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Caro Professor
É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário Geral.
Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve necessidade de
se reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se faça
sem sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para a vida continuem a
ser desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos.
Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem
em mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG, de
professores das várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas instituições
públicas, empresas e organizações, que colocaram a sua sabedoria ao serviço da
transformação curricular e a quem aproveitamos desde já, agradecer.
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1. Introdução
O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que
visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que
continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.
O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma
componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país.
Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando uma
formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:
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Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto é,
saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros homens
de diversas culturas, religiões, raças, entre outros.
Agenda 2025:129
A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o
papel da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir
grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre
outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a aprender
e para aplicar os seus conhecimentos ao longo da vida.
Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na vida?
Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas
também à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, tendo
em conta a realidade do país.
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h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da comunidade
bem como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;
i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou em
grupo;
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e
crianças.
Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos na prática
educativa no contexto escolar e extra-escolar, numa perspectiva de aprender a fazer fazendo.
As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja
preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos níveis
subsequentes.
Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, adaptar-se
a uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem cada vez mais
novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas múltiplas na
resolução de problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a flexibilidade de
modo a ter várias ocupações ao longo da vida.
A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com vista
um desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a comunidade
escolar é chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os na resolução de
situações-problema parecidas com as que se vão confrontar na vida.
No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos
temas transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas
competências e nos temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a cabo
na escola e as atitudes dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam um
modelo do saber ser, conviver com os outros e bem fazer.
Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas de
tal forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele
contribuam para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e co-
curriculares sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.
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O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao
longo do ano lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas indicações
para a sua abordagem no plano temático, nas sugestões metodológicas e no texto de apoio
sobre os temas transversais.
A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado. No
currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas
estrangeiras (Inglês e Francês).
O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da leitura
(concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos alunos, sessões
para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa, exposições, actividades
culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros momentos de prática da língua
numa situação concreta. Os alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a fazer
comentários sobre elas e seus autores, a escrever sobre temas variados, a dar opiniões sobre
factos ouvidos ou lidos nos órgãos de comunicação social, a expressar ideias contrárias ou
criticar de forma apropriada, a buscar informações e a sistematizá-la.
Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e, no
caso da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores
moçambicanos constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação da
moçambicanidade.
Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-os
em actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação do
aluno para a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas tenham
significado para a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais.
O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais sentido
se estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos inerentes à
disciplina, às componentes transversais e às situações reais.
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Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este
consiga:
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O Ensino e aprendizagem na disciplina de Física
Os programas de Física concebidos para o ciclo, oferecem aos alunos os elementos essenciais
do quadro físico do mundo para que possam ser capazes de desenvolver a sua identidade como
indivíduos criativos, sociais e possuidores de atitudes, hábitos, habilidades e conhecimentos
úteis a si mesmo e à sociedade e para a continuação com os estudos.
Devem também formar parte importante dos conteúdos da disciplina no ciclo e, portanto,
constituir objecto específico de aprendizagem, as implicações da Física para outras ciências
assim como a sua relação com as mesmas (tais como, a Matemática, Química, Geografia, etc.),
seu vínculo com a tecnologia, à sociedade e em geral com a cultura integral.
