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ANÁLISE E CORREÇÃO DE EQUIPAMENTOS

ELETRÔNICOS

2020

Prof.
Mauro
Fonseca

ROTEIRO DE APRENDIZAGEM
2

CAPITULO 1 – ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE EQUIPAMENTOS ELETRONICOS

Em um resumo a busca de respostas para o não funcionamento de um equipamento passa


por uma inspeção de rotina comum a todos eles:

✓ Inspeção visual em busca de danos aparentes no gabinete, cabos, componentes,


trilhas: rachadoras, quebras, conexões soltas, capacitores estufados.

✓ Inspeção visual + olfato em busca de carbonização de peças (curto circuitos).

✓ Inspeção com o multisteste em busca de pontos com tensões ou componentes


com mau funcionamento.

No entanto uma ação profissional do técnico exige uma série de procedimentos


com o objetivo de garantir qualidade ao processo de intervenção. Isto inclui:

✓ Registrar o processo de diagnóstico


✓ Registrar os procedimentos de manutenção
✓ Orientar o cliente para utilização correta do equipamento

1.1 A análise

A primeira questão a ser considerada no processo para se formar um


diagnóstico é o registro do histórico do equipamento. E isso, o cliente vai fornecer:

✓ O que aconteceu?
✓ Qual a queixa?
✓ Como o aparelho se comportou até então?

A partir da conversa inicial:


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✓ Faça a primeira inspeção visual: identifique algum tipo de ruptura no


casco, por queda,

✓ Observe se há ruptura nos cabos de ligação com a rede de 220V por


tração, ou fadiga de torção se o equipamento não for a pilha.

No caso do equipamento funcionar a pilha você pode proceder com:


✓ a inspeção visual do compartimento de pilha pode denunciar vazamento
✓ a medição da voltagem da pilha pode resultar somente na substituição
da mesma por uma nova.

Na busca da compreensão sobre o que equipamento duas questões precisam ser


consideradas:
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➢ Vale a pena consertar?


➢ Tenho ferramentas para intervir adequadamente?

Com a decisão de prosseguir com o processo de análise e a recuperação do


equipamento com qualidade e garantia de 3 meses, conforme legislação, o técnico
deve tomar conhecimento à respeito das questões:

✓ O que faz o equipamento?


✓ Qual o princípio de funcionamento?

Compreender o equipamento ao invés de só corrigir um defeito, pode significar


entender as causas que levaram ao defeito.

Estes aspectos de investigação podem exigir pesquisa e tempo a serem


considerados no custo.
Eles podem ser resumidos em três etapas principais:

a) Visão de processo: O técnico deve conhecer o processo a partir de três


estágios básicos:

ENERGIA(V e I) CIRCUITO SOM


LUZ
ELETRÔNICO
entrada saída MOVIMENTO
processo CALOR

b) Princípio de funcionamento: O principio de funcionamento deve ser


compreendido a partir de três estágios básicos:

AR
ENERGIA(V e I)
CIRCUITO
AR QUENTE
ELETRÔNICO

aquecimento por efeito


Joule: R .I2
c) Visão de blocos: A visão de blocos ajuda a não perder tempo tentando olhar
e compreender em detalhes como cada bloco funciona. Isto não é função
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do técnico. O técnico deve a partir do conhecimento do diagrama de blocos e


localizar o bloco com mau funcionamento.

Exemplo de diagrama de blocos

O equipamento eletrônico geralmente tem circuitos específicos e que


geralmente “não enxergam”, “não sabem”, “ não dependem do funcionamento do
outro” . Por isso muitas vezes parte do equipamento funciona e parte não funciona.

1.2 Diagnóstico

Durante a fase da análise do equipamento, se a decisão é que há necessidade de


um maior nível de intervenção no equipamento, primeiro:

✓ certifique-se que as ferramentas adequadas estão disponíveis.

O diagnóstico deve partir da visão de que um equipamento eletrônico não


funciona em 220V. Quando ele é ligado a rede elétrica ele converte a tensão de
220V alternada (primário), própria para circuitos de potência, para tensões abaixo
de 50V em corrente contínua(secundário).
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Primário – 220V Secundário – 50V


C.A. C.C

Por isso a segunda fase do diagnóstico é se concentrar no primário se o


secundário não funciona.
Exemplo de queixa: “O equipamento não liga”.

Antes de colocar o equipamento na rede utilize uma lâmpada de teste em


série. Se o equipamento estiver em curto circuito a lâmpada acenderá

Questão 1: Como exemplo, utilizando-se como referência um equipamento como


o do diagrama anterior, oque poderia levar o primário a um curto-circuito?

Questão 2: Como exemplo, utilizando-se como referência um equipamento como


o do diagrama anterior, oque poderia fazer com que o equipamento não ligasse?
1.2.1 Verificação dos componentes de Proteção: Varistores e fusíveis
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✓ O varistor consiste na primeira proteção de um equipamento contra sobre tensão Por


isso é ligado em paralelo com o transformador. Quando o mesmo atua ele coloca a linha
em curto circuito, baixando a tensão.

✓ O fusível abre quando ocorre uma sobrecorrente no circuito. Por isso é ligado
em série com o transformador

Varistor queimado
1.2.2 Circuitos com capacitores eletrolíticos

Capacitores eletrolíticos ficam velhos a partir de dois anos apresentando


capacitância inferior à nominal. Capacitores estufados no topo indicam a necessidade de
troca.

1.2.3 Fontes de energia com transformador


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A fonte tem um primário e comumente uma alimentação de 220V ou 11OV A.C.

✓ Neste caso o multiteste na função de voltímetro A.C. confere a tensão nos pontos
de conexão tanto no primário quanto no secundário antes dos diodos de retificação.

Três fios no primário Quatro fios no primário

Esquemas de ligação das bobinas de uma fonte com transformador

✓ O multiteste na função D.C. confere a tensão depois dos diodos retificadores.


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1.2.4 Circuitos com semicondutores

Os circuitos com semicondutores quando energizados sempre apresentam diferença


de tensão entre dois terminais.

