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AULA nº 7 a 9 : 07/10/20

Sumário:

Amostragem: Exemplos - Exercícios

1. INTRODUÇÃO: NOÇÕES GERAIS SOBRE AMOSTRAGEM

• UNIVERSO ( POPULAÇÃO) – Conjunto de elementos que apresentam pelo menos uma característica comum ( Objecto de estudo).
Exemplo: O Conjunto de todos os trabalhadores ou alunos da Universidade Politécnica.
• POPULAÇÃO FINITA - Número limitado de pessoas (N  100.000 unidades).
Exemplo: População constituída por todos os telefones produzidos numa fábrica num dia.
• POPULAÇÃO INFINITA – Número ilimitado de pessoas ( N>100.000 unidades).
Exemplo: Resultado Cara ou Coroa para vários lançamentos de uma moeda.
• CENSO - É uma colecção de dados relativos a todos os elementos de uma população
• UNIDADE ESTATÍSTICA – É cada elemento que constitui a população observada, sobre o qual recai a observação estatística. É praticamente o objecto a partir do qual
são procurados todos os detalhes da variável ou o fenómeno a estudar.
Exemplo: Um trabalhador da Universidade Politécnica.
• AMOSTRA - É um subconjunto ou parte das unidades estatísticas seleccionadas da população a ser estudada ( usada quando não é possível ou é difícil estudar toda a
população).
• DIMENSÃO DA AMOSTRA - Número de elementos da amostra
✓ Se n  30 a amostra é considerada pequena.
✓ Se n  30 a amostra é considerada grande.
• SONDAGEM - Estudo estatístico com base numa amostra.
• PARÂMETRO - É uma medida numérica que descreve uma característica de uma população.
• AMOSTRAGEM - Estuda o processo de extracção de amostras ou de seleccionar da população os elementos que devem pertencer a amostra

ESTATÍSTUICA DESCRITIVA ESTATÍSTUICA DESCRITIVA


AMOSTRA POPULAÇÃO
ESTATÍSTICA INDUTIVA

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• DESENVOLVIMENTO DE UM PLANO AMOSTRAL - O desenvolvimento de um plano amostral , apresenta a configuração seguinte:

POPULAÇÃO
ALVO

POPULAÇÃO
A INQUIRIR

PORQUE USAMOS AMOSTRAS?


• Porque existem populações infinitas;
• PROCESSO AMOSTRAL MÉTODO DE RECOLHA DE • Por economia ;
• DIMENSÃO DA AMOSTRA DADOS • Por maior rapidez; e
• Para obter maior precisão.

CAMPOS DE APLICAÇÃO DA AMOSTRAGEM


• Demografia
• Agricultura
• Domínio Industrial
AMOSTRA FINAL • Medicina
• Psicologia

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• ETAPAS DE REALIZAÇÃO DE UM INQUÉRITO POR AMOSTRAGEM


1. Definição dos objectivos com clareza
2. Definição da população a ser estudada e da unidade estatística
3. Definição das bases teóricas e práticas da sondagem (variáveis, tamanho, etc)
4. Elaboração do questionário com instruções de notação (simulação da validação dos dados)
5. Escolha do período de referência para a recolha da Informação
6. Escolha do método de amostragem conveniente
7. Selecção da amostra
8. Processamento, controle, análise e interpretação dos resultados
9. Realização das inferências e divulgação dos resultados

• O QUESTIONÁRIO – O questionário deve:


✓ Traduzir os objectivos da investigação em perguntas pertinentes (importantes), válidas (reais) e fiáveis (correctas);
✓ Motivar o informante de forma a responder; e
✓ Deve ser ensaiado e desenhado de tal maneira que facilite o processamento posterior dos dados.ASPECTOS PRINCIPAIS A CONSIDERAR NA
ELABORAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO:
✓ Perguntas de investigação
✓ A ordem das perguntas
✓ O número de perguntas
✓ A redacção das perguntas
✓ As instruções para o inquirido
✓ O questionário como instrumento de codificação
✓ O ensaio prévio do questionário

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• A REPRESENTATIVIDADE DE UMA AMOSTRA - Para que a Informação obtida de uma amostra seja verdadeiramente válida é necessário que a amostra correspondente
seja representativa. Para isso deve-se ter o maior cuidado no dimensionamento da amostra bem como no método usado para a escolha dos elementos que devem
pertencer a amostra.

• PRINCÍPIOS BÁSICOS NA ESCOLHA DA AMOSTRA:


1. Quanto maior for a fracção de amostragem n/N, maior será a probabilidade de obtenção de uma amostra representativa
2. Se a população alvo tiver mais de 10.000 unidades estatísticas e a fracção de amostragem for de 0,1 (10%), a amostra terá uma probabilidade aceitável dai
então considerar-se a fracção de representativa.

