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ISBN 978-85-7856-013-3
Edição 2009
Impresso no Brasil - Tiragem 150 exemplares
Av. Agamenon Magalhães, s/n - Santo Amaro
Recife - Pernambuco - CEP: 50103-010
Fone: (81) 3183.3691 - Fax: (81) 3183.3664
Fascículo 1 5
Metodologia
Científica Prof. Josevaldo Araújo de Melo
Prof. Pedro Henrique de Barros Falcão
Carga Horária | 15 horas
Ementa
Oferecer subsídios para o entendimento da construção científica como pro-
cesso, apontando as diversas etapas da investigação e pesquisa científica bem
como técnicas e normas por meio da produção de trabalhos científicos, con-
siderando os vários tipos de conhecimento e ressaltando a importância da
pesquisa para a vida Acadêmica e Profissional.
Objetivo Geral
Despertar o interesse pela investigação científica, possibilitando a compreensão
dos fundamentos da abordagem metodológica, enfatizando a sistematização
do estudo para o trabalho de pesquisa e propiciando ao aluno um pensamento
crítico/científico na elaboração de projetos e trabalhos de conclusão de curso.
Apresentação da Disciplina
A elaboração de textos científicos para pesquisa, o preparo de livros para o ensino
e a organização de documentos com informações para públicos diferenciados são
algumas das facetas importantes do vasto processo de comunicação, que susten-
tam permanentemente as atividades acadêmicas. Além da comunicação direta,
que viabiliza o intercâmbio de ideias e experiências entre pessoas, a comunicação
indireta, por meio de documentos, assume importância cada vez maior em nossa
sociedade. A produção, seguida da armazenagem e do uso de documentos, cons-
tituem etapas essenciais para as variadas alternativas de acesso a informações que
a dinâmica da sociedade requer.
De acordo com Costa (2003), até poucos anos atrás, a elaboração de uma mo-
nografia acadêmica no final de um curso, como exigência da obtenção de títulos
acadêmicos, era quase que exclusiva dos cursos de pós-graduação, especialmente
em nível de Mestrado e Doutorado. A disciplina Metodologia Científica ou cor-
relata era também exigência obrigatória em tais cursos.
acadêmicas, otimizando seu tempo e desempenho. A importância desse estudo consiste, principalmente,
em traduzir, de forma didática, o conjunto de normas técnicas e suas recomendações, padronizando, as-
sim, os trabalhos acadêmicos.
A Metodologia Científica é considerada, muitas vezes, pelos alunos que iniciam o curso superior como
um assunto insípido, monótono, desagradável, de difícil compreensão e, aparentemente, inútil. Somente
a vivência universitária permite melhor compreendê-la e avaliar a sua capital importância no contexto aca
dêmico e científico. Essa disciplina não é para ser decorada e, sim, para ser aplicada na prática, portanto
é necessária a dedicação e o exercício permanente , para se ter um resultado positivo. Este Componente
Curricular está dividido em quatro fascículos, de forma que cada um mostra aspectos na construção do
trabalho acadêmico.
Fascículo 1
Fascículo 1 7
Introdução
ao Pensamento
CientíficoProf. Josevaldo Araújo de Melo
Prof. Pedro Henrique de Barros Falcão
Carga Horária | 15 horas
Objetivos Específicos
Definir e caracterizar metodologia científica;
Conhecer e diferenciar os diversos níveis de conhecimento e as etapas do método científico;
Propiciar a formação de um pensamento crítico/científico.
1. A Consciência Científica
A realização de pesquisas científicas requer, necessariamente, que se reflita acerca
dos seus propósitos bem como sobre a metodologia da investigação, a lógica do
raciocínio científico e, também, sobre a própria ciência e seu lugar na sociedade
local e global.
A palavra “Ciência”, como tantas outras do idioma Português, tem origem latina,
“Scientiae”, que significa conhecimento. Segundo HOUAISS (2001), é o conhe-
cimento atento e aprofundado de alguma coisa. É uma atividade, disciplina ou
estudo voltado para qualquer área. Já, de acordo com GIL (1999), “ciência pode
ser caracterizada como uma forma de conhecimento objetivo, racional, sistemá-
tico, geral, verificável e falível”. Ainda FACHIN (2001) afirma que “ciência é
um progresso permanente de acúmulo de conhecimentos sobre algo e de ações
racionais, sistemáticas, exatas e verificáveis, capazes de transformá-lo”.
Essa palavra tem origem grega, ou seja, meta significa ao longo, odos significa
caminho e logos significa discurso, estudo.
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Porém, quando se acrescenta a palavra científica à uso dessa faculdade fez com que o homem buscas-
ação metodológica implica o estudo da metodolo- se significados para sua vida e seu entorno, ou seja,
gia associado à prática da pesquisa científica. para a sua realidade. Nesse exercício, ele adquiriu
conhecimento e procurou construir explicações
Exemplo para os fenômenos da vida. Logo, conhecimento
nada mais é do que o nome dado às representações
A arrumação de um guarda-roupa requer uma me- da realidade.
todologia de trabalho que se inicia pela retirada de
todos os objetos, a limpeza de todos os seus com- Com essas representações, o homem ascendeu aos
partimentos com os produtos de limpeza adequa- vários níveis de conhecimento, dentre os quais,
dos. Em seguida, faz-se a seleção daqueles objetos cita-se o mítico, popular, teológico, filosófico e
que não se quer mais ou que devem ser guardados científico, ressalvando que alguns autores incluem
em outro móvel ou local, aqueles que precisam ser o nível tecnológico em separado do científico.
lavados para serem novamente guardados, e, à me-
dida que assim se procede, a arrumação vai tendo 3.1. Conhecimento Mítico
lugar até que, finalmente, cumpre-se a meta de se
arrumar o guarda-roupa. Também conhecido como Mitologia, abarca um
certo período histórico, no qual as pessoas usavam
Mas, se o objetivo é o de encontrar a cura para uma da palavra para instrumentalizarem sua realidade,
doença, trata-se de se realizar uma pesquisa dita cien- sua vida, com códigos de conduta e conquistas mi-
tífica com todo procedimento metodológico pró- rabolantes em todos os níveis, desde a guerra até o
prio, construído ao longo de décadas de ciência. De- amor. Tomaremos exemplos apoiados na mitologia
para-se, então, neste momento, com outra questão: grega para ilustrar esse tópico (CHAUÍ, 2002).
O que vem a ser pesquisa? Entre os gregos, séculos antes de Cristo, os poetas
assumiram grande importância na educação e na
Trata-se de um conjunto de atividades orientadas
religiosidade do povo. Poemas, como a Ilíada e a
para a busca de um determinado conhecimento.
Odisséia, escritos por Homero, evidenciam deuses
mitológicos, buscando personificar neles as forças
Elucidando melhor o conceito acima, apresenta-se
da natureza, ao mesmo tempo em que procuram
o seguinte exemplo: quando uma dona de casa re-
explicar o que ocorre no universo. Assim, ainda
solve pesquisar os preços dos produtos que compra
hoje, ilustrativamente, sabemos que as ondas do
sistematicamente nos diversos supermercados de
mar são produzidas por Poseidon, que os relâmpa-
sua cidade, ela está realizando uma pesquisa, pois
gos são arremessados sobre a Terra por Zeus e assim
deseja chegar a um determinado conhecimento.
por diante. Para tudo, eles tinham uma explicação,
No entanto, do ponto de vista científico, não se
apoiada sempre em deuses com grande poder.
constitui Pesquisa Científica, principalmente pela
falta do teor metodológico científico, que abran-
As explicações eram fornecidas de três maneiras
ge várias etapas, incluindo formulações e conhe-
principais: decorrente de relações sexuais, de riva-
cimentos teóricos pertinentes ao tema em foco.
lidades, de alianças, de recompensas e de castigos.
E, assim, defrontamo-nos com mais outro concei-
to: o conhecimento científico.
A explicação do amor, por exemplo, advém de se
encontrar um pai e uma mãe para o deus Eros, tam-
bém conhecido por Cupido, que é a representação
3. O Conhecimento humanizada do fenômeno amor. O mito, então,
conta que houve uma grande festa entre os deuses,
Antes de qualquer tentativa de definir o que é co- todos foram convidados, menos a deusa Penúria.
nhecimento científico, é crucial atentar para o que Essa se apresentava sempre miserável e faminta,
é conhecimento. De forma bastante simples, pre- esperando a sua vez de forma oportunista. Quan-
cisamos pensar na existência do homem e na sua do a festa acabou, Penúria veio, comeu os restos
vida sobre a Terra, além, é claro, de lembrar que do banquete e dormiu com o deus Poros, que era
nós, dentre todos os seres vivos, somos, até agora, astuto e engenhoso. Dessa relação sexual, nasceu
os únicos considerados dotados de inteligência. O Eros (ou Cupido) que, como sua mãe, se apresenta
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sempre faminto, sedento e miserável. Mas, como tigados também. Já ouviram falar de Pandora?
seu pai, tem mil astúcias para se satisfazer e se fa-
zer amado. Por isso, quando Eros fere alguém com A continuação do mito explicita que os deuses fize-
uma flecha, esse alguém se apaixona e logo se sente ram (criaram) uma mulher encantadora, Pandora,
faminto e sedento de amor, inventa astúcias para a quem foi entregue uma caixa repleta de coisas ma-
ser amado e satisfeito, ficando ora maltrapilho e ravilhosas, mas que nunca deveria ser aberta. Em se-
semimorto, ora rico e cheio de vida. guida, Pandora foi enviada aos humanos, e cheia de
curiosidade e ansiosa para dar a eles as maravilhas,
Para explicar períodos de guerra e paz, toma-se ela abriu a caixa. Dela saíram, então, todas as desgra-
como referência, talvez, a mais famosa e histórica ças, doenças, pestes, guerras e, sobretudo, a morte.
delas: a guerra de Troia.
Explica-se, assim, a origem dos males no mundo.
A sua explicação diz que surgiu e perdurou a partir
de rivalidades e alianças entre as forças divinas, de- 3.2. Conhecimento Teológico
sencadeando guerra e paz no mundo dos homens.
Mitologicamente, ela é explicada pelo poeta Home- Também denominado conhecimento religioso,
ro em sua obra já citada acima. A causa da guerra, apoia-se na fé inconteste. É conhecimento que, nas
aliás, foi uma rivalidade entre as deusas. Elas apare- suas formas primitivas e anteriormente à época de
ciam em sonho para o príncipe troiano Páris, ofe- Cristo, compartilhou, em muitas sociedades, com
recendo-lhe seus dons, embora ele tenha escolhido o conhecimento mitológico.
a deusa do amor Afrodite, gerando, assim, o ciúme
nas outras deusas que, por vingança, o fizeram rap- Nesse contexto, a explicação da realidade é dada
tar a grega Helena. Esta, por sua vez, era mulher do pela autoridade divina, detentora de toda “Ciên-
general grego Menelau, dando, por consequência, cia”. Com a chegada do Cristianismo e sua expan-
início à guerra entre os humanos. Os deuses, em são, principalmente, em seu apogeu no período
suas afrontas e devaneios, ora ficavam de um lado, medieval, os teólogos passaram a exercer forte in-
ora do outro, sempre liderados por Zeus; isso sig- fluência nas atividades dos considerados homens
nifica dizer que as alianças favoreciam os troianos do saber. Aquele que fornecesse explicações para
em determinado momento, e em outro, os gregos. qualquer fenômeno estudado, fugindo do que
preceituava a Igreja, era, literalmente, levado a dar
E o que dizer para explicar as recompensas e os satisfações de público, desmentindo o que dissera
castigos que fazem parte de qualquer sociedade? sob pena de ser sentenciado à morte. Talvez o caso
mais conhecido seja a ideia, que perdurou até o
Se você desobedece à autoridade, seja ela quem for, séc. XVII, de que a Terra era o centro do universo,
deve ser castigado. Ao contrário, se fizer algo bom, passando alguém a difundir que o Sol estava no
deverá ser recompensado. Assim é que, no mundo centro, gerando profunda insatisfação no seio da
dos deuses, Zeus era o ser supremo, ao qual todos, Igreja, pois contrariava os dogmas até então estabe-
outros deuses e humanos, deviam respeito e obe- lecidos, e, como o cidadão que não quis retirar sua
diência. teoria, foi condenado a morrer na fogueira.
