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Direito Administrativo II

28/07/14 (Retirado do material de Rebeca Ribeiro e Thâmara Laís)


Ø Plano de Ensino
- Licitações e contratos administrativos

- Serviços públicos e delegações de serviços públicos

- Responsabilidade do Estado

- Bens Públicos

Ø Cronograma
- 1ª prova – 30 pontos – Aberta e em dupla

- 2ª prova – 30 pontos - Aberta e em dupla

- Trabalho – 10 pontos – (É possível haver trabalho fora dos 100 pontos)

- Prova global – 30 pontos

Ø Bibliografia
- Bandeira de Melo

- José dos Santos Carvalho Filho

- Marçal Justen Filho

- Di Pietro

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Licitações e Contratos Administrativos
Ø Licitação (Arts. 37, XXI e 22, XXVII - CF)
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações
públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido
o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do
art. 173, § 1°, III;

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas
da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

1. Conceito (Processo Administrativo)

Sequência de atos para se verificar quem apresenta melhores condições de contratar com o
poder público.

2. Disciplina normativa

2.1. Lei Geral – 8.666/93

2.1.1. Caráter nacional

Caráter nacional – União, Estados, DF e Municípios

2.1.2. Críticas

Lei geral tem deixado de ser geral. Outras leis vêm estabelecendo ritos diferentes.

Some-se a isso, a lei 8.666/93 prevê habilitação anterior ao julgamento.

Em outras leis, por outro lado, primeiro ocorre o julgamento para depois ocorrer a habilitação.

Muito formal

Não rápido, custoso

- Existe Projeto de Lei – PL – para readequar a lei 8.666/93

Não afasta malfeitos

Resultado não necessariamente

vantajoso/desejado

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2.2. Lei Federal

Base/fundamento da Lei Geral de licitações – art. 22, XXVII – CF (vide acima), competência privativa da
União – contratos.

3. Livre escolha – impossibilidade – princípios da indisponibilidade e isonomia

Não é possível deixar a livre escolha em virtude da existência dos princípios da indisponibilidade
e isonomia.

4. Fases

4.1. Fase interna (04/08/14)


Não há ainda uma licitação. O poder público deve averiguar a necessidade da contratação.

Necessidade de se orçar, de maneira detalhada, quanto se irá gastar.

Etapa de planejamento.

Qual modalidade encaixar-se-á ao processo.

A rigor NÃO INTEGRA O PROCESSO.

(Thâmara Laís) (31/07/14)


- Projetos básico e executivo

Define objeto.

- Orçamento detalhado em planilhas

Encontrar valor – estimado – para definição da modalidade.

- Recursos orçamentários

- Previsão na Lei do PPA

Momento de definição do objeto. NÃO FAZ PARTE DO PROCESSO LICITATÓRIO.

4.2. Fase externa (04/08/14)

I. Ato convocatório – Edital ou carta-convite

II. Habilitação

III. Julgamento

IV. Classificação

V. Adjudicação ao vendedor

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4.2.1. Ato convocatório - Edital²/Carta-convite¹ (Art. 40 e ss – Lei 8.666/93);
Será feita através da publicação do ato convocatório – EDITAL.

Deve ser publicado no Diário Oficial e em jornal de grande publicação.

(1) Carta-convite: Mais simples. Utilizada na modalidade de licitação denominada como CONVITE.

(2) Edital:

(Thâmara Laís) Prazos mínimos variáveis conforme a modalidade de licitação.

Ex. Quantos dias antes deve ser publicado o edital ou carta-convite.

Conteúdo do edital – Art. 40

Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição
interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que
será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como
para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:

I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;

II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, como previsto no art. 64
desta Lei, para execução do contrato e para entrega do objeto da licitação;

III - sanções para o caso de inadimplemento;

IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico;

V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o local onde possa ser
examinado e adquirido;

VI - condições para participação na licitação, em conformidade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e forma de
apresentação das propostas;

VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos;

VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão fornecidos
elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às condições para atendimento das
obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto;

IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações


internacionais;

X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a fixação de preços
máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a
preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48;

XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção
de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento
a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela;

XII - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou serviços que serão
obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, etapas ou tarefas;

XIV - condições de pagamento, prevendo:

a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a partir da data final do período de
adimplemento de cada parcela; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

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b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a disponibilidade de recursos
financeiros;

c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do período de
adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de
1994)

d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e descontos, por eventuais


antecipações de pagamentos;

e) exigência de seguros, quando for o caso;

XV - instruções e normas para os recursos previstos nesta Lei;

XVI - condições de recebimento do objeto da licitação;

XVII - outras indicações específicas ou peculiares da licitação.

§ 1o O original do edital deverá ser datado, rubricado em todas as folhas e assinado pela autoridade que
o expedir, permanecendo no processo de licitação, e dele extraindo-se cópias integrais ou resumidas, para
sua divulgação e fornecimento aos interessados.

§ 2o Constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante:

I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificações e outros
complementos;

II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários; (Redação dada pela Lei nº 8.883,
de 1994)

III - a minuta do contrato a ser firmado entre a Administração e o licitante vencedor;

IV - as especificações complementares e as normas de execução pertinentes à licitação.

§ 3o Para efeito do disposto nesta Lei, considera-se como adimplemento da obrigação contratual a
prestação do serviço, a realização da obra, a entrega do bem ou de parcela destes, bem como qualquer
outro evento contratual a cuja ocorrência esteja vinculada a emissão de documento de cobrança.

§ 4o Nas compras para entrega imediata, assim entendidas aquelas com prazo de entrega até trinta dias
da data prevista para apresentação da proposta, poderão ser dispensadas: (Incluído pela Lei nº 8.883, de
1994)

I - o disposto no inciso XI deste artigo; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

II - a atualização financeira a que se refere a alínea "c" do inciso XIV deste artigo, correspondente ao
período compreendido entre as datas do adimplemento e a prevista para o pagamento, desde que não
superior a quinze dias.

Impugnação – Art. 41, §§ 1º e 2º

Qualquer cidadão pode impugnar o edital perante o contratante, Ministério Público, TC (??), Poder
Judiciário.

Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha
estritamente vinculada.

§ 1o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação
desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos
envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias
úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1o do art. 113.

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§ 2o Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante a administração o licitante
que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação em
concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou
a realização de leilão, as falhas ou irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal
comunicação não terá efeito de recurso. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de participar do processo


licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela pertinente.

§ 4o A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases subseqüentes.

Nota (Thâmara Laís):


O licitante aceita participar na forma estabelecida no edital/carta-convite (minuta de contrato).
Trata-se de contrato de adesão. De acordo com a lei, não se pode inovar, deve-se detalhar.

4.2.2. Habilitação (Art. 27 e ss);


Etapa na qual os interessados se inscrevem, comprovando que preenchem os requisitos do edital.

(Rebeca Ribeiro) Aqueles dispostos a contratar com o Estado devem mostram que cumprem os requisitos:

a) Jurídicos;

b) Fiscais;

c) Econômicos.

(Thâmara Laís) (31/07/14) Envelope de documentos.

Entrega, em sessão pública, dos documentos em envelope lacrado.

- Finalidade: Demonstração de condições de contratar e executar.

- Perspectiva do passado:

Documentos que comprovam regularidade jurídica (art. 28), fiscal (art. 29 – Ex. Certidão negativa),
qualificação técnica (art. 30 – Ex. Se possui pessoal completo e qualificado para executar o objeto do
contrato), qualificação econômica e financeira (art. 31 – Ex. Juntar balanço). Cumprimento do art. 7º,
XXXII – CF (exigências na medida da necessidade do contrato).