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1. Competências a desenvolver no 1º Ciclo
Ao nível do primeiro ciclo o ensino da Física visa desenvolver, nos alunos, competências que
lhes permitam:
• Descrever fenómenos naturais em linguagem cientifica, relacionando-os a descrições na
linguagem corrente;
• Utilizar terminologia Física adequada e elementos de sua representação simbólica;
• Realizar uma experiência, descrever o procedimento e apresentar os resultados usando
conhecimentos físicos de forma adequada;
• Emitir juízos de valor em relação a situações sociais que envolvam aspectos físicos;
• Desenvolver o espírito de inter-ajuda durante a realização dos trabalhos em grupo
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3. Visão geral dos conteúdos do 1º ciclo
8a Classe
Unidade I: Estrutura da Matéria
Unidade II: Cinemática:
Unidade III : Dinâmica :Leis de Newton
Unidade IV : Trabalho e Energia
9ª Classe
Unidade I- Fenómenos Térmicos
Unidade II : Estática dos Sólidos
Unidade III : Estática dos Fluidos
Unidade IV :Óptica Geométrica
10ª Classe
Unidade I: Corrente Eléctrica
Unidade II: Oscilações e Ondas Mecânicas
Unidade III: Electromagnetismo
Unidade IV: Movimento Rectilíneo Uniformemente Variado
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4.O Ensino da Física na 9ª classe:
Com o início do estudo dos fenómenos térmicos, os alunos começam a entrar, muito
lentamente nos fenómenos não palpáveis da Física, isto é, os fenómenos nos quais ele sente a
sua presença, mas não os pode pegar. Vai-se ter uma abordagem dos fenómenos que
envolvem o calor, trocas de calor e de transformação da energia térmica em mecânica, abrindo
espaço para uma construção ampliada do conceito de energia. A discussão da degradação da
energia conduzirá a compreensão dos problemas energéticos e ambientais do mundo
contemporâneo. Aqui o termómetro tem uma função muito importante, pois ele pode medir
uma grandeza fundamental da calorimetria a temperatura.
Nos fenómenos luminosos, é importante o estudo das leis de reflexão e refracção, assim como
a sua aplicação nos instrumentos ópticos.
Os fenómenos hídricos, térmicos e luminosos, estão na origem dos climas. Por isso, é
importante estabelecer-se a ligação com a disciplina de Geografia.
Os fenómenos térmicos, mecânicos luminosos, têm uma larga aplicação no dia a dia da vida
dos alunos. Constituem exemplos:
- A sensação de frio e calor;
- O termómetro clínico ou metereológico, para medir a temperatura.
- A roldana, para tirar água de um poço e elevar cargas.
- O plano inclinado, para elevar corpos muitos pesados.
- A alavanca, para aumentar a força aplicada.
- A utilização de lentes nos óculos;
- A utilização de espelhos e lentes nos diferentes instrumentos ópticos (microscópio,
máquina fotográfica, etc.).
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Sendo a 9ª classe o segundo ano em que o aluno tem contacto com a Física, é importante
continuar a motiva-lo através de:
- aulas experimentais;
- círculos de interesse;
- visita a indústrias, fábricas e instituições, por forma a prepará-los para a continuação
dos estudos nos níveis subsequentes e para a vida laboral futuramente.
Obter graficamente a imagem dum objecto formada mediante o uso dos espelhos planos
e côncavos assim como de lentes convergentes, a partir dos resultados do trabalho
experimental.
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6. Visão geral dos conteúdos da 9ª classe Nº de aulas
1º Trimestre
Unidade I – Fenómenos Térmicos..................................................................................10
Avaliação e Revisão..................................................................................04
2º Trimestre
Avaliação e Revisão............................................................................... 7
3º Trimestre
Avaliação e Revisão............................................................................. 7
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7.Plano Temático
1º Trimestre
Sugestões Metodológicas
Com esta unidade inicia-se o estudo dos fenómenos térmicos e sua explicação sob ponto de vista macroscópico. A sua análise
deve contribuir para que os alunos interpretem correctamente o conceito de temperatura e calor, constantemente empregados
na vida quotidiana, bem como, abre espaço para uma construção ampliada do conceito de energia.
O professor poderá começar por destacar a importância dos fenómenos térmicos na vida do Homem, escrevendo no quadro os
fenómenos que forem sendo citados pelos próprios alunos para que eles mesmos se apercebam que estão relacionados com a
variação da temperatura e do calor. Partindo de exemplos como a medição da temperatura quando a pessoa vai ao hospital,
vai-se introduzir o termómetro como um instrumento de medição de temperatura. Os alunos vão fazer a conversão das
unidades tendo como base a proporcionalidade na relação entre escalas: Celsius- Kelvin e Celsius- Fahrenheit.
Na dilatação térmica recomenda-se a explicação do fenómeno com realização de experiências simples, mas sem abordagem
quantitativa. Para melhor consolidar os conhecimentos os alunos vão elaborar um trabalho sobre a aplicação do fenómeno da
dilatação térmica na técnica, por exemplo, na construção civil, nas linhas férreas, nos cabos eléctricos de alta tensão, nos
equipamentos e utensílios diversos.
