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SUMÁRIO

1. Introdução...................................................................... 3
2. Anatomia e Fisiologia da Mama............................ 3
3. Avaliação da Mama.................................................... 5
4. Alterações gerais e Sintomatologia..................... 8
5. Exames Complementares ....................................11
6. Etiologias......................................................................14
7. Carcinomas.................................................................16
Referências bibliográficas..........................................25
DOENÇAS DAS MAMAS 3

1. INTRODUÇÃO em decorrência das campanhas anu-


ais, muitas mulheres têm buscado os
As doenças das mamas compõem
serviços ambulatoriais para prevenir
um amplo espectro de acometimen-
ou até mesmo com medo do câncer
tos tanto benignos quanto malignos
de mama (CA de mama).
e que costumam levar as mulhe-
res a procurar atendimento médico Com isso, as patologias da mama
em decorrência, principalmente, das podem ser classificadas em benig-
queixas de: mastalgia (dor mamá- nas, tumor filoides (benigno ou ma-
ria), nódulos palpáveis, descarga ligno) e carcinomas sendo as be-
papilar (saída de secreção do ma- nignas mais comuns nas mulheres
milo com apresentações diversas). pré-menopausadas e as malignas
Além disso, atualmente, sobretudo nas pós-menopausadas.

MAPA MENTAL. PATOLOGIAS DA MAMA.

PATOLOGIAS
DA MAMA

BENIGNAS TUMOR FILOIDES CARCINOMAS

• Cistos • Ductal in situ


• Fibroadenoma • Benigno • Lobular in situ
• Doença mamária • Maligno • Invasivos: câncer de
proliferativa benigna mama

2. ANATOMIA E ramificação extensa dos ductos e de-


FISIOLOGIA DA MAMA senvolvimento dos lóbulos, porém,
a diferenciação final da mama é
Antes da puberdade a mama femi-
dada pela atuação da prolactina e
nina ainda é considerada “rudimen-
progesterona no momento em que
tar” com poucos ramos de ductos e
a primeira gestação se completa.
lóbulos pequenos. Somente na pu-
É durante o período reprodutivo que
berdade que, através da atuação do
tais estruturas mamárias ficam mais
estrogênio e progesterona, ocorre
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sensíveis aos hormônios ovarianos e Cada lóbulo é formado por ácinos


prolactina. produtores de leite que drenam para
A porção glandular da mama pos- pequenos ductos terminais, estes
sui um conjunto (aproximadamente convergem e formam ductos de maior
12-15) de sistemas de ductos inde- calibre. Vale ressaltar que, a maioria
pendentes sendo que cada um des- das doenças benignas e malignas
tes drena para os lóbulos mamários. da mama surgem nas estruturas
ácino-ducto terminal.

Figura 1. Anatomia da mama (Fonte: WILLIAMS, 2014).

No que tange o aspecto epitelial ex- Glândulas de Montgomery nas aréolas


terno da mama, aproximadamente que consistem em glândulas sebáceas
6-8 papilas costumam ser visíveis na lubrificantes vistas como proeminên-
superfície do mamilo, as quais dre- cias pontuais na mama. Estroma colá-
nam os sistemas de canais dominan- geno e gordura também compõem a
tes responsáveis pelo volume glandu- mama em distribuições variadas, o que
lar da mama. Além disso, no período confere diversidade na consistência e
gestacional, é possível perceber as características externas das mamas.
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Um aspecto importante das mamas 3. AVALIAÇÃO DA MAMA


diz respeito à sua drenagem linfáti-
O exame físico da mama é dividido
ca. A drenagem aferente é realizada
em estático e dinâmico ambos de-
pelos sistemas dérmico, subdérmico,
vendo ser feitos com a paciente des-
interlobar e pré-peitoral os quais se
pida da cintura para cima na maca. A
interconectam e drenam para linfo-
inspeção estática deve ser feita com
nodos axilares (linfonodos sentine-
a paciente sentada, com isso obser-
las). Por receberem a maior parte da
va-se: volume e formas das mamas,
drenagem linfática da mama, os lin-
presença de abaulamentos, retrações
fonodos axilares costumam estar
ou lesões em pele e mamilos. Na ins-
envolvidos nas metástases por CA
peção dinâmica é possível realizar
de mama.
algumas manobras que estimulam a
elevação da mama bem como contra-
CONCEITO! Linfonodo sentinela é ção dos músculos peitorais, buscando
aquele primeiro linfonodo invadido por
um câncer em expansão, a biópsia des-
identificar a presença de retrações ou
te é fundamental nos tumores iniciais da acentuações das alterações detecta-
mama (onde não há comprometimento das na inspeção estática.
clínico da axila), pois permite avaliar o
“status axilar”. Fonte: Manual de Gine- A palpação é uma etapa fundamen-
cologia da Sociedade de Ginecologia e tal, a qual muitas vezes é prejudica-
Obstetrícia de Brasília, 2017 da pelas características individuais da
mama relativas a proporção de teci-
dos glandulares e gordurosos. É im-
portante examinar a mama por com-
pleto: superiormente até a clavícula,
inferiormente até o limite inferior das
costelas, medialmente até o esterno e
lateralmente até a linha axilar média.
No que diz respeito à mama em si,
enquanto uma das mãos do exami-
nador estabiliza a mama a outra deve
exercer uma pressão variável como
forma de perceber melhor a textu-
ra, realizando movimentos verticais
com o dedo em posição perpendi-
cular em relação a mama (etapa “G”
Figura 2. Drenagem linfática da mama (Fonte: http://
www.belezain.com.br/estetica/linfonodo.asp)
da imagem abaixo). Ao identificar
uma massa é preciso caracterizar
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bem a lesão identificada quanto à: palpação do nódulo ao palpar um lin-