E uma centelha de fogo foi presenteada aos huma- Apesar desses problemas, a Igreja produziu nomes
nos por um titã chamado Prometeu, sem o conhe- que seguiram para a posteridade, dando contribui-
cimento de Zeus, ou seja, esta centelha foi roubada. ções significativas para o entendimento do mun-
Logo, os deuses consideraram que o titã deveria ser do; provavelmente o mais conhecido deles tenha
castigado por este ato impensado e mandaram-no sido São Tomaz de Aquino.
amarrar a um rochedo para que as aves de rapina,
eternamente, devorassem o seu fígado. Trata-se de Uma característica importante de se ressaltar no co-
um castigo do qual ele não pôde se safar e, além do nhecimento religioso é a forma como esse conheci-
mais, extremamente doloroso, visto que o fígado é mento chega até nós, ou seja, por meio da comuni-
um órgão que se regenera. cação divina com alguns escolhidos, chamados de
profetas, que perpetuaram a fala divina em textos
Mas, qual foi o castigo impetrado aos homens? sagrados, como, por exemplo, a Bíblia para os cris-
Eles receberam o presente, logo deveriam ser cas- tãos ou o Alcorão para os seguidores de Maomé.
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nha a ver com a descrição de alguém que apenas conta com as noções do senso comum (bom senso). A
própria hipótese se constitui um incremento no conhecimento do objeto, uma vez que é o resultado da
determinação das variáveis relevantes que foi possível se detectarem no mencionado objeto. Por último,
o teste da hipótese – culminando com sua confirmação ou com sua refutação – redunda em um maior
conhecimento sobre o objeto investigado, já que se desenvolveu alguma experiência a respeito de uma
suposição preliminar relativa ao mencionado objeto.
5. Pesquisa Científica
Pode-se dizer que, em seu trabalho, o cientista é guiado por uma característica humana básica: a curio-
sidade. Os cientistas estão constantemente tentando explicar os porquês e os comos das coisas. Albert
Einstein (1879-1955), um dos maiores físicos da humanidade, comparou o trabalho de um cientista ao de
um detetive.
Assim como o detetive, o cientista reúne uma série de fatos e, a partir deles, procura entender como ou
porque um determinado fenômeno está ocorrendo. No entanto, o cientista vai além da simples observação
ou confirmação de fatos; ele procura entender por que certos fatos ocorrem e as consequências de sua
ocorrência.
Segundo BARROS & LEHFELD (2001), para solucionar qualquer curiosidade ou problema cotidiano, o
Homo sapiens busca respostas baseando-se no bom senso. Essa procura de respostas envolve um processo
investigatório, mesmo que seja imediato sistemático e definindo por traços puramente ligados ao senso
comum. A pesquisa ou a procura de novos conhecimentos não só é próprio da natureza humana como
também a investigação, mesmo que seja a partir da reflexão, o único veículo viável de o homem compor
seu contorno.
A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas por meio do emprego de processos científicos.
O ser humano, no decorrer da vida, sempre está aprendendo algo novo e, das informações conhecidas,
tenta aprender diversas formas de praticá-las para solucionar problemas do cotidiano. Pode verificar-se, por
exemplo, na forma de utilização dos aparelhos celulares, nos cartões eletrônicos dos bancos ou dos micro-
computadores por parte de diferentes tipos de pessoas. O grau de dificuldades no uso desses recursos
varia de acordo com a experiência prática, a informação sobre o assunto, contudo, todos passam por um
processo similar de aprendizagem.
Fazer Ciência é mais do que simplesmente acumular informações, é tentar descobrir relações entre os fatos
observados que permitem ampliar os conhecimentos e desenvolver novas ideias para a compreensão da
natureza.
Um bom exemplo do desenvolvimento de uma ideia nova em Ciência é o episódio da maçã, que, segundo
alguns, teria caído na cabeça de Isaac Newton. A força da gravidade, que explicava a queda dos corpos, já
era conhecida, mas Newton inovou ao imaginar que a mesma força podia se estender para o espaço exte-
rior, alcançando a lua; por exemplo, mantendo-a girando ao redor da Terra.
APPOLYNARIO (2004) propõe uma classificação geral das pesquisas de acordo com alguns critérios,
conforme verificamos no quadro I.
Tipo descritiva - interpreta a realidade, sem nela interferir; não estabelece relações
de causalidade.
Fonte: APOLINÁRIO(2004)
Para preparação e execução de um projeto de pes- Enunciado da hipótese - deve ser expressa de for-
quisa, as seguintes etapas devem ser seguidas: ma simples e compreensiva, passível.
• Preparação dos Instrumentos (equipamentos) Apêndices e/ou Anexos - elementos que comple-
para a pesquisa; tam o trabalho.
• Execução;
• Análise dos dados;
7. Perguntas Norteadoras para
Resultados - descreve sinteticamente o que foi ob-
Ajudar na Escolha do Tema da
tido com a pesquisa.
Pesquisa
Conclusões - consiste numa síntese interpretativa
dos resultados encontrados, o ponto de chegada O Projeto Político-Pedagógico do Curso possui li-
das deduções lógicas baseadas no desenvolvimen- nhas de Pesquisa que devem ser seguidas na cons-
to, nos dados concretos que recolheu na pesquisa, trução dos Projetos de Pesquisa. São elas:
análise e interpretações.
• Papel Social da Escola;
Referências - lista das obras que foram citadas no
trabalho.
RESUMO
Ao iniciar a disciplina Metodologia Científica, é fundamental que o aluno não a conceba como uma discipli-
na comum, na qual há, com mais frequência, o apelo para a memorização de conteúdos. Assim sendo, neste
primeiro momento, busca-se apresentar, de forma atrativa e simples, alguns assuntos que, se desenvolvidos
no âmbito de disciplinas afins à Filosofia, ou mesmo em seu âmago, conduziriam a uma demanda maior de
conhecimentos nessas áreas. No entanto, a Metodologia Científica com sua concepção interdisciplinar ofer-
ece esta oportunidade de se pinçarem alguns pontos pertinentes e que, se necessário for o aprofundamento,
isso poderá ser feito em outro momento ou em outra disciplina, ou ainda, em outro curso, caso o estudante
deseje. Logo, inicia-se pela reflexão científica, extremamente necessária ao apoio, à razão e ao bom-senso,
que poderá sugerir ao aluno pensar sobre as consequências de um trabalho feito sem interesse ou de forma
inconsequente. Em seguida, leva-se o discente a conhecer, embora de forma segmentada, por força da
didática, os níveis de conhecimento e como podem ser identificados, quando se lê uma pesquisa, um trab-
alho acadêmico ou até mesmo uma notícia voltada para os avanços da ciência bem como se fazem algumas
referências ao que é mito e metafísica. Após essas fases, chega-se ao que é Ciência, palavra que envolve um
entendimento amplo e que, nesses últimos séculos, tem-se apoiado na experimentação e na verdade relativa,
fazendo com que as conclusões se coloquem de forma recorrente não determinista como anteriormente.
REFERÊNCIAS
APOLINÁRIO, Fábio. Dicionário de metodolo-
gia científica: um guia para produção do co-
nhecimento científico, São Paulo: Atlas, 2004.
300p.
A Ética, a Redação
e os Aspectos Gráficos
da Pesquisa Científica
Prof. Josevaldo Araújo de Melo
Prof. Pedro Henrique de Barros Falcão
Prof.a Esther Leyla Braga Siqueira
Carga Horária | 15 horas
Objetivos Específicos
Conscientizar professores, alunos e demais pessoas envolvidas no processo
educacional da imoralidade e criminalidade inerentes à reprodução (cópia) de
livros bem como divulgar e popularizar o respeito ao direito autoral;
Oferecer subsídios para a redação científica e aplicar as normas de citação em
um trabalho acadêmico;
Aplicar as normas técnicas da ABNT, utilizando a apresentação gráfica na pro-
dução de trabalhos acadêmicos.
1. A Ética em Pesquisa
A Ética em pesquisa significa usar os princípios norteadores da ética, enquanto ques-
tionamento dos valores morais numa abordagem que qualifique a pesquisa dentro
dos padrões éticos e morais e num campo mais específico, aceitos pela Bioética.
E o que é Bioética? Numa definição simplista, é tratar a vida numa visão de princípios
éticos. É, por exemplo, adequar a biotecnologia aos valores morais da sociedade.
Para entendermos melhor o que é Bioética, vejamos um breve relato do seu sur-
gimento e os princípios que norteiam sua atuação.
Se para Potter, a bioética possuía um sentido macro, com forte conotação ecológica e holística,
para Hellegers, ela dizia respeito especificamente ao ser humano e às biociências humanas, e
foi essa última visão que prevaleceu (OLIVEIRA, 2004, p. 76).
18 Fascículo 2
Ainda segundo Oliveira (op. cit. p. 77), “A Bioética Procedimentos que possam causar danos físicos,
refere-se aos assuntos gerais da saúde, da pesquisa à situação de estresse ou danos psicológicos reque-
qualidade do atendimento nas instituições, da aten- rem que se tome muito cuidado para que sejam
ção profissional até as definições das pesquisas”. eticamente defensáveis.
Outros fatos importantes remetem à origem da Bio- Cozby (2003, p.54) exemplifica um caso de estresse
ética, como afirma Molina et al. (2003, p.14-15): psicológico:
Dentro da história da Bioética, merece destaque o artigo [...] consiste em dar aos participantes feedback negativo
de Beecher H.K., publicado em 1966, no New England sobre sua personalidade ou capacidade. Pesquisadores in-
Medical Journal, sob o título “Ethics and Clinical Resear- teressados em autoestima tipicamente aplicam aos sujeitos
ch”. O autor constatou que de 100 trabalhos publicados um teste de personalidade ou capacidade simulado. O tes-
em um prestigioso jornal científico, cerca de 25% deles te é seguido de uma avaliação que reduz e aumenta a au-
continham claras violações éticas. Este mesmo autor afir- toestima. No primeiro caso, indica que o participante tem
mou, ainda, que de 50 trabalhos de revistas internacio- traços de personalidade desfavoráveis ou um baixo escore
nais com participação de sujeitos humanos, compilados na capacidade medida.
originalmente por ele, somente 2 apresentavam um “ter-
mo de consentimento”, o que, na época, já era sugerido Decidir se pesquisas como essa devem ser feitas en-
como necessário tanto pelo código de Nurenberg sobre
volve valores morais que devem ser considerados
experimentação em seres humanos como pela declaração
de Helsinque. Além disso, dessas 50 pesquisas, 22 tinham pela comunidade científica.
sido realizadas com cidadãos “de segunda classe” ou, de
alguma forma, vulneráveis. Outra questão ética relevante, quando da execução
de uma pesquisa, é o engodo. Consiste na omissão
Outros fatos e documentos importantes para a dos detalhes ou objetivos da pesquisa, induzindo
consolidação da Bioética foram: A Implantação os participantes a entenderem os procedimen-
da Comissão Presidencial de Proteção dos Sujeitos tos, mas sem serem informados do real objetivo.
Humanos de Pesquisas Biomédicas e Comporta- É quando não são dadas as informações precisas
mentais em 1974, nos Estados Unidos; o Relatório aos participantes sobre os propósitos da pesquisa
Belmont de 1978, com a Declaração Principialista e os riscos envolvidos antes de eles consentirem
Clássica; o Código de Nuremberg em 1946; A De- em fazer parte do experimento. Casos em que se
claração de Genebra de 1948 e a Declaração de ocultam a presença ou identidade do pesquisador
Helsinque de 1964 e, em nível nacional, a Resolu- também envolvem engodo.
ção 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
Humphreys (1970), citado por Cozby (2003, p.55),
Quando se executa uma pesquisa científica, há de exemplifica um procedimento de engodo:
se considerar alguns aspectos importantes. A abor-
dagem ética é fundamental no planejamento, na Humphreys estudou o comportamento de homossexuais
condução e avaliação de pesquisas. Deve-se consi- do sexo masculino que frequentavam banheiros públicos
derar também a relação custos e benefícios da pes- (chamados “salões de chá”). Ele não participou de qual-
quer atividade homossexual, mas serviu como olheiro, ten-
quisa e, quando for o caso, o anonimato e o sigilo do como função avisar sobre a aproximação de possíveis
das pessoas envolvidas. intrusos. Além de observar as atividades dentro do local,
anotou os números das placas dos carros dos visitantes.
A ética na pesquisa deve avaliar, a priori, a relevân- Mais tarde, obteve o endereço dos homens, disfarçou-se e
visitou-os em suas casas, para entrevistá-los. Seu procedi-
cia e os custos e benefícios oriundos dos prováveis
mento certamente é uma maneira de descobrir algo sobre
resultados. homossexualismo, mas emprega considerável engodo.
