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2a edição | Nead - UPE 2009

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)


Núcleo de Educação à Distância - Universidade de Pernambuco - Recife

Melo, Josevaldo Araújo de


M528m Metodologia científica / Josevaldo Araújo de Melo, Pedro Henrique de
Barros Falcão, Esther Leyla Braga Siqueira. - Recife: UPE/NEAD, 2009.
65 p.: il. – (Letras).

ISBN 978-85-7856-013-3

Conteúdo: fasc. 1 – Introdução ao pensamento científico; fasc. 2 – A ética,


a redação e os aspectos gráficos da pesquisa científica; fasc. 3 – O projeto de
pesquisa; fasc. 4 – Trabalhos acadêmicos – TA.

1. Metodologia Científica 2. Pesquisa científica 3. Ética 4. Projeto de
pesquisa 5. Trabalhos acadêmicos 6. Educação à distância I. Falcão, Pedro
Henrique de Barros II. Siqueira, Esther Leyla Braga III. Universidade de
Pernambuco, Núcleo de Educação a Distância II. Título

CDU 001.8
Universidade de Pernambuco - UPE
Reitor
Prof. Carlos Fernando de Araújo Calado

Vice-Reitor
Prof. Reginaldo Inojosa Carneiro Campello

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NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


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Edição 2009
Impresso no Brasil - Tiragem 150 exemplares
Av. Agamenon Magalhães, s/n - Santo Amaro
Recife - Pernambuco - CEP: 50103-010
Fone: (81) 3183.3691 - Fax: (81) 3183.3664
Fascículo 1 5

Metodologia
Científica Prof. Josevaldo Araújo de Melo
Prof. Pedro Henrique de Barros Falcão
Carga Horária | 15 horas
Ementa
Oferecer subsídios para o entendimento da construção científica como pro-
cesso, apontando as diversas etapas da investigação e pesquisa científica bem
como técnicas e normas por meio da produção de trabalhos científicos, con-
siderando os vários tipos de conhecimento e ressaltando a importância da
pesquisa para a vida Acadêmica e Profissional.

Objetivo Geral
Despertar o interesse pela investigação científica, possibilitando a compreensão
dos fundamentos da abordagem metodológica, enfatizando a sistematização
do estudo para o trabalho de pesquisa e propiciando ao aluno um pensamento
crítico/científico na elaboração de projetos e trabalhos de conclusão de curso.

Apresentação da Disciplina
A elaboração de textos científicos para pesquisa, o preparo de livros para o ensino
e a organização de documentos com informações para públicos diferenciados são
algumas das facetas importantes do vasto processo de comunicação, que susten-
tam permanentemente as atividades acadêmicas. Além da comunicação direta,
que viabiliza o intercâmbio de ideias e experiências entre pessoas, a comunicação
indireta, por meio de documentos, assume importância cada vez maior em nossa
sociedade. A produção, seguida da armazenagem e do uso de documentos, cons-
tituem etapas essenciais para as variadas alternativas de acesso a informações que
a dinâmica da sociedade requer.

De acordo com Costa (2003), até poucos anos atrás, a elaboração de uma mo-
nografia acadêmica no final de um curso, como exigência da obtenção de títulos
acadêmicos, era quase que exclusiva dos cursos de pós-graduação, especialmente
em nível de Mestrado e Doutorado. A disciplina Metodologia Científica ou cor-
relata era também exigência obrigatória em tais cursos.

Atualmente, com as modificações da educação brasileira, a exigência da elabo-


ração de uma monografia acadêmica, como requisito à obtenção de títulos aca-
dêmicos, se estende, também, aos cursos de graduação, e, consequentemente, a
disciplina de Metodologia Científica também passou a ser obrigatória.

A abordagem da disciplina Metodologia Científica tornou-se um desafio na ten-


tativa de ajudar o aluno a esclarecer os métodos e as técnicas necessárias tanto
ao estudo quanto à pesquisa bem como disciplina o indivíduo em suas tarefas
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acadêmicas, otimizando seu tempo e desempenho. A importância desse estudo consiste, principalmente,
em traduzir, de forma didática, o conjunto de normas técnicas e suas recomendações, padronizando, as-
sim, os trabalhos acadêmicos.

A Metodologia Científica é considerada, muitas vezes, pelos alunos que iniciam o curso superior como
um assunto insípido, monótono, desagradável, de difícil compreensão e, aparentemente, inútil. Somente

a vivência universitária permite melhor compreendê-la e avaliar a sua capital importância no contexto aca
dêmico e científico. Essa disciplina não é para ser decorada e, sim, para ser aplicada na prática, portanto
é necessária a dedicação e o exercício permanente , para se ter um resultado positivo. Este Componente
Curricular está dividido em quatro fascículos, de forma que cada um mostra aspectos na construção do
trabalho acadêmico.
Fascículo 1
Fascículo 1 7

Introdução
ao Pensamento
CientíficoProf. Josevaldo Araújo de Melo
Prof. Pedro Henrique de Barros Falcão
Carga Horária | 15 horas
Objetivos Específicos
Definir e caracterizar metodologia científica;
Conhecer e diferenciar os diversos níveis de conhecimento e as etapas do método científico;
Propiciar a formação de um pensamento crítico/científico.

1. A Consciência Científica
A realização de pesquisas científicas requer, necessariamente, que se reflita acerca
dos seus propósitos bem como sobre a metodologia da investigação, a lógica do
raciocínio científico e, também, sobre a própria ciência e seu lugar na sociedade
local e global.

Existe a necessidade de que o intelectual, seja ele aluno, professor ou pesqui-


sador, tenha associado a prática à devida teoria e vice-versa. Também se deve
ter em mente que a posição metodológica do hábito adquirido pela prática da
pesquisa, ao longo da experiência profissional, pode gerar confiança excessiva no
pesquisador, levando-o a dispensar a reflexão teórica e a própria consciência da
transitoriedade da ciência, o que representa uma falha grave dada pela própria
essência do trabalho científico, ou seja, o desenvolvimento do senso crítico, ad-
quirido gradativamente, através, principalmente, de uma proximidade filosófica.

A palavra “Ciência”, como tantas outras do idioma Português, tem origem latina,
“Scientiae”, que significa conhecimento. Segundo HOUAISS (2001), é o conhe-
cimento atento e aprofundado de alguma coisa. É uma atividade, disciplina ou
estudo voltado para qualquer área. Já, de acordo com GIL (1999), “ciência pode
ser caracterizada como uma forma de conhecimento objetivo, racional, sistemá-
tico, geral, verificável e falível”. Ainda FACHIN (2001) afirma que “ciência é
um progresso permanente de acúmulo de conhecimentos sobre algo e de ações
racionais, sistemáticas, exatas e verificáveis, capazes de transformá-lo”.

2. O Que Vem a Ser Mesmo Metodologia Científica?


A Metodologia é uma preocupação instrumental que todos nós temos, quando
desejamos realizar uma tarefa de forma certa, objetiva, no menor tempo possível
e com custos, apenas, necessários. Para isso, procuramos identificar os procedi-
mentos adequados, as ferramentas, os caminhos para se atingir o fim desejado.

Essa palavra tem origem grega, ou seja, meta significa ao longo, odos significa
caminho e logos significa discurso, estudo.
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Porém, quando se acrescenta a palavra científica à uso dessa faculdade fez com que o homem buscas-
ação metodológica implica o estudo da metodolo- se significados para sua vida e seu entorno, ou seja,
gia associado à prática da pesquisa científica. para a sua realidade. Nesse exercício, ele adquiriu
conhecimento e procurou construir explicações
Exemplo para os fenômenos da vida. Logo, conhecimento
nada mais é do que o nome dado às representações
A arrumação de um guarda-roupa requer uma me- da realidade.
todologia de trabalho que se inicia pela retirada de
todos os objetos, a limpeza de todos os seus com- Com essas representações, o homem ascendeu aos
partimentos com os produtos de limpeza adequa- vários níveis de conhecimento, dentre os quais,
dos. Em seguida, faz-se a seleção daqueles objetos cita-se o mítico, popular, teológico, filosófico e
que não se quer mais ou que devem ser guardados científico, ressalvando que alguns autores incluem
em outro móvel ou local, aqueles que precisam ser o nível tecnológico em separado do científico.
lavados para serem novamente guardados, e, à me-
dida que assim se procede, a arrumação vai tendo 3.1. Conhecimento Mítico
lugar até que, finalmente, cumpre-se a meta de se
arrumar o guarda-roupa. Também conhecido como Mitologia, abarca um
certo período histórico, no qual as pessoas usavam
Mas, se o objetivo é o de encontrar a cura para uma da palavra para instrumentalizarem sua realidade,
doença, trata-se de se realizar uma pesquisa dita cien- sua vida, com códigos de conduta e conquistas mi-
tífica com todo procedimento metodológico pró- rabolantes em todos os níveis, desde a guerra até o
prio, construído ao longo de décadas de ciência. De- amor. Tomaremos exemplos apoiados na mitologia
para-se, então, neste momento, com outra questão: grega para ilustrar esse tópico (CHAUÍ, 2002).
O que vem a ser pesquisa? Entre os gregos, séculos antes de Cristo, os poetas
assumiram grande importância na educação e na
Trata-se de um conjunto de atividades orientadas
religiosidade do povo. Poemas, como a Ilíada e a
para a busca de um determinado conhecimento.
Odisséia, escritos por Homero, evidenciam deuses
mitológicos, buscando personificar neles as forças
Elucidando melhor o conceito acima, apresenta-se
da natureza, ao mesmo tempo em que procuram
o seguinte exemplo: quando uma dona de casa re-
explicar o que ocorre no universo. Assim, ainda
solve pesquisar os preços dos produtos que compra
hoje, ilustrativamente, sabemos que as ondas do
sistematicamente nos diversos supermercados de
mar são produzidas por Poseidon, que os relâmpa-
sua cidade, ela está realizando uma pesquisa, pois
gos são arremessados sobre a Terra por Zeus e assim
deseja chegar a um determinado conhecimento.
por diante. Para tudo, eles tinham uma explicação,
No entanto, do ponto de vista científico, não se
apoiada sempre em deuses com grande poder.
constitui Pesquisa Científica, principalmente pela
falta do teor metodológico científico, que abran-
As explicações eram fornecidas de três maneiras
ge várias etapas, incluindo formulações e conhe-
principais: decorrente de relações sexuais, de riva-
cimentos teóricos pertinentes ao tema em foco.
lidades, de alianças, de recompensas e de castigos.
E, assim, defrontamo-nos com mais outro concei-
to: o conhecimento científico.
A explicação do amor, por exemplo, advém de se
encontrar um pai e uma mãe para o deus Eros, tam-
bém conhecido por Cupido, que é a representação
3. O Conhecimento humanizada do fenômeno amor. O mito, então,
conta que houve uma grande festa entre os deuses,
Antes de qualquer tentativa de definir o que é co- todos foram convidados, menos a deusa Penúria.
nhecimento científico, é crucial atentar para o que Essa se apresentava sempre miserável e faminta,
é conhecimento. De forma bastante simples, pre- esperando a sua vez de forma oportunista. Quan-
cisamos pensar na existência do homem e na sua do a festa acabou, Penúria veio, comeu os restos
vida sobre a Terra, além, é claro, de lembrar que do banquete e dormiu com o deus Poros, que era
nós, dentre todos os seres vivos, somos, até agora, astuto e engenhoso. Dessa relação sexual, nasceu
os únicos considerados dotados de inteligência. O Eros (ou Cupido) que, como sua mãe, se apresenta
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sempre faminto, sedento e miserável. Mas, como tigados também. Já ouviram falar de Pandora?
seu pai, tem mil astúcias para se satisfazer e se fa-
zer amado. Por isso, quando Eros fere alguém com A continuação do mito explicita que os deuses fize-
uma flecha, esse alguém se apaixona e logo se sente ram (criaram) uma mulher encantadora, Pandora,
faminto e sedento de amor, inventa astúcias para a quem foi entregue uma caixa repleta de coisas ma-
ser amado e satisfeito, ficando ora maltrapilho e ravilhosas, mas que nunca deveria ser aberta. Em se-
semimorto, ora rico e cheio de vida. guida, Pandora foi enviada aos humanos, e cheia de
curiosidade e ansiosa para dar a eles as maravilhas,
Para explicar períodos de guerra e paz, toma-se ela abriu a caixa. Dela saíram, então, todas as desgra-
como referência, talvez, a mais famosa e histórica ças, doenças, pestes, guerras e, sobretudo, a morte.
delas: a guerra de Troia.
Explica-se, assim, a origem dos males no mundo.
A sua explicação diz que surgiu e perdurou a partir
de rivalidades e alianças entre as forças divinas, de- 3.2. Conhecimento Teológico
sencadeando guerra e paz no mundo dos homens.
Mitologicamente, ela é explicada pelo poeta Home- Também denominado conhecimento religioso,
ro em sua obra já citada acima. A causa da guerra, apoia-se na fé inconteste. É conhecimento que, nas
aliás, foi uma rivalidade entre as deusas. Elas apare- suas formas primitivas e anteriormente à época de
ciam em sonho para o príncipe troiano Páris, ofe- Cristo, compartilhou, em muitas sociedades, com
recendo-lhe seus dons, embora ele tenha escolhido o conhecimento mitológico.
a deusa do amor Afrodite, gerando, assim, o ciúme
nas outras deusas que, por vingança, o fizeram rap- Nesse contexto, a explicação da realidade é dada
tar a grega Helena. Esta, por sua vez, era mulher do pela autoridade divina, detentora de toda “Ciên-
general grego Menelau, dando, por consequência, cia”. Com a chegada do Cristianismo e sua expan-
início à guerra entre os humanos. Os deuses, em são, principalmente, em seu apogeu no período
suas afrontas e devaneios, ora ficavam de um lado, medieval, os teólogos passaram a exercer forte in-
ora do outro, sempre liderados por Zeus; isso sig- fluência nas atividades dos considerados homens
nifica dizer que as alianças favoreciam os troianos do saber. Aquele que fornecesse explicações para
em determinado momento, e em outro, os gregos. qualquer fenômeno estudado, fugindo do que
preceituava a Igreja, era, literalmente, levado a dar
E o que dizer para explicar as recompensas e os satisfações de público, desmentindo o que dissera
castigos que fazem parte de qualquer sociedade? sob pena de ser sentenciado à morte. Talvez o caso
mais conhecido seja a ideia, que perdurou até o
Se você desobedece à autoridade, seja ela quem for, séc. XVII, de que a Terra era o centro do universo,
deve ser castigado. Ao contrário, se fizer algo bom, passando alguém a difundir que o Sol estava no
deverá ser recompensado. Assim é que, no mundo centro, gerando profunda insatisfação no seio da
dos deuses, Zeus era o ser supremo, ao qual todos, Igreja, pois contrariava os dogmas até então estabe-
outros deuses e humanos, deviam respeito e obe- lecidos, e, como o cidadão que não quis retirar sua
diência. teoria, foi condenado a morrer na fogueira.

E uma centelha de fogo foi presenteada aos huma- Apesar desses problemas, a Igreja produziu nomes
nos por um titã chamado Prometeu, sem o conhe- que seguiram para a posteridade, dando contribui-
cimento de Zeus, ou seja, esta centelha foi roubada. ções significativas para o entendimento do mun-
Logo, os deuses consideraram que o titã deveria ser do; provavelmente o mais conhecido deles tenha
castigado por este ato impensado e mandaram-no sido São Tomaz de Aquino.
amarrar a um rochedo para que as aves de rapina,
eternamente, devorassem o seu fígado. Trata-se de Uma característica importante de se ressaltar no co-
um castigo do qual ele não pôde se safar e, além do nhecimento religioso é a forma como esse conheci-
mais, extremamente doloroso, visto que o fígado é mento chega até nós, ou seja, por meio da comuni-
um órgão que se regenera. cação divina com alguns escolhidos, chamados de
profetas, que perpetuaram a fala divina em textos
Mas, qual foi o castigo impetrado aos homens? sagrados, como, por exemplo, a Bíblia para os cris-
Eles receberam o presente, logo deveriam ser cas- tãos ou o Alcorão para os seguidores de Maomé.
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3.3. Conhecimento Filosófico e de observações repetitivas da realidade. Não há


preocupação com análises, reflexões críticas, sen-
Sua estruturação remonta ao séc. VII a.C., quando do, predominantemente, passado de geração a
geração. Caracteriza-se, também, por ser assiste-
alguns homens se propuseram a consultar a própria razão, mático, ou seja, apesar de as experiências poderem
à procura de respostas aos eternos problemas que sempre
preocuparam o espírito humano. Seus ensinamentos não ser organizadas, não se preocupa em sistematizar
procurariam apoio na autoridade divina, mas, na razão as ideias, de forma a gerar um conceito teórico.
para a análise de problemas (RUIZ, 1996).
Como exemplos, podemos citar:
Esses homens eram denominados de Sophoi, que
quer dizer sábios na antiga Grécia. Mas foi Pitágo- O conhecimento dos índios, principalmente dos
ras, no séc. VI a.C., também na Grécia, que imor- que vivem na Amazônia, sobre as plantas e o seu
talizou a palavra filosofia, porque ele não se julga- uso curativo de várias enfermidades, atualmente,
va sábio, mas aquele que era amante da sabedoria, suscita uma série de interesses das organizações in-
tinha a capacidade de perceber o certo e o errado ternacionais voltadas para a indústria farmacêutica
nas coisas da razão. Assim Philos significa amigo, e querelas internacionais de patentes.
e Sophia, sabedoria.
O indivíduo natural do interior, do campo, que
No tempo de Aristóteles, a palavra filosofia assu- tem o hábito de procurar descobrir indícios do
miu outra conotação, ou seja, a universalidade tempo, ao olhar para o céu, verifica a concentra-
dos conhecimentos humanos. Ela foi dividida em ção de nuvens, a coloração do firmamento, exerci-
grandes áreas, que, por sua vez, também foram tando a sensibilidade de outros elementos, como
subdivididas para melhor compreensão, compre- calor, frio, umidade. Faz uma previsão “meteoro-
endendo essas subáreas desde a metafísica até a es- lógica” que tem um percentual de acerto razoável,
tética. Aqui o conhecimento filosófico encontra-se usando, apenas, a sua experiência e o conhecimen-
com o artístico, pois, por meio do belo, consegue- to legado pelos seus ancestrais.
se atingir o sentimento humano.
É importante observar que o Senso Comum não é
Vale salientar que uma das principais característi- isolado, pelo contrário, cada vez mais ele está sen-
cas da Filosofia é indagar sobre a própria Ciência, do a base para o avanço do conhecimento científi-
assumindo posições a respeito dos rumos que a Ci- co. Um exemplo, dentre tantos outros, é o uso do
ência está tomando, levando esses posicionamen- alho para tratamento de doenças as mais diversas.
tos a construções de paradigmas, que, por sua vez, A sabedoria popular indica que alho misturado
norteiam o pensamento dos pensadores, de acordo com mel serve para tosse, que a infusão do alho
com as épocas vivenciadas. contribui para melhorar problemas cardíacos, só
para citar alguns desses usos. Há alguns anos, de-
Como exemplo, pode-se citar o questionamento senvolvem-se pesquisas nas áreas de farmacologia,
sobre a clonagem, se bem que essa questão tam- medicina, nutrição, para se detectar a veracidade
bém está no âmbito teológico e, obviamente, dessas aplicações e em que dosagens devem ser
científico. Como assim? Para onde a sociedade administradas e como também, em geral, em qual
está caminhando? Como ficam os ensinamentos situação, especificamente.
bíblicos sobre o mundo? E muitas outras questões
que levam os cientistas filósofos contemporâneos 3.5. Conhecimento Científico
a desenvolverem teses sobre o assunto bem como
controvérsias. Este é o conhecimento regido pela razão e não,
por códigos de conduta, sensações apenas. Existe a
3.4. Conhecimento Popular preocupação da sistematização de ideias, que visam
fornecer esquemas interligados de forma lógica
Também chamado Senso Comum, Vulgar, Ordiná- que, por sua vez, possibilitam entender a realidade.
rio, Empírico e Intuitivo. É conhecimento oriun- Trata-se de um conhecimento que busca a objeti-
do da experiência com seus erros e acertos, das tra- vidade, a confiabilidade, a testabilidade, enfim, a
dições de uma coletividade. Geralmente é obtido verdade dos fatos, dos fenômenos. É um conheci-
de experiências ao acaso, sem métodos específicos mento, por excelência, analítico.
Fascículo 1 11

Sabe-se que a busca do conhecimento é bastan- um planejamento que consiste no conjunto de


te antiga e que a lógica fez parte desse processo. procedimentos aceitos e validados que irá assegu-
Como referências, citam-se: a Trigonometria, dei- rar a qualidade e a fidedignidade do conhecimento
xada pelos egípcios; a Geometria, a Mecânica, a gerado, ao qual chamamos de método científico.
Lógica, a Astronomia e a Acústica foram legadas
pelos gregos. Indianos e muçulmanos também O método científico é dividido em etapas, como
contribuíram, significativamente, com o conheci- ilustramos na figura 1.
mento matemático e astronômico. Porém se res-
salta que a preocupação com a sistematização e a Observação de um FATO/
Escolha de um ASSUNTO
filosofia foi maior entre os gregos.
Questionamento de um PROBLEMA
Esse desenvolvimento do conhecimento mais ela-
borado entre os gregos se deu em função de apre-
Elaboração das HIPÓTESES-
sentarem o exercício do intelecto desvinculado das Variáveis
necessidades do cotidiano. Os registros históricos
indicam que havia uma classe ociosa, a qual prima- Realização das EXPERIÊNCIAS-
Metodologia
va pelo status, pelo prestígio. Logo, pensar, refletir,
dialogar de forma lógica indicava atividades de ní- GRUPO TESTE
GRUPO
CONTROLE
vel superior, enquanto a classe trabalhadora (escra-
vos) considerava o trabalho prático como atividade Resultado Resultado Resultado NÃO Resultado
POSITIVO NEGATIVO CONFIRMADO CONFIRMADO
daqueles que formavam a classe de nível inferior,
realizando tarefas que, geralmente, tinham por ob- Conclusão: hipótese
ERRADA
jetivo atender a outrem.
Procedimento: testar
outra HIPÓTESE
Nesse tempo, Platão desenvolveu uma teoria para
entender o mundo, a Teoria das Formas ou das Conclusão: hipótese
Ideias e utilizou a intuição como forma de pensa- CORRETA

mento superior. Por meio da utilização dos órgãos LEI OU TEORIA


dos sentidos, a sensação é percebida pelo sujeito, PUBLICAÇÃO

aquele que deseja conhecer algo; em seguida, ocor-


re a reflexão, que funciona como um processo, 4.1 Avanço do Conhecimento
unindo e comparando os diversos dados dessa ex-
periência externa. A investigação científica implica uma atividade metó-
dica, na qual o investigador caminha de uma fase me-
Observemos que, durante muitos anos, essa per- nor para uma maior de conhecimento. Toda investi-
cepção era adquirida por meio da visão, em busca gação verdadeira resulta em algo novo. Cada uma das
da essência das coisas. Atualmente, se olharmos fases da estratégia científica constitui um certo avanço
para os avanços ocorridos na área educativa e de no conhecimento do objeto de investigação. Quando
inclusão social, verificaremos que se desenvolve- se chega a formular o(s) problema(s) da pesquisa, o
ram métodos, para que, por exemplo, um deficien- investigador vai descobrindo, simultaneamente, uma
te visual passeie num jardim e, através dos aromas série de aspectos, facetas, vínculos, conexões, qualida-
e do tato, consiga penetrar na essência das plantas, des, etc. desconhecidos por ele e dos quais nunca se
das flores e do ambiente como um todo. havia dado conta, não houvesse formulado pergun-
tas específicas a esse respeito. O mesmo ocorre em
relação ao marco teórico. Nesta tarefa, o pesquisador
4. Etapas do Método Científico entra em contato – talvez pela primeira vez – com
teorias científicas, enfoques teóricos e diferentes disci-
O objetivo da ciência é o de encontrar explicações plinas do saber; enfrenta uma terminologia peculiar,
para os fatos observados. Um cientista tenta expli- quase sempre bem distante da linguagem ordinária.
car algo por meio de suposições ou hipóteses que Nestas condições, é provável que o investigador tenha
possam ser testadas experimentalmente. de modificar substancialmente a imagem prévia que
fazia do objeto em estudo: a descrição que venha a
O cientista desenvolve suas atividades dentro de fazer com o vocabulário científico pouco ou nada te-
12 Fascículo 1

nha a ver com a descrição de alguém que apenas conta com as noções do senso comum (bom senso). A
própria hipótese se constitui um incremento no conhecimento do objeto, uma vez que é o resultado da
determinação das variáveis relevantes que foi possível se detectarem no mencionado objeto. Por último,
o teste da hipótese – culminando com sua confirmação ou com sua refutação – redunda em um maior
conhecimento sobre o objeto investigado, já que se desenvolveu alguma experiência a respeito de uma
suposição preliminar relativa ao mencionado objeto.

