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MANUAL DE
DIREITO
PREVIDENCIÁRIO
VOLUME ÚNICO
4a
edição
revista
atualizada
ampliada
2023
1. NOÇÕES GERAIS
Note-se que, em seus três ramos, a Seguridade Social não está restrita ao setor
público. Há prestação de serviços de saúde, assistência social e Previdência Social
por meio das iniciativas pública e privada. Como dito, a Seguridade abrange um
conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade.
Quanto à Seguridade Social como um todo (e não os seus ramos individua-
lizados), a competência legislativa é privativa da União (art. 22, XXIII, CF/1988),
sem prejuízo de que lei complementar autorize os estados a legislar sobre questões
específicas em matéria de Seguridade (art. 22, parágrafo único, CF/1988).
O ramo da saúde está previsto nos arts. 196 a 200 da CF. A lei básica de re-
gência desse setor é a Lei nº 8.080/1990, Lei Orgânica da Saúde, que dispõe sobre
as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes, e dá outras providências.
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos
e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção
e recuperação (art. 196, CF/1988).
A competência legislativa e administrativa para tratar desse assunto é, respectiva-
mente, concorrente (competência legislativa) e comum (competência administrativa)
entre União, estados, Distrito Federal e municípios (art. 23, II; art. art. 24, XII; art.
30, I, II e VII, CF/1988).
Na competência legislativa concorrente, a competência da União para legislar
sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos estados (art. 24,
§ 2º, CF/1988); inexistindo lei federal sobre normas gerais, os estados exercerão
a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (art. 24, § 3º,
CF/1988); a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia
da lei estadual, no que lhe for contrário (art. 24, § 4º, CF/1988). Na competência
administrativa comum, leis complementares podem fixar normas para a cooperação
entre a União e os estados, o Distrito Federal e os municípios (art. 23, parágrafo
único, CF/1988). Ainda não existem tais leis complementares nas matérias dos ra-
mos da Seguridade Social.
O ramo da assistência social está disciplinado nos arts. 203 e 204 da CF/1988. A
lei básica de regência desse setor é a Lei nº 8.742/1993, Lei Orgânica da Assistência
Social, que dispõe sobre a organização da assistência social, e dá outras providências.
Trata-se de direito fundamental e dever do estado de atendimento das neces-
sidades humanas básicas ou essenciais, com o fim de prover os mínimos sociais a
qualquer pessoa que precisar.
Assim como na saúde, a competência legislativa e administrativa para tratar
desse assunto é, respectivamente, concorrente e comum entre União, estados, Distrito
Federal e municípios (art. 23, II, IX e X; art. 24, XIV e XV; art. 30, I e II, CF/1988).
O ramo da Previdência Social está previsto no art. 40 (Regime Próprio de Pre-
vidência Social dos Servidores – RPPS), nos arts. 42, §§ 1º e 2º, e 142, X (Regime
Próprio de Previdência Social dos Militares, que é uma subespécie de Regime Próprio),
no art. 201 (Regime Geral de Previdência Social – RGPS), no art. 202 (Previdência
Complementar), todos da Constituição Federal, além das regras permanentes e de
transição previstas no corpo da EC nº 103/2019 – Reforma da Previdência (bloco
de constitucionalidade).
A legislação infraconstitucional básica é a seguinte:
1. O Decreto nº 3.048/1999 – Regulamento da Previdência Social (RPS) recentemente passou por ampla e relevante
revisão através do Decreto nº 10.410/2020, que, dada a sua amplitude, tem sido chamado de “Novo Regulamento da
Previdência Social”. O Decreto nº 10.410/2020 atualiza o Regulamento em razão de mudanças legislativas ocorridas,
inclusive a EC nº 103/2019 – Reforma da Previdência, encampa entendimentos jurisprudenciais sedimentados
na matéria e moderniza o funcionamento da Previdência Social em muitos aspectos que são tipicamente tratados
em nível infralegal.
Como todos os entes, em alguma medida, legislam sobre o tema, diz-se que, sob uma ótica global,
a competência legislativa é concorrente.
Observa-se que existe uma gradação de exigências para o acesso aos diferentes
ramos da Seguridade Social. Essas exigências são crescentes, conforme se trate de
saúde, assistência social e Previdência Social.
Para ter direito à saúde pública, basta precisar, isto é, basta haver uma contin-
gência (necessidade de tratamento preventivo ou curativo). Não é necessário cumprir
requisitos legais, ter qualidade de segurado nem contribuir.