A lei permita que esta demonstração documental ocorra em momento anterior. Neste caso, lavrar-se-á o
CERTIFICADO DE REGISTRO CADASTRAL (Art. 34)

Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da Administração Pública que realizem
freqüentemente licitações manterão registros cadastrais para efeito de habilitação, na forma
regulamentar, válidos por, no máximo, um ano. (Regulamento)

§ 1o O registro cadastral deverá ser amplamente divulgado e deverá estar permanentemente aberto aos
interessados, obrigando-se a unidade por ele responsável a proceder, no mínimo anualmente, através da
imprensa oficial e de jornal diário, a chamamento público para a atualização dos registros existentes e
para o ingresso de novos interessados.

§ 2o É facultado às unidades administrativas utilizarem-se de registros cadastrais de outros órgãos ou


entidades da Administração Pública.

Requisitos analisados em sesso pública.

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Da habilitação é possível, aos outros candidatos, recorrer (efeito específico: suspensivo da licitação) –
recurso hierárquico (via administrativa).

Se, mesmo após o recurso, continuar inabilitado, caber recorrer ao Judiciário.

- Inabilitado: Está fora, não terá proposta analisada.

Todos inabilitados (Art. 48, §3º) – A lei prevê aproveitamento do processo, permitindo que sejam
apresentados novos documentos no prazo de 8 dias, com as irregularidades sanadas.

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4.2.3. Classificação
Aqueles que preenchem os requisitos do edital serão classificados.

(Thâmara Laís) (31/07/14) Critérios de Julgamento = tipos de licitação, não é modalidade.

Art. 43, IV, V – Proposta ordenada conforme critérios.

Art. 48, §3º - Se todas as propostas forem desclassificas, é previsto o aproveitamento se sanadas as
irregularidades.

- Requisitos e vedações das propostas

Propostas inexequíveis.

Ex. Apresentar proposta que tome por base proposta alheia.

Também é possível recorrer – Recurso Administrativo. Pode-se recorrer à via judicial – efeito suspensivo.

Nota:
Habilitação deserta ou fracassada ninguém se habilitou ou classificou

Deve-se abrir prazo de 8 dias para sanar os documentos ou a proposta.

4.2.4. Julgamento (Art. 43, VI e arts. 45 a 51)


Os que se habilitaram serão julgados conforme disposto no edital.

“Hierarquização/ordenação da classificação.”

(Thâmara Laís) (31/07/14)

- Tipos de licitação (critérios) – Art. 45

I. Menor preço (Art. 45, §1º)

Cumprir disposições (Lei de concessão/permissão – menor valor da tarifa)

II. Melhor técnica (Art. 45, §1º, II e Art. 46, §§ 1º e 3º)

Predominância intelectual.

III. Técnica e preço (Art. 45, §1º - III e art. 46, §2º)

IV. Maior lance/oferta (Art. 45, §1º, IV)

V. Art. 3º, §2º

- Desempate – SORTEIO

A lei prevê que, em caso de desempate, realizar-se-á desempate.

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Nota:
- Na prática, os envelopes de documentos e propostas são entregues no mesmo momento.

- Maioria das licitações tem sido feita por pregão, pois prevê bens e serviços comuns.

- Serviços de publicidade – lei específica.

4.2.5. Homologação (04/08/14)


(Rafael Barreto) A autoridade superior à comissão de licitação vai analisar se os requisitos legais foram
cumpridos/se a licitação obedeceu os requisitos legais.

Se positivo, será praticado um ato administrativo: a homologação.

Se negativo, ou seja, se houver vício ou nulidade no processo, será determinado que a nulidade seja
sanada ou então a licitação será invalidade ou anulada.

Some-se a isso, se não houver mais o interesse da Administração Pública, a licitação poderá ser revogada.

(Thâmara Laís) Momento de verificar que está tudo certo. Se o processo foi cumprido. Já existe vencedor.

Simples – Sanar, se não deturpa ou coloca em xeque o processo

Vício/irregularidade

Complexo – Insanável – nulidade.

Apesar de não conter vício ou irregularidade, pode-se verificar que não há mais interesse público na
contratação. Neste caso, a licitação poderá ser revogada – ato discricionário/motivado.

O contratado, por outro lado, deve garantir a proposta. Se desistir, sofrerá sanção pecuniária.

Há a possibilidade de recurso da nulidade ou revogação.

IMPORTANTE:
Há possibilidade de alteração unilateral pelo poder público.

- Cláusula exorbitante – o objeto não pode ser alterado, apenas alteração quantitativa – o
contratado deve aceitar, mas tem direito de que se mantenha o equilíbrio inicial = pagamento
econômico-financeiro.

- Lei parceria público-privada – instrumentos para que o poder público cumpra sua parte.

4.2.6. Adjudicação (04/08/14)


(Thâmara Laís) Vencedor é convocado e lhe é atribuído o objeto do contrato.

Fixado prazo para assinar: garantia de execução.

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Nota:
- No Pregão e na Parceria Público-privada, a AJUDICAÇÃO vem ANTES da HOMOLOGAÇÃO.

- Há uma TENDÊNCIA de se colocar a classificação/julgamento antes da habilitação.


Justifica-se por, em muitas vezes, aquele que recorre na fase de habilitação não ser aquele oferecerá a
melhor proposta.

Assim, perde-se tempo discutindo a habilitação de um candidato que não se classificará.

Se houver a inversão, o envelope das propostas será aberto antes do envelope dos documentos.

Crítica:

A ciência da melhor proposta levaria a administração a relevar a falta/insuficiência de alguns requisitos


da habilitação.

IMPORTANTE:

As Leis 8.987, 11.079 e 10.520 preveem a possibilidade de inversão de vases.


5. Requisitos proporcionais (Art. 37, XXI – CF)
Os requisitos devem ser proporcionais àquilo que será contratado, isto é, à necessidade da
Administração.

5.1. Impugnação de requisito


Os concorrentes podem impugnar um requisito que não seja proporcional, sob pena de
direcionamento da contratação.

6. Único fornecedor – Licitação inexigível


No caso de existência de apenas um fornecedor (único que produz) a licitação é INEXIGÍVEL.

7. Princípios - LIMPE
a) Legalidade
O tipo deve estar previsto na lei 8.666.

b) Impessoalidade

c) Moralidade

d) Publicidade
Processo público

e) Eficiência
Escolha daquele que oferece melhores condições analisando custo/benefício.

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8. Contratação Direta
Os casos em que a licitação não precisa ocorrer devem estar previstos em lei – contratação
direta.

Dispensa de licitação (Espécie) (Lei 8.666)

Contratação direta (Gênero)

Inexigibilidade de licitação (Espécie) (Lei 8.666)

“Obras, serviços, compras, alienações”

Em princípio, deve-se licitar, exceto em caso de DISPENSA ou INEXIGIBILIDADE.

Locação

Lei 8.666

Concessão permissão

9. Administração indireta DEVE LICITAR.


Todas as entidades que compõe à Administração Pública Indireta DEVEM LICITAR.

IMPORTANTE:
O art. 173 da CF/88 dispõe que as Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas que
exploram atividade econômica poderão se submeter a procedimentos licitatórios especiais.

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31/07/14 (Retirado do material de Rebeca Ribeiro e Thâmara Laís)
10. Princípios Informativos (Art. 3º - Lei 8.666)
Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção
da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável
e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação
ao instrumento convocatório¹, do julgamento objetivo² e dos que lhes são correlatos. (Redação dada
pela Lei nº 12.349, de 2010)

(1) Vinculação ao instrumento convocatório: Vinculação ao edital. Esta não pode inovar no ordenamento
jurídico. Deve ser seguido, desde que de acordo com a lei 8.666.

(2) Julgamento objetivo: O julgamento deve ser imparcial, objetivo.

