gestão e operacionalização.
26
No Pará, o Governo do Estado tem prestado apoio técnico aos municípios na gestão do CadÚnico, por meio de
estratégias de acesso à documentação civil; coordenação, gerenciamento, execução e
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
Cadastro Único e promover ações em parceria com os municípios. Também fica sob a
responsabilidade dos municípios o cadastramento das famílias especificadas.
A utilização do CadÚnico prioriza selecionar beneficiários de programas sociais do
governo federal voltados para esse público de baixa renda, mas também pode ser usado pelos
estados e municípios para acesso a benefícios específicos, bem como ser fonte de dados para
subsidiar políticas públicas.
No Brasil, em 2015, de acordo com dados do MDS, foram cadastradas 27.235.069
famílias e, na Região Norte, esse número chegou a 2.809.619. O Pará demarcou 1.360.445
famílias inscritas e 4.649.121 pessoas cadastradas. De acordo com o Gráfico 09, nota-se que
entre 2010 e 2015 houve incremento de 403.222 famílias no CadÚnico, correspondente a uma
variação de 40, 92%.
Fonte: Seaster/DRCCP.
Elaboração: Fapespa, 2016.
40
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
demarcando elevação de 53.657 famílias cadastradas. Por outro lado, as RIs Tapajós (39.069)
e Xingu (63.510) alcançaram os menores quantitativos nesse mesmo ano, porém, com
incremento de 9.208 e 19.218, sequencialmente.
175.823
Guajará
264.820
111.024
Tocantins
164.781
98.109
Baixo Amazonas
141.392
97.080
Guamá
138.836
97.405
Rio capim
125.241 2010
70.103
Carajás
102.706 2015
79.300
Rio caeté
100.670
68.818
Marajó
100.078
56.597
Araguaia
77.724
56.808
Lago de Tucuruí
69.715
44.392
Xingu
63.510
29.861
Tapajós
39.069
Fonte: Seaster/DRCCP.
Elaboração: Fapespa, 2016.
41
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
Fonte: Seaster/DRCCP.
Elaboração: Fapespa, 2016.
O Programa Bolsa Família foi criado no ano de 2003 no âmbito do governo federal e é
destinado a atender famílias de baixa renda, por meio de benefício em dinheiro, ofertado
mediante o cumprimento de condicionalidades relacionadas à saúde e à educação27. É pautado
numa gestão descentralizada, na qual estados e municípios têm atribuições específicas.
O Governo do Estado, por exemplo, é responsável pela homologação da Comissão
Estadual Intersetorial, composta pelas áreas da Assistência Social, Saúde e Educação, com
coordenação vinculada à Seaster. Esta secretaria tem a missão de coordenar, formular,
promover, articular, fortalecer, prestar apoio técnico, capacitar, acompanhar as estratégias de
apoio técnico e implementação das ações intersetoriais do Programa Bolsa Família.
No Brasil, o total de famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza atendidas
pelo Programa em 2015 era de 13.840.988, sendo 1.683.026 na Região Norte. As ações do
programa vêm contribuindo com a quebra do ciclo da pobreza, articulado a várias políticas
sociais direcionadas a essas famílias, contribuindo para, na maioria das vezes, que elas
superem a condição de vulnerabilidade social na qual se encontram.
O Gráfico 11 apresenta o total de famílias beneficiárias no estado do Pará, entre os anos
de 2010 e 2015. Observou-se que houve um aumento de 30,75% de 2010 para 2015, passando
de 680.804 famílias em 2010 para 890.127 famílias em 2015.
27
Criado pela Lei Federal nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004.
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
Fonte: Seaster/DRCCP.
Elaboração: Fapespa, 2016.
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
131.966
Guajará
172.701
77.970
Tocantins
107.338
Fonte: Seaster/DRCCP.
Elaboração: Fapespa, 2016.
Entre as RIs com menor número de famílias beneficiadas, observou-se as RIs Tapajós,
Xingu, Lago de Tucuruí, Carajás e Araguaia, na sequência. Entretanto, no período de 2010 a
2015, apresentaram variações positivas de 39,37%, 9,00%, 22,97%, 19,11% e 22,09%,
respectivamente.