5. Pesquisa Científica
Pode-se dizer que, em seu trabalho, o cientista é guiado por uma característica humana básica: a curio-
sidade. Os cientistas estão constantemente tentando explicar os porquês e os comos das coisas. Albert
Einstein (1879-1955), um dos maiores físicos da humanidade, comparou o trabalho de um cientista ao de
um detetive.

Assim como o detetive, o cientista reúne uma série de fatos e, a partir deles, procura entender como ou
porque um determinado fenômeno está ocorrendo. No entanto, o cientista vai além da simples observação
ou confirmação de fatos; ele procura entender por que certos fatos ocorrem e as consequências de sua
ocorrência.

Segundo BARROS & LEHFELD (2001), para solucionar qualquer curiosidade ou problema cotidiano, o
Homo sapiens busca respostas baseando-se no bom senso. Essa procura de respostas envolve um processo
investigatório, mesmo que seja imediato sistemático e definindo por traços puramente ligados ao senso
comum. A pesquisa ou a procura de novos conhecimentos não só é próprio da natureza humana como
também a investigação, mesmo que seja a partir da reflexão, o único veículo viável de o homem compor
seu contorno.

A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas por meio do emprego de processos científicos.

É o conjunto de atividades orientadas para a busca de um determinado conhecimento.

O ser humano, no decorrer da vida, sempre está aprendendo algo novo e, das informações conhecidas,
tenta aprender diversas formas de praticá-las para solucionar problemas do cotidiano. Pode verificar-se, por
exemplo, na forma de utilização dos aparelhos celulares, nos cartões eletrônicos dos bancos ou dos micro-
computadores por parte de diferentes tipos de pessoas. O grau de dificuldades no uso desses recursos
varia de acordo com a experiência prática, a informação sobre o assunto, contudo, todos passam por um
processo similar de aprendizagem.

Fazer Ciência é mais do que simplesmente acumular informações, é tentar descobrir relações entre os fatos
observados que permitem ampliar os conhecimentos e desenvolver novas ideias para a compreensão da
natureza.

Um bom exemplo do desenvolvimento de uma ideia nova em Ciência é o episódio da maçã, que, segundo
alguns, teria caído na cabeça de Isaac Newton. A força da gravidade, que explicava a queda dos corpos, já
era conhecida, mas Newton inovou ao imaginar que a mesma força podia se estender para o espaço exte-
rior, alcançando a lua; por exemplo, mantendo-a girando ao redor da Terra.

APPOLYNARIO (2004) propõe uma classificação geral das pesquisas de acordo com alguns critérios,
conforme verificamos no quadro I.

Quadro 1: Proposta para classificação geral das pesquisas.


Fascículo 1 13

Fonte: Appolinário (2004)

CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS EM RELAÇÃO AOS CRITÉRIOS

Finalidade Básica - objetiva o avanço do conhecimento teórico em determinada área.


Não visa à aplicabilidade imediata.

aplicada - objetiva resolver um problema concreto e imediato da humanidade.

Tipo descritiva - interpreta a realidade, sem nela interferir; não estabelece relações
de causalidade.

Experimental - busca explicar por que ocorre determinado fenômeno da


realidade.

Origem dos dados Campo - provenientes de sujeitos humanos ou não.

documental ou bibliográfica - fontes, como livros, revista, filmes, gravações de


áudio, etc. humanos ou não.

Temporalidade Longitudinal - avalia a mesma variável de um mesmo grupo, com duas ou


mais mensurações dessas variáveis em um período de tempo.

Transversal - avalia, apenas, uma variável em grupos de diferentes sujeitos.

Local/realização Campo - coleta de dados em uma situação natural sem controle do


pesquisador.

laboratório - coleta de dados com controle do pesquisador.

Natureza Qualitativa - prevê a análise hermenêutica de dados apurados

Quantitativa - prevê a mensuração de variáveis predeterminadas e analisa os


dados.

Fonte: APOLINÁRIO(2004)

6. Roteiro para Realização pois a solução, a resposta ou a explicação serão dadas


de uma Pesquisa por intermédio do desenvolvimento da pesquisa.

Para preparação e execução de um projeto de pes- Enunciado da hipótese - deve ser expressa de for-
quisa, as seguintes etapas devem ser seguidas: ma simples e compreensiva, passível.

Escolha do assunto - trata-se do ponto inicial e Justificativa da escolha - destaca a importância do


mais importante de toda pesquisa científica. Não é tema abordado, considerando-se o estágio atual da
tão simples como parece. Ele não deve ser escolhi- ciência, suas divergências ou a contribuição que se pre-
do por acaso, mas a partir de observações da vida tende proporcionar ao pesquisar o problema abordado.
profissional, situações pessoais, experiência cientí-
fica, apreciação de textos etc. Literatura existente sobre tudo o que já foi escrito
sobre o assunto, as definições, para poder funda-
Delimitação do assunto - é o afunilamento do tema mentar o quadro teórico da pesquisa.
escolhido, do geral para o mais específico, pois cada
área de investigação possui inúmeras particularidades, Metodologia - deve mostrar como a pesquisa será
que podem levar a vários estudos. realizada, de forma clara, direta e objetiva, mos-
trando como a pesquisa será realizada. A seguir,
Formulação do problema - trata-se da questão que algumas etapas:
está sem solução. A partir deste, constrói-se o objeto
de discussão e de estudo. É o fato, é algo significati- • Definição operacional das variáveis;
vo que, a princípio, não possui respostas explicativas, • Escolha da amostragem;
14 Fascículo 1

• Preparação dos Instrumentos (equipamentos) Apêndices e/ou Anexos - elementos que comple-
para a pesquisa; tam o trabalho.
• Execução;
• Análise dos dados;
7. Perguntas Norteadoras para
Resultados - descreve sinteticamente o que foi ob-
Ajudar na Escolha do Tema da
tido com a pesquisa.
Pesquisa
Conclusões - consiste numa síntese interpretativa
dos resultados encontrados, o ponto de chegada O Projeto Político-Pedagógico do Curso possui li-
das deduções lógicas baseadas no desenvolvimen- nhas de Pesquisa que devem ser seguidas na cons-
to, nos dados concretos que recolheu na pesquisa, trução dos Projetos de Pesquisa. São elas:
análise e interpretações.
• Papel Social da Escola;
Referências - lista das obras que foram citadas no
trabalho.

SAIBA MAIS! ras. 7 ed. São Paulo


: Loyola,
ciê nc ia: Int rod uç ão ao jogo e às suas reg
fia da
ALVES, Rubem. Filoso
2000. 223p. s, 2001.
o Paulo: Martins Fonte
ás de . Os Se te Pecados Capitais. Sã
AQUINO, Tom São Paulo: Pionei-
dia -a- dia às ciê nc ias humanas. 6 ed.
Senso Crítico: do
CARRAHER, David W.
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rg. ). Me tod olo gia Científica - fundame
cília Meringoni de (O
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CHALMERS : Moderna, 1994. 19
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o de ort/1 9-2
TERRA, Paulo. O ensin nível em: HTTP://www.fsc.ufsc.br/ccef/p
po
Ensino de Física. Dis
26.01.2009
Fascículo 1 15

• O Ensino de Língua Portuguesa na Escola; 2ª ETAPA


• Leitura e Produção de texto na Escola;
• Variação Linguística; • O que vou pesquisar?
• Literatura Arte e Cultura. • Onde vou realizar minha pesquisa?
• Como vou fazer?
Para a realização de uma pesquisa, iniciamos sem- • Quando vou fazer?
pre com indagações, perguntas. Com as respostas • Quais os custos?
das perguntas a seguir, tente construir o seu proje- • Vou ter financiamento?
to de pesquisa:
Importante
1ª ETAPA
• Pesquisa não é cópia;
• Qual a sua área de atuação? • Quanto mais livros
• Na sua área de atuação, qual o tema que mais você consultar sobre o
lhe chama a atenção? assunto, mais comple-
• Qual(is) a(s) razão(ões) de sua atenção para tal ta fica sua pesquisa;
tema? • À medida que você
• Ou melhor, qual a preocupação que você tem lê, anote, apenas, as
sobre o tema? informações mais
• Ou ainda, qual a dificuldade que deve ser re- importantes;
solvida? • Tendo as informa-
• Qual o seu papel no contexto ao qual está in- ções a respeito do
serida a dificuldade que você percebe? Ou, de assunto, escreva o texto usando suas palavras;
que forma você está ligado(a) a essa dificulda- • Neste tipo de texto, não se usam palavras ou
de? expressões da linguagem familiar.
• Entre a(s) razão(ões) apontadas, qual a que
você considera mais importante? Atividade | O que você entende por “saber
• Qual a sua opinião sobre a existência dessa di- popular”? E sobre conhecimento científico?
ficuldade? O que sabe sobre isso? Que relações se pode fazer entre eles?
• Como deveria ser uma situação ideal (sem tal
dificuldade)? A pesquisa científica para ser realizada requer
• Você tem conhecimento de algum estudo feito uma sequência de procedimentos e, ao término
sobre o assunto ou questão semelhante? (Lem- desta pesquisa, um trabalho técnico-científico.
bre-se de que o tema de pesquisa ou a dificul- Quais as etapas do método científico?
dade a ser pesquisada deve ter caráter inédito).
• Qual seria a área de conhecimento que teria Considerando que o trabalho do cientista é com-
ligações com o seu problema? (Educação, Psi- parado com o trabalho de um detetive, vamos
cologia, Sociologia...) ajudar a polícia a desvendar um crime. Na página
• Você já teve acesso à bibliografia sobre o assun- policial do jornal de ___/___/___, vamos seguir
to? Em caso afirmativo, você conseguiria listar as etapas do método científico. A reportagem do
os textos (autor, título da obra, local, editora, jornal é o fato observado; com isso , temos um
ano)? problema a resolver, desvendar o crime. Desse
• Quem seriam os principais beneficiários dos problema, formule, no mínimo, três hipóteses,
resultados de sua pesquisa? Ou, a quem inte- justifique cada uma delas e conclua o fato.
ressa os resultados de sua pesquisa? Ou, qual
a população-alvo dos benefícios ou contribui-
ções dos resultados da sua pesquisa?
• Tente descrever o ambiente no qual acontece o
problema que interessa investigar.
• Quem são as pessoas que fazem parte desse
ambiente?
16 Fascículo 1

RESUMO
Ao iniciar a disciplina Metodologia Científica, é fundamental que o aluno não a conceba como uma discipli-
na comum, na qual há, com mais frequência, o apelo para a memorização de conteúdos. Assim sendo, neste
primeiro momento, busca-se apresentar, de forma atrativa e simples, alguns assuntos que, se desenvolvidos
no âmbito de disciplinas afins à Filosofia, ou mesmo em seu âmago, conduziriam a uma demanda maior de
conhecimentos nessas áreas. No entanto, a Metodologia Científica com sua concepção interdisciplinar ofer-
ece esta oportunidade de se pinçarem alguns pontos pertinentes e que, se necessário for o aprofundamento,
isso poderá ser feito em outro momento ou em outra disciplina, ou ainda, em outro curso, caso o estudante
deseje. Logo, inicia-se pela reflexão científica, extremamente necessária ao apoio, à razão e ao bom-senso,
que poderá sugerir ao aluno pensar sobre as consequências de um trabalho feito sem interesse ou de forma
inconsequente. Em seguida, leva-se o discente a conhecer, embora de forma segmentada, por força da
didática, os níveis de conhecimento e como podem ser identificados, quando se lê uma pesquisa, um trab-
alho acadêmico ou até mesmo uma notícia voltada para os avanços da ciência bem como se fazem algumas
referências ao que é mito e metafísica. Após essas fases, chega-se ao que é Ciência, palavra que envolve um
entendimento amplo e que, nesses últimos séculos, tem-se apoiado na experimentação e na verdade relativa,
fazendo com que as conclusões se coloquem de forma recorrente não determinista como anteriormente.

REFERÊNCIAS
APOLINÁRIO, Fábio. Dicionário de metodolo-
gia científica: um guia para produção do co-
nhecimento científico, São Paulo: Atlas, 2004.
300p.

BARROS, Aidil de Jesus Paes de. LEHFELD, Nei-


de Aparecida de Souza. Projeto de Pesquisa:
propostas metodológicas, 12 ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1990. 127p.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 12 ed.


São Paulo: Ática, 2002.

FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia.


3 ed. São Paulo: Saraiva, 2001.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de


pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999.

HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da


Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva.
2001.

RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia


para eficiência nos estudos. 4 ed. São Paulo:
Atlas, 1996.
Fascículo 2 17

A Ética, a Redação
e os Aspectos Gráficos
da Pesquisa Científica
Prof. Josevaldo Araújo de Melo
Prof. Pedro Henrique de Barros Falcão
Prof.a Esther Leyla Braga Siqueira
Carga Horária | 15 horas
Objetivos Específicos
Conscientizar professores, alunos e demais pessoas envolvidas no processo
educacional da imoralidade e criminalidade inerentes à reprodução (cópia) de
livros bem como divulgar e popularizar o respeito ao direito autoral;
Oferecer subsídios para a redação científica e aplicar as normas de citação em
um trabalho acadêmico;
Aplicar as normas técnicas da ABNT, utilizando a apresentação gráfica na pro-
dução de trabalhos acadêmicos.

1. A Ética em Pesquisa
A Ética em pesquisa significa usar os princípios norteadores da ética, enquanto ques-
tionamento dos valores morais numa abordagem que qualifique a pesquisa dentro
dos padrões éticos e morais e num campo mais específico, aceitos pela Bioética.

E o que é Bioética? Numa definição simplista, é tratar a vida numa visão de princípios
éticos. É, por exemplo, adequar a biotecnologia aos valores morais da sociedade.

Para entendermos melhor o que é Bioética, vejamos um breve relato do seu sur-
gimento e os princípios que norteiam sua atuação.

Etimologicamente, Bioética significa ética da vida. A palavra é formada por dois


vocábulos de origem grega: bios – vida e ética (ethos) – costumes. Considerando
que a ética trata dos valores morais, logo a bioética questiona os valores morais
que orientam os princípios da vida.

O vocábulo bioética difundiu-se a partir de janeiro de 1971, quando o biólogo e


oncologista Rensselaer Potter, da Universidade de Wisconsin, Madison, Estados
Unidos, publicou o livro, Bioética: A ponte para o futuro.

O obstetra, fisiologista fetal e demógrafo holandês, da Universidade de Georgeto-


wn, Andre Hellegers, aplicou o termo Bioética à Ética na medicina e nas ciências
biológicas em 1971.

Se para Potter, a bioética possuía um sentido macro, com forte conotação ecológica e holística,
para Hellegers, ela dizia respeito especificamente ao ser humano e às biociências humanas, e
foi essa última visão que prevaleceu (OLIVEIRA, 2004, p. 76).
18 Fascículo 2

Ainda segundo Oliveira (op. cit. p. 77), “A Bioética Procedimentos que possam causar danos físicos,
refere-se aos assuntos gerais da saúde, da pesquisa à situação de estresse ou danos psicológicos reque-
qualidade do atendimento nas instituições, da aten- rem que se tome muito cuidado para que sejam
ção profissional até as definições das pesquisas”. eticamente defensáveis.

Outros fatos importantes remetem à origem da Bio- Cozby (2003, p.54) exemplifica um caso de estresse
ética, como afirma Molina et al. (2003, p.14-15): psicológico:

Dentro da história da Bioética, merece destaque o artigo [...] consiste em dar aos participantes feedback negativo
de Beecher H.K., publicado em 1966, no New England sobre sua personalidade ou capacidade. Pesquisadores in-
Medical Journal, sob o título “Ethics and Clinical Resear- teressados em autoestima tipicamente aplicam aos sujeitos
ch”. O autor constatou que de 100 trabalhos publicados um teste de personalidade ou capacidade simulado. O tes-
em um prestigioso jornal científico, cerca de 25% deles te é seguido de uma avaliação que reduz e aumenta a au-
continham claras violações éticas. Este mesmo autor afir- toestima. No primeiro caso, indica que o participante tem
mou, ainda, que de 50 trabalhos de revistas internacio- traços de personalidade desfavoráveis ou um baixo escore
nais com participação de sujeitos humanos, compilados na capacidade medida.
originalmente por ele, somente 2 apresentavam um “ter-
mo de consentimento”, o que, na época, já era sugerido Decidir se pesquisas como essa devem ser feitas en-
como necessário tanto pelo código de Nurenberg sobre
volve valores morais que devem ser considerados
experimentação em seres humanos como pela declaração
de Helsinque. Além disso, dessas 50 pesquisas, 22 tinham pela comunidade científica.
sido realizadas com cidadãos “de segunda classe” ou, de
alguma forma, vulneráveis. Outra questão ética relevante, quando da execução
de uma pesquisa, é o engodo. Consiste na omissão
Outros fatos e documentos importantes para a dos detalhes ou objetivos da pesquisa, induzindo
consolidação da Bioética foram: A Implantação os participantes a entenderem os procedimen-
da Comissão Presidencial de Proteção dos Sujeitos tos, mas sem serem informados do real objetivo.
Humanos de Pesquisas Biomédicas e Comporta- É quando não são dadas as informações precisas
mentais em 1974, nos Estados Unidos; o Relatório aos participantes sobre os propósitos da pesquisa
Belmont de 1978, com a Declaração Principialista e os riscos envolvidos antes de eles consentirem
Clássica; o Código de Nuremberg em 1946; A De- em fazer parte do experimento. Casos em que se
claração de Genebra de 1948 e a Declaração de ocultam a presença ou identidade do pesquisador
Helsinque de 1964 e, em nível nacional, a Resolu- também envolvem engodo.
ção 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
Humphreys (1970), citado por Cozby (2003, p.55),
Quando se executa uma pesquisa científica, há de exemplifica um procedimento de engodo:
se considerar alguns aspectos importantes. A abor-
dagem ética é fundamental no planejamento, na Humphreys estudou o comportamento de homossexuais
condução e avaliação de pesquisas. Deve-se consi- do sexo masculino que frequentavam banheiros públicos
derar também a relação custos e benefícios da pes- (chamados “salões de chá”). Ele não participou de qual-
quer atividade homossexual, mas serviu como olheiro, ten-
quisa e, quando for o caso, o anonimato e o sigilo do como função avisar sobre a aproximação de possíveis
das pessoas envolvidas. intrusos. Além de observar as atividades dentro do local,
anotou os números das placas dos carros dos visitantes.
A ética na pesquisa deve avaliar, a priori, a relevân- Mais tarde, obteve o endereço dos homens, disfarçou-se e
visitou-os em suas casas, para entrevistá-los. Seu procedi-
cia e os custos e benefícios oriundos dos prováveis
mento certamente é uma maneira de descobrir algo sobre
resultados. homossexualismo, mas emprega considerável engodo.

Além da contribuição científica da investigação, Este estudo levanta um problema ético, quando
da aplicação das descobertas da pesquisa e dos omite os objetivos, com o agravante de entrar na
benefícios educacionais para pesquisadores em intimidade dos pesquisados que provavelmente
formação, há os benefícios diretos para os partici- não gostariam de ter sua privacidade violada.
pantes, como aquisição de novos conhecimentos e
o desenvolvimento de novas habilidades. Porém, Para alguns pesquisadores, o uso de qualquer tipo
nenhuma dessas vantagens pode suplantar a ava- de engodo é moralmente inaceitável, consideran-
liação e a adoção de valores morais e de uma dis- do que é simplesmente errado enganar pessoas,
cussão ética. qualquer que seja a razão, além de prejudicar a
Fascículo 2 19

reputação do pesquisador e da instituição patroci- Há, entretanto, entrevistas ou questionários em


nadora. Mas há quem defenda o engodo, alegando que a identificação é imprescindível, caso em que
preservar a integridade científica da pesquisa. se deve buscar o consentimento do participante.

Numa pesquisa, o ideal seria substituir as várias Do ponto de vista ético e legal, dois outros temas
formas de engodo pelo consentimento informado. são importantes nos procedimentos de uma pes-
quisa: a fraude e o plágio.
Consentimento informado significa que os partici-
pantes da pesquisa são comunicados sobre os pro- É fundamental, indispensável, imprescindível que
pósitos do estudo, os riscos associados aos procedi- a pesquisa científica tenha credibilidade. Esse pres-
mentos e o seu direito de recusar ou interromper suposto estende-se ao pesquisador e aos participan-
sua participação no estudo (COZBY, 2003, p.56). tes. Além de antiético e imoral, é crime cometer
fraude e plágio de pesquisas de outrem.
Dessa forma, o participante toma conhecimento
dos procedimentos e objetivos da pesquisa, poden- Quando uma pessoa comete plágio de uma pesqui-
do tomar a decisão de participar ou não. sa, de uma monografia, de um projeto, de partes
de um livro, etc., está se apropriando do conhe-
Quando o consentimento pleno é capaz de alterar cimento produzido por outro, o que, além de
os resultados da pesquisa, e esta envolve riscos físi- imoral, antiético, é crime e denota incapacidade
cos ou psicológicos, o pesquisador pode amenizar intelectual. E para quem dispõe de algum indício
possíveis traumas ou constrangimentos com uma ou resquício de consciência ética, é, no mínimo,
entrevista de esclarecimento, após a conclusão da motivo de baixa autoestima.
pesquisa.

