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Guia Bitcoin para Novatos

Elaborado por: Luciano Rocha


Distribuído por: Lynx Coaching
Financeiro
Introdução

O Bitcoin é o grande assunto do momento em termos de tecnologia e de


investimentos. Nos últimos dias, a moeda digital figurou no mínimo entre os
três assuntos mais pesquisados no Google. A grande procura pela moeda fez
com que o seu preço decolasse, chegando a dobrar de valor apenas no mês de
maio.

Com a alta procura, é natural que o interesse das pessoas sobre esse ativo
cresça no mesmo passo. Porém, o Bitcoin é um ativo extremamente novo
(possui menos de 10 anos de existência) e ainda possui pouco material que
trate de forma adequada sobre a moeda.

Quando passamos para o Brasil, então, a coisa piora de nível. Temos


pouquíssimos textos e livros sobre o tema que sejam genuinamente
brasileiros, criados para o ponto de vista de mercado do nosso país. Por esses
motivos, é comum vermos pessoas– muitas delas de alto gabarito–
transmitindo desinformações para o público em geral, classificando o Bitcoin
como um "golpe" ou como "moeda do crime". Além disso, sempre existem
aqueles mais desonestos que se aproveitam da moeda para dar golpes e
prometer lucros astronômicos e irreais.

Pensando nisso, a Lynx Coaching Financeiro tratou de elaborar um guia


detalhado sobre o Bitcoin, mostrando como a moeda funciona, quais os seus
principais usos, como comprar, vender e armazenar bitcoins de forma prática
e segura.
Por que o guia?
A Lynx entende que a ascensão da tecnologia das moedas digitais é uma
tendência irreversível no curso da história humana.

As possibilidades trazidas pelo surgimento das criptomoedas permitem que


mais e mais pessoas possam ser inseridas no mercado mundial de transações
eletrônicas. Antes disso, a única forma de uma pessoa realizar essas
transações era tendo uma conta bancária e utilizando os serviços de bancos,
como Caixa Econômica, Santander e Itaú. Porém, isso nem sempre é fácil.
Segundo um estudo realizado pelo instituto Data Popular, em 2015, cerca de
40% da população brasileira não possui conta em banco, seja conta corrente
ou poupança. E isso apesar do crescimento do processo de bancarização.

A nível mundial, os números também não são animadores. Uma pesquisa do


Banco Mundial estima que cerca de 2 bilhões de pessoas– 38% da população
mundial - não possuem conta bancária. Em países como a Índia, tal
porcentagem pode chegar a 80%, o que mostrou ser uma enorme
desvantagem quando, no início de 2017, o governo indiano determinou o fim
da circulação das notas de 500 e 1000 rúpias, as de maior valor no país, e
imediatamente puniu milhões de pessoas que não possuíam contas em banco
e, por isso, perderam toda sua poupança (em muitos casos, acumulada
durante anos).

O processo de abertura de uma conta bancária pode, dependendo do país, ser


um verdadeiro fardo financeiro. A exigência de uma grande quantidade de
documentos, altos valores de entrada, e as altas taxas cobradas pelos serviços
dos bancos desestimulam os mais pobres a ingressarem na rede bancária. É
esse o problema que o bitcoin vem solucionar, ao oferecer uma grande
facilidade de entrada (qualquer pessoa pode criar uma carteira online), pelos
seus benefícios financeiros (as transações são muito mais baratas do que os
bancos, e praticamente não existem taxas) e pela abrangência do mercado (é
possível enviar bitcoins de forma instantânea para qualquer lugar do mundo,
não importa onde a pessoa esteja).

Portanto, acreditamos que as vantagens oferecidas pelo Bitcoin vieram para


trazer mais opções para as pessoas poderem armazenar e transferir valores, o
que tende a aumentar a qualidade dos serviços prestados pela rede bancária e,
subsequentemente, diminuir os custos dos serviços. Uma concorrência que
veio para ficar.

São dois os objetivos desse guia: o primeiro é oferecer uma história resumida
do bitcoin e de seu surgimento, conectando com o surgimento da nova classe
de criptoativos e das oportunidades que ela trouxe para o desenvolvimento de
novos modelos de negócio, novas profissões, empresas e mercados. O
segundo objetivo– o qual é demonstrado na última seção deste guia - é
fornecer uma compilação de materiais de primeira categoria para o estudo
daqueles que desejam aprender sobre esse novo mercado. Todos os materiais
e pessoas aqui listados possuem seus perfis de conhecimento público e
contribuíram de maneira sem igual para o desenvolvimento do mercado de
negociação, educação e disseminação de criptomoedas no Brasil.

Juntar esses materiais e disponibilizá-los em um só local é a contribuição


dada pela Lynx Coaching Financeiro para disseminar conhecimento para os
que iniciam nessa trajetória de ganhos financeiros e de conhecimento.

1) O que é Bitcoin?

O Bitcoin pode – e geralmente é - considerado como uma moeda que existe


apenas no mundo da internet, ou seja, uma moeda digital. Muitos o colocam
como a primeira moeda digital a existir no mundo, embora outras moedas
tenham existido antes dela. Portanto, podese afirmar que o Bitcoin é a
primeira moeda digital descentralizada do mundo, uma moeda que não
possui um emissor ou controlador central.

