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Funções – Gráficos
Em várias situações da vida real, o valor de uma determinada grandeza depende do valor de uma
segunda grandeza. Por exemplo, a poluição do ar em Saurimo depende do número actualmente
elevado de veículos automóveis nas ruas. Relações como esta são geralmente representadas
matematicamente por funções.
Em termos gerais, uma função consiste em dois conjuntos não vazios e uma regra ou lei de
composição que associe os elementos de um conjunto aos elementos do outro. Suponhamos que
você esteja interessado em determinar o efeito do preço sobre o número de unidades vendidos do
livro de Calculo com Geometria Analítica, Vol. 2 de Louis Leithold. Para estudar esta relação é
indispensável conhecer o conjunto de preços admissíveis, o conjunto de vendas possíveis e uma
regra que associe a cada preço, um determinado de número de unidades vendidas do Livro. Com
base nisto definimos,
DEFINIÇAO
Consideremos dois conjuntos não vazios D e I. Chamamos função numérica de uma
variável real toda regra ou lei que associa a cada elemento (ou objecto) x tomado no conjunto de
partida D um e apenas um elemento (ou objecto) y pertencendo ao conjunto de chegada I.
Ao conjunto D chamamos de Domínio de definição (ou Domínio ou ainda Campo de existência
da função) e escrevemos Df ou D(f) e ao conjunto I denominamos de Contradomínio ou Imagem
da função e escrevemos CD(f) ou Im f.
Denotamos de forma genérica toda função por uma letra do alfabeto como por exemplo f, g, h ou
F, G, H até também por letras do alfabeto grego. Ao elemento x do conjunto de partida D
chamamos antecedente e a y imagem de x por f.
A função f que a todo elemento x de D associa o elemento y de I pode escrever-se
f: D I:x y = f(x) ; ou
f
D ↷ I : x ⟿ y = f(x)
1
1. Seja a função f com domínio ℝ tal que f(x) = x2 para todo x de ℝ.
a) Calcular f(-6) e f(a + b).
b) Qual é o contradomínio de f.
Resolução:
A a B
h
d
domínio de valores
2
y
+1
0
x
-1
a) ANALITICAMENTE
Por uma fórmula ou expressão matemática indicando as operações a cumprir sobre
a variável x do domínio Df para obter o valor correspondente de y ou seja uma equação que
fornece y em termos de x.
Diz-se então que f é definida pela equação ou é dada pela equação y = f(x).
Exemplo:
A função definida por y = 2x + 4, x , está definida analiticamente.
Exemplos:
3
3.- xy + 2x + y = 0 (Folium de Descartes)
b) PARAMETRICAMENTE
Quando as variáveis x e y são expressas por meio de um sistema móvel (t localiza
o movimento) dados pelas equações paramétricas:
;t ℝ
Exemplos
1.- O ciclóide dado pelas equações paramétricas
x
0
4
c) GRAFICAMENTE
Pelo seu gráfico que por definição é o conjunto de todos os pontos (pares) (x, f(x)) do
plano cujas abscissas x pertencem ao domínio de definição de f e cujas ordenadas (pertencendo a
Imagem de f) são iguais aos valores correspondentes f(x).
A f
B
3
2
y = f(x)
0 x
5
Nem todas as funções definidas analiticamente admitem representações gráficas. É o caso da
função de Dirichlet:
D(x) =
Voltaremos a falar mais adiante dessa função devido dumas das suas particularidades.
Y y
Imagem de
F
f
0 Dominio de f 0
x x
6
Exemplos
Seja f a função definida pelas seguintes equações. Esboce o gráfico de f e define o seu domínio e
contradomínio:
1. y =
Solução
Já que é definida para 4 – x y
para x , o domínio de f é o intervalo
. Assim se y = , segue da
definição da raiz quadrada principal que y
0.
0 x
Observa-se que a variável dependente y pode
assumir qualquer valor
não-negativo Portanto a imagem de f Ilustração 8: gráfico da função y =
é o intervalo .
Solução
A variável independente x pode assumir qualquer valor em ℝ, portanto o seu
domínio é o conjunto ℝ. Ao se esboçar o gráfico, deve-se considerar separadamente a porção a
direita da recta vertical x = 3 e a porção a esquerda desta recta. Para a directa de x = 3, o gráfico é
a porção de recta com inclinação 1 e que contem o ponto (3, 5). Para a esquerda de x = 3, o
gráfico é a parte de uma parábola. A união das duas porções se constitui no gráfico de f. Deste
gráfico vemos que a variável dependente y pode assumir qualquer valor maior ou igual a -4;
portanto, a imagem de f é .
d) COM TABUA ou TABULARMENTE
Podemos definir uma função utilizando a forma tabular isto é dando correspondência ordenada
entre valores escolhidos x1, x2, x3, …, xn e as imagens correspondentes y1, y2, y3, …, yn.
X x1 x2 x3 xn
…
y y1 y2 y3 …. yn
7
Ilustração 9: Definição tabular de uma função
Leituras sugeridas:
Munem – Foulis. Calculo; Revisão pp 24 – 27 Exercícios: Ver no mesmo livro em Conjunto
de Problemas #5
L. Goldstein, Matemática Aplicada: economia, Administração e Contabilidade. Capitulo 0
Manuel Alvarez Blanco, Calculo diferencial e Integral, pp
8
INTEIR POLINOMI
A AL
RACION
AL FRACCIONA
ALGEBRIC RIA
A IRRACION
FUNÇAO AL
TRANSCENDENTE
1.- FUNÇAO ALGEBRICA É toda função numérica que pode ser obtida através de um numero
limitado de operações algébricas (elementares) (adição, subtracção, multiplicação, divisão,
potenciação, radiciação com índice inteiro positivo)
Exemplos: a) y = x2 + 3x – 5 b) y = c) y = x3 - +
d) y = e) y = 1 f) y = x
9
Exemplos:
1.- y = 2.- y = 3.- y = 5x 4.- y = 4x -7 5.- y = 5
função de grau 3 função de grau 1 f. lineares de grau 1
f. constante
1.1.2.- FUNÇAO ALGEBRICA RACIONAL FRACCIONARIA é uma função cuja expressa
analítica é do tipo
1.2.- FUNÇAO ALGEBRICA IRRACIONAL é toda função cuja expressão analítica é do tipo
y = onde p(x) é uma função algébrica racional e o índice n, um inteiro não negativo
diferente de 1.
Exemplos:
4.- y = 5.- y =
10
2.2.- A FUNÇAO LOGARITMICA
é a função ; 0 a .
a é a base da função logarítmica.
Exemplos:
1.- y = ln x 2.- y = ln (x2-1) 3.- y = log (1-2x) 4.- y =
5.- y = log x 6.- y =
2.3.- A FUNÇAO TRIGONOMETRICA
As funções trigonométricas, já familiares a todos nós, são as funções circulares e suas
inversas como:
1.- y = sen x 2.- y = cos x 3.- y = tg x 4.- y = cotg x
5.- y = arc sen x 6.- y = arc cos x 7.- y = arc tg x 8.- y = arc cotg x
2.4.- FUNÇAO HIPERBOLICA
é uma função do tipo 1.- sh x = ( seno hiperbólico) 2. Ch x = (cosseno
1.- y = y=
11
Exemplo:
Para enfatizar que os pontos na extremidade esquerda dos segmentos horinzontais pertencem ao
mesmo segmento, usa-se pequenos pontos cheios como mostra a figura abaixo
12
também pertence. Na figura 11(b), vê-se que g(- x) = g(x); o gráfico de g é simétrico
relativamente à origem O; isto é, se (x, f(x)) pertence ao gráfico, (- x, f(x)) também pertence.
É obvio que as funções pares são as funções cujos gráficos (curvas representativas) são
simétricos em ralação ao eixo vertical (fala-se de simetria axial), enquanto as funções ímpares são
aquelas cujos gráficos são simétricos relativamente à origem dos eixos (fala-se simetria central).