Para comprovar os fenómenos térmicos, os alunos vão realizar experiências simples, como, por exemplo, aquecer um pedaço de
vidro e mergulhar na água, observa-se que o pedaço parte-se imediatamente ou ainda aquecer uma garrafa vazia tapada por
um balão, observa-se que o balão enche-se de ar.
Com o estudo dos fenómenos térmicos, pela primeira vez expõe-se aos alunos a outra forma de energia diferente da mecânica,
o que deve criar uma base necessária para compreenderem que no mundo que nos rodeia, ocorrem transformações de uma
forma de energia para outra.
Através de experiências simples, por exemplo, aquecer a extremidade de uma barra de ferro e ao mesmo tempo com os dedos
tocar a outra extremidade, os alunos poderão precisar as características das diferentes formas de propagação de calor. É
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importante evidenciar que o calor é a energia que se transmite de um corpo para outro, do corpo mais quente para o corpo
mais frio.
No tratamento do conceito “efeitos de calor na natureza” o professor cria um espaço de debate aonde os alunos vão reflectir
sobre o efeito de estufa que resulta no aquecimento global da Terra e nas mudanças climática. Neste espaço de debate, a
discussão da degradação da energia conduzirá a compreensão dos problemas energéticos e ambientais do mundo
contemporâneo.
¾ Experiências recomendadas
As experiências aqui recomendadas são para a comprovação de fenómenos e verificação de leis. Assim sugere-se que sejam
executadas pelos alunos, trabalhando em grupos.
Equilíbrio térmico
1-Medir a temperatura do pedaço de ferro aquecido, medir a temperatura da água não aquecida, mergulhar o pedaço de ferro
aquecido na agua e medir a temperatura da agua. Observa-se que, passado algum tempo, a temperatura do pedaço de ferro
diminui e da agua aumentou e ficam ambos (pedaço de ferro e agua) a mesma temperatura.
2-Ferver a agua num recipiente e misturar com outra não aquecida de temperatura conhecida. Medindo a temperatura da
mistura obtida, observa que é maior que a da agua fria e menor que a da agua quente. Isto significa que após a mistura a
temperatura da agua atinge o equilíbrio térmico.
Transmissão de calor
Colocar agua num recipiente aberto. Deixar o recipiente apanhar raios solares. Passando algum tempo observa-se que a agua
fica quente. Isto significa que por radiação a transmitiu-se calor a agua contida no recipiente e a sua temperatura aumentou.
Indicadores de desempenho
• Relaciona as diferentes escalas termométricas, fazendo a conversão de unidades.
• Distingue calor e temperatura em situações do quotidiano;
• Mede a temperatura usando o termómetro;
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• Lê e interpreta as temperaturas clínica e meteorológica;
• Estima a temperatura dos corpos;
• Identifica materiais bons e maus condutores térmicos em função da sua utilização na técnica;
• Explica a existência de fendas entre linhas férreas e em pontes;
• Explica porque as linhas de transmissão da corrente no estado normal não ficam esticadas;
• Explica porquê as pessoas normalmente usam agasalhos no Inverno;
• Explica porquê em lugares quentes as pessoas não usam agasalhos;
• Reconhece o calor como uma forma de energia, transferida do corpo mais quente par o mais frio;
• Explica quando é que ocorre equilíbrio térmico;
• Realiza experiências e elabora relatórios descrevendo materiais, procedimentos e conclusões;
• Discute com colegas os resultados das experiências realizadas respeitando as opiniões e críticas feitas ao seu trabalho;
• Assume de forma responsável os comentários feitos as suas ideias durante a discussão com os colegas.
A introdução desta unidade começa com a revisão do conceito de força que os alunos já estudaram na 8ª classe. Para tal os
alunos vão elaborar uma tabela e preenche-la com os elementos que caracterizam uma força.
A partir de exemplos da vida diária o professor introduz o estudo das condições de equilíbrio e dos tipos de equilíbrio.