• PROBLEMAS A RESOLVER MEDIANTE O ESTUDO DE UMA OU MAIS AMOSTRAS


1. Estimar os parâmetros da população a partir do conhecimento das estatísticas de uma amostra, as quais são:
1.1 Medidas Amostrais
✓ Média ( x )
✓ Desvio Padrão ( s )
✓ Coeficiente de Correlação (  )
✓ Proporção ( p )

1.2 Parâmetros Pupulacionais


✓ Média (  )
✓ Desvio Padrão (  )
✓ Coeficiente de Correlação (  )
✓ Proporção ( p )

2. Comparar os parâmetros populacionais conhecidos e, os respectivos escores amostrais.


3.Saber a partir de duas estatísticas de que as amostras correspondentes provém de uma mesma população.

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2. PROCESSOS OU MÉTODOS DE AMOSTRAGEM

2.1 Métodos de Amostragem Probablísticos (Aleatórios): Em cada unidade estatística têm uma certa probabilidade conhecida pertencente a amostra,a qual é diferente de
zero.
Métodos de amostragem probabilísticos
1. Amostragem aleatória simples sem e com reposição (*)(processo mais elementar e frequentemente usado)- A probabilidade de cada elemento pertencer a amostra
é a mesma para todos 1/N
2. Amostragem sistemática (*)( é uma variação da amostragem aleatória simples) - A população alvo é ordenada de modo que, cada elemento seja identificado pela posição.
A extracção do primeiro elemento é feita ao acaso e os restantes é feita mecanicamente mediante uma progressão aritmética de razão k
3.Amostragem estratificada (*) - (prática e vantajosa se N> 10.000) - A população alvo é dividida em grupos homogéneos denominados estratos e, cada unidade estatística
deve pertencer a um e um só estrato. Efectua-se o processo de amostragem em cada um dos estratos
4. Amostragem por conglomerados ( é uma variação da amostragem estratificada, é usada quando a construção da listagem dos elementos da população alvo é demorada
e acarreta custos elevados quase que proibitivos) - Consiste em dividir a população alvo em subgrupos que se excluem um a outro, sendo estes exaustivos de acordo com as
variáveis que caracterizam o universo e com aproximadamente o mesmo número de elementos.
5. Amostragem por estágio duplo ( é u ma extensão do conceito de amostragem por conglomerados, é usada quando o tamanho dos conglomerados é muito grande) -
Consiste em seleccionar no primeiro estágio uma amostra casual simples de conglomerados, no segundo estágio seleccionar uma amostra casual simples de unidades
estatísticas em cada conglomerado.
Exemplos de tratamento dos métodos de amostragem probabilísticos
1. Amostragem aleatória simples sem e com reposição (*)(processo mais elementar e frequentemente usado)- A probabilidade de cada elemento pertencer a amostra
é a mesma para todos 1/N
Exemplo “Amostragem aleatória simples sem e com reposição”: Seja dada uma população de 1.000 ( N=1000) , para seleccionar uma amostra de 20 elementos ( n= 20)
procede-se da seguinte maneira:

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Resolução:

1. Enumere os elementos da seguinte forma: 001;002;.......;999


2. Seleccione 20 números aleatórios a partir da tabela de números aleatórios ( fornecida abaixo), escolhendo um ponto de partida casualmente. Os números
abaixo foram extraídos do livro Fonseca , J.S. & G.A, Martins (1996), só para 03 algarismos significativos.

039 104 937 168 989 732 395 724 824 255
385 955 328 597 099 180 816 187 533 442

3. Os elementos da lista cujos números coincidem com esta série, serão seleccionados para formar a amostra.

NOTA:
• Este processo embora seguro, necessita de um domínio no uso de tabelas de números aleatórios.
• Processo usado frequentemente no sorteio de papelinhos que normalmente são baralhados num recipiente, no uso da roleta de lotaria, roleta giratória com números
fixos, etc

2. Amostragem sistemática (*)( é uma variação da amostragem aleatória simples) - A população alvo é ordenada de modo que, cada elemento seja identificado pela posição.
A extracção do primeiro elemento é feita ao acaso e os restantes é feita mecanicamente mediante uma progressão aritmética de razão k.
Procedimento:

• Determine K = int eiro( N ) - inteiro mais próximo.


n
• Sorteie um número x entre 1 e k . Os elementos da amostra serão os correspondentes aos números : x ; x + 1k ; x + 2k ; x + 3k ; .....etc

Exemplo”Amostragem sistemática”: Num determinado prédio sediado na cidade de Maputo existem 46 famílias. Um investigador sobre a situação social das famílias,
escolheu aquele prédio para inquirir 15 famílias. Usando um processo de amostragem sistemática, determine os números das flats que deverão ser inquiridas.

