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AS ESCOLAS LITERÁRIAS

PERIODIZAÇÃO LITERÁRIA GERAL

I. Era Medieval : final do séc. XII ao XV


• Trovadorismo;
• Humanismo.

II. Era Clássica: séc. XVI ao XVIII


• Renascimento;
• Quinhentismo;
III. Era Romântica: século XIX – atual
• Barroco;
• Romantismo;
• Neoclassicismo.
• Realismo/Naturalismo;
• Simbolismo;
• Pré-Modernismo
• Modernismo...
REALISMO

Contexto Histórico
• 2ª Revolução Industrial
• 1840 – 1889: Vigência do Segundo Reinado
• 1850: Extinção do Tráfico Negreiro
• 1881: Publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas (M. de Assis)
• 1888: Abolição da Escravatura
• 1889: Proclamação da República
• 1893: Publicação de Missal e Broquéis (Cruz e Sousa) (Simbolismo)

O Realismo afirmou a necessidade de se tomar o real como referência


máxima, para fins de intervenção sobre ele.
(OLIVEIRA, 2008, p. 157)
REALISMO

Fonte: Reclames do Estadão


http://www.estadao.com.br/blogs/reclames-
do-estadao/category/escravidao/
CONTEXTUALIZANDO...

1. (ENEM 2000) O texto abaixo foi extraído de uma crônica de Machado de


Assis e refere-se ao trabalho de um escravo.

“Um dia começou a guerra do Paraguai e durou cinco anos, João repicava e
dobrava, dobrava e repicava pelos mortos e pelas vitórias. Quando se decretou
o ventre livre dos escravos, João é que repicou. Quando se fez a abolição
completa, quem repicou foi João. Um dia proclamou-se a República. João
repicou por ela, repicaria pelo Império, se o Império retornasse.”
(MACHADO, Assis de. Crônica sobre a morte do escravo João, 1897)

A leitura do texto permite afirmar que o sineiro João:


a) por ser escravo tocava os sinos, às escondidas, quando ocorriam fatos ligados à
Abolição.
b) não poderia tocar os sinos pelo retorno do Império, visto que era escravo.
c) tocou os sinos pela República, proclamada pelos abolicionistas que vieram
libertá-lo.
d) tocava os sinos quando ocorriam fatos marcantes porque era costume fazê-lo.
e) tocou os sinos pelo retorno do Império, comemorando a volta da Princesa
Isabel.
CONTEXTUALIZANDO...

1. (ENEM 2000) O texto abaixo foi extraído de uma crônica de Machado de


Assis e refere-se ao trabalho de um escravo.

“Um dia começou a guerra do Paraguai e durou cinco anos, João repicava e
dobrava, dobrava e repicava pelos mortos e pelas vitórias. Quando se decretou
o ventre livre dos escravos, João é que repicou. Quando se fez a abolição
completa, quem repicou foi João. Um dia proclamou-se a República. João
repicou por ela, repicaria pelo Império, se o Império retornasse.”
(MACHADO, Assis de. Crônica sobre a morte do escravo João, 1897)

A leitura do texto permite afirmar que o sineiro João:


a) por ser escravo tocava os sinos, às escondidas, quando ocorriam fatos ligados à
Abolição.
b) não poderia tocar os sinos pelo retorno do Império, visto que era escravo.
c) tocou os sinos pela República, proclamada pelos abolicionistas que vieram
libertá-lo.
d) tocava os sinos quando ocorriam fatos marcantes porque era costume fazê-lo.
e) tocou os sinos pelo retorno do Império, comemorando a volta da Princesa
Isabel.
O REALISMO DE MACHADO DE ASSIS: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Ironia Engajamento
Aprofundamento
Social e Político -
Psicológico
O AUTOR Crítica
Machado era atento a
todos os atributos
Objetividade humanos: a Universalismo
mesquinhez, o
egoísmo e toda sorte
Predomínio da de características Descritivismo
Razão capazes de mostrar o
ser humano real.
(CAMPOS et al., 2013, p. 159)
Enredo Digressão e
Não-linear Verossimilhança Metalinguagem
CONTEXTUALIZANDO...