forma, tamanho, consistência, mo- fonodo este deve ser descrito o quan-
bilidade e sensibilidade. Vale ressal- to for possível.
tar que, a palpação da região axilar e A expressão papilar deve ser reali-
supraclavicular deve ser minuciosa na zada quando há queixa de descarga
busca por linfonodos palpáveis nes- papilar espontânea como forma de ob-
tas regiões, da mesma forma que na servar as características da secreção.

Figura 3. Exame físico das mamas. A: Inspeção estática; B/C/D: Manobras de inspeção dinâmica; E: Palpação da axila;
F/G: Palpação da mama (Fonte: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/
doen%C3%A7as-mam%C3%A1rias/avalia%C3%A7%C3%A3o-das-doen%C3%A7as-mam%C3%A1rias)

Um adendo importante dentro des- da sua mama e pode sinalizar o


te tópico diz respeito ao autoexame quanto antes ao seu médico possí-
das mamas. Este seguramente é um veis alterações que podem acarretar
auxílio no diagnóstico precoce de em uma antecipação do diagnóstico.
CA de mama, uma vez que a mulher Além disso, a difusão do hábito do
que realiza regularmente o autoexa- autoexame promove uma sensibi-
me passa a conhecer as estruturas lização do público feminino para
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o problema dos tumores de mama, intensidades leve, média e forte com


aumentando a conscientização de a ponta dos dedos fazendo um movi-
que pode haver resolução para os mento de “vai e vem perpendicular”
mesmos. por toda a mama. Além disso, as pa-
É importante que o profissional de cientes devem ser instruídas a relatar
saúde reforce a técnica do autoexa- ao médico que lhe acompanha quais-
me e evidencie a importância de que quer anormalidades ou alterações
todo o perímetro da mama seja exa- percebidas ao exame. Abaixo, uma
minado e palpado com pressões de imagem ilustra como deve ser feito o
autoexame.

Figura 4. Autoexame das mamas (Fonte: FEBRASGO, 2011)

Como algumas mulheres acabam fi- banho onde há privacidade e com au-
cando ansiosas com a realização do xílio da água e sabão que melhoram a
autoexame, recomenda-se que parte sensibilidade. Desenvolver uma roti-
dele seja realizado no momento do na para o autoexame é fundamental,
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podendo realizar o mesmo 1 vez ao ou intermitente, podendo ter como


mês, devendo ocorrer 7 dias após causa desde um cisto simples até um
o início do ciclo menstrual para câncer de mama. Porém, vale ressal-
mulheres pré-menopausadas e em tar que apenas 2-7% das pacientes
qualquer período do mês para pós- com CA de mama apresentam a dor
-menopausadas (escolher uma data como primeiro sintoma.
fixa no mês ajuda a não esquecer de
realizar o exame).
Mastite