✓ No caso de um diodo de silício a tensão entre os terminais deve ser de 0,6 a 0,9V.
✓ No caso de um diodo de germânio entre os terminais deve ser em torno de 0,2 V

✓ Circuitos com transistores BJT apresentam tensão entre BASE, COLETOR E


EMISSOR devido a polarização ( tipicamente 0,7V entre BASE e EMISSOR)

✓ No circuito abaixo, mesma tensão entre coletor e emissor indica curto-circuito no


componente.

✓ No circuito acima tensão de coletor próxima a tensão da fonte ou tensão de emissor


próximo ao 0V significa que o transistor está aberto.

✓ No circuito acima tensão de coletor próxima a tensão da fonte ou tensão de emissor


próximo ao 0V significa que o transistor está aberto.

✓ No circuito acima quando o equipamento está desligado:


✓ A condutividade entre BASE, COLETOR E EMISSOR não deve ser um curto
✓ A condutividade entre BASE, COLETOR E EMISSOR não deve ser circ. aberto.

1.2.5 Componentes e Circuitos sem alimentação


Componentes e circuitos sem alimentação requerem uma investigação:
1. É possível que o componente só seja energizado como resultado de um comando?
2. É possível que o componente entrou em curto e queimou a fonte que fornecia energia?.
3. É possível que em algum ponto o circuito tenha sido aberto ? (componente em série)
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CAPITULO 2 – IDENTIFICAÇÃO E TESTE DE COMPONENTES ELETRÔNICOS

Para um diagnóstico mais efetivo, detalhado é necessário, além de


ferramentas básicas, identificar e conhecer o comportamento dos principais
componentes eletrônicos dos circuitos eletrônicos.
Por isso cada aluno deve providenciar os materiais para as aulas.

2.1 Material para as aulas


Cada aluno deve trazer suas ferramentas de bancada. O aluno organiza sua caixa
de componentes de teste conforme lista abaixo.
GRUPO MATERIAL Q ESPECIFICAÇÃO
Ferramentas Maleta de ferramentas 1 Ferro de solda, sugador de solda, microchaves,
chaves de fenda, chaves PHILIPS, alicates, fita
isolante
Fonte de alimentação comum 1 Fonte comum, com diodos retificadores, pequena,
9 ou 12V, montada na para ser aberta e medida
Equipamentos primeira unidade.
de Protoboard com fios de 1
Bancada conexão
Multiteste 1
Lâmpada série 1 Lâmpada halógena de 70W.
Óculos de proteção 1 Incolor
Bateria 9V
Óculos de proteção 1
Esquema 1 Esquema de fonte ATX 2005
Limitadores Resistores nas faixas de: 7 10, 100 , 1k, 10k, 100k, 1M,
Fixos
Limitadores Resistores LDR, PTC ou NTC, potenciômetro na faixa de 50k
Variáveis
Filtros Capacitores 5 Eletrolítico, Metalizado, poliéster, cerâmico,
tântalo
Protetores Fusíveis 2 Valores de 4 e 5A
Varistores de 250V 1 Qualquer diâmetro
Retificadores Diodos 4 Retificador comum , ponte retificadora
Reguladores Regulador de tensão 78xx ou 79XX
Diodo zener Ex: 1N746 3V3
Sinalizadores LED 1 Qualquer cor e de 5mm
Transistores BJT 4 NPN, PNP, de sinal e de potência, tipo BC, TIP, 2N
Amplificadores Amplificador operacional 1 AMPOP 741
Relé 1 Para placa de circuito
Diac, scr, triac 3 Semicondutores de disparo. Ex: DB3, tic 106D,
Chaveadores BTA08600B
Transitores FET Mosfet de potência, tipo IRF 740
Fotoacoplador Quatro terminais para placa de circuito
Interruptor simples pequeno
Osciladores Integrado de uso geral 1 CI 555
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Para consulta de componentes um dos sites que trazem equivalência de


transistores é o que está abaixo:

Para consulta de defeitos de equipamentos diversos tente colocar na pesquisa


do google o defeito ou a queixa do cliente. Isso poupa tempo quando o defeito não é
aparente.

2.2 Equipamentos para manutenção

A partir do segundo mês de aula traga equipamentos com defeitos para avaliações
e diagnóstico no laboratório.
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2.3 Fichas de manutenção

Cada aluno deve manter os registros das análises realizadas para apresentação em
POWER POINT. Cada aluno registra 10 fichas completas até o final do semestre. Durante a
apresentação exponha os itens verbalmente e não por escrito
Exemplo: FICHA DE MANUTENÇÃO N0 1

Data: 05/03/2014
Técnico: Alexandre Pacheco
Cliente: Dona Jussara(Cecy)
Aparelho: Telefone NOKIA

Queixa do cliente:.
Testes:

Diagnóstico:

Prognóstico:


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Microfone
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Exemplo: FICHA DE MANUTENÇÃO N0 2

Data: 27/05/2015
Técnico: Jonatan Machado De Aquino
Cliente: Curso de eletrônica cecy.
Aparelho: Fonte didática.

Queixa do cliente: Fonte não funciona.

Testes: Inspeção visual, e teste nas saídas com multímetro.

Diagnóstico: Não tem tensão nas saídas principais. Uma perna de capacitor rompida, e a parte do
potenciômetro rompido.

Prognóstico: A substituição do potenciômetro e a soldagem do capacitor podem restabelecer


o funcionamento da fonte

Peças a serem substituídas/compradas: Nenhuma.

Serviços realizados: Efetuado soldas nas peças rompidas.

Recursos utilizados:
Horas 1 hora

Materiais Solda, e estanho.

Equipamentos Multímetro, chave de fenda, alicate de pico, e soldador.


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PROCESSO AVALIATIVO

Para a condição de apto o desempenho final do aluno deverá corresponder a uma


média igual ou maior que 7,0 pontos. Em cada aula o aluno terá uma tarefa do dia
deverá ser avaliado quanto ao profissionalismo. Os quesitos de desempenho aparecem
na planilha abaixo, sendo que cada ação corresponde uma pontuação.
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2.4 – Utilizando o Multiteste Analógico e Digital

O multiteste reúne várias funções de medidas em eletricidade e eletrônica.


Selecione a função correta conforme a medida ou o equipamento poderá ser danificado:

✓ OHMIMETRO para medida de resistências.