44
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
Assessoramento Técnico
In loco 67 municípios
Assessoramento técnico continuado
na Seaster 72 municípios
Assessoramento técnico aos municípios com Municípios Prioritários 2015 – 11 municípios
fragilidade de gestão MUPs28
Assessoramento técnico integrado – PROATEI 19 municípios
Fonte: Seaster/DRCCP/2015.
28
Municípios Prioritários (MUPs) são relacionados pela SENARC/MDS a partir de alguns parâmetros críticos
de gestão, sendo os que apresentam fragilidade: atualização cadastral, acompanhamento da agenda da saúde,
acompanhamento da frequência escolar e a baixa execução financeira dos recursos do Índice de Gestão
Descentralizada do Programa Bolsa Família e Cadastro Único (IGDM-BF).
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
A Busca Ativa é uma estratégia integrante do Plano Brasil sem Miséria (BSM), do
governo federal, através do MDS, executado em parceria com as esferas estadual e municipal.
Consiste na inclusão de famílias no CadÚnico para Programas Sociais do governo federal e o
seu principal objetivo é mapear e incluir, bem como atualizar dados de famílias classificadas
como baixa renda e, prioritariamente, aquelas em situação de extrema pobreza. Além disso,
cabe à Busca Ativa identificar famílias pertencentes aos povos tradicionais (quilombolas e
ribeirinhos, por exemplo) e grupos específicos, como é o caso dos povos indígenas.
De forma mais ampla, a Busca Ativa contribui para encaminhar essas famílias aos
serviços da Rede de Proteção Social, além de facilitar que os seus membros adquiram os
documentos civis básicos, em especial o Registro Civil de Nascimento (RCN). Para alcançar
tal intento, a Busca Ativa prevê uma articulação cooperativa entre a administração pública
municipal, estadual e federal, movimento social organizado e outras instituições partícipes na
efetivação da assistência social.
A Busca Ativa, para a inserção no CadÚnico no estado do Pará, é realizada em áreas
geograficamente isoladas e com a presença das populações tradicionais e específicas, e nas
comunidades rurais e urbanas, através de ação intersetorial e estratégica de cidadania,
inclusão e equidade no acesso aos serviços, benefícios e programas socioassistenciais e os
eventuais.
Visa, ainda, levar os serviços públicos ao cidadão, por intermédio de ações conjuntas
com os municípios, para identificar locais com famílias em situação de vulnerabilidade e risco
social e que possuam membros sem documentos civis; organizar meios de informar a
população sobre os serviços socioassistenciais e, em especial, sobre a gratuidade do RCN29 e
sua importância.
A falta do RCN tem diversas implicações negativas no desenvolvimento da cidadania.
Sem ele, o cidadão não tem acesso ao Registro de Identidade (RG), não pode se cadastrar
como eleitor, não pode receber benefícios previdenciários ou da Assistência Social, é
impedido de receber carteira de trabalho, além da dificuldade de acesso a outras garantias
básicas de seus direitos.
Por isso, o Governo do Pará tem procurado realizar ações estratégicas, no sentido de
identificar as famílias em situação de vulnerabilidade e pertencentes a estes grupos
29
Instituída pela Lei Federal nº 9.534/97.
46
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
30
O sub-registro é o conjunto de nascimentos não registrados no próprio ano de nascimento ou no 1º trimestre
do ano subsequente. Contudo, tal definição não abrange todos os casos de pessoas ainda não registradas ou as
que não têm em seu poder sua certidão.
31
Criado pela Lei Estadual nº 6.831, de 13 de fevereiro de 2006.
32
As receitas provenientes da taxa de custeio do FRC são projetadas pela Secretaria de Planejamento,
Coordenação e Finanças do Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
47
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
200.000
183.232
180.000 168.642
160.000
139.917 137.291
140.000
120.000
100.000 2010
2015
80.000
Variação
60.000 Variação
20,53%
33,46%
40.000
20.000
0
DNV RCN
Fonte: Seaster/DRCCP.
