Aula dia 02/11/15

Sumário:

Os controlos sociais
 Definição (controlo social ou regulação social)

 A noção do controlo social

 A prevenção do crime

 A repressão do crime

 Acções privadas e públicas

 Meios persuasivos e dissuasores

 Linhas de defesa contra o crime

Bibliografia: Criminologia – Maurice Cusson (págs 195 a 200)
Docente: Augusto Teixeira – Mestre em Segurança Pública
 OS CONTROLOS SOCIAIS

Uma sociedade encontra-se organizada segundo um sistema de

valores, normas, instituições, papéis e estatutos, perante os
quais actuam em conformidade ou não.

Docente: Augusto Teixeira – Mestre em Segurança Pública

 OS CONTROLOS SOCIAIS

Definição:

 Controlo social ou (regulação social) – conjunto de meios

implementados pelos membros de uma sociedade com o
objectivo especifico de conter ou reduzir o número e a
gravidade dos delitos.

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 OS CONTROLOS SOCIAIS

O controlo social procede do interesse que leva cada um a

proteger-se dos atentados à sua pessoa ou à sua propriedade.
Emerge ainda das relações duradouras entre amigos e
parceiros ciosos da equidade.

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 OS CONTROLOS SOCIAIS

Esta regulação intrínseca cristaliza-se nas normas morais

inculcadas nas crianças pelos pais, e pelos grupos de
proximidade nos seus membros.

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 OS CONTROLOS SOCIAIS

A noção do controlo social é vasta – engloba:

 medidas preventivas e repressivas;

 acções privadas e públicas;

 meios persuasivos e dissuasores.

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 OS CONTROLOS SOCIAIS

A prevenção do crime

designa as intervenções não penais sobre as causas próximas

dos delitos que têm o objectivo especifico de reduzir o seu risco
ou a sua gravidade.

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 OS CONTROLOS SOCIAIS

A repressão do crime

Ao contrário da prevenção, tem um forte caráter penal, reactivo

e público.

Consiste na detecção dos infractores, a sua detenção,

acusação, condenação e sanção penal (multa, prisão, trabalho
de interesse geral).
Docente: Augusto Teixeira – Mestre em Segurança Pública
 OS CONTROLOS SOCIAIS

Acções privadas e públicas

O controlo social exerce-se através de acções que permitem

lutar contra o crime.

A luta não releva apenas das forças da ordem, da instituição

judiciária e da política criminal definida pelo Estado.

Docente: Augusto Teixeira – Mestre em Segurança Pública

 OS CONTROLOS SOCIAIS

Acções privadas e públicas

Todos os cidadãos devem tomar um mínimo de precauções no

sentido de se protegerem contra furtos e agressões.

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 OS CONTROLOS SOCIAIS

Acções privadas e públicas

A acção privada visa a contenção da delinquência e que se situa

no âmbito da educação e das pressões sociais.

Docente: Augusto Teixeira – Mestre em Segurança Pública

 OS CONTROLOS SOCIAIS

Acções privadas e públicas

Todos os pais e educadores devem inculcar nas crianças que

têm a seu cuidado, a honestidade e a não violência.

Estas pressões chamados controlos sociais informais visam

impedir a delinquência.

Docente: Augusto Teixeira – Mestre em Segurança Pública

 OS CONTROLOS SOCIAIS

Meios persuasivos e dissuasores

Os controlos sociais podem ser coercivos – quando implicam o

uso da força.

A força constrange o potencial delinquente, reduzindo-o, contra

a sua vontade, à impotência.

Docente: Augusto Teixeira – Mestre em Segurança Pública

 OS CONTROLOS SOCIAIS

Meios persuasivos e dissuasores

Os controlos sociais podem ser persuasivos – quando exercem

sobretudo uma acção moral sobre os seus destinatários.

As repreensões dos pais e as censuras dos pares são desta

natureza, tal como as medidas educativas – apela à razão ou
ao sentido moral dos destinatários
Docente: Augusto Teixeira – Mestre em Segurança Pública
 OS CONTROLOS SOCIAIS

O arsenal de Controlos públicos e privados, preventivos e

repressivos, coercivos e persuasivos servirá de alguma coisa?

Conseguirá fazer reduzir a criminalidade e a insegurança?

Não será a onda de crimes registados todos os anos uma

demonstração do insucesso da regulação social?
Docente: Augusto Teixeira – Mestre em Segurança Pública
 OS CONTROLOS SOCIAIS

Nível elevado da criminalidade contemporânea relacionado:

 crescimento da riqueza, das trocas e com a afirmação da

liberdade.

 Desenvolvimento económico;

 aceleração da circulação de pessoas e bens e a liberalização

das trocas internacionais.
Docente: Augusto Teixeira – Mestre em Segurança Pública
 OS CONTROLOS SOCIAIS

Ao analisar o conjunto dos controlos sociais, o criminólogo

distingue, em toda e qualquer sociedade, três linhas de defesa
contra o crime, que diferem entre si pelos seus actores, pela
sua lógica e pelos seus contextos.

Docente: Augusto Teixeira – Mestre em Segurança Pública

 OS CONTROLOS SOCIAIS

Linhas de defesa contra o crime

Primeira Linha – mobiliza os controlos informais através dos

quais os pais, os amigos e os colegas pressionam os outros no
sentido da conformidade.

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 OS CONTROLOS SOCIAIS

Linhas de defesa contra o crime

Segunda Linha – alinha uma prevenção situacional, que

assenta na proteção próxima de bens e de pessoas nos
próprios espaços onde os delitos têm probabilidade de ocorrer.

Docente: Augusto Teixeira – Mestre em Segurança Pública

 OS CONTROLOS SOCIAIS

Linhas de defesa contra o crime

Terceira Linha – ostenta o arsenal das sanções penais, impostas

e executadas pela força pública.

Docente: Augusto Teixeira – Mestre em Segurança Pública

Docente: Augusto Teixeira – Mestre em Segurança Pública