EXEMPLO: Mostre que as funções abaixo são pares
a) g(x) = x4 b) f(t) = 2t2 + 3
Resolução:
a) g(- x) = (-x)4 = x4 = g(x); portanto g é uma função par. b)
f(t) = 2(-t)2 + 3 = = f(t) ; portanto f é par. Monstra que as
funções abaixo são ímpares a) g(x) =
x5 b)
Resolução:
a) g(-x9 = (-x)5 = - x5 = - g(x) ; portanto g é uma função impar. b)
f(-x) = (-x) . =-x. = - f(x); portanto f é uma função impar.
Quanto á simetria, nem todos os gráficos de funções apresentam uma simetria axial ou
simetria central, pois existem muitas funções que não são nem pares nem impares. Elas são ditas
funções genéricas. EXEMPLO:
13
São genéricas as funções definidas por f(x) = 2x + x2 , h(t) = e g(x) = - x3 +
; pois como pode se verificar cada uma destas funções nem par nem ímpar. Contudo, se
a função for par ou impar, a construção do seu gráfico fica facilitada devido á simetria envolvida.
Ao construir o gráfico, divide-se o intervalo de estudo em duas partes e considera-se qualquer
uma das partes, a outra obtendo-se por simetria ou mais concretamente “por pliagem “ a volta do
eixo de simetria o centro de simetria.
14
Ilustração 12: Gráfico de funções periódicas: funções seno, cosseno, tangente e co-tangente
Observa-se que a intervalo regular cada um desses gráficos passa a retomar os valores anteriores.
Por isso, a função é dita periódica. Para determinar o período de uma função o procedimento é o
seguinte: Devemos exibir um numero real não nulo T tal que f(x + T) = f(x) e como pode se
observar mediante as expressões das identidades que se seguem:
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Cos (x + 2 ) = cos x . cos 2 - sen x sen 2 (cfr formula do cosseno do arco-soma) = cós
x . 1 – sen x . 0 = cos x. sen (x +
2 = sen x . cos 2 + sem 2 . cos x (cfr. Formula do seno do arco-soma)= sem x . 1 + 0 .
cos x = sem x . Abaixo
seguem algumas identidades trigonométricas importantes.
16
A determinação do campo de existência ou domínio de uma função depende da natureza
da função, isto é, graficamente, tabular ou analiticamente. E de forma mais explícita digamos que
depende da sua classificação atendendo que não podem atribuir-se a x valores para os quais y (a
imagem de x) toma:
a) valor imaginário
b) símbolo de impossibilidade ou ainda
c) símbolo de indeterminação (deve-se antes demais levantar a indeterminação).
No que se segue o nosso interesse está apenas nas funções definidas analiticamente. E neste caso
convém relembrar que para domínio de definição de uma função, entende-se o conjunto de todos
os valores reais de x para os quais a expressão analítica que defina a função toma apenas valores
reais finitos.
Exemplos
1.- A função definida por y = tem por domínio de definição Df o segmento
e contradomínio a porção .
2.- O domínio de definição da função definida por y = sem x é a recta numérica (Df
= ) e o contradomínio é
De modo geral, temos para:
A.- A FUNÇAO É ALGEBRICA RACIONAL INTEIRA OU POLINOMIAL
Nesse caso, o seu domínio de definição ou campo de existência é Df =
Assim sendo qualquer uma das seguintes funções tem o conjunto dos números reais
como domínio de definição: EXEMPLOS:
1.- y = 2.- y = 3.- y = 5x 4.- y = 4x -7 5.- y = 5
B.- A FUNÇAO É ALGEBRICA RACIONAL FRACCIONARIA
O seu domínio de definição é o conjunto dos números reais no qual foram extraídos
os zeros do denominador ou seja os valores de x que anulam o denominador. Assim
escreveremos Df =
EXEMPLO: Sejam as funções definidas por
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1º Caso: ÍNDICE IMPAR
(i) - A função é do tipo f(x) = . A
determinação do domínio de definição da função é idêntica á determinação do domínio de uma
função polinomial. Isto é Df = EXEMPLO:
Determinar o domínio de definição da função definida por
Como o índice é 3 (Ímpar) e
que o radicando é um polinómio, então Df = (ii) – A função no radicando é
uma função fraccionaria, vale o que foi dito sobre a determinação de funções racionais
fraccionarias. Isto é, Df = .
o índice impar e como o radicando é uma função algébrica racional fraccionaria, preocupa-nos a
que o denominador não pudesse admitir um zero. Isto é, devemos excluir todo valor de x que
anula o denominador: = 0 implica que x1 = 2 e x2 = 3. Daí Df = =
. É
possível que o radicando apresentar-se de várias formas mas deve-se recordar que o radicando em
si pode ser tanto negativo quanto positivo.
2º Caso: ÍNDICE PAR
A função pode apresentar-se sob diversas formas como
-Tipo A
Quando a função se apresenta sob qualquer um dessas formas, velar a que o radicando seja
sempre não negativo (isto é, positivo ou nulo) com atenção a que se o radicando for fraccionaria,
o denominador nunca pode ser nulo. Se a função admitir um denominador como no Tipo B, C e
D, vale a mesma indicação. Do outro lado aconselhamos utilizar uma tabela de variação de sinais
para determinar os intervalos do domínio de definição. Consideremos os seguintes exemplos:
Determinar o domínio de definição das funções
definidas como seguem: 1.- f(x) = 2.-
3.- 4.-
Solução: Em todos os quatro exemplos considerados, o índice é par. Portanto podemos entre
vários métodos aplicar o da tabela de variação de sinal. Devemos determinar os zeros das funções
componentes:
18
x -5 4
+ 0 0
+
0 0
f(x) = . O radicando sendo fraccionário, devemos velar a que a função racional seja
positiva ou nulo mas o denominador sempre não nulo. Necessitamos construir a tabela de
variação de sinal sabendo que o numerador pode ser ou não nulo.
x -5 -1 4
+ 0 0 +
0 +
0 + 0 +
0 0
.
x -5 -2 4
+ 0 0 +
0 0
0 +
0 0
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4.- , usando a Tabela de Variação de sinais determina-se que o domínio de
definição é
x -5 4 7
0
+
+ 0 0 +
0 0
Podem existirem outras funçoes obtidas atraves de varias manipulaçoes como a soma, diferença,
… em que o dominio de definiçao será obtido fazendo a intersecçao dos dominios das funçoes
componentes.
. e . O dominio
de definiçao procurado ( ) =
.
D. A FUNÇAO É TRANSCENDENTE
D1.-FUNÇAO LOGARITMICA GENERALIZADA
Consideremos a funçao logaritmica de base a definida por , com
. A determinaçao do dominio de definiçao de uma funçao çogaritmica
20
conjonturar a base e o logritmando.
Soluçao:
a) Devemos verificar as condiçoes de existencia da funçao. Como a base é o numero e = 2,718 …
, positivo, precisaremos apenas de trabalhar com . Na procura das raizes vê-se
que o discriminante . A funçao y = terá o sinal do
coeficiente de x2. Portanto .
+ 0 0 +
E
e
Fazendo a intersecçao dos dominios Df e Dg junto ao criterio de que , o dominio de
definiçao da funçao dada é
D2.-FUNÇAO EXPONENCIAL
Seja a um numero real, positivo e difrerente de 1. Chamamos funçao exponencial de
base a a funçao definida de . Como se pode observar nas fiugras abaixo,
21
o dominio de definiçao de uma funçao exponencial dependerá em grande parte do tipo de funçao
que se encontra em expoente. Assim por exemplo, o dominio de definiçao da funçao
22
Capítulo 2 Limite e Continuidade
1.1.-Limite ordinário 1.2.-Limite das funções básicas nos pontos de seu domínio
1.3.-Limite das operações com funções 1.4.-Regra do Cancelamento
1.5.-Limites laterais 1.6.-Limite real no infinito
1.7.-Limite infinito num número real 1.8.-Limite infinito no infinito
1.9.-Regras de cálculo com infinitos e números reais 1.10.-Indeterminações
1.11.-Regra de Leibniz 1.12.-Limite fundamental algébrico
1.13.-Continuidade num ponto 1.14.-Continuidade de uma função num conjunto
Exercícios
23
- O que se denomina limite de uma função e quais são as formas distintas de passar ao limite
- Interpretar geometricamente cada resultado obtido no cálculo do limite
- Quais são as regras de cálculo de limites, quando e como se aplicam
- Quando uma função é contínua num ponto, num intervalo e no seu domínio
- Como se analisa a continuidade de uma função num ponto e num intervalo
- Quais são as propriedades das funções contínuas.