O conceito de centro de gravidade poderá ser abordado depois de realizar experiências para localização do centro de gravidade
de um corpo.
Partindo das condições de equilíbrio e tendo como base exemplos da vida diária e da técnica, vai-se abordar a equação do
momento de uma força, fazendo referência às grandezas que se relacionam (fulcro, braço e linha de acção da força). A
aplicação da equação do momento de uma força deverá ser feita na resolução exercícios relacionados com situações reais e do
quotidiano dos alunos.
Com exemplos concretos do dia a dia apresentados pelos alunos, o professor aborda os diferentes tipos de máquinas simples e
a “Regra de Ouro da Mecânica”.
Usando material de baixo custo os alunos vão construir modelos de máquinas simples.
O professor deverá planificar e realizar visitas de estudo a locais aonde se usam frequentemente máquinas simples (fábricas,
portos, caminhos de ferro, campos agrícolas, etc.). Nos locais visitados os alunos vão colher dados e informações sobre as
maquinas observadas para elaborar relatórios sobre as visitas de estudo.
¾ Experiências recomendadas
As experiências aqui recomendadas são para a comprovação de fenómenos e verificação de leis. Assim sugere-se que sejam
executadas pelos alunos, trabalhando em grupos e sempre que possível recorrendo a material de baixo custo.
¾ Indicadores de desempenho
• Caracteriza uma força mecânica que age através de contacto;
• Identifica o centro de gravidade de diferentes corpos;
• Determina experimentalmente o centro de gravidade de corpos regulares e irregulares;
• Identifica os tipos de equilíbrio dos corpos;
• Caracteriza o equilíbrio estável indiferente e instável em situações concretas do dia a dia;
Física - Programa da 9ª classe 18
• Identifica maquinas simples aplicadas em situações do quotidiano;
• Descreve as diferentes maquinas simples utilizadas em diferentes contextos do quotidiano;
• Determina a condição de equilíbrio numa alavanca, numa roldana, na talha e no plano inclinado;
• Explica a vantagem de utilizar maquinas simples na técnica;
• Realiza experiências e elabora relatórios descrevendo materiais, procedimentos e conclusões;
• Discute com colegas os resultados das experiências realizadas respeitando as opiniões e críticas feitas ao seu trabalho;
• Assume de forma responsável os comentários feitos as suas ideias durante a discussão com os colegas.
Sugestões metodológicas
Os alunos, em grupos, determinam a massa de diferentes corpos e substâncias e medem os seus volumes. Utilizando os
resultados que os alunos obtiveram o professor estabelece a relação entre estas duas grandezas (massa e volume), e apresenta
o conceito de densidade, com indicação da expressão matemática ρ = m/V.
Os alunos vão apresentar exemplos de situações que se tem presente a pressão. O professor sistematiza os exemplos e define o
conceito de pressão. Depois de definido o conceito de Pressão vai-se apresentar a sua expressão matemática P = F / s, e
indicar a sua unidade no S.I. e nos outros sistemas.
Partindo da indicação dos elementos fundamentais relacionados com a pressão exercida pelos sólidos, líquidos e gases e
tomando como base os exemplos da vida diária e da técnica, os alunos interpretam o Princípio de Pascal e Arquimedes e de
seguida o professor apresenta a definição da pressão hidrostática. Os alunos deverão aplicar a expressão matemática da
pressão hidrostática na resolução de exercícios associados a situações concretas.
Ao abordar as condições de flutuabilidade dos corpos o professor vai criar um espaço de debate para se falar da importância do
canal de Moçambique para a navegação marítima na região, bem como do papel determinante dos portos Moçambicanos na
economia do país e da região.
Os alunos vão construir modelos de vasos comunicantes e de embarcações usando material de baixo custo.
O professor deverá planificar e realizar visitas de estudo a locais aonde se usam frequentemente máquinas hidráulicas. Os
alunos devem elaborar relatório sobre as visitas realizadas.
¾ Experiências recomendadas
As experiências aqui recomendadas são para a comprovação de fenómenos e verificação de leis e princípios estudados. Assim
sugere-se que sejam executadas pelos alunos, trabalhando em grupos e sempre que possível recorrendo a material de baixo
custo.