A moeda é emitida através de uma rede chamada Blockchain, uma rede de


registro de informações que também é descentralizada e totalmente pública
(qualquer pessoa tem acesso a todas as transações efetuadas na rede). O
banco de dados do Blockchain é um dos maiores que existem no mundo
online, e também um dos mais seguros - até hoje nunca foi violado ou
hackeado.

2) O surgimento do Bitcoin

O Bitcoin surgiu, em termos teóricos, em outubro de 2008, quando um ilustre


desconhecido chamado Satoshi Nakamoto publicou em um fórum digital um
artigo (paper) intitulado Bitcoin: A Peer to Peer Electronic Cash System (o
qual está disponível na seção 11 deste guia). Esse paper continha informações
sobre uma nova moeda digital, criada por Nakamoto, chamada Bitcoin. Até
hoje ninguém sabe quem é Satoshi Nakamoto, se esse é seu verdadeiro nome
ou mesmo se é uma pessoa ou um grupo.

O contexto de surgimento da moeda foi a eclosão da crise financeira mundial,


em setembro de 2008, cujo ápice foi a quebra do banco Lehman Brothers, um
dos principais bancos dos Estados Unidos. A crise mostrou, entre outras
coisas, a fragilidade do sistema financeiro atual, especialmente quando os
pacotes de "estímulo à economia", os chamados Quantitative Easing,
começaram a ser derramados pelo governo americano, o que causou uma alta
inflação monetária no país, e transferiu dinheiro para dezenas de grandes
empresários - que acabaram sendo recompensados pelos seus erros, ao invés
de falirem.

O Bitcoin, portanto, surgiu como um conceito de moeda que seja totalmente


estável, livre de pressões e influências políticas e lobby de grupos de pressão
(o bloco-gênese da moeda continha uma manchete de jornal anunciando a
quebra do banco Lehman Brothers, o estopim da crise). A moeda tornou-se a
primeira do seu tipo a ser emitida de forma totalmente centralizada, sem a
coordenação de nenhum banco central, gerida exclusivamente por uma rede
de pessoas que provavelmente não se conheciam nem nunca se viram, mas
que colaboram para manter a rede em pleno funcionamento.

3) O Bitcoin foi a primeira moeda digital?

A ideia da criação de uma moeda digital não era uma novidade em 2008.
Ainda na década de 1990 foram feitas tentativas de criar um dinheiro que
funcionasse de forma totalmente digital. Os principais exemplos foram a
DigiCash e a E-gold, ambas criadas com o objetivo de ter uma moeda cujo
poder de compra fosse estável e que facilitasse as transações realizadas ao
redor do mundo.

Infelizmente, essas moedas possuíam muitas falhas e defeitos, sendo os


principais deles o problema do gasto duplo e o risco da contraparte, ambas
corrigidas pela criação do bitcoin.
3.1) Gasto duplo
Gasto duplo é o problema de gastar duas vezes a mesma moeda. Para
exemplificar isso, podemos usar como exemplo o envio de um e-mail.

Quando enviamos um e-mail para uma pessoa, ficamos com uma cópia desse
e-mail salva em nossa caixa, na parte de e-mails enviados. Ao mesmo tempo
que o destinatário recebe a mensagem que enviamos para ele, e ele também
pode enviar uma cópia dela para qualquer pessoa que desejar, em qualquer
lugar do mundo. Ou seja, um simples e-mail pode ser enviado várias vezes
para várias pessoas, de maneira praticamente infinita.

Agora imagine esse mesmo processo acontecendo com o dinheiro. Uma


simples unidade monetária que pode ser enviada, transferida, emprestada e
gasta de várias maneiras imagináveis, de forma infinita.

Naturalmente, uma moeda que tivesse tal "benefício" não seria segura nem
aceita pela maioria da população. Era o caso da DigiCash e da E-gold: elas
não resolviam o problema do gasto duplo e corriam o risco de ter a mesma
unidade de dinheiro sendo gasta mais de uma vez, pela mesma pessoa. Isso
não traz nenhuma segurança no uso da moeda, consequentemente reduzindo
drasticamente o seu valor e poder de compra.

3.2) Risco da contraparte


O risco da contraparte é uma expressão usada para designar o risco de uma
pessoa que contraiu emprestada ou que custodia determinada soma de
dinheiro não honrar com a sua parte.

Como exemplo, podemos usar um depósito bancário. Quando depositamos


dinheiro em um banco, nosso dinheiro automaticamente passa a ficar sob
responsabilidade daquele banco, que cobra algumas taxas em troca de manter
o dinheiro guardado em segurança. Porém o banco não está livre de riscos.
Ele pode ser assaltado, pode sofrer um ataque hacker e perder todas as suas
reservas, ou pode até mesmo falir, deixando os seus clientes sem ter acesso
ao seu dinheiro de forma temporária ou mesmo permanente. Esses são os
riscos da contraparte.

Tanto a DigiCash quanto a E-gold possuíam uma gestão centralizada, com


um servidor central que poderia ser tomado por governos ou hackers em
algum ataque, os quais poderiam destruir ou roubar a moeda com relativa
facilidade.
3.3) O Bitcoin
O Bitcoin eliminou totalmente esses dois problemas.