✓ VOLTIMETRO DC para medidas de voltagem em corrente contínua.
✓ VOLTÍMETRO AC para medidas de voltagem em corrente alternada
✓ AMPERÍMETRO DC para medidas de corrente contínua
✓ CAPACÍMETRO para medidas de capacitores
✓ INDUTÍMETRO para medidas de indutâncias
✓ Outras funções que variam conforme o modelo.

Analógico Digital

Quais as funções do seu multiteste?

Qual a polaridade das ponteiras do seu multiteste na função ohmimetro? (Utilize o


multiteste do colega para medir a tensão do seu)

OBS: Um multisteste com bateria fraca faz medidas erradas.


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2.5– Testando componentes – Fusíveis e Interruptores

✓ Uma chave e um fusível estão abertos ou fechados, apresentando ou não


condutividade

Obtenha um fusível e um interruptor semelhantes as figuras abaixo.

OBS: Utilize o multiteste na função OHMIMETRO: na menor escala para medir a chave
fechada e na maior escala para medir a chave aberta.

Por que utilizar duas escalas extremas para o teste de interruptores?

2.6 – Identificando RESISTORES

✓ Um resistor SMD tem um código de 3 ou 4 digitos para a leitura do valor de


resistência

Resistor SMD de 1KΩ


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✓ Um resistor discreto pode ter 4 ou 5 faixas para a leitura de seu valor dependendo
da sua precisão.
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2.7 – Testando de RESISTORES FIXOS

Obtenha os resistores, anote o valor do código e o valor medido:

Valor do Código Escala de Medida Valor Medido


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Por que o ajuste de escala para a medida de um resistor?

OBS: Resistores danificados geralmente estão abertos.

2.8 – Testando RESISTORES VARIÁVEIS – POTÊNCIÔMETROS

✓ A derivação central do potenciômetro permite a divisão da sua resistência em


valores menores.

Obtenha um potenciômetro conforme a figura abaixo.

Como você faria um teste em potênciômetros?

Valor de leitura Modo de Medida Escala de Medida Valor Medido


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2.9 – Identificando e Testando RESISTORES VARIÁVEIS - LDR, PTC, NTC,

✓ Um LDR tem sua resistência alterada entre seus terminais em função da luz que
incide sobre ele.

LDR

Obtenha um LDR, e um PTC conforme as figuras abaixo.

Como você faria um teste em um LDR?

Determine a faixa de Medida do seu LDR

Modo de Medida e Luz incidente Escala de Medida Valor Medido


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✓ Um termistor PTC tem sua resistência aumentada com o aumento da temperatura

✓ Um termistor NTC tem sua resistência reduzida com o aumento da temperatura

Termistores – Faixa de operação: -200 0C à 1000 0C


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Encapsulamento de termistores em sensores de temperatura

Os sensores do tipo PTC apresentam a característica de, somente a partir de certa


temperatura apresentar variação em sua resistência, está temperatura é chamada de
ponto de transição.

Curva de calibração
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Curva de calibração
Devido a alta sensibilidade a curva de temperatura do sensor tipo NTC não é linear,
apresentando um comportamento exponencial.

Identificação:
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Como você testaria um termistor?

Código de ident. Modo de Medida Escala de Medida Valor Medido quente/frio

2.10 – Identificando e testando VARISTORES

✓ Um varistor tem alta resistência mas esta resistência é abruptamente reduzida com
a tensão nominal aplicada nos seus terminais.

NF C xxD xxx K J

Varistor série diâmetro voltagem 10% tolerância Energia


AC RMS
n0 de zeros

Varistor 14mm/385V±10% varistor 10mm/470V±10% Comportamento de Zener


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Varistores de vários formatos

Curva característica

OBS: Um varistor em bom estado geralmente tem alta resistência.

Como pode ser realizado um teste em varistores?


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Código de identif. Modo de Medida Escala de Medida Valor Medido

2.11 – Identificando CAPACITORES

Obtenha um conjunto de capacitores diferentes conforme as figuras abaixo.


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SMD

Outros modelos
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Capacitores em nano e em picofaradays


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2.11.1 Capacitores cerâmicos

✓ Os capacitores cerâmicos são expressos em pF.

10 X 103 = 10.000pF
= 10nF

Z = temp. Min 10 0C 5 = temp máx 85 0C U= variação de capacitância de -56% à +22%


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Os coeficientes de temperatura são representados, exibindo sequências de letras e


números, como, por exemplo: X7R, Y5F e Z5U.

102 X7R –

182 Y5F -

101 Z5U –

Para um capacitor Z5U, a faixa de operação é de +10°C, que significa “Temperatura


Mínima”, seguido de +85°C, que significa “Temperatura Máxima”, e uma variação “Máxima de
capacitância”, dentro desses limites de temperatura, que não ultrapassa -56%, +22%.

Observe as três colunas abaixo para compreender esse exemplo e entender outros
coeficientes.

Temperatura Temperatura Variação máxima


mínima máxima de capacitância
A ±1.0%
B ±1.5%
C ±2.2%
D ±3.3%
2 +45°C
E ±4.7%
X -55°C 4 +65°C
F ±7.5%
Y -30°C 5 +85°C
P ±10%
Z +10°C 6 +105°C
R ±15%
7 +125°C
S ±22%
T -33%, +22%
U -56%, +22%
V -82%, +22%

O capacitor cerâmicos tem alta capacitância por unidade de volume (dimensões


reduzidas) devido à alta constante dielétrica, sendo recomendados para aplicação em
desacoplamentos, acoplamentos e supressão de interferências em baixas tensões.
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No caso do aparecimento de uma letra maiúscula ao lado dos números se refere à


tolerância do capacitor, ou seja, quanto o capacitor pode variar de seu valor em uma
temperatura padrão de 25°C. A letra “J” significa que este capacitor pode variar até ±5% de
seu valor, a letra “K” = ±10%, ou “M” = ±20%. Seguem, na tabela abaixo, os códigos de
tolerâncias de capacitância.