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Resolução”Amostragem sistemática”::

N= 46 ; n = 15 ; K = int eiro( N ) = (46


15) = 3,0
• - é a razão da progressão.
n
• Os números a sortear são 1 ; 2 ; 3 seja o número 2 o escolhido
• Substituindo – o na série x ; x + 1k ; x + 2k ; x + 3k ; .....etc, tendo em conta do tamanho da amostra n= 15, as flats que devem pertencer a amostra deverão ter os
números seguintes::
x1 = 2
x2 = 2 + 1 * 3 = 5
x3 = 8
x4 = 11
x5 = 14
x6 = 17
x7 = 20
x8 = 23
x9 = 26
x10 = 29
x11 = 32
x12 = 35
x13 = 38
x14 = 41
x15 = 44

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3. Amostragem estratificada (*)( Prática e vantajosa para populações grandes por exemplo mais de 10.000 unidades , onde a sua amostra deve representar pelo menos 10%
de 10.000 unidades i.é
(1.000)
Procedimento :

• Aqui, a população alvo é dividida em grupos homogéneos denominados de estratos e, cada unidade estatística deve pertencer a um e um só estrato. Seguidamente
usa –se o processo de amostragem aleatória em cada estrato.
• Este tipo de amostragem subdivide-se em:
✓ a (*) ) amostragem estratificada proporcional – Consiste em seleccionar no estrato uma quantidade de unidades proporcional ao tamanho do estrato na
população
✓ b) amostragem estratificada de fracção contínua – Para além da proporção exigida na primeira situação, os elementos extraídos devem guardar a
proporcionalidade em relação a minimização da variabilidade de cada estrato.

NOTA:

• As variáveis de estratificação mais comuns são encontradas nas modalidades tais como:
✓ Classe social;
✓ Idade;
✓ Sexo;
✓ Profissão; e
✓ Qualquer outro atributo relevante dentro da população.
• (*) Iremos tratar apenas o caso da amostragem estratificada proporcional

Exemplo “Amostragem estratificada”: Um estudo deve ser feito para se apurar o rendimento anual nas escolas moçambicanas. Para tal, o Ministério de Educação e Cultura,
tem uma população de 15.000 alunos distribuídos por 4 níveis de ensino segundo a tabela :

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Ensino Número de alunos

Primário 6.000

Secundário 4.000
Médio 3.000
Superior 2.000

Total 15.000
a) Determine a taxa ou fracção de amostragem
b) Determine, usando o processo de amostragem estratificada proporcional, o número de alunos que deverão ser extraídos em cada estrato de
ensino.

Resolução“Amostragem estratificada”:

a) f = (1500
15000) = 0,1
 f = 0,1*100 = 10%

b) O cálculo do número de elementos a seleccionar em cada estrato de ensino será feito com base na fórmula:

ni = f * N i ; A partir da qual se obtém:

n1 = 0,1* 6.000 = 600


n2 = 0,1* 4000 = 400
  (600 + 400 + 300 + 200) = 1.500 unidades na amostra.
n3 = 0,1* 3.000 = 300
n4 = 0,1* 2.000 = 200

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2.2 Métodos de amostragem não probabilísticos (não dirigida): A escolha dos elementos a pertencer a amostra não depende de alguma probabilidade. O método não
generaliza os resultados das pesquisas para a população alvo , pode apenas ajudar ao pesquisador na formulação de boas hipóteses em relação ao problema à investigar.

• Métodos de amostragem não probabilísticos:


1. Amostragem acidental (usada em pesquisas de opinião) - Consiste na escolha de elementos que são possíveis de obter até completar número de
elementos necessários para a amostra.
2. Amostragem intencional - Consiste na escolha intencional de um grupo de elementos com uma característica típica que irão compor a amostra
3. Amostragem por quotas (*)- Consiste em classificar a população abrangida por características relevantes, determinar proporções N1, N2, N3, …. NK
que constituem as partições da população abrangida segundo as suas características, calcular as quotas (ni) a seleccionar no grupo N para pertencer a
amostra
Nota: (*) = Métodos de amostragem a serem tratados

Exemplos de tratamento dos métodos de amostragem não probabilísticos

4.Amostragem por quotas (*)- Consiste em classificar a população abrangida por características relevantes, determinar proporções N1, N2, N3, …. NK que constituem as
partições da população abrangida segundo as suas características, calcular as quotas (ni) a seleccionar no grupo N para pertencer a amostra.

Fórmula de cálculo: qi = f i * Ni , onde f i = (n )


N
NOTA:

• Amostragem vantajosa pois, não necessita de uma base amostral mais rigorosa, é fácil de se aplicar, tem baixo custo e assegura uma representatividade dos
elementos de cada grupo populacional.
• Tem desvantagem porque necessita de informação exacta em cada passo e a selecção da amostra em cada grupo não é aleatória.

