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Da realidade dos reinos

O Tempo do inexorável devir

É o reino do saber,

Só percebível pelo pensante.

Acumulando e descartando devires

De segundo em segundo, anos, eóns

O Ser se apercebe de si e do Todo,

Pensa que tudo sabe, mas nada sabe.

Afinal, o conhecer não está no vazio?

Acordo e entro no reino da realidade física,

Na qual a vigília é a base da compreensão

Dos fenômenos que me cerca.

No reino dos sonhos a percepção do real

É a mesma, como uma imagem no espelho.

São da natureza o decreto da passagem

De um reino para outro até que sobrevenha

Um novo ou re-novo reino.

Sereno me entrego ao icognoscível


Resolvo sonhar acordado na busca da chave

De um novo reino, que eu mesmo crio.

P4, 08/09/2018

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