Cada unidade da moeda digital é única; não existe um Bitcoin igual a outro
dentro da rede. Portanto, o gasto duplo torna-se praticamente impossível de
ocorrer, pois uma vez que um usuário transfere seus bitcoins para outro
usuário, ele transferiu a posse e propriedade daquela unidade de forma
integral. O Bitcoin transferido para a ser do novo destinatário, enquanto o
remetente e proprietário anterior fica sem a moeda física, sem nenhuma cópia
dela.

Isso não apenas eliminou o problema do gasto duplo, como também


introduziu no mundo digital um conceito que já existia no mundo real: a
escassez. Como explicado no exemplo do gasto duplo, qualquer arquivo
enviado pela internet permanece em posse do usuário que o enviou, ficando o
destinatário com uma cópia. Isso significa que, na prática, a escassez não
existia no mundo virtual. O Bitcoin mudou essa tendência e tornou-se o
primeiro bem digital da história a ser considerado realmente escasso, sob o
qual poderia ser exercido um verdadeiro direito de propriedade.

O bitcoin também acabou por completo com a necessidade do risco da


contraparte para o armazenamento da moeda. Falaremos disso na seção 7.
4) A Blockchain e como funciona
O Bitcoin é a moeda, ou token, que alimenta uma rede de registro de
transações chamada Blockchain.

A Blockchain funciona basicamente como um grande livro-razão da internet.


Esse livro tem a capacidade de registrar praticamente qualquer coisa. Além
de transações financeiras, ela pode ser usada para registro de títulos de
propriedade, marcas, patentes, músicas, livros e até mesmo casamentos e
nascimentos.

O livro-razão da Blockchain é dividido em blocos, cada um deles possuindo


cerca de 1 megabyte (MB) de tamanho. São nesses blocos que as transações
são registradas e conferidas pelos mineradores da rede.

Para que a transação seja confirmada, é preciso que uma determinada


quantidade de mineradores verifique a sua veracidade para que ela seja
registrada no bloco da rede (daí o nome Blockchain, que significa cadeia de
blocos). Em média a cada 10 minutos, um bloco é conferido e registrado na
Blockchain, e os responsáveis pelo registro das transações daquele bloco são
recompensados com bitcoins.

Caso um bloco chegue ao seu limite de 1MB, ele fica com as transações
lotadas. Nesse caso, as transações que ficaram pendentes serão registradas no
bloco subsequente.

Embora as transações realizadas na Blockchain não sejam associadas a um


nome ou número de documento pessoal, isso não significa que elas sejam
totalmente anônimas. Por ser um livro público, qualquer pessoas pode ver
quais transações foram realizadas, quando e quais foram os endereços
envolvidos nela. O Blockchain pode ser considerado pseudônimo, apesar de
não ser anônimo.

5) Como são gerados os Bitcoins


O processo de geração de novos bitcoins na rede se dá através de um
processo chamado mineração, uma referência ao processo de mineração do
ouro.

A mineração do Bitcoin é basicamente um processo de quebra de códigos e


registros de informações nos blocos da Blockchain. Como citado no ponto 4,
os mineradores são os responsáveis pela aprovação das transações de cada
bloco (um bloco pode conter dezenas de transações, até alcançar o limite
máximo de 1MB). Para realizar esse processo, os mineradores se utilizam de
computadores específicos para esse fim. Esses computadores ficam ligados
24 horas por dia, 7 dias por semana, e tem como única função usar a
matemática para decifrar os códigos responsáveis pela confirmação das
transações.

Assim que um bloco é preenchido por completo, ele é confirmado e enviado


para a Blockchain. Em seguida, o sistema verifica qual minerador foram
responsáveis pala aprovação das transações daquele bloco. Feito isso, ele
libera a recompensa em bitcoins, que será enviada para o minerador
responsável por ter validado o bloco de transações.

Portanto, o processo de mineração funciona mais ou menos como uma


loteria, no qual a máquina que chegar primeiro ao resultado do bloco recebe a
recompensa. Isso significa que, quanto mais poder de mineração uma pessoa
tiver, maior a probabilidade de ela obter a recompensa do bloco, assim como
aumenta a probabilidade de acertar na Mega Sena de acordo com a
quantidade de apostas realizadas, mantendo a analogia.

Entretanto, hoje o processo tornou-se muito caro para ser feito


individualmente por uma só pessoa. Por isso que surgiram as pools (piscinas)
de mineração. Uma pool é o nome dado a um local onde dezenas de
máquinas são agrupadas e trabalham no processo. Essas máquinas geralmente
pertencem a várias pessoas, que se reuniram para minerar nessa pool. Quando
uma das máquinas dali encontra o bloco, a recompensa é distribuída para
todas as máquinas, proporcionalmente a participação de cada uma em termo
de poder de processamento.

Esse processo de mineração compartilhada possui a grande vantagem de


divisão dos lucros e da dificuldade de mineração. Embora a recompensa do
bloco seja dividida, o trabalho também o é, tornando mais fácil achar o bloco.
Isso dá a cada detentor das máquinas uma renda passiva mais constante e,
consequentemente, um lucro maior no longo prazo.

5.1) Recompensa do bloco


A recompensa do bloco é a quantidade de bitcoins que é emitida pelo sistema
a cada vez que um bloco é totalmente minerado.