Pressão atmosférica;
Demonstração do Princípio de Pascal
Encher um saco plástico de agua e amara-lo. Fazendo furos em diferentes pontos da superfície do plástico, observa se que a
agua escorre sobre a superfície. Apertando o plástico, a agua sai por todos furos com mesma intensidade, segundo o principio
de Pascal.
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• Demonstração do Principio de Arquimedes
Encher um recipiente de agua. Mergulhar um pedaço de madeira até ao fundo do recipiente e abandonar. Observa-se que o
pedaço de madeira volta a superfície. Portanto, a agua exerce uma força que impele o pedaço de madeira para a superfície da
agua.
¾ Indicadores de desempenho
Sugestões Metodológicas
No estudo da Óptica geométrica, vai-se descrever as características da propagação da luz tendo em conta a trajectória que esta
tem nos meios homogéneos e não homogéneos; a velocidade de propagação da luz e o desvio ao passar pelas bordas de um
corpo opaco, dando as diferenças entre corpo transparente, translúcido e opaco (tendo em conta neste caso a representação da
sombra, da penumbra e formação de eclipses: solar e lunar).
Ao definir os conceitos de raio e feixe de luz dever-se-á referir a importância da independência dos raios luminosos que nos
permitem ver os objectos que nos rodeiam. É importante precisar quando é que um raio é paralelo, convergente e divergente.
Com experiências simples os alunos vão verificar as leis da reflexão da luz. Por exemplo, fazer incidir um raio luminoso numa
superfície metálica lisa, verifica-se que o raio quando atinge a superfície é devolvido, portanto sofre o fenómeno de reflexão. Os
alunos vão aplicar as leis da reflexão da luz na construção de imagens em espelhos planos e côncavos. Para cada imagem
construída os alunos devem mencionar as suas características. Para obtenção de imagens em situações práticas o professor
poderá utilizar um ou mais espelhos. Trabalhando em grupos os alunos vão elaborar quadros ou tabelas com sistematização das
características das imagens produzidas pelos espelhos.
Através de situações concretas, por exemplo, observar a imagem de um tubo de caneta mergulhado parcialmente num copo ou
recipiente transparente ou ainda observar a posição de uma moeda metálica no fundo de recipiente com agua, vai-se introduzir
o fenómeno da refracção da luz e as leis da refracção. Como aplicação evidente do fenómeno de refracção poderá se falar do
uso dos óculos. Os alunos vão aplicar as leis de refracção da luz na construção de imagens produzidas pelas lentes.
Na abordagem dos instrumentos ópticos vai-se abordar a constituição e o funcionamento do olho humano, a constituição da
lupa, do microscópio, da câmara fotográfica e indicar algumas características das imagens produzidas por estes instrumentos
ópticos.
¾ Indicadores de desempenho
• Identifica corpos luminosos e iluminados;
• Descreve o principio de propagação rectilínea da luz;
• Descreve as consequências da propagação rectilínea da luz;
• Explica por meio de propagação dos raios luminosos a reflexão da luz;
• Constrói geometricamente a imagem de um objecto, dada por espelhos;
• Explica o mecanismo de formação de imagens por meio de espelhos;
• Distingue imagens produzidas pelos espelhos planos e côncavos
• Explica por meio de propagação dos raios luminosos o fenómeno da refracção da luz;
• Explica o mecanismo de formação de imagens por meio das lentes;
• Constrói geometricamente a imagem de um objecto, dada por uma lente.
• Explica o mecanismo de formação de imagens por meio dos instrumentos ópticos;
• Identifica fenómenos de reflexão e de refracção da luz, nos meios materiais e no seu quotidiano.
• Realiza experiências e elabora relatórios descrevendo materiais, procedimentos e conclusões;
• Discute com colegas os resultados das experiências realizadas respeitando as opiniões e críticas feitas ao seu
trabalho;
• Assume de forma responsável os comentários feitos as suas ideias durante a discussão com os colegas;
Custodio, Pinto Custodio at all (2000) Livro do Educador, Editora do Brasil, São Paulo-
Brasil