11. Procedimento administrativo formal que precede as contratações (Art. 38 – Lei


8.666)

Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo,
devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta
de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:

I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso;

II - comprovante das publicações do edital resumido, na forma do art. 21 desta Lei, ou da entrega do
convite;

III - ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro administrativo ou oficial, ou do responsável


pelo convite;

IV - original das propostas e dos documentos que as instruírem;

V - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora;

VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou inexigibilidade;

VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua homologação;

VIII - recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas manifestações e decisões;

IX - despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso, fundamentado


circunstanciadamente;

X - termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso;

XI - outros comprovantes de publicações;

XII - demais documentos relativos à licitação.

Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou
ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração.
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

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12. Competências (Art. 1º - Lei 8.666)
12.1. Para legislar (Art. 22, XXVII – CF)
União – Normas Gerais

Lei 8.666 é considerada como norma geral.

(Thâmara Laís) (11/08/14) Maioria da lei 8.666 foi considerada norma geral, com exceção de alguns
incisos do art. 17, podendo Estados e Municípios sobre alienação de seus bens.

12.2. Para licitar


União, Estado, DF, Municípios e suas respectivas entidades.

13. Quem deve licitar?


Administração Pública Direta e Indireta.
(Thâmara Laís) (11/08/14) Órgãos da Administração Direta, Fundos especiais¹, autarquias, fundações
públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.

(1) Fundos especiais – crítica: Não possuem personalidade jurídica.

Entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal, OS’s,
entidades do sistema S, OSCIPS.

Sociedade de Economia Mista e Empresas Públicas à Serviço público, explorar atividade econômica¹
(Art. 173)

(1) Exploração de atividade econômica: O estado não deve, de maneira indiscriminada, atuar nesta área.
Adotou-se regime de livre iniciativa e concorrência. Por isso, não se pode ter tratamento privilegiado em
relação às demais pessoas jurídicas privadas, em razão do estabelecido no art. 173, II, principalmente
quanto à sua atividade fim.

Ex. Petrobrás – há regulamento interno que rege suas licitações.

Empresas privadas, desde 95, têm autorização para explorar petróleo.

Petrobrás – livre competição com outras empresas que não têm que licitar, não precisam licitar.

- Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista Exploradoras de Atividade Econômica: Não estão
sujeitas à lei 8.666, mas para sua atividade meio devem observar os princípios contidos nesta, não à sua
rigidez.

QUANTO À ATIVIDADE FIM NÃO PRECISAM LICITAR – LIVRE CONCORRÊNCIA.

- OSCIP, OS: Recebem dinheiro público. Devem observar os princípios da lei 8.666 para contratar bens e
serviços, através de processo formal, mas sem a rigidez da lei de licitação.

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07/08/14 (Retirado do material de Rebeca Ribeiro e Thâmara Laís)
14. Modalidades de licitação (Art. 22)
Adota-se o critério de menor preço como prioritário – Lei 10.520.

Vedada adoção de modalidade não prevista em lei ou combinação de modalidades – vincula o


administrador, o legislador não.

A adoção de modalidade incorreta gera NULIDADE.

Deve-se adotar as modalidades conforme previsto em lei.

Para a adoção de concorrência, tomada de preço e convite, adotar-se-á o valor ESTIMADO do


contrato.

Valores da contratação e escolha da modalidade – art. 23


- Interpretação art. 23, §1º

A modalidade de ve se referir ao objeto como um todo, ainda que a execução seja fracionada.

14.1. Concorrência
- Maior valor.

- Mais aberta à disputa.

- Algumas situações, independentemente do valor, exigem-se licitação por concorrência.

Ex. Delegação de serviço público.

14.2. Tomada de preço

- Existência de cadastro - Exige cadastro, mas pode cadastrar em até 03 dias.

- Menos aberta à disputa.

- Participam aqueles que possuem certificado.

- Pode-se requerer cadastro em até 03 dias antes do recebimento das propostas.

14.3. Convite

- Exige cadastro. Se não foi convidado, pode pedir extensão do convite 24 horas antes deste.

- Escolha de, no mínimo, 03 candidatos, cadastrados ou não. A cada novo convite, deverá ser
convidado candidato INÉDITO.

- Aquele que é cadastrado, mas não foi escolhido, poderá manifestar interesse em até 24
horas da apresentação de propostas.
14.4. Concurso
- Para seleção de trabalho técnico, científico e artístico, mediante instituição de prêmios ou
remuneração.

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14.5. Leilão
- O poder público irá se “desfazer” de bens¹.
(1) Bens: móveis, produtos e imóveis do art. 19

Ex1. Produtos apreendidos, penhorados e adjudicados pelo poder público, legalmente.

Ex2. Descaminho.

14.6. Pregão
- Para aquisição de bens ou serviços comuns¹ independentemente de valor.
(1) Comuns: Aqueles em que há condição de se estabelecer critérios objetivos.

- HÁ INVERSÃO DE FASES – 1º PROPOSTAS PARA DEPOIS HABILITAÇÃO

- Divide-se em:
a) Eletrônico – aberta à disputa.

b) Presencial – adoção deve ser motivada – deve ser demonstrado o interesse público.

Nota:
- O recurso hierárquico na fase de habilitação pode impugnar inabilitação própria ou de outro.

- Convite – limitação do mercado – art. 22, §7º - Circunstâncias justificadas – localidade tem
menos de 3.

15. Tipos de licitação (Critérios de julgamento) (Impossibilidade de inovar) (art. 45)


Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável
pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos
no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar
sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.

§ 1o Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, EXCETO NA MODALIDADE CONCURSO:

I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração
determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do
edital ou convite e ofertar o menor preço;

II - a de melhor técnica;

III - a de técnica e preço.

IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso.
(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2o No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obedecido o disposto no § 2o do art. 3o
desta Lei, a classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os
licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo.

- Interpretação:

Em caso de empate, adotar-se-á o sorteio.

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§ 3o No caso da licitação do tipo "menor preço", entre os licitantes considerados qualificados a
classificação se dará pela ordem crescente dos preços propostos, prevalecendo, no caso de empate,
exclusivamente o critério previsto no parágrafo anterior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

- Interpretação:

É feita ordenação entre aqueles que tenham menor preço (devem cumprir demais exigências –
proporcionais).

§ 4o Para contratação de bens e serviços de informática, a administração observará o disposto no art. 3o


da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta os fatores especificados em seu parágrafo
2o e adotando obrigatoriamento o tipo de licitação "técnica e preço", permitido o emprego de outro tipo
de licitação nos casos indicados em decreto do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

- Interpretação:

Lei que protegeu o Mercado de Informática – Lei nº 8.248/91 – rege contratação de serviços de
informática.

§ 5o É vedada a utilização de outros tipos de licitação não previstos neste artigo.

§ 6o Na hipótese prevista no art. 23, § 7º, serão selecionadas tantas propostas quantas necessárias até
que se atinja a quantidade demandada na licitação. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

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11/08/14 (Retirado do material de Rebeca Ribeiro e Thâmara Laís)
16. Princípios (Art. 37, XXI – CF – LIMPE / Art. 3º - Lei 8.666)
16.1. Igualdade/isonomia
Micro e pequenas empresas têm tratamento favorecido.

Vantagem para a administração.

Igualdade não é absoluta.

Ex. Empate presumido da proposta feita por Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte
quando participam quando houver até 10% de diferença.

16.2. Promoção do desenvolvimento sustentável


Detalhamento/critérios definidos do edital para ser alcançado na prática.

Licitação como método de desenvolvimento nacional.

“Processada e julgada” – é um processo.

16.3. Legalidade
Não se pode inovar, combinar fases.

16.4. Impessoalidade
Deve-se prezar pela igualdade. Portanto, não se deve favorecer ou prejudicar licitante
determinado.

16.5. Moralidade
16.6. Publicidade
Edital, publicação de atos e resultados.

16.7. Probidade
Conduta ética que se deve pautar.

Responsabilidade administrativa, civil e criminal.

