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1. Introdução...................................................................... 3
2. Anatomia e Fisiologia da Mama............................ 3
3. Avaliação da Mama.................................................... 5
4. Alterações gerais e Sintomatologia..................... 8
5. Exames Complementares ....................................11
6. Etiologias......................................................................14
7. Carcinomas.................................................................16
Referências bibliográficas..........................................25
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PATOLOGIAS
DA MAMA
Figura 3. Exame físico das mamas. A: Inspeção estática; B/C/D: Manobras de inspeção dinâmica; E: Palpação da axila;
F/G: Palpação da mama (Fonte: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/
doen%C3%A7as-mam%C3%A1rias/avalia%C3%A7%C3%A3o-das-doen%C3%A7as-mam%C3%A1rias)
Como algumas mulheres acabam fi- banho onde há privacidade e com au-
cando ansiosas com a realização do xílio da água e sabão que melhoram a
autoexame, recomenda-se que parte sensibilidade. Desenvolver uma roti-
dele seja realizado no momento do na para o autoexame é fundamental,
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DESCARGA
PAPILAR
Tranquilizar a
paciente Descarga Histórico de
PATOLÓGICA: medicações
Sanguínea, serosa +
ou positiva para Testes: BetahCG,
sangue oculto Prolactina, TSH
Hiperprolacti-
Mamografia Hipotiroidismo Gravidez
nemia
+
USG periareolar
ou ductografia ou
ductoscopia Reposição Tranquilizar a
RM cerebral
hormonal paciente
CATEGORIAS
INTERPRETAÇÃO CONDUTAS EXEMPLOS
BIRADS
Avaliação adicional por Assimetria focal, microcalcifica-
0 Inconclusivo imagem ou comparação com ções ou massa identificada em
exames anteriores. MMG de rastreio
Gordura e tecido fibroglandular
1 Sem alteração Rastreamento normal
normais
2 Benigno Rastreamento normal Cistos, calcificações
Controle radiológico a cada 6
3 Provavelmente benigno meses no 1º ano e anualmente Fibroadenoma
nos 2 anos seguintes
Suspeito
Cisto complicado, massas com
Grau de suspeição baixo
4 (A, B, C) Biópsia margens indistintas, calcifica-
(A), intermediário (B) ou
ções pleomórficas
alto (C)
Massa espiculada, calcificações
5 Sugestivo de malignidade Biópsia
lineares e ramificações finas
Confirmação histológica
de câncer
6 Tratamento _
(Biópsia conhecida, ma-
lignidade comprovada)
Tabela 1. Categorias BI-RADS, classificação, condutas e exemplos (Fonte: Tratado de Medicina de Família, 2019;
WILLIAMS, 2014).
Profissionais de saúde devem reforçar a técnica do BI-RADS (análise para Jovens < 35 anos e
autoexame todos exames de imagem) gestantes
Principais queixas e
Inspeção Estática e alterações
Dinâmica
Figura 10. Carcinoma ductal in situ. Na esquerda: Carcinoma ductal in situ (Fonte: https://visualsonline.cancer.gov/de-
tails.cfm?imageid=9312). Na direita: calcificações lineares e ramificadas (Fonte: WILLIAMS, 2014).
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CISTOS
FIBROADENOMA DMPB
DUCTAL: considerado CA
Raro, idade 35-55 anos In situ mama estádio 0.
Forma maligna: margens infiltradas + atipias Invasivos: CA de mama 80% DUCTAL INVASIVO
15% LOBULAR INVASIVO
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Câncer de Mama
Dos cânceres que afetam as mamas,
97% são primários e 3% são metás-
tases de outros sítios, sendo o car-
cinoma ductal invasivo o mais co-
mum (80%) seguido do carcinoma
lobular invasivo (15%). Esta é a ne-
oplasia maligna mais incidentes em
mulheres no mundo sendo que no
Brasil, em 2019, foram 59.700 no-
vos casos o que representa 29,5%
dos cânceres em brasileiras, excetu-
ando o câncer de pele não melanoma.