Essa recompensa é programada pelo sistema do Blockchain desde que este


começou a funcionar, sendo impossível alterá-la ou modificá-la de qualquer
maneira que seja. Ela é paga por bloco e dividida entre os mineradores que
confirmaram as transações de cada um deles.

O sistema corta essa recompensa pela metade a cada período de quatro anos,
em um processo chamado de halving. Logo no início do Bitcoin, a
recompensa por bloco era de 50 bitcoins. No último halving, ocorrido em
julho de 2016, a recompensa chegou a 12,5 bitcoins por bloco, e cairá sempre
pela metade até que todos os bitcoins sejam minerados.

O próximo halving esta previsto para ocorrer em julho de 2020.


5.2) O lastro do bitcoin
Muita gente tem a dúvida sobre qual é o lastro do Bitcoin. Uma vez que a
moeda não é gerida por uma entidade central, quem garante a sua segurança e
o seu valor?

Primeiro, é importante destacar que no sistema financeiro atual não há


nenhuma moeda com lastro. Real, dólar, euro, nenhuma delas possui lastro
em ouro ou qualquer outro metal desde 1971, quando o presidente americano
Richard Nixon acabou com o que restava do padrão-ouro. Desde então, o
"lastro" dessas moedas tem sido a confiança em seus governos, ou, mais
especificamente, a confiança de que os bancos centrais de seus países não
irão ceder a pressões políticas e irão manter o poder de compra da moeda.
Um lastro extremamente frágil, diga-se de passagem.

O Bitcoin também não possui um lastro no sentido tradicional. Ele não é


garantido pelo ouro e nem pela prata, mas sim pela criptografia. É o código
do Bitcoin que garante que serão emitidas 21 milhões de unidades da moeda,
e nem um bit a mais. Também garante que nenhum usuário poderá gastar
mais de uma vez o mesmo bitcoin, e garante que a rede do Blockchain, em
quase 10 anos de existência, nunca tenha sido violada por nenhum ataque
hacker.

Portanto, o "lastro" de qualquer criptomoeda – seja o Bitcoin ou qualquer


outra - é garantido pela segurança da rede pela qual ela é emitida e colocada
em circulação. No caso do Blockchain, praticamente inpenetrável.

6) Principais características e usos do bitcoin

• Rigidez monetária: o código matemático do Bitcoin é programado para


emitir apenas 21 milhões de unidades da moeda, sendo impossível para
qualquer minerador gerar mais unidades do que isso. Portanto, a moeda é
livre de qualquer processo de inflação artificial de dinheiro, o que faz com
que ela tenda a ganhar poder de compra no longo prazo;
• Alta divisibilidade: um Bitcoin pode ser dividido em até oito casas
decimais, o que torna perfeitamente possível transacionar pequenas frações
da moeda, independentemente da valorização que venha a ter;
• Privacidade: embora não sejam totalmente anônimas, transações
envolvendo Bitcoins são relativamente mais difíceis de rastrear, o que torna a
moeda extremamente útil para quem deseja transferir dinheiro sem correr o
risco de ser taxado ou bloqueado por algum banco ou governo;
• Agilidade: empresas de transferência de dinheiro, como Transferwise e
Moneygram, levam pelo menos dois dias para realizar uma transferência
bancária. Com o Bitcoin isso não ocorre: é possível realizar transferências
para qualquer lugar do mundo em questão de minutos;
• Fim das altas taxas bancárias: as mesmas empresas que demoram para
efetuar uma transferência costumam cobrar taxas altas, o que torna inviável
transferir pequenos valores. O Bitcoin, por outro lado, possui taxas
baixíssimas de uso, independentemente se o valor transferido é de 100
dólares ou 1 milhão de dólares. Mesmo com a recente alta das taxas,
provocadas pela demanda crescente da rede, o Bitcoin ainda é um meio de
transferência mais barato do que o tradicional para altos valores;
• Preservar poder de compra: em países com alta inflação monetária, como
a Venezuela, a população mais pobre fica a mercê de um dinheiro cujo valor
desaparece a cada dia. Nesses locais, as pessoas estão cada vez mais
recorrendo ao Bitcoin para proteger o seu poder de compra e para comprar
bens básicos, como comida e remédios;
• Evitar confiscos: em 2015, o governo do Chipre resolveu impor um feriado
bancário e limitar os saques de contas correntes a 60 euros por dia. Na
prática, implantou um confisco de dinheiro dos correntistas. Isso foi possível
porque o governo cipriota detém o controle regulatório sobre os bancos. Os
cipriotas, então, recorreram ao Bitcoin para evitar o confisco total de seu
dinheiro, pois a criptomoeda é completamente livre da ação de governos, não
podendo ser inflada ou confiscada;
• Apoio a causa humanitárias: por ser uma moeda que abrange
praticamente qualquer lugar do mundo, o Bitcoin já está sendo adotado por
empresas do terceiro setor que buscam ampliar o seu leque de potenciais
doadores. Apenas nos últimos 12 meses, ONGs como Greenpeace, Save the
Children e United Way começaram a aceitar doações através da moeda
digital, o que permite que pessoas de qualquer lugar do mundo possam apoiar
causas humanitárias sem precisar pagar altas taxas e impostos com cartões de
crédito, e as ONGs e doadores também podem desfrutar da privacidade
oferecida pelo Bitcoin nas doações.