Se os participantes foram enganados de alguma maneira,


os pesquisadores precisam explicar por que o engodo foi
2. O Direito Autoral no Brasil
necessário, se a pesquisa alterou o estado físico ou psicoló-
gico dos participantes de algum modo - como num expe- O Brasil avançou muito de uns anos para cá, no
rimento sobre os efeitos do estresse -, o pesquisador deve campo do direito autoral. No caso específico de
ter a garantia de que eles voltaram “ao normal” e de que se
livros, pressionado pelos autores, que exigiam uma
sentem confortáveis em relação a sua participação (...) Em
alguns casos, os pesquisadores podem voltar a entrar em remuneração justa por seu trabalho, e pelos edito-
contato com os participantes mais tarde, para relatar os re- res, que investem crescentemente em tecnologia e
sultados realmente obtidos. Assim, a entrevista de esclareci- mão-de-obra para produzir livros com qualidade.
mento tem propósitos educativos e éticos (op. cit., p.57-58).
Reconhecer o direito de quem cria e de quem pro-
Há, ainda, outras questões éticas na pesquisa, duz é um avanço em cidadania e respeito à cultura
como o anonimato e o sigilo. Em alguns estudos, de nosso país.
faz-se necessário garantir o anonimato dos indiví-
duos ou das instituições pesquisadas. O Direito Autoral foi regulamentado no Brasil,
através da Lei Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Ao se estudarem assuntos como comportamento
sexual, divórcio, violência familiar ou abuso de Essa lei visa combater e punir a pirataria editorial,
drogas, precisa-se, algumas vezes, fazer às pessoas caracterizada pelo crime contra os autores, traduto-
perguntas delicadas sobre sua vida particular. É res, revisores, editores e outros inúmeros profissio-
extremamente importante que a resposta a essas nais envolvidos no processo de edição.
perguntas seja confidencial (op. cit., p.62).
Apesar de comumente utilizada no Brasil, inclusi-
A melhor forma de preservar a privacidade de pes- ve em escolas e universidades, a reprodução ilegal
soas ou instituições é elaborando questionários ou de livros constitui crime, passível de reclusa e do
entrevistas nos quais não conste identificação pesso- pagamento de indenização.
al, como: nome, número da carteira de identidade,
CPF, telefone ou endereço. Quando, mesmo assim, Direito Autoral é o direito do autor, do criador, do
for possível identificar o entrevistado, deve-se codifi- pesquisador, do artista, de controlar o uso que se
car os questionários, para se evitar o reconhecimento. faz de sua obra.
20 Fascículo 2

A lei do Direito Autoral objetiva garantir ao autor os terísticas próprias quanto à estrutura e ao estilo.
direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou. Uma das características da Ciência é avaliar os tra-
balhos e não, as pessoas que os escrevem. Alguns
Essa lei permite a reprodução de uma única cópia, princípios básicos devem ser observados neste tipo
de pequenos trechos, para uso próprio, desde que de redação, conforme mencionados a seguir:
feita pelo autor, sem fins lucrativos.
3.1. Objetividade
Reprodução é a cópia de um ou mais exemplares
de uma obra literária, artística ou científica. Na linguagem científica, os assuntos precisam ser
tratados de maneira direta e simples, com lógica e
A cópia não autorizada pelo titular dos direitos au- continuidade no desenvolvimento das ideias, cuja
torais e/ou detentor dos direitos de reprodução de sequência não deve ser desviada com considerações
uma obra é contrafação, ato ilícito civil e penal. irrelevantes e opiniões pessoais. A explanação deve
se apoiar em dados e provas e não, em opiniões
Copiar livros é crime, porque é apropriar-se do sem confirmação. Um texto técnico é um conjun-
que é do outro. O livro é propriedade intelectual to de parágrafos, cada um deles composto de uma
do autor, que ganha percentual sobre a venda de ideia importante, cujo conteúdo é quase sempre
exemplares de sua obra e um bem produzido pelo melhorado por um grupo de ideias melhoradas.
editor, logo fazer cópias de livros, sem autorização
do autor e do editor, é roubo. 3.2. Clareza
Enquanto crime, a punição para a reprodução ilegal Uma redação é clara, quando as ideias são expres-
de livros é de pagar indenizações, pena de reclusão, sas sem ambiguidade para não originar interpre-
ter os insumos, máquinas e equipamentos utilizados tações diversas da que se quer dar. É importante
na reprodução ilegal destruídos, entre outros. o uso de vocabulário adequado e de frases curtas,
sem verbosidade, tendo-se como objetivo o de faci-
A “pasta do professor” é um procedimento habitu- litar e prender a atenção do leitor. Os problemas
al nas faculdades que deve ser combatido em prol devem ser formulados com propriedade, evitando-
do direito autoral. se expressões com duplo sentido, palavras supér-
fluas, repetições e detalhes prolixos que dificultam
As bibliotecas públicas, de faculdades e outras ins- o entendimento do assunto.
tituições são a solução para a efetivação do direito
autoral no Brasil.
3.3. Precisão
É preciso que essas instituições tenham exempla-
Cada expressão empregada deve traduzir com exa-
res suficientes para manuseio dos alunos e que seja
tidão o que se quer transmitir, em especial no que
disponibilizado um horário de funcionamento
diz respeito a registro de observações, mediações e
compatível com a necessidade dos alunos.
análises efetuadas. Indicar como, quando e onde
os dados foram obtidos, especificando-se as limi-
Este texto foi sintetizado baseado no Manual da
tações do trabalho e a origem das teorias. Deve-se
ABPDEA – Associação Brasileira de Proteção dos
utilizar a nomenclatura técnica apropriada, empre-
Direitos Editoriais e Autorais, conforme autoriza-
gando-a sempre da mesma forma em todo o texto
ção expressa por ela.
e de acordo com sua aceitação no meio científi-
co. Evitar adjetivos que não indiquem claramente
a proporção dos objetos mencionados, tais como
3. A Redação Científica médio, grande, pequeno. Evitar também expres-
sões, como quase todos, nem todos, muitos deles,
De acordo com Gil (2002), “os projetos de pesqui- sendo melhor indicar cerca de 60% ou mais pre-
sa são elaborados com a finalidade de serem lidos cisamente, 63%, 85%. Não empregar advérbios
por professores e pesquisadores incumbidos de que não explicitem exatamente o tempo, modo ou
analisar suas qualidades e limitações.” A redação lugar, tais como aproximadamente, antigamente,
de trabalhos técnico-científicos difere de outros recentemente, lentamente nem expressões, como
tipos de composição, apresentando algumas carac-
Fascículo 2 21

provavelmente, possivelmente, talvez, que deixam De acordo com Appolinário (2004:44), “citação é
margem a dúvidas sobre a lógica da argumentação uma “alusão no texto, de uma informação original-
ou clareza das hipóteses. mente extraída de outro texto”. Fazer uma citação
corresponde a transcrever no trabalho um trecho
3.4. Imparcialidade de outro autor.

A escrita deverá ser de forma impessoal. Deve-se re- Devem ser evitadas citações, referentes a assuntos
digir na terceira pessoa. Evitar ideias pré-concebidas, já amplamente divulgados, rotineiro ou de domí-
não superestimando a importância do trabalho nem nio público bem como aqueles provenientes de pu-
subestimando outros que pareçam contraditórios. blicações de natureza didática, que reproduzem, de
forma resumida, os trabalhos originais, tais como
3.5. Coerência apostilas e anotações de aula.

Deve-se manter uma sequência lógica e ordenada A NBR 10520, de agosto de 2002 da ABNT, mos-
na apresentação das ideias. Um trabalho, em geral, tra que as citações podem ser:
se divide em capítulos, seções e subseções, sempre
de forma equilibrada e coesa. • Citação Direta: transcrição textual de parte da
obra do autor consultado.
3.6. Tempo Verbal e Pessoal em um • Citação Indireta: texto baseado na obra do au-
Texto Científico tor consultado.

O tempo verbal varia conforme a natureza do tra- Exemplo 1 - Numa citação direta:
balho e a seção deste. Para uma monografia, em- Segundo Costa (1999,.161), “na física atual, impe-
prega-se o tempo presente, quando o autor for se ra o pluralismo teórico”.
referir ao próprio trabalho, objetivos, conclusões
etc. Ao relatar outros estudos, emprega-se o pre- Exemplo 2 - Numa citação Indireta:
térito perfeito ou o imperfeito, de acordo com a No panorama atual da física, não há propriamente
duração da ação descrita. uma unidade teórica (COSTA, 1999).

Em um projeto, o tempo verbal é o futuro, pois o No primeiro exemplo, citam-se, exatamente, as


trabalho ainda vai se concretizar. Entretanto, ao fa- palavras do autor e, neste caso, deve-se colocar a
zer a revisão bibliográfica, o autor deverá empregar página de onde foi retirada a informação e tam-
o tempo verbal de acordo com a localização tempo- bém colocar entre aspas. Já no segundo exemplo, é
ral do fato descrito. colocada a ideia do autor e não exatamente copiar
o que ele escreveu. Neste caso, não é necessário
3.7. Siglas colocar a página nem aspear.

Quando, na redação, se vai utilizar alguma sigla, e • Citação de Citação: citação direta ou indire-
esta aparece pela primeira vez, no texto, escreve-se ta de um texto em que não se teve acesso ao
o nome por extenso, e, em seguida, coloca-se, entre original.
parênteses, a sigla. Exemplo: Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT). Essas citações podem aparecer no texto (mais reco-
mendado) ou em notas de rodapé.

4. Citações no Projeto de Pesquisa


5. Regras Gerais de Apresentação
As citações são usadas para exemplificar, esclarecer, das Citações
confirmar ou documentar a interpretação de ideias
contidas no texto. Ainda, para se fazer o embasa- Para se fazer uma citação, as obras são apresenta-
mento teórico do assunto da pesquisa, que aparece das pelo sobrenome do autor, pela instituição res-
na introdução ou na seção “referencial teórico”. ponsável ou título da obra (para obras de autoria
desconhecida). Quando a citação está incluída no
22 Fascículo 2

texto, estas devem conter apenas a letra inicial mai- Para enfatizar trechos da citação, deve-se destacá-
úscula e, quando estiverem entre parênteses, todas los, indicando esta alteração com a expressão grifo
devem ser escritas em letras maiúsculas. nosso entre parênteses, após a chamada da citação,
ou grifo do autor, caso o destaque já faça parte da
As citações diretas, no texto, de até três linhas, de- obra consultada.
vem estar contidas entre aspas duplas. Nas citações
em que o autor não necessite descrever toda a frase Quando a citação incluir texto traduzido pelo au-
na íntegra, ele poderá suprimir as partes que não tor, deve-se incluir, após a chamada da citação, a
interessar por meio de colchete, da seguinte forma expressão tradução nossa entre parênteses.
[...].
Quando fizer citações de publicações com dois au-
Ex. tores, deve-se citar o nome dos dois, seguido do
“[...] Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ano de publicação.
ensino[...] Pesquiso para constatar, constatando,
intervenho, intervindo educo e me educo[...]” Ex.:
(FREIRE, 2000) . FALCÃO e ARAÚJO (2006)

As citações diretas, no texto, com mais de três li- Nas citações com mais de dois autores, indica-se
nhas devem ser destacadas com recuo de quatro o nome do primeiro autor, seguido da expressão
centímetros da borda esquerda, com letra menor latina et al. (que significa “e outros”, “e outras”;
que a do texto, utilizada sem as aspas. (aliae = outras) forma abreviada de et alii, que não
é usada) e o ano de publicação.
Ex.
Se para Potter, a bioética possuía um sentido ma- Ex.:
cro, com forte conotação ecológica e holística, para FALCÃO et al. (2005).
Hellegers, ela dizia respeito especificamente ao ser
humano e às biociências humanas, e foi esta últi- Caso haja coincidência de autores com o mesmo
ma visão que prevaleceu (OLIVEIRA, 2004, p. 76). sobrenome e datas de publicação, acrescentam-
se as iniciais de seus pré-nomes. Se mesmo assim
existir coincidência, colocam-se os pré-nomes por
Quando se tratar de dados obtidos por informa- extenso.
ção verbal (palestras, debates, comunicações, etc.),
indicar, entre parênteses, a expressão informação No caso de termos coincidências de dois ou mais
verbal, mencionando-se em notas de rodapé. trabalhos publicados pelo mesmo autor no mesmo
ano, acrescentam-se letras minúsculas, em ordem
Ex.: alfabética, após o ano de publicação.
No texto:
O IV Encontro Nordestino de Biólogos será reali- Ex.:
zado no Piauí, em 2008 (informação verbal)¹. LOPES, J.; Ecologia de mosquitos (Díptera: Culici-
No rodapé da página: dae) em criadouros naturais e artificiais de área ru-
ral do Norte do Estado do Paraná, Brasil. VI – co-
letas de larvas no peridomicilio. Revista Brasileira
de Zoologia. 14 (3): 571-578, 1997a.

LOPES, J.; Ecologia de mosquitos (Díptera: Culicidae)


em criadouros naturais e artificiais de área rural do
Norte do Estado do Paraná, Brasil. V – coletas de
larvas em recipientes artificiais instalados em mata
¹Notícia fornecida pelo Conselho Regional de Biolo- ciliar. Ver. Saúde Pública, 31 (4) 370-7, 1997b.
gia – CrBio 5, em Fortaleza, em novembro de 2005.
Nas citações de trabalhos em fase de elaboração, deve Quando no texto se fizer uma citação de uma ci-
ser mencionado o fato, indicando-se os dados dispo- tação, isto somente deve ser usado na impossibili-
níveis, em nota de rodapé. dade de acesso ao documento original. Neste caso,
Fascículo 2 23

deve-se indicar o sobrenome do autor original, se- Passo 1:


guido da expressão, citado por ou apud (expressão Clique no menu Arquivo / Configurar página.
latina) e o sobrenome do autor da obra consulta-
da, sendo que só o documento consultado deverá
constar na lista das referências bibliográficas.

Ex.:
FALCÃO apud ARAÚJO (2005); ou
FALCÃO citado por ARAÚJO (2005)

As subsequentes citações desta obra podem ser


referenciadas de forma abreviada, utilizando as se-
guintes expressões, abreviadas quando for o caso:

a) Idem - mesmo autor - Id;


b) Ibidem - na mesma obra – Ibid; Clique (Configurar Página) Clique (Arquivo)
c) Opus citatum, opere citato – obra citada –
op.cit.; Passo 2:
d) Tassim – aqui e ali, em diversas passagens – pas- Dentro da caixa de diálogo, clique no item Tama-
sim nho do papel e escolha Papel A4 (210 x 297mm).

6. Apresentação Gráfica do
Trabalho Científico
6.1. Formato do Papel

A Norma Brasileira (NBR) 14724, de dezembro de 2005,


da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
regulamenta a apresentação dos trabalhos acadêmicos.

O papel a ser utilizado para a digitação é o A4 (21cm


x 29,7cm), de cor branca. A impressão é feita em
Clique (A4 210 x 297 mm) Clique (Tamanho do papel)
laudas, isto é, utiliza-se, apenas, um lado da folha,
com exceção da folha de rosto, na qual é feita a cata- Passo 3:
logação1 do trabalho. Cada folha será uma página. Em Tamanho do papel, na Orientação, escolha Retrato
A impressão deve ser na cor preta, podendo utilizar para impressão vertical e, em seguida, clique em OK (Fig.3).
outras cores somente para as ilustrações.

Catalogação - consiste em uma ficha com uma sé-


rie de informações que seguem um padrão inter-
nacional, cuja presença é obrigatória em todas as
teses e livros publicados no Brasil.

Para iniciar-se a digitação, deve-se configurar o mi-


cro no aplicativo Microsoft Word (MS-Word), da
seguinte forma:

Clique (Retrato)
Clique (OK)
24 Fascículo 2

6.2. Margens e Espaçamento Passo 2:


Dentro da caixa de diálogo, clique no item Mar-
O texto, em geral, guarda as seguintes margens a gens e escolha as medidas das margens: esquerda
partir das bordas da folha: - 3cm, direita - 2cm, em seguida, clique em OK.

MARGEM TAMANHO
Superior 3,0 cm
Esquerda 2,0 cm
Inferior 3,0 cm
Direita 2,0 cm

A digitação é sempre feita em espaço um e meio


(1.5). Jamais, em espaço um (1,0), exceto para cer-
tas partes específicas, como: citações de mais de
três linhas, as notas; a exemplo, das notas de grau
acadêmico ou apresentação (que aparecem na fo-
lha de rosto), notas de rodapé, agradecimentos;
referências e bibliografia; legendas de tabelas e Superior: 3 cm Inferior: 2 cm Direita: 3 cm Esquerda: 2 cm
ilustrações e o resumo. As referências, ao final do
trabalho, devem ser separadas entre si por dois es- Clique (OK)
paços simples. O mesmo espacejamento observado entre cabeça-
lho e textos deve ser obedecido entre o término de
Os títulos das seções devem começar na parte su- um item e o cabeçalho do item seguinte, e assim
perior e devem ser separados do texto que os su- consecutivamente, da introdução até as referências
cede por dois espaços 1.5, entrelinhas. Da mesma do trabalho técnico-científico. O quadro a seguir
forma, os títulos das subseções devem ser separa- resume todos os espaçamentos.
dos do texto que os precede e que os sucede por
dois espaços 1.5. 3 cm

Para configuração da página, siga os procedimen-


tos a seguir: 5 cm
Parágrafo

Passo 1:
Clique no menu Arquivo / Configurar página.

3 cm 2 cm

ESPAÇO UM E MEIO: Exceto notas de


rodapé, notas de grau acadêmico, ta-
belas, agradecimentos, resumo, refe-
rências e bibliografia (espaço simples)

2 cm

Clique (Arquivo)
6.3. Indicativo de Secção
Clique (Configurar Página)
Cada capítulo ou seção importante (Introdução, Ob-
jetivos, etc...) deve ser iniciado em uma nova página.
Fascículo 2 25

O indicativo de seção precede seu título, alinhado Quando for necessário enumerar os diversos as-
à esquerda por um espaço de caractere. suntos de uma seção que não possua título, esta
deve ser subdividida em alíneas. Quando as alí-
Na folha de rosto, a natureza do trabalho, o obje- neas forem cumulativas ou alternativas, pode ser
tivo, o nome da instituição a que é submetido e a acrescentado, após a penúltima, e/ou conforme
área de concentração devem ser alinhados do meio o caso. As alíneas, exceto a última, terminam em
da folha para a margem direita. ponto e vírgula. As alíneas são ordenadas alfabeti-
camente na margem esquerda.
A NBR 6024, de maio de 2003 estabelece um siste-
ma de numeração progressiva das seções de docu- Os títulos sem indicativo numérico, como erra-
mentos escritos, de modo a expor numa sequência ta, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de
lógica o inter-relacionamento da matéria e a permi- abreviaturas e siglas, resumo, sumário, glossário,
tir sua localização. Essa Norma se aplica à redação apêndice(s), anexo(s) e índice, devem ser centrali-
de todos os tipos de documentos escritos, indepen- zados. A folha de aprovação e a dedicatória não
dentemente do seu suporte, com exceção daqueles possuem título nem indicativo numérico.
que possuem sistematização própria (dicionários,
vocabulários etc.) ou que não necessitem de siste- Para configuração da numeração dos capítulos ou
matização (obras literárias). seções importantes, siga os procedimentos a seguir:

Nas seções que tiverem títulos e subtítulos, esses Passo 1:


devem estar alfa-numerados, em ordem progressi- Clique no menu Formatar / Marcadores e numeração.
va, marcados por algarismos arábicos, como indica-
tivos de sequência. O indicativo das seções primá-
rias é alinhado na margem esquerda, precedendo o
título, dele separado por um espaço e deve ser gra-
fado em números inteiros a partir de um (1). Se,
porém, o trabalho comportar várias subdivisões, li-
mitar a numeração progressiva até a seção quinária.

O indicativo de uma seção secundária é constituído do


indicativo da seção primária a que pertence, seguido do
número que lhe for atribuído na sequência do assunto
e separado por ponto. Repete-se o mesmo processo em
relação às demais seções, como se segue no exemplo:
Clique (Formatar) Clique (Marcadores e numeração)
1. Seção primária
1.1 Seção secundária
1.1.1 Seção terciária Passo 2:
1.1.1.1 Seção quaternária Dentro da caixa de diálogo, clique no item Nume-
1.1.1.2 Seção quinária rada e faça sua escolha dentro das opções de nume-
ração, em seguida, clique em OK.
Verifica-se que não se utilizam ponto, hífen, traves-
são ou sinal após o indicativo de seção ou seu título.

Destacam-se, gradativamente, os títulos das seções,


utilizando-se os recursos de negrito, itálico, grifo
ou caixa alta. O título das seções (primárias, secun-
dárias etc.) deve ser colocado após ser sua nume-
ração, dele separado por um espaço. O texto deve
iniciar-se em outra linha.

Todas as seções devem conter um texto relaciona-


do com elas.

Opção: algarismos romanos Opção: algarismos arábicos

Clique (OK)
26 Fascículo 2

6.4. Tipos de Fontes Passo 2:


Dentro da caixa de diálogo, clique no item Fonte
No caso de digitação, em que há abundância de e ,na opção de Fonte, escolha uma das fontes reco-
fontes a escolher, sugere-se a adoção de fontes com mendadas Arial ou Times New Roman.
formato de fácil leitura (Arial ou Times New Ro-
man), na cor preta. O tamanho recomendado é o
12 (doze) para o texto, excetuando-se as citações de
mais de três linhas, notas de rodapé, paginação e
legendas das ilustrações e das tabelas que devem
ser digitadas em tamanho menor e uniforme. No
caso das citações de mais de três linhas, deve-se
observar um recuo de 4cm da margem esquerda
(na unidade temática 4, mostramos mais detalhas
e conceitos dos tipos de citações).

O parágrafo deve ter a primeira linha recuada da


margem esquerda, aproximadamente 2,0cm. O es-
paçamento entre parágrafos é o mesmo utilizado
Fonte: Arial ou Times New Roman
entre as demais linhas do texto (espaço 1,5).

Para escolha da fonte e suas características, deve- Passo 3:


mos proceder da seguinte forma: Ainda dentro da caixa de diálogo, escolha: estilo
da fonte Normal, tamanho da fonte: 12 e cor da
Passo 1: fonte: Automática; em seguida, clique em OK.
Clique no menu Formatar / Fonte.

Cor da fonte: Automático Clique (OK) Tamanho: 12


Clique (Formatar) Clique (Fonte) Estilo da fonte: Normal

6.5. Ilustrações

Ilustrações são elementos que podem auxiliar as informa-


ções do texto de forma condensada, sendo constituídas
de gráficos, tabelas, quadros, fotografias, mapas, dese-
nhos, dentre outros. Devem ter significação própria, de
modo a prescindir, quando isolada, de consultas ao texto.

Para melhor compreensão, esses itens deverão figurar


imediatamente após sua indicação no texto, na mesma
página ou no máximo na página seguinte, salvo em ca-
Fascículo 2 27

sos em que haja necessidade de serem colocados em onde foi extraída.


apêndices ou anexos.
As tabelas apresentadas no sentido horizontal se-
As ilustrações devem estar centralizadas horizon- rão fechadas por linhas, apenas, na parte superior
talmente, na página; serão sempre numeradas em e inferior (não possui as linhas laterais). Quando a
sequência própria, de acordo com o número da cha- tabela estiver no sentido vertical, com continuação
mada do texto, com títulos escritos em letras minús- na página seguinte, não terá a linha inferior, e o
culas, com exceção da inicial da frase e dos nomes cabeçalho será repetido na página seguinte.
próprios após a palavra Figura (ou Tabela, etc.).
Exemplo:
Nas tabelas, quadros e gráficos, o título deve ser Tabela 01: Número de alunos matriculados nas escolas
colocado na parte superior, embora, nas figuras, municipais de Ensino Fundamental e Médio de Gara-
deva aparecer na parte inferior. nhuns-PE, em 1994.

Em casos de a ilustração ter sido retirada de outro Para inserção de uma tabela em seu trabalho, siga
documento, deve-se sempre citar abaixo a fonte de as instruções abaixo:

Curso Rede Particular Rede Municipal Rede Estadual Total


Zona Urbana Zona Rural Zona Urbana
Pré-Escolar 2.658 203 958 1.000 4.819
Ensino Fundamental: 3.478 3.251 2.268 6.606 15.599
1ª a 4ª série
Ensino Fundamental: 2153 834 - 8.283 11.270
5ª a 8ª série
Ensino Médio 9.559 - 4.705 2.144 16.408
Supletivo: Ensino - - - 727 727
Fundamental
Classe Especial: - - - 90 90
Ensino Médio
No total de alunos 48.913
Fonte: GERE (Gerência Regional de Educação - Agreste Meridional.

Passo 1: Passo 2:
Clique no menu Tabela / Inserir / Tabela. Dentro da caixa de diálogo, na opção Tamanho da
Tabela, escolha o Número de Colunas e o Núme-
ro de Linhas.