16.8. Vinculação (do ato convocatório)


CF à Lei 8.666 à Edital – vincula a Administração e quem a ele adere.

16.9. Julgamento objetivo-desejável


Qualquer julgamento tem carga subjetiva.

IMPORTANTE:
A licitação abarca, inclusive, os serviços de PUBLICIDADE.

17
14/08/14 (Retirado do material de Rebeca Ribeiro e Thâmara Laís)
17. Contratação Direta
17.1. Dispensa e inexigibilidade
17.1.1. Dispensa – Rol TAXATIVO(Art. 24)
Lei entende que no caso não é conveniente realizar a licitação.

É possível disputar, mas é desnecessário.

É até 10% do valor da contratação.

ROL TAXATIVO.

Ex. Obras e serviços de engenharia até 10% valor do convite, urgência depois de licitação deserta,
calamidade, impressão de diário oficial.

17.1.2. Inexigibilidade – Rol EXEMPLIFICATIVO (Art. 13/25)


Disputa não é possível. Não há como prever todas as hipóteses, logo o rol é exemplificativo.

Ex. Equipamento que só pode advir de fornecedor exclusivo, contratação de profissional artístico.

17.2. Processo para dispensa/inexigibilidade (Art. 26)


I. Necessidade

II. Enquadramento da situação à hipótese normativa

III. Publicar na impressa oficial (prazo de 05 dias).

Nota:
Art. 89, I – É crime não atender critérios do procedimento de dispensa/inexigibilidade.

IMPORTANTE:
- Teoria da Culpa Anônima
O agente estatal não agiu quando deveria.

Art. 71 – Lei 8.666 – STF – Constitucional

Inclusive por encargo trabalhista

Crítica – Terceirização – ao trabalhador caberia o ônus de provar a falha do Poder Público.

- O Poder Público pode exigir que os requisitos exigidos na Habilitação sejam regularmente
comprovados/mantidos.

- O vencedor da licitação não tem direito adquirido de ser contratado. Tem apenas expectativa
de direito.

18
18. Registro de preços (Art. 15)
(Thâmara Laís) Direito de preferência – compromete-se a fornecer por determinado preço.

Poder Público adquirir produtos de uso frequente. Modalidade de concorrência, levando-se em


conta qualidade e valor.

Não há direito adquirido do licitante em relação ao objeto.

Ex. Não há vinculação à quantidade inicialmente. Esta pode variar durante a execução.

(Rebeca Ribeiro) Forma do poder público adquirir bens que serão de uso frequente. Modalidade
de seleção será valor e qualidade. Não há direito adquirido.

19. Registro cadastral (Art. 34)


Forma de habilitação prévia (substitui fase).

Recolhem-se documentos para demonstrar regularidade em momento prévio.

Expede-se certificado que demonstra o cumprimento dos requisitos.

Divulgação ampla e aberta aos interessados.

Necessidade de atualização anual.

Objetiva impedir intercorrências na fase de habilitação.

- Interpretação §2º

Carona – aquele que tem certificado pode se utilizar do mesmo em outra unidade federativa.

Registro de Preços Registro Cadastral

Modo de a Administração contratar/comprar Antecipar intercorrências – fase de habilitação.

Conceder certificado.

19
18/08/14 (Retirado do material de Rebeca Ribeiro e Thâmara Laís)
20. Comissão de licitação (Art. 51)

- Regra: 3 integrantes¹, sendo 2 do quadro permanente.

(1) Integrantes: Respondem SOLIDARIAMENTE pelas irregularidades.

- Funções:
a) Recolher documentos/certificados;

b) Verificar quem se habilita;

c) Verificar se as propostas cumprem as regras;

d) Classificar propostas;

e) Enviar para homologação (autoridade superior).

- Órgãos que licitam com frequência – comissão permanente obrigatória – mantados devem ser
renovados e pelo menos parte deve ser alterada.

21. Prazo de antecedência mínima (Art. 21)


Variam conforme modalidade e tipo de licitação.

Objetiva preservar caráter comp. (???)

Impedir que alguns sejam favorecidos por divulgação antecipada em “off” e/ou prazo exíguo.

22. Pregão (Lei 10.520/02 – norma geral)


22.1. Objetivos
Dar celeridade e eficiência.

Desburocratizar.

Modalidade mais adotada atualmente.

IMPORTANTE:

Prazo de 08 dias para publicação do edital e realização da licitação.

22.1. Tipos – Presencial/eletrônico


A modalidade eletrônica visa fomentar a disputa e facilitar o procedimento.

Deve-se justificar o porquê de não adotar o pregão eletrônico.

22.2. Objeto
Contratação de bens e serviços comuns.

20
22.3. Tipo/Critério
Sempre o menor preço.

Todavia, padrões de desempenho e qualidade podem ser definidos no edital de maneira


objetiva a partir de padrões de mercado.

O tipo de licitação será sempre menor preço, pois os padrões já foram definidos no edital.

Sem limite de valor, podendo este ser:


a) Baixo;

b) Médio;

c) Alto – inclusive valor que exigira concorrência.

22.4. Vedações
a) Obras;

b) Locações imobiliárias;

c) Serviços de informática (Lei de informática define melhor técnica).

IMPORTANTE:

Administração tem 60 dias para contratar proposta.

22.5. Características
a) Inversão de fases – classificação e julgamento/habilitação
1º - Propostas – Classificação/julgamento;

2º - Habilitação.

b) Inversão de fases – adjudicação/homologação


Adjudicação à homologação.

Exige-se que o licitante declare, formalmente, que cumpre os requisitos.

- Crítica – doutrina:

Apenas declarar é fácil.

c) Tipo menor preço sempre

d) Pregoeiro (Substitui a comissão de licitação)


Substitui a comissão de licitação. Pode ser auxiliado.

e) Sem garantia de proposta

1% do valor estimado do contrato para se lançar.

21
22.6. Considerações finais

Edital deve ser publicado com anterioridade de 8 dias e deve definir bem o objeto.

Na sessão pública, o licitante já deve manifestar que não concorda/interesse de recorrer.

Após adjudicação, demais licitantes estão liberados da proposta.

22
21/08/14
23. Serviços de Publicidade (Lei 12.232/2010) (Rebeca Ribeiro e Thâmara Laís)
- Não se aplicam as leis 8.666 e 10.520.

- Modalidades (Art. 22 – Lei 8.666).

- Plano de comunicação publicitária

- Tipo (Art. 42 – Lei 8.666)


Técnica e preço e técnica (prevalece preço). Busca-se resultado ponderado.

- Comissões técnicas
Podem ser formadas, inclusive, por pessoas externas à Administração Pública a fim de que seja valiado o
plano de Comunicação Publicitária.

Nota:
A licitação deve ser instrumento para o desenvolvimento sustentável.

Decreto-lei 7.746/10 – Estabelecimento de margem de preferência para produtos internacionais


– Art. 3º - Lei 8.666.

24. Microempresas e empresas de pequeno porte (Art. 170, IX – CF / ME – EPP LC 123/06


– LC 147/ Agosto 2014)

“Tratamento favorecido e diferenciado” – Como? Lei

a) Regularização de pendências fiscais (05 dias prorrogáveis por mais 05)

Anteriormente à lei 147/14, o prazo era de 02 dias. A partir de agosto de 2014, o prazo passou a ser de
05 dias.

b) Empate ficto 10% (5% no pregão)


Dará a oportunidade à microempresa que melhore a proposta nas próximas fases. Se persistir o empate,
esta também ganhará.

c) Licitação restrita até 80 mil

Licitações para microempresas e empresas de pequeno porte no valor de até 80 mil reais.

Anteriormente, havia uma faculdade da licitação ser direcionada às microempresas e empresas de


pequeno porte. Todavia, com o advento da lei 147/14, agora é OBRIGATÓRIO que as licitações de até 80
mil sejam direcionadas somente às me’s e epp’s.