Além da contribuição científica da investigação, Este estudo levanta um problema ético, quando
da aplicação das descobertas da pesquisa e dos omite os objetivos, com o agravante de entrar na
benefícios educacionais para pesquisadores em intimidade dos pesquisados que provavelmente
formação, há os benefícios diretos para os partici- não gostariam de ter sua privacidade violada.
pantes, como aquisição de novos conhecimentos e
o desenvolvimento de novas habilidades. Porém, Para alguns pesquisadores, o uso de qualquer tipo
nenhuma dessas vantagens pode suplantar a ava- de engodo é moralmente inaceitável, consideran-
liação e a adoção de valores morais e de uma dis- do que é simplesmente errado enganar pessoas,
cussão ética. qualquer que seja a razão, além de prejudicar a
Fascículo 2 19
Numa pesquisa, o ideal seria substituir as várias Do ponto de vista ético e legal, dois outros temas
formas de engodo pelo consentimento informado. são importantes nos procedimentos de uma pes-
quisa: a fraude e o plágio.
Consentimento informado significa que os partici-
pantes da pesquisa são comunicados sobre os pro- É fundamental, indispensável, imprescindível que
pósitos do estudo, os riscos associados aos procedi- a pesquisa científica tenha credibilidade. Esse pres-
mentos e o seu direito de recusar ou interromper suposto estende-se ao pesquisador e aos participan-
sua participação no estudo (COZBY, 2003, p.56). tes. Além de antiético e imoral, é crime cometer
fraude e plágio de pesquisas de outrem.
Dessa forma, o participante toma conhecimento
dos procedimentos e objetivos da pesquisa, poden- Quando uma pessoa comete plágio de uma pesqui-
do tomar a decisão de participar ou não. sa, de uma monografia, de um projeto, de partes
de um livro, etc., está se apropriando do conhe-
Quando o consentimento pleno é capaz de alterar cimento produzido por outro, o que, além de
os resultados da pesquisa, e esta envolve riscos físi- imoral, antiético, é crime e denota incapacidade
cos ou psicológicos, o pesquisador pode amenizar intelectual. E para quem dispõe de algum indício
possíveis traumas ou constrangimentos com uma ou resquício de consciência ética, é, no mínimo,
entrevista de esclarecimento, após a conclusão da motivo de baixa autoestima.
pesquisa.
A lei do Direito Autoral objetiva garantir ao autor os terísticas próprias quanto à estrutura e ao estilo.
direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou. Uma das características da Ciência é avaliar os tra-
balhos e não, as pessoas que os escrevem. Alguns
Essa lei permite a reprodução de uma única cópia, princípios básicos devem ser observados neste tipo
de pequenos trechos, para uso próprio, desde que de redação, conforme mencionados a seguir:
feita pelo autor, sem fins lucrativos.
3.1. Objetividade
Reprodução é a cópia de um ou mais exemplares
de uma obra literária, artística ou científica. Na linguagem científica, os assuntos precisam ser
tratados de maneira direta e simples, com lógica e
A cópia não autorizada pelo titular dos direitos au- continuidade no desenvolvimento das ideias, cuja
torais e/ou detentor dos direitos de reprodução de sequência não deve ser desviada com considerações
uma obra é contrafação, ato ilícito civil e penal. irrelevantes e opiniões pessoais. A explanação deve
se apoiar em dados e provas e não, em opiniões
Copiar livros é crime, porque é apropriar-se do sem confirmação. Um texto técnico é um conjun-
que é do outro. O livro é propriedade intelectual to de parágrafos, cada um deles composto de uma
do autor, que ganha percentual sobre a venda de ideia importante, cujo conteúdo é quase sempre
exemplares de sua obra e um bem produzido pelo melhorado por um grupo de ideias melhoradas.
editor, logo fazer cópias de livros, sem autorização
do autor e do editor, é roubo. 3.2. Clareza
Enquanto crime, a punição para a reprodução ilegal Uma redação é clara, quando as ideias são expres-
de livros é de pagar indenizações, pena de reclusão, sas sem ambiguidade para não originar interpre-
ter os insumos, máquinas e equipamentos utilizados tações diversas da que se quer dar. É importante
na reprodução ilegal destruídos, entre outros. o uso de vocabulário adequado e de frases curtas,
sem verbosidade, tendo-se como objetivo o de faci-
A “pasta do professor” é um procedimento habitu- litar e prender a atenção do leitor. Os problemas
al nas faculdades que deve ser combatido em prol devem ser formulados com propriedade, evitando-
do direito autoral. se expressões com duplo sentido, palavras supér-
fluas, repetições e detalhes prolixos que dificultam
As bibliotecas públicas, de faculdades e outras ins- o entendimento do assunto.
tituições são a solução para a efetivação do direito
autoral no Brasil.
3.3. Precisão
É preciso que essas instituições tenham exempla-
Cada expressão empregada deve traduzir com exa-
res suficientes para manuseio dos alunos e que seja
tidão o que se quer transmitir, em especial no que
disponibilizado um horário de funcionamento
diz respeito a registro de observações, mediações e
compatível com a necessidade dos alunos.
análises efetuadas. Indicar como, quando e onde
os dados foram obtidos, especificando-se as limi-
Este texto foi sintetizado baseado no Manual da
tações do trabalho e a origem das teorias. Deve-se
ABPDEA – Associação Brasileira de Proteção dos
utilizar a nomenclatura técnica apropriada, empre-
Direitos Editoriais e Autorais, conforme autoriza-
gando-a sempre da mesma forma em todo o texto
ção expressa por ela.
e de acordo com sua aceitação no meio científi-
co. Evitar adjetivos que não indiquem claramente
a proporção dos objetos mencionados, tais como
3. A Redação Científica médio, grande, pequeno. Evitar também expres-
sões, como quase todos, nem todos, muitos deles,
De acordo com Gil (2002), “os projetos de pesqui- sendo melhor indicar cerca de 60% ou mais pre-
sa são elaborados com a finalidade de serem lidos cisamente, 63%, 85%. Não empregar advérbios
por professores e pesquisadores incumbidos de que não explicitem exatamente o tempo, modo ou
analisar suas qualidades e limitações.” A redação lugar, tais como aproximadamente, antigamente,
de trabalhos técnico-científicos difere de outros recentemente, lentamente nem expressões, como
tipos de composição, apresentando algumas carac-
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provavelmente, possivelmente, talvez, que deixam De acordo com Appolinário (2004:44), “citação é
margem a dúvidas sobre a lógica da argumentação uma “alusão no texto, de uma informação original-
ou clareza das hipóteses. mente extraída de outro texto”. Fazer uma citação
corresponde a transcrever no trabalho um trecho
3.4. Imparcialidade de outro autor.
A escrita deverá ser de forma impessoal. Deve-se re- Devem ser evitadas citações, referentes a assuntos
digir na terceira pessoa. Evitar ideias pré-concebidas, já amplamente divulgados, rotineiro ou de domí-
não superestimando a importância do trabalho nem nio público bem como aqueles provenientes de pu-
subestimando outros que pareçam contraditórios. blicações de natureza didática, que reproduzem, de
forma resumida, os trabalhos originais, tais como
3.5. Coerência apostilas e anotações de aula.
Deve-se manter uma sequência lógica e ordenada A NBR 10520, de agosto de 2002 da ABNT, mos-
na apresentação das ideias. Um trabalho, em geral, tra que as citações podem ser:
se divide em capítulos, seções e subseções, sempre
de forma equilibrada e coesa. • Citação Direta: transcrição textual de parte da
obra do autor consultado.
3.6. Tempo Verbal e Pessoal em um • Citação Indireta: texto baseado na obra do au-
Texto Científico tor consultado.
O tempo verbal varia conforme a natureza do tra- Exemplo 1 - Numa citação direta:
balho e a seção deste. Para uma monografia, em- Segundo Costa (1999,.161), “na física atual, impe-
prega-se o tempo presente, quando o autor for se ra o pluralismo teórico”.
referir ao próprio trabalho, objetivos, conclusões
etc. Ao relatar outros estudos, emprega-se o pre- Exemplo 2 - Numa citação Indireta:
térito perfeito ou o imperfeito, de acordo com a No panorama atual da física, não há propriamente
duração da ação descrita. uma unidade teórica (COSTA, 1999).
Quando, na redação, se vai utilizar alguma sigla, e • Citação de Citação: citação direta ou indire-
esta aparece pela primeira vez, no texto, escreve-se ta de um texto em que não se teve acesso ao
o nome por extenso, e, em seguida, coloca-se, entre original.
parênteses, a sigla. Exemplo: Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT). Essas citações podem aparecer no texto (mais reco-
mendado) ou em notas de rodapé.
texto, estas devem conter apenas a letra inicial mai- Para enfatizar trechos da citação, deve-se destacá-
úscula e, quando estiverem entre parênteses, todas los, indicando esta alteração com a expressão grifo
devem ser escritas em letras maiúsculas. nosso entre parênteses, após a chamada da citação,
ou grifo do autor, caso o destaque já faça parte da
As citações diretas, no texto, de até três linhas, de- obra consultada.
vem estar contidas entre aspas duplas. Nas citações
em que o autor não necessite descrever toda a frase Quando a citação incluir texto traduzido pelo au-
na íntegra, ele poderá suprimir as partes que não tor, deve-se incluir, após a chamada da citação, a
interessar por meio de colchete, da seguinte forma expressão tradução nossa entre parênteses.
[...].
Quando fizer citações de publicações com dois au-
Ex. tores, deve-se citar o nome dos dois, seguido do
“[...] Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ano de publicação.
ensino[...] Pesquiso para constatar, constatando,
intervenho, intervindo educo e me educo[...]” Ex.:
(FREIRE, 2000) . FALCÃO e ARAÚJO (2006)
As citações diretas, no texto, com mais de três li- Nas citações com mais de dois autores, indica-se
nhas devem ser destacadas com recuo de quatro o nome do primeiro autor, seguido da expressão
centímetros da borda esquerda, com letra menor latina et al. (que significa “e outros”, “e outras”;
que a do texto, utilizada sem as aspas. (aliae = outras) forma abreviada de et alii, que não
é usada) e o ano de publicação.
Ex.
Se para Potter, a bioética possuía um sentido ma- Ex.:
cro, com forte conotação ecológica e holística, para FALCÃO et al. (2005).
Hellegers, ela dizia respeito especificamente ao ser
humano e às biociências humanas, e foi esta últi- Caso haja coincidência de autores com o mesmo
ma visão que prevaleceu (OLIVEIRA, 2004, p. 76). sobrenome e datas de publicação, acrescentam-
se as iniciais de seus pré-nomes. Se mesmo assim
existir coincidência, colocam-se os pré-nomes por
Quando se tratar de dados obtidos por informa- extenso.
ção verbal (palestras, debates, comunicações, etc.),
indicar, entre parênteses, a expressão informação No caso de termos coincidências de dois ou mais
verbal, mencionando-se em notas de rodapé. trabalhos publicados pelo mesmo autor no mesmo
ano, acrescentam-se letras minúsculas, em ordem
Ex.: alfabética, após o ano de publicação.
No texto:
O IV Encontro Nordestino de Biólogos será reali- Ex.:
zado no Piauí, em 2008 (informação verbal)¹. LOPES, J.; Ecologia de mosquitos (Díptera: Culici-
No rodapé da página: dae) em criadouros naturais e artificiais de área ru-
ral do Norte do Estado do Paraná, Brasil. VI – co-
letas de larvas no peridomicilio. Revista Brasileira
de Zoologia. 14 (3): 571-578, 1997a.
Ex.:
FALCÃO apud ARAÚJO (2005); ou
FALCÃO citado por ARAÚJO (2005)
6. Apresentação Gráfica do
Trabalho Científico
6.1. Formato do Papel
Clique (Retrato)
Clique (OK)
24 Fascículo 2
MARGEM TAMANHO
Superior 3,0 cm
Esquerda 2,0 cm
Inferior 3,0 cm
Direita 2,0 cm
Passo 1:
Clique no menu Arquivo / Configurar página.
3 cm 2 cm
2 cm
Clique (Arquivo)
6.3. Indicativo de Secção
Clique (Configurar Página)
Cada capítulo ou seção importante (Introdução, Ob-
jetivos, etc...) deve ser iniciado em uma nova página.
Fascículo 2 25
O indicativo de seção precede seu título, alinhado Quando for necessário enumerar os diversos as-
à esquerda por um espaço de caractere. suntos de uma seção que não possua título, esta
deve ser subdividida em alíneas. Quando as alí-
Na folha de rosto, a natureza do trabalho, o obje- neas forem cumulativas ou alternativas, pode ser
tivo, o nome da instituição a que é submetido e a acrescentado, após a penúltima, e/ou conforme
área de concentração devem ser alinhados do meio o caso. As alíneas, exceto a última, terminam em
da folha para a margem direita. ponto e vírgula. As alíneas são ordenadas alfabeti-
camente na margem esquerda.
