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PROPÓSITO
Compreender os conceitos fundamentais do princípio da linearidade de circuitos elétricos, necessários para
aplicação do Teorema da Superposição. Analisar outras formas de associação de elementos para além dos modos
em série e paralelo, por meio das ligações em estrela e triângulo, bem como suas transformações equivalentes.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar este conteúdo, tenha à mão papel, caneta para anotações e, se possível, uma calculadora
científica para facilitar seus cálculos na solução de equações dos circuitos elétricos e transformações equivalentes
para as ligações estrela e triângulo.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km). No entanto, o Inmetro
estabelece que deve existir um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e
demais materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das
unidades.
MÓDULO 1
TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO
INTRODUÇÃO
A APLICAÇÃO DA LEI DE KIRCHHOFF DAS CORRENTES (LKC) E DA LEI DE
KIRCHHOFF DAS TENSÕES (LKT) PERMITE A SOLUÇÃO DE CIRCUITOS
ELÉTRICOS POR MANEIRAS MUITO SIMPLES, POR MEIO DA ANÁLISE
NODAL E ANÁLISE DE MALHAS, RESPECTIVAMENTE.
No entanto, se o circuito for grande ou complexo, a aplicação dessas leis pode se tornar muito trabalhosa, em
virtude da quantidade de cálculos e equações necessárias para encontrar as variáveis tensão e corrente nos
elementos. Para lidar com o problema de solução de circuitos elétricos complexos, diversos teoremas foram
desenvolvidos para simplificar a análise.
Entre os teoremas mais utilizados, pode-se citar o Teorema de Thévenin, o Teorema de Norton e o Teorema da
Superposição, sendo esse o principal tema abordado neste módulo.
É importante destacar que os teoremas de circuitos são válidos apenas para circuitos lineares e, por esse motivo,
deve-se ter muito claro o princípio da linearidade em circuitos elétricos.
PRINCÍPIO DA LINEARIDADE
O princípio da linearidade é uma relação matemática de grande impacto em circuitos elétricos em geral,
intimamente relacionada com a proporcionalidade e que pode ser representada graficamente por uma reta.
VOCÊ SABIA
A linearidade é basicamente a propriedade de uma função ser compatível com adição (aditividade) e
escalonamento (homogeneidade), também chamado de superposição.
v = Ri
(1)
Quando o valor dessa corrente for aumentado “k vezes”, a tensão sob o resistor terá um aumento de “k vezes”, ou
seja:
Kv = KiR
(2)
Uma função matemática representada por uma linha reta que passa pela origem possui a propriedade de
proporcionalidade. Seja como exemplo, a função
f (x) = 2x
f (x) = y = 2x
Para o valor de
x = 2
, tem-se que
f (x) = 2 × 2 = 4
. Se o valor de
x
for dobrado, ou seja,
x = 4
, tem-se que
f (x) = 8
f (x)
Já a propriedade de adição (aditividade) diz que a resposta para a soma de entradas diferentes em um circuito é
dada pela soma das respostas a cada uma dessas entradas aplicadas separadamente.
EXEMPLO
A partir da relação entre tensão e corrente no resistor, sua resposta a uma entrada constituída de duas correntes
será obtida pelas respostas individuais a cada uma dessas correntes:
v1 = i 1 R , v2 = i 2 R
Aplicando
i1 + i2
, tem-se:
v = (i1 + i2 ) R = i1 R + i2 R = v1 + v2
(3)
SE AS ENTRADAS
x1
x2
f (x)
, A SAÍDA SERÁ
f (x1 + x2 )
.