2.-O estudante deve desenvolver habilidades para:
- Calcular limites num ponto e no infinito
- Analisar a continuidade num ponto e num conjunto
- Aplicar o cálculo de limites e as propriedades das funções contínuas para analisar o
comportamento local e global das funções.
1.1.-Limite ordinário
DEFINICÃO. A função f (x ) tem limite L quando x tende a x0 se para todo o número real
De acordo com a definição, x → x0 se para qualquer número real positivo , tão pequeno
− x − x0
x0 − x + x0
x ] x0 − ; + x0[ .
V ( x0 , )
´´´´´´´´´´´´´´´´´
24
x0 − x0 x0 +
Observações:
significa que quando x → x0 , o gráfico converge no ponto ( x0 ; L) (Fig. 2.2; 2.3; 2.4).
2.-Como o gráfico converge no ponto ( x0 ; L) quando x → x0 , a curva nem sempre passa pelo
3.-A curva passa pelo ponto ( x0 , f ( x0 )) unicamente quando o valor da função em x0 e o limite
coincidem (Fig. 2.2).
Das observações anteriores deduz-se que no processo de cálculo do limite não importa que o
valor da função não coincida com o limite, nem sequer é importante que a função esteja definida
no dito ponto; chega que esteja definida num redor reduzido do ponto.
TEOREMA (de unicidade). Se uma função tem limite num ponto, este é único.
Isto quer dizer que, qualquer que seja a forma que x se aproxime de x0 , a função vai sempre a
aproximar-se do mesmo valor L.
25
1.2.-Limite das funções básicas nos pontos de seu domínio
Como se sabe, o gráfico das funções elementares básicas traça-se unindo todos os pontos que se
obtêm ao avaliar directamente a função. Isto deve-se ao facto de todas as funções elementares
básicas cumprirem com a condição exposta na figura 2.2, ou seja, que o limite coincide com o
valor da função no ponto. Em correspondência com isto, o limite das funções elementares
básicas, quando x tende para um ponto do seu domínio, obtém-se avaliando directamente a
função no dito ponto.
Exemplos:
g) lim 10 x = 100 = 1 ;
x →0
x
( ) (3 )
h) lim 2 = 2
x →−1 3
−1 3
= ;
2
i) lim 5 x = 53 = 125 .
x →3
Interpretação:
Em todos estes exemplos o limite coincide com o valor da função, portanto, a interpretação
geométrica é similar. Por exemplo, no exemplo e), lim x 2 = 36 significa que y → 36 , quando
x →6
c) lim g ( x) =
f A
se B 0 : O limite do quociente é o quociente dos limites (se/si B 0 );
x→ x 0 B
26
e) lim [ f ( x)]g ( x) = AB : O limite de uma potência é o limite da base elevado ao limite do
x→ x 0
expoente.
Exemplos:
x2 + 7 x2 + 7 32 + 7 4
b) lim = lim = =
x →3 x+6 x →3 x + 6 3+6 3
5 x3
y= passa pelo ponto (2; 8) (Note-se que limite e o valor da função em/no/nos/na/nas 2 são
x+3
iguais). Interprete os demais.
1.4.-Regra do Cancelamento
A regra do cancelamento exige que o limite do denominador seja distinto de zero. Se o limite do
denominador é zero e o do numerador não, obtém-se um caso de indefinição que trataremos mais
adiante. Não obstante, quando o numerador e o denominador tendem a zero simultaneamente,
cancelamento.
Exemplos:
x 2 − x − 20 ( x + 4)( x − 5) ( x + 4) 9
a) lim = lim = lim =
x →5 2
x − 25 x →5 ( x + 5)( x − 5) x →5 ( x + 5) 10
27
x −3 ( x − 3)( x + 3) ( x ) 2 − 32 ( x ) 2 − 32
b) lim = lim = lim = lim
x →9 x − 9 x →9 ( x − 9)( x + 3) x →9 ( x − 9)( x + 3) x →9 ( x − 9)( x + 3)
x−9 1
= lim = lim = 1.
x →9 ( x − 9)( x + 3) x →9 x +3 6
x 2 − x − 20
y= 9 ) , mas não passa por ele, porque a função não está
converge no ponto (5 ; 10
2
x − 25
definida no ponto x = 5 .
1.5.-Limites laterais
Ao analisar o comportamento de uma função num ponto, ocorrem casos em que não se pode
calcular o limite ordinário directamente. Isto pode dever-se a duas razões: uma é que a função
somente esteja definida de um lado do ponto e a outra é que a função esteja definida por
expressões distintas para cada lado do ponto.
Nestes casos falamos dos limites laterais (direito ou esquerdo) da função f no ponto para o
diferenciar do limite ordinário; portanto, quando falarmos em limite, sem especificar o lado,
estaremos a referir-nos ao limite ordinário.
Para os limites laterais utilizaremos as notações seguintes:
lim f ( x) : lê-se “limite de f (x) quando x tende a x0 pela direita”.
x → x0+
De acordo com o teorema de unicidade do limite, para que exista o limite de uma função no
ponto é necessário e suficiente que existam e sejam iguais os limites laterais, ou seja:
lim f ( x) = L se e só se lim f ( x ) = lim f ( x ) = L .
x → x0 x → x 0− x → x0+
Exemplos:
28
x se x 0
|x|=
− x se x 0
lim | x | = lim x = 0
x →0 + x →0 +
lim+ | x | = lim− | x | = 0 ; portanto,
lim | x | = lim (− x) = 0 x →0 x →0
x →0 − x →0 −
existe o limite ordinário e também é igual a zero, ou seja, lim | x | = 0 . Fig. 2.5
x →0
Isto significa que quando x → 0 , tanto pela esquerda como pela direita, y → 0 ; portanto, o
gráfico de y = | x | converge no ponto (0; 0) por ambos lados de zero (Fig. 2.5).
1 se x 0
b) Analise se existe o limite da função sgn x = 0 se x = 0 , quando x tende a zero.
− 1 se x 0
lim sgn x = lim (−1) = −1
x →0 − x →0 −
lim− sgn x lim+ sgn x .
lim sgn x = lim 1 = 1 x →0 x →0
x →0 + x →0 +
Conclusão: Não existe lim sgn x .
x →0
DEFINICÃO. lim f ( x) = L se, para todo número 0 , existe outro número M 0 tal
x →
que se | x | M , então | f ( x) − L | .
Ora se x → qualquer que seja o número real positivo M, tão grande quanto se queira, é
possível encontrar um valor de x tal que | x | M , ou seja, x −M ou x M .
Quando se considera somente que x M diz-se que x → + e quando só se considera
que x −M , diz-se que x → − .
29
x → − x → +
´´´´´´´´´´´´ ´´´´´´´´´´´´´´´´
−M 0 M x
b) lim a x = 0 para a 1;
x→−
c) lim a x = 0 para 0 a 1 .
x→+
Fig. 2.8
Exemplos:
curva y = 2 x quando x → − .
30
c) ()
x
lim 1 = 0 . Isto significa quando x → + , y → 0 ; portanto, a curva y = 1
x→+ 2
x
se (2 )
aproxima à recta y = 0 . A recta y = 0 (eixo x) é uma assimptota horizontal da
()
x
curva y = 1 quando x → + .