Para fazer jus a uma prestação da assistência social pública é preciso haver uma
contingência (necessidade social elementar) e, além disso, cumprir os requisitos le-
gais para gozo do benefício ou do programa social. Não é necessário ter qualidade
de segurado nem contribuir.
Para acessar a Previdência Social, exige-se uma contingência (incapacidade
laboral efetiva ou presumida), o cumprimento de requisitos legais (requisitos dos
benefícios ou serviços), ter qualidade de segurado junto ao respectivo regime de
Previdência Social e, via de regra, ter contribuído para esse regime. No modelo
brasileiro, a nota da contributividade é inerente (embora de maneira não absoluta)
à Previdência Social, e somente a ela.
Seguridade Social – graduação de exigências
Saúde Assistência Previdência
– Requisitos Requisitos
– – Qualidade de segurado
– – Contribuições
2. PRINCÍPIOS
com alíquotas diferenciadas, para atender aos trabalhadores de baixa renda, inclusive
os que se encontram em situação de informalidade, e àqueles sem renda própria
que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência,
desde que pertencentes a famílias de baixa renda (art. 201, § 12, CF/1988, na reda-
ção da EC nº 103/2019 – Reforma da Previdência). Outro exemplo é a previsão
da existência do segurado facultativo do RGPS (art. 13, PBPS), o qual, não fosse tal
disposição, estaria excluído da proteção previdenciária. Pode-se lembrar, ainda, dos
sucessivos acordos internacionais celebrados pelo Brasil em matéria previdenciária,
viabilizando o reconhecimento do tempo de contribuição prestado por brasileiros
em outros países signatários.
Princípio da uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às po-
pulações urbanas e rurais:
Trata-se de uma derivação do princípio da isonomia (art. 5º, caput e I, CF/1988).
Deve haver cobertura equivalente por parte da Seguridade Social às populações
urbanas e rurais, sem distinção de relevância/importância, ressalvada a desigualação dos
desiguais (igualdade material) do ponto de vista da estruturação/organização da sociedade.
Veda-se a discriminação negativa entre trabalhadores urbanos e rurais pelo
simples critério pessoal ou geográfico. As distinções de tratamento possíveis são
apenas aquelas que sejam justificadas constitucionalmente como forma de imprimir
igualdade material aos individuais em situações desiguais.
Por exemplo: não se pode limitar o acesso ao SUS para populações rurais de
determinada região. No entanto, é cabível um direcionamento ou uma especialização
do serviço de saúde em vista das peculiaridades de determinada região (endemias,
perfil populacional etc.). Ou ainda: não é possível, com base em critério pessoal,
pagar benefícios menores a trabalhadores urbanos ou rurais. Contudo, é lícito um
redutor etário na aposentadoria por idade dos trabalhadores rurais, dadas as carac-
terísticas próprias do cotidiano laboral sacrificado dos rurícolas.
Princípio da seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços:
A seletividade é um limitador da universalidade de cobertura, voltado, sobre-
tudo, ao legislador, visando escolher os riscos merecedores de proteção diante da
finitude econômica de recursos (reserva do possível).
Os requisitos em geral dos benefícios assistenciais e previdenciários são previstos
em função da necessária seletividade dentro do universo de potenciais contingências
sociais a serem cobertas e de beneficiários a usufruírem dessas prestações.
A distributividade, voltada especialmente ao administrador e ao julgador, visa
concretizar a justiça social, a igualdade material e a desconcentração de riquezas a
partir dos critérios de seletividade.
A previsão de concessão de benefício assistencial, no valor de um salário míni-
mo, ao idoso ou ao deficiente que sejam considerados miseráveis, sem possibilidade
de se sustentarem ou de serem sustentados por sua família (art. 203, V, CF/1988),
é manifestação da distributividade. Na mesma linha, lembra-se da concessão de
salário-família e auxílio-reclusão apenas, respectivamente, a segurados e dependentes
de baixa renda (art. 201, IV, CF/1988).
Nominal Real
Saúde
Previdência Social
Assistência social
A Constituição prevê, ainda, que a lei poderá instituir outras contribuições so-
ciais destinadas a garantir a manutenção ou expansão da Seguridade Social, desde
que obedecidos os critérios para criação de impostos residuais da União (art. 195,
§ 4º, CF/1988).
No âmbito do RGPS, a Lei nº 8.212/1991 prevê um rol de outras receitas de
financiamento da Seguridade Social para além dos orçamentos e das contribuições
(arts. 11, III, e 27).