4. ALTERAÇÕES GERAIS As mastites são processos infec-


E SINTOMATOLOGIA ciosos que ocorrem no tecido ma-
mário, podendo ocorrer durante a
Algumas queixas são comumente re- gravidez e o puerpério (mastite puer-
latadas por mulheres nos seus atendi- peral) ou não puerperais. A infecção
mentos em saúde. Por isso, cabe aqui puerperal tem como principal agente
explicitar um pouco das principais etiológico o Staphylococcus aureus,
ressaltando que as mesmas podem costumando está associada a forma-
estar associadas a etiologias diver- ção de abscessos.
sas, sejam elas malignas ou benignas.
A mastite puerperal costuma ser agu-
da, caracterizada por eritema e calor
Mastalgia difuso, aumento do volume mamário,
podendo apresentar sinais de in-
A mastalgia ou dor mamária é defi- fecção sistêmica associada, como:
nida como uma dor com origem na febre, mal-estar, mialgia e leucoci-
mama podendo ser uni ou bilateral, tose. O tratamento é realizado com
focal ou difusa, constante ou inter- antibióticos sendo o mais utilizado a
mitente. É uma queixa mais comum Cefalexina 500mg, via oral, 12/12h
na mulher pós-menopausa do que por sete dias, não sendo necessária
nas mais jovens e pode ser classifica- a suspensão da amamentação. Ha-
da como cíclica ou acíclica. vendo a formação de abscessos, além
Chama-se cíclica aquela mastalgia do tratamento medicamentoso, reco-
relacionada ao ciclo menstrual de menda-se a drenagem do mesmo.
caráter bilateral, difusa e mais inten- A mastite não puerperal costuma
sa ao final da fase lútea. Esta tende a ter evolução lenta, ser redicivan-
cessar com o início da menstruação e tes, surgir em surtos e muitas vezes
pode ter seus sintomas aliviados com sequer percebida por infecções agu-
medicações sintomáticas. Já a acícli- das. O tratamento consiste em tratar
ca costuma ser focal e constante
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desde uma infecção subjacente até infecção ou malignidade subjacen-


diagnósticos mais complicados que te. No entanto, quando a descarga
exigem o apoio de um especialista. papilar tem coloração de “água de ro-
Neste caso, deve-se realizar o diag- cha” deve-se pensar em papiloma in-
nóstico diferencial com CA de mama traductal ou carcionoma causando tal
inflamatório. sintomatologia. O papiloma intraduc-
tal é um acometimento benigno e é
responsável pela maioria das causas
Descarga papilar de descarga papilar patológica, este
A descarga pilar também é uma quei- papiloma nada mais é do que pólipos
xa muito comum entre as mulheres, simples no ducto lactífero.
estas, podem ser percebidas por saída
espontânea ou por expressão manual
da mama. Com isso, é possível obter
líquido por expressão dos ductos ma-
milares, em até 40% das mulheres na
pré-menopausa e em 74% daquelas
que tenham amamentado nos últi-
mos 2 anos. Aquela que são obtidas Figura 5. Fluxo papilar. A: fluxo multiductal, colora-
ção branca, esverdeada e marrom. B: fluxo uniductal
apenas após expressão, são consi- e hemorrágico (Fonte: https://dicasdadoutora.com.
deradas fisiológicas e, portanto, não br/2019/02/20/fluxo-papilar/).

merecem avaliação adicional. Porém,


quando se trata de uma descarga
A avaliação de uma descarga pato-
espontânea esta deve ser conside-
lógica (espontânea/uniductal/se-
rada patológica devendo-se proce-
rosa/hemorrágica) deve proceder
der com investigação adicional.
com análise do material da descarga
O líquido pode apresentar colora- o qual deve ser colocado em lâmina
ção diversa: leitoso, verde ou mar- para análise citológica. Apesar de
rom (aspecto de “água de rocha”). 25% das citologias serem acelulares,
A descarga espontânea leitosa ou a identificação de células malignas
galactorreia pode ter inúmeras possui alta correlação com a presen-
causas: gravidez e puerpério, uso de ça de câncer. Após o exame físico e
alguns medicamentos, hipotireoidis- coleta de material indica-se proceder
mo, hiperprolactinemia, processos a investigação de uma descarga pa-
neoplásicos em diversos sítios, etc. tológica, por meio de exame de ima-
A cor esverdeada está relaciona- gem geral como a mamografia asso-
da a presença de substâncias liga- ciado a exame de imagem específico
das ao colesterol o que não sugere como análise dos ductos mamários
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e ultrassonografia periareolar. O tra-


tamento definitivo é a excisão do
ducto subareolar, o qual é realizado
em mulheres com descarga patoló-
gica ou naquelas pacientes que após
tratamento específico continuam a
queixar-se da descarga.

Figura 6. Descarga patológica de mamilo. A: Ducto-


grafia apresentando ductos dilatados e falha de en-
chimento (seta). B: Ultrassonografia periareolar com
massa intraductal (dentro do círculo amarelo) (Fonte:
WILLIAMS, 2014).