Clique (Tabela) Clique (Inserir) Clique (Tabela)

Número de colunas Número de linhas


28 Fascículo 2

Passo 3: Passo 1:
Na mesma caixa de diálogo, na opção Comporta- Clique no menu Inserir / Referência / Notas.
mento de Auto Ajuste, escolha ou digite a Largu-
ra da Coluna Fixa desejada. Uma outra forma de
configurar a largura da coluna pode ser utilizando-
se as opções Ajustar-se Automaticamente ao Con-
teúdo ou Ajustar-se Automaticamente à Janela.
Depois que fizer sua escolha, clique em OK.

Clique (Inserir) Clique (Referência) Clique (Notas...)

Passo 2:
Dentro da caixa de diálogo Notas de Rodapé e
Notas de Fim, na opção Local, escolha Nota de
Rodapé e o Formato do Número, logo depois, cli-
que em Inserir.
Opção: Largura da Opção: Ajustar-se Opção: Ajustar-se
coluna fixa automaticamente automaticamente
Clique (OK) ao conteúdo à janela

6.6. Notas de Rodapé

Servem para dar explicações de pontos que fogem


à linha de raciocínio do texto (embora sejam úteis),
para não sobrecarregá-lo; como indicativo de uma
citação, mostrando a referência bibliográfica; mos-
trar a versão original de alguma citação que foi tra-
duzida no texto.

Aparecem no final das páginas nas quais são indi-


cadas, digitadas em espaço simples, em fonte com Clique (Notas de rodapé) Clique (Formato do número:
tamanho inferior a do texto, precedidas de uma letras, números [algarismos
sinalização na parte superior ou ao lado, podendo Clique (Inserir) arábicos], asterisco, símbolos)
ser letras, números (algarismos arábicos), asterisco
ou outro símbolo qualquer, correspondendo exa- 6.7. Paginação
tamente à chamada do texto.
As páginas são contadas a partir da folha de rosto
Para aplicarmos as notas de rodapé, devemos ado- (inclusive), embora só comecem a ser graficamente
tar os seguintes procedimentos: numeradas a partir da primeira folha da parte textu-
al (Introdução). O número é grafado em algarismos
arábicos, no canto superior direito da margem di-
reita, ficando o último algarismo a 2,0cm da borda
direita da folha e a 1,0cm da linha do texto.

Havendo apêndice ou anexo, as suas folhas devem


ser numeradas de maneira contínua, e sua pagina-
ção deve dar seguimento à do texto principal.
Fascículo 2 29

Para numerar as páginas, devemos proceder da se-


guinte forma:

Passo 1:
Clique no menu Inserir / Número de páginas.

Clique (OK)

6.8. Encadernação

A princípio, encadernar não é uma obrigação.


Clique (Inserir) Clique (Número de páginas) Obrigatório é, sim, que todo texto com mais de
Passo 2: uma folha, apresente-se com todas as folhas juntas.
Dentro da caixa de diálogo, clique no item Posição Bastaria, portanto, um grampo em diagonal, no
e escolha a opção Início da página (cabeçalho). canto superior esquerdo. Por outro lado, um texto
encadernado gera excelente impacto inicial.

Pode-se encadernar por um dos sistemas ofereci-


dos, como espiral, garras, canaletas, grampos, etc.
Nesses casos, a capa deve ser transparente (os ele-
mentos de capa sempre devem aparecer). Também
pode encadernar com Capa Dura, em que os ele-
mentos de capa nela devem ser impressos.

Importante:
Os sistemas eletrônicos apresentam problemas por
diversos motivos, provocando perda das informa-
ções gravadas. Recomendamos que periodicamen-
Clique (Posição) e escolha “Início da página (cabeçalho) te se façam arquivos de segurança (backups) do seu
Passo 3: material em zip drive, cd, pen drive, etc.
Ainda dentro da caixa de diálogo, clique no item
Formatar e configure a opção Numeração da pá-
gina para Iniciar em: 0; em seguida, confirme a Atividade | Encaminhar atividade sobre os
sessão, clicando em OK, nas duas telas. aspectos gráficos dos trabalhos acadêmicos, a
partir da NBR 14724 da ABNT.

O Processo

1. Estude o fascículo 3 que trata sobre os as-


pectos gráficos do trabalho acadêmico.

2. Digite um texto qualquer, com o título cen-


tralizado, todo maiúsculo. Com uma lauda
(uma página) inteira, na fonte Times New
Roman, tamanho 12, com espaçamento
entre linhas 1 e ½ e salve.
Configure: “Iniciar em: 0” Clique (OK)
30 Fascículo 2

3. Depois altere a formatação dos caracteres para Negrito Sublinhado e salve.

4. Com o texto na formatação acima, altere o tamanho da fonte para 18 e salve.

5. A partir do menu Formatar, produza um pequeno documento com as seguintes características:

a. Fonte: Arial
b. Tamanho: 16
c. Estilo: Negrito Itálico

6. Com o documento formatado acima, altere o espaçamento entre linhas do parágrafo para duplo.

7. Abra um documento novo e, por meio do menu Arquivo, configure-o da seguinte forma:

a. Margem esquerda: 3cm


b. Margem direita: 2cm
c. Tamanho do papel: A4 210 x 297mm
d. Formato: Paisagem

8. Crie uma tabela fictícia de rendimento escolar, atribuindo notas nos meses de março a junho para
as disciplinas Português, Matemática, História e Geografia. Distribua as disciplinas em linhas e os
meses, em colunas.

9. Exclua a coluna junho.

10. Transforme a tabela acima em um gráfico, usando as barras de ferramenta e de menus.

11. Salve todas as etapas e entregue a seu (sua) Tutor (a).

Avaliação
A avaliação será feita a partir dos seguintes critérios:
Capacidade de usar as ferramentas do Word na formatação de documentos.
Apresentação dos elementos indicativos do seu domínio com o microcomputador.

Conclusão
Todos os trabalhos realizados a partir deste momento deverão ser digitados de acordo com as normas
apresentadas no fascículo 3.

RESUMO
A Ética no mundo ocidental surgiu na Grécia Clássica, no século V a.C., com o filósofo Sócrates. Em pes-
quisa, a ética significa usar os princípios norteadores, enquanto questionamento dos valores morais, numa
abordagem que qualifique a pesquisa dentro dos padrões éticos e morais e num campo mais específico,
aceitos pela Bioética. A abordagem ética é fundamental no planejamento, na condução e avaliação de
pesquisas. Deve-se considerar, também, a relação custos e benefícios da pesquisa e, quando for o caso, o
anonimato e o sigilo das pessoas envolvidas. É fundamental, indispensável, imprescindível que a pesquisa
científica tenha credibilidade. Esse pressuposto estende-se ao pesquisador e aos participantes. Além de anti-
ético e imoral, é crime cometer fraude e plágio de pesquisas de outrem. O Brasil avançou muito nos últimos
anos, no campo do direito autoral. No caso específico de livros, pressionado pelos autores, que exigiam
uma remuneração justa por seu trabalho, e pelos editores, que investem crescentemente em tecnologia e
Fascículo 2 31

mão-de-obra para produzir livros com qualidade. O Direito Autoral foi regulamentado no Brasil, através da
Lei Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Essa lei visa combater e punir a pirataria editorial, caracterizada
pelo crime contra os autores, tradutores, revisores, editores e outros inúmeros profissionais envolvidos no
processo de edição.

Os aspectos gráficos dos trabalhos acadêmicos têm como base as Normas de Documentação da Associa-
ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), mais precisamente a NBR 14724, porém, em alguns campos,
estas foram adaptadas aos atuais recursos tecnológicos, tendo em vista a sua modernização.

SAIBA MAIS! Livro Rápi-


ciência. 2 ed. Olinda:
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OLIVEIRA, Fátima. Bioética: uma face da ci-


dadania. 2 ed. reform. São Paulo: Moderna,
2004.
Fascículo 3 33

O Projeto de Pesquisa
Prof. Josevaldo Araújo de Melo
Prof. Pedro Henrique de Barros Falcão
Carga Horária | 15 horas

Objetivos Específicos
Fundamentar a elaboração do projeto de pesquisa;
Desenvolver a capacidade de elaboração das fases e execução de um projeto
de pesquisa;
Aplicar as normas técnicas da ABNT na elaboração de referências.

1. O Projeto de Pesquisa
De acordo com Appolinário (2004), o projeto de pesquisa é “o documento que
especifica informação acerca de uma pesquisa não realizada”. Com ele, o pesqui-
sador adquire ou amplia seus conhecimentos acerca do tema escolhido, verifica
a viabilidade da realização do estudo proposto, define os objetivos do trabalho,
planeja os resultados a serem alcançados, o método para atingi-lo e, no primeiro
momento, verifica a bibliografia existente sobre o tema (COSTA, 2003). Um
projeto de pesquisa bem estruturado facilita a construção da redação do trabalho
final, como, por exemplo, de sua monografia.

Até pouco tempo, não existia um modelo padronizado para a preparação de um


projeto, no entanto a ABNT, em dezembro de 2005, criou a NBR 15287, com
o objetivo de estabelecer os princípios gerais para apresentação de projetos de
pesquisa.

O quadro 2 mostra a estrutura dos elementos que compõem um projeto:


Quadro 2: Estrutura dos Elementos que compõem o Projeto

ELEITOS ROTEIRO
Pré-textuais Capa (obrigatório)
Folha de Rosto (obrigatório)
Lista de ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Lista de símbolos (opcional)
Sumário (obrigatório)
Textuais 1 Introdução
2 Objetivos
2.1 Objetivo Geral
2.2 Objetivos Específicos
3 Justificativa
4 Metodologia
5 Cronograma
6 Orçamento
Pós-textuais Referências (obrigatório)
Bibliografia (opcional)
Glossário (opcional)
Apêndice(s) (opcional)
Anexo(s) (opcional)
Índice(s) (opcional)
34 Fascículo 3

2. Descrição dos Elementos que C) Lista de Ilustrações (Figuras),


Compõem o Projeto Tabelas, Abreviaturas e Siglas

A Norma Brasileira (NBR) 15287:2005 da ABNT São itens opcionais; localizam-se antes do sumário em
trata da normatização dos princípios gerais para a páginas próprias, e seus itens devem relacionar elemen-
elaboração da apresentação dos projetos de pesqui- tos selecionados no texto, na ordem de ocorrência.
sa, visando a sua apresentação à instituição.
Cada lista deve apresentar: o número de figura ou
Os elementos que compõem o Projeto são defini- tabela, sua legenda e a página na qual se encontra,
dos e estruturados da seguinte forma: em particular, no caso de figuras e/ou tabelas não
originais, indicar, abaixo destas, a fonte de onde
A) Capa foram extraídas. As tabelas e/ou figuras, quando
indispensáveis para a compreensão, deverão apare-
A capa é obrigatória, é a proteção externa do tra- cer o mais próximo possível ao texto. As abreviatu-
balho sobre a qual se imprimem as informações ras e as siglas devem aparecer em lista própria, em
indispensáveis à sua identificação na seguinte or- ordem alfabética com seus respectivos significados.
dem: Essas listas deverão ser utilizadas, quando ocorrer
um número igual ou superior a 10 tabelas, ilustra-
• Nome da Instituição à qual o trabalho é sub- ções, abreviaturas ou siglas.
metido (dependendo das normas da institui-
ção, pode ser opcional); D) Lista de Símbolos
• Título do trabalho: deve ser claro e preciso,
identificando o seu conteúdo e possibilitando Elemento opcional, que deve ser elaborado de
a sua indexação; acordo com a ordem apresentada no texto, com o
• Subtítulo: se houver, deve ser evidenciada a devido significado.
sua subordinação ao titulo principal, precedi-
do de dois pontos; E) Sumário
• Nome do autor: responsável intelectual do tra-
balho; É elaborado, conforme a NBR 6027, de maio de
• Local: cidade da instituição onde deve ser 2003, tendo como objetivo a apresentação de sumá-
apresentado; rio de documentos que exijam visão de conjunto e
• Ano de entrega do trabalho. facilidade de localização das seções e outras partes.

O sumário é a relação das principais seções do tra-


B) Folha de Rosto
balho na ordem em que se sucedem no texto e com
indicação da página inicial ou número das páginas
Elemento obrigatório. É a folha que apresenta os
inicial e final, separadas por hífen (exemplo: 91-
elementos essenciais à identificação do trabalho.
143). Os elementos pré-textuais não devem constar
Deve conter:
no sumário.
• Nome do autor;
Os indicativos de seção que compõem o sumário
• Título do trabalho;
devem ser numerados em algarismos arábicos e ali-
• Subtítulo, se houver;
nhados à esquerda, conforme a NBR 6024:2003.
• Natureza do trabalho (projeto) e objetivo (para
Elementos, como listas de figuras, tabelas, abre-
que se destina); instituição a que será submeti-
viaturas e siglas, resumo, referências, glossário,
do; área de concentração;
apêndice(s), anexo(s) e índice, não possuem indi-
• Local: cidade da instituição onde vai ser apre-
cativo numérico.
sentado;
• Ano de entrega do trabalho.
O sumário deve figurar logo após a dedicatória e/
ou agradecimentos, se houver, ou seja, é o último
Nota: Se exigida pela entidade, devem ser apre- elemento pré-textual. A palavra sumário deve ser
sentados dados curriculares do(s) autor(es) em
centralizada e com a mesma fonte utilizada para
folha(s) distinta(s) após a folha de rosto.
as seções primárias. Havendo mais de um volume,
Fascículo 3 35

em cada um deve constar o sumário completo do ma a ser resolvido).


trabalho. • Objetivos Específicos (questão secundária a ser
respondida, relacionada à questão principal).
Não confundir o sumário com o índice (lista de-
talhada, em ordem alfabética dos assuntos, nomes H) Justificativa
de pessoas, nomes geográficos, etc.).
Sessão do Projeto na qual o autor defenderá a
F) Introdução necessidade da realização do trabalho. Ela deverá
mostrar a importância do tema proposto; a moti-
Elemento obrigatório. De acordo com Costa vação individual, profissional, social e teórica para
(2003), “nela se diz o que é ou de que trata o traba- o tema.
lho.” Deve fornecer uma visão geral do trabalho e
sua contextualização dentro do cenário das pesqui- I) Metodologia
sas realizadas na respectiva área.
Conjunto de procedimentos aceitos e validados.
Expõe as razões que levaram o autor a escrever, de- Na metodologia, deve-se mostrar como a pesqui-
fine o assunto, referindo-se ao quadro teórico em sa será realizada, de forma clara, direta e objetiva,
que se fundamenta o trabalho, citando os autores mostrando os caminhos percorridos para se chegar
mais importantes que estudaram o tema. Apresen- aos objetivos propostos.
ta o estado da questão ou formulação do problema
e das hipóteses. Situa o assunto no tempo e no J) Cronograma
espaço, no conjunto dos conhecimentos ou ativi-
dades já desenvolvidas e com as quais se relaciona, O cronograma deve mostrar as atividades a serem
mostrando o que de novo se pretende, sem se es- executadas e quando a pesquisa será desenvolvida,
quecer de apontar o que é comum. desde a confecção do projeto, sua execução, análise
dos resultados, redação e entrega do trabalho final
Define os termos empregados, caso tal definição (monografia).
seja necessária. Indica o caminho a seguir, mos-
trando as ideias mestras do desenvolvimento, os K) Orçamento
pontos principais, as deduções mais importantes.
A seguir, alguns sites que poderão ser usados para Descrever a relação dos custos para realização da
fazer a revisão da literatura. pesquisa com previsão de recursos para compra de
material permanente, consumo e pagamento de
pessoal.
SAIBA MAIS!
Seguem alguns endereços de agências financiado-
ov.br
www.periodicos.capes.g ras de pesquisa no Brasil:
www.bireme.br
www.medscapa.com
www.scielo.br
www.mdconsult.com
www.prossiga.com
www.alphagalileo.org
www.eurekalert.org
SAIBA MAIS!
Cnpq: www.cnpq.br
br
Capes: www.capes.gov.
Fac epe : ww w.f ace pe. br
Ou nos sites de busca da internet, como cadê, goo- Finep: www.finep.br
gle, altavista entre outros. BNB: www.bnb.gov.br
r
BNDE: www.bnds.gov.b
w.boticario.com.br
Fundação Boticário: ww ov.br
w.p etr obr ás.g
G) Objetivos Petrobrás: ww

Sessão do projeto, na qual estão especificadas as fina-


lidades principais e secundárias deste. Divide-se em:

• Geral (questão principal da pesquisa, proble-


36 Fascículo 3

L) Referências índices. Corresponde à lista de palavras ou frases,


ordenadas segundo determinado critério, que loca-
As referências compreendem a lista dos autores ci- liza e remete para as informações contidas no texto.
tados, ou seja, referenciados no desenvolvimento
do trabalho. Devem ser elaboradas de acordo com Os índices podem ser classificados de acordo com
a NBR 6023: 2002 da ABNT. O fascículo 05 desta três critérios. São eles: de acordo com a ordenação,
unidade temática mostra como prepará-las. na qual os elementos podem aparecer em ordem
alfabética, ou sistemática, ou cronológica, ou nu-
M) Bibliografia mérica, ou alfanumérica. De acordo com o enfo-
que, ele pode ser subdividido em especial, quando
Apresenta todo o material lido e estudado para é organizado por autores, ou assuntos, ou títulos,
a elaboração do trabalho, mas não citado em seu ou pessoas e/ou entidades, ou nomes geográficos,
corpo. São listados em ordem alfabética. ou citações, ou ainda em anunciantes e matérias
publicitárias; em geral, quando combina duas ou
N) Glossário mais categorias indicadas anteriormente, como,
por exemplo, índice de autores e assuntos.
Elemento opcional. Relação de palavras ou expres-
sões técnicas de uso restrito ou sentido obscuro, O índice deve abranger as informações extraídas
utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas do documento, inclusive material expressivo con-
definições. tido nas notas explicativas, apêndice(s) e anexo(s),
entre outros. O índice pode complementar infor-
O) Apêndice mações não expressas no documento, tais como
nomes completos, datas de identificação, nomes
Elemento opcional. Texto ou documento elabora- de compostos químicos etc.
do pelo autor, a fim de complementar sua argu-
mentação, sem prejuízo da unidade do trabalho, O título do índice deve definir sua função e/ou
tais como entrevistas, questionários, tabelas, foto- conteúdo (exemplos: índice de assunto, etc.). É im-
grafias. O(s) apêndice(s) é (são) identificado (s) por presso no final do documento, com paginação con-
letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos secutiva ou em volume separado. Em índice alfa-
respectivos títulos. bético, recomenda-se imprimir, no canto superior
externo de cada página, as letras iniciais ou a pri-
Ex.: APÊNDICE A – Título do documento. meira e última entradas da página. No índice geral,
APÊNDICE B – Título do documento. as entradas de cada categoria devem ser diferencia-
etc. das graficamente. Deve-se evitar o uso de artigos,
adjetivos, conjunções etc. no início dos cabeçalhos.
P) Anexo
Relatórios da Pesquisa
Elemento opcional. Texto ou documento não ela-
borado pelo autor que serve de fundamentação, De acordo com VERGARA (2000), “relatório é o
comprovação e ilustração, tais como transcrições relato do que desencadeou a pesquisa, da forma
de leis, gráficos, tabelas, recortes de jornais e revis- pela qual ela foi realizada, dos resultados obtidos,
tas. O(s) anexo(s) é(são) identificado(s) da mesma das conclusões a que se chegou e das recomenda-
forma do apêndice. ções e sugestões que o pesquisador faz”.

Ex.: ANEXO A – Título do documento. O relatório da pesquisa consta de elementos pré-


textuais (capa, folha de rosto, equipe técnica, agra-
decimentos e sumário); textuais (Introdução, revi-
Q) Índice
são de literatura, metodologia, análise e discussão
de resultados, conclusões e recomendações) e pós-
Elemento opcional. A NBR 6034, de dezembro de
textuais (referências, bibliografia, apêndice, anexo).
2004, que substitui e cancela a de 1989, baseada
na ISO 999:1975, estabelece os requisitos de apre-
sentação e os critérios básicos para a elaboração de
Fascículo 3 37

3. Modelos dos Elementos que


Compõem um Projeto

3.1. Modelo da Capa


3.3. Modelo do Sumário

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE SUMÁRIO


FACULDADE DE CIÊNCIAS, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
DE GARANHUNS - FACETEG
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

1.INTRODUÇÃO...................................................................3

2 OBJETIVOS....................................................................... 4
2.1 Geral............................................................................4
2.2 Específicos...................................................................4

3 JUSTIFICATIVA................................................................ 5
TÍTULO DO PROJETO
4 METODOLOGIA............................................................... 6

5 CRONOGRAMA................................................................ 7

6 ORÇAMENTO................................................................... 8

7 REFERÊNCIAS................................................................. 9

AUTOR 8 BIBLIOGRAFIA............................................................. .10

Apêndice ..............................................................................11

Anexo...................................................................................12
CIDADE-ESTADO
ANO

3.2. Modelo Folha de Rosto


3.4. Modelo da Introdução

AUTOR 1. INTRODUÇÃO

Elemento obrigatório. De acordo com Costa (2003), “nela se


diz o que é ou de que trata o trabalho.” Deve fornecer uma visão
geral do trabalho e sua contextualização dentro do cenário das pes-
quisas realizadas na respectiva área.
TÍTULO DO PROJETO
Expõe as razões que levaram o autor a escrever; define o assun-
to, referindo-se ao quadro teórico em que se fundamenta o trabalho,
citando os autores mais importantes que estudaram o tema; apresenta
o estado da questão ou formulação do problema e das hipóteses; situa
o assunto no tempo e no espaço, no conjunto dos conhecimentos ou
Projeto de Pesquisa apresentado atividades já desenvolvidas e com as quais se relaciona, mostrando o
ao Professor Pedro Henrique de que de novo se pretende, sem se esquecer de apontar o que é comum;
Barros Falcão da disciplina Me- define os termos empregados, caso tal definição seja necessária; in-
todologia Científica do Curso de dica o caminho a seguir, mostrando as idéias- mestras do desenvolvi-
Licenciatura em Letras modali- mento, os pontos principais, as deduções mais importantes.
dade a distância, ministrado pela
Universidade de Pernambuco, em
cumprimento às exigências para
conclusão da disciplina.