Nesse sentido, pode-se afirmar que, em alguma medida, tais ações podem ter reduzido
o índice de sub-registro de nascimento, ofertando a certidão de nascimento a crianças e
adultos que antes não tinham o documento; intensificando a inclusão de pessoas/famílias nos
programas de transferência de renda e benefícios socioassistenciais; possibilitando o
reconhecimento e o registro da paternidade de crianças e adolescentes no estado; favorecendo
o acesso à qualificação profissional e ao mercado de trabalho, por meio dos documentos civis;
48
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
14000
12332
12000
10000
7858
8000
2010
6000 5046 2015
4405
4000
2000
0
Famílias Quilombolas Famílias Indigenas
Fonte: Seaster/DRCCP, 2016.
Elaboração: Fapespa, 2016.
49
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
Fonte: Seaster/DRCCP.
Elaboração: Fapespa, 2016.
50
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
1997
Tapajós
1501
695
Guamá
110
446
Marajó
103
431
Araguaia
423
426
Baixo Amazonas
634
394
Carajás
420
2015
263
Rio capim 2010
248
157
Lago de Tucuruí
216
67
Guajará
267
65
Tocantins
228
53
Xingu
131
52
Rio caeté
124
Fonte: Seaster/DRCCP.
Elaboração: Fapespa, 2016.
51
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NO ESTADO DO PARÁ 2016
52
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NO ESTADO DO PARÁ 2016
Centro POP
33
Ver considerações no item 3.1.1, referentes à concentração populacional e de pessoas abaixo da linha da
pobreza.
53
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106
104
93
90
89
54
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2011 2015
14
13
12 12
11 11
10
9
8 8 8 8
7 7 7
6 6 6 6 6 6
5
4
3
Tabela 8 - Total de Centros POP, por Tabela 9 - Total de Centros POP, por
Região, 2014 estado da Região Norte,
2014
Qtd. de Centros Estados da Região Qtd. de Centros Part.
Região Part. (%) Norte POP (%)
POP
Norte 11 5,12 Acre 1 9,09
Nordeste 51 23,72 Amazonas 2 18,18
Sudeste 98 45,58 Amapá 1 9,09
Sul 42 19,53 Pará 6 54,55
Rondônia 1 9,09
Centro-Oeste 13 6,05
Roraima 0 0,00
Total 215 100
Tocantins 0 0,00
Total 209 100
Fonte: MDS/CensoSuas, 2016. Fonte: MDS/ CensoSuas, 2016.
Elaboração: Fapespa, 2016 Elaboração: Fapespa, 2016
55
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
No que se refere aos “Centro Dia”, o estado do Pará conta com apenas uma unidade na
capital, Belém. Este serviço visa “prestar atendimento especializado nas situações de
vulnerabilidades, risco pessoal e social por violação de direitos às pessoas com deficiência em
situação de dependência e suas famílias, por meio da oferta de um conjunto de ações 20 que
contribuam para ampliar as aquisições dos usuários, na perspectiva da garantia das seguranças
previstas na Política Nacional de Assistência Social – PNAS” (MDS, 2003, p.19).
Acolhimento
Institucional
Serviços
Acolhimento
Socioassistenciai Acolhimento
em Família
s de Alta em República
Acolhedora
Complexidade
Serviços de Proteção
em situação de
calamidade públicas
e de emergencia
56
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
a. ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL:
•Crianças e Adolescentes, sob medida protetiva, inclusive aquelas com deficiência. Unidade
residencial onde uma pessoa ou casal trabalha como educador/cuidador residente,
Casa Lar responsáveis pelo cuidado de até 10 crianças/adolescentes.
•Idosos sem retaguarda familiar e condições de autosustento. Unidade residencial, com
capacidade para até 10 idosos.
b. ACOLHIMENTO EM REPÚBLICA
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MULHERES
IDOSOS
ADULTOS
Aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
34
Considerando-se a soma de pessoas que se declararam pretas e pardas.