ALGORITMO DESCARGA PAPILAR

DESCARGA
PAPILAR

Apenas por expressão Espontânea

Positiva para sangue oculto Ducto simples Ductos múltiplos

Tranquilizar a
paciente Descarga Histórico de
PATOLÓGICA: medicações
Sanguínea, serosa +
ou positiva para Testes: BetahCG,
sangue oculto Prolactina, TSH

Hiperprolacti-
Mamografia Hipotiroidismo Gravidez
nemia
+
USG periareolar
ou ductografia ou
ductoscopia Reposição Tranquilizar a
RM cerebral
hormonal paciente

Excisão do ducto subareolar


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5. EXAMES A ultrassonografia (USG) é um méto-


COMPLEMENTARES do diagnóstico complementar à MMG
uma vez que esta última possui limi-
A mamografia (MMG) é o principal
tações diagnósticas quando se trata
método de imagem utilizado no diag-
de uma mama mais densa (comum
nóstico das doenças mamárias, sen-
em mulheres jovens). Com isso, a
do a primeira escolha para investiga-
USG deve ser realizada de modo
ção de diversas alterações clínicas. É
complementar à MMG em: mulhe-
realizada por meio de uma radiografia
res de alto risco, para diferenciar
realizada no mamógrafo. Sua especi-
lesões císticas de sólidas e em ma-
ficidade varia entre 94-97% e sensi-
mas densas de mulheres jovens (<
bilidade 61-89%.
35 anos) e grávidas.
A ressonância magnética (RM) é
um método considerado mais sen-
sível e específico do que a MMG
podendo ser utilizada quando as le-
sões não são bem vistas na MMG ou
USG, no entanto, possui alto custo e
grande quantidade de resultados fal-
so-positivos. Pode ser realizada com
e sem contraste de gadolínio.
Os resultados das imagens usadas
no diagnóstico de doenças mamárias
devem ser classificados de acordo
com o Sistema de Banco de Dados e
de Relatórios de Imagem das Mamas
Figura 7. Mamografia (Fonte: Sociedade Brasileira de ou BI-RADS 6 (visto abaixo). Classifi-
Mastologia, s/a).
cações de BI-RADS ≥5 são altamen-
te sugestivas de malignidade e mais
de 95% são cancerosas. Logo, quan-
to menor sua classificação, menor sua
chance de evoluir para malignidade.
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CATEGORIAS
INTERPRETAÇÃO CONDUTAS EXEMPLOS
BIRADS
Avaliação adicional por Assimetria focal, microcalcifica-
0 Inconclusivo imagem ou comparação com ções ou massa identificada em
exames anteriores. MMG de rastreio
Gordura e tecido fibroglandular
1 Sem alteração Rastreamento normal
normais
2 Benigno Rastreamento normal Cistos, calcificações
Controle radiológico a cada 6
3 Provavelmente benigno meses no 1º ano e anualmente Fibroadenoma
nos 2 anos seguintes
Suspeito
Cisto complicado, massas com
Grau de suspeição baixo
4 (A, B, C) Biópsia margens indistintas, calcifica-
(A), intermediário (B) ou
ções pleomórficas
alto (C)
Massa espiculada, calcificações
5 Sugestivo de malignidade Biópsia
lineares e ramificações finas
Confirmação histológica
de câncer
6 Tratamento _
(Biópsia conhecida, ma-
lignidade comprovada)

Tabela 1. Categorias BI-RADS, classificação, condutas e exemplos (Fonte: Tratado de Medicina de Família, 2019;
WILLIAMS, 2014).

Outro recurso bastante utilizado é a antes do procedimento de excisão da


biópsia a qual pode ser por Punção massa, pois a análise do fragmen-
Aspirativa com Agulha Fina (PAAF) to retirado auxilia no planejamento
que permite análise citológica ou a cirúrgico.
biópsia por agulha grossa que auxilia
na análise histológica. Ambos os mé-
SE LIGA! Na investigação das doenças
todos complementam o exame físico mamárias, o exame clínico pode estar
e os exames de imagem na avaliação associado a exames de imagem e bióp-
de uma massa mamária. A PAAF de- sia. A isso se chama de teste triplo. Um
teste triplo concordante benigno possui
mora menor tempo para sua realiza-
99% de acurácia podendo os nódulos
ção e tem um custo reduzido, no en- serem acompanhados com exame clíni-
tanto, tem menor probabilidade de ter co a cada 6 meses. No entanto, quan-
um diagnóstico específico costuman- do uma das avaliações (exame clínico,
MMG e/ou USG+ biópsia) apresenta re-
do ter amostras insuficientes o que sultado sugestivo de malignidade, o nó-
dificulta as vezes a diferenciação do dulo deve ser excisionado independente
tipo de lesão. Vale ressaltar que, pre- do resultado das outras avaliações.
ferencialmente, a biópsia é realizada
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MAPA MENTAL – AVALIAÇÃO DAS MAMAS.