23
25. Regime Diferenciado de Contratação – RDC (Lei 12.462/11)

25.1. Objetivos

Celeridade, desburocratização, melhora na execução

25.2. Aplicação

a) Jogos olímpicos – copa – aeroportos

b) Obras e serviços de engenharia – SUS (Lei 12.745/12) e PAC (Lei 12.688/12)

c) Construção, ampliação, reforma de presídios (Lei 12.980/14)

d) Construção, ampliação, reforma de unidades armazenagem da Companhia Nacional de


Abastecimento (CONAB)

e) Programa nacional drenagem portuária e hidroviária

IMPORTANTE:

A tendência é que o Regime Diferenciado de Contratação seja AMPLIADO.

Nota (Thâmara Laís):

- Diferenças das PPP’s:

Novas modalidades de concessão – patrocinada¹ e administrativa².

(1) Patrocinada: Permite que, além das tarifas (concessões comuns), a remuneração seja composta por
complementação do poder público – adicional de tarifa.

(2) Administrativa: Não há usuário que paga pelo serviço. Permite que o particular invista, explore com
remuneração exclusiva do poder público.

Ex. Escolas, presídios.

24
25.3. Diferenças

a) Contratação integrada

Na lei 8.666 o poder público esboça o objeto, pode licitar o projeto básico, o projeto executivo e a
execução em si separadamente. No regime desta lei, quem participa do projeto básico e projeto executivo
NÃO PODE PARTICIPAR DA LICITAÇÃO DE EXECUÇÃO.

Por outro lado, a contratação integrada possibilita que a mesma empresa faça o projeto base, o projeto
executivo e a execução.

b) Garantidas do contratado (Thâmara Laís)

Aproxima-se das PPP’s – muitas garantias.

O princípio da supremacia do interesse público já coloca a Administração em superioridade.

O maior número de garantias tem o intuito de que com elas o contratado cobre menos, pois tem maior
segurança quanto ao pagamento.

c) Inversão de fases (vide matéria anterior)

d) Sigilo do orçamento prévio

Evitar conluio, carteis.

Os órgãos de fiscalização interna têm acesso – Tribunal de Contas, controladorias, etc.

e) Desempenho e qualidade com consequências na remuneração

Já existe nas PPPs.

O pagamento gira em torno da qualidade do serviço prestado.

25.4. Critérios de julgamento

a) Menor preço

b) Técnica e preço

c) Maior desconto

d) Melhor técnica e conteúdo artístico

e) Maior oferta de preço

f) Maior retorno econômico

25
26. Recursos nas Licitações (05 dias úteis – 02 no convite)

a) Habilitação/Inabilitação

b) Julgamento

c) Anulação/revogação

d) Negativa, exclusão, registro cadastral

e) Rescisão do contrato

f) Advertência, suspensão e multa

- Procedimento

Aplicação de penas – advertência, suspensão¹ e multa impostas unilateralmente, mas a observância do


contraditório/ampla defesa é condição de legitimidade.

(1) Suspensão: Vincula apenas a entidade que a impôs.

- Representação – Art. 109, II

- Reconsideração – 10 dias (declaração inidoneidade)

Reconsideração (pedido de reconsideração), no caso de declaração de idoneidade (vincula todas as


esferas da Administração).

Aguardar prazo de 2 anos

Vigora até a reabilitação da empresa

Restituir prejuízos à Administração

Ø Licitação (Retirado do material referente ao Cursinho Orvile Carneiro – Oficial de Apoio/TJMG)


1. Norma Geral Lei 8666/93
2. Abrangência
Lei Nacional, isto é, abrange todos os entes federativos.

3. Finalidade e Conceito
É um procedimento administrativo que tem por finalidade:

- Atender o princípio da isonomia (impessoalidade);

- Buscar a proposta mais vantajosa (nem sempre o mais barato);

- O desenvolvimento nacional (prioridade dos produtos produzidos no país/brasileiros e


empresas que invistam em tecnologia aqui no país, margem de preferência de alteração dos
critérios de desempate).

4. Princípios
26
- LIMP(E) à Eficiência não rege EXPRESSAMENTE;

- Vinculação ao instrumento convocatório à EDITAL (vincula TANTO A ADMINISTRAÇÃO


QUANTO O FORNECEDOR);

- Julgamento objetivo das propostas à estabelecimento de critérios objetivos;

- Adjudicação compulsória:
I. Vincula TANTO A ADMINISTRAÇÃO QUANTO O FORNECEDOR;

II. Em relação à administração: se for contratar, esta deverá contratar o primeiro lugar;

III. Em relação ao fornecedor: uma vez ganha a licitação, o fornecedor fica obrigado a prestar o serviço.

5. Procedimento
- Fase interna: elaboração do edital;

- Fase externa: publicação do edital (uma vez publicado, não se altera o edital).
Edital à Habilitação à Proposta (Classificação) à Homologação à Adjudicação

CLASSIFICAÇÃO SOMENTE APÓS A PROPOSTA

6. Tipos
- Preço

- Técnica

- Preço e Técnica

- Maior lance

7. Modalidades
- Aquisição de bens I. Concorrência

II. Tomada de preços Pregão

- Aquisição de serviços III. Convite

- Aquisição de obras

- Alienação
I. Leilão

II. Concorrência

- Escolha do melhor
Concurso

- Trabalho Técnico, científico ou artístico

27
Obras Bens e Serviços Participação Prazo

Técnica/Técnica Preço Preço


Qualquer
Concorrência > R$ 1.500.000,00 > R$ 650.000,00 pessoa do 45 30
ramo

Tomada de < R$ 1.500.000,00 < R$ 650.000,00 Cadastrados e


preço aqueles que
atenderem os 30 15
requisitos até
3 dias antes da
licitação

Convite < R$ 150.000,00 < R$ 80.000,00 Convidados


em número
mínimo de 3 5 dias úteis
(livre) e
aquelas que
cadastradas
no prazo de
até 24h

7.1. Concorrência
- Habilitação preliminar;

- Concessão de direito real de uso preferencial em licitação internacional;

7.2. Tomada de preço


- Cadastrados

- Licitação internacional

7.3. Convite
- Carta convite: instrumento convocatório do convite (publicidade mitigada/atenuada);

- Rodízio: enquanto ainda houver fornecedor interessado, a administração deverá convidar um


novo fornecedor a cada novo convite;

- Limitação de mercado: se houver limitação de mercado, o fato deve ser justificado em


processo, isto é, se não houver 3 fornecedores, pode-se realizar a licitação, porém esta deverá
ser justificada.

7.4. Concurso
- Para a escolha de trabalho técnico, artístico ou científico.

28
7.5. Pregão (NÃO ESTÁ PREVISTO NA LEI 8.666 e sim na lei 10.520)
- BENS E SERVIÇOS COMUNS;

- Inversão de fases: primeiramente, propostas e, posteriormente, habilitação;

- Recurso ao final: o recurso NÃO é feito fase a fase;

- Prazo de 8 dias úteis da publicação do edital para a realização da licitação;

- PODE SER PRESENCIAL OU ELETRÔNICO;

- NÃO HÁ ESTIPULAÇÃO DE VALOR MÍNIMO OU MÁXIMO.

Concorrência
- Habilitação preliminar;

- Concessão do direito real de uso;

- Obras de grande vulto;

- Preferencialmente em licitação internacional.

Tomada de preço
- Fornecedor Cadastrado;

- Licitação internacional

Convite
- Carta convite (NÃO TEM EDITAL);

- 3 convidados;

- Rodízio;

- Limitação de mercado.

29
Pregão
- Bens e serviços comuns (encontrado no mercado de forma livre);

- Pode ser eletrônico ou presencial;

- Inversão de fases (proposta antes da habilitação)

- Recursos no final;

- Prazo 8 DIAS ÚTEIS.