2. (ENEM 2005) Leia o texto e examine a ilustração:

Óbito do autor
(....) expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de
1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos,
rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui
acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não
houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia − peneirava − uma chuvinha
miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles
fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa idéia no discurso que proferiu
à beira de minha cova: −”Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis
dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um
dos mais belos caracteres que tem honrado a humanidade. Este ar sombrio,
estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe
funéreo, tudo isto é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas
entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.” (....)

(Adaptado. Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. Ilustrado por Cândido
Portinari. Rio de Janeiro: Cem Bibliófilos do Brasil, 1943. p.1.)
CONTEXTUALIZANDO...

2. (ENEM 2005) Compare o texto de


Machado de Assis com a ilustração de
Portinari. É correto afirmar que a
ilustração do pintor:

a) apresenta detalhes ausentes na cena


descrita no texto verbal.
b) retrata fielmente a cena descrita por
Machado de Assis.
c) distorce a cena descrita no romance.
d) expressa um sentimento inadequado
à situação.
e) contraria o que descreve Machado
de Assis.
CONTEXTUALIZANDO...

2. (ENEM 2005) Compare o texto de


Machado de Assis com a ilustração de
Portinari. É correto afirmar que a
ilustração do pintor:

a) apresenta detalhes ausentes na cena


descrita no texto verbal.
b) retrata fielmente a cena descrita por
Machado de Assis.
c) distorce a cena descrita no romance.
d) expressa um sentimento inadequado
à situação.
e) contraria o que descreve Machado
de Assis.
A SOCIEDADE SOB A ÓTICA MACHADIANA: TEMAS RECORRENTES

Há na obra de Machado um nexo entre o geral (sua visão filosófica do


homem) e o particular (sua análise da sociedade brasileira).
(SOUZA, 2009, p.4)

HIPOCRISIA

ADULTÉRIO COBIÇA

ESCRAVIDÃO
CIÚME
SEDUÇÃO

INVEJA VAIDADE

POBREZA LOUCURA CASAMENTO


A SOCIEDADE SOB A ÓTICA MACHADIANA: TEMAS RECORRENTES

Na obra de Machado a hipocrisia e a dissimulação presentes na


sociedade brasileira se expressam principalmente no desnudamento
das supostas boas intenções de seus personagens.
(SOUZA, 2009, p.7)
A SOCIEDADE SOB A ÓTICA MACHADIANA: TEMAS RECORRENTES

Na obra de Machado a hipocrisia e a dissimulação presentes na


sociedade brasileira se expressam principalmente no desnudamento
das supostas boas intenções de seus personagens.
(SOUZA, 2009, p.7)

Assim, a minha ideia


trazia duas faces, como
as medalhas, uma virada
para o público, outra
para mim. De um lado,
filantropia e lucro; de
outro lado, sede de
nomeada. Digamos: —
amor da glória.
(ASSIS, 1994, p.4)
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3. (ENEM 2001) No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica


sutilmente um outro estilo de época: o romantismo.
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais
atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que
já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não
é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e
espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou
espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço,
precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da
criação.” (ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957.)
A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está
transcrita na alternativa:
a) ... o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas ...
b) ... era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça ...
c) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e
eterno, ...
d) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos ...
e) ... o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.
CONTEXTUALIZANDO...

3. (ENEM 2001) No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica


sutilmente um outro estilo de época: o romantismo.
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais
atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que
já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não
é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e
espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou
espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço,
precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da
criação.” (ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957.)
A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está
transcrita na alternativa:
a) ... o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas ...
b) ... era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça ...
c) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e
eterno, ...
d) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos ...
e) ... o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.
PRATICAR!

4. A tirinha faz referência à obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de


Machado de Assis. Qual fala se adequaria eficazmente ao galo que é
representado quebrando ovos?
a) A ideia de ter filhos deu-me um sobressalto; percorreu-me outra vez o
fluido misterioso
b) Meu triste filho, nunca mais te verei.
c) A ambição, dado que fosse águia, quebrou nessa ocasião o ovo.
d) Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa
miséria.
PRATICAR!

4. A tirinha faz referência à obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de


Machado de Assis. Qual fala se adequaria eficazmente ao galo que é
representado quebrando ovos?
a) A ideia de ter filhos deu-me um sobressalto; percorreu-me outra vez o
fluido misterioso
b) Meu triste filho, nunca mais te verei.
c) A ambição, dado que fosse águia, quebrou nessa ocasião o ovo.
d) Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa
miséria.

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