2
lim f ( x) = .
x→ x0
que se 0 | x − x0 | , então | f ( x) | M .
De acordo com as características observadas no gráfico das funções logarítmicas (Fig. 2.10),
pode inferir-se que:
+ se 0 a 1
lim+ log a x = .
x →0
− se a 1
Exemplos:
x = 0 , ou seja, o eixo y é uma assimptota vertical de y = log2 x pela direita. Fig. 2.10
31
b) lim log1 / 2 x = + . Isto significa que quando x → 0+ , y → + ; portanto, a curva
x →0 +
DEFINICÃO. lim f ( x) = se, para todo número M 0 , existe outro número K 0 tal que
x →
se | x | K , então | f ( x) | M .
Nestes casos não existe uma interpretação geométrica específica. Só se pode deduzir o
quadrante em que se encontra o gráfico de acordo com o sinal do infinito a que tendem x e y.
De acordo com as características observadas nos gráficos das funções potência (Fig. 2.11),
exponencial (Fig. 2.8) e logarítmica (Fig. 2.10), podem deduzir-se as seguintes regras.
+ se n for par
a) lim x n = + b) lim x n =
x →+ x→−
− se n for impar
0 se 0 a 1 + se 0 a 1
c) lim a x = d) lim a x =
x→+
+ se a 1 x→−
0 se a 1
− se 0 a 1
e) lim log a x =
x→+
+ se a 1
Fig. 2.11
Exemplos:
d) lim x5 = −
x→−
e) lim 5 x = +
x→+
f) lim (2)x = +
x→− 3
32
Com a introdução dos limites impróprios, − e + , torna-se necessário operar
simultaneamente com infinitos e números reais. Para isso, consideraremos o conjunto dos
números reais ampliado: R = R {− ; + } , onde são válidas certas regras que daremos de
seguida.
Seja k um número real. Então cumpre-se:
1) k = 3) + + = + 5) = 7) k =
2) − − = − 4) k = (k 0) 6) k = 0 8) k0 = ( k 0)
Exemplos:
a) lim ( x + 2) = + + 2 = + b) lim ( x3 + 5) = − + 5 = −
x →+ x →−
5x − 15
c) lim = = d) lim (log2 / 3 x − log x) = − − = −
x →−3 x + 3 0 x →+
2.10.-Indeterminações
0; ; − ; 0 ; 00 ; 0 ; 1 .
0
Exemplos:
x 2 − 16
a) lim conduz à indeterminação 00 . Apliquemos a regra do cancelamento.
2
x →4 x − 8 x + 16
x 2 − 16 ( x + 4)( x − 4) x+4
lim = lim = lim =
x →4 x 2 − 8 x + 16 x →4 ( x − 4) 2 x →4 x − 4
2x
b) lim conduz à indeterminação
. Apliquemos as propriedades da potência.
x→+ 3x
33
lim
x→+ 3x
2x x
()
= lim 2 = 0
x→+ 3
3x + 2 x + 1
c) lim conduz a
. Dividamos cada termo pela expoente de maior base.
x →+ 4 x + 3 x + 5
x
3 + 2 +1 x
3x
x
x
+ 2 x + 1x (34 ) x + (24 ) x + 41 x 0+0+0
lim = lim 4 x 4 4 = lim = =0
x →+ 4 x + 3 x + 5 x →+ 4 + 3x + 5 x →+ 1 + (3 ) x + 5 1+ 0 + 0
4x 4x 4x 4 4 x
5x
d) lim conduz
. Dividamos cada termo pela maior potência de x.
x →+ 2
9 x + 10
5x
5x x 5 5 5
lim = lim = lim = lim = = 5.
x →+ 9 x 2 + 10 x→+ 9 x 2 + 10 x→+ 9x2 10 x →+ 10 9 3
+ 9+
x x2 x2 x2
( x + 1 )2 − ( x )2 x +1− x 1
lim ( x + 1 − x ) = lim = lim = lim =0
x →+ x →+ x +1 + x x →+ x + 1 + x x →+ x + 1 + x
2 x 2 2
lim (3x 4 − 2 x 2 ) = lim x 4 3 − = lim x 4 3 − = +
x→+ x →+ x 4 x →+ x2
Observação:
No exemplo f), o limite da expressão que ficou entre parênteses é 3, que é o coeficiente x 4 no
polinómio. Daí que o resultado obtido é o lim 3 x 4 . Isto não é uma casualidade nem é um
x→+
resultado exclusivo deste exercício, mas que, de maneira geral, o comportamento dos
polinómios, no infinito, é determinado pelo termo de maior potência.
2.11.-Regra de Leibniz
34
Para resolver indeterminações da forma
em funções racionais fraccionárias utiliza-se a
an x n + an −1x n −1 + + a1x + a0 an x n
lim = lim .
x → bm x m + bm −1x m −1 + + b1x + b0 x → bm x m
Exemplos:
4 x2 + x + 2 4 x2
a) lim = lim =4
2 2 3
x→ 3x − 2 x x → 3x
3 x3 + x 3 x3 3
b) lim = lim = lim =0
5
x→ 7 x − 2 x x→ 7 x 5 x→ 7 x2
5 x3 + 8 x − 2 5 x3
c) lim = lim = lim (− 5 x) = +
2 2 3
x → − − 3x + 1 x →− − 3x x →−
0 se n m
a n x n + a n −1 x n −1 + + a1 x + a 0 a n
Destes exemplos deduz-se que lim m −1
= se n = m .
x→ b x m + b + + b1 x + b0 bm
m m −1 x
se n m
(
e = lim 1 + 1
x → x
) x
.
Esta última é denominada logaritmo natural ou logaritmo neperiano e, para maior comodidade,
usa-se a notação y = ln x . As funções são mutuamente inversas. Portanto, cumpre-se que
x
eln x = ln e x = x . Daqui se deduz que a x = eln a = e x ln a . No geral tem-se que:
35
ab = eb ln a .
Se fizermos uma análise do membro direito de acordo com as regras estabelecidas, damo-nos
conta que conduz a uma indeterminação da forma 1 . É aqui que radica a sua grande
importância, já que permite resolver muitos casos de limites onde aparece esta indeterminação.
Para facilitar a aplicação do limite fundamental algébrico, façamos uma análise das
características do mesmo que nos permitam fazer uma generalização:
2) ( x) = 1x → 0 quando x →
1
3) No expoente aparece x =
( x)
ln (1 + )
Em geral, se → 0 para a forma indicada de passar o limite, então lim =1 .
Exemplo:
ex −1 ex − 1 ex −1 1 1
d) lim = lim = lim = lim = =1
x →0 x x →0 ln e x x →0 ln [1 + (e x − 1)] x →0 ln [1 + (e x − 1)] 1
ex − 1
36
e − 1
Em geral, se → 0 para a forma indicada de passar o limite, então lim =1
Exemplo:
ax −1 e x ln a − 1 e x ln a − 1
e) lim = lim = lim ln a = 1 ln a = ln a
x →0 x x →0 x x →0 x ln a
a − 1
Em geral, se → 0 para a forma indicada de passar o limite, então lim = ln a
2.13.-Continuidade num ponto
As funções contínuas jogam um papel importantíssimo na Matemática pois elas gozam de
propriedades de grande utilidade na prática.
Aqui estudaremos a continuidade das funções naqueles pontos, em torno dos quais a função
está definida (o que ocorre em quase todos os problemas práticos). Isto adapta-se à nossa
percepção da continuidade como um traço contínuo.
Esta definição estabelece que, para que uma função seja contínua no ponto x0 , tem de cumprir
as três seguintes condições:
1) Tem que estar definida em x0
Se pelo menos uma de estas três condições não se cumprir, então a função não é contínua em
x0 . Nesse caso, diz-se que a função é descontínua em x0 .