Até 10pF Código Acima de 10pF

±0,1pF B

±0,25pF C

±0,5pF D

±1,0pF F ±1%

G ±2%

H ±3%

J ±5%

K ±10%

M ±20%

S -50% -20%

+80% -20%
Z ou
+100% -20%

P +100% -0%
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O coeficiente de temperatura “TC”, que define a variação da capacitância dentro


de uma determinada faixa de temperatura.
É normalmente expresso em % ou ppm/°C (partes por milhão / °C). É usada uma
sequência de letras e números.

Na tabela abaixo, estão mais alguns coeficientes de temperatura e as tolerâncias que


são muito utilizadas por diversos fabricantes de capacitores.

Código Coeficiente de temperatura

NPO -0± 30ppm/°C

N075 -75± 30ppm/°C

N150 -150± 30ppm/°C

N220 -220± 60ppm/°C

N330 -330± 60ppm/°C

N470 -470± 60ppm/°C

N750 -750± 120ppm/°C

N1500 -1500± 250ppm/°C

N2200 -2200± 500ppm/°C

N3300 -3300± 500ppm/°C

N4700 -4700± 1000ppm/°C

N5250 -5250± 1000ppm/°C

P100 +100± 30ppm/°C


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2.11.2 Capacitores cerâmicos tipo plate

✓ Os capacitores cerâmicos tipo plate são expressos em nF.

✓ Estes capacitores tem tamanho ultra reduzido, grande estabilidade no valor da


capacitância, baixo custo e uma estreita faixa de tolerância (+/-2% nos capacitores
NP0, ou TC, (Temperatura Compensada).

É um capacitor bastante usado em circuitos de VHF e UHF pelo seu tamanho


reduzido e estabilidade

A foto acima mostra capacitores que têm os seus valores impressos em nanofarad (nF) =
-9
10 F. Quando aparece no capacitor uma letra “n” minúscula, como um dos tipos apresentados
(por exemplo, 2n2), significa que esse capacitor é de 2,2nF.
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2.11.3 Capacitores de filme de plástico

✓ Os capacitores de filme plástico metalizados são expressos em pF.

Capacitor de 10.000pF (10nF) ± 10%, 250V

Capacitor de 22.00000pF = 2,2 µF ± 5%


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2.11.4 Capacitores supressores de ruído – classe Y ou X

São construídos para suportar grandes transientes de tensão, pulsos rápidos,


advindos de chaveamento de bobinas, motores de escova ou até mesmo raios induzidos das
redes elétricas.

✓ O capacitor do tipo "Y" é azul cerâmico e é utilizado para desacoplar a rede elétrica
para o chassi do equipamento ou aterramento.

✓ Já o capacitor do tipo "X" é de filme de poliéster e é utilizado em paralelo com a


linha de alimentação.

Y
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Fonte ATX.

2.11.5 Capacitores cerâmicos e SMD multicamadas.

✓ Estes capacitores reúnem boa tensão de isolação com alta capacitância pela forma
de construção em camadas.

Capacitores cerâmicos e SMD multicamadas


40

SMD

✓ Os capacitores eletrolíticos SMD têm tanto a capacitância como a tensão de trabalho


no encapsulamento.

Assim, 47 6V consiste num capacitor de 47 pF x 6 V.

✓ Capacitores SMD de valor menor (e tamanho menor) utilizam letra e três dígitos para
identificação.

Letra Tensão(V)
e 2.5
G 4
J 6.3
A 10
C 16
41

D 20
E 25
V 35
H 50

C475 é um capacitor de 4,7 uF x 16 V já que: 475 = 47 x 105 pF = 4,7 x 106 pF = 4,7 uF.

2.11.6 Capacitores de tântalo

✓ Utilizam o Óxido de Tântalo como dielétrico e são utilizados geralmente em


substituição ao eletrolítico, onde é necessário miniaturização do circuito.

Os valores geralmente estão disponíveis desde cerca de 0,22µF até 100µF.


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2.11.7 – Testando de CAPACITORES ELETROLÍTICOS

✓ Um capacitor pode exigir corrente momentaneamente em um circuito até que seja


carregado. Isto acontece quando um equipamento eletrônico é ligado.

Um multiteste analógico na função OHMÍMETRO mostra o processo de carga de um


capacitor que está em bom estado.

✓ O ponteiro do multiteste oscila indicando que houve momentaneamente um


comportamento de condutor.

Eletrolítico
✓ Capacitores eletrolíticos com mau funcionamento estarão estufados e precisam ser
substituídos.

Capacitores Estufados em uma placa

Como pode ser realizado o teste em capacitores eletrolíticos?


43

Código de identif. Modo de leitura Escala de Medida Valor Medido

2.11.8 – Testando Capacitores com dielétrico de filme plástico.

Como pode ser realizado o teste em capacitores de filme?


44

Código de identif. Modo de leitura Escala de Medida Valor Medido

2.12 – Testando de INDUTORES E RELÉS

Obtenha um indutor e um relé conforme figuras abaixo.

✓ O indutor ou bobina apresenta baixa resistência.


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Como pode ser realizado o teste em indutores?

✓ Um relé apresenta um circuito de comando (bobina), de baixa resistência, e um de


carga (contatos NA e COMUM ou NF e COMUM).

Circuito de comando e de carga

Investigue com o multiteste e anote no desenho onde estão os contatos da bobina e


e das chaves NA e NF
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Relé para placa de circuito impresso

Como pode ser realizado o teste em relés?

Código de Identif. Modo de leitura Escala de Medida Valor Medido

2.13 – Testando DIODOS

Obtenha um diodo de sinal, um do tipo retificador e um diodo zener conforme figuras


abaixo.
47

Como pode ser realizado um teste em diodos comuns se em um sentido ele conduz e em outro
não?

Código de Identif. Modo de Medida Escala de Medida Valor Medido

2.14 – Testando LEDS

Obtenha um led semelhante as figuras abaixo.


48

Como pode ser realizado um teste em LEDS se ele é um diodo?

Modo de Medida Escala de Medida Valor Medido

2.15 Testando DIODOS ZENER


49

✓ A maioria dos fabricantes especifica seus diodos zener por códigos que tanto podem
levar a nomenclatura 1N como BZX e BZY para os tipos europeus.