Procedimento Comum Pregão

Edital Edital

Habilitação Proposta

Proposta Habilitação

Homologação Homologação

Adjudicação Adjudicação

JULGAMENTO TEM QUE VIR DEPOIS DA


HABILITAÇÃO
Alienação
Poderá ser:

- Leilão à venda de bens móveis, inservíveis ou decorrentes de apreensão judicial.

- Concorrência à Venda de bens imóveis.

Atenção:
Bens IMÓVEIS decorrentes de procedimento judicial ou de dação em pagamento poderão ser
alienados por meio de LEILÃO ou CONCORRÊNCIA.

Ex. Caixa (procedimento judicial)

Onde tem mais de uma pessoa interessada, é preciso licitação.

Art. 17
Imóveis Móveis

- Interesse público; - Interesse público;

- Avaliação; - Avaliação;

- Concorrência; - Leilão.

- Autorização legislativa para:

Administração direta, autárquica e fundacional


(são bens públicos)

30
Dispensa de licitação
- Licitação dispensada – art. 17
Alienação de bens

- Licitação dispensável – Art. 24


Rol taxativo em que é possível licitação que exige uma descricionalidade;

- Licitação inexigível – art. 25


Rol exemplificativo

Não é possível licitar

I. Fornecedor exclusivo;

II. Notoria especialização + serviço técnico especializado (ver art. 13 pag 445);

III. Profissional artístico consagrado pelo público (pela mídia).

Sanções (art. 81)


Pag. 447

Administrativas Jurídicas

- Advertência - Multa (definida em sentença de 2% a 5% do


valor do contrato e será revertida para )
- Multa *é acessória
- Detenção
- Suspensão do Direito de contratar por até 2
anos

- Declaração de indoneidade.

- A recusa do fornecedor em celebrar o contrato não é crime, mas conduta administrativamente


punível.

- A aplicação das penalidades administrativas depende de Processo Administrativo no qual ele


poderá apresentar sua defesa;

- O prazo de defesa será de 10 dias na declaração de indoneidade e de até 5 dias nas demais
hipóteses.

31
25/08/14

Ø Contratos Administrativos
1. Contratos da Administração (Gênero) vs. Contratos Administrativos (Espécie)
a) Contratos da Administração - Gênero
Abarca o contratos administrativos e aqueles em que a Administração não possui prerrogativas de poder.

b) Contratos Administrativos
Aqueles nos quais é exigida licitação, havendo, portanto, limitação à autonomia da vontade.

Com prerrogativas de poder para a Administração.

2. Competência Legislativa (Art. 22, XXVIII – CF)


A competência para elaboração de normas gerais é da União.

Os Estados e Distrito Federal possuem competência SUPLEMENTAR.

3. Contrato personalíssimo (Exceção – subcontratação¹)


O contrato é intransferível. Assim, IMPORTA A PESSOA DO CONTRATADO QUE FOI SELECIONADA NO
PROCESSO DE LICITAÇÃO.

Não é possível, portanto, repassar o objeto que foi licitado a terceiros.

(1) Exceção – subcontratação (Art. 72): Tem que haver previsão no edital, no contrato, justificando a
existência de vantagem na subcontratação, bem como deve ser precedida de autorização expressa.

(Thâmara Laís) A Administração tem interesse em limitar a subcontratação para preservar o processo de
licitação.

Anexo ao edital vai o contrato. Anexo ao contrato vai o edital.

Art. 72 – Partes de obras, serviços, fornecimento, responsabilidade de contratado, previsão no


edital/contrato – autorização

4. Contrato Formal (Art. 62)


a) Adesão/forma escrita/publicidade – Art. 61

b) Forma verbal:

Pronto pagamento e entrega/menores formalidades. Valor menor que 5% do convite. Emergência.

10% abaixo do convite pode ser dispensada a licitação.

32
Nota:
- Exceção do contrato não cumprido prevalece no contrato administrativo?
(Thâmara Laís) O contratado só pode deixar de cumprir sua obrigação quando a Administrativo deixar
pagar por mais de 90 dias – notificar – arts. 77, 78, XIV e XV.

Quando o contratado depender de alguma condição a ser feita pela Administração para dar cumprimento
às suas obrigações, deve aguardar 120 dias.

(Rafael Barreto) O particular deve cumprir suas obrigações até 90 dias de inadimplência do
Poder Público.

IMPORTANTE:
Apesar de ser um contrato de adesão, com previsão de cláusulas exorbitantes têm natureza
contratual à características.

33
28/08/14
5. Cláusulas necessárias (Art. 55)
- Nulidade
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:

I - o objeto e seus elementos característicos;

Não se pode alterar o objeto, apenas o quantitativo.

II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;

III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de


preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do
efetivo pagamento;

IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de


recebimento definitivo, conforme o caso;

V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da
categoria econômica;

VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;

VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas;

VIII - os casos de rescisão;

IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no


art. 77 desta Lei;

X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;

XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta


do licitante vencedor;

XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;

XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade


com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na
licitação.

§ 1o (VETADO)

§ 1º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2o Nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive
aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar necessariamente cláusula que declare competente
o foro da sede da Administração para dirimir qualquer questão contratual, salvo o disposto no § 6o do
art. 32 desta Lei.

§ 3o No ato da liquidação da despesa, os serviços de contabilidade comunicarão, aos órgãos incumbidos


da arrecadação e fiscalização de tributos da União, Estado ou Município, as características e os valores
pagos, segundo o disposto no art. 63 da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964.

34
IMPORTANTE:
O Estado atuar mais em parceria com entes privados, mas com menos ajustes unilaterais e,
consequentemente mais bilaterais.
Para participar da licitação¹

6. Garantias (Art. 55, VI, 56)

Para executar o contrato²

(1) Garantia de proposta – 1% do valor estimado.

(2) Feita pelo licitante vencedor – 1% do valor do contrato.

- Modalidades de garantia:
Títulos da dívida pública, fiança bancária, caução. A substituição da garantia pode ser feita de forma
unilateral.

De proposta e de execução

Formas

Valor

Restituição

7. Duração (Art. 57)


- Prazo determinado
Devem ter prazos determinados.

Prazo máximo – aquele da dotação orçamentária anual

I. Exceções:

(Thâmara Laís)

a) Projetos previstos na lei do plano plurianual.

b) Contratos de prestação de serviços continuados – 60 meses.

c) Contrato de aluguel – 48 meses.

Ex. Aluguel de equipamento de informática.

d) Hipóteses dos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art, 24 – 120 meses.

(Rafael Barreto)

a) PPA Art. 166 – CF

b) Serviços contínuos

c) Aluguéis equipamentos e programas de informática

d) Incisos, IX, XIX, XXVIII, XXXI art. 24

35
8. Pagamentos (Art. 55, II) (Thâmara Laís)
a) Mutabilidade
Possibilidade de alteração unilateral pela Administração Pública das cláusulas regulamentares (dizem
respeito ao modo e a forma de cumprimento do contrato).

b) Equilíbrio econômico-financeira
O contratado tem o direito de que, ainda que as cláusulas regulamentares sejam alteradas, a equação
econômico-financeira seja reequilibrada/mantida. Para tanto, o contrato deve sofrer reajuste decorrente
de desvalorização da moeda – inflação – correção monetária ou revisão, nos casos de mudança unilateral.

c) Revisão/reajuste

d) Cláusulas regulamentares

e) Cláusulas econômico/financeiras

Nota:
- Teoria da imprevisão: Fatos imprevisíveis possibilitam a alteração de ambas as cláusulas.
Formas alternativas de solução de conflitos, nitidamente a arbitragem, são previstas para tais
casos.