As causas que provocam a descontinuidade de uma função num ponto podem ser muito
variadas. É por isso que, para uma melhor compreensão de cada caso, se tenha feito a seguinte
classificação.
Contínua : Se lim f ( x) = f ( x0 )
x → x0
Evitável : Se existir lim f ( x)
En x0 , f pode ser x → x0
Descontínua
Inevitável : Se não existir xlim f ( x)
→ x0
37
x2 − 4
se x 2
a) f ( x) = x − 2 , para x = 2 .
4 se x = 2
1) f (2) = 4
x2 − 4 ( x + 2)(x − 2)
2) lim f ( x) = lim = lim = lim ( x + 2) = 4
x →2 x →2 x − 2 x→2 x−2 x →2
3) lim f ( x) = f (2) = 4
x →2
2 x + 3 se x 0
b) g ( x) = 3 se x = 0 , para x = 0
3x + 1 se x 0
1) g (0) = 3
lim g ( x) = lim (2 x + 3) = 3
x →0 − x →0 −
2) lim− g ( x) lim+ g ( x) .
lim g ( x) = lim (3x + 1) = 1 x →0 x →0
x →0 + x →0 +
Logo, não existe lim g ( x) . Fig. 2.13
x→0
x 2 se x 0
c) h( x) = 1 , para x = 0
x se x 0
1) h(0) = 02 = 0
2) lim h( x) = lim x 2 = 0
x →0 − x →0−
lim h( x) = lim 1 = +
x →0 + x →0 +
x
Não existe o limite ordinário porque não existe o limite pela direita. Fig. 2.14
38
x 2 + 1 se x 1
d) ( x) = , para x = 1
− 2 x + 4 se x 1
1) A função não está definida para x = 1 ; é, portanto, descontínua
nesse ponto. Analisemos que ocorre com o limite.
lim ( x) = lim ( x 2 + 1) = 2
−
x →1−
2) x →1 lim− ( x) = lim+ ( x) .
lim ( x) = lim (−2 x + 4) = 2 x →1 x →1
x →1+ x →1+
f ( x) se x x0
define-se assim fˆ ( x) = .
xlim f ( x) se x = x0
→ x0
Exemplo:
x 2 + 1 se x 1
O prolongamento contínuo da função dada no exemplo d) é ˆ ( x) = 2 se x = 1
− 2 x + 4 se x 1
2.14.-Continuidade de uma função num conjunto
Quando se deseja analisar a continuidade de uma função, é necessário saber como se comporta
a mesma em cada um dos pontos do seu domínio; não obstante, na maioria dos casos, o domínio
é um intervalo infinito, pelo que dita análise não se pode fazer ponto a ponto. Então é necessário
estender o conceito de continuidade a conjuntos e estabelecer as regras que nos permitem
analisar o comportamento global da função, ou seja, em todo o seu domínio.
DEFINICÃO. Uma função é contínua num conjunto se o for para cada um dos pontos de dito
conjunto. Uma função é contínua se for contínua em todo o seu domínio.
39
Como já temos visto, para cada uma das funções elementares básicas cumpre-se que
lim f ( x) = f ( x0 ) para todos os pontos x0 Dom f . Isto quer dizer que todas as funções
x → x0
elementares básicas são contínuas para cada um dos pontos onde estão definidas, ou seja, que são
contínuas em todo o seu domínio ou, simplesmente, são funções contínuas. Isto justifica o
procedimento que se tem vindo a utilizar para o cálculo de limites, ou seja, avaliar a função no
ponto para onde tende a variável.
De acordo com estas propriedades, quando uma função vem expressa numa única fórmula em
que intervenham as operações aritméticas, a potência ou a composição de funções elementares
básicas, a determinação do domínio continuidade (Dc ) reduz-se à determinação do domínio de
Exemplos:
todo o R, ou seja, D c = R .
an x n + an −1x n −1 + + a1x + a0
b) Todas as funções racionais fraccionárias: R( x) = , estão
bm x m + bm −1x m −1 + + b1x + b0
definidas e, portanto, são contínuas para cada um dos pontos onde o denominador seja distinto
de zero.
c) y = log ( x − 5) está definida para x 5 . Portanto, Dc = {x R : x 5}
Quando a função vem definida por intervalos, a análise da continuidade deve ser feita para
todos os intervalos de maneira global e para cada um dos pontos onde se dividem os intervalos
de maneira local.
Exemplos: Determine o domínio de continuidade das seguintes funções.
x se x 0
a) f ( x) = | x | =
− x se x 0
40
A função é contínua para x 0 , pois para esse intervalo | x | = x , que é contínua; é contínua
para x 0 , pois para esse intervalo | x | = − x , que é contínua. Vejamos que ocorre para x = 0 .
1) f (0) = | 0 | = 0
2) lim f ( x) = lim | x | = 0
x →0 x →0
x − 3x se x 5
2
b) f ( x) =
x + 4 se x 5
Exercícios
4 x3 − 2 x 2 + x ( x + 2) 2 − 4 x2 − 5x + 6
a) lim b) lim c) lim
x →0 3x 2 + 2 x x →0 x x →2 x 2 − 12x + 20
x+9 −3 x −5 x− a
d) lim e) lim f) lim
x →0 x x →25 x − 25 x →a x − a
x −8 x −1
3
x2 + x − 1
g) lim 3 h) lim i) lim
x →8 x − 2 x →1 x − 1 x → 2 x + 5
41
j) lim
3x 2 − 2 x + 1
k) lim
x2 + 2x + 1
l) lim ( x+3 − x )
x → x2 + 4 x → x5 + x 4 x →+
2 x +1 + 3x +1 2 x 2 − 3x − 4
m) lim x 2 + 4 x − x m) lim n) lim
x →+ x →+ 2 x + 3x x → x4 + 1
3
2x + 3 x2 x2 + 1
ou) lim p) lim q) lim
x → x + 3 x x → 10 + x x x → x + 1
x x x
x x −1 x + 2
r) lim s) lim t) lim
x → x + 1 x → x + 1 x → x + 3
x+2
x −1 log (1 + 10x)
u) lim v) lim w) lim x [ ln ( x + 1) − ln x]
x → x + 3 x →0 x x →+
1+ x
ln
e3 x − e 2 x 1− x
x) lim [ln 3 x + ln x − ln( x 2 + 5)] e) lim z) lim
x → + x →0 x x →0 x
f ( x + x) − f ( x)
2.-Calcule o lim para as funções:
x →0 x
a) f ( x) = c b) f ( x) = x c) f ( x) = mx + n d) f ( x) = x 2
e) f ( x ) = 1x f) f ( x) = x g) f ( x) = loga x h) f ( x) = a x
3.-Analise o comportamento das funções seguintes nos pontos indicados e interprete o resultado
geometricamente.
x 2 − 36
se x 6 x 2 se x 3
a) f ( x) = x − 6 , para x = 6 b) f ( x) = , para x = 3
12 se x = 6 2 x + 1 se x 3
x2 − 4 x + 2 x +10
se x 2 se x 0
c) f ( x) = x − 2 , para x = 2 d) f ( x) = x ,para x = 0
x+7 se x 2
3x + 5 se x 0
x + 1 1 / x x2 + 2 se x 2
se x 0
e) f ( x) = x + 2 , para x = 0 f) f ( x) = x − 2 , para x = 2
2 se x 2
( x + 3) se x 0 x+7 −3
1/ x
42
x 2 + 3 x − 10
se x 2
x 2
− 4
g) f ( x) = e3 se x = 2 , para x = 2
1
(4 x − 7) x − 2 se x 2
x 2 + 15 − 8
se x 7
x − 7
h) f ( x) = ,para x = 7
x − 49
2
x 2 − 16x + 63 se x 7
4 se x 0
7+ x −3 x se x 2
b) f ( x) = d) f ( x) = f) f ( x) = 1x se 0 x 1
x2 − 4 3 x + 1 se x 2 2 x − 1 se x 1
5.-Determine para que valores de a e b as seguintes funções são contínuas.