BZX79 - 500 mW com componentes de 2,4 V a 68 V (tolerância de 5%)

BZV60 - 400 mW com componentes de 2,4 V a 68 V (tolerância de 5%)

BZT03 - 3,25 W com componentes de 7,5 V a 270 V (tolerância de 5%)

BZW03 - 6 W com componentes de 7,5 V a 270 V (tolerância de 5%)

✓ O sufixo da a tensão de operação do zener.

Ex: BZX79C2V4 é um diodo zener de 500 mW para 2,4 V (a tensão é o 2V4)


50

Potência (Watts)
Tensão 0.25 0.4 0.5 1.0 1.5 5.0 10.0 50.0
1.8 1N4614
2.0 1N4615
2.2 1N4616
2.4 1N4617 1N4370
2.7 1N4618 1N4370
3.0 1N4619 1N4372 1N5987
3.3 1N4620 1N5518 1N5988 1N4728 1N5913 1N5333
3.6 1N4621 1N5519 1N5989 1N4729 1N5914 1N5334
3.9 1N4622 1N5520 1N5844 1N4730 1N5915 1N5335 1N3993 1N4549
4.7 1N4624 1N5522 1N5846 1N4732 1N5917 1N5337 1N3995 1N4551
5.6 1N4626 1N5524 1N5848 1N4734 1N5919 1N5339 1N3997 1N4553
6.2 1N4627 1N5525 1N5850 1N4735 1N5341 1N4553
7.5 1N4100 1N5527 1N5997 1N4737 1N3786 1N5343 1N4000 1N4556
10.0 1N4104 1N5531 1N6000 1N4740 1N3789 1N5347 1N2974 1N2808
12.0 1N4106 1N5532 1N6002 1N4742 1N3791 1N5349 1N2976 1N2810
14.0 1N4108 1N5534 1N5860 1N5351 1N2978 1N2812
16.0 1N4110 1N5536 1N5862 1N4745 1N3794 1N5353 1N2980 1N2814
20 1N4114 1N5540 1N5866 1N4747 1N3796 1N5357 1N2984 1N2818
24 1N4116 1N5542 1N6009 1N4749 1N3798 1N5359 1N2986 1N2820
28 1N4119 1N5544 1N5871 1N5362
60 1N4128 1N5264 1N5371
100 1N4135 1N985 1N4764 1N3813 1N5378 1N3005
120 1N987 1N6026 1N3046 1N5951 1N5380 1N3008 1N2841
Nomenclatura americana
51

Como pode ser realizado um teste em diodos zener se ele não conduz em nenhum sentido?

Código de Identif. Modo de Medida Escala de Medida Valor Medido


52

CAPITULO 3 – IDENTIFICAÇÃO E TESTE DE SEMICONDUTORES

Os semicondutores são bons condutores em uma condição de polaridade e maus


condutores em outra. Esta será a referência para os testes nos mesmos

3.1 Identificando os semicondutores


53

3.1.1 Japonese Industrial Standart

✓ Este sistema começa com um numero ( n0 de terminais – 1) seguido de uma


ou duas letras.

Ex 2SA1015, 2SC1815.

1S se for diodo. 2S se for transístor.

Se vier as letras A ou B, será PNP. Se vier C ou D, será NPN


54

Este prefixo pode não vir no corpo. Apenas uma letra seguida de um número.

2SC733 podemos encontrar simplesmente a marca C733 no componente

Semicondutores Japoneses

SA: PNP HF transistor SB: PNP AF transistor

SC: NPN HF transistor SD: NPN AF transistor

SE: Diodos SF: Tiristores

SG: Dispositivos Gunn SH: UJT

SJ: FET/MOSFET de canal P SK: FET/MOSFET de canal N

SM: Triac SQ: LED

SR: Retificador SS: Diodos de sinal

ST: Diodos de Avalanche SV: Varicaps

SZ: Diodos zener

3.1.2. Sistema europeu

✓ Este sistema começa com duas letras

EX BC327, BF494

1ª letra: A - germânio B - silício.

Semicondutores Europeus
2ª letra DESCRIÇÃO

A diodo

B diodo varicap

C transístor de baixa frequência e baixa potência

D transístor de baixa frequência e média potência

E diodo túnel

F transístor de alta frequência e baixa potência


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L transístor de alta frequência e alta potência

M elemento hall (magnético)

N fotoacoplador

P elemento sensível a radiação

S transístor de alta potencia para comutação

U transístor de alta potência para chaveamento

Y diodo retificador

Z diodo zener

Baixa potência -BC548, BC558, BC337, BC327, BF494, BF422, BF423,

Média potência -BD139, BD140, TIP41, TIP42, BUW84, BF459,

Alta potência - BU2508, BU208.

3.1.3 Sistema americano

✓ Pode começar com 1N se for diodo ou 2N se for transístor.

Ex: 1N4148 é diodo 2N3055 é transistor

✓ Alguns fabricantes utilizam código próprio

Sistema Texas

TIP – Transístor de média ou alta potência;


TIS – Transístor de baixa potência;
TIC – Tiristor (SCR ou TRIAC).

Sistema Motorola

MJ – Transístor de silício para alta potência;


MP – Transístor de germânio para alta potência;
MPS – Transístor de silício de baixa potência;
MPF – Transístor FET.
MPSA42 é um transístor de baixa potência;
MJE13007 é um transístor de alta potência.
56

3.2 Ponte retificadora

✓ A ponte retificadora é um componente com dois terminais para entrada de sinal AC


e dois terminais de saída de sinal CC, indicados no componente.

São quatro diodos em um único componente.

Observe o esquema elétrico e diga como pode ser testada uma ponte retificadora?

Código de Identif. Modo de Medida Escala de Medida Valor Medido


57

3.3 Transistores Bipolares

SMD
58

✓ Para testes, o transistor pode ser entendido como dois diodos em série com uma
derivação entre eles, a BASE

✓ Portanto o teste pode ser feito na escala de diodos do multiteste digital


quando se medem os terminais de BASE E COLETOR; BASE E EMISSOR.

✓ Entre os terminais COLETOR E EMISSOR não pode haver condutividade em


nenhum sentido (alguns transistores apresentam alta resistência no multiteste analógico
na escala de x10K).
59

Como identificar o terminal de BASE?

