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Relatório do Individual: 
Debate em sala gravada  
 

 
Daiana Cristina Gonçalves Freitas  
RA:18001674 
08 de outubro de 2020 
 

 
 

De modo geral sobre o contexto lido de Flávio Villaça e mais o Documentário assistido, notamos a
concentração espacial de infraestrutura e serviços no desenvolvimento do Brasil e de outros países, levaram
à constituição de complexos nos sistemas urbanos, onde alguns centros assumiram uma configuração
metropolitana como São Paulo. Tentamos debater sobre a população, a produção e a riqueza desses centros,
marcados paralelamente desigual, segregador e excludente, transformando-se atualmente no epicentro da
crise social que afeta essas cidades, demos nossas opiniões sobre cada aspectos que pudessem estar
relacionados a cidade de cada um, mas também sobre o documentário assistido. Constatamos que ao pensar
no urbano através das classes sociais nos reporta a inúmeros problemas de ordem social, econômica, política
e ideológica, nas quais dentre eles, destacam-se: pobreza, violência, miséria, degradação social e ambiental,
segregação exclusão, falta de moradia, desemprego, precarização, favelização, insuficiência de transporte
adequado, entre outros.

No contexto geral, vemos que o espaço urbano tem sido objeto de estudo para muitos estudiosos no
campos das ciências humanas e sociais. Relatamos, ​nem sempre a segregação ocorre no centro versus
periferia, vemos isso na prática na cidade do Rio de Janeiro, onde a região Sul é mais valorizada, onde há
mais investimento do que em outros bairros, mas a segregação não ocorre apenas no âmbito de moradia,
afinal vemos isso também no mercado de trabalho, onde os empregos costumam ser distribuídos de acordo
com as classes das pessoas, fazendo jus à expressão “o rico sempre fica mais rico eo pobre mais pobre”, pois
a classe social mais humilde não tem oportunidade para crescimento. De modo geral, quando pensamos em
deslocamento especial ele é diretamente associado a tempo. Tempo é dinheiro, então vemos as classes mais
ricas utilizando de seu poder para otimizar o seu deslocamento espacial a locais de trabalho e outras
atividades.

É difícil compreender bem a sociedade atual, a uma certa complexidade nas questão de habitação, ao meu
ver. Leva-nos a buscar entender mais sobre a produção e a separação entre as classes sociais nas cidades, não
só espacial, como também, social. Como por exemplo, através da renda, do tipo de ocupação e do nível
educacional, também vimos isso no documentário onde, ​um dos principais motivos de reclamações feitas
pelos moradores que tiveram as vidas ligadas às gangues era a falta de oportunidades que existia para as
pessoas daquela região, estudo de qualidade, oportunidades de emprego, entre outras que levavam essas
pessoas a pensarem que o único caminho que restava era entrar para o tráfico. Vimos também que, apesar de
grande parte das características dessas gangues serem relacionadas a coisas ruins, existiam algumas ocasiões
que podemos considerar como ponto positivo nesse meio, como por exemplo: a questão da fraternidade
criada em meio a rivalidade das gangues, todos que participaram da gangue eram uma família, ligados do
começo até o final da vida.

Contudo ainda falando sobre o documenário, isso nos leva ao texto lido de Flavio Villaça, e de como São
Paulo se encaixa perfeitamente nas questão de segrgação dos negros e o racismo, mas não só em São Paulo e
sim em todo o Brasil. O documentário mostra uma visão da classe excluída, acredito que eles já tentaram
algumas alternativas, como protestos visto no documentário, porém não obtiveram sucesso, foi necessário
uma ação do governo em auxiliar essas pessoas, para a diminuição do racismo, que infelizmente ainda vemos


 

nos EUA atualmente, neste sentido, a situação do negro morador da periferia ainda é mais grave, pois o
racismo no Brasil não é de origem como nos Estados Unidos, mas sim de marca, são os casos dos mestiços
que tendo traços ​negroides​ é discriminado, o mestiço que têm traços c​aucasoides​ é socialmente aceito pelos
brancos, ele é tido como branco. Vemos isso em São Paulo, como uma cidade dividida socioespacialmente
reproduz as contradições de uma população pobre que sofre com a desigualdade socioeconômica e ainda lhe
é imposta uma segregação urbana permite maior dificuldade de empregos para essas pessoas mais pobres,
por questão de mobilidade, da educação de melhor qualidade e dos equipamentos de lazer, elementos esses
capazes de promoverem a sociabilidade do pobre e do negro com os demais indivíduos das porções mais
ricas das cidades.

CONCLUSÕES:
De tudo que foi discutido, falado, e explicado pelo professor na aula, conclui que ainda a alguma esperança e
soluções para acabar o racismo e segregação urbana, mas está muito longe de acontecer, pois é um processo muito
lento. Sobre o debate feito sobre segregação urbana, sobre o documentário assistido e de acordo com as leituras
feitas, notei que há uma ligação entre si, foi possível encontrar vários tipos de segregação no urbano como: por
raça, religião, idade, sexo, etnia, situação civil, por classes, tem me marcado que este é um acontecimento de
múltiplas facetas, dependendo da realidade que estamos seja ela: socioeconômica, política e cultural de cada país.