7) Como armazenar seus bitcoins

Embora sejam ativos intangíveis, os bitcoins precisam ser armazenados e


guardados em um local , como qualquer outra moeda. E, como qualquer cofre
onde guardamos moedas e bens, o cofre de armazenamento dos bitcoins deve
ser seguro e de difícil penetração.

Os dispositivos que são usados para armazenar bitcoins chamam-se wallets


("carteiras" em português) e dividem-se em dois tipos: as carteiras quentes
(hot wallets) e as carteiras frias (cold wallets).

7.1) Hot wallets

As hot wallets são carteiras próprias para o uso cotidiano de envio de


bitcoins. Elas são chamadas assim por causa da sua praticidade de uso e
também pelo fato de os bitcoins não ficarem nelas por muito tempo. São
similares às nossas contas-correntes normais, onde deixamos dinheiro que
iremos usar no curto prazo.

As hot wallets são carteiras criadas e geridas por empresas. Temos como
principais exemplos as carteiras da Coinbase (EUA), a Xapo (Suíça, mas com
sede em Gibraltar) e a SmartWallet da CoinBR (Brasil).

Essas carteiras podem ser usadas em qualquer dispositivo eletrônico


(computador, tablet e smartphone) e os bitcoins nela armazenados podem ser
usados a qualquer momento. Porém elas não são seguras para o
armazenamento por muito tempo, pois podem ser vítimas de algum ataque
e/ou bloqueio por parte das empresas responsáveis por sua manutenção.

7.2) Cold wallets

As cold wallets, ou "carteiras frias", são carteiras usadas para o


armazenamento de bitcoins por longos períodos de temos. São usadas
geralmente por pessoas que desejam guardar bitcoins como reserva de valor,
ou esperando uma valorização no longo prazo.

As cold wallets são classificadas em dois tipos:

• Hardware wallets: são carteiras físicas, que permitem ao usuário guardar e


enviar bitcoins. A chave privada dessas carteiras é aleatória e mantida offline,
portanto não tem como ser roubada por hackers em um computador. Os
principais exemplos são a Ledger e a Trezor;
• Paper wallets: são carteiras bastante simples, podem ser feitas em um
pedaço de papel (daí o nome "paper wallet"). O procedimento de criação
dessas carteiras é um pouco mais complexo, e elas servem apenas para
depósito. Retiradas só podem ser feitas uma vez, pois comprometem a
segurança da chave da carteira.

Você pode ver alguns exemplos de carteiras na seção 12 deste guia.


8) Como comprar e vender bitcoins e outras criptomoedas
Existem três formas de comprar e vender.

• P2P: nesse modelo, compramos e vendemos bitcoins diretamente de um


trader de bitcoins. O trader estipula o preço de compra e de venda, e a
negociação é feita entre ambas as partes. Esse modelo tem a vantagem de ser
mais rápido e fornecer um atendimento mais personalizado, porém os trades
costumam cobrar um preço maior do que nas exchanges; e também tem risco
da contraparte, pois o comprador pode não entregar os bitcoins. Portanto, é de
extrema importância negociar com traders que tenham excelente reputação no
mercado de criptomoedas;
• Exchanges: exchanges funcionam como as tradicionais casas de câmbio
que existem em todo o mundo. Nelas, é possível trocar bitcoins pela moeda
corrente do país, e vice versa. Nas exchanges, o cliente deposita seus fundos
e emite uma ordem de compra ou de venda de bitcoins, e essa ordem será
executada de acordo com o preço de mercado do bitcoin no momento da
operação. As exchanges possuem a vantagem de ter uma maior segurança do
que as transações P2P, embora sejam menos ágeis (a agilidade depende do
valor que o usuário queira na sua transação);
• Mercado de balcão: o mercado de balcão funciona de maneira similar ao
P2P. Nesse caso, é uma empresa que está por trás da operação de compra e
venda. A empresa estipula os valores da moeda, e o cliente compra e recebe o
dinheiro ou os bitcoins automaticamente. A principal vantagem do mercado
de balcão é a alta liquidez, o que possibilita compras de quantidades maiores
da moeda.

Você pode ver mais referências sobre empresas e traders com credibilidade
de mercado na seção 12 desse guia.
9) Como analisar uma criptomoeda para compra?
Com o grande crescimento de moedas existentes no mercado (hoje existem
mais de 1000 em circulação), muitas pessoas passam os dias a procura do
"novo bitcoin". Ou seja, procurando uma moeda barata que tenha potencial
de crescer cinco ou dez vezes de valor em pouco tempo.

Infelizmente, essa busca tem feito os mais incautos acabarem perdendo


dinheiro, pois, motivados pela ganância, acabam investindo em projetos que
não tem nada a oferecer, que possuem problemas internos, ou mesmo que são
golpes declarados. Portanto, é fundamental que quem deseja investir em
alguma moeda entenda o processo de investimento da forma adequada.