A NBR 6024, de maio de 2003 estabelece um siste-
ma de numeração progressiva das seções de docu- Os títulos sem indicativo numérico, como erra-
mentos escritos, de modo a expor numa sequência ta, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de
lógica o inter-relacionamento da matéria e a permi- abreviaturas e siglas, resumo, sumário, glossário,
tir sua localização. Essa Norma se aplica à redação apêndice(s), anexo(s) e índice, devem ser centrali-
de todos os tipos de documentos escritos, indepen- zados. A folha de aprovação e a dedicatória não
dentemente do seu suporte, com exceção daqueles possuem título nem indicativo numérico.
que possuem sistematização própria (dicionários,
vocabulários etc.) ou que não necessitem de siste- Para configuração da numeração dos capítulos ou
matização (obras literárias). seções importantes, siga os procedimentos a seguir:
Clique (OK)
26 Fascículo 2
6.5. Ilustrações
Em casos de a ilustração ter sido retirada de outro Para inserção de uma tabela em seu trabalho, siga
documento, deve-se sempre citar abaixo a fonte de as instruções abaixo:
Passo 1: Passo 2:
Clique no menu Tabela / Inserir / Tabela. Dentro da caixa de diálogo, na opção Tamanho da
Tabela, escolha o Número de Colunas e o Núme-
ro de Linhas.
Passo 3: Passo 1:
Na mesma caixa de diálogo, na opção Comporta- Clique no menu Inserir / Referência / Notas.
mento de Auto Ajuste, escolha ou digite a Largu-
ra da Coluna Fixa desejada. Uma outra forma de
configurar a largura da coluna pode ser utilizando-
se as opções Ajustar-se Automaticamente ao Con-
teúdo ou Ajustar-se Automaticamente à Janela.
Depois que fizer sua escolha, clique em OK.
Passo 2:
Dentro da caixa de diálogo Notas de Rodapé e
Notas de Fim, na opção Local, escolha Nota de
Rodapé e o Formato do Número, logo depois, cli-
que em Inserir.
Opção: Largura da Opção: Ajustar-se Opção: Ajustar-se
coluna fixa automaticamente automaticamente
Clique (OK) ao conteúdo à janela
Passo 1:
Clique no menu Inserir / Número de páginas.
Clique (OK)
6.8. Encadernação
Importante:
Os sistemas eletrônicos apresentam problemas por
diversos motivos, provocando perda das informa-
ções gravadas. Recomendamos que periodicamen-
Clique (Posição) e escolha “Início da página (cabeçalho) te se façam arquivos de segurança (backups) do seu
Passo 3: material em zip drive, cd, pen drive, etc.
Ainda dentro da caixa de diálogo, clique no item
Formatar e configure a opção Numeração da pá-
gina para Iniciar em: 0; em seguida, confirme a Atividade | Encaminhar atividade sobre os
sessão, clicando em OK, nas duas telas. aspectos gráficos dos trabalhos acadêmicos, a
partir da NBR 14724 da ABNT.
O Processo
a. Fonte: Arial
b. Tamanho: 16
c. Estilo: Negrito Itálico
6. Com o documento formatado acima, altere o espaçamento entre linhas do parágrafo para duplo.
7. Abra um documento novo e, por meio do menu Arquivo, configure-o da seguinte forma:
8. Crie uma tabela fictícia de rendimento escolar, atribuindo notas nos meses de março a junho para
as disciplinas Português, Matemática, História e Geografia. Distribua as disciplinas em linhas e os
meses, em colunas.
Avaliação
A avaliação será feita a partir dos seguintes critérios:
Capacidade de usar as ferramentas do Word na formatação de documentos.
Apresentação dos elementos indicativos do seu domínio com o microcomputador.
Conclusão
Todos os trabalhos realizados a partir deste momento deverão ser digitados de acordo com as normas
apresentadas no fascículo 3.
RESUMO
A Ética no mundo ocidental surgiu na Grécia Clássica, no século V a.C., com o filósofo Sócrates. Em pes-
quisa, a ética significa usar os princípios norteadores, enquanto questionamento dos valores morais, numa
abordagem que qualifique a pesquisa dentro dos padrões éticos e morais e num campo mais específico,
aceitos pela Bioética. A abordagem ética é fundamental no planejamento, na condução e avaliação de
pesquisas. Deve-se considerar, também, a relação custos e benefícios da pesquisa e, quando for o caso, o
anonimato e o sigilo das pessoas envolvidas. É fundamental, indispensável, imprescindível que a pesquisa
científica tenha credibilidade. Esse pressuposto estende-se ao pesquisador e aos participantes. Além de anti-
ético e imoral, é crime cometer fraude e plágio de pesquisas de outrem. O Brasil avançou muito nos últimos
anos, no campo do direito autoral. No caso específico de livros, pressionado pelos autores, que exigiam
uma remuneração justa por seu trabalho, e pelos editores, que investem crescentemente em tecnologia e
Fascículo 2 31
mão-de-obra para produzir livros com qualidade. O Direito Autoral foi regulamentado no Brasil, através da
Lei Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Essa lei visa combater e punir a pirataria editorial, caracterizada
pelo crime contra os autores, tradutores, revisores, editores e outros inúmeros profissionais envolvidos no
processo de edição.
Os aspectos gráficos dos trabalhos acadêmicos têm como base as Normas de Documentação da Associa-
ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), mais precisamente a NBR 14724, porém, em alguns campos,
estas foram adaptadas aos atuais recursos tecnológicos, tendo em vista a sua modernização.
O Projeto de Pesquisa
Prof. Josevaldo Araújo de Melo
Prof. Pedro Henrique de Barros Falcão
Carga Horária | 15 horas
Objetivos Específicos
Fundamentar a elaboração do projeto de pesquisa;
Desenvolver a capacidade de elaboração das fases e execução de um projeto
de pesquisa;
Aplicar as normas técnicas da ABNT na elaboração de referências.
1. O Projeto de Pesquisa
De acordo com Appolinário (2004), o projeto de pesquisa é “o documento que
especifica informação acerca de uma pesquisa não realizada”. Com ele, o pesqui-
sador adquire ou amplia seus conhecimentos acerca do tema escolhido, verifica
a viabilidade da realização do estudo proposto, define os objetivos do trabalho,
planeja os resultados a serem alcançados, o método para atingi-lo e, no primeiro
momento, verifica a bibliografia existente sobre o tema (COSTA, 2003). Um
projeto de pesquisa bem estruturado facilita a construção da redação do trabalho
final, como, por exemplo, de sua monografia.
ELEITOS ROTEIRO
Pré-textuais Capa (obrigatório)
Folha de Rosto (obrigatório)
Lista de ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Lista de símbolos (opcional)
Sumário (obrigatório)
Textuais 1 Introdução
2 Objetivos
2.1 Objetivo Geral
2.2 Objetivos Específicos
3 Justificativa
4 Metodologia
5 Cronograma
6 Orçamento
Pós-textuais Referências (obrigatório)
Bibliografia (opcional)
Glossário (opcional)
Apêndice(s) (opcional)
Anexo(s) (opcional)
Índice(s) (opcional)
34 Fascículo 3
A Norma Brasileira (NBR) 15287:2005 da ABNT São itens opcionais; localizam-se antes do sumário em
trata da normatização dos princípios gerais para a páginas próprias, e seus itens devem relacionar elemen-
elaboração da apresentação dos projetos de pesqui- tos selecionados no texto, na ordem de ocorrência.
sa, visando a sua apresentação à instituição.
Cada lista deve apresentar: o número de figura ou
Os elementos que compõem o Projeto são defini- tabela, sua legenda e a página na qual se encontra,
dos e estruturados da seguinte forma: em particular, no caso de figuras e/ou tabelas não
originais, indicar, abaixo destas, a fonte de onde
A) Capa foram extraídas. As tabelas e/ou figuras, quando
indispensáveis para a compreensão, deverão apare-
A capa é obrigatória, é a proteção externa do tra- cer o mais próximo possível ao texto. As abreviatu-
balho sobre a qual se imprimem as informações ras e as siglas devem aparecer em lista própria, em
indispensáveis à sua identificação na seguinte or- ordem alfabética com seus respectivos significados.
dem: Essas listas deverão ser utilizadas, quando ocorrer
um número igual ou superior a 10 tabelas, ilustra-
• Nome da Instituição à qual o trabalho é sub- ções, abreviaturas ou siglas.
metido (dependendo das normas da institui-
ção, pode ser opcional); D) Lista de Símbolos
• Título do trabalho: deve ser claro e preciso,
identificando o seu conteúdo e possibilitando Elemento opcional, que deve ser elaborado de
a sua indexação; acordo com a ordem apresentada no texto, com o
• Subtítulo: se houver, deve ser evidenciada a devido significado.
sua subordinação ao titulo principal, precedi-
do de dois pontos; E) Sumário
• Nome do autor: responsável intelectual do tra-
balho; É elaborado, conforme a NBR 6027, de maio de
• Local: cidade da instituição onde deve ser 2003, tendo como objetivo a apresentação de sumá-
apresentado; rio de documentos que exijam visão de conjunto e
• Ano de entrega do trabalho. facilidade de localização das seções e outras partes.
1.INTRODUÇÃO...................................................................3
2 OBJETIVOS....................................................................... 4
2.1 Geral............................................................................4
2.2 Específicos...................................................................4
3 JUSTIFICATIVA................................................................ 5
TÍTULO DO PROJETO
4 METODOLOGIA............................................................... 6
5 CRONOGRAMA................................................................ 7
6 ORÇAMENTO................................................................... 8
7 REFERÊNCIAS................................................................. 9
Apêndice ..............................................................................11
Anexo...................................................................................12
CIDADE-ESTADO
ANO
AUTOR 1. INTRODUÇÃO
CIDADE-ESTADO
ANO
38 Fascículo 3
Ex. 1 Ex. 3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Etapa I: escolha do assunto e delimitação do tema;
Etapa II: revisão da bibliografia;
Atividades
Etapa III: preparação do projeto;
Etapa IV: entrega do projeto; Escolha do assunto e
x x x
Etapa V: encontro com o orientador; delimitação do tema
Etapa VI: aplicação das atividades de campo (entrevistas por exemplo);
Revisão de bibliografia x
Etapa VII: análise do material coletado;
Etapa VIII: redação e digitação do trabalho final; Preparação do projeto x x x x
Etapa IX: entrega da monografia. Entrega do Projeto x
Encontro
meses x x x
etapas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 com o orientador
I x Aplicação das
x x
II x x x x x atividades em campo
III x x Análise do
x x
material coletado
IV x
Redação do
V x x x x x x
trabalho final
VI x x Entrega da monografia x
VII x x
VIII x x
IX x
A teoria a respeito dos Mapas Conceituais foi desen- • Como instrumento de ensino;
volvida, nos anos 70, pelo pesquisador norte-ameri- • Como estratégia de estudo;
cano Joseph Novak. Ele define mapa conceitual • Na avaliação da aprendizagem;
como uma ferramenta para organizar e representar • Na análise e planejamento do conteúdo curricular.
conhecimento. O mapa conceitual é uma estrutura
esquemática para representar um conjunto de con- Obs.: Em cada um desses usos, mapas conceituais
ceitos imersos numa rede de proposições. São consi- podem ser sempre interpretados como instrumen-
derados como estruturadores do conhecimento, na tos para “negociar significados”.
medida em que permitem mostrar como o conheci-
mento sobre determinado assunto está organizado Mapas Conceituais como
na estrutura cognitiva de seu autor, que assim pode Instrumento Didático
visualizar e analisar a sua profundidade e extensão.
Os Mapas podem ser usados para mostrar as rela-
Ele pode ser entendido como uma representação ções hierárquicas entre os conceitos que estão sen-
visual utilizada para partilhar significados, pois ex- do ensinados em uma aula, em uma unidade de
plicita como o autor entende as relações entre os estudo ou em um curso inteiro.
conceitos enunciados.