Em 2016, foram 16.069 mortes de
mulheres secundário ao CA de mama
apesar das estimativas de sobrevida
em cinco anos estarem aumentando,
fatores relacionados ao conhecimen-
to da doença, acesso aos métodos
diagnósticos e tratamentos resultam Figura 11. Fatores de risco e proteção para câncer de
mama (Fonte: INCA, 2019).
na chegada de mulheres aos serviços
de saúde em estágios mais avança-
dos, piorando o prognóstico. Algumas estratégias de prevenção
[BOX SE LIGA: Aproximadamente têm sido estimuladas como forma
50% dos cânceres de mama acon- de atuar precocemente nos fatores
tece em mulheres entre 50-64 anos, de risco, bem como alertando a po-
30% naquelas acima dos 70 anos e pulação, sobretudo, a população fe-
menos de 1% nas mulheres com ida- minina quanto aos sinais que devem
de inferior a 25 anos (FEBRASGO, servir de alerta para buscar um mé-
2010) ] dico. Além disso, através da Campa-
nha Anual do “Outubro Rosa”, tem se
Com isso, é possível elencar alguns
gerado uma conscientização e enten-
fatores de risco e proteção para esse
dimento da população acerca do cân-
tipo de câncer que vem sendo apre-
cer de mama. Dentro da dinâmica do
sentados em diversos estudos:
“Outubro Rosa” está a investigação
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Figura 12. Níveis de prevenção de CA de mama segundo história natural da doença (FEBRASGO, 2010).
de ovário que são os genes BRCA1 e efeitos dos tratamentos. Cada pa-
BRCA2. Vale ressaltar que, somente ciente é classificado quanto seu está-
10% dos casos de CA de mama são dio clínico e patológico, sendo o está-
atribuídos a fatores hereditários cor- dio clínico baseado nas informações
relacionados aos genes BRCA1 e 2. clínicas e radiológicas, enquanto que
Diante da confirmação do CA de o estádio patológico é realizado com
mama, é fundamental realizar o es- base nas medidas do tumor e avalia-
tadiamento do mesmo para plane- ção dos linfonodos. O estadiamen-
jamento do tratamento, previsão to cirúrgico é realizado com base
de resultados e comparação dos no TNM (T: tumor, N: linfonodos, M:
metástase).
SAIBA MAIS!
Aproximadamente 67% dos cânceres de mama são receptores hormonais positivos. Suas
células têm receptores que se ligam aos hormônios estrogênio e/ou progesterona. Para esses
cânceres, altos níveis de estrogênio ajudam as células cancerosas a crescerem e se dissemi-
narem. Existem diversos tipos de hormonioterapia, que usam maneiras diferentes de evitar
que o estrogênio “ajude o câncer a crescer”. A maioria dos tipos de terapia hormonal para
câncer de mama diminuem os níveis de estrogênio ou impedem o estrogênio de atuar sobre
as células cancerígenas da mama. O Tamoxifeno, por exemplo, bloqueia os receptores de es-
trogênio nas células do câncer de mama. Já os Inibidores da Aromatase atuam reduzindo os
níveis de estrogênio no organismo, uma vez que para mulheres na menopausa o estrogênio
ainda é produzido pela enzima aromatase no tecido adiposo. A terapia hormonal pode ser
realizada antes da cirurgia (terapia neoadjuvante), após a mesma (terapia adjuvante) ou até
mesmo para tratar recidiva da doença ou quadros avançados.
Fonte: Instituto Oncoguia, 2017. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/
hormonioterapia-para-cancer-de-mama/1404/265/
Gráfico 1. Proporção de casos de câncer de mama feminina por estádio de doença e tipo de tratamento utilizado
(Fonte: INCA, 2019).
DIAGNÓSTICO:
Exame Clínico Mamografia para
Exames de Imagem mulheres entre 50-69
Biópsia anos a cada 2 anos
29,5% dos cânceres Imuno-histoquímica (receptores (Ministério da Saúde)
em brasileiras (exceto hormonais e HER2)
de pele não melanoma)
FATORES DE RISCO:
• Histórico familiar
• Diagnóstico histopatológico ESTADIAMENTO (T N M):
de lesão proliferativa com Planejamento do tratamento
atipia ou neoplasia lobular in Previsão de resultados
situ. Comparação após tratamento
• Excesso de peso corporal e
ingesta de bebida alcoólica.
TRATAMENTO:
Cirúrgico (mastectomias,
FATORES DE PROTEÇÃO adenomastectomia)
• Amamentação Hormonioterapia receptores
• Atividade física hormonais + Radioterapia
Quimioterapia
casos avançados
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ginecologia de Williams, 2. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: AMGH, 2014.
Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática [recurso ele-
trônico], 2. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019. 2 v.
Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília, Brasília: Edito-
ra Luan Comunicação , 2017.
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de Orientação
Mastologia, 2010.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. A situação do câncer de mama no
Brasil: síntese de dados dos sistemas de informação. / Instituto Nacional de Câncer José
Alencar Gomes da Silva. – Rio de Janeiro: INCA, 2019.
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