Abaixo temos algumas dicas que podem auxiliar os iniciantes nessa busca: 1)
Criptomoedas podem parecer diferentes de um investimento tradicional, mas
mesmo assim são um investimento, e, como tal, precisam de uma análise
detalhada. Nunca compre uma moeda por impulso ou por algum "hype" de
grupos ou amigos;

2) Sempre leia o white paper da moeda com muita atenção. Ele é o


documento que dirá para qual objetivo aquele ativo foi criado, qual o plano
da equipe de desenvolvimento e se ele possui alguma sustentabilidade no
longo prazo;

3) Assim como analisar a gestão de uma empresa é um ponto importante ao


se investir em ações, analisar os desenvolvedores de um projeto em
blockchain também é. Sempre verifique os perfis dos envolvidos no
LinkedIn, GitHub, em comunidades de criptomoedas ou em qualquer outra
rede social;

4) Se você não é trader, então não haja como um e venda o ativo na primeira
queda. Investimentos em criptomoedas são para o médio/longo prazo, não
para enriquecer da noite para o dia;

5) Procure sempre a carteira oficial para armazenar seus tokens, ou a


MyEtherWallet caso sejam tokens ERC-20. Armazená-los em uma carteira
desconhecida pode levar a uma perda dos tokens e, consequentemente, de
todo o capital investido;

6) Nunca invista em uma moeda apenas por ela estar mais barata. O
investimento mais barato nem sempre irá proporcionar maior rentabilidade.
Além das dicas anteriores, tenha sempre em conta o número de tokens
máximos que a moeda terá. Uma moeda com tokens limitados, como o
Bitcoin e a Decred, terá uma maior probabilidade de ter alta valorização do
que moedas com muitos tokens emitidos, como a Ripple;

7) FUJA de pessoas que lhe oferecem "rendimento fixo e sem risco" através
da aplicação de Bitcoin por um período de tempo. A grande maioria dessas
pessoas trabalham em esquemas de pirâmide e só farão você perder dinheiro
(veja seção 10);

8) Tenha cautela com moedas que tiveram altas expressivas. Esses


investimentos geralmente atraem pessoas que compram com a expectativa de
que "vai continuar subindo", porém manipulações são comuns especialmente
em moedas que possuem baixo valor de mercado. E as quedas costumam ser
tão ou mais fortes do que as subidas. Fique atento

9) Por fim, use sempre o ICO Rating. Essa é uma ferramenta de avaliação
para ICOs lançados que diz qual o risco de cada uma das ofertas. Ela avalia
se a oferta é segura através de uma classificação de risco. A ferramenta estará
listada na seção 12.

10) Os maiores avanços trazidos pelo mercado de criptomoedas

Como dissemos no início do guia, uma das motivações que levara a essa
compilação foi mostrar as grandes inovações trazidas pela criação do Bitcoin
e do novo mercado que ele gerou.

Um exemplo dessa inovação foi o surgimento da rede Etherium. Essa rede


surgiu em 2014 e trouxe uma proposta totalmente diferente do que era o
Bitcoin. Enquanto este pretendia ser um meio de trocas e pagamentos, a
Etherium tem a intenção de ser um grande supercomputador, com uma
Blockchain própria que permita a qualquer pessoa ou grupo criar a sua moeda
digital, ou token.

A criação da Etherium permitiu que várias empresas pudessem obter


financiamento de uma maneira similar a bolsa de valores, porém com muito
mais facilidade e menos burocracia. A empresa que buscasse se financiar
dessa maneira bastava emitir seus próprios tokens, os quais seriam
distribuídos no mercado e comprados pelos interessados em investir naquele
negócio.

Esse fenômeno ficou conhecido como Initial Coin Offer (ICO) e ganhou uma
enorme força em 2017. Mais de 6 bilhões de dólares foram arrecadados por
empresas através dessa modalidade de investimento, levando em conta os
quase 400 ICOs analisados. Algumas ofertas, como a da Tezos (XTZ)
chegaram a passar dos 200 milhões de dólares.

Mas quais são as vantagens de arrecadação de fundos via ICOs? Vejamos


algumas.

1) Menos burocracia. Emitir uma ICO é muito mais rápido e fácil do que
abrir a empresa em bolsa de valores, o que economiza tempo e energia que
podem ser gastos no desenvolvimento de projetos e produtos melhores;

2) Alcance internacional. Uma ICO não possui limites de território,


nacionalidade ou língua, sendo aberta a qualquer indivíduo que tenha capital
para investir. Isso permite que uma empresa tenha maior alcance de
investidores a um custo relativamente menor;

3) Crescimento exponencial. Existem vários casos de pessoas que


enriqueceram ou acumularam um grande capital após investir em um ICO.
Por terem mais potencial de valorização do que ações, elas podem gerar uma
excelente fonte de riqueza no longo prazo.

No entanto, as ICOs não são fontes de riqueza fácil sem nenhum risco. E para
avaliálas da melhor forma, analise o tópico 9.
11) Dicas importantes
1) NÃO VALE A PENA MINERAR BITCOIN NO BRASIL. Os custos com
equipamentos e energia são altíssimos e o ROI é baixo;
2) Fuja de mineração em nuvem. A maioria dessas empresas não é
sustentável no longo prazo e farão você perder dinheiro;
3) Fuja de empresas ou pessoas que prometem ganhos ilusórios (ex: "ganhe
20% ao mês com bitcoin). É golpe na certa!