CIDADE-ESTADO
ANO
38 Fascículo 3

3.5. Modelo de Cronograma

A seguir, exemplos de como montar um cronograma:

Ex. 1 Ex. 3

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Etapa I: escolha do assunto e delimitação do tema;
Etapa II: revisão da bibliografia;
Atividades
Etapa III: preparação do projeto;
Etapa IV: entrega do projeto; Escolha do assunto e
x x x
Etapa V: encontro com o orientador; delimitação do tema
Etapa VI: aplicação das atividades de campo (entrevistas por exemplo);
Revisão de bibliografia x
Etapa VII: análise do material coletado;
Etapa VIII: redação e digitação do trabalho final; Preparação do projeto x x x x
Etapa IX: entrega da monografia. Entrega do Projeto x

Encontro
meses x x x
etapas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 com o orientador
I x Aplicação das
x x
II x x x x x atividades em campo

III x x Análise do
x x
material coletado
IV x
Redação do
V x x x x x x
trabalho final
VI x x Entrega da monografia x
VII x x

VIII x x

IX x

Ex. 2 3.6. Modelo de Orçamento

ELEMENTOS DE VALOR VALOR


Resumo das atividades DESPESA UNIT. TOTAL
(R$) (R$)
1. Escolha do assunto e delimitação do tema
2. Revisão da bibliografia 1 DESPESA DE MATERIAL
3. Preparação do projeto PERMANENTE
4. Entrega do projeto
Computador (2) 1.900,00 3.800,00
5. Encontro com o orientador
Impressora (1) 400,00 800,00
6. Aplicação das atividades de campo (entrevistas por exemplo)
Gravador (1) 220,00 440,00
7. Análise do material coletado
Mesa p/aparelho de informática (2) 250,00 500,00
8. Redação do trabalho final
9. Entrega da monografia 2 DESPESA DE MATERIAL
DE CONSUMO
cronograma 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Papel A4 (2cx) 110,00 220,00
de execução Cartucho de tinta (10 cart) 50,00 500,00
1 x Caneta de tinta (100) 1,00 100,00

2 x x x x x 3 DESPESA COM PESSOAL

3 x x Coordenador do projeto (1) 500,00 500,00


Estagiário (2) 250,00 500,00
4 x
Técnico de laboratório (1) 250,00 250,00
5 x x x x Serviço de terceiros 500,00 500,00
6 x x 4 OUTRAS DESPESAS
7 x x Diárias (10) 30,00 300,00
8 x x Encargos sociais (1) 2.500,00 2.500,00
Diversos (1) 500,00 500,00
9 x
TOTAL R$ 11.410,00
Fascículo 3 39

4. Mapa Conceitual e Diagrama Conceitos com aproximadamente o mesmo nível


na Construção de Projetos de generalidade e inclusividade aparecem na mes-
ma posição vertical.
de Pesquisa e Trabalhos de
Conclusão de Curso Os mapas conceituais podem ser utilizados:

A teoria a respeito dos Mapas Conceituais foi desen- • Como instrumento de ensino;
volvida, nos anos 70, pelo pesquisador norte-ameri- • Como estratégia de estudo;
cano Joseph Novak. Ele define mapa conceitual • Na avaliação da aprendizagem;
como uma ferramenta para organizar e representar • Na análise e planejamento do conteúdo curricular.
conhecimento. O mapa conceitual é uma estrutura
esquemática para representar um conjunto de con- Obs.: Em cada um desses usos, mapas conceituais
ceitos imersos numa rede de proposições. São consi- podem ser sempre interpretados como instrumen-
derados como estruturadores do conhecimento, na tos para “negociar significados”.
medida em que permitem mostrar como o conheci-
mento sobre determinado assunto está organizado Mapas Conceituais como
na estrutura cognitiva de seu autor, que assim pode Instrumento Didático
visualizar e analisar a sua profundidade e extensão.
Os Mapas podem ser usados para mostrar as rela-
Ele pode ser entendido como uma representação ções hierárquicas entre os conceitos que estão sen-
visual utilizada para partilhar significados, pois ex- do ensinados em uma aula, em uma unidade de
plicita como o autor entende as relações entre os estudo ou em um curso inteiro.
conceitos enunciados.
São representações concisas das estruturas concei-
O mapa conceitual se apoia fortemente na teoria tuais que estão sendo ensinadas e provavelmente
da aprendizagem significativa de David Ausubel, facilitarão aprendizagem dessas estruturas.
que menciona que o ser humano organiza o seu
conhecimento através de uma hierarquização dos Contrariamente a textos e outros materiais instru-
conceitos, ou seja, é uma representação gráfica cionais, os mapas não podem dispensar explicações
em duas dimensões de um conjunto de conceitos do professor, que deve guiar o aluno pelo mapa.
construídos de tal forma que as relações entre eles Além disso, podem ser empregados para dar uma
sejam evidentes. visão geral e prévia do que vai ser estudado. Neste
sentido, você pode usar os mapas conceituais para
A construção de mapas conceituais na maneira construir seu projeto de pesquisa e para análise dos
proposta por Novak e Gowin (Novak, 1998; Novak conteúdos de suas leituras. Vejamos os exemplos a
e Gowin, 1999) considera uma estruturação hierár- seguir, em que, através de perguntas de coisas do
quica dos conceitos que serão apresentados tanto nosso dia-a-dia, podemos explicar o assunto.
através de uma diferenciação progressiva quanto
de uma reconciliação integrativa. Exemplo 1
Pergunta: O que é moda?
Modelo para Mapeamento Conceitual

Nesse modelo, os conceitos mais gerais e inclusivos


aparecem na parte superior do mapa. Prosseguin-
do, de cima para baixo, no eixo vertical indicando
relações de subordinação, outros conceitos apa-
recem em ordem descendente de generalidade e
inclusividade até que, ao pé do mapa, chega-se aos
conceitos mais específicos.

Conceitos que englobam outros conceitos apare-


cem no topo, conceitos que são englobados por
vários outros aparecem na base do mapa.
40 Fascículo 3

Alisando esse sistema de relações a partir do conceito Exemplo 3


MODA, temos dois níveis de b relações. São elas: Pergunta: Para que serve a árvore?
MODA é Modo de Vestir, Investimento e Estilo; e In-
vestimento é Marketing, Indústria e Comércio. Essas
implicações buscam caracterizar o conceito de MODA,
de forma a defini-lo usando outros conceitos. Nesse
caso, a ligação “é” assume o papel de elemento aditivo,
ou seja, adiciona qualidades ao conceito MODA, mas
não parece produzir nenhuma implicação que relacio-
ne os conceitos em um sistema maior. Poderíamos clas-
sificar esse sistema de relações como implicações locais.

Exemplo 2 A informação é apresentada numa ordem descen-


Pergunta: O que é moda? dente de importância. A informação mais impor-
tante (inclusiva) é colocada na parte superior. Um
mapa hierárquico é usado para nos dizer algo sobre
um procedimento.

Exemplo 4
Pergunta: O que é um pombo?

Exemplo 5
Pergunta: O que é um mapa conceitual?
Podemos perceber que, ao adicionarmos elemen-
tos (novos conceitos e relações) ao sistema anterior
(Exemplo 1), estamos “melhorando” os conceitos
que definem o conceito MODA, no sentido de
mostrar suas consequências ou derivações. Contu-
do, mesmo que se possa inferir, por exemplo, que
há relação entre o conceito Globalização e o con-
ceito MODA, isso não está explícito, pois não há
nenhuma relação expressa, ligando os dois concei-
tos. Poderíamos perguntar: como o Marketing ou
Indústria geram Integração Econômica? Por que o
Desenvolvimento Tecnológico resulta em Globali-
zação? Faltam as razões, os porquês. Há, aqui, clara-
mente, além das implicações locais do sistema ante-
rior, um conjunto de novas implicações sistêmicas.
Fascículo 3 41

Como Construir um Mapa Conceitual


SAIBA MAIS!
• Identifique os conceitos-chaves do conteúdo ap.ihmc.us/download/
Cmap tools: http://cm
que vai mapear e ponha-os em uma lista. Limite of-
mpendium.open.ac.uk/s
entre seis e dez o número de conceitos. Compendium: http://co
tware.html
• Ordene os conceitos, colocando o(s) mais iki/in-
ind.sourceforge.net/w
geral(is), mais inclusivo(s) no topo do mapa e, Freemind: http://freem
dex.php/Download
gradualmente, vá agregando os demais até com-
pletar o diagrama de acordo com o princípio da
diferenciação progressiva.
• Se o mapa se refere, por exemplo, a um pará-
grafo de um texto, o número de conceitos fica 5. Referências
limitado pelo próprio parágrafo. Se o mapa in-
corporara também seu conhecimento sobre o A Norma Brasileira (NBR) 6023, de agosto de
assunto, além do contido no texto, conceitos 2002, da ABNT é baseada nas normas ISO
mais específicos podem ser incluídos no mapa. 690/2:1997, que substitui a norma anterior NBR
• Conecte os conceitos com linhas e rotule essas 6023/2000, que trata da normalização no âmbito
linhas com uma ou mais palavras-chaves que ex- da documentação. De acordo com esta NBR, re-
plicitem a relação entre os conceitos. Os concei- ferência “é o conjunto padronizado de elementos
tos e as palavras-chaves devem formar uma pro- descritos, retirados de um documento, que permi-
posição que expresse o significado da relação. te sua identificação individual.”
• Evite palavras que apenas indiquem relações
triviais entre os conceitos. Busque relações ho- Todo trabalho deve identificar, de modo completo,
rizontais e cruzadas. as leituras realizadas e citadas no corpo do texto.
• Exemplos podem ser agregados ao mapa, em- Quando se lê uma citação num trabalho acadêmico,
baixo dos conceitos correspondentes. Em geral, espera-se encontrar uma referência a esta, numa sec-
os exemplos ficam na parte inferior do mapa. ção específica do trabalho, intitulada “Referências”.
• Geralmente, o primeiro intento de mapa tem
simetria pobre, e alguns conceitos ou grupos de As referências referem-se àquelas obras (livros, arti-
conceitos acabam mal situados em relação a ou- gos, revistas, etc.) que foram explicitamente citadas
tros que estão mais relacionados. (referenciadas; mencionadas) e, portanto, usadas
• Não há um único modo de traçar um mapa durante o trabalho, no próprio texto. O conceito
conceitual. À medida que muda sua compreen- de citação e as formas como deve ser utilizada fo-
são sobre as relações entre os conceitos, ou à ram mostradas na unidade temática 4.
medida que você aprende, seu mapa também
muda. Um mapa conceitual é um instrumento Do ponto de vista de um trabalho acadêmico/cien-
dinâmico, refletindo a compreensão de quem o tífico, o que se deve apresentar são as referências,
faz no momento em que o faz. ou seja, dar as informações completas das obras e
• Compartilhe seu mapa com colegas e examine dos autores citados no trabalho e não, a bibliografia.
os mapas deles. Pergunte o que significam as
relações, questione a localização de certos con- De acordo com Appolinário (2004:35), a Bibliogra-
ceitos, a inclusão de alguns que não lhe pare- fia é a relação de fontes documentais (livros, artigos
cem importantes, a omissão de outros que você de revistas etc) utilizadas em um trabalho formal
julga fundamentais. O mapa conceitual é um (não necessariamente científico ou acadêmico). Nor-
bom instrumento para compartilhar, trocar e malmente, utiliza-se a bibliografia para fontes toma-
“negociar” significados. das como um todo (não para capítulos de livros, por
exemplo). Na bibliografia, são listadas todas aquelas
Softwares Cartográficos obras que foram lidas e estudadas (consultadas) para
a elaboração do trabalho, porém não citadas em seu
Existem softwares cartográficos que são usados corpo. Também se usa o termo bibliografia para a
para construir mapas conceituais e que podem ser relação de fontes documentais para uma disciplina
usados gratuitamente, encontrados para download (em cursos de graduação, por exemplo).
nos sites:
42 Fascículo 3

Todavia, quando o trabalho é de conclusão de um Editora Casa publicadora, pessoa(s) ou instituição responsável
pela produção editorial. Conforme o suporte docu-
determinado curso (monografia, dissertação, tese), mental, outras denominações são utilizadas: produ-
como parte das exigências para a aprovação, algu- tora (para imagens em movimento), gravadora (para
registros sonoros), entre outras. Quando o editor não
mas Instituições sugerem que, além das referên- é mencionado, usa-se a abreviatura s.n. (do latim “sine
cias, também se apresente a bibliografia. nomine” que significa sem editora) entre colchetes. É
separado do ano de publicação por uma vírgula.
Ano de publicação Ano em que a obra foi publicada. É apresentado
As referências bem como as bibliografias são cons- em algarismos arábicos, sem espaçamento ou
pontuação. Se houver necessidade de indicar o
tituídas da mesma forma; o que muda entre uma e mês da publicação, este precede o ano, devendo
outra é que nas referências somente são listadas as ser abreviado no idioma original. As abreviaturas
do mês devem ser feitas usando as três primeiras
publicações citadas no trabalho, e na bibliografia, letras, seguidas de um ponto. É separado do
as lidas e não citadas. número de páginas por um ponto.

Esses documentos podem ser indicados por ele-


mentos essenciais e, quando necessário, acresci- Os elementos complementares são aqueles que,
dos de elementos complementares. Neste caso, acrescentados aos essenciais, caracterizam melhor
constituem elementos essenciais os que são indis- os documentos referenciados, tais como: ilustra-
pensáveis à identificação do documento. Variam dor, tradutor, revisor, adaptador, compilador, vo-
conforme o tipo, embora, em linhas gerais, seja lumes, ilustrações, dimensões, série editorial ou
constituído de acordo com o exemplo a seguir: coleção, separatas, notas (mimeografadas, no pre-
lo; não publicadas, título original), ISBN (Interna-
AUTOR (es). Título do documento e subtítulo tional Standard Book Numbering).
(quando houver). Edição. Local da publicação: Edi-
tora. Ano de publicação, Número total de páginas. Os elementos essenciais e complementares da refe-
rência devem ser apresentados em sequência padroni-
O quadro a seguir define os elementos que com- zada. Para compor cada referência, deve-se obedecer
põem as referências e a bibliografia. à sequência dos elementos, conforme apresentados
nos modelos do item 3 desta unidade temática.
Autor(es) Pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação do
conteúdo intelectual ou artístico do documento.
De acordo com Medeiros e Andrade (2001), “as
Autor(es) Instituição(ões), organização(ões), empresa(s), comitê(s),
entidade(s) comissão(ões), evento(s), entre outros, responsável(eis) referências bibliográficas (atualmente denominada
por publicações em que não se distingue autoria
pessoal. É separado do título por um ponto.
simplesmente de “referências”) bem como a biblio-
Título Palavra, expressão ou frase que designa o assunto
grafia podem apresentar apenas os elementos es-
ou o conteúdo de um documento. Aparece em senciais para a identificação do documento”.
destaque, sublinhado, em negrito ou itálico. É
separado do título por um ponto.
Subtítulo Informações apresentadas, em seguida, ao título, Os elementos de referência devem ser retirados,
visando esclarecê-lo ou complementá-lo, de acordo sempre que possível, da folha de rosto do livro,
com o conteúdo do documento. Não vem em
destaque. Aparece precedido de dois pontos. É capa, etiqueta, cabeçalho, etc.
separado da edição por um ponto.
Edição Todos os exemplares produzidos a partir de um
original ou matriz. Pertencem à mesma edição de
As referências podem aparecer no rodapé, no fim
uma obra todas as suas impressões, reimpressões, de texto ou capítulo ou em lista de referências.
tiragens etc., produzidas diretamente ou por
outros métodos, sem modificações, independente
Esta última sendo mais indicada, uma vez que a
do período decorrido desde a primeira publicação. NBR 14724:2005, que regulamenta a apresentação
Quando se tratar da primeira edição, não é neces-
sário colocar. Nas edições subsequentes, o número de trabalhos acadêmicos, a NBR 15287:2005, que
da edição vem em algarismo arábico, e a palavra regulamenta a construção de projetos de pesquisa,
edição, abreviada. Quando se tratar de edição revi-
sada e ampliada, acrescenta-se essa informação. É a NBR 6022:1994, que regulamenta a publicação
separada do local por um ponto.
de periódicos e a NBR 6029, que regulamenta a
Local Nome da cidade onde está localizada a editora.
Quando o nome da cidade não aparece na publi-
apresentação de livros e folhetos mostram que es-
cação, mas pode ser identificado, este é indicado ses trabalhos obrigatoriamente devem ter um item
entre colchetes. Quando o local faz parte do título
da editora, não há necessidade de repeti-lo. Não no final com a listagem das publicações usadas na
sendo possível determinar o local, adota-se a construção do trabalho.
abreviatura S.L. (do latim “sine loco”, que significa
sem local) entre colchetes. O nome da editora
aparece sem os complementos comerciais da fir-
ma (Livraria, S.A., Ltda, etc.). É separado da editora
por dois pontos.
Fascículo 3 43

6. Regras Gerais de Apresentacão As publicações com até três autores devem ser fei-
tas pelo nome do primeiro autor que aparece na
A Norma da NBR 6023:2002 recomenda que nas publicação, seguido de ponto e vírgula e do nome
referências ao terminar a primeira linha, a partir do segundo autor, ponto e vírgula, o terceiro autor,
da segunda linha, deve-se escrever abaixo da pri- seguido dos outros elementos.
meira letra de entrada e não, abaixo da terceira
letra como acontecia anteriormente, usando uma Nas publicações com mais de três autores, men-
pontuação uniforme dentro dos padrões interna- cionam-se todos os autores, na ordem que são
cionais, entre os vários elementos da referência. apresentados na publicação, separando um autor
do outro por ponto-e-vírgula, seguindo os outros
As referências constantes em lista padronizada devem elementos como também se pode colocar o nome
obedecer aos mesmos princípios. Ao optar pela utili- do primeiro autor, seguido da expressão latina “et
zação de elementos complementares, estes devem ser al.”(que significa “e outros” “e outras”; (alliae =
incluídos em todas as referências daquela lista. outras) forma abreviada de et alii, que não é mais
usada), seguindo os outros elementos. Exemplo:
As referências são alinhadas somente à margem es-
querda do texto e de forma a se identificar individu- FALTAY, P.; SILVA JUNIOR, E.A. da; MAYER,
almente cada documento, em espaço simples e se- M.; FALCÃO, P.H. de B. Ensino de Biologia no
paradas entre si por dois espaços simples. Quando Programa Pró-Ciências I o exemplo de Pernambu-
co. In: III SIMPÓSIO LATINO AMERICANO E
aparecerem em notas de rodapé, serão alinhadas a
CARIBENHO DE EDUCACÃO EM CIÊNCIAS,
partir da segunda linha da mesma referência, abai- 3, 1999, Curitiba: Resumos. Curitiba: Universida-
xo da primeira letra da primeira palavra, de forma a de Federal do Paraná, 1999. p.166-167.
destacar o expoente e sem espaço entre elas.
Ou:
O nome do autor deve ser transcrito pelo último
sobrenome e pela(s) inicial(is) do(s) prenome(s), em FALTAY, P. et al. Ensino de Biologia no Programa
letras maiúsculas, seguido de ponto. Na sequência, o Pró-Ciências I o exemplo de Pernambuco. In: III
título do livro em destaque (em negrito ou sublinha- SIMPÓSIO LATINO AMERICANO E CARIBE-
do), o subtítulo (quando houver), seguido de ponto, NHO DE EDUCACÃO EM CIÊNCIAS, 3, 1999,
a edição (somente se coloca a partir da segunda edi- Curitiba: Resumos. Curitiba: Universidade Federal
do Paraná, 1999. p.166-167.
ção de forma abreviada),seguido de ponto, o local da
editora, seguido de dois pontos, a editora (a palavra
Caso haja coincidência de autores com o mesmo
editora não aparece), seguido de vírgula, o ano de
sobrenome e ano de publicação, acrescentam-se
publicação, seguido de ponto, o volume (se houver),
as iniciais de seus pré-nomes. No caso de termos
seguido de ponto, e o número total de páginas do
coincidências de dois trabalhos publicados pelo
livro. Esta pontuação segue padrões internacionais e
mesmo autor no mesmo ano, acrescentam-se letras
deve ser uniforme para todas as referências. As abre-
minúsculas após o ano de publicação tanto na cita-
viaturas devem ser conforme a NBR 10522.
ção como nas referências. Exemplo:
O recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico)
LOPES, J.; Ecologia de mosquitos (Díptera: Culi-
utilizado para destacar o elemento título deve ser
cidae) em criadouros naturais e artificiais de área
uniforme em todas as referências de um mesmo
rural do Norte do Estado do Paraná, Brasil. VI –
documento. Isso não se aplica às obras sem indi-
coletas de larvas no peridomicílio .Revista Brasilei-
cação de autoria ou de responsabilidade, cujo ele-
ra de Zoologia. 14 (3): 571-578, 1997a.
mento de entrada é o próprio título, já destacado
pelo uso de letras maiúsculas na primeira palavra,
LOPES, J.; Ecologia de mosquitos (Díptera: Culici-
com exclusão de artigos (definidos e indefinidos) e
dae) em criadouros naturais e artificiais de área ru-
palavras monossilábicas. Exemplo:
ral do Norte do Estado do Paraná, Brasil. V – cole-
SOBRENOME DO AUTOR, Pré-nomes.// Título;/ tas de larvas em recipientes artificiais instalados em
Subtítulo (quando houver).// ed.// Local da Editora: mata ciliar. Ver. Saúde Pública, 31 (4) 370-7, 1997b.
Editora, Ano de publicação. volume.// número total
de páginas.
44 Fascículo 3

Os sobrenomes com indicativos de parentesco, Se for utilizado o sistema numérico no texto, a lista
como FILHO, NETO, SOBRINHO, etc. são men- de referências deve seguir a ordem numérica crescen-
cionados, em seguida, aos sobrenomes por extenso. te, de acordo com a numeração utilizada no texto. O
sistema numérico não pode ser usado concomitante-
MÁTTAR NETO, J.A. Metodologia científica na mente para notas de referência e notas explicativas.
era da informática. São Paulo: Saraiva, 2002, 261p.
No texto:
Órgãos da administração governamental direta De acordo com as novas tendências da jurisprudên-
(ministérios, secretarias e outros) têm entrada pelo cia brasileira1, é facultado ao magistrado.
nome geográfico que indica a esfera de subordina-
ção (país, estado ou município). Na lista de referências:
1
CRETELLA JUNIOR, José. Do impeachment no
BRASIL. Ministério da Economia... direito brasileiro. ..
RECIFE. Prefeitura Municipal...

Sociedades, organizações, instituições, entidades 7. Modelos para Preparação


de natureza científica ou cultural têm entrada pelo
das Referências
seu próprio nome. Em caso de ambiguidade, deve-
se acrescentar a unidade geográfica a que pertence
Para Livro
entre parênteses.

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO AUTOR.(ES)//Título: subtítulo (se houver).//


BIBLIOTECA NACIONAL (BRASIL) Edição.//Local: Editora, Ano de Publicação.//
BIBLIOTECA NACIONAL (PORTUGAL) Total de páginas.

Congressos, reuniões, simpósios e conferências SOLOMON, D.V. . 11 ed. São Paulo: Martins
têm entrada pelo nome do evento, com indicação Fontes, 2004. 415p.
do respectivo número do evento em algarismos
arábicos, ano e local de realização. Para Livro em que Cada Capítulo tem um
Autor Próprio
Em caso de autoria desconhecida, entrar pelo título
da obra. O termo “anônimo” não deve ser usado. AUTOR DO CAPÍTULO.//Título do capítu-
lo.//In: AUTOR DA OBRA.//Título da obra.//
As referências devem ser ordenadas de acordo com Edição.//Local: Editora, Ano de Publicação.//
os sistemas: alfabético (ordem alfabética de entra- Numeração do capítulo, página inicial-final.
da) ou numérico (ordem de citação no texto).
TOKESHI, H..Variabilidade dos agentes fitopatogêni-
Se for utilizado o sistema alfabético, as referências cos. In: GALLI, F. Manual de Fitopatologia. 2. ed. São
devem ser reunidas no final do trabalho, do artigo Paulo: Agronômica Ceres, 1978. cap.10, p.199-214.
ou do capítulo, em uma única ordem alfabética.
Eventualmente, o(s) nome(s) do(s) autor(es) de vá- Para Enciclopédia e Dicionários
rias obras referenciadas sucessivamente, na mesma
página, pode(m) ser substituída(s), nas referências VERBETE.//In: AUTOR.//Local: Editora, Ano
seguintes à primeira, por um traço sublinear (equi- de Publicação.//Número do volume, página ini-
valente a seis espaços) e ponto. cial-página final.

ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC- ANTICONCEPÇÃO. In: ENCICLOPÉDIA Mira-


NICAS. NBR 6023: informação e documentação: dor Internacional. São Paulo: Enciclopédia Britâni-
referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 24p. ca do Brasil, 1995. v.3, p.622-624.