No caso do Brasil, a maioria das pesquisas mostradas, o principal motivo encontrado de segregação é
socioeconômica, por meio da qual as classes sociais distribuem-se de forma desigual no espaço urbano das
grandes e médias cidades. Desta forma, surge uma estrutura urbana dualizada entre os ricos e pobres, onde as
elites podem controlar a produção e o consumo da cidade, através de instrumentos como o Estado e o mercado
imobiliário, excluindo e abandonando uma população de baixa renda à própria sorte, afinal, o espaço é utilizado
não como um mero reflexo das condições sociais, mas como um condicionador dessas. O fato é que, há
desigualdade em relação a distribuição espacial de classes sociais que causa o aumento das diferenças sociais, isso
acontece quando as desigualdades sociais são estruturadas no espaço e adquirir uma feição espacial, sendo assim,

Há algo que possas contribuir para a diminuição talvez da segregação e do racismo no país além da mudança
do Estado, esta através da educação. Como nas escolas, sobretudo, nas universidades se põe em nossa sociedade
como o espaço de luta das minorias por igualdade, não á esse espaço a ser limitado aos negros e aos pobres por
anos, no entanto, a educação é uma das maneiras mais eficaz de romper ao ciclo vicioso da pobreza, quando
questionadora e estimuladora provocando a consciência de si e de pertencimento a um grupo ou classe, o acesso
ao emprego e a necessidade de informar seus direitos. Os jovens negros ao tomar para si os espaços das
universidades intensifica os seus laços internos e tem uma possibilidade, o que não tinha antes, de construir pontes
para fora de sua comunidade de baixa renda. De forma geral, a educação no nível superior se classifica como uma
das condições para a redução das consequências da segregação, pois aumenta a sociabilidade interracial,
interclasses e as possibilidades de redução da desigualdade social por inserir o negro no mercado de trabalho de
maneira competitiva disputando os cargos profissionais mais bem remunerados, tendo convívio entre brancos e
negros de maneira mais igualitária reforça os vínculos e laços sociais não só na universidade e no ambiente de
trabalho, mas servindo como uma espiral positiva que se projeta por toda a sociedade invadindo como gerações
futuras. Como mostra em muitas pesquisas já feitas em relação à organização social do território e a desigualdade
de oportunidades educativas, constata que as melhores condições educacionais estão nos espaços mais


 

privilegiados que reproduzem a segregação por meio da educação, havendo anos depois de uma melhoria. Mas
sempre há em relação nesse contexto esperado, as contradições e os conflitos ganham visibilidade, parte
conservadora da elite indigna-se ao ver o negro, o filho do porteiro do condomínio na universidade, ou seja,
ousando sair do seu lugar, a periferia, e ocupar os lugares exclusivamente construídos aos brancos e bem nascidos.

Já no espaço urbano não é diferente pois há muitas análises sem ser conclusivas para o futuro relação entre a
divisão social do espaço e as desigualdades quanto ao acesso aos serviços, às condições de moradia e à exposição
a danos ou riscos de natureza ambiental, é um grande desafio para os profissionais do urbanismo, cabe a esses
profissionais discutir sobre diretrizes e indicadores de acesso aos serviços urbanos e de condições de moradia,
pode contribuir na construção e na consolidação de um planejamento urbano brasileiro mais inclusivo, mas
também cabe ao Estado de aceitar essas mudanças, para isso acontecer cabe a nós cidadão lutar mais por isso.
Nossos espaços urbanos ainda seguem a lógica de produção do sistema capitalista, acaba sendo favorável para que
a cidades se tornem uma arena, onde diferentes classes sociais disputam porções do território. Contudo o Estado
Moderno, fica responsável pelo planejamento urbano, ele atender apenas aos interesses de uma elite, realizar num
espaço urbano diferenciado, que é característico das cidades brasileiras, em que a segregação socioespacial é cada
vez mais presente no tecido urbano atualmente.

Por fim, e última questão sobre o assunto, para isso mudar ou começar a fazer diferença no espaço urbano, nós
como profissionais do futuro podemos fazer a diferença como: instituir princípios e estudos para a redução das
desigualdades sociais, como muitos estão fazendo mais ainda é pouco falado, mas isso pode possibilitar o
treinamento de ferramentas e resultados aos formuladores das políticas públicas, pode contribuir para melhorias do
contexto socioeconômico de uma região excluída socialmente de uma cidade, contribuindo para a melhoria da
qualidade de vida das pessoas, mas isso também só pode acontecer se cada um fazer sua parte. Ainda espero
muitas coisas para o futuro, de uma maneira mais amplas, espero encontrar jovens que valorizem sua
ancestralidade, sua raça, evidência pelo conto de orgulho de sua culturalidade e autoestima; que sentimento forte
sentimento de pertencimento, que a cidade como um todo também é sua e não apenas a periferia; ter a percepção
de que novos espaços urbanos e grupos sociais foram conquistados, espero ainda encontrar que influenciam e
transformam os novos espaços e seus pretendentes, que a ideologia dominante e opressora não lhe tenha cooptado.

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