De modo geral, os conceitos de linearidade aplicados aos resistores são também estendidos para os demais
componentes do circuito, os indutores e capacitores. As leis desses componentes são dadas por:
INDUTOR
di
v = L
dt
(4)
CAPACITOR
dv
i = C
dt
(5)
Inicialmente, as Equações 4 e 5 podem não parecer referentes a funções lineares. No entanto, basta observar a
derivada como a variável independente da função linear:
INDUTOR
A relação no indutor pode ser representada graficamente como uma linha reta em que a derivada
di/dt
é o eixo horizontal e
di di
v = f ( ) = L
dt dt
(6)
CAPACITOR
A relação no capacitor pode ser representada graficamente como uma linha reta em que a derivada
dv/dt
é o eixo horizontal e i como eixo vertical, conforme Figura 4. A inclinação dessa reta é a capacitância C.
dv dv
i = f ( ) = C
dt dt
(7)
ATENÇÃO
O princípio da linearidade não se aplica à potência elétrica. Essa proposição pode ser entendida analisando a
fórmula de potência, expressa pela Equação 8:
2
v
2
p = Ri =
R
(8)
A Equação 8 demonstra que a relação entre tensão e corrente para potência elétrica é quadrática, portanto, o
Teorema da Superposição, que será demonstrado mais adiante, não se aplica para cálculos de potência.
Veja o circuito linear ilustrado na Figura 5. Os elementos contidos nesse circuito não são importantes, desde que
sejam lineares. A alimentação (entrada) do circuito é feita por uma fonte de tensão e a resposta (saída) é
representada pela corrente no resistor R. Quando a fonte de tensão fornece 10V, a corrente no resistor é de 2A.
Considerando o princípio da linearidade, calcule o valor da corrente no resistor se a fonte de tensão entregar uma
tensão de 10mV ao circuito.
Para:
vS = 10V → iR = 2A
Então:
vs = 10mV → iR = 2mA
Perceba que, em virtude da proporcionalidade, basta fazer uma “regra de três” para obter a solução.
TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO
O Teorema da Superposição é baseado no princípio da linearidade apresentado anteriormente, sendo, sem
dúvidas, um dos mais utilizados em técnicas de solução de circuitos elétricos.
Esse teorema se aplica a circuitos lineares que contenham fontes independentes ou dependentes, resistores,
indutores e capacitores, que são elementos lineares, conforme descrito anteriormente. A utilização desse teorema
pode, muitas vezes, reduzir a complexidade e facilitar a solução de circuitos elétricos.
SAIBA MAIS
Normalmente, o Teorema da Superposição é aplicado para analisar circuitos que contenham duas ou mais
fontes que não estejam conectadas em série ou paralelo, ou seja, em arranjos diferentes que não permitam
uma associação equivalente direta dessas fontes.
É possível, dessa forma, determinar os efeitos individuais de cada uma dessas fontes e suas contribuições
específicas nas grandezas dos circuitos. Para fontes de diferentes tipos, o resultado final (total) referente às fontes
trata-se da soma algébrica de seus resultados individuais.
O Teorema da Superposição assegura que a corrente elétrica ou a tensão em um elemento de um circuito linear é
dada pela soma algébrica das correntes ou tensões produzidas pela atuação isolada de cada uma das fontes
independentes.
Esse Teorema, portanto, permite que se encontre uma solução para corrente elétrica ou tensão no circuito linear
utilizando apenas uma fonte por vez. Assim, após encontrar as soluções individuais, basta prosseguir com uma
soma algébrica para combinar os resultados e obter a resposta total. É importante destacar que a contribuição das
fontes pode permitir que as correntes elétricas tenham sentidos opostos ou que as tensões possuam polaridades
invertidas, por esse motivo, a contribuição total é a soma algébrica, de modo que o sinal de cada fonte deve ser
considerado.
VOCÊ SABIA
Para aplicar o Teorema da Superposição, é necessário obter as contribuições individuais das fontes do circuito
elétrico, ou seja, é necessário avaliar cada fonte individualmente, enquanto todas as outras restantes devem ser
removidas.