Auxílio no diagnóstico Principal método


Mulher alto risco
precoce de CA mama de imagem

Realizar 1x/mês Complementar com


Lesões císticas e sólidas
7 dias após o ciclo menstrual ou uma data fixa para “menopausadas” Ultrassom/RM

Profissionais de saúde devem reforçar a técnica do BI-RADS (análise para Jovens < 35 anos e
autoexame todos exames de imagem) gestantes

Inspeção diante Palpação durante o AVALIAÇÃO 4: Suspeito ≥ 5:


Sugestivo de malignidade
do espelho. Elevar e banho (com água + DAS MAMAS
abaixar os braços. sabão) e deitada

Principais queixas e
Inspeção Estática e alterações
Dinâmica

Palpação de todo Caracterizar bem


perímetro Massas e linfonodos (tamanho, forma, consistência,
mobilidade, sensibilidade)

Dedo perpendicular a mama, movimentos Cíclica: relação com fase


verticais e pressão variável lútea do ciclo
Mastalgia
Acíclica: investigar pode ser
1º sinal de CA mama

Puerperal: tratar infecção.


Não parar amamentação
Mastites
Não puerperal: fazer diferencial
com CA inflamatório

Descarga papilar Patológica: espontânea,


uniductal, serosa, hemorrágica
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6. ETIOLOGIAS biópsia por agulha grossa. Os cistos


complexos apresentam septações
Alterações Funcionais Benignas
ou massas intracísticas que geral-
da Mama (AFBM)
mente é um papiloma, mas pode tam-
Estas alterações referem-se a altera- bém ser um tumor intracístico, sendo
ções benignas funcionais que ocor- a recomendação a excisão de todos
rem em diferentes fases da vida da os cistos complexos.
mulher. Neste grupo estão alguns
dos sinais e sintomas que já tratamos
acima como as mastalgias e o derra-
me papilar. Além destes, está incluído
nas AFBM os cistos.
Cistos costumam ocorrer em mulhe-
res na perimenopausa, possuindo
tamanhos variáveis com conteúdo
também variável (líquido/sólido, cor
amarelo-esverdeado ou sanguino-
lenta). Podem ocasionar dor pela dis-
tensão dos tecidos adjacentes, bem
como costuma causar medo nas mu-
lheres. Além disso, são classificados
através da USG em simples, compli-
cado e complexo.
Os simples possuem margem de-
finida e reforço acústico posterior
ao exame de USG, não exigindo tra-
tamento ou monitoramento especí-
fico, a não ser que a paciente refira
dor o que indica a necessidade da
aspiração do conteúdo. Os compli-
cados apresentam ecos internos à
USG devido a presença de resíduos
(debris celulares, proteínas, sangue,
etc.) e costumam ser difíceis de dis- Figura 8. Cistos mamários. Da esquerda para direi-
ta: cisto simples, cisto complicado e cisto complexo
tinguir de massas sólidas, portanto, (Fonte: WILLIAMS, 2014; https://slideplayer.com.br/
todos devem ser aspirados; caso a slide/12292498/)
PAAF não resolva a anormalidade ul-
trassonográfica deve-se realizar uma
DOENÇAS DAS MAMAS 15

Fibroadenoma Clinicamente apresenta-se como um


nódulo de crescimento rápido e pro-
É o tumor benigno mais frequente em
gressivo, de consistência fibroelás-
mulheres em idade em idade repro-
tica, móvel, lobulado com margens
dutiva (antes dos 30 anos), apresen-
bem definidas e indolor. Em alguns
tando-se como nódulo móvel, bem
casos, devido ao seu conteúdo he-
delimitado de crescimento lento e
morrágico, com áreas de fibrose e ca-
em 15% dos casos chega a ser múl-
vidades císticas, pode se apresentar
tiplo. Este tumor apresenta natureza
com maiores dimensões e consistên-
hiperplásica com componentes tan-
cia heterogênea.
to do estroma, quanto do epitélio e,
por conta deste componente epitelial, Os tumores benignos têm tendência
apesar do fibroadenoma ser uma le- a crescer de modo agressivo e podem
são benigna o risco para câncer de recidivar, enquanto que os malignos
mama é de 3%. em 25% dos casos metastatizam
para pulmões, ossos, fígado e linfono-
A conduta recomendada para mu-
dos. O tratamento sempre é cirúrgico
lheres de até 35 anos com tumor va-
e consiste na remoção com margens
riando entre 2,5-3cm é realizar exa-
de tecido sadio adjacente de 1-2cm
me clínico e de imagem, assim como
para evitar recidivas.
a PAAF. Caso seja um BIRADS 2 ou
3 deve-se prosseguir com as condu-
tas respectivas para cada uma destas Doença Mamária
classificações. Proliferativa Benigna
A maioria das alterações proliferati-
Tumor Filoides vas da mama desenvolvem-se nos
É um tumor benigno fibroepitelial, si- ductos terminais e nos ácinos dos
milar ao fibroadenoma, por possuir lóbulos, de modo que, a proliferação
componente tanto estromal quanto de células epiteliais resulta em ductos
do epitélio. Porém, é raro represen- terminais ou ácinos com várias cama-
tando menos de 1% dos tumores das de células sendo as alterações
mamários e costuma ocorrer na faixa chamadas de hiperplasia ductal ou
etária de 35-55 anos. Possui tam- lobular, respectivamente. Quando
bém uma apresentação maligna que esse processo evolui e começam a
diferencia-se da benigna por pos- surgir atipias celulares o que leva
suir margens infiltradas, hipercelu- às condições de hiperplasia ductal
laridade do estroma com atipias e e lobular atípicas.
alto índice de mitoses.
DOENÇAS DAS MAMAS 16

