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RESENHA

A Resenha pode assumir duas formas:

→ Resenha-resumo:
• É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, filme, etc.
• Não possui crítica ou julgamento de valor
• É um texto informativo, seu objetivo principal é informar o leitor.

→ Resenha-crítica:
• É um texto que resume o objeto fazendo uma avaliação sobre ele
• Aponta os aspectos positivos e negativos
• É um texto de informação e de opinião
• Também é chamado de Recensão Crítica.
RESENHA
RESENHA

→ A Resenha-crítica:
• Expõe o conteúdo e tece uma análise do pensamento teórico do autor;
• Faz relação do conteúdo do texto com a produção teórica da área;
• Explicita juízo de valor sobre a qualidade do texto.

→ São requisitos básicos para produzir uma Resenha-Crítica


• Conhecimento completo da obra;
• Competência na matéria;
• Capacidade de juízo de valor;
• Fidelidade ao pensamento do autor
RESENHA

→ São questionamentos válidos para produzir uma Resenha Crítica:


• Qual é a contribuição da obra para a área?
• Qual é sua coerência interna?
• Qual é a originalidade e relevância do texto?
• Qual é o alcance do texto? A quem se dirige?
• A conclusão se apoia em argumentos ou fatos?

→ Ao ler...
• Identifique o tema tratado pelo autor
• Identifique o posicionamento adotado pelo autor para o tema
• Destaque as partes mais importantes
• Assuma um posicionamento sobre o tema
• Fidelidade ao pensamento do autor
RESENHA CRÍTICA

• O RESENHISTA (Aquele que cria a Resenha)


A resenha, por ser em geral um resumo crítico, exige que o resenhista seja
alguém com conhecimentos na área, uma vez que avalia a obra, julgando-a
criticamente.

• O OBJETIVO DA RESENHA
O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural - livros, filmes
peças de teatro, etc.
Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois "envelhece"
rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa.
Visa a publicação ou divulgação.

• VEICULAÇÃO DA RESENHA
A resenha é, em geral, veiculada por jornais e revistas.
RESENHA CRÍTICA

EXTENSÃO DA RESENHA
A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para
esse tipo de texto. Observe-se que, em geral, não se trata de um texto
longo, "um resumão" como normalmente feito nos cursos superiores ...
Para melhor compreender este item, basta ler resenhas veiculadas por boas
revistas.

O QUE DEVE CONSTAR NUMA RESENHA


• Devem constar: O título;
• A referência bibliográfica da obra ;
• Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada;
• O resumo, ou síntese do conteúdo;
• A avaliação crítica.
ESTRUTURA DA RESENHA CRÍTICA

• Cabeçalho
É onde constam os dados bibliográficos completos da obra resenhada.

• Introdução
É a exposição sintética do conteúdo do texto.

• Desenvolvimento
É a análise do tema. Apresenta ideias principais, argumentos, etc.

• Conclusão
Comentário final sobre o texto. Faz-se uma avaliação da obra resenhada.
É o fecho da avaliação crítica.
RESENHA CRÍTICA

• REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Constam da referência bibliográfica:

• Nome do autor;
• Título da obra;
• Nome da editora;
• Data da publicação;
• Lugar da publicação;
• Número de páginas;

PAPERT, Seymour M. (1994). A Máquina das Crianças: Repensando a


Escola na Era da Informática. Porto Alegre: Artes Médicas, 210 pp.
RESENHA CRÍTICA

• O RESUMO DO OBJETO RESENHADO

Na resenha acadêmica crítica, os oito passos a seguir formam um guia ideal


para uma produção completa:

1. Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou


artigo que você vai resenhar;

Ex.: Tradução de Sandra Costa, do original (1993) The


Children's Machine. NY, Basic Books. Consultoria, revisão e
supervisão técnica de Maria Carmen Silveira Barbosa (da
Faculdade de Educação da UFRGS)
RESENHA CRÍTICA

2. Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o


conteúdo do texto a ser resenhado;