4) Só há três maneiras rentáveis de conseguir bitcoins: comprando e


guardando, obtendo o lucro no longo prazo; fazendo operações de compra e
venda, ganhando na diferença de preços (trades); ou oferecendo produtos ou
serviços a quem lhe pague com bitcoins;

5) NÃO EXISTE MARKETING MULTINÍVEL LUCRATIVO COM


BITCOINS! Com o alto crescimento da moeda, muitas pessoas começaram a
atrair público oferecendo esse tipo de negócio, muitas vezes prometendo
lucros exorbitantes em curtos períodos de tempo. Não caia nessa tentação,
isso não passa de golpe (mais informações sobre empresas que praticam esses
esquemas pode ser vista na seção Mais Links);

6) Tome muito cuidado com perfis fakes. Muitas pessoas se fazem passar por
membros de grupos e aproveitam o desconhecimento do público em geral
para aplicar golpes em compra e venda de bitcoins. Sempre peça referências
de possíveis vendedores e compradores e, na dúvida, nunca negocie com
alguém que esteja fora da lista desse guia. Se você conhece alguém que esteja
incorrendo nessas práticas, procure referências na comunidade ou denuncie
ao Grupo Anti Pirâmide (listado na seção 11 deste guia).

12) Referências
Principais
Artigo "Bitcoin: A Peer to Peer Electronic Cash System":
https://bitcoin.org/bitcoin.pdf Livro "Bitcoin: A moeda na era digital":
http://www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=99 Guia básico sobre bitcoin:
https://coinbr.net/media/pdfs/btc-guide-pt.pdf
13 livros sobre Bitcoin, Blockchain & Criptomoedas - Conexão Fintech
Carteiras
Xapo: https://xapo.com/pt/
Coinbase: https://www.coinbase.com/signup?locale=pt-br
Mycelium: https://mycelium.com
Greenaddres: https://greenaddress.it/en/
CoinBR Smart Wallet: https://auth.coinbr.io/signup.php

Paper Wallet: http://www.criptomoedasfacil.com/como-criar-paper-wallet-


para-bitcoin-ealtcoin/

Ledger Wallet: https://www.ledgerwallet.com/


Trezor Wallet: https://trezor.io/
Notícias
Criptomoedas Fácil: http://www.criptomoedasfacil.com
Guia do Bitcoin: https://guiadobitcoin.com.br

Coluna Infomoney - Moeda na era digital:


http://www.infomoney.com.br/blogs/cambio/moeda-na-era-digital

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OriginalMy (empresa que usa a blockchain para registros em geral.


Trabalham com a blockchain do Bitcoin, Etherium e Decred):
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Traders e vendedores P2P independentes


Nikolas Paolo: http://bitcoinp2p.com.br/index.html
Jéssica Lima: http://www.jessp2p.com.br
Marcelo Brant: https://m.facebook.com/profile.php?id=1351837723
Murilo Valadares: https://www.facebook.com/murilo.valadares.3
Isnaylha Ereshkigal: https://www.facebook.com/isnaylha?ref=br_rs
Rafael Felício: https://www.facebook.com/rafaelfelicio

Mais traders:
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Grupos relevantes
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Decred Brasil: https://m.facebook.com/groups/667062416769204
Foxbit - tudo sobre bitcoin: https://m.facebook.com/profile.php?
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Grupo Anti Pirâmide (GAP - grupo que denuncia golpes e esquemas de


pirâmide feitos com criptomoedas):
https://www.facebook.com/groups/979785485489229/

Empresas que aceitam Bitcoin no Brasil


Mapa Bitcoin: http://mapabitco.in
Marcos

Bloco-gênese do bitcoin:
https://blockchain.info/pt/block/000000000019d6689c085ae165831e934ff763ae46a2a6c1
3f1b60a8ce26f

Primeira transação de um bem trocado por bitcoin ("pizza day"):


https://blockchain.info/address/17SkEw2md5avVNyYgj6RiXuQKNwkXaxFyQ

Filmes
Blockchain and Us (2017): https://youtu.be/2iF73cybTBs

London Real - The Death of Money (with Andreas Antonopoulos) - Part 1:


https://youtu.be/DuoE5CXlIdY

Bitcoin - O fim do dinheiro como conhecemos: https://youtu.be/bltL7zRXhhs


Banking on Bitcoin: https://www.netflix.com/br/title/80154500
Mais links

O que é Bitcoin? http://www.criptomoedasfacil.com/o-que-e-o-bitcoin


O que são criptomoedas? http://www.criptomoedasfacil.com/o-que-sao-
criptomoedas
O que é Blockchain? http://www.criptomoedasfacil.com/4-coisas-que-voce-
precisa-saber-sobre-o-blockchain

Compilado Bitcoin: Guia definitivo da ideologia e estrutura da rede:


http://www.criptomoedasfacil.com/compilado-bitcoin-guia-definitivo-da-
ideologia-eestrutura-da-rede

Carteira Bitcoin: Guia definitivo para sua carteira digital. Passo a passo.
http://www.criptomoedasfacil.com/carteira-bitcoin-guia-definitivo-para-sua-
carteira-digitalpasso-a-passo