✓ Descubra quais são os terminais de COLETOR E EMISSOR, que não conduzem em


nenhum sentido.

Como identificar se é NPN ou PNP?

As ponteiras de teste na escala de diodos geram um sinal DC. No multímetro digital o


positivo é a ponteira vermelha e o negativo a ponteira preta. No analógico é o contrário.

✓ Quando o transistor for NPN a ponteira vermelha na BASE polariza os diodos no


sentido direto (condução) entre BASE e EMISSOR e entre BASE e COLETOR

Código de Identif. Modo de Medida Escala de Medida Valor Medido

3.4 Transistores Efeito de Campo


60

✓ O transistor efeito de campo é controlado por uma tensão inversa aplicada a junção
PN entre o gatilho e a fonte. Esta tensão muda a condutividade entre dreno e
fonte.

JFET

Pinagem FET
61

O Power MOSFET é um FET de potência onde o "MOS" significa Metal Oxide


Semiconductor" ou semicondutor de óxido metálico.

✓ Existe uma resistência inicial entre dreno e fonte que pode ser aumentada com
aplicação de tensão inversa VGS.
62
63

✓ Para testes do componente, o transistor FET pode ser entendido como um diodo entre
fonte e dreno.

✓ Para testes, o transistor FET pode apresentar resistência baixa entre fonte e dreno
nos dois sentidos de polarização quando a ponteira vermelha do multiteste é
rapidamente encostada no GATE (FET disparado). Após disparado coloque a ponteira
preta no GATE e observe que o canal de condução (DRENO para SOURCE) é fechado.

✓ Para testes do componente, no transistor MOSFET o GATILHO É ISOLADO do dreno


e da fonte. Verifique se o GATE está isolado em qualquer situação de medida.

✓ Para testes no transistor MOSFET de potência o dreno e fonte comportam-se como


um diodo quando o mesmo não está polarizado entre gatilho e dreno
64

Código de Identif. Modo de Medida Escala de Medida Valor Medido

3.5.1. Equivalência de transistores

Um grande problema que os técnicos encontram quando vão reparar algum equipamento
é encontrar um equivalente ou substituto para um componente queimado.

Dizemos que um transistor é equivalente a outro quando ele pode funcionar nos
mesmos circuitos com o mesmo desempenho.

Quando são do mesmo tipo, não existem dois transistores exatamente iguais mesmo
quando têm a mesma marcação!

Num lote BC548 podemos encontrar unidades com qualquer ganho nesta faixa.

Um transistor que opera num circuito de RF tem faixas de características de


operação diferentes do que quando ele opera como comutador de alta velocidade.

Logo um transistor que substitui outro numa aplicação pode não funcionar em outra!

Os comportamentos dos transistores dependem da aplicação.


Dois transistores que tenham mesmo ganho, mesma tensão de trabalho, mas
frequências de corte diferentes podem ser usados igualmente num circuito de áudio mas
não num oscilador quando um pode funcionar e outro não!
65

Os parâmetros que devem ser considerados na equivalência de transistores são:

a) Tensão entre coletor e emissor: Uma tensão maior ou igual que o original, em
princípio ele pode ser usado.

Deve-se ter o cuidado de observar se a tensão máxima entre o coletor e o emissor é


especificada nos dois tipos sob as mesmas condições.

Exemplo: Se o VCE(max) de um transistor é 50 V e de outro temos VCEO(max) = 50 V,


eles não são iguais pois a tensão num é absoluta e no segundo é dada para a base aberta!

b) Potência: uma potência igual ou maior do que a do original e ainda condições de ser
montado no mesmo radiador de calor quando usado

Transistores que exigem dissipadores diferentes para montagem.

c) Ganho: Um ganho igual ou maior que o original.

Normalmente o ganho é dado pelo Beta, mas podem ocorrer casos em que tenhamos
ganho Alfa e mesma hFE.

Definições e relações para alfa e beta.


d) Frequência de corte ou transição:
66

O ganho de um transistor cai rapidamente quando a frequência do sinal que ele deve
gerar ou amplificar aumenta.

Os transistores para alta frequência ou comutação devem ter freqüências de


cortes semelhantes.

Um transistor de comutação não pode ser substituído por outro mesmo que tenha
as mesmas características básicas como frequência de operação máxima e ganho, se não
for indicado para comutação.fontes chaveadas).

A frequência máxima de operação de um transistor é normalmente especificada


como "frequência de transição" ou fT. Em fT o ganho do transistor cai até a unidade.

Acima da freqüência de transição o transistor não pode oscilar.

e) Ruído

Os transistores geram ruídos quando funcionam.

É o caso dos circuitos de áudio que operam com sinais de muito baixa intensidade como
por exemplo pré-amplificadores.

Um transistor de alto ganho e baixo ruído como o BC549 deve ser usado em muitos
casos.
Se esse transistor for substituído por um BC548, mesmo que tenha o mesmo ganho, o
aparelho funcionará, mas o nível de ruído pode aumentar e aparecer na saída com um
acréscimo no chiado.
.3.5 Tiristores -TICs
67

Os tiristores são diodos de potência controlados (interruptores controlados)


chamados de:

✓ SCRs – Retitificadores Controlados de Silicio - quando utilizados em circuitos de


corrente contínua.
✓ TRIACs quando utilizados em circuitos de corrente alternada.

SCR TRIAC

Entre gatilho e catodo comporta-se com um diodo

✓ Para testes do SCR, o Katodo e Gatilho conduzem, mas não é um curto.


68

✓ Para testes do SCR, o Anodo e Katodo só conduzem se houver um pulso no Gatilho.

OBS: Escorregue a ponteira positiva do Anodo para o Gatilho, de forma a fazer uma ponte
de disparo para o SCR. Ao retornar a ponteira para o Anodo a condução é mantida.

✓ Para testes do TRIAC, o A1 e A2 conduzem somente se houver pulso no Gatilho,


utilizando-se um multímetro analógico para disparo.

✓ Para testes do TRIAC, o A1 e A2 não conduzem com pulso no Gatilho, quando é


utilizado um multímetro digital para disparo.