O professor Seymour Papert, um dos fundadores do laboratório de


inteligência artificial do MIT (Massachussetts Institute of Technology), foi o
responsável, no final dos anos sessenta, pelo desenvolvimento da
linguagem Logo, na época um grande avanço para o uso da Informática na
educação. Subjacente à linguagem, havia uma concepção de aprendizagem,
ensino, escola e educação informalmente conhecida como “Filosofia Logo”.
Em meados da década de oitenta, Papert desenvolveu o brinquedo Lego-
Logo, um tipo de robótica para crianças. Em parceria com a empresa
dinamarquesa Lego, introduziu motores, sensores e engrenagens nos
tradicionais blocos de construção, possibilitando o controle de dinamismos
através de programas simples escritos em Logo pelo aprendiz (p.173).
Ainda em meados dos anos oitenta, Papert influenciou diretamente o
projeto de introdução de computadores nas escolas da Costa Rica, baseado
no uso do Logo.
RESENHA CRÍTICA
RESENHA CRÍTICA

3. Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre


o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto
completo;

[...] O livro não teve o impacto do primeiro e não foi bem recebido em
alguns meios acadêmicos. É composto por um prefácio e dez capítulos,
abordando diversos temas relacionados ao uso de computadores pessoais
na educação.
[...] Papert não escreveu prioritariamente para a comunidade científica. Nas
primeiras páginas, informa que seu propósito foi provocar e incentivar a
imaginação do leitor, algo que ele consegue fazer muito bem. Não se
esperaria de uma obra deste tipo – de tentativa de comunicação com um
público amplo – citações técnicas e a objetividade impessoal de um texto
acadêmico. É um livro gostoso de ler, apesar da péssima tradução brasileira.
Uma das idéias que permeiam o livro é que a familiarização com
computadores ligados em redes proporcionará às crianças um maior grau
de independência no acesso a informações sobre o mundo, sem depender
de adultos.
RESENHA CRÍTICA

4. Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir


claramente o texto resenhado;

Uma leitura atenta revela um colorido autobiográfico em quase todo


o livro. Papert lembra a criança que existe em todos nós e que ele
não sufocou (p.36), mantendo-a viva em sua trajetória profissional,
deixando transparecer seu lado profundamente humano.
Muito do que Papert defende vem sendo dito e tratado, há bastante
tempo, por pensadores que conhecem bem a educação brasileira e
seus problemas. Uma de suas idéias - tornar o estudante o sujeito do
processo de aprendizagem, não o objeto (p.20) – é algo que há muito
vem sendo preconizado em várias parte do mundo, desde Montessori
e Freinet.
RESENHA CRÍTICA

5. Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar
sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo
comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas
em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos
para isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso
crítico.

É necessária uma perspectiva de Educação Comparada para se apreciar


devidamente a tese de que existem fortes sentimentos de insatisfação,
dentro da sociedade como um todo, com os sistemas educacionais [...]. O
Brasil, como muitos outros países em desenvolvimento, possui histórias e
problemas diversos. Temos uma boa escola particular, que vem se
adaptando rapidamente às mudanças tecnológicas, e uma escola pública
com deficiências estruturais tão grandes, que se atingíssemos a situação
“insatisfatória” das escolas dos países desenvolvidos (quanto ao nível de
formação de professores, instalações físicas e infra-estrutura, alocação de
recursos, etc.), estaríamos em um mar de rosas.
RESENHA CRÍTICA

6. Considerações Finais sobre a obra.

No final do livro, são colocadas as mesmas fontes de informação sobre


Informática na Educação contidas na edição original, sem nenhuma
adaptação para o Brasil, onde existem versões em português do Logo e
vários grupos de pesquisa que trabalham há muito com a linguagem. Em
suma, faltou, como infelizmente é comum nas traduções publicadas por
várias editoras brasileiras, um trabalho conjunto editor/autor/tradutor.
Finalmente, a ilustração pobre da capa da edição brasileira – um
monstrengo composto por uma “cabeça-tela-de-computador”, separada do
tórax-teclado com mãos e braços, e pelas pernas de uma criança com uma
pasta escolar ao lado - dá ao leitor potencial uma idéia em total desacordo
com o espírito do livro.

Fontes: Pontífica Universidade Católica do RS (http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php)


http://www.lendo.org/como-fazer-uma-resenha/
RESENHA CRÍTICA

6. Considerações Finais sobre a obra.

Finalmente, a ilustração pobre da capa


da edição brasileira – um monstrengo
composto por uma “cabeça-tela-de-
computador”, separada do tórax-
teclado com mãos e braços, e pelas
pernas de uma criança com uma pasta
escolar ao lado - dá ao leitor potencial
uma idéia em total desacordo com o
espírito do livro.

Fontes: Pontífica Universidade Católica do RS


(http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php)
http://www.lendo.org/como-fazer-uma-resenha/

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