x2 − a2 x2 − a2
se x a se x a
a) f ( x) = x − a b) f ( x) = x − a
18 se x = a a2 se x = a
x 2 + ax + 2a se x 10 b 2 + 3bx − 10x 2 se x 1
c) f ( x) = d) f ( x) =
ax + 50 se x 10 0 se x = 1
ax 2 + bx se x 2 ax 2 + bx se x 1
e) f ( x) = 6 se x = 2 f) f ( x) = 9 se x = 1
4ax + 3bx se x 2 2ax + 3bx − 13 se x 1
6.-Construa o prolongamento contínuo das seguintes funções
x 2 − 100 x 2 + 11 − 6 | x | +5 − 3
a) f ( x) = b) f ( x) = c) f ( x ) =
x3 − 10x 2 + x − 10 x−5 x−4
( x + 1)2 − 1 e x − e− x 3
x −4
d) f ( x) = e) f ( x) = f) f ( x) =
x x x − 64
43
Tema 3
APLICAÇÕES DA DERIVADA
3.1.-Regra de L´Hospital
3.2.-Monotonia e Extremos locais
3.3.-Concavidade e Pontos de inflexão
3.4.-Traçado de curvas
3.5.-Problemas de optimização
Exercícios
44
TEMA 3.- Aplicações da derivada
3.1.-Regra de L´Hospital
Existe uma grande quantidade de casos de indeterminações que não se podem resolver com as
regras estudadas no tema de Limite e Continuidade. Muitos destes problemas resolvem-se com a
regra de L´Hospital, na qual se aplica a derivada para calcular o limite. A regra de L´Hospital
estabelece-se através do seguinte teorema.
TEOREMA. O limite do quociente de duas funções infinitas, ou infinitesimais, é igual ao limite
do quociente das suas derivadas (finito ou infinito) se este existir (no sentido indicado).
Observações:
1.-Para aplicar a regra de L´Hospital tem que aparecer a indeterminação 00 ou , a qual deve
comprovar-se em cada passo.
2.-Ter sempre presente que calcula-se o quociente das derivadas e não a derivada do quociente,
f ( x) f ( x )
ou seja, lim = lim .
g ( x) g ( x )
3.-A regra de L´Hospital deve usar-se em combinação com as demais técnicas já conhecidas, e
não pensar nela como algo omnipotente.
Exemplos:
1 1
1−
x − 1 − ln x x = lim x 2 = 1
a) lim = lim
x →1 x 2 − 2 x + 1 x →1 2 x − 2 x →1 2 2
2
x 2x 1
b) lim 2
= lim 2
= lim 2
=0
x →+ e x x → + 2 x e x x → + e x
45
1
ln x x2
e) lim x ln x = lim = lim x = lim − = lim (− x) = 0
x →0 + x →0+ 1 x →0 + − 1 x →0 + x x →0+
x x2
As indeterminações 00 , 0 y 1 aparecem em expressões da forma [ f ( x)]g ( x ) . Nos três casos
procede-se da mesma forma: Faz-se [ f ( x)]g ( x) = e g ( x) ln ( f ( x)) (no expoente aparecerá sempre a
indeterminação 0 ). Calcula-se então o limite do expoente de maneira análoga ao procedimento
seguido nos exemplos d) e e).
Exemplos:
f) lim x x = lim e x ln x = e 0 = 1 [Ver exemplo e)]
x →0 + x →0 +
1 1
ln x
= e onde:
2 2
g) lim x x = lim e x
x →+ x → +
1
1 1/ x 1
ln x 2
= lim 2 ln x = lim 2 = lim = lim
2
= 0 . Portanto, lim x x = e0 = 1.
x → + x x →+ x x →+ 2 x x →+ 2 x x →+
3 3 3 ln x
ln x
h) lim x x −1 = lim e x −1 = lim e x −1 = e z onde:
x →1 x →1 x →1
3
3 ln x 3 1
z = lim = lim x = 3 . Portanto, lim x x −1 = e3 .
x →1 x − 1 x →1 1 x →1
46
Lembremos também que uma função alcança o seu valor máximo (mínimo) no ponto x0 se
para todo x Dom f se cumpre f ( x0 ) f ( x) ( f ( x0 ) f ( x)) . Neste caso y0 = f ( x0 ) é o valor
máximo (mínimo) da função e denomina-se extremo global ou extremo absoluto da função
porque é o maior (menor) valor da função entre todos os pontos onde a função está definida.
Existem outros tipos de extremos, chamados extremos locais, que se definem como se segue.
DEFINIÇÃO. Uma função f tem um máximo (mínimo) local no ponto x0 se existir uma
vizinhança de x0 tal que f ( x0 ) f ( x) ( f ( x0 ) f ( x)) para todo x de dita vizinhança.
y0 = f ( x0 ) é um valor máximo (mínimo) local da função e ( x0 , y0 ) é um ponto máximo
(mínimo) local do gráfico de f.
Observações:
1.-Nos pontos máximo locais, a curva apresenta um topo. Por exemplo, ( x1, y1) e ( x3 , y3 )
(Fig. 4.2).
2.-Nos pontos mínimos locais, a curva apresenta uma fundonada.
Por exemplo, ( x2 , y2 ) e ( x4 , y4 ) (Fig. 4.2).
3.-Aos valores máximo e mínimo locais da função f chamamos
extremos locais de f. Isto deve-se a que eles são máximos ou
mínimos entre os pontos que estão ao redor de x0 , o que não tem
de se cumprir noutra parte do domínio; inclusivamente, pode
suceder que um máximo local seja menor do que um mínimo
local. Na figura 4.2 se pode ver que y1 y4 . Fig. 4.2
4.-Note-se, finalmente, que nos pontos onde a curva tem um extremo local, a tangente é
horizontal e, portanto, o seu declive é zero. Isto confirma o teorema seguinte.
TEOREMA. Se f é derivável num ponto x0 onde tem um extremo local, então f ( x0 ) = 0
Observações:
5.-O teorema anterior dá-nos uma condição necessária para a existência de extremos. Isso
significa que uma função não pode ter extremos nos pontos onde f ( x ) 0 .
6.-A condição não chega a ser suficiente, pois existem funções que não têm extremos nos
onde f ( x) = 0 . Por exemplo:
Seja y = x3 . A sua derivada, y = 3x 2 , anula-se para x = 0 ; não obstante, y = x3 não tem
extremo em x = 0 porque, para x 0 , cumpre-se que 03 x 3 , enquanto que, para x 0 ,
temos 03 x 3 .
7.-Existem funções que têm extremos em pontos onde não são deriváveis. Por exemplo:
A função y = | x | tem um mínimo para x = 1 ; não obstante, a função não é derivável nesse
ponto.
8.-Os únicos pontos onde pode haver extremos são aqueles onde f ( x) = 0 ou onde f (x ) não
está definida. Estes pontos se denominam pontos críticos de primeira espécie.
Ora bem, como se analisa se num ponto crítico existe um extremo? No caso de ter extremo,
como se sabe se é máximo ou mínimo?
Para responder a estas inquietudes, observemos de novo à figura 3.2. Note-se que nos pontos
onde existe extremos, muda a monotonia da função. Especificamente, se f tem um máximo num
ponto, então f é crescente à esquerda e decrescente à direita desse ponto. Pelo contrário, se f tem
um mínimo num ponto, então f é decrescente à esquerda e crescente à direita de dito ponto.
47
Relacionando isto com o sinal da derivada obtém-se a condição para a existência de extremos que
se expressa no seguinte teorema.
TEOREMA. Seja f uma função contínua em x0 e derivável numa vizinhança reduzida de x0 .
Então f tem um extremo em x0 se e só se f (x ) muda de sinal quando x passa por x0 da
esquerda para a direita. O extremo é um máximo se f (x ) é positiva para x x0 e negativa
para x x0 . O extremo é um mínimo se f (x ) é negativa para x x0 e positiva para x x0 .
