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E
SUAS AVENTURAS
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
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Carmela tinha três irmãos e
duas irmãs. Seus irmãos
chamavam-se Camilo, Cacildo e
Catiócio; e suas irmãs chamavam-
se Carlinda e Carlice. Carmela
tinha 10 anos, e era a mais velha,
e por isso, ajudava a cuidar dos
seus irmãos e irmãs. Ela também
morava com seu pai Calarindo,
sua mãe Carmona e seu avô
Caleotério.
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Moravam em uma casa que foi
construída pelo avô e pelo pai. A
casa tinha três quartos, uma sala,
uma cozinha, um banheiro, uma
varanda e um pequeno quintal.
Todos os dias sua mãe saía de
madrugada para trabalhar e só
voltava à noite. Seu pai estava
desempregado, e assim,
aproveitava para cuidar da casa,
dos filhos e do avô.
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A rotina e a disciplina eram levados muito a sério na casa de Carmela.
Pela manhã, as crianças organizavam suas camas e quartos, a roupa
para ir na escola, os sapatos, as mochilas; também faziam as tarefas e
liam um livro de histórias cada.
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O papai organizava a casa, lavava as roupas, preparava as refeições,
ajudava as crianças a fazerem as tarefas. À tarde, quando as crianças
iam à escola, ele aproveitava para consertar equipamentos eletrônicos no
fundo de casa. Isso era uma fonte de renda informal.
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Carmela era quem levava e acompanhava seus irmãos à escola. Na
hora de atravessar a rua, ela e seus irmãos sempre olhavam para os
dois lados, e onde havia faixa para pedestre eles atravessavam.
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Ao chegar na escola, Carmela levava cada um dos seus irmãos na
sala. Depois que todos estavam nas suas salas ela diz:
--- Ufa! Missão cumprida! --- E seca o suor do rosto com uma pequena
toalha.
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Na escola, Carmela adora todas as aulas, em especial as aulas
de Ciências. Adora a natureza com suas plantas e animais, e as
interações com o ser humano. Um dia, na aula de ciências, a
professora estava falando sobre a forma como é produzida o lixo.
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--- Cada vez mais produzimos mais
lixo! --- disse a professora.
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Chegando em casa, Carmela ficou pensando sobre o desperdício,
sobre a reciclagem e a reutilização. Aquela aula de ciências mexeu com
ela...
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No dia seguinte, Carmela e seus irmãos vão novamente à escola. Ao
entrar na sala, aguarda ansiosamente pela aula de ciências. De repente,
ela vê a professora e fica toda entusiasmada e fala:
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Para isso lançou um desafio para a classe:
--- Crianças, vou lançar um desafio para vocês, o que acham? ---
pergunta toda entusiasmada a professora.
--- O desafio é: produzir menos lixo, reutilizar mais! --- disse a professora.
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--- Vocês terão primeiro que observar se é preciso realmente produzir o
lixo; se sim, reciclar corretamente, separando-os. Quanto ao lixo
orgânico, podemos pensar em produzir adubo e gás de cozinha.
Então, mãos à obra! --- disse a professora.
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Carmela ficou muito entusiasmada
com a aula e com as possibilidades de
se produzir um lixo com qualidade. Ao
chegar em casa, contou sobre a aula,
e sobre o desafio que a professora
tinha lançado. O pai de carmela ficou
atento a sua fala. Achou o projeto um
tanto ousado, mas gostou muito,
principalmente as ideias de se
produzir gás e adubo, a partir do lixo
orgânico.
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No dia seguinte, ele acompanhou as crianças até a escola, com o
intuito de conversar com a professora sobre este desafio.
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--- Olá professora, como vai?
Carmela comentou sobre o desafio
proposto e eu quero ajudar
também! --- disse Calarindo.
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Na aula, a professora comentou sobre como as crianças deveriam
fazer:
--- Bom dia crianças! Hoje continuaremos com o assunto da aula
passada. --- disse a professora.
--- Para realizarmos este desafio, primeiro temos que nos organizar em
nossas casas, separando os lixos orgânicos (restos de alimentos,
cascas de legumes e frutas, etc.), e recicláveis (papel, plástico, latas,
cabos, baterias e etc.). --- explicou a professora.
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--- Então se separarmos assim,
vamos deixar de poluir a natureza
professora? --- pergunta
Carmela.
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Os dias foram passando, e as crianças foram ficando cada vez mais
envolvidas no projeto. Elas falavam para seus pais, e eles começaram a
separar os lixos. Carmela também ajudava a divulgar no bairro onde
morava, e assim, a comunidade foi tomando conhecimento do desafio.
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O pai de Carmela construiu o biodigestor que ficava na cooperativa do
bairro. Com o lixo orgânico que as famílias entregavam, eram feitos adubo
e gás, e que depois de prontos eram devolvidos para eles. Os lixos
recicláveis eram separados: aqueles que podiam ser reutilizados eram
consertados; os que não podiam, eram separados e revendidos para a
indústria fazer o reprocessamento.
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Passado alguns meses,
Carmela e os moradores do
bairro perceberam como a vida
tinha melhorado e que o bairro
estava mais limpo. Os moradores
já tinham até pequenas hortas
em casa, utilizando o adubo que
receberam; tinha acesso a gás
para cozinhar. Haviam também
algumas pessoas trabalhando na
cooperativa, organizando e
selecionando os lixos. Calarindo
era o líder na cooperativa.
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Carmela e sua comunidade,
engajaram neste desafio, que virou
um projeto de sustentabilidade.
Ela e sua comunidade foram
desenvolvendo a consciência e a
atitude de que é preciso produzir
lixo com responsabilidade para
preservar a natureza. Carmela
também estava muito feliz porque
percebeu que com pequenas
atitudes diárias podemos melhorar
a vida. Ela, sua família e
comunidade estavam vivendo
momentos felizes.
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