60
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
Tabela 12 - Distribuição de crianças com idade entre 0 e 13 anos, por cor (brancos e
negros) e sexo no Pará, 2009/2014
2009 2014
Raça
Feminino Masculino Total Feminino Masculino Total
Branca 247.848 245.181 493.029 193.312 183.111 376.423
Pretos ou pardos 842.450 902.158 1.744.608 760.304 869.146 1.629.450
Total 1.090.298 1.147.339 2.237.637 970.004 1.074.429 2.044.433
Fonte: IBGE/ PNAD, 2016.
Elaboração: Fapespa, 2016.
Tabela 13 - Distribuição de adolescentes (14 a 17 anos), por escolaridade, cor e sexo no Pará, 2009/2014
2009 2014
Escolaridade Branca Negro Branca Negro
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
dessas ocorrências em relação aos demais municípios da referida RI, respectivamente. Este
resultado se reflete também nos casos de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa
de Prestação de Serviços à Comunidade, em que a RI Guajará concentrou 46,6% dos
atendimentos desses casos em relação às demais RIs do estado do Pará e os municípios de Belém
e Ananindeua, 27,8% e 69,5%, respectivamente, em relação aos demais municípios da RI
Guajará.
Também conforme o Gráfico 23, em 2015, foram registrados 8.469 atendimentos de
adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto de Liberdade Assistida
(LA) e 5.649 atendimentos em medida socioeducativa de Prestação de Serviços à Comunidade
(PSC). Dentre os casos atendidos de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de
Liberdade Assistida, 45% ocorreram na RI Guajará, merecendo destaque os municípios de Belém
e Ananindeua, que registraram o atendimento de 67,1% e 28,7% dessas ocorrências em relação
aos demais municípios da referida RI, respectivamente. Este resultado se reflete, também, nos
casos de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de Prestação de Serviços à
Comunidade, onde a RI Guajará concentrou 37,2% dos atendimentos desses casos em relação às
demais RI do estado do Pará e os municípios de Belém e Ananindeua, 64,4% e 30,2%,
respectivamente, em relação aos demais municípios da RI Guajará.
As medidas socioeducativas em meio aberto são de responsabilidade dos municípios,
enquanto que as medidas socioeducativas em meio fechado (Semiliberdade e Internação) são de
responsabilidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (FASEPA).
Gráfico 23 - Adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto
(LA ou PSC) atendidos pelo Sistema de Proteção Social Especial, por sexo
no Pará, por Região de Integração, 2014-2015
69
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
4.3.2 A mulher
72
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
4.3.3 O Idoso
De acordo com as Tabelas 15, 16 e 17, no estado do Pará, observa-se que a população
idosa chefe de família é distribuída equanimemente quando desagregada por sexo, bem como
possui uma população de pessoas idosas chefes de famílias declaradas negras de quase quatro
vezes maior que as declaradas brancas, assim também como a maioria destas possui apenas o
ensino fundamental incompleto (49,6%).
Tabela 15 - Distribuição de pessoas idosas chefes de família, por faixa etária e sexo no
Pará, 2014
Feminino Masculino Total
Faixa etária
Qtd. % Qtd. % Qtd. %
De 60 a 64 anos 40.859 30,3 64.214 34,3 105.073 32,6
De 65 a 69 anos 34.002 25,2 49.709 26,5 83.711 26
70anos ou mais 59.867 44,4 73.337 39,2 133.204 41,4
73
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
74
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
feminino. Ressalta-se que, dentre os casos atendidos, 20,7% ocorreram na RI Rio Capim.
Também merece destaque o município de Ponta de Pedras, da RI Marajó, que registrou o
atendimento de 9% dessas ocorrências em relação a todos os atendimentos desse tipo de caso
realizados nos municípios desta RI.
Ainda conforme o Gráfico 25, em 2015, foram atendidos 532 casos, tendo a RI Rio
Capim novamente registrado o maior número desses atendimentos no estado do Pará (19%).
O município de Itaituba da RI Tapajós registrou o maior número de atendimentos desse tipo
de violência contra idosos do sexo masculino e o município de Cametá da RI Tocantins, o
maior número contra idosos do sexo feminino.