São representações concisas das estruturas concei-
O mapa conceitual se apoia fortemente na teoria tuais que estão sendo ensinadas e provavelmente
da aprendizagem significativa de David Ausubel, facilitarão aprendizagem dessas estruturas.
que menciona que o ser humano organiza o seu
conhecimento através de uma hierarquização dos Contrariamente a textos e outros materiais instru-
conceitos, ou seja, é uma representação gráfica cionais, os mapas não podem dispensar explicações
em duas dimensões de um conjunto de conceitos do professor, que deve guiar o aluno pelo mapa.
construídos de tal forma que as relações entre eles Além disso, podem ser empregados para dar uma
sejam evidentes. visão geral e prévia do que vai ser estudado. Neste
sentido, você pode usar os mapas conceituais para
A construção de mapas conceituais na maneira construir seu projeto de pesquisa e para análise dos
proposta por Novak e Gowin (Novak, 1998; Novak conteúdos de suas leituras. Vejamos os exemplos a
e Gowin, 1999) considera uma estruturação hierár- seguir, em que, através de perguntas de coisas do
quica dos conceitos que serão apresentados tanto nosso dia-a-dia, podemos explicar o assunto.
através de uma diferenciação progressiva quanto
de uma reconciliação integrativa. Exemplo 1
Pergunta: O que é moda?
Modelo para Mapeamento Conceitual
Exemplo 4
Pergunta: O que é um pombo?
Exemplo 5
Pergunta: O que é um mapa conceitual?
Podemos perceber que, ao adicionarmos elemen-
tos (novos conceitos e relações) ao sistema anterior
(Exemplo 1), estamos “melhorando” os conceitos
que definem o conceito MODA, no sentido de
mostrar suas consequências ou derivações. Contu-
do, mesmo que se possa inferir, por exemplo, que
há relação entre o conceito Globalização e o con-
ceito MODA, isso não está explícito, pois não há
nenhuma relação expressa, ligando os dois concei-
tos. Poderíamos perguntar: como o Marketing ou
Indústria geram Integração Econômica? Por que o
Desenvolvimento Tecnológico resulta em Globali-
zação? Faltam as razões, os porquês. Há, aqui, clara-
mente, além das implicações locais do sistema ante-
rior, um conjunto de novas implicações sistêmicas.
Fascículo 3 41
Todavia, quando o trabalho é de conclusão de um Editora Casa publicadora, pessoa(s) ou instituição responsável
pela produção editorial. Conforme o suporte docu-
determinado curso (monografia, dissertação, tese), mental, outras denominações são utilizadas: produ-
como parte das exigências para a aprovação, algu- tora (para imagens em movimento), gravadora (para
registros sonoros), entre outras. Quando o editor não
mas Instituições sugerem que, além das referên- é mencionado, usa-se a abreviatura s.n. (do latim “sine
cias, também se apresente a bibliografia. nomine” que significa sem editora) entre colchetes. É
separado do ano de publicação por uma vírgula.
Ano de publicação Ano em que a obra foi publicada. É apresentado
As referências bem como as bibliografias são cons- em algarismos arábicos, sem espaçamento ou
pontuação. Se houver necessidade de indicar o
tituídas da mesma forma; o que muda entre uma e mês da publicação, este precede o ano, devendo
outra é que nas referências somente são listadas as ser abreviado no idioma original. As abreviaturas
do mês devem ser feitas usando as três primeiras
publicações citadas no trabalho, e na bibliografia, letras, seguidas de um ponto. É separado do
as lidas e não citadas. número de páginas por um ponto.
6. Regras Gerais de Apresentacão As publicações com até três autores devem ser fei-
tas pelo nome do primeiro autor que aparece na
A Norma da NBR 6023:2002 recomenda que nas publicação, seguido de ponto e vírgula e do nome
referências ao terminar a primeira linha, a partir do segundo autor, ponto e vírgula, o terceiro autor,
da segunda linha, deve-se escrever abaixo da pri- seguido dos outros elementos.
meira letra de entrada e não, abaixo da terceira
letra como acontecia anteriormente, usando uma Nas publicações com mais de três autores, men-
pontuação uniforme dentro dos padrões interna- cionam-se todos os autores, na ordem que são
cionais, entre os vários elementos da referência. apresentados na publicação, separando um autor
do outro por ponto-e-vírgula, seguindo os outros
As referências constantes em lista padronizada devem elementos como também se pode colocar o nome
obedecer aos mesmos princípios. Ao optar pela utili- do primeiro autor, seguido da expressão latina “et
zação de elementos complementares, estes devem ser al.”(que significa “e outros” “e outras”; (alliae =
incluídos em todas as referências daquela lista. outras) forma abreviada de et alii, que não é mais
usada), seguindo os outros elementos. Exemplo:
As referências são alinhadas somente à margem es-
querda do texto e de forma a se identificar individu- FALTAY, P.; SILVA JUNIOR, E.A. da; MAYER,
almente cada documento, em espaço simples e se- M.; FALCÃO, P.H. de B. Ensino de Biologia no
paradas entre si por dois espaços simples. Quando Programa Pró-Ciências I o exemplo de Pernambu-
co. In: III SIMPÓSIO LATINO AMERICANO E
aparecerem em notas de rodapé, serão alinhadas a
CARIBENHO DE EDUCACÃO EM CIÊNCIAS,
partir da segunda linha da mesma referência, abai- 3, 1999, Curitiba: Resumos. Curitiba: Universida-
xo da primeira letra da primeira palavra, de forma a de Federal do Paraná, 1999. p.166-167.
destacar o expoente e sem espaço entre elas.
Ou:
O nome do autor deve ser transcrito pelo último
sobrenome e pela(s) inicial(is) do(s) prenome(s), em FALTAY, P. et al. Ensino de Biologia no Programa
letras maiúsculas, seguido de ponto. Na sequência, o Pró-Ciências I o exemplo de Pernambuco. In: III
título do livro em destaque (em negrito ou sublinha- SIMPÓSIO LATINO AMERICANO E CARIBE-
do), o subtítulo (quando houver), seguido de ponto, NHO DE EDUCACÃO EM CIÊNCIAS, 3, 1999,
a edição (somente se coloca a partir da segunda edi- Curitiba: Resumos. Curitiba: Universidade Federal
do Paraná, 1999. p.166-167.
ção de forma abreviada),seguido de ponto, o local da
editora, seguido de dois pontos, a editora (a palavra
Caso haja coincidência de autores com o mesmo
editora não aparece), seguido de vírgula, o ano de
sobrenome e ano de publicação, acrescentam-se
publicação, seguido de ponto, o volume (se houver),
as iniciais de seus pré-nomes. No caso de termos
seguido de ponto, e o número total de páginas do
coincidências de dois trabalhos publicados pelo
livro. Esta pontuação segue padrões internacionais e
mesmo autor no mesmo ano, acrescentam-se letras
deve ser uniforme para todas as referências. As abre-
minúsculas após o ano de publicação tanto na cita-
viaturas devem ser conforme a NBR 10522.
ção como nas referências. Exemplo:
O recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico)
LOPES, J.; Ecologia de mosquitos (Díptera: Culi-
utilizado para destacar o elemento título deve ser
cidae) em criadouros naturais e artificiais de área
uniforme em todas as referências de um mesmo
rural do Norte do Estado do Paraná, Brasil. VI –
documento. Isso não se aplica às obras sem indi-
coletas de larvas no peridomicílio .Revista Brasilei-
cação de autoria ou de responsabilidade, cujo ele-
ra de Zoologia. 14 (3): 571-578, 1997a.
mento de entrada é o próprio título, já destacado
pelo uso de letras maiúsculas na primeira palavra,
LOPES, J.; Ecologia de mosquitos (Díptera: Culici-
com exclusão de artigos (definidos e indefinidos) e
dae) em criadouros naturais e artificiais de área ru-
palavras monossilábicas. Exemplo:
ral do Norte do Estado do Paraná, Brasil. V – cole-
SOBRENOME DO AUTOR, Pré-nomes.// Título;/ tas de larvas em recipientes artificiais instalados em
Subtítulo (quando houver).// ed.// Local da Editora: mata ciliar. Ver. Saúde Pública, 31 (4) 370-7, 1997b.
Editora, Ano de publicação. volume.// número total
de páginas.
44 Fascículo 3
Os sobrenomes com indicativos de parentesco, Se for utilizado o sistema numérico no texto, a lista
como FILHO, NETO, SOBRINHO, etc. são men- de referências deve seguir a ordem numérica crescen-
cionados, em seguida, aos sobrenomes por extenso. te, de acordo com a numeração utilizada no texto. O
sistema numérico não pode ser usado concomitante-
MÁTTAR NETO, J.A. Metodologia científica na mente para notas de referência e notas explicativas.
era da informática. São Paulo: Saraiva, 2002, 261p.
No texto:
Órgãos da administração governamental direta De acordo com as novas tendências da jurisprudên-
(ministérios, secretarias e outros) têm entrada pelo cia brasileira1, é facultado ao magistrado.
nome geográfico que indica a esfera de subordina-
ção (país, estado ou município). Na lista de referências:
1
CRETELLA JUNIOR, José. Do impeachment no
BRASIL. Ministério da Economia... direito brasileiro. ..
RECIFE. Prefeitura Municipal...
Congressos, reuniões, simpósios e conferências SOLOMON, D.V. . 11 ed. São Paulo: Martins
têm entrada pelo nome do evento, com indicação Fontes, 2004. 415p.
do respectivo número do evento em algarismos
arábicos, ano e local de realização. Para Livro em que Cada Capítulo tem um
Autor Próprio
Em caso de autoria desconhecida, entrar pelo título
da obra. O termo “anônimo” não deve ser usado. AUTOR DO CAPÍTULO.//Título do capítu-
lo.//In: AUTOR DA OBRA.//Título da obra.//
As referências devem ser ordenadas de acordo com Edição.//Local: Editora, Ano de Publicação.//
os sistemas: alfabético (ordem alfabética de entra- Numeração do capítulo, página inicial-final.
da) ou numérico (ordem de citação no texto).
TOKESHI, H..Variabilidade dos agentes fitopatogêni-
Se for utilizado o sistema alfabético, as referências cos. In: GALLI, F. Manual de Fitopatologia. 2. ed. São
devem ser reunidas no final do trabalho, do artigo Paulo: Agronômica Ceres, 1978. cap.10, p.199-214.
ou do capítulo, em uma única ordem alfabética.
Eventualmente, o(s) nome(s) do(s) autor(es) de vá- Para Enciclopédia e Dicionários
rias obras referenciadas sucessivamente, na mesma
página, pode(m) ser substituída(s), nas referências VERBETE.//In: AUTOR.//Local: Editora, Ano
seguintes à primeira, por um traço sublinear (equi- de Publicação.//Número do volume, página ini-
valente a seis espaços) e ponto. cial-página final.
------. NBR 6029: informação e documentação: livros Para Trabalhos de Conclusão de Curso
e folhetos – Apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 9p. (Monografia, Dissertação e Tese)
e SOBRENOME, Nome //Título.// Ano de Pu- sistema de gravação para vídeo (ou som), som, cor.
blicação.//Total de páginas.//Categoria (Área de (número do disco).
concentração) – Instituição, local de defesa.
RONCATI, N.; GRUBER, M. A cólica do cavalo.
FALCÃO, P.H. de B. Estudo da hemolinfa e da he- São Paulo: Art Vídeo, 1998. 1 cassete (45 min.):
mopoiese em larvas de 5. estádio de Panstrongylus NTSC/VMS, som., color.
megistus (Hemíptera). 1993. 121p. Dissertação
(Mestrado em Biologia Celular e Molecular) – Ins- Para CD-Rom – Trabalho
tituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ, Rio de Janeiro. Apresentado em Evento
Para Trabalhos Apresentados em Eventos AUTOR.//Título do trabalho.//In: NOME DO
Científicos (Congressos, Seminários, Sim- EVENTO, número, ano, local de realização.//Tí-
pósios, Reuniões, Encontros, etc.). tulo.//Local: Editor, Ano de Gravação.//página
inicial-página final.// Suporte.
AUTOR.//Título do trabalho.//In: NOME DO
EVENTO, número do evento, ano, local de reali- REZENDE, A.S.C.; SAMPAIO, I.B.M.; LEGOR-
zação.//Título.//Local: Editora, Ano de Publica- RETA, G.L. et al. De potros Mangalarga Marcha-
ção.//página inicial-final, volume. dor submetidos a dois diferentes programas nutri-
cionais. In.: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE
PEREIRA, R.C.O.; FALCÃO, P.H. de B. Insetos BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 34, 1997, Juiz de
pragas de importância doméstica no município de Fora. Anais. Juiz de Fora: Sociedade Brasileira de
Garanhuns. In: ENCONTRO PERNAMBUCA- Zootecnia, 1997. CD-ROOM.
NO DE BIÓLOGOS, III, 2004, Garanhuns. Bió-
logo mais que uma profissão, uma opção de vida. Para Entrevista
Garanhuns: Primeira mão, 2004. 109.
SOBRENOME DO ENTREVISTADO. Prenomes.
Para Periódicos (Artigos de Revista) A quem foi concedida a entrevista. Local. Data.