Existem, basicamente, dois tipos de fonte em circuitos que deverão ser removidas, as fontes de tensão e as fontes
de corrente. Para desativá-las, tem-se:
FONTES DE TENSÃO
Para desativar uma fonte de tensão em um circuito elétrico, basta substituí-la por um curto-circuito, ou seja, uma
conexão direta entre seus terminais. Assim, a tensão será zero, que é o mesmo que desativar a fonte. Se houver
resistência interna na fonte, essa deverá ser mantida em série no circuito. A Figura 6 ilustra a remoção de uma
fonte de tensão em parte de um circuito.
FONTES DE CORRENTE
Para desativar uma fonte de corrente em um circuito elétrico basta substituí-la por um circuito aberto, ou seja, uma
conexão aberta entre seus terminais. Assim, a corrente elétrica será zero, que é o mesmo que desativar a fonte. Se
houver resistência interna na fonte, essa deverá ser mantida em paralelo no circuito. A Figura 7 ilustra a remoção
de uma fonte de corrente em parte de um circuito.
ATENÇÃO
Pode-se dizer que o número de circuitos a ser analisado a partir do Teorema da Superposição se refere ao número
de fontes existentes, tendo em vista que o efeito de cada uma será determinado individualmente. A princípio isso
pode parecer uma desvantagem do método de análise, no entanto, a superposição contribui para reduzir a
complexidade de circuitos elétricos pela simples substituição de fontes por curtos-circuitos ou por circuitos abertos
em diferentes situações de análise.
Desativar todas as fontes independentes do circuito elétrico, exceto uma. As fontes de tensão são substituídas por
um curto-circuito e as fontes de corrente por um circuito aberto. As fontes dependentes, ou controladas, devem ser
mantidas no circuito.
ETAPA 2
Repetir a Etapa 1 até que todas as fontes independentes tenham sido consideradas e calculadas suas
contribuições individuais.
ETAPA 3
Determinar a resposta total nos elementos fazendo a soma algébrica das respostas individuais de cada fonte. As
tensões e correntes em cada ramo serão a soma das tensões e correntes das fontes independentes obtidas
individualmente. É importante atentar-se ao sentido das correntes e à polaridade das tensões, conforme já descrito.
EXEMPLO
Com base no Teorema da Superposição e no princípio da linearidade descritos, calcule a corrente elétrica que
circula por meio do resistor
R2
Inicialmente, será determinada a contribuição da fonte de tensão de 24V. Para isso, a fonte de corrente deve ser
desativada, o que significa substituí-la por um circuito aberto, conforme ilustrado na Figura 9.
′
I
2
, será:
V V 24
′
I = = = = 2A
2
RT R1 + R2 8 + 4
Para encontrar a contribuição da fonte de corrente, é necessário desativar a fonte de tensão, ou seja, substituí-la
por um curto-circuito, conforme ilustrado na Figura 10:
Figura 10: Substituição da fonte de tensão por um curto-circuito.
R1
R2
′′
I
2
, será:
R1 8
′′
I = I = 6 = 4A
2
R1 + R2 8 + 4
R2
′
I
2
′′
I
2
:
′ ′′
I = I + I = 2 + 4 = 6A
2 2
Este exemplo demonstra que, caso se deseje calcular a corrente elétrica em um circuito, a contribuição para tal
corrente deve ser determinada para cada fonte, conforme Teorema da Superposição. Além disso, quando o efeito
de cada fonte é determinado, correntes de mesmo sentido são adicionadas e correntes de sentido oposto são
subtraídas, de modo a obedecer a soma algébrica dessas grandezas. O resultado obtido é o sentido da soma
maior e o valor absoluto da diferença.
Do mesmo modo, caso se deseje calcular a tensão em um elemento, sua contribuição também deve ser
determinada para cada fonte, conforme o Teorema da Superposição. Além disso, quando o efeito de cada fonte é
determinado, tensões de mesma polaridade são adicionadas, enquanto tensões de polaridades opostas são
subtraídas, de modo a obedecer a soma algébrica dessas grandezas. O resultado obtido tem a polaridade da soma
maior e o valor absoluto da diferença.
