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Disfunções da burocracia:

Resistência a mudanças
Despersonalização do relacionamento
Tempo
Enorme numero de regras gera duvidas

Surgimento da Teoria da Burocracia:


Max Weber publicou "A Teoria da Organização Social e Econômica" em 1922.
Contrariamente ao que declararam alguns colegas, o seu pensamento não foi uma
resposta à escola clássica da administração e muito menos à teoria das relações
humanas (Elton Mayo só viria a publicar "Os Problemas Humanos de uma Civilização
Industrial" em 1933). Weber era sociólogo e, como diz o professor Carlos Osmar
Bertero da EAESP/FGV em seu artigo "Teoria da Organização e Sociedades
Subdesenvolvidas", não estava especialmente preocupado com os problemas da prática
administrativa. "Diríamos que a abordagem weberiana ao problema das grandes
organizações, inclusive as de natureza econômica, não tinha por objetivo o aumento
da eficácia, como sempre ocorreu com a grande maioria dos estudiosos [da
administração]." Weber era um "teórico preocupado fundamentalmente em explicar uma
situação histórica que foi atingida pela cultura ocidental num dado momento. (...)
Ao estudar as transformações econômicas, políticas e sociais da sociedade ocidental
a partir da Idade Média, Weber não pode deixar de fascinar-se pela importância que
gradativamente veio assumindo o Estado até atingir sua atual fisionomia. O Estado
como centralizador de poder e responsável pela manutenção da soberania (...). Isto
levou à criação de uma "máquina administrativa" ou "burocracia" (...)."

Repercussão atual do modelo racional-legal:


Desde a formulação da Teoria Racional-Legal por Weber, verifica-se um aumento das
estruturas burocráticas em todo o mundo, sinal de um direcionamento das
organizações para maior racionalidade, impessoalidade, aderência a regras e padrões
e uso do registro escrito, para promover a continuidade do serviço, sua
previsibilidade e uniformidade; em oposição a organizações "familiares" ou
informais, em que as relações pessoais e o carisma dos indivíduos desempenham
papeis de peso, em que rege o apadrinhamento e em que os atos administrativos não
são registrados documentalmente.

Críticas ao modelo burocrático:


Critica-se a burocracia devido a ineficiências inerentes a seu funcionamento: como
todo estudante de computação sabe, se o algoritmo de escalonamento de processos for
ruim, em vez de uma maior eficiência acabará gerando um cenário pior do que se não
houvesse escalonamento algum. É o chamado "overhead" (tanto em contabilidade quanto
em computação ^_^). A estrutura organizacional demanda por si só recursos para sua
existência, independente da efetiva atividade produtiva da organização. Além disso,
a burocracia apresenta disfunções tais quais a excessiva demora nos procedimentos
(que vem sendo mitigada à medida que novas tecnologias são adotadas); a
despersonalização do relacionamento (bem caracterizada pelo Processo kafkiano); sua
resistência a mudanças, que é consequência da necessidade de uniformidade dos
procedimentos e de treinamento dos burocratas; e pela situação frequente em que um
enorme número de regras acaba gerando dúvidas para os destinatários do serviço, que
não sabem como acessá-lo.

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