Nos termos da Organização Mundial de Saúde (OMS), maus tratos e negligência são
uma ação única ou repetida, ou a ausência de uma ação devida, que causa angústia ou
sofrimento, e que ocorre em uma relação em que haja expectativa de confiança.
Em 2014, de acordo com o Gráfico 26, o Sistema de Proteção Social Especial de
Média Complexidade no estado do Pará atendeu 884 casos de pessoas idosas vítimas de
75
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
negligência ou abandono, sendo 57% de vítimas do sexo masculino contra 43% do sexo
feminino. Ressalta-se que, dentre os casos atendidos, 16,5% ocorreram na RI Rio Capim.
Também merece destaque o município de Itaituba, da RI Tapajós, que registrou o atendimento
de 9% dessas ocorrências em relação a todos os atendimentos desse tipo de caso realizados
nos municípios desta RI.
Ainda conforme o Gráfico 26, em 2015, foram atendidos 1.071 casos, tendo a RI
Tapajós registrado o maior número desses atendimentos no estado do Pará (18,9%). O
município de Itaituba registrou o maior número de atendimentos desse tipo de violência
contra idosos do sexo masculino e o município de Cametá, da RI Tocantins, o maior número
contra idosos do sexo feminino.
O artigo 1º da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência define que
“pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza
física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas”.
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
Cor ou raça
Tipo de deficiência permanente Sem
Total Branca Preta Amarela Parda Indígena
declaração
Total População Residente 7.581.051 1.637.544 533.848 69.412 5.300.812 38.134 1.302
Pelo menos uma das deficiências 1.790.289 400.329 148.633 17.874 1.216.927 6.518 8
investigadas
Deficiência visual - não consegue de modo 15.459 4.025 1.289 68 10.010 67 -
algum
Deficiência visual - grande dificuldade 270.953 59.578 25.980 2.799 181.474 1.113 8
Deficiência visual - alguma dificuldade 1.169.644 259.334 95.565 11.603 799.480 3.663 -
Deficiência auditiva - não consegue de 11.284 2.403 927 73 7.861 20 -
modo algum
Deficiência auditiva - grande dificuldade 60.066 14.798 5.907 663 38.432 266 -
Deficiência auditiva - alguma dificuldade 297.723 66.535 26.575 2.978 200.150 1.485 -
Deficiência motora - alguma dificuldade 344.442 74.701 30.185 3.211 234.442 1.903 -
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NO ESTADO DO PARÁ 2016
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
Ainda conforme o Gráfico 28, em 2015, foram atendidos 585 casos, sendo 55,7% de
vítimas do sexo masculino contra 43,2% do sexo feminino, tendo a RI Tapajós registrado o
maior número desses atendimentos no estado do Pará (37,3%). O município de Itaituba, da RI
Tapajós, registrou novamente o maior número de atendimentos desse tipo de violência contra
pessoas com deficiência, 35,9% em relação a todos os atendimentos desse tipo de caso
realizados no estado do Pará.
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NO ESTADO DO PARÁ 2016
ACOLHIMENTO - Acolhe o usuário ao chegar ao centro, realizando a escuta para identificação das demandas.
Prestam as informações necessárias, orientações e encaminhamentos pertinentes ao caso;
INFOCENTRO - Possibilita à PCD o acesso às tecnologias de informação, utilizando a infraestrutura do
programa “Navegapará”, com acesso à internet e equipamentos adaptados e acessíveis à pessoa com deficiência.
QUADRA DE ESPORTE: Desenvolve atividades esportivas direcionadas à PCD, em parceria com instituições.