Ambas são proliferações neoplá- mastectomia profilática bilateral.


sicas que acarretam em risco de O acompanhamento deve ser reali-
cerca de 4,5 de desenvolver CA de zado com exames clínicos e mamo-
mama, já que quanto mais os ductos grafia duas vezes ao ano seguido de
e ácinos ficam envolvidos por aque- rastreio com ressonância magnética,
las proliferações de atipias estes pas- este último exame, sobretudo, para
sam a caracterizar o carcinoma ductal buscar cânceres lobulares infiltrantes
e lobular in situ. Alguns estudos já que não ficam tão evidentes nas ima-
mostram um risco aumentado para gens mamográficas.
o carcinoma invasivo quando se tra-
ta da hiperplasia ductal atípica, apre-
sentando que entre 3,7% a 22% das Figura 9. Carcinoma lobular in situ (Fonte: https://
www.cancer.gov/espanol/publicaciones/diccionario/def/
mulheres com esta patologia podem carcinoma-lobulillar-in-situ).
vir a desenvolver carcinoma invasivo
no período de 8,3 anos.
Carcinoma Ductal in situ:
A hiperplasia ductal atípica deve ser
tratada cirurgicamente de modo se- Nesta patologia, as células cancero-
melhante ao tratamento do carcinoma sas preenchem o sistema de ductos
ductal in situ sendo que, quando esta mamários sem invadir locais além da
hiperplasia é diagnosticada em mulher membrana basal destes, essas célu-
com mutação no BRCA deve-se reali- las acumulam diversas alterações de
zar mastectomia como profilaxia para DNA comuns ao câncer de mama in-
o CA de mama. Quanto a hiperplasia vasivo essas não conseguem sobre-
lobular atípica, esta deve ser tratada viver fora dos ductos. O carcinoma
como o carcinoma lobular in situ. ductal in situ é considerado câncer
de mama estádio 0. Na maior parte
das vezes é diagnosticado por mamo-
7. CARCINOMAS grafia de rastreamento e frequente-
Carcinoma Lobular in situ: mente está associado a calcificações
pleomórficas, lineares ou ramificadas.
Este não é tradicionalmente visto
como percussor do câncer de mama, Quando não tratado, este carcinoma
mas sim como um marcador de risco pode recidivar localmente e, em 50%
aumentado (cerca de 1%/ano). Por ter dos casos, as recorrências estão as-
como característica multifocal e bila- sociadas ao carcinoma invasivo. O
teral, sua excisão torna-se difícil e por tratamento principal do carcinoma
isso não costuma ser realizada, sendo ductal in situ é a excisão da lesão
as opções de tratamento o reforço com margem negativa, sendo em al-
na vigilância, quimioprevenção ou guns casos de maior extensão é reco-
mendada a mastectomia total.
DOENÇAS DAS MAMAS 17

Figura 10. Carcinoma ductal in situ. Na esquerda: Carcinoma ductal in situ (Fonte: https://visualsonline.cancer.gov/de-
tails.cfm?imageid=9312). Na direita: calcificações lineares e ramificadas (Fonte: WILLIAMS, 2014).
DOENÇAS DAS MAMAS 18

MAPA ETIOLOGIAS PATOLOGIAS MAMÁRIAS

Aspirar! Realizar excisão!

Simples: margem definida + Complicados: ecos internos Complexos: septações ou


reforço acústico posterior (presença de resíduos) massas intracísticas

CISTOS

FIBROADENOMA DMPB

Tumor benigno + frequente antes dos 30 anos Hiperplasia Ductal Atípica


Risco aumentado
para CA mama
Nódulo móvel, bem delimitado Hiperplasia Lobular Atípica

TUMOR FILOIDES CARCINOMAS LOBULAR: marcador de risco


aumentado para CA

DUCTAL: considerado CA
Raro, idade 35-55 anos In situ mama estádio 0.

