Você está na página 1de 2

O PROFISSIONAL DO SÉCULO XXI

É claro que ninguém precisará ser um gênio para ter sucesso na carreira, no século XXI. É óbvio que a maioria de nós somos pessoas
comuns que desejamos apenas ser produtivos e felizes. E é justamente por isso que temos que examinar permanentemente nossas
qualidades para que nossa produtividade e nossa felicidade sejam possíveis, neste mundo competitivo e mutante em que vivemos. E,
para terminar, seguem as oito características do trabalhador do século XXI, de acordo com a UNESCO:

1. Ser flexível e não especialista demais.


2. Ter mais criatividade do que informação.
3. Estudar durante toda a vida.
4. Adquirir habilidades sociais e capacidade de expressão.
5. Assumir responsabilidades.
6. Ser empreendedor.
7. Entender as diferenças culturais entre pessoas e locais.
8. Adquirir intimidade com as novas tecnologias.

QUADRO COMPARATIVO – PARADIGMAS (VALORES) DA ERA INDUSTRIAL x ERA DO CONHECIMENTO

ITEM ERA INDUSTRIAL ERA DO CONHECIMENTO


1- Pessoas Recursos / Geradores de custos Talentos / Geradores de receitas
2- Poder dos Gerentes Luta por poder / Hierarquias Relativo ao conhecimento
3- Tarefa da Gerência Supervisão de subordinados Apoio aos colegas
4- Informação Instrumento de controle Ferramenta p/ o recurso da comunicação
5- Produção Trabalho / Matérias-prima / Produtividade Trabalhador do conhecim. gerando intangíveis
6- Forma de receita Lucro Tangível (dinheiro) Lucro Tangível & Intangível (aprendizagem / idéias)
7- Relacionamento c/ Clientes Unilateral pelos Mercados Interativo pelos Mercados e Redes
8- O conhecimento Ferramenta ou recurso Visão / Estratégia empresarial
9- Finalidade do Aprendizado Utilização em novas ferramentas Criação de novos ativos
10- Valor / Mercado Acionário Regido por volume de tangíveis Regidos por ativos intangíveis

Fig. – Os princípios da organização do conhecimento / K. S veib y


Atualmente são valorizadas as pessoas multimídia, com capacidade de ag ir de forma mais abrangente, possuidoras de qualidades
humanas tão cuidadas quanto às qualidades acadêmicas e profissionais. A revista Você S.A. publicou recentemente uma matéria que
derivou de uma pesquisa sobre causas de perda de emprego. A conclusão apr esentada foi surpreendente. Simplesmente em 87% dos
casos, as pessoas são demitidas por deficiências humanas e não por deficiências técnicas. Entre essa s deficiências encontramos
questões como dificuldade de comunicação, de aceitar ou exercer liderança, de administrar conflitos, de conviver com diferenças
pessoais, carência de espírito criativo e também com a falta de flexibilidade para lidar com mudanças, internas ou externas à
empresa. Esse é o motivo pelo qual a seleção de candidatos a uma vaga baseia-se cada vez mais em métodos que avaliam a
psicologia, como a dinâmica de grupo, do que em provas teóricas, capazes apenas de medir conhecimento.

Conhecimento é importante, mas é apenas uma das partes que compõe a competência. Como vivemos em um mundo altamente
competitivo, é claro que temos que desejar competência, em nós mesmos e naqueles que trabalham conosco ou para nós.
Competência é o pressuposto da competitividade. Há até uma fórmula para definir competência: C = S x P x Q. Usando palavras
para tanto, a competência é obtida pelo produto entre o saber, o poder e o querer. Ou ainda: conhecimento vezes habilidade vezes
atitude.

Se a pessoa quer fazer, sabe fazer, mas faltar-lhe habilidades humanas para aplicar convenientemente seus conhecimentos, sua
competência reduz-se muito.

Algumas idéias da pensadora e cientista social a Dra. Marilyn Ferguson:


A cientista, pensadora e escritora norte-americana Marilyn Ferguson, uma das mais respeitadas estudiosas desse processo de transformação,
identificou os novos pressupostos / paradigmas (*) para o século XXI:
(*) Paradigmas são conjuntos de modelos, normas, regras e referenciais que pautam a vida de indivíduos e instituições. Estão tão profundamente inseridos na estrutura das
sociedades que somos freqüentemente levados a não mais questioná-los e revisá-los. Aceitamo-los como regra geral e normal, convencional, que passou a fazer parte da
mente coletiva, da ideologia global que mantém o sistema, o “stablishment” de pessoas, cidades, países e empresas.

Pressupostos na Economia Pressupostos na Economia do Pressupostos na Economia Pressupostos na Economia do


Tradicional Conhecimento Tradicional Conhecimento
1. Pessoas que satisfaçam ao trabalho. 1. Trabalho que satisfaça as pessoas. 4. Agressão, competição. "Negócio é 4. Cooperação. Os valores humanos
Rigidez. Conformismo. Flexibilidade. Criatividade. Forma e fluxo. negócio". transcendem "vitórias".
2. Objetivos impostos. Tomada de 2. A autonomia é encorajada. Auto
5. Ênfase na transformação do indivíduo
decisões de cima para baixo. Hierarquia, atualização. Participação do trabalhador, 5. Ênfase numa reforma externa, imposta.
como essencial à reforma bem-sucedida.
burocracia. democratização. Objetivos de consenso.
3. Fragmentação, compartimentação nos 3. Atuação cruzada por especialistas, vendo 6. Reconhecimento de que a eficiência em
serviços e nas funções. Ênfase em tarefas a relevância mais ampla de seus campos de 6. Ênfase em soluções de curto prazo. longo prazo deve levar em conta, um bom
especializadas. Descrições do trabalho trabalho. São encorajadas a escolha de nova ambiente de trabalho, a saúde do
intensamente definidas. carreira e troca de funções. trabalhador e as relações com os clientes.

Fontes: + Quadros comparativos / Dissertação de mestrado de Sergio B. Kappel (UFSC 2003);


+ Artigo – “Leonardo, o multimídia” por Eugenio Mussak - 10/02/2003

Você também pode gostar