SINE - Realiza a intermediação da mão de obra da pessoa com deficiência para o mercado de trabalho e atua na
sensibilização dos atores envolvidos, possibilitando a empregabilidade;
● CHEQUE MORADIA ESPECIAL - Visa proporcionar a melhoria habitacional à PCD garantindo reforma,
ampliação, construção e adaptação para melhor acessibilidade no ambiente da moradia;
● CILPA (Central de Interpretação de LIBRAS do Pará) - Oferece serviços especializados em tradução e
interpretação de LIBRAS, com intérpretes para acompanhamento de pessoas surdas ou com deficiência auditiva
em serviços públicos previamente agendados;
● CONSELHOS DE DIREITOS: Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CEDPD) e
Conselho Estadual dos direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA);
SESPA: Presta serviço odontológico especializado à PCD e possui equipe multiprofissional, composta por
médico geral, psicólogo, fonoaudiólogo, enfermeiro, farmacêutico, psiquiatra e assistente social;
SEDUC/COEES (Coordenadoria de Educação Especial) - promove ações para o acesso e permanência da PCD
no sistema regular de ensino público, por meio do Núcleo de Avaliação Educacional Especializada (NAEE), que
identifica os fatores que interferem no processo ensino-aprendizagem, com a avaliação educacional e pelo
Programa Educacional de Inclusão Profissional (PROEINP), que promove a inclusão dos alunos com deficiência,
Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), Transtorno do Espectro Autismo (TEA) e Altas
Habilidades/Superdotação (AH/S) no mercado de trabalho.
80
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NO ESTADO DO PARÁ 2016
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
de 24,3% dessas ocorrências em relação a todos os atendimentos desse tipo de caso realizados
no estado do Pará.
Também conforme o Gráfico 31, em 2015, foram atendidos 54 casos, tendo a RI Rio
Capim novamente registrado o maior número desses atendimentos no estado do Pará (27,8%).
O município de Concórdia do Pará registrou o maior número de atendimentos desse tipo de
violação de direitos, 13% em relação a todos os atendimentos desse tipo de caso realizados no
estado do Pará.
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ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
CadSuas
CadÚnico Censo
CECAD SUAS
RMA:
Prontuário
CRAS
SUAS
Vigilância CREAS
Socioassistêncial
IDV Outras
Fontes
MI - SAGI
SUAS WEB
RI -SAGI
87
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
REFERÊNCIAS
BAZÍLIO, Luiz Cavalieri; KRAMER, Sônia. Infância, educação e Direitos Humanos. São
Paulo: Cortez, 2008.
BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Conselho Nacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente (CONANDA). Sistema nacional de atendimento socioeducativo.
Brasília, 2006.
88
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
_______. Consolidação das leis do trabalho e constituição federal. 36. ed. São Paulo:
Saraiva, 2009.
_______. Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004. Cria o Programa Bolsa Família e dá outras
providências. Diário Oficial da União (D.O.U), Brasília, DF, 12 jan. 2004.
________. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Lei Orgânica da Assistência Social
(LOAS). Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. Diário
Oficial da União (D.O.U), Brasília, DF, 8. dez.1993.
89
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
________. Lei nº 6.831, de 13 de fevereiro de 2006. Cria o Fundo de Apoio ao Registro Civil
do Estado do Pará e dá outras providências. D.O.E Nº 30.624, de 15/02/2006. Alterada pela
Lei estadual Nº 6. 919 de 19 de outubro de 2006. Dispõe sobre a criação do Sistema Estadual
Integrado de Registro Civil do Estado do Pará e dá outras providências. Diário Oficial do
Estado do Pará (D.O.E), 24 out. 2006.
_______. Lei nº 13.104, de 9 de março de 2015. Altera o art. 121 do Decreto-Lei no 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, para prever o feminicídio como circunstância
qualificadora do crime de homicídio, e o art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, para
incluir o feminicídio no rol dos crimes hediondos. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13104.htm. Acesso em : 14
jun. 2016.
90
ANUÁRIO DE ASSITÊNCIA SOCIAL
NO ESTADO DO PARÁ 2016
LACHARITÉ, C., FAFARD, G., BOURASSA, L., et al. (2005). Programme d’aide
personnelle, familiale et communitaire: Nouvelle génération. Trois-Rivières (Québec):
GRIN/UQTR. Université du Québec à Trois-Rivières, 2005.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Declaração dos direitos das pessoas
deficientes. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/dec_def.pdf. Acesso
em: 14 jun. 2016.
SIMÕES, Carlos. Curso de Direito do Serviço Social. 2º ed. São Paulo: Cortez, 2008.
91