ATENÇÃO
Do mesmo modo que demonstrado anteriormente para o princípio da linearidade, o Teorema da Superposição
não pode ser aplicado para calcular a potência elétrica fornecida em um circuito. Sabe-se que a dissipação
de potência nos elementos lineares do circuito como resistores, varia em função do quadrado da tensão aplicada
ou da corrente que está no seu ramo. Portanto, a potência total de cada componente do circuito não será a soma
das potências individuais quando as fontes atuam de forma isolada.
MÃO NA MASSA
TEORIA NA PRÁTICA
Utilizando o Teorema da Superposição, determine o valor da corrente i, que circula pelo resistor de
3Ω
RESOLUÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
OS ELEMENTOS DE UM CIRCUITO ELÉTRICO PODEM SER CONECTADOS
DE DIVERSAS FORMAS PARA CONSTITUIR UM EQUIPAMENTO OU UM
DISPOSITIVO ELÉTRICO.
A organização dos elementos, como fontes de alimentação, resistores, indutores e capacitores é importante para
definir a forma como a energia será utilizada. Esta, por sua vez, é chamada de associação. Tratando mais
especificamente de circuitos elétricos básicos e alimentados com corrente contínua, os elementos do circuito
resumem-se aos resistores.
A associação de resistores é muito comum em circuitos elétricos, pois nem sempre é possível obter um valor
específico de resistência com apenas um resistor. A associação desses resistores é sempre representada por um
resistor equivalente
(Req )
, elemento fictício, ou seja, que não está, de fato, presente na rede, mas que representa a resistência total
referente aos elementos associados.
O comportamento da associação, ou seja, a forma como as tensões e correntes estão presentes no circuito,
dependem do tipo de ligação dos resistores. As associações básicas são dos tipos:
SÉRIE
PARALELO
MISTA (SÉRIE-PARALELO)
Além disso, os circuitos podem ter uma configuração complexa, em que os elementos não podem ser considerados
associados em série ou em paralelo, como é o caso das configurações em estrela (Y) e triângulo (∆), que serão
abordadas neste módulo.
ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
Seja o circuito ilustrado na Figura 20, que representa um circuito com uma fonte de tensão e dois resistores ligados
em série, de modo que apenas a corrente i circula por ambos (uma única corrente de malha).
v1 = iR1 , v2 = iR2
(9)
Aplicando a Lei de Kirchhoff das tensões (LKT) à malha, arbitrando que a corrente circule no sentido horário, tem-
se:
−v + v1 + v2 = 0
(10)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
v = v1 + v2 = i (R1 + R2 )
v
i =
R1 + R2
(11)
A Equação 11 pode ser modificada, pois os dois resistores podem ser substituídos por um equivalente:
v = iReq
Onde,
Req = R1 + R2
(12)
resistores ligados em série é a soma algébrica dessas resistências individuais desses elementos.
Para
resistores:
N
Req = R1 + R2 + ⋯ + RN = ∑ Rn
n=1
(13)
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
Seja o circuito ilustrado na Figura 21, composto por uma fonte de tensão e dois resistores ligados em paralelo,
R1
R2
. Por estarem ligados em paralelo, os dois resistores estão submetidos à mesma tensão.
v = i 1 R1 = i 2 R2
v v
i1 = i2 =
R1 R2
(14)
Aplicando a Lei de Kirchhoff das correntes (LKC) no nó a, tem-se a corrente total que vem da fonte:
i = i1 + i2
(15)
v v 1 1 v
i = + = v( + ) =
R1 R2 R1 R2 Req
(16)
Onde
Req
1 1 1 1 R1 + R2
= + → =
Req R1 R2 Req R1 R2
(17)
R1 R2
Req =
R1 + R2
(18)
Em muitas situações, a configuração dos elementos de um circuito elétrico não se configura como associação em
série e nem como associação em paralelo. Essas situações dificultam, a princípio, a análise do circuito a partir das
leis básicas, como a Lei de Kirchhoff das correntes (LKC) e a Lei de Kirchhoff das tensões (LKT), aplicadas às
análises nodal e de malhas.
