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Conceito
A doença ocupacional é equiparada ao acidente de trabalho, e é dividida em
duas espécies estando previstos nos incisos I e II do art. 20 da Lei nº 8.213/91.
Inciso I: “doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva
relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.”; Inciso II:
“doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione
diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.”
Portanto, como bem quisto, a doença ocupacional ocorre de atividade
exercida no ambiente de trabalho, ou seja, no local em que o empregado exerce sua
função, tendo em vista que a enfermidade vai se alastrando de forma silenciosa e
lenta. Além disso, a doença ocupacional possui semelhança com a doença do
trabalho, no tocante ao ambiente de trabalho, entretanto, a doença ocupacional se
desenvolve por uma atividade específica, já a doença do trabalho é por qualquer
atividade, não importando a profissão. Para melhor entendimento, há de se
mencionar a conceituação de doença profissional e doença do trabalho, pelo ilustre
doutrinador Sebastião Geraldo de Oliveira:
“A doença profissional é aquela peculiar a determinada atividade ou profissão,
também chamada de doença profissional típica, tecnopatia ou ergopatia. O exercício
de determinada profissão pode produzir ou desencadear certas patologias, sendo
que, nesta hipótese, o nexo causal com a atividade é presumido. (Oliveira,
Sebastião Geraldo de; Indenizações por acidente do trabalho ou doença
ocupacional, 2014, p. 51)”
“Por outro lado, a doença do trabalho, também chamada mesopatia ou
doença profissional at1pica, apesar de igualmente ter origem na atividade do
trabalhador, não está vinculada necessariamente a esta ou aquela profissão.
(Oliveira, Sebastião Geraldo de; Indenizações por acidente do trabalho ou doença
ocupacional, 2014, p. 51-52)”
Ainda, ressalte-se, que na doença profissional se presume o nexo de
causalidade, bastando a comprovação da profissão com atividade exercida. Já na
doença do trabalho tem que haver a comprovação do nexo de causalidade, ou seja,
nessa espécie de doença ocupacional não existe nenhuma hipótese de presunção.
As doenças ocupacionais mais comuns são: O escrevente que adquiriu
tendinite, o soldador que desenvolveu catarata, o auxiliar de limpeza que sofre com
LER (mais comum), o trabalhador que levanta peso e sofre com problemas de
coluna.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm
https://www.jornalcontabil.com.br/o-que-e-doenca-ocupacional/
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-previdenciario/acidente-de-trabalho-
doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho/
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-171/a-relacao-entre-o-assedio-moral-e-
o-surgimento-de-doencas-ocupacionais-no-ramo-do-telemarketing/
Oliveira, Sebastião Geraldo de; Indenizações por acidente do trabalho ou doença
ocupacional/Sebastião Geraldo de Oliveira. – 8.ed. ver., ampl e atual. - São Paulo:
LTr, 2014.