Forma maligna: margens infiltradas + atipias Invasivos: CA de mama 80% DUCTAL INVASIVO
15% LOBULAR INVASIVO
DOENÇAS DAS MAMAS 19

Câncer de Mama
Dos cânceres que afetam as mamas,
97% são primários e 3% são metás-
tases de outros sítios, sendo o car-
cinoma ductal invasivo o mais co-
mum (80%) seguido do carcinoma
lobular invasivo (15%). Esta é a ne-
oplasia maligna mais incidentes em
mulheres no mundo sendo que no
Brasil, em 2019, foram 59.700 no-
vos casos o que representa 29,5%
dos cânceres em brasileiras, excetu-
ando o câncer de pele não melanoma.
Em 2016, foram 16.069 mortes de
mulheres secundário ao CA de mama
apesar das estimativas de sobrevida
em cinco anos estarem aumentando,
fatores relacionados ao conhecimen-
to da doença, acesso aos métodos
diagnósticos e tratamentos resultam Figura 11. Fatores de risco e proteção para câncer de
mama (Fonte: INCA, 2019).
na chegada de mulheres aos serviços
de saúde em estágios mais avança-
dos, piorando o prognóstico. Algumas estratégias de prevenção
[BOX SE LIGA: Aproximadamente têm sido estimuladas como forma
50% dos cânceres de mama acon- de atuar precocemente nos fatores
tece em mulheres entre 50-64 anos, de risco, bem como alertando a po-
30% naquelas acima dos 70 anos e pulação, sobretudo, a população fe-
menos de 1% nas mulheres com ida- minina quanto aos sinais que devem
de inferior a 25 anos (FEBRASGO, servir de alerta para buscar um mé-
2010) ] dico. Além disso, através da Campa-
nha Anual do “Outubro Rosa”, tem se
Com isso, é possível elencar alguns
gerado uma conscientização e enten-
fatores de risco e proteção para esse
dimento da população acerca do cân-
tipo de câncer que vem sendo apre-
cer de mama. Dentro da dinâmica do
sentados em diversos estudos:
“Outubro Rosa” está a investigação
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oportuna de lesões suspeitas e o ras- SE LIGA! A recomendação de rastrea-


mento para o câncer de mama do Minis-
treamento através de MMG. O Mi- tério da Saúde não é a única. A Socieda-
nistério da Saúde recomenda ofer- de Brasileira de Mastologia, a Federação
ta de MMG para mulheres 50- 69 Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e
anos a cada 2 anos. o Colégio Brasileiro de Radiologia orien-
tam que o rastreio seja feito a partir dos
40 anos, anualmente.

Figura 12. Níveis de prevenção de CA de mama segundo história natural da doença (FEBRASGO, 2010).

Para além das formas de avaliação da quantificar receptores de estrogênio


mama já citadas (teste triplo = exame (RE) e progesterona (RP) e o recep-
clínico+ radiológico+ biópsia), o pa- tor do fator de crescimento epidér-
drão molecular do tumor de mama mico humano tipo 2 (HER2). Além
também é possível ser avaliado como disso, dois genes de suscetibilidade
forma de prever a resposta a terapias ao câncer de mama estão envolvidos
específicas, bem como o prognósti- na estabilidade do DNA foram iden-
co da doença. Neste caso, pode ser tificados com mutações que podem
realizada imuno-histoquímica para levar tanto ao CA de mama, como ao
DOENÇAS DAS MAMAS 21

de ovário que são os genes BRCA1 e efeitos dos tratamentos. Cada pa-
BRCA2. Vale ressaltar que, somente ciente é classificado quanto seu está-
10% dos casos de CA de mama são dio clínico e patológico, sendo o está-
atribuídos a fatores hereditários cor- dio clínico baseado nas informações
relacionados aos genes BRCA1 e 2. clínicas e radiológicas, enquanto que
Diante da confirmação do CA de o estádio patológico é realizado com
mama, é fundamental realizar o es- base nas medidas do tumor e avalia-
tadiamento do mesmo para plane- ção dos linfonodos. O estadiamen-
jamento do tratamento, previsão to cirúrgico é realizado com base
de resultados e comparação dos no TNM (T: tumor, N: linfonodos, M:
metástase).

Figura 13. Estadiamento do tamanho do tumor de mama (Fonte: SGOB, 2017).

A escolha do tratamento dependerá possibilidades de tratamento ci-


de: perfil da paciente, estadiamen- rúrgico englobam as mastectomias
to do tumor, fatores de risco em re- simples ou radical ou poupadora de
lação ao tumor, fatores prognósticos pele, adenomastectomia (preserva o
do tumor e relação tumor/mama. As complexo areolomamilar). Além da
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abordagem cirúrgica, é possível reali- ser realizada nas cirurgias conser-


zar tratamento adjuvante com hor- vadoras (mastectomia com tumor
monioterapia quando o tumor pos- > 5cm e/ou comprometimento axi-
sui receptores hormonais positivos, lar), já a quimioterapia está indica-
com o Tamoxifeno na pré-menopau- da para os CA avançados e nos de
sa ou Inibidor da aromatase na pós- mal prognóstico molecular, de todo
-menopausa. A radioterapia deve modo, o tratamento com quimio deve
ser individualizado.