BÍBLIA. Português. Tradução ecumênica. Trad. Gru- Para Pareceres, Resoluções e Indicações
po Ecumênico do Brasil. São Paulo: Loyola, 1996.
AUTORIA (Instituição ou pessoa responsável).
Para Bíblia (Parte Dela) Tipo (parecer, resolução, indicação), número e
data. Ementa. Relator ou Consultor: nome. Dados
Quando se tratar de partes da Bíblia, inclui-se o da publicação que a divulgou.
título da parte antes da indicação do idioma e
menciona-se a localização da parte (capítulo, ver- CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. Resolu-
ção nº 16, de 13 de dezembro de 1984. Dispõe sobre
sículo no final).
reajustamento de taxas, contribuições e semestralida-
des escolares e altera a redação do artigo 5 da Reso-
BÍBLIA, N T João. Português. Bíblia Sagrada. Reed. lução nº1 de 14/01/83 Presidente: Lafayette de Aze-
Versão de Antônio Pereira de Figueiredo. São Paulo: vedo Ponde. Diário Oficial da República Federativa
Editora das Américas, 1950. Cap. 12. vers. 12. do Brasil, Brasília, 13 dez. 1984. Séc. 1, p. 190-191.
Na referenciação de atlas, quando esta palavra não E-mail (Mensagem Eletrônica) – Recebida
constar do título, deve ser indicada no final. Quan- Via Lista de Discussão
do houver autor ou editor responsável, dar entrada
por seu nome. AUTOR.//Título ou assunto.//In: Título da lis-
ta de discussão.//Local: editor, data.//Disponível
CARDOSO, Jayme Antonio: WESTPHALEN,
em: <........>.//Capturado em:.//Suporte.
Cecília Maria. Atlas histórico do Paraná. Curitiba:
Projeto, 1981.
PEREIRA, M.M.P.P. Localização de artigos. In:
Comut-on-line. Brasília: IBICT, 1999. Disponível
Para Livros Eletrônicos – no Todo em: <comut-on-line@ibict.br>. Capturado em: 24
ago. 1999. Online.
AUTOR.//Título: subtítulo (se houver).//edi-
48 Fascículo 3
RESUMO
A NBR 15287:2005 da ABNT estabelece os princípios gerais para apresentação de projetos de pesquisa.
Através de projetos, a ciência busca dar respostas aos problemas que lhe aparecem. São constituídos através
de um planejamento futuro, com uma sequência de etapas ordenadas, em que uma é interligada à outra,
visando enquadrar o assunto em diversas etapas metodológicas. Essas etapas são conduzidas por um pesqui-
sador dentro das normas estabelecidas pela metodologia científica. Os trabalhos acadêmicos de conclusão,
monografia, por exemplo, têm sua origem a partir de projetos de pesquisa. A elaboração de referências, de
acordo com a NBR 6023:2002 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em que define as
referências como o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite
sua identificação individual. Esta Norma fixa a ordem dos elementos e estabelece convenções para transcrição
e apresentação da informação originada do documento. São constituídas de elementos essenciais e comple-
mentares. As informações para a sua construção devem ser obtidas, sempre que possível, na folha de rosto
dos documentos. As referências são listadas em página própria, no final dos trabalhos.
REFERÊNCIAS
BELLUZZO, Regina Célia Baptista. Uso de ma- MOREIRA, Marco Antonio. A teoria da
pas conceituais e mentais como tecnologia de aprendizagem significativa e sua implemen-
apoio à gestão da informação e da comunica- tação em sala de aula. Brasília: Editora da
ção: uma área interdisciplinar em formação. Universidade de Brasília, 2006. p. 46-95.
Revista Brasileira de Biblioteconomia e docu-
mentação. São Paulo: Nova Série. Dez.2006. OLIVEIRA, Maria Marly de. Como fazer proje-
v.2. n.2. p. 78-89. ISSN:1980-6949. tos, relatórios, monografias, dissertações e te-
ses. Recife: Bagaço, 2003. 174p.
COSTA, M. R. N. Manual para elaboração e apre-
sentação de trabalhos acadêmicos: monografia, RUIZ, J. A. Metodologia científica: guia para eficiência
dissertação, tese. 2. ed. Recife: INSAF, 2003,111p. nos estudos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002, 181p.
FARIA, Wilson de. Mapas conceituais: Aplica- SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho cien-
ção ao ensino, currículo e avaliação. São Pau- tífico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2002, 333p.
lo: EPU, 1995. 59p.
Tavares. R. (2007). Construindo mapas con-
ISKANDAR, J. I. Normas da ABNT comentadas ceituais. Ciências & Cognição; Ano 04, Vol 12.
para trabalhos científicos. Curitiba: Champag- Disponível em: <www.cienciasecognicao.org>
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VIANNA, I. O. de A. Metodologia do trabalho
MÁTTAR NETO, J.A. Metodologia científica na era científico: um enfoque didático na produção
da informática. São Paulo: Saraiva, 2002, 261p. científica. São Paulo: E.P.U. 2001, 288p.
Fascículo 4
Fascículo 4 49
Objetivos Específicos
Conceituar os itens que compõem o trabalho.
Oferecer subsídios para elaboração dos trabalhos de conclusão de curso.
Aplicar as normas técnicas da ABNT na construção dos trabalhos acadêmicos.
1. O Projeto de Pesquisa
Segundo as normas da ABNT (NBR 14724, 2002), trabalhos acadêmicos (trabalho
de conclusão de curso – TCC, trabalho de graduação interdisciplinar – TGI) são do-
cumentos que representam o resultado de estudos, devendo expressar conhecimento
do assunto escolhido e serem realizados sob a coordenação de um orientador. Ainda
parafraseando Martins e Pinto (2001), esses trabalhos devem ser produto de uma
construção intelectual do aluno-autor que revela sua leitura, reflexão e interpretação
sobre um tema da realidade.
to que verse sobre um único tema. Normalmente, trata da normatização dos princípios gerais para a
trata-se de um texto extenso, completo e em pro- elaboração da apresentação dos trabalhos acadê-
fundidade sobre determinado assunto.” micos (teses, dissertações, monografias e outros),
visando a sua apresentação à instituição.
Os trabalhos acadêmicos são constituídos de ele-
mentos pré-textuias, textuais e pós-textuais, po- Os elementos que compõem o Trabalho de Con-
dendo ser estruturados de duas formas, de acordo clusão de Curso - TCC (Monografia, Dissertação
com a metodologia usada no Projeto de Pesquisa: e Tese) são definidos, sequenciados e estruturados
quando a proposta metodológica do Projeto é rea- da seguinte forma:
lizar uma pesquisa descritiva ou experimental, no
trabalho acadêmico, poderá ser usado o Roteiro 1, a) Capa
como é mostrado no quadro 1; no entanto, quando A capa é obrigatória, constituindo-se a proteção
a proposta do Projeto é realizar uma pesquisa biblio- externa do trabalho sobre a qual se imprimem as
gráfica, será usado o Roteiro 2 (ver quadro 1). informações indispensáveis à sua identificação,
obedecendo à seguinte ordem:
ELEMENTOS ROTEIRO 1 ROTEIRO 2
Pré-textuais - Capa (obrigatório) - Capa (obrigatório) • Instituição à qual o trabalho é submetido (depen-
- Folha de Rosto - Folha de Rosto dendo das normas da instituição, pode ser opcional);
(obrigatório) (obrigatório)
- Folha de Aprovação - Folha de Aprovação • Título do trabalho: deve ser claro e preciso,
(obrigatório) (obrigatório)
- Folha de Dedicatória - Folha de Dedicatória
identificando o seu conteúdo e possibilitando
(opcional) (opcional) a sua indexação;
- Pensamento (opcional) - Pensamento (opcional)
- Folha de Agradeci- - Folha de Agradeci- • Subtítulo: se houver, deve ser evidenciada a sua subor-
mentos mentos dinação ao título principal, precedido de dois pontos;
(opcional) (opcional)
- Resumo na língua - Resumo na língua • Nome do autor: responsável intelectual do trabalho;
vernácula (obrigatório) vernácula (obrigatório) • Local: cidade da instituição onde deve ser apre-
- Resumo em língua - Resumo em língua
estrangeira (depende estrangeira (depende sentado;
da exigência da institui- da exigência da institui-
ção na qual o trabalho ção na qual o trabalho
• Ano de entrega do trabalho.
será entregue) será entregue)
- Lista de ilustrações - Lista de ilustrações
(opcional) (opcional) b) Folha de Rosto
- Lista de tabelas - Lista de tabelas
(opcional) (opcional)
- Lista de abreviaturas ou - Lista de abreviaturas ou Elemento obrigatório; trata-se da folha que apre-
siglas (opcional) siglas (opcional)
- Lista de símbolos - Lista de símbolos
senta os elementos essenciais à identificação do
(opcional) (opcional) trabalho. Deve conter:
- Sumário (obrigatório) - Sumário (obrigatório)
A Norma Brasileira (NBR) 14724:2002 da ABNT Esta folha é obrigatória, vem após a folha de rosto, con-
Fascículo 4 51
tendo os elementos essenciais à aprovação do trabalho: o verbo na voz ativa e terceira pessoa do singular.
nome do autor, título do trabalho e subtítulo (se hou- Quanto a sua extensão, os resumos devem ter de
ver), data de aprovação, nome, titulação e assinatura 150 a 500 palavras nos trabalhos acadêmicos e
dos membros componentes da banca examinadora e técnico-científicos; entre 100 e 250 palavras os de
instituições a que pertencem. A data de aprovação e artigos de periódicos e de 50 a 100 palavras, os des-
assinaturas dos componentes da banca examinadora tinados a indicações breves.
são colocadas após a aprovação do trabalho.
Em algumas instituições, também é solicitada uma ver-
d) Folha de Dedicatória são do resumo num idioma de divulgação internacio-
nal, com as mesmas características do resumo na língua
Folha opcional na qual o autor dedica seu trabalho vernácula, em folha separada (em inglês Abstract, em
ou presta uma homenagem a alguém que, porventu- espanhol Resumen, em francês Resume, por exemplo).
ra, tenha contribuído para a elaboração do trabalho.
Deve figurar à direita, na parte inferior da folha. Deve ser seguido de palavras-chaves, logo abaixo do resu-
mo, antecedidas da expressão Palavras-chaves:, separadas
e) Folha de Pensamento entre si por ponto e finalizadas também por ponto.
Página opcional na qual o autor inclui um pensa- Quando o resumo for encaminhado para ser apre-
mento ou citação. Deve figurar à direita, na parte sentado em um evento científico (congresso, en-
inferior da folha. contro, etc.), este deve ser precedido da referência
do documento, com exceção do resumo inserido
f) Folha de Agradecimentos no próprio documento.
Recomenda-se o uso de parágrafo único. Deve-se usar É elaborado, conforme a NBR 6027, de maio de
52 Fascículo 4
Elemento opcional. Relação de palavras ou expres- O índice deve abranger as informações extraídas do
sões técnicas de uso restrito ou sentido obscuro, documento, inclusive entre outros. O índice pode
utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas complementar informações não expressas no docu-
definições. mento, tais como nomes completos, datas de iden-
tificação, nomes de compostos químicos etc.
4.4. Apêndice
O título do índice deve definir sua função e/ou
conteúdo (exemplos: índice de assunto, etc.); é
Elemento opcional. Texto ou documento elaborado
impresso no final do documento, com paginação
pelo autor, a fim de complementar sua argumenta-
consecutiva ou em volume separado. Em índice al-
ção, sem prejuízo da unidade do trabalho, tais como
fabético, recomenda-se imprimir, no canto superior
entrevistas, questionários, tabelas, fotografias. O(s)
externo de cada página, as letras iniciais ou a pri-
apêndice(s) é (são) identificado(s) por letras maiúscu-
meira e a última entradas da página. No índice ge-
las consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.
ral, as entradas de cada categoria devem ser diferen-
ciadas graficamente. Deve-se evitar o uso de artigos,
Ex.: APÊNDICE A – Título do documento.
adjetivos, conjunções etc. no início dos cabeçalhos.
APÊNDICE B – Título do documento.
etc.
4.6. Índice
{
CAPA CAPA prio. E, para finalizar, faz a conclusão do trabalho,
FOLHA DE ROSTO FOLHA DE ROSTO inserindo os elementos pós-textuais.
pré-textuais
SUMÁRIO Elementos FOLHA DO EXAMINADOR
FOLHA DE DEDICATÓRIA
1. INTRODUÇÃO FOLHA DE PENSAMENTO
6. Modelos dos Elementos que
2. OBJETIVOS FOLHA DE AGRADECIMENTOS
GERAL RESUMO
Compõem Uma Monografia
ESPECÍFICOS SUMÁRIO
3. JUSTIFICATIVA 1. INTRODUÇÃO
É importante que o autor e o orientador coloquem
4. METODOLOGIA + outras citações
em prática as margens e os espaçamentos orienta-
5. CRONOGRAMA mostrar o objetivo da pesquisa
dos na unidade temática 3 deste documento. A
6. REFERÊNCIAS mostrar a importância
seguir, estão os exemplos das diversas páginas que
7. BIBLIOGRAFIA 2. METODOLOGIA
irão compor a monografia.