------. NBR 6029: informação e documentação: livros Para Trabalhos de Conclusão de Curso
e folhetos – Apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 9p. (Monografia, Dissertação e Tese)

SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome


Fascículo 3 45

e SOBRENOME, Nome //Título.// Ano de Pu- sistema de gravação para vídeo (ou som), som, cor.
blicação.//Total de páginas.//Categoria (Área de (número do disco).
concentração) – Instituição, local de defesa.
RONCATI, N.; GRUBER, M. A cólica do cavalo.
FALCÃO, P.H. de B. Estudo da hemolinfa e da he- São Paulo: Art Vídeo, 1998. 1 cassete (45 min.):
mopoiese em larvas de 5. estádio de Panstrongylus NTSC/VMS, som., color.
megistus (Hemíptera). 1993. 121p. Dissertação
(Mestrado em Biologia Celular e Molecular) – Ins- Para CD-Rom – Trabalho
tituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ, Rio de Janeiro. Apresentado em Evento
Para Trabalhos Apresentados em Eventos AUTOR.//Título do trabalho.//In: NOME DO
Científicos (Congressos, Seminários, Sim- EVENTO, número, ano, local de realização.//Tí-
pósios, Reuniões, Encontros, etc.). tulo.//Local: Editor, Ano de Gravação.//página
inicial-página final.// Suporte.
AUTOR.//Título do trabalho.//In: NOME DO
EVENTO, número do evento, ano, local de reali- REZENDE, A.S.C.; SAMPAIO, I.B.M.; LEGOR-
zação.//Título.//Local: Editora, Ano de Publica- RETA, G.L. et al. De potros Mangalarga Marcha-
ção.//página inicial-final, volume. dor submetidos a dois diferentes programas nutri-
cionais. In.: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE
PEREIRA, R.C.O.; FALCÃO, P.H. de B. Insetos BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 34, 1997, Juiz de
pragas de importância doméstica no município de Fora. Anais. Juiz de Fora: Sociedade Brasileira de
Garanhuns. In: ENCONTRO PERNAMBUCA- Zootecnia, 1997. CD-ROOM.
NO DE BIÓLOGOS, III, 2004, Garanhuns. Bió-
logo mais que uma profissão, uma opção de vida. Para Entrevista
Garanhuns: Primeira mão, 2004. 109.
SOBRENOME DO ENTREVISTADO. Prenomes.
Para Periódicos (Artigos de Revista) A quem foi concedida a entrevista. Local. Data.

AUTOR.//Título do artigo.//Título do perió- FALCÃO, P.H. de B. Entrevista concedida a Thia-


dico, local, volume, número do fascículo, página go Correia. Garanhuns. 19 out. 2005.
inicial-página final, mês, ano de publicação.
Para Fotografias
FURTADO, A.F.; REGIS, L.N.; FALCÃO, P.H.de
B.; SEWELL, H.F.; AZAMBUJA, P.; GARCIA, SOBRENOME DO FOTÓGRAFO. Prenomes.
E.S. Monoclonal antibodies against brain neuro- Título. Ano. Número de fotos: indicação de cor;
secretory a cells of Panstrongylus megistus inhibit Dimensão(ões) da(s) foto(s).
moulting and egg production in Triatomines. Me-
mórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro,
MELO, J.D.. Relógio das flores de Garanhuns.
v.65, n.1, p.113-114, jan./mar.1990.
2005. 1 fot.: color.; 18x60 cm.

Para Artigo de Jornal Para Transparências


AUTOR.//Título do artigo.//Título do jornal,
Este tipo de material é referenciado tal como está
local, dia, mês, ano.//Número ou Título do cader-
indicado na publicação do autor, com indicação
no, página inicial-página final.
do número e da cor das transparências.
FALCÃO, P.H. de B. FFPG terá Centro de Ensino
AUTOR. Título. Local: editora, ano. Número de
Experimental. Jornal Folha da Cidade, Garanhuns,
unidades: indicação de cor.
23 jul. 2005. Educação, p.9.
FALCÃO, P.H. de B. Metodologia Científica. Ga-
Para Gravação de Vídeo, Som (Discos) ranhuns: Especialização em Educação, FFPG-UPE,
2005. 20 transparências: color.
AUTOR.//Título.//Local: Gravadora, Ano de
Gravação.//Número de unidade física (duração):
46 Fascículo 3

Para Documentos Manuscritos Título e número da lei ou decreto, data. Ementa.


Referenciação da Publicação.
AUTOR do documento. Natureza do documento
(se é carta, cartão-postal, etc.). Local. Data. Descrição BRASIL. Decreto-lei no 2423, de 7 de abril de
física. Notas. Manuscrito (escreve-se Manuscrito). 1988. Estabelece critérios para pagamento de grati-
ficações e vantagens aos titulares de cargos e empre-
MENDONÇA, R.J. [Carta]. Madrid [Espanha], gos na Administração Federal direta e autárquica e
2001 ago. 10, [para] Pedro Henrique de Barros Fal- dá outras providências. Diário Oficial da República
cão, Garanhuns-PE. Manuscrito. Federativa do Brasil, Brasília, v. 126, n. 66, p. 6009,
8 abr. 1988. Seção 1, pt. 1.
Para Conferências, Palestras, Anotações de
Aulas e Outras Atividades não Publicadas Para Acórdãos, Decisões e Sentenças das
Cortes ou Tribunais
SOBRENOME DO FOTÓGRAFO. Prenome do
autor. Título do trabalho. Natureza da atividade, NOME DO PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO.
local, data. Nome da corte ou tribunal. Ementa ou acórdão.
Tipo e número do recurso. Partes litigantes. Rela-
FURTADO, A.F. Das ervilhas de Mendel à Dolly: tor: nome. Data. Dados da publicação que divul-
passos da ciência. Conferência de abertura do III gou o acórdão, decisão ou sentença.
Encontro Pernambucano de Biólogos. FFPG-UPE,
28 jul. 2004. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Deferimento
de pedido de extradição. Extradição nº 410. Esta-
Para Bíblia (Considerada no Todo) dos Unidos da América e José Antônio Hernandez.
Relator: Ministro Rafael Mayer. 21 mar. 1984. Re-
BÍBLIA. Língua. Título. Tradução ou versão. Edi- vista Trimestral de Jurisprudência, Brasília, v. 109,
ção. Local: Editora, ano. p.870-879, set. 1984.

BÍBLIA. Português. Tradução ecumênica. Trad. Gru- Para Pareceres, Resoluções e Indicações
po Ecumênico do Brasil. São Paulo: Loyola, 1996.
AUTORIA (Instituição ou pessoa responsável).
Para Bíblia (Parte Dela) Tipo (parecer, resolução, indicação), número e
data. Ementa. Relator ou Consultor: nome. Dados
Quando se tratar de partes da Bíblia, inclui-se o da publicação que a divulgou.
título da parte antes da indicação do idioma e
menciona-se a localização da parte (capítulo, ver- CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. Resolu-
ção nº 16, de 13 de dezembro de 1984. Dispõe sobre
sículo no final).
reajustamento de taxas, contribuições e semestralida-
des escolares e altera a redação do artigo 5 da Reso-
BÍBLIA, N T João. Português. Bíblia Sagrada. Reed. lução nº1 de 14/01/83 Presidente: Lafayette de Aze-
Versão de Antônio Pereira de Figueiredo. São Paulo: vedo Ponde. Diário Oficial da República Federativa
Editora das Américas, 1950. Cap. 12. vers. 12. do Brasil, Brasília, 13 dez. 1984. Séc. 1, p. 190-191.

Para Normas Técnicas Para Convênios


ÓRGÃO NORMALIZADOR. Título: número da NOME DA PRIMEIRA INSTITUIÇÃO. Título.
norma: subtítulo. Local, ano. Local, data.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL. Convênio
TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documenta- de cooperação financeira que, entre si, celebram a
ção: referências – elaboração. Rio de Janeiro. 2002. Fundação do Banco do Brasil e a Universidade de
Pernambuco. Recife, 2 out. 2005.
Para Leis e Decretos

NOME DO PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO.


Fascículo 3 47

Para Documentos de Arquivos ção.//Local: Editor, data. A expressão “Disponível


em: endereço eletrônico entre sinais <..........>”//
AUTOR do documento. Título. Local, data. Localização. Data de captura precedida da expressão “Acesso
em:”.//Suporte.
FIGUEIREDO, Luiz Pinto de. Notícia do Conti-
nente de Moçambique e abreviada relação do seu MARTINS, E. Manual de redação e estilo. São Pau-
comércio. Lisboa, 1 dez. 1773. Arquivo Nacional da lo: O Estado de São Paulo, 1999. Disponível em:
Torre do Tombo, março 604. <http://www.estado.com.br/redac/manual.html>.
Capturado em 13 set 1999. Online.
No caso de serem consultados vários documentos
do mesmo arquivo (códices, salas, coleções espe- Para Artigo e/ou Matéria de Revista, Bo-
ciais), a entrada é feita pelo nome do arquivo, po- letim etc. Em Meio Eletrônico
dendo haver indicação do período consultado.
AUTOR.//Título do artigo.//Título da revista,//
ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO, Li Edição.//Local, data.//Páginas.//Disponível em
sboa. Papéis de Sá Bandeira. <endereço eletrônico>//Capturado em:.//Suporte.

Para Atas de Reuniões Para Periódicos – Artigos de Revista


AUTORIA (instituição, associação, organização AUTOR.//Título do artigo.//Título do periódi-
ou outro), Local. Título e data. Livro número, pá- co, local, data.//Disponível em: <........>.// Captu-
gina inicial-final. rado em:.//Suporte.
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO. Conselho VICCINI, L.F. SARAIVA, L.S. CRUZ, C.D. Res-
de Ensino, Pesquisa e Extensão. Ata da sessão reali- posta de sementes de milho à radiação gama em
zada no dia 26 de out. 2005. Livro 29, p. 10 verso. função do teor de água. Bragantia. Campinas, v.56,
n1, p.1-8, 1977. Disponível em: http://www.Scielo.
Para Atlas e Mapas br/cgi-bin/fbpe/fbtext?...=0006-8705-001&nrm=
isso&sss=18out=71981947. Capturado em: 9 set.
AUTOR.//Título.//Local: Editor, Ano de Publi- 1999. Online.
cação.//unidade física: cor, dimensões.//designa-
ção específica e escala (para mapa). Jornal – Artigo de Internet

ATLAS Mirador Internacional. Rio de Janeiro: Enciclo- AUTOR.//Título do artigo.//Título do jornal,


pédia Britânica do Brasil, 1981. 1 Atlas. Escalas variam. local, data.//Disponível em: <........>.//Capturado
em:.//Suporte.
FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE
GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Mapa de vegeta- LIMA SOBRINHO, B. Como entender Getúlio
ção do Brasil. 2 ed. Rio de Janeiro, 1995. 1 mapa: Vargas. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 29 ago.
color., 1,08x119cm. Escala: 1:500.000. Art Vídeo, 1999. Disponível em: http://www.jb.com.br/. Cap-
1998. 1 cassete (45 min.): NTSC/VMS, son., color. turado em: 5 set. 1999. Online.

Na referenciação de atlas, quando esta palavra não E-mail (Mensagem Eletrônica) – Recebida
constar do título, deve ser indicada no final. Quan- Via Lista de Discussão
do houver autor ou editor responsável, dar entrada
por seu nome. AUTOR.//Título ou assunto.//In: Título da lis-
ta de discussão.//Local: editor, data.//Disponível
CARDOSO, Jayme Antonio: WESTPHALEN,
em: <........>.//Capturado em:.//Suporte.
Cecília Maria. Atlas histórico do Paraná. Curitiba:
Projeto, 1981.
PEREIRA, M.M.P.P. Localização de artigos. In:
Comut-on-line. Brasília: IBICT, 1999. Disponível
Para Livros Eletrônicos – no Todo em: <comut-on-line@ibict.br>. Capturado em: 24
ago. 1999. Online.
AUTOR.//Título: subtítulo (se houver).//edi-
48 Fascículo 3

Atividade | A International Organization for Standardization (ISO), sediada em Genebra, é a entida-


de responsável pela normatização dos procedimentos para elaboração, documentação e referenciação
de bibliografias, utilizada em trabalhos técnico-científicos e acadêmicos. No Brasil, a Associação Brasi-
leira de Normas Técnicas ABNT é a entidade que adapta as normas internacionais à realidade nacio-
nal, objetivando a padronização da produção de trabalhos técnico-científicos. Especifique Bibliografia
x Referência e qual a normatização específica para a padronização desses elementos?

RESUMO
A NBR 15287:2005 da ABNT estabelece os princípios gerais para apresentação de projetos de pesquisa.
Através de projetos, a ciência busca dar respostas aos problemas que lhe aparecem. São constituídos através
de um planejamento futuro, com uma sequência de etapas ordenadas, em que uma é interligada à outra,
visando enquadrar o assunto em diversas etapas metodológicas. Essas etapas são conduzidas por um pesqui-
sador dentro das normas estabelecidas pela metodologia científica. Os trabalhos acadêmicos de conclusão,
monografia, por exemplo, têm sua origem a partir de projetos de pesquisa. A elaboração de referências, de
acordo com a NBR 6023:2002 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em que define as
referências como o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite
sua identificação individual. Esta Norma fixa a ordem dos elementos e estabelece convenções para transcrição
e apresentação da informação originada do documento. São constituídas de elementos essenciais e comple-
mentares. As informações para a sua construção devem ser obtidas, sempre que possível, na folha de rosto
dos documentos. As referências são listadas em página própria, no final dos trabalhos.

REFERÊNCIAS
BELLUZZO, Regina Célia Baptista. Uso de ma- MOREIRA, Marco Antonio. A teoria da
pas conceituais e mentais como tecnologia de aprendizagem significativa e sua implemen-
apoio à gestão da informação e da comunica- tação em sala de aula. Brasília: Editora da
ção: uma área interdisciplinar em formação. Universidade de Brasília, 2006. p. 46-95.
Revista Brasileira de Biblioteconomia e docu-
mentação. São Paulo: Nova Série. Dez.2006. OLIVEIRA, Maria Marly de. Como fazer proje-
v.2. n.2. p. 78-89. ISSN:1980-6949. tos, relatórios, monografias, dissertações e te-
ses. Recife: Bagaço, 2003. 174p.
COSTA, M. R. N. Manual para elaboração e apre-
sentação de trabalhos acadêmicos: monografia, RUIZ, J. A. Metodologia científica: guia para eficiência
dissertação, tese. 2. ed. Recife: INSAF, 2003,111p. nos estudos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002, 181p.

CYRANKA, L.F.M.; SOUZA, V. P. Orientações SÁ, E. S. de; et al. Manual de normatização de


para normalização de trabalhos acadêmicos. 6. trabalhos técnicos, científicos e culturais. 6. ed.
ed. Juiz de Fora-MG: UFJF, 89p. Petrópolis, RJ: Vozes. 1994, 187p.

FARIA, Wilson de. Mapas conceituais: Aplica- SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho cien-
ção ao ensino, currículo e avaliação. São Pau- tífico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2002, 333p.
lo: EPU, 1995. 59p.
Tavares. R. (2007). Construindo mapas con-
ISKANDAR, J. I. Normas da ABNT comentadas ceituais. Ciências & Cognição; Ano 04, Vol 12.
para trabalhos científicos. Curitiba: Champag- Disponível em: <www.cienciasecognicao.org>
nat, 2000, 101p.
VIANNA, I. O. de A. Metodologia do trabalho
MÁTTAR NETO, J.A. Metodologia científica na era científico: um enfoque didático na produção
da informática. São Paulo: Saraiva, 2002, 261p. científica. São Paulo: E.P.U. 2001, 288p.
Fascículo 4
Fascículo 4 49

Trabalhos Acadêmicos-TA Prof. Josevaldo Araújo de Melo


Prof. Pedro Henrique de Barros Falcão
Carga Horária | 15 horas

Objetivos Específicos
Conceituar os itens que compõem o trabalho.
Oferecer subsídios para elaboração dos trabalhos de conclusão de curso.
Aplicar as normas técnicas da ABNT na construção dos trabalhos acadêmicos.

1. O Projeto de Pesquisa
Segundo as normas da ABNT (NBR 14724, 2002), trabalhos acadêmicos (trabalho
de conclusão de curso – TCC, trabalho de graduação interdisciplinar – TGI) são do-
cumentos que representam o resultado de estudos, devendo expressar conhecimento
do assunto escolhido e serem realizados sob a coordenação de um orientador. Ainda
parafraseando Martins e Pinto (2001), esses trabalhos devem ser produto de uma
construção intelectual do aluno-autor que revela sua leitura, reflexão e interpretação
sobre um tema da realidade.

O valor de um trabalho dessa natureza é reconhecido pelo enfoque diferenciado


escolhido, pela lógica que orienta a exposição do referencial teórico e, particular-
mente, pela riqueza das análises, sínteses, interpretações, comentários e pontos
de vista relatados. Trata-se de um exercício de crescimento intelectual e profissio-
nal em busca de conhecimento sobre a realidade.

Compreende os trabalhos acadêmicos a tese, a dissertação e a monografia. De


acordo com Appolinário (2004:184), no Brasil, a tese é um tipo de trabalho mo-
nográfico executado em programas de pós-graduação “stricto sensu”, em nível de
doutorado. A NBR 14724 (2002) define a tese como o resultado de um trabalho
experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimi-
tado. Deve ser elaborada com base em investigação original, constituindo-se em
real contribuição para a especialidade em questão. Visa à obtenção do título de
doutor ou similar.

A dissertação, por sua vez, é um tipo de trabalho monográfico resultante de um


mestrado acadêmico (APPOLINÁRIO, 2004:65). A NBR 14724(2002) define
como o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científi-
co retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo
de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento da
literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato.
Visa à obtenção do título de mestre.

De acordo com Costa (2003:17), a palavra monografia, em sua etimologia, tem


origem de monos – um só e graphein – escrever, daí que, em termos genéricos,
podemos definir monografia como a abordagem, por escrito, de um único tema
ou assunto, ou, como define Appolinário (2004:135), “é qualquer trabalho escri-
50 Fascículo 4

to que verse sobre um único tema. Normalmente, trata da normatização dos princípios gerais para a
trata-se de um texto extenso, completo e em pro- elaboração da apresentação dos trabalhos acadê-
fundidade sobre determinado assunto.” micos (teses, dissertações, monografias e outros),
visando a sua apresentação à instituição.
Os trabalhos acadêmicos são constituídos de ele-
mentos pré-textuias, textuais e pós-textuais, po- Os elementos que compõem o Trabalho de Con-
dendo ser estruturados de duas formas, de acordo clusão de Curso - TCC (Monografia, Dissertação
com a metodologia usada no Projeto de Pesquisa: e Tese) são definidos, sequenciados e estruturados
quando a proposta metodológica do Projeto é rea- da seguinte forma:
lizar uma pesquisa descritiva ou experimental, no
trabalho acadêmico, poderá ser usado o Roteiro 1, a) Capa
como é mostrado no quadro 1; no entanto, quando A capa é obrigatória, constituindo-se a proteção
a proposta do Projeto é realizar uma pesquisa biblio- externa do trabalho sobre a qual se imprimem as
gráfica, será usado o Roteiro 2 (ver quadro 1). informações indispensáveis à sua identificação,
obedecendo à seguinte ordem:
ELEMENTOS ROTEIRO 1 ROTEIRO 2
Pré-textuais - Capa (obrigatório) - Capa (obrigatório) • Instituição à qual o trabalho é submetido (depen-
- Folha de Rosto - Folha de Rosto dendo das normas da instituição, pode ser opcional);
(obrigatório) (obrigatório)
- Folha de Aprovação - Folha de Aprovação • Título do trabalho: deve ser claro e preciso,
(obrigatório) (obrigatório)
- Folha de Dedicatória - Folha de Dedicatória
identificando o seu conteúdo e possibilitando
(opcional) (opcional) a sua indexação;
- Pensamento (opcional) - Pensamento (opcional)
- Folha de Agradeci- - Folha de Agradeci- • Subtítulo: se houver, deve ser evidenciada a sua subor-
mentos mentos dinação ao título principal, precedido de dois pontos;
(opcional) (opcional)
- Resumo na língua - Resumo na língua • Nome do autor: responsável intelectual do trabalho;
vernácula (obrigatório) vernácula (obrigatório) • Local: cidade da instituição onde deve ser apre-
- Resumo em língua - Resumo em língua
estrangeira (depende estrangeira (depende sentado;
da exigência da institui- da exigência da institui-
ção na qual o trabalho ção na qual o trabalho
• Ano de entrega do trabalho.
será entregue) será entregue)
- Lista de ilustrações - Lista de ilustrações
(opcional) (opcional) b) Folha de Rosto
- Lista de tabelas - Lista de tabelas
(opcional) (opcional)
- Lista de abreviaturas ou - Lista de abreviaturas ou Elemento obrigatório; trata-se da folha que apre-
siglas (opcional) siglas (opcional)
- Lista de símbolos - Lista de símbolos
senta os elementos essenciais à identificação do
(opcional) (opcional) trabalho. Deve conter:
- Sumário (obrigatório) - Sumário (obrigatório)

Textuais 1. Introdução Introdução • Nome do autor;


2. Desenvolvimento Desenvolvimento (Capí- • Título do trabalho;
(Metodologia; Resultados tulo I; Capítulo II, etc.)
e Discussão) Conclusão • Subtítulo, se houver;
3. Conclusão • Natureza do trabalho (monografia, disserta-
Pós-textuais Referências (obrigatório) Referências (obrigatório)
Bibliografia (opcional) Bibliografia (opcional)
ção, tese ou outros) e objetivo (para que se
Glossário (opcional) Glossário (opcional) destina, se para conclusão de um curso, ou o
Apêndice(s) (opcional) Apêndice(s) (opcional)
Anexo(s) (opcional) Anexo(s) (opcional)
grau pretendido); nome da instituição a que
Índice(s) (opcional) Índice (s) (opcional) será submetido; área de concentração;
• Nome do orientador e, se houver, do co-orientador;
• Local: cidade da instituição onde vai ser apresentado;
Estes modelos podem ser encontrados ainda de
• Ano de entrega do trabalho.
outra forma, de acordo com as normas estabeleci-
das pelas diversas Instituições de Ensino.
No verso da folha de rosto, deve conter a ficha
catalográfica, conforme o Código de Catalogação
Anglo-Americano vigente.
2. Descrição dos Elementos
que Compõem os TA c) Folha de Aprovação

A Norma Brasileira (NBR) 14724:2002 da ABNT Esta folha é obrigatória, vem após a folha de rosto, con-
Fascículo 4 51

tendo os elementos essenciais à aprovação do trabalho: o verbo na voz ativa e terceira pessoa do singular.
nome do autor, título do trabalho e subtítulo (se hou- Quanto a sua extensão, os resumos devem ter de
ver), data de aprovação, nome, titulação e assinatura 150 a 500 palavras nos trabalhos acadêmicos e
dos membros componentes da banca examinadora e técnico-científicos; entre 100 e 250 palavras os de
instituições a que pertencem. A data de aprovação e artigos de periódicos e de 50 a 100 palavras, os des-
assinaturas dos componentes da banca examinadora tinados a indicações breves.
são colocadas após a aprovação do trabalho.
Em algumas instituições, também é solicitada uma ver-
d) Folha de Dedicatória são do resumo num idioma de divulgação internacio-
nal, com as mesmas características do resumo na língua
Folha opcional na qual o autor dedica seu trabalho vernácula, em folha separada (em inglês Abstract, em
ou presta uma homenagem a alguém que, porventu- espanhol Resumen, em francês Resume, por exemplo).
ra, tenha contribuído para a elaboração do trabalho.
Deve figurar à direita, na parte inferior da folha. Deve ser seguido de palavras-chaves, logo abaixo do resu-
mo, antecedidas da expressão Palavras-chaves:, separadas
e) Folha de Pensamento entre si por ponto e finalizadas também por ponto.

Página opcional na qual o autor inclui um pensa- Quando o resumo for encaminhado para ser apre-
mento ou citação. Deve figurar à direita, na parte sentado em um evento científico (congresso, en-
inferior da folha. contro, etc.), este deve ser precedido da referência
do documento, com exceção do resumo inserido
f) Folha de Agradecimentos no próprio documento.