A EC nº 103/2019 – Reforma da Previdência acrescentou ao art. 194, VI, da
CF/1988 a previsão de que o princípio da diversidade da base de financiamento
deverá operar identificando-se, em rubricas contábeis específicas para cada área, as
receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social,
preservado o caráter contributivo da previdência social. Não é suficiente o orçamento
diferenciado da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vin-
culados (art. 165, §5º, III, CF/1988); é preciso que, dentro dessa peça orçamentária,
haja segregação contábil do orçamento de cada segmento da seguridade.
Princípio do caráter democrático e descentralizado da administração:
O princípio do caráter democrático e descentralizado da administração se dá
mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos emprega-
dores, dos aposentados e do Governo nos órgãos públicos colegiados em que seus
interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.
Trata-se de uma derivação do art. 10 da CF/1988, segundo o qual: “É asse-
gurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de
discussão e deliberação”.
A Lei nº 8.213/1991 (PBPS) criou o Conselho Nacional de Previdência Social
(CNPS), órgão superior de deliberação colegiada, com os seguintes membros (art. 3º):
seis representantes do Governo Federal e nove representantes da sociedade civil, sendo
três representantes dos aposentados e pensionistas, três representantes dos trabalhadores
em atividade e três representantes dos empregadores. Note-se que, acerca do princípio
em comento, o art. 194, parágrafo único, VII, da Constituição não prevê assento aos
pensionistas, o que somente foi feito pelo legislador ordinário. O Decreto nº 4.874/2003
criou os Conselhos de Previdência Social (CPS), unidades descentralizadas do CNPS
que funcionam no âmbito das Gerências Executivas do INSS.
A Lei nº 8.742/1993 (Lei Orgânica da Assistência Social) preconiza que as
instâncias deliberativas do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), de caráter
permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, são o Conselho
Nacional de Assistência Social (CNAS), os Conselhos Estaduais de Assistência Social,
o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal e os Conselhos Municipais de
Assistência Social (art. 16).
O CNAS é composto por 18 membros e respectivos suplentes, cujos nomes são
indicados ao órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação
da Política Nacional de Assistência Social, de acordo com os seguintes critérios:
nove representantes governamentais, incluindo um representante dos estados e um
dos municípios; nove representantes da sociedade civil, dentre representantes dos
usuários ou de organizações de usuários, das entidades e organizações de assistência
social e dos trabalhadores do setor, escolhidos em foro próprio sob fiscalização do
Ministério Público Federal (art. 17, § 1º, Lei nº 8.742/1993).
Por último, na saúde, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) foi criado pela
Lei nº 378/1937, tendo como atribuição assessorar o então Ministério da Educação
e Saúde, em conjunto com o Conselho Nacional de Educação. A Lei nº 8.142/1990
instituiu os conselhos e as conferências de saúde como instrumentos do controle
social, com a participação dos diversos segmentos da sociedade, ao lado do governo,
no acompanhamento e na definição de políticas públicas de saúde. Nessa ótica de
participação da sociedade, o Decreto nº 99.438/1990 criou o novo CNS, com base
nos princípios e diretrizes do SUS, cuja disciplina consta, atualmente, do Decreto
nº 5.939/2006. Esse novo CNS congrega diversos segmentos da sociedade: são 48
(quarenta e oito) conselheiros titulares com seus suplentes, representantes de entida-
des e instituições dos segmentos governo, prestadores de serviços privados de saúde,
profissionais de saúde e usuários (art. 3º, Decreto nº 5.939/2006).
Recorde-se que a Medida Provisória nº 1.799-5/1999 extinguiu o Conselho
Nacional da Seguridade Social (CNSS), que era composto por representantes do
governo, dos trabalhadores, dos aposentados e dos empresários, tendo a atribuição
1. NOÇÕES GERAIS
são exclusivos dos dependentes, ao passo que os demais benefícios são exclusivos
dos segurados.
Serviços Serviço social
Dependen- (devidos aos segurados
ou aos dependentes) Reabilitação profissional
tes têm
direito a... Benefícios Pensão por morte
(exclusivos dos dependentes) Auxílio-reclusão
3. CLASSES DE DEPENDENTES
1. P.ex. MARTINEZ, Wladimir Novaes. Comentários à Lei Básica da Previdência Social. 4. ed. São Paulo: LTr, 1997, t. II, p.
137.