Muitos desses circuitos complexos podem ser simplificados a partir de uma conversão em redes equivalentes de
três terminais. As configurações de ligação em estrela (Y) e triângulo (∆) são, frequentemente, responsáveis por
essa dificuldade e que podem ser facilmente convertidas em redes equivalentes. Muitas vezes, essas ligações são
também identificadas por “T” e “pi” (π), respectivamente, ilustradas na Figura 23 e Figura 24:
Portanto, de modo a auxiliar na aplicação das técnicas de análise de circuitos para redes com essas ligações,
serão apresentados, na sequência, os desenvolvimentos das equações necessárias para a conversão de circuitos
em estrela para triângulo e vice-versa.
e
c
fixos. Caso se deseje utilizar o circuito na configuração estrela (Y), em vez da configuração em triângulo (∆), basta
aplicar diretamente as equações que serão desenvolvidas na sequência. É importante destacar que apenas uma
das configurações, estrela ou triângulo, podem estar presentes entre os terminais
R1
R2
R3
em função de
RA
RB
RC
, e vice-versa, de modo a garantir que a resistência entre dois terminais quaisquer da configuração estrela seja
equivalente à resistência entre dois terminais quaisquer da configuração triângulo.
EXEMPLO
Pode ser interessante fazer a conversão de parte de um circuito que esteja ligada em triângulo para seu
equivalente em estrela. Essa mudança é denominada conversão triângulo-estrela. Para fazer essa conversão,
deve-se sobrepor o circuito em estrela ao circuito em triângulo já existente e determinar o valor da resistência em
cada par de nós que seja correspondente à ligação em estrela.
(RA , RB , RC )
em estrela
(R1 , R2 , R3 )
R1 , R2 eR3
, em função de
RA , RB
RC
a − c
deve ser a mesma tanto para a ligação triângulo quanto para ligação estrela:
(19)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
RB (RA + RC )
Ra−c = R1 + R3 =
RB + (RA + RC )
(20)
a − b
b − c
RC (RA + RCB )
Ra−b = R1 + R2 =
RC + (RA + RB )
(21)
RA (RB + RC )
Rb−c = R2 + R3 =
RA + (RB + RC )
(22)
De modo que:
RA RC − RB RA
R2 − R3 =
RA + RB + RC
(23)
RA RB + RA RC RA RC − RB RA
(R2 + R3 ) − (R2 − R3 ) = ( ) − ( )
RA + RB + RC RA + RB + RC
Logo:
2RB RA
2R3 =
RA + RB + RC
(24)
R3
RA
RB
e
RC
(ligação em triângulo):
RA RB
R3 =
RA + RB + RC
(25)
R1
R2
, tem-se:
RB RC
R1 =
RA + RB + RC
(26)
RA RC
R2 =
RA + RB + RC
(27)
É importante observar que não é necessário memorizar as expressões descritas nas Equações 25 a 27. Para fazer
a transformação, basta criar um nó extra
n
R3 (RA RB ) / (RA + RB + RC ) RA
= =
R1 (RB RC ) / (RA + RB + RC ) RC
Ou
RC R3
RA =
R1
(28)
R3 (RA RB ) / (RA + RB + RC ) RB
= =
R2 (RA RC ) / (RA + RB + RC ) RC
Ou
RC R3
RB =
R2
(29)
Substituindo
RA
RB
(RC R3 /R1 ) RC
R2 =
(RC R3 /R2 ) + (RC R3 /R1 ) + RC
(R3 /R1 ) RC
=
(R3 /R2 ) + (R3 /R1 ) + 1
(30)
RC R3 /R1
R2 =
(R1 R2 + R1 R3 + R2 R3 ) / (R1 R2 )
R2 R3 RC
=
R1 R2 + R1 R3 + R2 R3
Isolando
RC
R1 R2 + R1 R3 + R2 R3
RC =
R3
(31)
RA
RB
R2
RA
(ligação estrela):
R1 R2 + R1 R3 + R2 R3
RA =
R1
R1 R2 + R1 R3 + R2 R3
RB =
R2
(32)
(R1 = R2 = R3 )
(RA = RB = RC )
, diz-se que o circuito é equilibrado. Se
RA = RB = RC
2
RA RB RA RA R RA
A
R3 = = = =
RA + RB + RC RA + RB + RC 3RA 3
(33)
RA RA
R1 = , R2 =
3 3
(34)
De forma geral, as fórmulas de conversão anteriormente desenvolvidas são, para circuitos equilibrados, resumidas
em:
RΔ
RY = , RΔ = 3RY
3
(35)
Converta o circuito ilustrado na Figura 27, ligado em triângulo (ou delta) em seu equivalente em estrela (ou T).
