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Introdução

A despedida é marcada por um misto de emoções. Recordamos o que vivemos,


pensamos no que poderíamos ter feito e imaginamos o que faremos.
A despedida marca o fim de um ciclo e o inicio de um novo, alegria e saudade,
cumprimento e inicio, medo e coragem, expectativa e realidade.
A despedida aponta para uma mudança de perspectiva na vida de todos nós.

O texto que lemos narra exatamente um momento de despedida entre Jesus e seus
discípulos.
Judas acabara de deixar o recinto onde se encontravam Jesus e os demais
discípulos (Jo 13.30). Jesus começa a despedir-se de seus discípulos. O que Ele tem
para lhes dizer soa como um legado: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns
aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros” (Jo 13.34; 15.12).
“Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará
todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse” (Jo 14.26). “Neste mundo
vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (Jo 16.33).

No final desse discurso de despedida, encontramos uma oração que Jesus dirige a seu
Pai, conhecida como a oração sacerdotal de Jesus Cristo. Jesus ora por si (v. 1-8),
intercede em favor dos seus discípulos (v. 9-19,22-26) e, não por último, Jesus intercede
por nós (v. 20-26). Ele pede ao Pai por glorificação, por proteção, consagração,
missão, unidade, comunhão e amor.

Jesus ora a Deus no sentido de sua glorificação, traz o conceito de vida eterna que está
relacionada ao fato de conhecer a Cristo como o envidado do Pai, fala da glorificação ao
Pai através da sua obra realizada em fazer o seu nome conhecido, fala dos discípulos
numa perspectiva de eternidade como sempre foram de Deus e agora Ele os dera e lhe
obedeceram à sua palavra, e que através de seus discípulos Ele também é glorificado.

Um ciclo está se findando na vida de vocês dois, o seminário está deixando vocês, por
enquanto não terão mais as aulas, os trabalhos, provas etc..
Está chegando o momento de liderarem a missão de Deus nos campos designados por
Ele a cada um de vocês.
Chegara o momento da tão sonhada desejada e esperada ordenação ministerial! Aquele
culto de ordenação! Terão as mãos dos presbíteros impostas em vossas cabeças, serão
ordenados e instalados como pastores presbiterianos do Brasil!
Chegara o momento de vocês conduzirem a primeira liturgia agora como pastores
ordenados e instalados! Ual! Que coisa não? Chegara o momento de celebrarem a
primeira ceia do Senhor, o primeiro batismo, o primeiro casamento que honra!
Mas chegara também o momento de serem odiados por aqueles que não pertencem ao
Senhor, serão tentados pelo maligno a serem infiéis na mensagem do reino, serão mal
compreendidos ao tentarem anunciar a comunidade todos os desígnios de Deus.
Serão criticados pelos estacionários na fé, vão dizer para vocês que não é bem assim que
não precisa disso tudo, que a igreja em que você está agora sempre fora assim.
Chegara o momento em que você questionara sua vocação diante de tamanhos desafios
postos diante de você.
O mundo em que você esta sendo enviado é tão hostil que crucificou o seu Senhor! Não
espere menos que isso.
É por isso que Jesus orou primeiro por si mesmo, e depois por seus discípulos e quero
pensar com vocês alguns aspectos desta oração de Jesus em nosso favor!

1- Proteção. (11,12,15)

Protege-os com o poder do teu nome... (11b)


Eu os protegi com o poder do nome que me deste. (12 a)
Eu os guardei. (12b)
Os protejas do maligno. (15b)

Razão pela qual Cristo pede proteção a nós.(6,9,14 e 16)

a- Vocês pertencem a Cristo. (6,9)


b- Vocês são odiados pelo mundo hostil. (14)
c- O maligno fará de tudo para destruí-los. (

2- Consagração. (17,19)

Eu lhes dei a tua palavra. (14)


Consagra-os na verdade que é a tua palavra. (17)
Eu me entrego como sacrifício santo para que sejam consagrados na verdade. (19)

3- Missão. (18)
Assim como tu me enviaste ao mundo, eu os envio ao mundo!
A nossa missão está unicamente fundamentada na missão de Cristo, na perspectiva
divina!

4- Comunhão. (21,22,24)

a. A comunhão que converge para a unidade perfeita! (21) (Nós em Cristo)


b. A comunhão converge na glória de Cristo em nós. (22) (Cristo em nós, novo
nascimento, restauração da imagem de Deus)
c. A comunhão que converge no amor de Deus em nós. (23b)
d. A comunhão que converge para a plenitude da glória de Deus. (24)
Finalidade: Para que o mundo creia que em Cristo o enviado de Deus (21c, 23b)
Para que Cristo e o Pai sejam glorificados em nós.
Para que a missão se cumpra!

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