Como se Determina o Valor do http://www.criptomoedasfacil.com/como-se-


determina-o-valor-do-bitcoin Como guardar seus
http://www.criptomoedasfacil.com/como-guardar-seus-bitcoins-com-
seguranca/ Como se proteger de fraudes ao usar
http://www.criptomoedasfacil.com/como-se-proteger-de-fraudes-ao-usar-
bitcoins/ Carteiras
https://bitcoin.org/pt_BR/escolha-sua-carteira
5 dicas de segurança ao usar http://www.criptomoedasfacil.com/5-dicas-de-
seguranca-ao-usar-bitcoins 6 Maneiras de integrar bitcoin ao seu
http://www.criptomoedasfacil.com/6-maneiras-de-integrar-bitcoin-ao-seu-
negocio/ Bitcoin?
bitcoins
bitcoins
Bitcoin
bitcoins

negócio Entenda como funciona uma pirâmide financeira e saiba como evitar
o golpe: http://www.criptomoedasfacil.com/como-funciona-uma-piramide-
financeira-e-como-evitaro-golpe

Lista de "esquemas sites" que usam o Bitcoin. FICA DE OLHO NÃO CAIA
NESSES GOLPES.
http://redecoin.jtayrone.info/esquemascoin.txt

13) Glossário
FEES: taxas. pequena porcentagem que o usuário paga para a rede a cada
venda ou compra PROFIT: lucros obtidos em cada operação
HOLD: segurar a moeda, pensando na valorização
PUMP: quando valoriza muito repentinamente
DUMP: quando o preço cai muito repentinamente

BULLISH: comportamento agressivo do gráfico de baixo pra cima, subindo,


imitando uma chifrada de touro (caracterizado por uma subida grande e uma
descida curta) BEARISH: comportamento agressivo do gráfico de cima pra
baixo, descendo. imitando patadas de urso (caracterizado por uma descida
grande e uma subida leve)

SHORT: apostar na queda de uma moeda. O usuário "pega emprestada" essa


moeda na exchange, e vende, esperando que ela caia. Com os BTCs
resultantes da venda, recompra essa moeda, numa quantidade maior após a
queda, embolsando a diferença de lucro.

LONG: apostar na alta de uma moeda. O usuário pega BTC emprestado na


exchange e compra uma moeda. Ela subindo, ele então vende, tendo seu lucro
em cima de uma quantidade maior de BTC.

SPREAD: diferença entre o preço de compra e o preço de venda no livro de


ordens (pode ser visualizado como um gap entre o verde e o vermelho no
market depht)

STOP-LIMIT ou apenas STOP: tipo de ordem de compra ou venda que é


"ativada" após o gráfico atingir um valor determinado. Por exemplo: vender
por 0.006500 se o gráfico atingir 0.006600. Ou então: Comprar por 0.0066 se
o gráfico atingir 0.0065

DESPEJAR: Ato de vender uma grande quantidade da moeda enquanto ela


está subindo, causando um DUMP
ALAVANCAGEM: trabalhar potencializado. reveja SHORT E LONG.
ORDEM MAKER: tipo de ordem de venda ou compra que aguarda o preço
atingir o valor desejado. Essas ordens entram no book e custam menos fees.

ORDEM TAKER: uma ordem que "toma" a vez das outras que estão no
livro. é executada imediatamente por já ter alguma ordem vendendo mais
barato do que o preço de compra do usuário, ou comprando mais caro do que
o preço de venda.
ICO: Initial Coin Offering. É como uma pré-venda de alguma altcoin/token.
Você compra antes de lançarem, pra ajudar os DEVs com capital, apostando
que após o lançamento, ela valha mais do que você pagou na pré-venda.

Day Trader: trader que faz movimentos rápidos, comprando e vendendo. No


geral, obtém lucros menores, porém com uma frequência muito maior.
Swing Trader: opera menos vezes. Faz mais o estilo "holder". Se aproveita
das ondas (swings) do mercado.
Buy Wall e Sell Wall: uma ou varias ordens no book com mesmo preço,
formando uma "parede" no market depth.
Lending: deixar seus bitcoins ou altcoins emprestados, rendendo uma
porcentagem de juros ao dia.
FOMO: Fear of Missing Out. Medo de ficar de fora de alguma alta. Isso gera
mais interesse na moeda, fazendo ela subir muito mais!
FUD: Fear, Uncertainty and Doubt (medo, incerteza e dúvida). Efeito que
gera muito Panic Sell. todo mundo vende desesperado pra sair antes que caia
mais. E isso faz cair mais ainda.

Sobre o autor
Luciano Rocha

Luciano Rocha é Coach Financeiro formado pelo Instituto Coaching


Financeiro (ICF), criador da Lynx Coaching Financeiro e autor deste guia.
Trabalha desde 2014 com finanças pessoais, planejamento financeiro e como
eliminar dívidas. Conheceu o bitcoin como investimento em 2015 e desde
então vem se aprofundando no estudo e análise fundamentalista sobre
moedas digitais– em especial sobre o bitcoin - e acredita no potencial das
criptomoedas no longo prazo. Tem como meta ajudar as pessoas a
conseguirem a verdadeira liberdade financeira, que é fazer o dinheiro de cada
cidadão trabalhar para ele próprio, gerando renda e riqueza para as pessoas
através do fomento de uma mentalidade investidora.

Produzido e distribuído por: Lynx Coaching Financeiro Site:


http://www.lynxcoaching.com.br
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