SAIBA MAIS!
Aproximadamente 67% dos cânceres de mama são receptores hormonais positivos. Suas
células têm receptores que se ligam aos hormônios estrogênio e/ou progesterona. Para esses
cânceres, altos níveis de estrogênio ajudam as células cancerosas a crescerem e se dissemi-
narem. Existem diversos tipos de hormonioterapia, que usam maneiras diferentes de evitar
que o estrogênio “ajude o câncer a crescer”. A maioria dos tipos de terapia hormonal para
câncer de mama diminuem os níveis de estrogênio ou impedem o estrogênio de atuar sobre
as células cancerígenas da mama. O Tamoxifeno, por exemplo, bloqueia os receptores de es-
trogênio nas células do câncer de mama. Já os Inibidores da Aromatase atuam reduzindo os
níveis de estrogênio no organismo, uma vez que para mulheres na menopausa o estrogênio
ainda é produzido pela enzima aromatase no tecido adiposo. A terapia hormonal pode ser
realizada antes da cirurgia (terapia neoadjuvante), após a mesma (terapia adjuvante) ou até
mesmo para tratar recidiva da doença ou quadros avançados.
Fonte: Instituto Oncoguia, 2017. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/
hormonioterapia-para-cancer-de-mama/1404/265/

O gráfico abaixo mostra as diversas e radioterapia), seguido da associa-


modalidades de tratamento e seus ção com o tratamento sistêmico (qui-
usos nos diferentes estádios do CA mioterapia e hormonioterapia). Já nos
de mama no período de 2013-2015. estádios de I a III o tratamento combi-
Como pode-se perceber, em se tra- nado foi mais utilizado, enquanto que
tando de tumores in situ (estádio 0) no estádio IV foram mais utilizados
prevaleceu o tratamento local (cirurgia o tratamento sistêmico, seguido dos
combinados.
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Gráfico 1. Proporção de casos de câncer de mama feminina por estádio de doença e tipo de tratamento utilizado
(Fonte: INCA, 2019).

O prognóstico depende de inúmeros distância, sendo maior o risco quanto


fatores, dentre eles pode-se ressaltar maior for o diâmetro do tumor. As mu-
que é pior quando se trata de mulheres tações dos genes BRCA1/2 também
na pré-menopausa e obesas, sendo relacionam-se com o prognóstico,
que em mulheres < 35 anos os tumo- uma vez que estes elevam o risco
res são mais agressivos. A condição de desenvolvimento de câncer ao
axilar é o fator mais importante de longo da vida, chegando a 85% aos
prognóstico, pois quanto maior o 70 anos de idade, sendo fatores de
número de linfonodos comprome- mau prognóstico e preditivos de má
tidos, maior o potencial de metas- resposta à terapia adjuvante.
tização. Já o tamanho do tumor está
mais relacionado à recidiva local e à
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MAPA CANCER DE MAMA

DIAGNÓSTICO:
Exame Clínico Mamografia para
Exames de Imagem mulheres entre 50-69
Biópsia anos a cada 2 anos
29,5% dos cânceres Imuno-histoquímica (receptores (Ministério da Saúde)
em brasileiras (exceto hormonais e HER2)
de pele não melanoma)

FATORES DE RISCO:
• Histórico familiar
• Diagnóstico histopatológico ESTADIAMENTO (T N M):
de lesão proliferativa com Planejamento do tratamento
atipia ou neoplasia lobular in Previsão de resultados
situ. Comparação após tratamento
• Excesso de peso corporal e
ingesta de bebida alcoólica.

TRATAMENTO:
Cirúrgico (mastectomias,
FATORES DE PROTEÇÃO adenomastectomia)
• Amamentação Hormonioterapia receptores
• Atividade física hormonais + Radioterapia
Quimioterapia
casos avançados
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ginecologia de Williams, 2. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: AMGH, 2014.
Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática [recurso ele-
trônico], 2. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019. 2 v.
Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília, Brasília: Edito-
ra Luan Comunicação , 2017.
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de Orientação
Mastologia, 2010.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. A situação do câncer de mama no
Brasil: síntese de dados dos sistemas de informação. / Instituto Nacional de Câncer José
Alencar Gomes da Silva. – Rio de Janeiro: INCA, 2019.
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