9. Cláusulas exorbitantes (Art. 58)


São estas que revelam o regime jurídico-administrativo dos contratos públicos.

a) Alteração unilateral – limites (Art. 65)

b) Rescisão unilateral (Art. 77)

c) Fiscalização (Art. 67) e sanções (Art. 87)

d) Ocupação provisória
Utilização provisória de bens e serviços para garantir o cumprimento do contrato.

6.1. Alteração unilateral


a) Limites (Art. 65, I)

b) Alteração qualitativa
Ex. Aparelhos/técnicas que não existiam quando da licitação ou necessidade de alteração no ato da
execução por ser inviável, etc.

c) Alteração quantitativa

Ex. Contratado obrigado a aceitar alteração de 25% no contrato.

36
6.2. Alteração bilateral (Art. 65, II)
Substituição da garantia de execução.

a) Caso fortuito/força maior

b) Fato príncipe
De ordem geral, alteração normativa feita pela Administração não como parte contratante.

c) Fato da Administração
Alteração unilateral (???).

6.3. Fiscalização (Art. 67)


Na obra haverá um representante da administração. Não afasta nem atenua a responsabilidade
do contratado.

6.4. Sanções (Art. 87)


Diferente de crimes. Possuem natureza administrativa.

6.4.1. Espécies
a) Sanção pecuniária.

b) Advertência por escrito – incide sobre garantia, podendo ser cumulada.

c) Suspensão do direito de contratar e participar de licitação por 02 anos.

6.5. Ocupação provisória


Forma de intervenção na propriedade privada.

Preza garantir a continuidade da atividade objeto do contrato.

Ex. Ocupação de áreas próximas para alojamentos, guardar instrumentos.

37
(AINDA NÃO LECIONADO)
7. Exceção do contrato não cumprido (Art. 78, XIV e XV)
8. Responsabilidades (Arts. 70/71 – ADC 16 – Rext. 603.337)
9. Entrega do objeto
10. Extinção
10.1. Conclusão objeto/termo contratual
10.2. Rescisão Administrativa (Art. 78, I a XII e XVII)
10.2.1. Rescisão Consensual (Art. 78, XIII a XVI)

10.2.2. Rescisão Judicial (Art. 78, XIII a XVI)

10.3. Anulação
10.3.1. Efeitos (Art. 59)

11. Crimes (Arts. 89 a 108)

Ø Contratos Adm
Obras - I

1. Art. 6º - Lei 8.666/93 Sanções - II

Fornecimento (compras) – III

Serviço

Serviço precedido de obra

2. Concessões PPP

Uso de bem público

Direito Recl. De uso

Especial para moradia

Florestal, etc.

3. Permissão de S.P. – Consórcio Público – Gestão

38
08/09/14
Ø Serviços Públicos (Leis 8.987/95, 9.074/95 e 11.079/04)
“Todo homem tem igual direito de acesso ao Serviço Público de seu país” – Judh – XXIZ

- Considerações:

Reforçado o aspecto da igualdade formal (igualdade de acesso). Todavia, é necessário também que esta
isonomia seja levada também para o campo material, o que ocorre, geralmente, no tratamento igualitário
aos iguais e desigual aos desiguais na medida de sua desigualdade.

1. O Estado existe para prestar Serviço Público?

A Constituição Federal nos leva à necessidade de um Estado prestador de serviço público, ainda
que por meio de normas programáticas cuja regulamentação não é vista na prática.

No Direito Administrativo, a centralidade da matéria já chegou a ser considerada como estudo


do serviço público.

Todavia, esta não é a concepção adotada, bem como não é a finalidade única do Estado.

Assim, a finalidade do Estado não se esgota no serviço público.

2. Serviço Público e concepções de Estado

3. Serviço Público e atividade econômica (Art. 173/174/175 – CF)


Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo, conforme definidos em lei.

- Considerações:

O Estado Brasileiro não deve explorar atividade econômica, tendo em vista que esta é destinada aos entes
privados.

O presente artigo elenca EXCEÇÕES, quais sejam:

I. Imperativo da segurança nacional;

II. Relevante interesse coletivo.

§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de


suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de
prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

- Considerações:

As emprestas estatais devem se submeter aos mesmos direitos e obrigações civis, comerciais,
administrativas e penais dos demais agente econômicos (privados).

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I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)

III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da


administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de


acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.(Incluído pela


Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 2º - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais
não extensivos às do setor privado.

§ 3º - A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.

§ 4º - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da
concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.

§ 5º - A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá
a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados
contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.

Os princípios da atividade econômica são a liberdade de iniciativa e concorrência.

Não há liberdade de iniciativa nem de concorrência no serviço público.

Deve-se, portanto, encontrar o meio-termo entre as duas vertentes.

Assim, as atividades econômicas serão reguladas conforme sua essencialidade.

Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei,
as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e
indicativo para o setor privado.

§ 1º - A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado,


o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento.

§ 2º - A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.

§ 3º - O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a


proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.

§ 4º - As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou concessão


para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e
naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei.

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

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Parágrafo único. A lei disporá sobre:

I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de


seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da
concessão ou permissão;

II - os direitos dos usuários;

III - política tarifária;

IV - a obrigação de manter serviço adequado.

Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica
constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem
à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.

4. Serviço Público e as gerações de direitos

5. Serviço Público e Poderes Legislativo e Judiciário – Sentido amplo e estrito

6. Dificuldades para definição de Serviço Público

- Critério:

I. Subjetivo ou orgânico – Titularidade/competência

Criação – regulamentação – fiscalização – Execução (quem/como)

II. Formal – regime jurídico

III. Objetivo ou material – Direitos Fundamentais

7. Crise do Serviço Público

Na Europa tem se reformulado o conceito de Serviço Público.

8. Classificações

8.1. Delegáveis/indelegáveis

8.2. Coletivos/singulares

8.3. Remunerados/gratuitos

9. Princípios (Art. 37 – CF / Art. 6º, §3º - Lei 8.987/95 – “Serviço adequado” – Art. 175, IV – CF)

10. Interrupção e continuidade

11. Medicidade e remuneração

12. Conceito (Marçal Justem Filho)

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22/09/2014

Ø Serviços Públicos
1. Regime Público – Serviço Adequado

Taxa

2. Remuneração

Tarifa

(2) Tarifa: Visa remunerar a prestação de serviço

3. Licitação – Concorrência (Arts. 14 a 18 – L.C. – Inversão de Fases)

4. Direitos e deveres dos usuários

5. Encargos de concedente (art. 29) e do concessionário (31)

6. Política Tarifária

6.1. Cláusulas regulamentares e financeiras

6.2. Tarifa Inicial

6.3. Revisão – Reajuste

Inexistência do serviço alternativo (art. 9º, §1º - Lei Complementar) – fontes alternativas de
receitas (modicidade). Em regra NÃO gera exclusividade (16).

7. Contrato

7.1. Cláusulas (Art. 23)

7.2. Caráter intuitu personae

7.3. Subcontratação (Art. 25)

7.4. Subconcessão (Art. 26)

7.5. Responsabilidade na Subconessão e na Subcontratação

8. Intervenção (Art. 32)

8.1. Serviço inadequado

8.1.1. Motivo

8.1.2. Forma

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8.1.3. Interventor

8.1.4. Prazos – Consequência Final

9. Extinção (Art. 35)

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29/09/14
29/09/14
Ø Concessões de Serviços Públicos
1. Política Tarifária

Cláusulas regulamentares e financeiras.