Com base nas Equações 25, 26 e 27, a conversão do circuito em triângulo para seu equivalente em estrela
consiste em encontrar os valores de
R1
R2
R3
RB RC 20 × 10
R1 = = = 3, 33Ω
RA + RB + RC 30 + 20 + 10
RA RC 30 × 10
R2 = = = 5Ω
RA + RB + RC 30 + 20 + 10
RA RB 20 × 30
R3 = = = 10Ω
RA + RB + RC 30 + 20 + 10
MÃO NA MASSA
TEORIA NA PRÁTICA
Os circuitos em ponte são muito importantes nas montagens de equipamentos eletrônicos, como, por exemplo,
para medição de resistência. Uma das montagens mais utilizadas é a chamada Ponte de Wheatstone, para
medição de resistências com elevada precisão, resistores entre
1Ω
e
1M Ω
. A solução de circuitos em ponte pode ser facilmente encontrada a partir de transformações estrela-triângulo. Com
base nos conceitos dessas transformações, calcule a potência elétrica fornecida à ponte do circuito da Figura 35.
RESOLUÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise de circuitos elétricos é facilmente entendida com a aplicação das leis básicas de circuitos, como a Lei de
Ohm e as Leis de Kirchhoff (das tensões e das correntes). No entanto, para circuitos mais complexos ou que
contenham uma grande quantidade de elementos e fontes de alimentação, apenas o conhecimento dessas leis
pode ser insuficiente para prosseguir com a análise. Dessa forma, teoremas como o da Superposição, apresentado
neste conteúdo, permitem a simplificação dos circuitos.
O Teorema da Superposição apresentado baseia-se no princípio da linearidade dos elementos de circuito e diz que
a corrente elétrica ou a tensão em um elemento de um circuito linear é dada pela soma algébrica das correntes ou
tensões produzidas pela atuação isolada de cada uma das fontes independentes. Dessa forma, o resultado dessas
grandezas pode ser obtido a partir de uma análise individual de cada fonte do circuito, somadas algebricamente.
Por fim, foram apresentadas as equivalências entre as ligações em estrela ou triângulo, bem como suas
equivalentes transformações que permitem simplificar a aplicação das leis básicas em circuitos cujos elementos
não estão ligados em série ou em paralelo.
PODCAST
Ouça agora o Podcast preparado especialmente para você enriquecer seus conhecimentos sobre este conteúdo.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. O. Fundamentos de circuitos elétricos. Porto Alegre: AMGH, 2013.
BOYLESTAD, R. L.; NASCIMENTO, J. L. do. Introdução à análise de circuitos. São Paulo: Pearson Education,
2004.
JOHNSON, D. E.; HILBURN, J. L.; JOHNSON, J. R. Fundamentos de análise de circuitos elétricos. Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1994.
NILSSON, J. W., RIEDEL, S. A. Circuitos elétricos. São Paulo: Pearson Education, 2008.
EXPLORE+
Para se aprofundar nos tópicos desenvolvidos, leia o seguinte livro:
CRUZ, E. C. A. Eletricidade básica – circuitos em corrente continua. São José dos Campos: Érica, 2014.
CONTEUDISTA
Isabela Oliveira Guimarães