Classes de dependentes
Classe 1 Classe 2 Classe 3
– Cônjuge ou companheiro (inclui o homoafetivo); – Pais. – Irmãos não emancipados
– Ex-cônjuge ou ex-companheiro (inclui o homoa- menores de 21 anos ou in-
fetivo); válidos ou deficientes.
– Filho não emancipado menor de 21 anos ou invá-
lido ou deficiente;
– Equiparados a filhos: enteado e melhor tutelado.
Dependência presumida, salvo duas exceções: Dependência Dependência comprovada
– Ex-cônjuge e ex-companheiro comprovada
– Equiparados a filhos
5. MEMBROS DA CLASSE 1
Diz o art. 16, I, do PBPS, na redação dada pela Lei nº 13.146/2015, que são
beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes
do segurado, o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado,
de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave. Em complemento, o art. 76,
§2º, do PBPS dita que o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato
que recebia pensão de alimentos concorrerá em igualdade de condições com os
dependentes referidos no inciso I do art. 16.
Decompondo as previsões legais, são dependentes na primeira classe (a mais
relevante):
do PBPS, na redação da Lei nº 9.528/1997 e o art. 33, §3º, do ECA. O que deveria
prevalecer? A redação original do ECA, de 1990, ou a reforma do PBPS, de 1996?
O STJ (REsp. nº 1.411.258/RS, tema 732 dos recursos repetitivos) julgou que de-
veria prevalecer o ECA sobre a modificação legislativa promovida na lei geral da
previdência social, em nome dos princípios da vedação do retrocesso, da proteção
integral e da prioridade absoluta da criança e do adolescente (art. 227, CF/1988).
Pelo referido precedente vinculante, calcado no art. 33, §3º, do ECA, o menor sob
guarda seria dependente previdenciário no RGPS, mesmo após a reforma de 1996.
A matéria foi, então, analisada pelo STF nas ADIs 5083 e 4878, que, em linha com
o que já julgado pelo STJ, conferiu interpretação conforme ao § 2º do art. 16 da Lei
nº 8.213/1991, para contemplar, em seu âmbito de proteção, o menor sob guarda;
entendeu-se por conferir prevalência à norma protetiva específica do ECA sobre a
lei geral previdenciária, a fim de dar concretude à previsão constitucional de abso-
luta prioridade à criança e ao adolescente quanto ao gozo de direitos, sobretudo os
sociais, como o previdenciário.
Resta saber como compatibilizar o novo art. 23, § 6º, da EC nº 103/2019 –
Reforma da Previdência com a interpretação conferida pelas Cortes Superiores ao
art. 16, § 2º, da Lei nº 8.213/1991.
O tema 732/STJ ficou parcialmente superado com a nova disposição contida
no art. 23, § 6º, da EC nº 103/2019 – Reforma da Previdência, que excluiu menor
sob guarda da condição de dependente previdenciário no RGPS para fins de rece-
bimento da pensão por morte. A exclusão “para fins de recebimento da pensão por
morte”, como dito, implica igual exclusão para o recebimento de auxílio-reclusão,
que é devido e pago nas mesmas condições da pensão. No entanto, por força do
tema 732/STJ e do ECA, o menor sob guarda continua sendo considerado como
dependente para outros fins previdenciários, como, por exemplo, para viabilizar o
recebimento de salário-família pelo segurado de baixa renda com encargos fami-
liares (na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados; art. 65, caput,
PBPS) e para compor o núcleo familiar do segurado especial (art. 11, §6º, PBPS).
Apesar de essa parecer ser a interpretação mais razoável à luz da literalidade
da legislação vigente e de precedente qualificado na jurisprudência, o Decreto nº
10.410/2020, ao alterar o Regulamento da Previdência Social, equiparou a filhos,
exclusivamente (e sem restringir essa menção ao acesso à pensão por morte), o
enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica (art.
16, §3º, RPS).
Os pedidos formulados nas ADIs 5083 e 4878, por sua vez, não contempla-
ram a redação do art. 23 da EC nº 103/2019, razão pela qual não se procedeu à
verificação da constitucionalidade do dispositivo. No entanto, consta obiter dictum
do voto vencedor do Min. Edson Fachin, redator do acórdão, segundo o qual “[d]e
toda sorte, os argumentos veiculados na presente manifestação são em todo aplicá-
veis ao art. 23 referido”. Em suma, quanto a enquadramento do menor sob guarda,
o cenário jurídico posterior ao advento da EC nº 103/2019 – Reforma da Previ-
dência não está pacificado e provavelmente será objeto de novos pronunciamentos
pelas Cortes Superiores.