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LINGUA, LINGUAGEM E FALA

Linguagem, língua e fala são três conceitos indissociáveis no processo comunicativo, porém
individualmente diferenciáveis entre si.

Linguagem
A linguagem é um sistema de signos ou símbolos usados na transmissão de uma mensagem. É
a capacidade de comunicação de ideias, pensamentos, opiniões, sentimentos, experiências,
desejos, informações, etc.
Existem dois tipos de linguagem: linguagem verbal, recorrendo a palavras como forma de
comunicação, e linguagem não verbal, utilizando outros meios comunicativos, como gestos,
sons, imagens, etc.

Linguagem verbal:
 Palavras escritas;
 Palavras faladas.
Linguagem não verbal:
 gestos; 
 sinais;
 sons;
 cores;
 imagens;
 desenhos;
 expressões faciais.

Língua
A língua é um conjunto de palavras organizadas por regras gramaticais específicas. É uma
convenção que permite que a mensagem transmitida seja sempre compreensível para os
indivíduos de um determinado grupo. Assim, tem um caráter social e cultural, sendo usada
por uma comunidade específica:
 Língua portuguesa;
 Língua inglesa;
 Língua francesa;
 Língua alemã;
 Língua chinesa;

Nota: A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é uma língua com estrutura gramatical própria
e não uma linguagem, sendo reconhecida, também, como língua oficial de sinais do Brasil
desde 2002.

Fala
A fala é a forma pessoal de expressão de cada indivíduo, que possui uma organização própria
de pensamentos, ideias, opiniões, etc. A fala segue as regras gramaticais da língua, mas deixa
margem para a criatividade e diferenciação na comunicação em função de quem fala.
É influenciada pelo contexto, vivências, personalidade e conhecimentos linguísticos do
falante, apresentando diversos níveis, desde o mais informal ou coloquial, até o mais formal
ou culto.

Níveis da fala:
 Nível formal ou culto;
 Nível informal, coloquial ou popular;
 Nível regional;
 Nível vulgar;
 Nível técnico ou profissional;
 Nível literário ou artístico.

OS NÍVEIS DA LINGUAGEM

Os níveis da linguagem, também chamados de níveis da fala, são os diferentes registros em


que a linguagem pode ser utilizada pelos falantes, conforme o contexto comunicativo, o nível
de escolarização dos falantes, a interação com diferentes interlocutores, etc.
Existem dois níveis da linguagem principais: o culto e o coloquial.
O registro culto, chamado de norma culta, linguagem formal e registro formal, é usado na
linguagem escrita, na escola e no trabalho, na comunicação social, em situações que requerem
uma maior seriedade, quando não há familiaridade entre os interlocutores da comunicação. 
O registro coloquial, também chamado de linguagem coloquial, linguagem informal e
linguagem popular, é a linguagem falada em situações cotidianas de comunicação e em
conversas descontraídas entre familiares, amigos, conhecidos, vizinhos, etc.
Características da linguagem coloquial
 Usada em situações informais ou familiares;
 É uma linguagem falada, espontânea e despreocupada;
 Responde a necessidades de comunicação imediata do dia a dia;
 Aceita a existência de algumas incorreções linguísticas;
 Há um maior relaxamento em relação às regras gramaticais;
 Apresenta um vocabulário simples e expressões populares;
 Ocorre o uso de gírias e de palavras não dicionarizadas;
 Utiliza estruturas sintáticas simples;
 Permite a liberdade de expressão do falante;
 Está sujeita a variações regionais, culturais e sociais.

Características da norma culta


 Usada em situações formais, principalmente na escrita;
 É uma linguagem planejada, cuidada e elaborada;
 Privilegia a correção gramatical;
 Apresenta um vocabulário rico e diversificado;
 Utiliza estruturas sintáticas complexas;
 Ensinada na escola e usada na comunicação social.
Veja também: Exemplos de uso da linguagem formal e informal.
Outros níveis de linguagem
Além dessa divisão principal entre linguagem culta e linguagem coloquial, existem outras
classificações de níveis de linguagem, conforme diferentes autores, como:
 nível regional;
 nível vulgar;
 nível técnico ou profissional;
 nível literário ou artístico.
Nível não é hierarquia
Apesar de classificados em níveis, não significa que haja uma hierarquia entre a linguagem
formal e a linguagem informal, ou seja, uma não pode ser considerada melhor ou mais
importante do que a outra.
Um falante que saiba adaptar o seu discurso às diferentes situações comunicativas e aos
diferentes interlocutores irá usar, necessariamente, a linguagem culta e a linguagem coloquial
no seu dia a dia, como linguagens complementares. Este é um exemplo de variação
situacional, ou seja, uma variação linguística em função do contexto.
Existem outras variações linguísticas que ocorrem conforme alterações geográficas, temporais
e sociais, como variações regionais, variações históricas e variações sociais.

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