Tarifa Inicial

Provisão e Reajuste

Inexigência de serviço alternativo (Art. 9º, §1º)

Fontes alternativas/acessórios/projetos associados

Em regra sua exclusividade

2. Contrato

Cláusulas (Art. 23)

Intuito personae

Subcontratação (Art. 25)

Subconcessão (Art. 26)

3. Intervenção (Art. 32)

Serviço inadequado

Motivos

Forma-Decreto

Interventor

Prazos

Ao final

4. Extinção (Art. 34 e seguintes)

4.1. Fim do prazo – Reversão (Art. 36)

- Bens reversíveis

- Bens Cedidos

4.2. Encampação (Art. 37)

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Lei autorizativa

Indenização prévia

4.3. Caducidade (Arts. 27 e 38)

Decreto

Procedimento administrativo

Correção de irregularidades – multa

Proporcionalidade

Bens reversíveis

4.4. Rescisão
Ação judicial – trânsito

4.5. Anulação
Administrativa ou judicialmente

Ilegalidade – Licitação/contrato

4.6. Falência
4.7. Distrato
4.8. Anulação da outorga
4.9. Desaparecimento do objeto

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16/10/2014

Ø Bens Públicos
1. Definição (Art. 98 – CCB)

2. Classificações (Art. 9 – CCB)

2.1. Outras classificações

3. Características/atributos

Regime jurídico-administrativo dos bens públicos.

3.1. Alienação condicionada (Art. 100 CCB – arts. 17 – Lei 8.666/93)

a) Autorização legislativa

b) Avaliação prévia

c) Motivação

d) Licitação

3.2. Impenhorabilidade (Art. 100 – CF e 730 - CPC)

3.3. Imprescritibilidade (Art. 102 – CCB, art. 183, §3º - CF e art. 191, parágrafo único – CF)
3.4. Impossibilidade de oneração

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20/10/14

Ø Bens públicos
1. Conceito (Art. 98 – CCB)

Bem pertencente a pessoa jurídica de direito público será bem público.

Lado outro, bem pertencente a pessoa jurídica de direito privado será bem privado.

NÃO IMPORTA A NATUREZA DO BEM.

Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público
interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

2. Classificação (Art. 99 – CCB)

2.1. Considerações Iniciais

Atribui uma classificação referente à utilização/destinação do bem.

“O bem serve pra quê? O bem se destina a quê?”

2.2. Classificação

a) Uso comum

Bens destinados ao uso geral pelas pessoas. Em regra, a utilização do bem não dependerá de autorização,
requisito, limitação temporal, pagamento e afins.

Tem como finalidade a utilização indiscriminada pelas pessoas.

Ex. Rios, mares, praças, ruas.

EM PRINCÍPIO, NÃO HAVERÁ DISCRIMINAÇÃO ENTRE AS PESSOAS.

- Exceção:

Pedágio.

b) Uso especial

Servirão como infraestrutura para o exercício da atividade fim dos poderes.

Comporta restrições de horário, acesso, estabelecimento de requisitos para acesso e afins.

Ainda servirá à coletividade, mas terá como finalidade a prestação dos serviços públicos.

Ex. Sedes do poderes judiciário, executivo e legislativo, veículos oficiais, etc.

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c) Dominical – Dominial

Classificação residual. Aquele que não é de uso comum ou especial.

Não se destina ao uso comum geral e coletivo, bem como não se destina à prestação dos serviços públicos.

Integram o patrimônio público, mas não têm uma destinação pública específica.

Destina-se aos bens que não possuem destinação específica.

d) Outras classificações

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de
direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

3. Afetação/desafetação

A destinação pode ser alterada. Assim, a destinação pública do bem pode ser alterada.

Esta mudança de categoria é denominada como afetação/desafetação.

3.1. Bem afetado/consagrado

Bem afetado/consagrado é aquele que possui destinação específica. O bem afetado ou se insere
na categoria de bem público de uso comum ou especial.

Desafetado é o bem que não possui destinação pública específica.

3.2. Bem desafetado/não consagrado


Trata-se de um bem não afetado, não consagrado, não destinado.

São classificados como bens dominicais.

3.3. Processo de afetação/desafetação


- O bem pode ser afetado/desafetado por:
a) Lei;

b) Ato administrativo (alvo de controvérsia administrativa);

Defende o professor que o bem pode ser afetado/desafetado por Ato Administrativo.

c) Fato administrativo (alvo de controvérsia doutrinária)

Defende o professor que o bem pode ser afetado/desafetado por Fato Administrativo.

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4. Características/atributos
4.1. Alienação condicionada (Art. 100 – CCB)
a) Autorização legislativa

b) Declaração prévia

c) Interesse público motivado

d) Licitação
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são INALIENÁVEIS, enquanto
conservarem a sua qualificação¹, na forma que a lei determinar.

(1) Enquanto conservarem a sua qualificação (QUESTÃO DE PROVA): Significa “enquanto AFETADOS”,
isto é, enquanto mantiverem a sua destinação de uso comum ou especial.

4.2. Impenhorabilidade (Art. 100 – CF e art. 730 – CPC)


Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em
virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 62, de 2009). (Vide Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários,


vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e
indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de
sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os
demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na
data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão
pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei
para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o
restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009).

§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos
pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam
fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 62, de 2009).

§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades
de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do
maior benefício do regime geral de previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62,
de 2009).

§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao


pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios
judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando
terão seus valores atualizados monetariamente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de
2009).

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§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário,
cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e
autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de
precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro
da quantia respectiva. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar
a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e

responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
62, de 2009).

§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem como o


fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do
total ao que dispõe o § 3º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, deles deverá


ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não
em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas
vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de
contestação administrativa ou judicial. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta
em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos que
preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009).

§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de
créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de requisitórios, após
sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice
oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão
juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída
a incidência de juros compensatórios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros,
independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto nos §§ 2º e
3º.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição
protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62,
de 2009).

§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal poderá
estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e
Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de precatórios,
de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009).

Art. 730. Na execução por quantia certa contra a Fazenda Pública, citar-se-á a devedora para opor
embargos em 10 (dez) dias; se esta não os opuser, no prazo legal, observar-se-ão as seguintes regras:
(Vide Lei nº 8.213, de 1991) (Vide Lei nº 9.494, de 1997)

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I - o juiz requisitará o pagamento por intermédio do presidente do tribunal competente;

II - far-se-á o pagamento na ordem de apresentação do precatório e à conta do respectivo crédito.

4.3. Imprescritibilidade (Arts. 183 e 191 – CF e Art. 102 – CCB)


CF - Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados,
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família,
adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

§ 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos,


independentemente do estado civil.

§ 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.

§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

CF - Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco
anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta hectares,
tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a
propriedade.

Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

CCB - Art. 102. A competência, em razão do valor e do território, poderá modificar-se pela
conexão ou continência, observado o disposto nos artigos seguintes.

4.4. Impossibilidade de oneração

5. Aquisição – Gestão e uso – Alienação dos bens públicos


6. Aquisição
a) Contratos

b) Usucapião

c) Desapropriação

d) Registro loteamento

e) Adjudicação/dação em pagamento

f) Acessão

g) Confisco

h) Etc.

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7. Bens da União (Art. 20 – CF)
Art. 20. São bens da União:

I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;

II - as terras devolutas¹ indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares,
das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;

(1) Terras devolutas: Todos os bens do território brasileiro, inicialmente, pertenciam a Portugal em
virtude da descoberta. Todavia, ao longo do tempo, as terras foram passadas para particulares. Em
algumas vezes, de maneira irregular. Assim, terra devoluta é aquela de origem pública que jamais foi, por
um título legítimo, repassada a um particular.

Em regra, pertencem aos estados. Somente as terras devolutas com a finalidade específica
supramencionada pertencerão à União.

III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de
um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele
provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;

IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas
oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas
afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;(Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 46, de 2005)

V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;

VI - o mar territorial;

VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;

VIII - os potenciais de energia hidráulica;

IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;

X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;

XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

§ 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a
órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás
natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no
respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou
compensação financeira por essa exploração.

§ 2º - A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres,
designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua
ocupação e utilização serão reguladas em lei.

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