Código de Identif. Modo de Medida Escala de Medida Valor Medido


69

3.6 Diacs

✓ Os Diacs tem uma tensão de disparo entre 20 e 40 V que não dependem de um


terminal de gatilho

✓ Para testes do DIAC deve apresentar alta resistência em qualquer polarização.


70

Código de Identif. Modo de Medida Escala de Medida Valor Medido

3.7 Fotoacoplador

✓ O fotoacoplador transfere um sinal entre dois circuitos de níveis de tensão


diferentes (isolados eletricamente).

O emissor é um LED, que pode ser infravermelho ou visível, e o sensor é um foto-


transistor ou foto-diodo. O sinal é aplicado no LED, que então produz luz modulada, a
qual é recebida pelo sensor.

Configurações de fotoacopladores

Para testes de fotoacoplador:


71

✓ Os pinos 1 e 2 devem comporta-se como um diodo.

✓ Os pinos 3 e 4 devem comportar-se como coletor e emissor.

✓ Quando testamos com dois multitestes um deles deve fazer a condução do diodo e o
outro verificar a condução entre coletor e emissor.

Código de Identif. Modo de Medida Escala de Medida Valor Medido


72

CAPITULO 4 – IDENTIFICAÇÃO E TESTES DE CIRCUITOS INTEGRADOS

Os circuitos integrados devem ser analisados com base no seu datasheet:

✓ Testes de resistência podem ser realizados quando comparados um C.I. bom com um
C.I. suspeito.

✓ Testes de tensão podem ser realizados com o C.I. na placa.

✓ Um integrado em uma placa deve ter tensão no pino +Vcc em relação ao GND. Se
isso não ocorrer percorra a trilha de VCC em busca do problema.

✓ Um integrado fora da placa não deve apresentar impedância nula entre +Vcc e
GND. Isto indica curto circuito.

4.1 Teste do C.I. 741

✓ Circuitos integrados equivalentes podem variar no prefixo de acordo com o seu


fabricante:

CA 741; LM 741; NE 741

CA3056;3741;L141;LH101;LM741;MC1539;1741;MCH1439;MIC741;N5741;PA424;7741;RM741;S5741;SB72741;
TAA221;TBA221;TDA1741;1748;UA741;UC4741;ZLD741
73

Monte o circuito abaixo:

✓ Ligando a alimentação devemos ler ou 0 V ou a tensão de alimentação da fonte


(Vcc).

No modo comparador de tensão deslocando-se o cursor do potenciômetro, quando


chegarmos perto da metade do giro completo, deve haver um momento em que ocorre a
transição rápida da tensão medida:

✓ Se estava em 0 passa a Vcc

✓ Se estava em Vcc passa a zero.

Interligando os pontos conforme tracejado no esquema, teremos um seguidor de


tensão.

✓ Com esta configuração, ao atuar sobre o potenciômetro a transição da tensão de 0 a


Vcc ou Vcc a zero será suave.

Ocorrendo como o indicado é sinal de que o amplificador operacional está em boas


condições.
74

4.2 Teste do C.I. 555

Pino Nome Aplicação


1 GND Terra
2 TR gatilho (Trigger) Um pulso curto inicia o temporizador
3 Q Durante um intervalo de tempo, a saída (Q) permanece em +VCC
Um intervalo de temporização pode ser interrompido pela aplicação de um pulso
4 R
de Reset
Controle de tensão (diferença de potencial-DDP) permite acesso ao divisor interno
5 CV
de tensão (2/3 VCC)
6 THR O limiar (threshold) no qual o intervalo finaliza
Ligado a um condensador, cujo tempo de descarga irá influenciar o intervalo de
7 DIS
temporização
V+, A tensão (diferença de potencial-DDP) positiva da fonte, que deve estar entre +5 e
8
VCC +15V

O C.I. 555 é muito utilizado com oscilador. Monte o teste com o circuito abaixo:

✓ Se os Leds piscarem o mesmo está em bom estado

4.3 Teste do C.I. 78XX


75

O teste a ser realizado no C.I. é a alimentação do mesmo e a medida da tensão de


saída aproximadamente ao valor nominal .
76

CAPÍTULO 5 – ANÁLISE DE FONTES DE ALIMENTAÇÃO

Material: Fonte ATX; fonte linear; maleta de ferramentas

5.1 Fonte Regulada por capacitor

As fontes de alimentação lineares são fontes de baixa freqüência de conversão.


Trabalham reguladas em uma faixa estreita de tensão corrente. Quanto maior a corrente
menor a tensão de saída.

Estas fontes exigem capacitores de grande capacidade para estabilidade da tensão


de saída

Esta fonte entrega a tensão de derivação VAC e VBC


77

✓ Com a fonte desligada faça as medidas de impedância:

✓ No primário:_______________________

✓ No secundário:_____________________

✓ Nos diodos: Direta:__________________

Inversa:_________________

Conclusões:

Esta fonte entrega a tensão de derivação VAC e VBC

Conclusões:
78

✓ Com a fonte ligada faça as medidas de tensão:

✓ No primário:_______________________

✓ No secundário:_____________________

✓ Nos diodos: Direta:__________________

Inversa:__________________

Conclusões:

Qual a diferença entre uma fonte com retificação de 2 diodos e com 4 diodos?

5.2 Ruídos causados por fontes

Problemas com ruídos em circuitos de áudio podem ocorrer.

Algumas medidas podem resolver o problema:

✓ Inversão da polaridade da tomada

✓ Cabos com blindagem mal isolada do condutor de sinal devem ser pesquisados
principalmente nos conectores terminais.

✓ Tipicamente para cada 1A de corrente de saída devemos ter 2000µF de filtragem


na saída.

✓ Para circuitos de RF capacitores de filme de 100nF podem ser acrescentados na saída.


79

✓ Ligação da carcaça do transformador a um dos pólos de entrada através de um


capacitor.

5.3 Fonte regulada por Diodo Zener e transistor de potência


80

Qual a função de R?

Qual a função de C1?

Qual a função de C2?

Qual a função de V2?

Oque acontece quando aumenta a corrente devido a carga?