8. APÊNDICE 3. RESULTADOS
9. ANEXOS 4. CONCLUSÕES
Modelo de capa
5. REFERÊNCIAS
6. BIBLIOGRAFIA
7. APÊNDICE UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE
8. ANEXOS FACULDADE DE CIÊNCIAS, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
DE GARANHUNS - FACETEG
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
{
CAPA CAPA
FOLHA DE ROSTO FOLHA DE ROSTO
pré-textuais
Elementos
FOLHA DE DEDICATÓRIA
1. INTRODUÇÃO FOLHA DE PENSAMENTO
2. OBJETIVOS FOLHA DE AGRADECIMENTOS
GERAL RESUMO
ESPECÍFICOS SUMÁRIO
AUTOR
3. JUSTIFICATIVA ou 1. INTRODUÇÃO
4. METODOLOGIA mostrar o objetivo da pesquisa
5. CRONOGRAMA mostrar a importância
6. REFERÊNCIAS CAPÍTULO I - TÍTULO
7. BIBLIOGRAFIA CAPÍTULO II - TÍTULO CIDADE – ESTADO
9. ANEXOS CAPÍTULO III - TÍTULO ANO
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA
ANEXOS
AUTOR AUTOR
TÍTULO DA MONOGRAFIA
TÍTULO DA MONOGRAFIA
APROVADA EM _____/_____/_____.
Monografia apresentada ao
Curso de Licenciatura em Ci- BANCA EXAMINADORA
ências Biológicas, modalidade
a Distância, ministrado pela
Universidade de Pernambuco, ___________________________________
em cumprimento às exigências Prof. Esp. Renato Medeiros
para conclusão do Curso. Universidade de Pernambuco
___________________________________
Prof. Me. Pedro Henrique de Barros Falcão
Universidade de Pernambuco
Orientador:
CIDADE – ESTADO
ANO
AUTOR
TÍTULO DA MONOGRAFIA
Monografia apresentada ao
Curso de Licenciatura em Ci-
ências Biológicas, modalidade
a Distância, ministrado pela
Universidade de Pernambuco,
em cumprimento às exigências
para conclusão do Curso.
Orientador:
A meus pais, Terezinha e Pedro Falcão
(in memorian), OFEREÇO.
Com carinho, a minha esposa Etiane
CIDADE – ESTADO e as minhas filhas Larissa, Letícia e
ANO Lorena, DEDICO.
56 Fascículo 4
RESUMO
Ao Prof. Dr. André Furtado, meu agradecimento especial pelos va- 1.Título da Tabela....................................................................00
liosos ensinamentos, orientação e apoio, tornando possível a reali-
zação deste trabalho. 2.Idem......................................................................................00
Aos amigos Josevaldo Araújo e Severino Bezerra, pela colaboração
constante, incentivo e amizade sempre presentes em muitos momentos.
A Rodrigo César e Marcelo Siqueira, pelo apoio, colaboração e in-
centivo.
A minha esposa Etiane Falcão, pelo carinho, paciência e estímulo
indispensável à realização deste trabalho.
À secretária da FFPG, Esther Leyla Braga, pelo auxílio e pela cola-
boração na normatização gráfica deste trabalho.
A todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para a
realização deste trabalho.
Fascículo 4 57
SUMÁRIO 2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................11
4 CONCLUSÕES ....................................................................... 12
5 REFERÊNCIAS ...................................................................... 13
6 BIBLIOGRAFIA...................................................................... 14
ANEXOS..................................................................................... 15
4 CONCLUSÕES 6 BIBLIOGRAFIA
5 REFERÊNCIAS 5 ANEXO
RESUMO
A elaboração de trabalhos acadêmicos (trabalho de conclusão de curso - TCC, trabalho
de graduação interdisciplinar - TGI) tem sido uma das atividades mais usadas atualmente,
visando à preparação de alunos para adquirirem uma consciência crítica cada vez mais
abrangente e estimular nestes a pesquisa científica, auxiliando no processo de aprender a
aprender. A forma como construir e estruturar os trabalhos é mostrada, nesta unidade temáti-
ca, de forma simples, didática, com modelos e exemplos de como montar uma monografia,
de acordo com as normas exigidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
REFERÊNCIAS
CYRANKA, L. F. M. & SOUZA, V. P. de. Orienta- TACHIZAWA, T. & MENDES, G. Como fazer
ções para normatização de trabalhos acadêmi- monografia na prática. 6. ed. Rio de Janeiro:
cos. 6 ed. Juiz de Fora: UFJF. 2000, 89p. Fundação Getúlio Vargas, 2001, 138p.
ECO, U. Como se faz uma tese. 15.ed. São VIEIRA, S. Como escrever uma tese. 5. ed. São
Paulo: Perspectiva. 1999, 170p. Paulo: Pioneira, 1999, 102p.
INACIO FILHO, G. A monografia nos cursos de Abstract – normalmente presente em dissertações de mes-
trado e teses de doutorado.
graduação. 2 ed. Uberlândia: EDUFU, 1994, 117p.
Agradecimento(s) – folha na qual o autor faz agradeci-
ISKANDAR, J.I. Normas da ABNT comentadas mentos dirigidos àqueles que contribuíram de maneira re-
para trabalhos científicos. Curitiba: Champag- levante à elaboração do trabalho.
nat, 2000, 101p.
Aleatório – escolhido ao acaso, equiprobabilisticamente.
KERSCHER, M. A. & KERSCHER, S. A. Mono- Alinea – cada uma das subdivisões de um documento, in-
grafia: como fazer. 2. ed. Rio de Janeiro: Thex, dicada por uma letra minúscula e seguida de parênteses.
1999, 111p.
Amostra [amostragem] – pequena porção de alguma
coisa dada para ver, provar ou analisar, a fim de que a
MARTINS, G. de A. Manual para elaboração de qualidade do todo possa ser avaliada ou julgada. a. aci-
monografias e dissertações. 3. ed. São Paulo: dental, amostra colhida por amostragem acidental, amos-
Atlas, 2002, 131p. tra casual, amostra randômica; a. bola de neve, na qual
um sujeito indica outro sujeito para integrar-se, usada em
uma população especializada e de pequeno número; a.
OLIVEIRA, M. M. de. Como fazer projetos, múltiplos estágios, tipo de amostra probabilística na qual
relatórios, monografias, dissertações e teses. várias etapas são realizadas até que se obtenha a amostra
Recife: Bagaço. 2003, 174p. final; a. estratificada, comumente usada em pesquisas de
opinião social na qual consegue atingir opiniões de várias
60 Fascículo 4
Cabeçalho – palavra(s) ou símbolo(s) que determina(m) a Dedução – tipo especial de inferência que parte de, pelo
entrada. menos, uma premissa universal e que conduz a uma con-
clusão particular.
Capa – proteção externa do trabalho sobre a qual se im-
primem as informações indispensáveis à sua identificação. Delineamento de Pesquisa – plano ou esquema geral a ser
utilizado numa pesquisa; planejamento dos procedimentos
CAPES – sigla indicativa da “Coordenação de Aper- que serão utilizados na coleta e análise dos dados obtidos
feiçoamento de Pessoal de Nível Superior”, órgão do gov- em uma pesquisa.
erno federal brasileiro cujo objetivo é o de avaliar o sistema
de pós-graduação stricto sensu em nosso país. Demonstração – meio de se chegar a uma prova, evidên-
Fascículo 4 61
cia. Processo por meio do qual se explica o método utiliza- realidade. Contrasta-se com teórico.
do para se chegar a uma conclusão.
Ensaio – tipo de estudo experimental, no qual ocorre a vi-
Detecção de casos – técnicas de pesquisa utilizada princi- são das respostas que podem ser encontradas na pesquisa.
palmente na área de saúde pública, que consiste no exame
de sujeitos assintomáticos ou saudáveis, com a finalidade Entidade – instituição, sociedade, pessoa jurídica, estabe-
de se estabelecer a probabilidade de terem a doença que lecida para fins específicos.
é o motivo do estudo.
Entrada – unidade do índice que consiste em cabeçalho e
Direito autoral – direito, concedido por lei, de proprieda- indicativo de sua localização no texto.
de intelectual que o autor possui sobre sua obra.
Entrevista – procedimento genérico de coleta de dados,
Dissertação – no Brasil, tipo de trabalho monográfico no qual ocorre a presença física ou a distância do pesqui-
resultante de um mestrado acadêmico. Documento que sador e do sujeito entrevistado. Pode ser: estruturada ou
representa o resultado de um trabalho experimental ou semiestruturada.
exposição de um estudo cientifico retrospectivo, de tema
único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo Epistemologia – “O estudo do conhecimento” que pode
de reunir, analisar e interpretar informações. Deve eviden- ser construído e avaliado.
ciar o conhecimento da literatura existente sobre o assunto
e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob Errata – lista das folhas e linhas em que ocorrem erros,
a coordenação de um orientador (doutor), visando à ob- seguida das devidas correções. Apresenta-se quase sempre
tenção do título de mestre. em papel avulso ou encartado, acrescido ao trabalho de-
pois de impresso.
Documento – qualquer suporte que contenha informação
registrada, formando uma unidade, que possa servir para Estratégia de Coleta de Dados – é onde o pesquisador
consulta, estudo ou prova. Inclui impressos, manuscritos, traça sua categoria de pesquisa, que pode ser local, divi-
registros audiovisuais e sonoros, imagens, entre outros (AS- dindo-se em campo (quando não há controle) e de labo-
SOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). ratório (quando há controle), que ajudará o pesquisador a
organizar sua pesquisa.
E
Estratégia de Pesquisa – conjunto de decisões que o pes-
Edição – todos os exemplares produzidos a partir de um quisador tem que tomar ao longo do processo de pesqui-
original ou matriz. Pertencem à mesma edição de uma obra sa, em função das características particulares do fenômeno
todas as suas impressões, reimpressões, tiragens etc., pro- que está estudando e de outras contingências que afetam
duzidas diretamente ou por outros métodos, sem modifica- seu trabalho (ex: orçamento, tempo, etc.).
ções, independentes do período decorrido desde a primeira
publicação. Estudo de Caso – estudo realizado com um único sujeito
(uma pessoa, uma empresa uma cidade, um evento etc).
Editora – casa publicadora, pessoa(s) ou instituição res-
ponsável pela produção editorial. Conforme o suporte do- Estudo Epidemiológico – estudo que tem por objetivo in-
cumental, outras denominações são utilizadas: produtora vestigar a existência e as características das doenças nas
(para imagens em movimento), gravadora (para registros populações.
sonoros), entre outros.
Estudo Etnográfico – estudo que visa descrever e analisar
Elementos Essenciais – são as informações indispensáveis as práticas, crenças e valores culturais de uma comunidade.
à identificação do documento. Os elementos essenciais
estão estritamente vinculados ao suporte documental e va- Estudo Piloto – estudo preliminar à pesquisa, conduzido
riam, portanto, conforme o tipo. com a finalidade de antecipar problemas.
Elementos Complementares – são as informações que, Ética – é uma reflexão, um repensamento, um questiona-
acrescidas aos elementos essenciais, permitem melhor ca- mento sobre as normas morais existentes numa pessoa,
racterizar os documentos. grupo social, povo, etnia, sociedade, nação ou simples-
mente entre os seres humanos.
Elementos Pós-Textuais – elementos que complementam
o trabalho. Etinografia – análise dos povos e sociedades, seus modos
de vida e aspectos culturais.
Elementos Pré-Textuais – elementos que antecedem o tex-
to com informações que ajudam na identificação e utiliza- Evento científico – reunião na qual ocorrem apresenta-
ção do trabalho. ções de trabalhos científicos, discussões e debates de temas
científicos com a participação de pesquisadores e estudan-
Elementos Textuais – parte do trabalho em que é exposta tes. São eles: congressos, fórum, simpósio e mesa-redonda.
a matéria.
Excel – programa de computador utilizado para tabulações
Empírico – que advém da experiência e da observação da e cálculos estatísticos.
62 Fascículo 4
Experimentação – ato ou efeito de experimentar. Técnica quisa passa a fazer parte, por meio do seu resumo e de
científica utilizada para testar hipóteses e oferecer respostas suas palavras-chave, de um índice científico.
a problemas específicos.