Exemplo:
b) Determine os intervalos de monotonia e os extremos locais de f ( x) = x3 − 3 x 2 + 2 .
1.-Calcula-se a derivada da função:
f ( x) = 3 x 2 − 6 x .
2.-Determinam-se os zeros da derivada:
3x 2 − 6 x = 0
3x( x − 2) = 0
x = 0; x = 2 .
3.-Determinam-se os pontos onde a derivada não está definida:
Neste caso não existe pontos para os quais a derivada não está definida porque é um
polinómio.
4.-Determina-se o sinal da derivada nos intervalos determinados pelos pontos críticos.
+ – + sgn y
0 2 x
5.-Interpreta-se o sinal da derivada e conclui-se o seguinte:
a) A função é crescente nos intervalos ] − ; 0 [ e ] 2 ;+ [ porque neles f ( x) 0 .
b) A função é decrescente no intervalo ] 0 ; 2 [ porque nesse intervalo f ( x) 0 .
c) Em x = 0 , a função tem um máximo local porque f é contínua em x = 0 e a derivada
muda o sinal de positivo para negativo, quando x passa por zero da esquerda para a
direita.
ymax = f (0) = 2 (Valor máximo local da função)
(0; 2) (Ponto máximo local do gráfico).
d) Em x = 2 , a função tem um mínimo local porque f é contínua em x = 2 e a derivada
muda o sinal de negativo para positivo, quando x passa por zero da esquerda para a
direita.
ymin = f (2) = 23 − 3 22 + 2 = −2 (Valor mínimo local da função)
(2; -2) (Ponto mínimo local do gráfico)
48
4.3.-Concavidade e Pontos de inflexão
Para traçar com êxito o gráfico de uma função é importante ter em conta para onde está
dirigida a concavidade (para cima ou ao/para baixo) e em que pontos ocorre uma mudança da
direcção da concavidade (pontos de inflexão).
DEFINIÇÃO. Uma função é côncava para cima (para baixo)
num intervalo se em todos os pontos de esse intervalo a curva
fica por cima (por baixo) da tangente. O ponto onde muda a
direcção da concavidade denomina-se ponto de inflexão.
A função da figura 4.3, é côncava para baixo em ]a, b[ ,
côncava para cima em ]b, c[ e tem um ponto de inflexão em
x = b . Note-se que no ponto de inflexão, a tangente atravessa a
curva.
Fig. 4.3
TEOREMA. Seja f uma função contínua em [a, b] e duas vezes derivável em ]a, b[. Então o
gráfico de y = f (x ) tem a concavidade dirigida para cima (para baixo) em [a, b] se e só se para
todo x ] a, b [ se cumpre que f ( x) 0 ( f ( x) 0) .
Segundo o teorema anterior, os pontos onde f ( x) 0 não podem ser pontos de inflexão.
Os únicos pontos onde pode haver inflexão são aqueles em que f ( x) = 0 ou para os
quais f (x) não está definida e denominam-se pontos críticos de segunda espécie.
TEOREMA. Seja y = f (x ) uma função contínua no ponto crítico de segunda espécie x0 e
duas vezes deriváveis numa vizinhança reduzida de x0 . Se f (x) muda de sinal em x0 , então
( x0 , f ( x0 )) é um ponto de inflexão do gráfico de f.
Exemplo: Determine os intervalos de concavidade e pontos de inflexão de f ( x) = x3 − 3 x 2 + 2 .
1.-Calcula-se a segunda derivada:
f ( x) = (3 x 2 − 6 x) = 6 x − 6 .
2.-Determinam-se os zeros da segunda derivada:
6x − 6 = 0
6( x − 1) = 0
x =1
3.-Determinam-se os pontos onde a segunda derivada não está definida:
Não existe pontos que para os quais a segunda derivada não está definida porque é um
polinómio.
4.-Analisa-se o sinal da segunda derivada:
– + sgn y
1 x
5.-Interpreta-se o sinal da segunda derivada e conclui-se da seguinte forma:
a) A curva é côncava para baixo no intervalo ] − ;1[ porque aí f ( x) 0 .
b) A curva é côncava ao/para cima no intervalo ]1; + [ porque aí f ( x) 0 .
49
c) Para x = 1 , a função tem um ponto de inflexão porque é contínua em x = 1 e a segunda
derivada muda de sinal nesse ponto.
f (1) = 13 − 3 12 + 2 = 0 ; portanto, (1; 0) é o ponto de
inflexão do gráfico.
De acordo com estes resultados e os do exemplo b) da
epígrafe anterior, a função f ( x) = x3 − 3 x 2 + 2 (Fig. 4.4)
é contínua em todo o R, é crescente nos intervalos ] − ; 0 [ e
] 2 ;+ [ , é decrescente no intervalo ] 0 ; 2 [ , tem um máximo
local em (0; 2), tem um mínimo local em (2; -2), é côncava
para baixo em ] − ;1[ , côncava para cima ]1; + [ e tem um
ponto de inflexão em (1; 0). Fig. 4.4
4.4.-Traçado de curvas
Para traçar com precisão o gráfico de uma função há que analisar os seguintes aspectos:
I.-Domínio de definição.
Determina-se o conjunto de todos os valores de x para os quais a função está definida.
II.-Paridade.
Acha-se f ( − x ) e compara-se com f (x ) . Então:
- Se f f (− x) = f ( x) a função é par; portanto, o gráfico é simétrico em relação ao Eixo y.
- Se f (− x) = − f ( x) a função é ímpar. O gráfico é simétrico em relação à origem (0; 0).
- Se f (− x) f ( x) a função não é par nem ímpar.
III.-Continuidade e comportamento nos pontos de descontinuidade.
a) Determina-se o conjunto de todos os valores de x para os quais a função é contínua.
b) Analisa-se o comportamento da função nos pontos de descontinuidade. Para isso, calcula-se
o limite da função por ambos lados dos pontos de descontinuidade e interpreta-se o resultado
geometricamente em cada caso.
IV.-Comportamento no infinito.
a) Calcula-se o lim f ( x) e interpreta-se geometricamente o resultado.
x →+
b) Calcula-se o lim f ( x) e interpreta-se geometricamente o resultado: Se a função é par,
x →−
então lim f ( x) = lim f ( x) e se a função é ímpar, lim f ( x) = − lim f ( x) .
x →− x→+ x →− x →+
V.-Intersecção com os eixos.
a) Os pontos de intersecção do gráfico com o Eixo x, se existirem, são os zeros da função.
b) O ponto de intersecção do gráfico com o Eixo y, se existir, é (0 ; f (0)) .
VI.-Monotonia e extremos locais.
1.-Calcula-se a primeira derivada.
2.-Acham-se os zeros da primeira derivada.
3.-Determinam-se os pontos para os quais a primeira derivada não está definida.
4.-Determina-se o sinal da primeira derivada em cada intervalo de monotonia.
5.-Classifica-se a monotonia para cada intervalo: Se f ( x) 0 , a função é crescente e se
f ( x) 0 , a função é decrescente.
6.-Deduz-se em que ponto existe extremo local:
50
a) Máximo, se a função é contínua no ponto e a derivada muda o sinal de + para –.
b) Mínimo, se a função é contínua no ponto e a derivada muda o sinal de – para +.
VII.-Concavidade e pontos de inflexão.
1.-Calcula-se a segunda derivada.
2.-Acham-se os zeros da segunda derivada.
3.-Determinam-se os pontos para os quais a segunda derivada não está definida.
4.-Determina-se o sinal da segunda derivada para cada intervalo de concavidade.
5.-Classifica-se a concavidade em cada intervalo: Se f ( x) 0 , a função é côncava para cima
e se f ( x) 0 , a função é côncava para baixo.
6.-Deduz-se onde existem pontos de inflexão, ou seja, aqueles pontos onde a função é
contínua e a segunda derivada muda o sinal.