Conclusões:
81

5.4 Fontes chaveadas

A fonte chaveada joga uma tensão DC, regulada por uma largura de pulso - PWM

✓ O tempo que a chave fica fechada depende do valor da carga para uma tensão
estável. ( no casos 12V).
82

✓ Se a freqüência de chaveamento aumentar é possível reduzir o valor de L e de C.

✓ Se a freqüência aumentar a estabilidade da tensão aumenta porque a faixa de


variação diminui.
✓ O transistor chaveando só quando há necessidade possibilita aquecimento menor,
portanto o mesmo aceita uma sobrecorrente.
✓ A necessidade de uma fonte de potência com baixo peso e volume pode ser atendida
com uma fonte chaveada ou fonte DC-DC.

✓ Fontes chaveadas são fontes que geram no primário sinais de onda quadrada em
alta freqüência (50 a 60 KHz). Os capacitores podem ser menores para realizarem
o mesmo trabalho de estabilidade de sinal.

5.4.1 Fonte AT

✓ A fonte AT se diferencia da ATX principalmente por não fornecer 3,3 V


83

DOBRADORES
DE TENSÃO

Entrada: Fusivel, termistor NTC, filtro C1-T1 passa baixa

Se o fusível queima ao ligar quais seriam os possíveis defeitos?


84

Se a tensão de saída não está estabilizada qual seria um possível defeito?

5.5 Fontes chaveadas ATX

As fontes chaveadas ajustam o regime de PWM de acordo com carga de forma a


otimizar a potência e o aquecimento da mesma. Estas fontes podem ter o recurso PFC ativo
ou não.

✓ Mesmo antes da fonte ser ligada o sinal de standby deve estar presente no fio PS ON
do conector ( verde).
✓ Para ligar a fonte aterre o sinal de PS ON (stand by) - fio verde
✓ Depois de ligada se houver tensão no fio PWR OK, significa que todas as tensão estão
o.k (cinza)
85

É preciso observar nas etapas da fonte:

✓ Tudo antes do transformador é chamado de primário.

✓ Fontes com PFC ativo não tem chave 220/115V nem circuito dobrador de tensão.

✓ Em fontes sem PFC quando a chave estiver em 115V o dobrador de tensão eleva a mesma
para em torno de 220V .

Com a fonte desligada quais as medidas nos diodos retificadores?


86

Com a fonte ligada qual a tensão nos capacitores dobradores?

✓ Um dissipador é o primário e outro é o secundário. No dissipador primário podem


estar os transistores e diodos do PFC ativo. No secundário há diodos retificadores
na forma de transistor.

✓ O Transformador maior é o de chaveamento, o médio gera 5V de standby e o


pequeno é o isolador do C.I. de PWM.

✓ Nas fontes de PCs geralmente dois transistores MOSFET fazem o chaveamento.


✓ A forma de onda aplicada no primário do transformador é quadrada.
✓ O integrado de controle de PWM é isolado por um trafo ou por um circuito foto acoplador
na forma de C.I.
87

Fonte de 200W com chaveadores NPN


88

Esquema de fonte ATX


89

5.6 Etapa de filtragem de transientes da tensão AC

✓ L1 e L2 são bobinas de ferrite


✓ C1 e C2 são capacitores cerâmicos normalmente azuis. (capacitores Y)
✓ C3 (X) é um capacitor de poliestes metalizado com valores de 100nF, 470nF
ou 680nF.
✓ Rv1 é um varistor ceifador de picos de tensão da rede

X
90

Nesta fonte faltam uma bobina e um varistor. Mas tem dois capacitores X.
91

Configuração sem varistor.

Configuração com varistor.


92

Capacitores dobradores de tensão

Ponte retificadora com um único componente e um termistor NTC


5.7 PFC Ativo

✓ Utiliza dois transistores MOSFET de potência no dissipador primário


✓ Utiliza diodo de retificação de potência no dissipador primário.
✓ Utiliza uma bobina de PFC ( a maior de todas)
✓ Utiliza um eletrolítico de filtragem
✓ Utiliza termistor NTC
93
94

5.8 Transistores Chaveadores

Configuraçao direta com dois transistores


95

5.9 Transformadores e Circuito de Controle PWM


96

✓ O transformador +5VSB fornece a tensão de standby. Este tensão está sempre


ligada.

✓ O Transformador de PWM pode não existir. Neste caso são utilizados C.I. foto
aclopadores.

Com a fonte desligada qual a tensão no diodo retificador na saída do transformador


de standby?

Fotoacopladores

✓ O PWM é gerado por um C.I. TL 494 ou DBL 494. O CM7800 é utilizado quando
há controle PFC
97

Qual a freqüência (multiteste ou osciloscópio) no pino 8 do gerador de PWM ?


Fonte de stand-by e alimentação para o TL494

✓ Depende do transistor C3457 estar oscilando ( deve haver tensão de


polarização na base do transistor através do resistor de base 220K).

✓ O C19 ( eletrolítico) ruim gera falha de oscilação .

✓ O D28 leva alimentação de 24V para TL494


98

Com a fonte LIGADA faça as medidas de TENSÃO:

✓ Tensão VCC no LM339N:____________

✓ Tensão de STANDBY NO REGULADOR DE +5VSB:_____________

✓ Tensão de POWER GOOD NO LM339N:______________________

LM 339
99

5.10 Saídas de Tensão no Circuito Secundário

✓ As tensãos -5V e -12V não exigem potência por isso os diodos são convencionais

✓ Para as tensões 3,3V, 5V e 12V são utilizados retificadores schottchy com


encapsulamento de 3 terminais parecendo um transistor.

✓ A configuração A é para fontes de baixo custo (ferrite menor). A configuração B


de maior custo tem diodos em paralelo para maior potência.

✓ Existem pelo menos 2 circuitos retificadores completos para + 5V e +12V

✓ A saída de 3,3V normalmente utiliza a saída de 5V do transformador pode ter


um circuito de retificação compartilhado diferenciado pelo regulador.
100

LM 339

Circuito secundário

Qual o valor das tensões nos pinos do meio dos retificadores (cuidado para não causar C.C.)?
101

Diodos retificadores de -12V e -5V.

PHP45N03LT

+5 VSB
STANDBY
102

Reguladores de tensão

Circuito retificador de fontes de alto desempenho

Circuito regulador de fontes de alto desempenho

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