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Universidade Federal de Pernambuco – UFPE

Centro de Artes e Comunicação – CAC


Licenciatura em Música
Libras
Professor: Antonio Victor Silva Brochardt
Aluna: Sabrina dos Santos Siqueira Silva

E seu nome é Jonas. Direção de Richard Michaels. Estados Unidos, 1979.

O filme “E seu nome é Jonas” conta a história de um menino surdo que foi
mal diagnosticado com um transtorno mental, e após três anos internado, volta a
morar com os pais sofrendo ao ter que se adaptar à comunicação oral pois insistiam
que ele aprendesse e desconsideravam, de certa forma, sua condição como surdo.
A partir disso a história se desenvolve no sentido de como a família e a sociedade
enxergam uma pessoa e quais meios são utilizados para que elas aprendam a se
comunicar.

Mesmo após o levarem para casa, os pais continuaram tratando Jonas como
se tivesse algum tipo de transtorno mental pelo fato de não conseguirem se
comunicar com ele, já que o tratavam como um ouvinte, usando a linguagem oral e
querendo que entendesse e falasse. Após seus pais o levarem a uma especialista,
esta passa para ele um aparelho auditivo e ele começa a frequentar uma espécie de
instituto com outros alunos que também utilizavam aparelhos auditivos, porém nas
sessões com a especialista, nas aulas e em casa, seria proibido que estas crianças
utilizassem sinais para se comunicarem, com o argumento de que isso os deixariam
preguiçosos no aprendizado da fala e da leitura labial, e que se eles só
aprendessem a comunicação por meio de sinais só iriam conseguir se comunicar
com outros surdos.

Sem resultados, a situação da família passou a ser mais estressante já que


amigos da família e a sociedade em geral não aceitavam muito bem a sua condição,
não queriam ficar perto dele, nem fazer atividades com ele perto, como em uma
cena que o pai leva Jonas para jogar beisebol e seus colegas se sentiram
incomodados com a presença do menino.
Após muitas frustações, um dia, em uma das consultas de Jonas, sua mãe
conhece uma família que se comunicavam por meio de sinais e vai atrás deles para
conhecê-los. Assim, ela passa a descobrir um novo mundo, onde pessoas surdas
conseguem se comunicar, e assim, ela leva seu filho para conhecê-los surgindo, na
vida dele, uma nova perspectiva, onde ele conseguia se expressar e fazer com que
o entendessem. E assim, o filme finaliza com a sua mãe o matriculando em uma
escola com outros surdos que utilizavam língua de sinais.

Com isso, mesmo que o filme seja antigo, se mostra importante por causa da
realidade que é retratada, ao mostrar o preconceito e a não aceitação da sociedade
a partir das diferenças de um menino surdo. Mostra também o quanto a sociedade,
por vezes, acaba excluindo pessoas que possuem características diferentes e as
“obrigando” a se adaptarem ao que é dito como “normal”.

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