São registrados os agradecimentos às pessoas que h) Lista de Ilustrações (Figuras),


contribuíram de maneira relevante para a elabo- Tabelas, Abreviaturas e Siglas
ração do trabalho, como, por exemplo, ao orien-
tador, ao digitador, ao bibliotecário etc. Recomen- São itens opcionais, localizam-se antes do sumário em
da-se restringi-los ao absolutamente necessário. páginas próprias, e seus itens devem relacionar elemen-
Constitui-se um elemento opcional. tos selecionados no texto, na ordem de ocorrência.

g) Resumo Cada lista deve apresentar: o número de figura ou


tabela, sua legenda e a página na qual se encontra,
Elemento obrigatório. A NBR 6028, de novembro em particular, no caso de figuras e/ou tabelas não
de 2003 da ABNT trata da normatização da apresen- originais, indicar abaixo destas a fonte de onde fo-
tação de resumos. Constituído de uma sequência de ram extraídas. As tabelas e/ou figuras, quando in-
frases concisas, afirmativas e objetivas, na língua ver- dispensáveis para a compreensão, deverão aparecer
nácula, sobre os pontos relevantes do trabalho. A pri- o mais próximo possível ao texto. As abreviaturas
meira frase deve ser significativa, explicando o tema e as siglas devem aparecer em lista própria, em or-
principal do documento, fornecendo uma visão rápi- dem alfabética com seus respectivos significados.
da e clara de todo o trabalho. A seguir, deve-se indicar Essas listas deverão ser usadas, quando ocorrer um
os objetivos da pesquisa, a categoria do tratamento, a número igual ou superior a 10 tabelas, ilustrações,
forma como foi realizada (a metodologia), os resulta- abreviaturas ou siglas.
dos alcançados e as conclusões a que se chegou.
i)Lista de Símbolos
Não deve ser constituído de uma enumeração de
tópicos, também se deve evitar o uso de símbolos e Elemento opcional, que deve ser elaborado de
contrações que não sejam de uso permanente, fórmu- acordo com a ordem apresentada no texto, com o
las, equações, diagramas etc., que não sejam absoluta- devido significado.
mente necessários. Quando seu emprego for impres-
cindível, defini-los na primeira vez que aparecerem. j) Sumário

Recomenda-se o uso de parágrafo único. Deve-se usar É elaborado, conforme a NBR 6027, de maio de
52 Fascículo 4

2003, que tem como objetivo a apresentação de su- 3.2. Desenvolvimento


mário de documentos que exijam visão de conjunto
e facilidade de localização das seções e outras partes. Também conhecido como corpo do trabalho, cons-
O sumário é a relação das principais seções do tra- titui-se elemento obrigatório e o mais importante.
balho na ordem em que se sucedem no texto e com Não existe padrão único para a estruturação do
indicação da página inicial ou número das páginas ini- desenvolvimento do trabalho, o qual depende es-
cial e final, separadas por hífen (exemplo: 91-143). Os sencialmente da natureza do estudo (experimental,
elementos pré-textuais não devem constar no sumário. descritivo ou bibliográfico); é definido por cada au-
tor, segundo sua abordagem ou metodologia usa-
Os indicativos de seção que compõem o sumário da. Sua estruturação pode ser dividida em seções,
devem ser numerados, em algarismos arábicos e ali- como, por exemplo: a seção metodologia, a qual
nhados à esquerda, conforme a NBR 6024:2003. Ele- deve descrever, de forma clara, direta e objetiva, o
mentos, como listas de figuras, tabelas, abreviaturas ambiente onde a pesquisa foi realizada, quem foi
e siglas, resumo, referências, glossário, apêndice(s), pesquisado (os participantes), os equipamentos, as
anexo(s) e índice, não possuem indicativo numérico. técnicas, os instrumentos de coleta de dados, os
procedimentos, as estratégias utilizadas na pesqui-
O sumário deve figurar logo após a dedicatória e/ou sa; a seção resultados descreve sinteticamente o que
agradecimentos, se houver, ou seja, é o último ele- foi obtido, se for o caso, fazer referência às medi-
mento pré-textual. A palavra sumário deve ser centra- das e/ou aos cálculos estatísticos, podendo ilustrar
lizada e com a mesma fonte utilizada para as seções com gráficos, tabelas, etc. explicando cada um; ou
primárias. Havendo mais de um volume, em cada um ainda, os resultados podem ser acompanhados do
deve constar o sumário completo do trabalho. termo discussão, e, neste caso, o autor compara os
resultados obtidos em sua pesquisa com os dados
Não confundir o sumário com o índice (lista de- de outros autores (mostrado no roteiro 1).
talhada, em ordem alfabética dos assuntos, nomes
de pessoas, nomes geográficos, etc.). Ou é subdividido em capítulos; neste caso, cada
capítulo possui um título, em que um trata da re-
visão da literatura, outro, da metodologia, outro,
3. Elementos Textuais dos resultados, etc. Ainda, se a pesquisa for biblio-
gráfica, esta pode ter um item que é a introdução;
3.1. Introdução o tema é dividido em subtemas, em que cada subte-
ma tem um título e passa a ser um capítulo, fazen-
Elemento obrigatório. De acordo com Costa do, assim, toda a revisão da literatura (roteiro 2). O
(2003:35), “nela se diz o que é ou de que trata o tra- termo desenvolvimento ou corpo do trabalho não
balho.” Deve fornecer uma visão geral do trabalho e deve ser usado como título de uma seção ou parte
sua contextualização dentro do cenário das pesquisas do trabalho.
realizadas na respectiva área.
3.3. Conclusões
Expõe as razões que levaram o autor a escrever, defi-
ne o assunto referindo-se ao quadro teórico em que se Elemento obrigatório de um trabalho acadêmico.
fundamenta o trabalho, citando os autores mais im- Consiste numa síntese interpretativa dos elemen-
portantes que estudaram o tema. Apresenta o estado tos dispersos no trabalho, ponto de chegada das
da questão ou formulação do problema e das hipóte- deduções lógicas baseadas no desenvolvimento,
ses. Situa o assunto no tempo e no espaço, no conjun- nos dados concretos que recolheu na pesquisa,
to dos conhecimentos ou atividades já desenvolvidas e análise e interpretações. Também faz parte das
com as quais se relaciona, mostrando o que de novo conclusões a indicação das hipóteses que não fo-
se pretende, sem esquecer de apontar o que é comum. ram comprovadas e aquelas que o estudo acaba de
Define os termos empregados, caso tal definição seja detectar para futuras investigações, apontando os
necessária. Indica o caminho a seguir, mostrando as caminhos, recomendações e sugestões, visando a
ideias-mestras do desenvolvimento, os pontos princi- um maior aprofundamento do tema.
pais, a importância da realização da pesquisa.
Fascículo 4 53

4. Elementos Pós-Textuais na ISO 999:1975, estabelece os requisitos de apre-


sentação e os critérios básicos para a elaboração de
4.1. Referências índices. Corresponde à lista de palavras ou frases,
ordenadas, segundo determinado critério, que loca-
Elemento obrigatório. Lista de obras citadas no liza e remete para as informações contidas no texto.
desenvolvimento do trabalho, elaborada de acordo
com a NBR 6023:2002 da ABNT, conforme foi Os índices podem ser classificados de acordo com
mostrado na unidade temática 5. três critério. São eles: de acordo com a ordenação,
em que os elementos podem aparecer em ordem
4.2. Bibliografia alfabética, ou sistemática, ou cronológica, ou nu-
mérica, ou alfanumérica. De acordo com o enfo-
Elemento opcional. Lista das obras que foram con- que, ele pode ser subdividido em especial, quando
sultadas (lidas) e não citadas no trabalho. Deve- é organizado por autores, ou assuntos, ou títulos,
se listar em ordem alfabética, conforme a NBR ou pessoas e/ou entidades, ou nomes geográficos,
6023:2002 da ABNT, a ser mostrada na unidade ou citações, ou ainda, em anunciantes e matérias
temática 5. publicitárias; e geral, quando combina duas ou
mais categorias indicadas anteriormente, como,
4.3. Glossário por exemplo, índice de autores e assuntos.

Elemento opcional. Relação de palavras ou expres- O índice deve abranger as informações extraídas do
sões técnicas de uso restrito ou sentido obscuro, documento, inclusive entre outros. O índice pode
utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas complementar informações não expressas no docu-
definições. mento, tais como nomes completos, datas de iden-
tificação, nomes de compostos químicos etc.
4.4. Apêndice
O título do índice deve definir sua função e/ou
conteúdo (exemplos: índice de assunto, etc.); é
Elemento opcional. Texto ou documento elaborado
impresso no final do documento, com paginação
pelo autor, a fim de complementar sua argumenta-
consecutiva ou em volume separado. Em índice al-
ção, sem prejuízo da unidade do trabalho, tais como
fabético, recomenda-se imprimir, no canto superior
entrevistas, questionários, tabelas, fotografias. O(s)
externo de cada página, as letras iniciais ou a pri-
apêndice(s) é (são) identificado(s) por letras maiúscu-
meira e a última entradas da página. No índice ge-
las consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.
ral, as entradas de cada categoria devem ser diferen-
ciadas graficamente. Deve-se evitar o uso de artigos,
Ex.: APÊNDICE A – Título do documento.
adjetivos, conjunções etc. no início dos cabeçalhos.
APÊNDICE B – Título do documento.
etc.

4.5. Anexo 5. Projeto de Pesquisa x Monografia


O projeto é a base para o trabalho de conclusão de
Elemento opcional. Texto ou documento não ela-
curso. Se montarmos um projeto bem estruturado,
borado pelo autor que serve de fundamentação,
com certeza, teremos um excelente trabalho mono-
comprovação e ilustração, tais como transcrições
gráfico. Nos esquemas a seguir, podemos verificar
de leis, gráficos, tabelas, recortes de jornais e revis-
que tudo o que foi usado no projeto será aproveita-
tas. O(s) anexo(s) é(são) identificado(s) da mesma
do na Monografia.
forma do apêndice.

Ex.: ANEXO A – Título do documento.

4.6. Índice

Elemento opcional. A NBR 6034, de dezembro de


2004, que substitui e cancela a de 1989, baseada
54 Fascículo 4

Esquema 1: Para o roteiro 1 Os capítulos são constituídos de subtemas do as-


PROJETO DE PESQUISA MONOGRAFIA sunto principal, cada um possuindo um título pró-

{
CAPA CAPA prio. E, para finalizar, faz a conclusão do trabalho,
FOLHA DE ROSTO FOLHA DE ROSTO inserindo os elementos pós-textuais.
pré-textuais
SUMÁRIO Elementos FOLHA DO EXAMINADOR
FOLHA DE DEDICATÓRIA
1. INTRODUÇÃO FOLHA DE PENSAMENTO
6. Modelos dos Elementos que
2. OBJETIVOS FOLHA DE AGRADECIMENTOS
GERAL RESUMO
Compõem Uma Monografia
ESPECÍFICOS SUMÁRIO
3. JUSTIFICATIVA 1. INTRODUÇÃO
É importante que o autor e o orientador coloquem
4. METODOLOGIA + outras citações
em prática as margens e os espaçamentos orienta-
5. CRONOGRAMA mostrar o objetivo da pesquisa
dos na unidade temática 3 deste documento. A
6. REFERÊNCIAS mostrar a importância
seguir, estão os exemplos das diversas páginas que
7. BIBLIOGRAFIA 2. METODOLOGIA
irão compor a monografia.
8. APÊNDICE 3. RESULTADOS
9. ANEXOS 4. CONCLUSÕES
Modelo de capa
5. REFERÊNCIAS
6. BIBLIOGRAFIA
7. APÊNDICE UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE
8. ANEXOS FACULDADE DE CIÊNCIAS, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
DE GARANHUNS - FACETEG
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Esquema 2: Para o roteiro 2


PROJETO DE PESQUISA MONOGRAFIA

{
CAPA CAPA
FOLHA DE ROSTO FOLHA DE ROSTO
pré-textuais
Elementos

SUMÁRIO FOLHA DO EXAMINADOR TÍTULO DA MONOGRAFIA

FOLHA DE DEDICATÓRIA
1. INTRODUÇÃO FOLHA DE PENSAMENTO
2. OBJETIVOS FOLHA DE AGRADECIMENTOS
GERAL RESUMO
ESPECÍFICOS SUMÁRIO
AUTOR
3. JUSTIFICATIVA ou 1. INTRODUÇÃO
4. METODOLOGIA mostrar o objetivo da pesquisa
5. CRONOGRAMA mostrar a importância
6. REFERÊNCIAS CAPÍTULO I - TÍTULO
7. BIBLIOGRAFIA CAPÍTULO II - TÍTULO CIDADE – ESTADO
9. ANEXOS CAPÍTULO III - TÍTULO ANO

CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA
ANEXOS

No esquema dois (2), também aproveitamos todo


o projeto com exceção do cronograma, alterando,
também, a forma de organização. Neste caso, o au-
tor do projeto poderia ter como objetivo fazer uma
pesquisa bibliográfica sobre determinado assunto.
Na introdução da monografia, o autor delimita o
assunto da pesquisa, situando o tema, enfocando
os objetivos da pesquisa, sua importância e a meto-
dologia utilizada na pesquisa.
Fascículo 4 55

Modelo de Folha de Rosto Modelo da Folha do Examinador

AUTOR AUTOR

TÍTULO DA MONOGRAFIA
TÍTULO DA MONOGRAFIA

APROVADA EM _____/_____/_____.

Monografia apresentada ao
Curso de Licenciatura em Ci- BANCA EXAMINADORA
ências Biológicas, modalidade
a Distância, ministrado pela
Universidade de Pernambuco, ___________________________________
em cumprimento às exigências Prof. Esp. Renato Medeiros
para conclusão do Curso. Universidade de Pernambuco

___________________________________
Prof. Me. Pedro Henrique de Barros Falcão
Universidade de Pernambuco
Orientador:

CIDADE – ESTADO
ANO

Modelo da Folha do Examinador Modelo da Folha de Dedicatória

AUTOR

TÍTULO DA MONOGRAFIA

Monografia apresentada ao
Curso de Licenciatura em Ci-
ências Biológicas, modalidade
a Distância, ministrado pela
Universidade de Pernambuco,
em cumprimento às exigências
para conclusão do Curso.

Orientador:
A meus pais, Terezinha e Pedro Falcão
(in memorian), OFEREÇO.
Com carinho, a minha esposa Etiane
CIDADE – ESTADO e as minhas filhas Larissa, Letícia e
ANO Lorena, DEDICO.
56 Fascículo 4

Modelo da Folha de Pensamento Modelo da Folha de Resumo

RESUMO

Elemento obrigatório. Constituído de uma sequência de frases


concisas e objetivas, na língua vernácula, dos pontos relevan-
tes do trabalho, fornecendo uma visão rápida e clara de todo
o trabalho da introdução, dos objetivos da pesquisa, da forma
como foi realizada (a metodologia), os resultados alcançados e
as conclusões a que se chegou. Recomenda-se não ultrapassar
500 palavras.
A NBR 6028:2003 da ABNT trata da normatização da apresen-
tação de resumos. Em algumas instituições, também é solici-
tada uma versão do resumo num idioma de divulgação inter-
nacional, com as mesmas características do resumo na língua
vernácula, em folha separada (em inglês Abstract, em espanhol
Resumen, em francês Resume, por exemplo).

Deve ser seguido de palavras-chaves.

“Aqueles que param esperando que


as coisas melhorem, acabam desco-
brindo mais tarde que os que não
pararam estão na frente e que não
podem mais serem alcançados.”
Rui Barbosa

Modelo da Folha de Agradecimetos Modelo da Lista de Tabelas

AGRADECIMENTOS LISTA DE TABELAS

Ao Prof. Dr. André Furtado, meu agradecimento especial pelos va- 1.Título da Tabela....................................................................00
liosos ensinamentos, orientação e apoio, tornando possível a reali-
zação deste trabalho. 2.Idem......................................................................................00
Aos amigos Josevaldo Araújo e Severino Bezerra, pela colaboração
constante, incentivo e amizade sempre presentes em muitos momentos.
A Rodrigo César e Marcelo Siqueira, pelo apoio, colaboração e in-
centivo.
A minha esposa Etiane Falcão, pelo carinho, paciência e estímulo
indispensável à realização deste trabalho.
À secretária da FFPG, Esther Leyla Braga, pelo auxílio e pela cola-
boração na normatização gráfica deste trabalho.
A todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para a
realização deste trabalho.
Fascículo 4 57

Modelo de Sumário Modelo de Metodologia

SUMÁRIO 2 METODOLOGIA

Na seção metodologia, deve-se descrever, de forma clara,


direta e objetiva, o ambiente onde a pesquisa foi realizada, quem
foi pesquisado (os participantes), os equipamentos, as técnicas, os
1 INTRODUÇÃO......................................................................... 9 instrumentos de coleta de dados, os procedimentos, as estratégias
utilizadas na pesquisa.
2 METODOLOGIA.................................................................... 10

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................11

4 CONCLUSÕES ....................................................................... 12

5 REFERÊNCIAS ...................................................................... 13

6 BIBLIOGRAFIA...................................................................... 14

ANEXOS..................................................................................... 15

Modelo de Introdução Modelo de Resultados e Discussão

1 INTRODUÇÃO 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A seção resultados descreve sinteticamente o que foi obtido; se


Elemento obrigatório. De acordo com Costa (2003:35), “nela for o caso, fazer referência às medidas e/ou aos cálculos estatísticos,
se diz o que é ou de que trata o trabalho.” Deve fornecer uma visão podendo ilustrar com gráficos, tabelas, etc. explicando cada um, ou
geral do trabalho e sua contextualização dentro do cenário das pes- ainda, os resultados podem ser acompanhados do termo discussão, e,
quisas realizadas na respectiva área. neste caso, o autor compara os resultados obtidos em sua pesquisa
Expõe as razões que levaram o autor a escrever; define o as- com os dados de outros autores.
sunto referindo-se ao quadro teórico em que se fundamenta o tra-
balho, citando os autores mais importantes que estudaram o tema.
Apresenta o estado da questão ou formulação do problema e das
hipóteses. Situa o assunto no tempo e no espaço, no conjunto dos
conhecimentos ou atividades já desenvolvidas e com as quais se re-
laciona, mostrando o que de novo se pretende, sem se esquecer de
apontar o que é comum. Define os termos empregados, caso tal defi-
nição seja necessária. Indica o caminho a seguir, mostrando as ideias
mestras do desenvolvimento, os pontos principais, as deduções mais
importantes como também a importância da realização da pesquisa.
58 Fascículo 4

Modelo de Conclusões Modelo de Bibliografia

4 CONCLUSÕES 6 BIBLIOGRAFIA

Elemento obrigatório de um trabalho acadêmico. Consiste


numa síntese interpretativa dos elementos dispersos no trabalho, Elemento opcional. Lista das obras que foram consultadas (lidas) e
ponto de chegada das deduções lógicas baseadas no desenvolvi- não citadas no trabalho. Deve-se listar em ordem alfabética, confor-
mento, nos dados concretos que recolheu na pesquisa, análise e nas me a NBR 6023:2002 da ABNT.
interpretações. Também faz parte das conclusões a indicação das
hipóteses que não foram comprovadas e aquelas que o estudo acaba
de detectar para futuras investigações, apontando os caminhos, as
recomendações e sugestões para um maior aprofundamento do tema.

Modelo de Referências Bibliográficas Modelo de Anexo

5 REFERÊNCIAS 5 ANEXO

Elemento obrigatório. Lista de obras citadas no desenvolvimento


do trabalho, elaborada de acordo com a NBR 6023:2002 da ABNT.
Fascículo 4 59

RESUMO
A elaboração de trabalhos acadêmicos (trabalho de conclusão de curso - TCC, trabalho
de graduação interdisciplinar - TGI) tem sido uma das atividades mais usadas atualmente,
visando à preparação de alunos para adquirirem uma consciência crítica cada vez mais
abrangente e estimular nestes a pesquisa científica, auxiliando no processo de aprender a
aprender. A forma como construir e estruturar os trabalhos é mostrada, nesta unidade temáti-
ca, de forma simples, didática, com modelos e exemplos de como montar uma monografia,
de acordo com as normas exigidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

REFERÊNCIAS
CYRANKA, L. F. M. & SOUZA, V. P. de. Orienta- TACHIZAWA, T. & MENDES, G. Como fazer
ções para normatização de trabalhos acadêmi- monografia na prática. 6. ed. Rio de Janeiro:
cos. 6 ed. Juiz de Fora: UFJF. 2000, 89p. Fundação Getúlio Vargas, 2001, 138p.

ECO, U. Como se faz uma tese. 15.ed. São VIEIRA, S. Como escrever uma tese. 5. ed. São
Paulo: Perspectiva. 1999, 170p. Paulo: Pioneira, 1999, 102p.

HENRIQUES, A. & MEDEIROS, J.B. Monografia


no curso de direito: trabalho de conclusão de GLOSSÁRIO
curso. Metodologia e técnicas de pesquisa. Da
escolha do assunto à apresentação gráfica. 4 A
ed. São Paulo: Atlas. 2004, 316p.
ABNT - sigla identificadora da “Associação Brasileira de
HUBNER, M. M. Guia para Elaboração de Normas Técnicas”, entidade que gerencia os processos de
normatização técnica em nosso país.
Monografias e Projetos de Dissertação de Mes-
trado e Doutorado. São Paulo: Pioneira; Mack- Abreviatura – representação de uma palavra por meio de
enzie. 1998, 75p. alguma (s) de suas silabas ou letras.

INACIO FILHO, G. A monografia nos cursos de Abstract – normalmente presente em dissertações de mes-
trado e teses de doutorado.
graduação. 2 ed. Uberlândia: EDUFU, 1994, 117p.
Agradecimento(s) – folha na qual o autor faz agradeci-
ISKANDAR, J.I. Normas da ABNT comentadas mentos dirigidos àqueles que contribuíram de maneira re-
para trabalhos científicos. Curitiba: Champag- levante à elaboração do trabalho.
nat, 2000, 101p.
Aleatório – escolhido ao acaso, equiprobabilisticamente.