Exemplo:
a) Analise os aspectos anteriores e trace ou gráfico de y = e− x
2
I.-Domínio: Dom f = R
II.-Paridade.
f (− x) = e− ( − x) = e− x = f ( x) . A função é par; portanto, o seu gráfico é simétrico em
2 2
relação ao Eixo y.
III.-Continuidade e comportamento nos pontos de descontinuidade.
A função é contínua porque é a composição de duas funções contínuas.
IV.-Comportamento no infinito.
a) lim f ( x) = lim e − x = 0 . Portanto, a recta y = 0 (Eixo x) é uma assimptota horizontal
2
x→+ x → +
quando x → + . Isto ocorre quando x → − porque a função é par.
V.-Intersecção com os eixos.
a) A curva não corta ao Eixo x, porque y = e−x 0 para todo x R.
2
2) y = −2 x e−x = 0 para x = 0 .
2
4) Sinal da derivada y = −2 x e − x
2
+ – sgn y
0 x
5) A função y = e− x :
2
51
c) Tem um máximo local em x = 1 porque é contínua nesse ponto e y muda o sinal de +
para –. O ponto máximo local do gráfico é (0; 1).
VII.-Concavidade e pontos de inflexão.
1) y = (−2 x e−x ) = −2 e− x + (−2 x )e− x (−2 x) = −2 e− x + 4 x 2 e− x = (4 x 2 − 2) e− x
2 2 2 2 2 2
= (4 x 2 − 2) e− x = 4( x 2 − 1 ) e− x = 4 x + 1 x − 1 e− x = 4 x + 1 x − 1 e− x
2 2 2 2
2 2 2 2 2
2 2 2 2
3) A segunda derivada está definida para todos os números reais.
4) Sinal da segunda derivada y = 4 x + 1 x − 1 e− x
2
2 2
+ – + sgn y
− 1 1 x
2 2
5) A função y = e− x :
2
VIII.-O gráfico da função y = e− x (Fig. 4.5) é conhecido pelo nome de campânula de Gauss.
2
Fig. 4.5
52
4.5.-Problemas de optimização
53
PROBLEMA 2. O preço de um produto, em função da procura, é p = 200 − 2q . Que
quantidade de produto será necessário vender para que o rendimento seja máximo? Ache o
rendimento máximo. Ache o preço de venda.
Construção:
q: unidades de produto procuradas.
q 0 : Condição de não negatividade.
I = p q = (200 − 2q)q = 200q − 2q 2 : Rendimento total (em €)
max I
Resolução:
1) I = (200q − 2q 2 ) = 200 − 4q
2) 200 − 4q = 0 para q = 50
3) I está definido para qualquer valor de q.
4) O sinal de I fica como segue
+ – sgn (I = −4(q − 50))
50 q
Conclusões:
a) Para que o rendimento seja máximo devem vender-se 50 unidades de produto.
b) O rendimento máximo é I (50) = 200 50 − 2 502 = 10000 − 5000 = 5000
c) O preço de venda é p(50) = 200 − 2 50 = 200 − 100 = 100
54
PROBLEMA 4. A quantidade de produto que se pode elaborar utilizando duas matérias-primas
nas quantidades x e y, cujos preços unitários são €9 e €15, respectivamente, vem dada por
q = 3 xy . Que quantidade de cada matéria-prima se deve utilizar para elaborar 45 unidades de
produto com o custo mínimo?
Construção:
x: unidades de matéria-prima 1
e: unidades de matéria-prima 2
x, y 0
3xy = 45 unidades de produto.
C = 9 x + 25 y (Função de custo).
min C = 9 x + 15 y
Resolução
1) De 3xy = 45 obtém-se que y = 15 . Com isto a função objectivo fica numa variável.
x
2
15 9 x + 225
C = 9 x + 15 =
x x
9 x 2 + 225 18x x − (9 x 2 + 225) 18x 2 − 9 x 2 − 225 9 x 2 − 225 9( x + 5)( x − 5)
2) C = = = = =
x 2 2 2
x2
x x x
9( x + 5)( x − 5)
3) C = = 0 para x = −5 ; x = 5 .
x2
4) C não está definida para x = 0
5) O sinal de C´ fica como segue
+ – – + sgn C´
-5 0 5
Conclusão:
a) Os valores –5 e 0 não são tidos em conta porque x, y têm que ser positivos. Para x = 5 ,
y = 15 = 3 ; portanto, para produzir para produzir 45 unidades de produto com o custo mínimo
5
é necessário utilizar 5 unidades de matéria-prima 1 e 3 unidades de matéria-prima 2.
55
Exercícios
1.-Calcule os seguintes limites.
5
x3 − 2 x 2 − x + 2 ex ln x −
a) lim b) lim c) lim 3 d) lim x x1
x →1 x3 − 7 x + 6 x →+ x5 x → + x x →0 +
3 1 1
x 1
e) lim − f) lim x 4+ ln x g) lim (e3x − 5 x) x h) lim x x
x →1 x − 1 ln x x →0 +
x →0 + x → +
1 5
j) lim (1 − e− x )e
x
i) lim − k) lim ln x ln ( x − 1) l) lim x 2 x
x →1 x − 3 x − x − 6
2
x →0+ x →1+ x →0 +
2.-Faça um esboço do gráfico dos seguintes polinómios onde se reflecte a monotonia, os
extremos locais, a concavidade e os pontos de inflexão.
a) y = x3 − 4 x 2 + 4 x b) y = 1 ( x3 − 3x + 2)
4
c) y = 1 (3x − x3 ) d) y = 1 x4 − 2 x3 + 4 x 2
2 4
3.-Faça uma análise das seguintes funções focando os seguintes pontos: domínio, paridade,
continuidade, comportamento no infinito, intersecção com os eixos, monotonia, extremos,
locais, concavidade e pontos de inflexão. Trace o gráfico.
1
a) f ( x) = x3 − 3x b) f ( x) = x 4 − 2 x 2 c) f ( x) = 2
x +1
x
x e 3x
d) f ( x) = 2 e) f ( x) = f) f ( x) = 1 2
x +1 x x
e2
g) f ( x) = x ln x h) f ( x) = x ln( x 2 ) i) f ( x) = x 2 ln( x 2 )
4.-O preço unitário de um produto, em função da procura, é p = (80 − q ) / 4 . Determine a procura
que torna máximo o rendimento. Ache o rendimento máximo.
5.-A equação de procura de um produto é p + 5q = 30 . A que preço se maximizam os
rendimentos? Ache o rendimento máximo.
6.-A procura de um produto é q = 10000e −0,02 p . Ache o preço o qual o rendimento é máximo.
7.-O custo operacional de um táxi numa hora de trabalho é C = 0,08 + 0,12v − 0,0012v 2 , onde v
( 0 v 60 ) é a velocidade em milhas por hora. A que velocidade o custo é mínimo?
8.-Uma empresa pode vender x artigos por semana a um preço de p euros por artigo. A equação
de procura é 5 x = 375 − 3 p . O custo total de produção é C = 500 + 15x + 0,2 x 2 . Quantos
artigos se devem vender para que a utilidade seja máxima? Ache essa utilidade.
9.-O custo produção de q unidades de um produto é C = −0,5q3 + 3q 2 + 20q e o preço unitário é
p = 50 − 0,5q . Para que nível de produção se obtém o ganho máximo? Ache o ganho máximo.
10.-Um sapateiro produz x pares de botas diariamente com um custo total de C = 3 x 2 + 8 x + 1
euros. Se o preço de venda de cada par de botas é p = 120 − x , quantos pares deve fabricar
diariamente para que o ganho seja máximo?
11.-O custo de fabrico de um produto é de €3 por unidade e o preço, em função da procura é
p = 10 . Determine o preço que maximize as utilidades.
q
56
TEMA 4. – ESTUDO COMPLETO DE UMA FUNÇÃO
57