Indicativo – número(s) da(s) páginas ou outra(s)
Experimento – ato ou efeito de experimentar, trabalho cien- indicação(ões) especificada(s), do local onde os itens po-
tifico que se destina a verificar um fenômeno físico, ensaio, dem ser localizados no texto.
tentativa, experimento.
Indicativo de Seção – número ou grupo numérico que an-
F tecede cada seção do documento.
Fenômeno – termo originário do verbo grego fainestai, que Índice – lista de palavras ou frases, relação de itens numa
significa “aquilo que se mostra”, “aquilo que se manifesta”. publicação, ordenadas segundo determinado critério, que
Este termo é geralmente usado para referir aos objetos de tem como objetivo facilitar a busca da informação.
estudo nas pesquisas qualitativas, principalmente no con-
texto das ciências humanas. Indução – trata-se de um tipo especial de inferência, da
qual se parte uma série de informações ou premissas par-
Ficha bibliográfica – resumo que os pesquisadores costu- ticulares.
mam fazer com o objetivo de facilitar a organização de um
levantamento bibliográfico. Instrumento – meio através do qual se mensura determi-
nado fenômeno ou se obtêm dados numa pesquisa.
Ficha catalográfica – classificação normativa utilizada
para otimizar a colocação, a classificação e a localização ISBN – sigla indicativa de “Internacional Standard Book
de teses e dissertações numa biblioteca. Number”, que é um sistema internacional padronizado que
Fidedignidade – grau de confiabilidade que determinado identifica numericamente os livros segundo o título, autor,
conhecimento científico pode assumir. país, editora, individualizando-os, inclusive, por edição.
Folha de aprovação – folha que contém os elementos es- ISO – (Organização Internacional para a Normatização);
senciais à aprovação do trabalho. órgão internacional que congrega institutos e organizações
de normatização de mais de uma centena de países.
Folha de rosto – página na qual se encontram as infor-
mações essenciais acerca de um trabalho acadêmico, tais J
como título, nome do autor, local e ano de publicação,
nome da instituição e, normalmente, um pequeno texto que Justificativa – seção de um projeto de pesquisa na qual o
explica a finalidade institucional do trabalho. autor defenderá a necessidade da realização do trabalho e
apresentará justificativas técnicas, profissionais, heurísticas,
Formulário – instrumento de pesquisa, similar a um ques- sociais etc.
tionário, porém a ser preenchido pelo próprio pesquisador.
L
Fórum – versão reduzida em tamanho e em importância de
um congresso científico. Laboratório – qualquer ambiente de pesquisa ou de coleta
de dados no qual haja um certo nível de controle por parte
G do pesquisador. Contrapõe-se ao termo campo.
Glossário – conjunto de termos e/ou conceitos de deter- Lato Sensu – em sentido amplo. O contrário de stricto sensu
minada área de conhecimento, acompanhados dos seus
respectivos significados. Levantamento – tipo de delineamento de pesquisa descri-
tiva, cujo objetivo é o de verificar o estado atual de dado
H fenômeno.
Hipótese – suposição realizada provisoriamente com o in- Lista – enumeração de elementos selecionados do texto,
tuito de explicar algo que se desconhece. tais como datas, ilustrações, exemplos etc., na ordem de
sua ocorrência.
I Lógica – parte da filosofia que estuda os métodos e prin-
cípios usados para distinguir o raciocínio correto do incor-
Ibidem – termo latino que significa “na mesma obra”. É reto, entendendo-se por raciocínio aquele gênero especial
utilizado quando houver a necessidade de realizar várias de pensamento no qual realizam inferências e se derivam
citações de uma mesma obra num espaço relativamente conclusões a partir de premissas (COPI, 1978). .
curto de texto.
Material – parte integrante de um trabalho científico (nor- Ontologia – corpo de conhecimentos integrante da Filo-
malmente uma subseção da secção “método”), no qual se sofia que se preocupa com o existir e com a natureza “a ci-
descrevem os matérias utilizados na coleta de dados. ência que estuda o ser enquanto ser”, segundo Aristóteles.
Método – sequência lógica de procedimentos que devem Palavra-chave – palavra representativa do conteúdo do
ser seguidos em busca de um objetivo, em que, a partir documento, escolhida, preferencialmente, em vocabulário
dele, teremos a construção do conhecimento e do método controlado.
cientifico.
Paper – ver artigo.
Método Científico – 1 – identificação de um problema; 2 –
especificação do problema; 3- tentativa de enquadramento Patente – processo de proteção de uma invenção, cujo ob-
do problema http://docs.google.com/Doc?id=dgz6hvrq_ jetivo é o de garantir ao autor de uma idéia a propriedade
63fhp6r7dj&hl=pt_BR; 4- tentativa de solução do proble- desta e, portanto, dos lucros financeiros que decorrem de
ma; 5- geração de novas ideias; 6- obtenção de uma solu- seu uso.
ção; 7- análise das consequências da solução; 8- prova da
solução; 9- correção da solução. Periódico – publicação científica especializada na qual os
artigos (pesquisas) são publicados.
Monismo Metodológico – ponto de vista no qual todas
as ciências devem ater-se a um único método. Contrário Pesquisa – processo por meio do qual a ciência busca dar
ao dualismo metodológico, que defende a diferenciação resposta aos problemas normalmente sociais. Investigação
metodológica entre as ciências naturais e sociais. V.tb.: du- sistemática de determinado assunto que visa obter novas
alismo metodológico, hermenêutica e positivismo. informações e ou reorganizar as informações já existentes
sobre um problema específico e bem definido.
Monografia – qualquer trabalho escrito (científico ou não)
que verse sobre um único tema. Pesquisa Bibliográfica – pesquisa que se restringe à aná-
lise de documentos.
Moral – é o conjunto de prescrições vigentes numa deter-
minada sociedade e consideradas como critérios válidos Ph.D – sigla indicativa de Philosophy Doctor, grau acadêmi-
para a orientação do agir de todos os membros dessa so- co norte-americano, equivalente ao grau de doutor no Brasil.
ciedade.
Plataforma Lattes – banco de dados que facilitam e in-
MS – sigla indicativa de Master of Science (às vezes, tam- tegram as atividades de fomento, gestão e planejamento
bém grafado como M. Sc.), grau acadêmico norte-ameri- em ciência e tecnologia em nosso país. Esse nome é uma
cano, equivalente ao de grau de mestre no Brasil. homenagem ao físico brasileiro César Lattes.
mente à formação de professores universitários e cientistas. resultados e a conclusão do estudo. É escrito na língua ver-
nácula e, em alguns casos, também em língua estrangeira.
Poster – instrumento de comunicação, exibido em diversos
suportes, que sintetiza e divulga o conteúdo a ser apresentado. Revisão de Literatura – levantamento e análise criteriosa e
sistemática dos resultados e conclusões de outras pesquisas
Prefácio – texto curto que tem por objetivo apresentar o acerca de determinado tema.
trabalho acadêmico, delinear seus objetivos, explicar sobre
a estrutura geral do texto. S
Premissa – proposição especial em um argumento, a partir SBPC – sigla referente à “Sociedade Brasileira para o Pro-
da qual, por meio de um processo de inferência (dedução gresso da Ciência”, entidade civil sem fins lucrativos, que
ou indução), chega-se a uma conclusão. congrega cientistas, estudantes e outras entidades científicas.
Probabilidade – chance de ocorrência de um evento. Seção – parte em que se divide o texto de um documento,
que contém as matérias consideradas afins na exposição
Problema – questão a ser investigada em uma pesquisa, ordenada do assunto.
colocada na forma interrogativa. O problema é uma espe-
cificação do tema de pesquisa, devendo ser circunscrito e Seção Primária – principal divisão do texto de um documento.
bem definido.
Seção Secundária, Terciária, Quaternária, Quinária – di-
Projeto – descrição da estrutura de um empreendimento visão do texto de uma seção primária, secundária, terciária,
a ser realizado. quaternária, respectivamente.
Projeto de Pesquisa – documento que especifica informa- Sigla – reunião das letras dos vocábulos fundamentais de
ções acerca de uma pesquisa ainda não realizada, mas uma denominação ou título.
que se pretende realizar. Normalmente apresenta todos os
componentes de uma pesquisa comum, exceto as seções Símbolo – sinal que substitui o nome de uma coisa ou de
de resultados e conclusões. uma ação.
Qualitativo – adjetivo sinônimo de nominal (qualidade), Subcabeçalho – palavra ou símbolo que complementa o
quando se refere às variáveis. cabeçalho.
Quantitativo – variável referente à quantidade de coleta Subtítulo – informações apresentadas em seguida ao tí-
de dados. tulo, visando esclarecê-lo ou complementá-lo, de acordo
com o conteúdo do documento.
Questionário – I - técnica estruturada para coleta de da-
dos; II – tipo de instrumento de pesquisa, que consiste num Sujeito de Pesquisa – indivíduo participante de uma pes-
conjunto de perguntas escritas que devem ser respondidas quisa e que será objeto de coleta de dados.
pelos sujeitos.
Sumário – lista enumerada sequencial dos tópicos que
R aparecem num trabalho, acompanhados da indicação dos
números de páginas em que esses tópicos iniciam. O su-
Referências – secção normalmente situada ao final de um mário deve ser colocado no início do trabalho.
trabalho científico que lista as fontes documentais utiliza-
das, individualmente e que permitem sua identificação. T
Resenha – apreciação crítica de um texto, livro ou artigo. O Tabela – elemento demonstrativo de síntese que constitui
objetivo da resenha é o de resumir as principais ideias do unidade autônoma.
texto original e discuti-las criticamente, também chamado
de resumo crítico. Técnica – I - conjunto de procedimentos organizados ba-
seados em um conhecimento científico; II – conjunto de
Resultados – parte de um trabalho científico, na qual se métodos ou processos de manipulação na produção de um
descrevem os resultados brutos e sintetizados da pesquisa resultado.
(geralmente através de tabelas e gráficos).
Tese – tipo de trabalho monográfico executado em pro-
Resumo – parte de um trabalho científico, na qual o autor gramas de pós-graduação “stricto-sensu”, em nível de
contextualiza o problema de pesquisa; de forma concisa, doutorado; proposição defendida em trabalho científico. É
mostra os pontos relevantes do texto, fornecendo uma visão produzida sob a coordenação de um orientador (doutor) e
rápida e clara do conteúdo, o método utilizado, os principais visa à obtenção do título de doutor ou similar.
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Título – palavra, expressão ou frase que designa o assunto ______. NBR 6024: informação e documenta-
ou o conteúdo de um documento. ção: numeração progressiva das seções de um
Trabalhos acadêmicos – são constituídos do trabalho de documento escrito – Apresentação. Rio de Ja-
conclusão de curso (TCC); trabalho de graduação inter- neiro, 2003. 3p.
disciplinar (TGI). Documento que representa o resultado
de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto ______. NBR 6027: informação e documenta-
escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da
ção: sumário – Apresentação, Rio de Janeiro,
disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa
e outros ministrados. É realizado sob a supervisão de um 2003, 2p.
orientador.
______. NBR 15287: informação e documen-
U tação: projeto de pesquisa – Apresentação, Rio
de Janeiro, 2005, 6p.
Utilitarismo – ponto de vista filosófico que considera o va-
lor de uma ação em função das suas consequências.
______. NBR 10520: informação e documenta-
V ção: citações em documentos – Apresentação.
Rio de Janeiro, 2002. 07p.
Verificabilidade – princípio segundo o qual somente pode
ser considerado verdadeiro aquilo que puder ser empirica- ______. NBR 14724: informação e documen-
mente verificado.
tação – trabalhos acadêmicos – Apresentação.
Rio de Janeiro, 2002. 6p.
Volume – divisão de uma obra. II – reunião de um con-
junto de fascículos de um periódico por unidade de tempo. BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filo-
sofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. 437p.
W
BURGUIÈRE, André. Dicionário das Ciências
Workshop – I - curso intensivo, de curta duração; II – apre-
sentação de técnicas e procedimentos. Históricas. Rio de Janeiro: Imago. 1993. 776p.
Y
Yearbook – livro do ano, anuário. Obra que contém a infor-
mação acumulada de um ano sobre determinado assunto
ou das atividades de uma instituição em determinado ano.
Z
Zetética – I- do grego (zetezis), significa pesquisa, questio-
namento, especulação.
Bibliografia Consultada
APOLINÁRIO, Fábio. Dicionário de metodologia
científica: um guia para produção do conheci-
mento científico, São Paulo: Atlas, 2004. 300p.