KERSCHER, M. A. & KERSCHER, S. A. Mono- Alinea – cada uma das subdivisões de um documento, in-
grafia: como fazer. 2. ed. Rio de Janeiro: Thex, dicada por uma letra minúscula e seguida de parênteses.
1999, 111p.
Amostra [amostragem] – pequena porção de alguma
coisa dada para ver, provar ou analisar, a fim de que a
MARTINS, G. de A. Manual para elaboração de qualidade do todo possa ser avaliada ou julgada. a. aci-
monografias e dissertações. 3. ed. São Paulo: dental, amostra colhida por amostragem acidental, amos-
Atlas, 2002, 131p. tra casual, amostra randômica; a. bola de neve, na qual
um sujeito indica outro sujeito para integrar-se, usada em
uma população especializada e de pequeno número; a.
OLIVEIRA, M. M. de. Como fazer projetos, múltiplos estágios, tipo de amostra probabilística na qual
relatórios, monografias, dissertações e teses. várias etapas são realizadas até que se obtenha a amostra
Recife: Bagaço. 2003, 174p. final; a. estratificada, comumente usada em pesquisas de
opinião social na qual consegue atingir opiniões de várias
60 Fascículo 4

classes sociais. Capítulo – divisão de um trabalho acadêmico, podendo


ser ou não numerado. O mesmo que secção, parte.
Anais – publicação na qual ficam registrados os resumos (abs-
tracts) dos trabalhos apresentados num congresso científico. Citação – alusão, num texto, de uma informação original-
mente extraída de outro texto. Pode ser uma transição literal
Análise – decomposição de um todo em suas subpartes; ou uma paráfrase.
estudos acerca de como as partes interagem para formar
um todo; interpretação das partes para explicar o todo. CNPq – “Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi-
co e Tecnológico”, ligado ao Mistério da Ciência e Tecno-
Anexo – texto normalmente colocado ao final de um traba- logia brasileiro, com a finalidade de promover e fomentar o
lho acadêmico, que serve para fundamentar, comprovar ou desenvolvimento científico e tecnológico do país.
ilustrar determinados tópicos do trabalho.
Coleta de dados – operação por meio da qual se obtêm as
Anteprojeto de Pesquisa – esboço de um projeto de pes- informações (ou dados) a partir do fenômeno pesquisado.
quisa. Documento preliminar que possui as ideias básicas
a serem desenvolvidas no projeto de pesquisa, podendo ter Comissão de Ética – comissão encarregada de avaliar pro-
as mesmas partes de um projeto. jetos de pesquisa no que se refere a sua dimensão ética.
O principal item avaliado é o atinente à segurança dos
sujeitos participantes da pesquisa.
Apêndice – texto normalmente colocado ao final de um
trabalho acadêmico, cujo objetivo é complementar a obra COMUT – comunicação bibliográfica, ou seja, um sistema
principal. ou serviço por meio do qual as bibliotecas fotocopiam ou
emprestam suas obras.
Apud – termo latino que significa “de acordo com”, “citado
por”. Utilizado quando se deseja citar um autor a cuja obra Conclusão – proposição final de um argumento: “A conclu-
não se teve acesso direto. são de um argumento é aquela proposição que se afirma com
base nas outras proposições desse mesmo argumento...”.
Argumento – raciocínio. Tipo especial de pensamento no
qual, a partir de premissas, chega-se a uma conclusão. Congresso – tipo de evento científico caracterizado por
ser uma reunião formal, de grande porte e relevância, que
Artigo – texto que possui certas características específicas, congrega especialistas, pesquisadores e estudantes de de-
cujo objetivo é o de ser publicado num periódico científico. terminada área de conhecimento científico.
Autor(es) – pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação
do conteúdo intelectual ou artístico de um documento. Conhecimento – fato, estado ou condição de compreender,
entendimento.
Autor(es) entidade(s) – instituição(ões), organização
(ões), empresa(s), comissão(ões), evento (s), entre outros, Convenção – acordo arbitrário acerca de determinado as-
responsável(eis) por publicações em que não se distingue sunto.
autoria pessoal.
Cronograma – representação gráfica ou em forma de
B tabela que descreve uma lista de atividades a serem rea-
lizadas e o tempo que elas consumirão. Todo projeto de
Bibliografia – relação de fontes documentais (livros, revis- pesquisa deve possuir um cronograma.
tas, etc.) Referências consultadas pelo autor para a constru-
ção de um conhecimento prévio. Currículo Lattes – sistema informatizado integrante da
chamada Plataforma Lattes, cujo objetivo é o de padronizar
Boletim – publicação periódica que divulga resultados de as informações curriculares de toda a comunidade cientí-
pesquisas científicas e/ou artigos acadêmicos breve. fica brasileira.

Brochura – qualquer livro ou trabalho que não possua D


capa dura.
Dedicatória(s) – folha na qual o autor presta homenagem
C ou dedica seu trabalho.

Cabeçalho – palavra(s) ou símbolo(s) que determina(m) a Dedução – tipo especial de inferência que parte de, pelo
entrada. menos, uma premissa universal e que conduz a uma con-
clusão particular.
Capa – proteção externa do trabalho sobre a qual se im-
primem as informações indispensáveis à sua identificação. Delineamento de Pesquisa – plano ou esquema geral a ser
utilizado numa pesquisa; planejamento dos procedimentos
CAPES – sigla indicativa da “Coordenação de Aper- que serão utilizados na coleta e análise dos dados obtidos
feiçoamento de Pessoal de Nível Superior”, órgão do gov- em uma pesquisa.
erno federal brasileiro cujo objetivo é o de avaliar o sistema
de pós-graduação stricto sensu em nosso país. Demonstração – meio de se chegar a uma prova, evidên-
Fascículo 4 61

cia. Processo por meio do qual se explica o método utiliza- realidade. Contrasta-se com teórico.
do para se chegar a uma conclusão.
Ensaio – tipo de estudo experimental, no qual ocorre a vi-
Detecção de casos – técnicas de pesquisa utilizada princi- são das respostas que podem ser encontradas na pesquisa.
palmente na área de saúde pública, que consiste no exame
de sujeitos assintomáticos ou saudáveis, com a finalidade Entidade – instituição, sociedade, pessoa jurídica, estabe-
de se estabelecer a probabilidade de terem a doença que lecida para fins específicos.
é o motivo do estudo.
Entrada – unidade do índice que consiste em cabeçalho e
Direito autoral – direito, concedido por lei, de proprieda- indicativo de sua localização no texto.
de intelectual que o autor possui sobre sua obra.
Entrevista – procedimento genérico de coleta de dados,
Dissertação – no Brasil, tipo de trabalho monográfico no qual ocorre a presença física ou a distância do pesqui-
resultante de um mestrado acadêmico. Documento que sador e do sujeito entrevistado. Pode ser: estruturada ou
representa o resultado de um trabalho experimental ou semiestruturada.
exposição de um estudo cientifico retrospectivo, de tema
único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo Epistemologia – “O estudo do conhecimento” que pode
de reunir, analisar e interpretar informações. Deve eviden- ser construído e avaliado.
ciar o conhecimento da literatura existente sobre o assunto
e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob Errata – lista das folhas e linhas em que ocorrem erros,
a coordenação de um orientador (doutor), visando à ob- seguida das devidas correções. Apresenta-se quase sempre
tenção do título de mestre. em papel avulso ou encartado, acrescido ao trabalho de-
pois de impresso.
Documento – qualquer suporte que contenha informação
registrada, formando uma unidade, que possa servir para Estratégia de Coleta de Dados – é onde o pesquisador
consulta, estudo ou prova. Inclui impressos, manuscritos, traça sua categoria de pesquisa, que pode ser local, divi-
registros audiovisuais e sonoros, imagens, entre outros (AS- dindo-se em campo (quando não há controle) e de labo-
SOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). ratório (quando há controle), que ajudará o pesquisador a
organizar sua pesquisa.
E
Estratégia de Pesquisa – conjunto de decisões que o pes-
Edição – todos os exemplares produzidos a partir de um quisador tem que tomar ao longo do processo de pesqui-
original ou matriz. Pertencem à mesma edição de uma obra sa, em função das características particulares do fenômeno
todas as suas impressões, reimpressões, tiragens etc., pro- que está estudando e de outras contingências que afetam
duzidas diretamente ou por outros métodos, sem modifica- seu trabalho (ex: orçamento, tempo, etc.).
ções, independentes do período decorrido desde a primeira
publicação. Estudo de Caso – estudo realizado com um único sujeito
(uma pessoa, uma empresa uma cidade, um evento etc).
Editora – casa publicadora, pessoa(s) ou instituição res-
ponsável pela produção editorial. Conforme o suporte do- Estudo Epidemiológico – estudo que tem por objetivo in-
cumental, outras denominações são utilizadas: produtora vestigar a existência e as características das doenças nas
(para imagens em movimento), gravadora (para registros populações.
sonoros), entre outros.
Estudo Etnográfico – estudo que visa descrever e analisar
Elementos Essenciais – são as informações indispensáveis as práticas, crenças e valores culturais de uma comunidade.
à identificação do documento. Os elementos essenciais
estão estritamente vinculados ao suporte documental e va- Estudo Piloto – estudo preliminar à pesquisa, conduzido
riam, portanto, conforme o tipo. com a finalidade de antecipar problemas.

Elementos Complementares – são as informações que, Ética – é uma reflexão, um repensamento, um questiona-
acrescidas aos elementos essenciais, permitem melhor ca- mento sobre as normas morais existentes numa pessoa,
racterizar os documentos. grupo social, povo, etnia, sociedade, nação ou simples-
mente entre os seres humanos.
Elementos Pós-Textuais – elementos que complementam
o trabalho. Etinografia – análise dos povos e sociedades, seus modos
de vida e aspectos culturais.
Elementos Pré-Textuais – elementos que antecedem o tex-
to com informações que ajudam na identificação e utiliza- Evento científico – reunião na qual ocorrem apresenta-
ção do trabalho. ções de trabalhos científicos, discussões e debates de temas
científicos com a participação de pesquisadores e estudan-
Elementos Textuais – parte do trabalho em que é exposta tes. São eles: congressos, fórum, simpósio e mesa-redonda.
a matéria.
Excel – programa de computador utilizado para tabulações
Empírico – que advém da experiência e da observação da e cálculos estatísticos.
62 Fascículo 4

Experimentação – ato ou efeito de experimentar. Técnica quisa passa a fazer parte, por meio do seu resumo e de
científica utilizada para testar hipóteses e oferecer respostas suas palavras-chave, de um índice científico.
a problemas específicos.
Indicativo – número(s) da(s) páginas ou outra(s)
Experimento – ato ou efeito de experimentar, trabalho cien- indicação(ões) especificada(s), do local onde os itens po-
tifico que se destina a verificar um fenômeno físico, ensaio, dem ser localizados no texto.
tentativa, experimento.
Indicativo de Seção – número ou grupo numérico que an-
F tecede cada seção do documento.

Fenômeno – termo originário do verbo grego fainestai, que Índice – lista de palavras ou frases, relação de itens numa
significa “aquilo que se mostra”, “aquilo que se manifesta”. publicação, ordenadas segundo determinado critério, que
Este termo é geralmente usado para referir aos objetos de tem como objetivo facilitar a busca da informação.
estudo nas pesquisas qualitativas, principalmente no con-
texto das ciências humanas. Indução – trata-se de um tipo especial de inferência, da
qual se parte uma série de informações ou premissas par-
Ficha bibliográfica – resumo que os pesquisadores costu- ticulares.
mam fazer com o objetivo de facilitar a organização de um
levantamento bibliográfico. Instrumento – meio através do qual se mensura determi-
nado fenômeno ou se obtêm dados numa pesquisa.
Ficha catalográfica – classificação normativa utilizada
para otimizar a colocação, a classificação e a localização ISBN – sigla indicativa de “Internacional Standard Book
de teses e dissertações numa biblioteca. Number”, que é um sistema internacional padronizado que
Fidedignidade – grau de confiabilidade que determinado identifica numericamente os livros segundo o título, autor,
conhecimento científico pode assumir. país, editora, individualizando-os, inclusive, por edição.

Folha de aprovação – folha que contém os elementos es- ISO – (Organização Internacional para a Normatização);
senciais à aprovação do trabalho. órgão internacional que congrega institutos e organizações
de normatização de mais de uma centena de países.
Folha de rosto – página na qual se encontram as infor-
mações essenciais acerca de um trabalho acadêmico, tais J
como título, nome do autor, local e ano de publicação,
nome da instituição e, normalmente, um pequeno texto que Justificativa – seção de um projeto de pesquisa na qual o
explica a finalidade institucional do trabalho. autor defenderá a necessidade da realização do trabalho e
apresentará justificativas técnicas, profissionais, heurísticas,
Formulário – instrumento de pesquisa, similar a um ques- sociais etc.
tionário, porém a ser preenchido pelo próprio pesquisador.
L
Fórum – versão reduzida em tamanho e em importância de
um congresso científico. Laboratório – qualquer ambiente de pesquisa ou de coleta
de dados no qual haja um certo nível de controle por parte
G do pesquisador. Contrapõe-se ao termo campo.

Glossário – conjunto de termos e/ou conceitos de deter- Lato Sensu – em sentido amplo. O contrário de stricto sensu
minada área de conhecimento, acompanhados dos seus
respectivos significados. Levantamento – tipo de delineamento de pesquisa descri-
tiva, cujo objetivo é o de verificar o estado atual de dado
H fenômeno.

Hipótese – suposição realizada provisoriamente com o in- Lista – enumeração de elementos selecionados do texto,
tuito de explicar algo que se desconhece. tais como datas, ilustrações, exemplos etc., na ordem de
sua ocorrência.
I Lógica – parte da filosofia que estuda os métodos e prin-
cípios usados para distinguir o raciocínio correto do incor-
Ibidem – termo latino que significa “na mesma obra”. É reto, entendendo-se por raciocínio aquele gênero especial
utilizado quando houver a necessidade de realizar várias de pensamento no qual realizam inferências e se derivam
citações de uma mesma obra num espaço relativamente conclusões a partir de premissas (COPI, 1978). .
curto de texto.

Ilustração – desenho, gravura, imagem que acompanha M


um texto.
Manipulação - ação de interferência no comportamento
Indexação – processo por meio do qual um artigo de pes- de um estudo, operação fundamental de um experimen-
to. V. tb.: variável dependente, independente e causalidade
Fascículo 4 63

unidirecional. Objetivo – seção de um projeto de pesquisa cientifica, na


qual estão divididos em Geral e Específico, ou seja, as fina-
Marco Teórico – concepção teórica predominante em um lidades principais e secundárias deste.
trabalho científico.
Observação – método de coleta de dados que pressupõe
Margem de Erro – diferença que um pesquisador deve a existência de um observador que utiliza técnicas ou mé-
aceitar entre o valor real de um parâmetro esperado. todos de observação.

Material – parte integrante de um trabalho científico (nor- Ontologia – corpo de conhecimentos integrante da Filo-
malmente uma subseção da secção “método”), no qual se sofia que se preocupa com o existir e com a natureza “a ci-
descrevem os matérias utilizados na coleta de dados. ência que estuda o ser enquanto ser”, segundo Aristóteles.

Matriz de correlação – dados em forma de tabela para


medir correlações entre variáveis, numa pesquisa. Orçamento de pesquisa – relação de custos na realização
de uma pesquisa, normalmente especificados no projeto
Média – resultado da soma de valores dividido pelo número de pesquisa.
de valores presentes em um conjunto. Mediana e moda são
uma das principais tendências centrais de uma distribuição. P
Mesa-Redonda – tipo de evento científico no qual dois ou Painel – [pôster] forma de apresentação e exposição dos
mais pesquisadores, especialistas em determinada área do resultados em uma pesquisa científica, disposto no cartaz
conhecimento, defendem opiniões divergentes acerca de de tamanho 1,00 x 1,50m, no qual estão apresentadas as
determinado tema de sua especialidade. principais informações da pesquisa.

Método – sequência lógica de procedimentos que devem Palavra-chave – palavra representativa do conteúdo do
ser seguidos em busca de um objetivo, em que, a partir documento, escolhida, preferencialmente, em vocabulário
dele, teremos a construção do conhecimento e do método controlado.
cientifico.
Paper – ver artigo.
Método Científico – 1 – identificação de um problema; 2 –
especificação do problema; 3- tentativa de enquadramento Patente – processo de proteção de uma invenção, cujo ob-
do problema http://docs.google.com/Doc?id=dgz6hvrq_ jetivo é o de garantir ao autor de uma idéia a propriedade
63fhp6r7dj&hl=pt_BR; 4- tentativa de solução do proble- desta e, portanto, dos lucros financeiros que decorrem de
ma; 5- geração de novas ideias; 6- obtenção de uma solu- seu uso.
ção; 7- análise das consequências da solução; 8- prova da
solução; 9- correção da solução. Periódico – publicação científica especializada na qual os
artigos (pesquisas) são publicados.
Monismo Metodológico – ponto de vista no qual todas
as ciências devem ater-se a um único método. Contrário Pesquisa – processo por meio do qual a ciência busca dar
ao dualismo metodológico, que defende a diferenciação resposta aos problemas normalmente sociais. Investigação
metodológica entre as ciências naturais e sociais. V.tb.: du- sistemática de determinado assunto que visa obter novas
alismo metodológico, hermenêutica e positivismo. informações e ou reorganizar as informações já existentes
sobre um problema específico e bem definido.
Monografia – qualquer trabalho escrito (científico ou não)
que verse sobre um único tema. Pesquisa Bibliográfica – pesquisa que se restringe à aná-
lise de documentos.
Moral – é o conjunto de prescrições vigentes numa deter-
minada sociedade e consideradas como critérios válidos Ph.D – sigla indicativa de Philosophy Doctor, grau acadêmi-
para a orientação do agir de todos os membros dessa so- co norte-americano, equivalente ao grau de doutor no Brasil.
ciedade.
Plataforma Lattes – banco de dados que facilitam e in-
MS – sigla indicativa de Master of Science (às vezes, tam- tegram as atividades de fomento, gestão e planejamento
bém grafado como M. Sc.), grau acadêmico norte-ameri- em ciência e tecnologia em nosso país. Esse nome é uma
cano, equivalente ao de grau de mestre no Brasil. homenagem ao físico brasileiro César Lattes.

N População – grupo de pessoas, objetos ou eventos que pos-


sui um conjunto de características comuns que o definem.
Neutralidade científica – objetivo descontextualizado da
história, da cultura e da subjetividade humana. Pós-Graduação – nível de ensino que ocorre após a
graduação regular, podendo ser, “Lato-Sensu” e “Stricto
O Sensu”; o primeiro refere-se aos chamados cursos de es-
pecialização, ou seja, voltado ao mercado de trabalho, e
Objetividade – As apresentações, o trabalho, a pesquisa e o segundo refere-se aos programas de mestrado e douto-
o conhecimento devem ser objetivos. rado de cunho estritamente acadêmico e que visam basica-
64 Fascículo 4

mente à formação de professores universitários e cientistas. resultados e a conclusão do estudo. É escrito na língua ver-
nácula e, em alguns casos, também em língua estrangeira.
Poster – instrumento de comunicação, exibido em diversos
suportes, que sintetiza e divulga o conteúdo a ser apresentado. Revisão de Literatura – levantamento e análise criteriosa e
sistemática dos resultados e conclusões de outras pesquisas
Prefácio – texto curto que tem por objetivo apresentar o acerca de determinado tema.
trabalho acadêmico, delinear seus objetivos, explicar sobre
a estrutura geral do texto. S
Premissa – proposição especial em um argumento, a partir SBPC – sigla referente à “Sociedade Brasileira para o Pro-
da qual, por meio de um processo de inferência (dedução gresso da Ciência”, entidade civil sem fins lucrativos, que
ou indução), chega-se a uma conclusão. congrega cientistas, estudantes e outras entidades científicas.

Probabilidade – chance de ocorrência de um evento. Seção – parte em que se divide o texto de um documento,
que contém as matérias consideradas afins na exposição
Problema – questão a ser investigada em uma pesquisa, ordenada do assunto.
colocada na forma interrogativa. O problema é uma espe-
cificação do tema de pesquisa, devendo ser circunscrito e Seção Primária – principal divisão do texto de um documento.
bem definido.
Seção Secundária, Terciária, Quaternária, Quinária – di-
Projeto – descrição da estrutura de um empreendimento visão do texto de uma seção primária, secundária, terciária,
a ser realizado. quaternária, respectivamente.

Projeto de Pesquisa – documento que especifica informa- Sigla – reunião das letras dos vocábulos fundamentais de
ções acerca de uma pesquisa ainda não realizada, mas uma denominação ou título.
que se pretende realizar. Normalmente apresenta todos os
componentes de uma pesquisa comum, exceto as seções Símbolo – sinal que substitui o nome de uma coisa ou de
de resultados e conclusões. uma ação.

Q Síntese – I – resumo, sinopse; II – combinação de partes


para a constituição de um todo.
QUALIS – sistema de avaliação dos periódicos brasileiros,
sob a responsabilidade da Capes. Stricto Sensu - no sentido estrito.

Qualitativo – adjetivo sinônimo de nominal (qualidade), Subcabeçalho – palavra ou símbolo que complementa o
quando se refere às variáveis. cabeçalho.

Quantitativo – variável referente à quantidade de coleta Subtítulo – informações apresentadas em seguida ao tí-
de dados. tulo, visando esclarecê-lo ou complementá-lo, de acordo
com o conteúdo do documento.
Questionário – I - técnica estruturada para coleta de da-
dos; II – tipo de instrumento de pesquisa, que consiste num Sujeito de Pesquisa – indivíduo participante de uma pes-
conjunto de perguntas escritas que devem ser respondidas quisa e que será objeto de coleta de dados.
pelos sujeitos.
Sumário – lista enumerada sequencial dos tópicos que
R aparecem num trabalho, acompanhados da indicação dos
números de páginas em que esses tópicos iniciam. O su-
Referências – secção normalmente situada ao final de um mário deve ser colocado no início do trabalho.
trabalho científico que lista as fontes documentais utiliza-
das, individualmente e que permitem sua identificação. T
Resenha – apreciação crítica de um texto, livro ou artigo. O Tabela – elemento demonstrativo de síntese que constitui
objetivo da resenha é o de resumir as principais ideias do unidade autônoma.
texto original e discuti-las criticamente, também chamado
de resumo crítico. Técnica – I - conjunto de procedimentos organizados ba-
seados em um conhecimento científico; II – conjunto de
Resultados – parte de um trabalho científico, na qual se métodos ou processos de manipulação na produção de um
descrevem os resultados brutos e sintetizados da pesquisa resultado.
(geralmente através de tabelas e gráficos).
Tese – tipo de trabalho monográfico executado em pro-
Resumo – parte de um trabalho científico, na qual o autor gramas de pós-graduação “stricto-sensu”, em nível de
contextualiza o problema de pesquisa; de forma concisa, doutorado; proposição defendida em trabalho científico. É
mostra os pontos relevantes do texto, fornecendo uma visão produzida sob a coordenação de um orientador (doutor) e
rápida e clara do conteúdo, o método utilizado, os principais visa à obtenção do título de doutor ou similar.
Fascículo 4 65

Título – palavra, expressão ou frase que designa o assunto ______. NBR 6024: informação e documenta-
ou o conteúdo de um documento. ção: numeração progressiva das seções de um
Trabalhos acadêmicos – são constituídos do trabalho de documento escrito – Apresentação. Rio de Ja-
conclusão de curso (TCC); trabalho de graduação inter- neiro, 2003. 3p.
disciplinar (TGI). Documento que representa o resultado
de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto ______. NBR 6027: informação e documenta-
escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da
ção: sumário – Apresentação, Rio de Janeiro,
disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa
e outros ministrados. É realizado sob a supervisão de um 2003, 2p.
orientador.
______. NBR 15287: informação e documen-
U tação: projeto de pesquisa – Apresentação, Rio
de Janeiro, 2005, 6p.
Utilitarismo – ponto de vista filosófico que considera o va-
lor de uma ação em função das suas consequências.
______. NBR 10520: informação e documenta-
V ção: citações em documentos – Apresentação.
Rio de Janeiro, 2002. 07p.
Verificabilidade – princípio segundo o qual somente pode
ser considerado verdadeiro aquilo que puder ser empirica- ______. NBR 14724: informação e documen-
mente verificado.
tação – trabalhos acadêmicos – Apresentação.
Rio de Janeiro, 2002. 6p.
Volume – divisão de uma obra. II – reunião de um con-
junto de fascículos de um periódico por unidade de tempo. BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filo-
sofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. 437p.
W
BURGUIÈRE, André. Dicionário das Ciências
Workshop – I - curso intensivo, de curta duração; II – apre-
sentação de técnicas e procedimentos. Históricas. Rio de Janeiro: Imago. 1993. 776p.

X HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro de Salles.


Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio
X-Barra – representação de média aritmética de uma de Janeiro: Objetiva, 2001. 2922p.
amostra de dados. ( x ).

Y
Yearbook – livro do ano, anuário. Obra que contém a infor-
mação acumulada de um ano sobre determinado assunto
ou das atividades de uma instituição em determinado ano.

Z
Zetética – I- do grego (zetezis), significa pesquisa, questio-
namento, especulação.

Bibliografia Consultada
APOLINÁRIO, Fábio. Dicionário de metodologia
científica: um guia para produção do conheci-
mento científico, São Paulo: Atlas, 2004. 300p.

ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-


NICAS. NBR 6023: informação e documenta-
ção: referências – Elaboração. Rio de Janeiro,
2002. 24p.

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