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Exemplo “.Amostragem por quotas”: Seja dada uma população com N = 1.000 unidades divididas em três grupos com N1 = 200 ; N 2 = 300 e N3 = 500 ,
respectivamente. Pretende-se extrair desta população uma amostra de tamanho 350. Encontre as quotas ou percentagens que devem ser tiradas em cada grupo.
Resolução” Amostragem por quotas”
Na tabela a proporção dos elementos no subgrupo populacional é igual à proporção nos grupos cuja soma formará o número das unidades na amostra ni = pi * n

Ni Qi Pi (%) pi (%) qi ni

(População) (Unidade da
amostral

N1 200 20 20 70 n1

N2 300 30 30 105 n2

N3 500 50 50 175 n3

N 100 100 100 350 n4

Q1 = N1 = 200
Seja N i = Qi ; N = 1.000 ; n = 350  f = ( n ) = (350 e Q2 = N 2 = 300
N 1.000) = 0,35
Q3 = N 3 = 500

n
Seja ni = qi e f = ( n , então: qi = * Ni  qi = f * N i
N) N
q1 = 0,35 * 200 = 70
 q2 = 0,35 * 300 = 105
q3 = 0,35 * 500 = 175

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3. DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DA AMOSTRA


O tamanho da amostra deve ser calculado mediante determinadas proporções estabelecidas estatisticamente ( vide Pág 13), não só para garantir a possibilidade de generalizar
os resultados, mas também para minimizar o tempo de recolha de dados, o custo , etc.

• FACTORES QUE DETERMINAM O TAMANHO DE UMA AMOSTRA

Finito se N  100.000unidades

1. O tamanho do universo ( finito ou infinito)


Infinito se N  100.000unidades

2. O nível de confiança estabelecido – área da curva normal que se pretende abranger

3. O erro de estimação permitido pelos orgãos controlo de qualidade da informação – erro de vieses [(ou de observação), erro de amostragem ( ou aleatórios)]

4. Proporção da característica pesquisada no universo – consiste em ter a estimativa do fenómeno a pesquisar em (%) da proporção.

4.TAMANHO DO UNIVERSO
Para a determinação do tamanho do universo , a que ter em conta se este é finito( N  100.000unidades) ou infinito ( N  100.000unidades).
Esta distinção é importante porque para cada caso usam-se fórmulas diferentes.
5. NÍVEL DE CONFIANÇA ESTABELECIDO
De acordo com as estatísticas realizadas e da teoria de probabilidades, qualquer distribuição obtida por uma amostra extraída de uma população normalmente distribuída, se
ajusta à lei normal, apresentando valores centrais mais elevados e valores extremos mais reduzidos.
Assim sendo, o nível de confiança é a área da curva normal que se pretende abranger.

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• Exemplo “Nível de confiança estabelecido” : Se pretender fazer inferências com 95% de segurança, abrange-se 95% da área total da curva normal.
Nível de Confiança ( ) Coeficiente de Confiança (Z )
(Desvios em relação à média)
(área da curva em %)

68,3 1,0  1,0 


95,0 1,96  1,96 
95,4 2,0  2,0 
99,0 2,57  2,57 
99,7 3,0  3,0 

NOTA: Em pesquisas sociais trabalha-se com 95% de nível de confiança( Pois, existe uma probabilidade de 95% em cada 100% de que qualquer resultado obtido da
amostra seja válido para o universo).
6.ERRO DE ESTIMAÇÃO
É necessário considerar os erros cometidos na obtenção das estatísticas amostrais quando se pretende generalizar os resultados.
Existem dois tipos de erros, numa estimativa baseada na teoria de amostragem:
a) Erros de Vieses ( ou de observação) – São aqueles que se relacionam com o estudo da amostra ( preparação inadequada da pesquisa,
dificuldade dos conceitos, má interpretação da informação, mau registo dos dados, etc). Podendo minimizar –se a operação se fôr bem planificada.
b) Erros de amostragem ( ou aleatórios) - São aqueles que se relacionam com a maneira como se obtêm a amostra e as possíveis relações entre
as estatísticas e os parâmetros populacionais.
𝜀 ≤ |𝜇 − 𝑥|
NOTA:

• Geralmente em pesquisas sociais não se aceita um erro maior que 6,0%;


• Como o tamanho da amostra depende do erro, este deve ser decidido antes;
• Para uma maior extracção deve-se diminuir o erro;
• Nas investigações do dia a dia trabalha-se com um erro entre 3,0%    5,0%

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DISTRIBUIÇÃO NORMAL

1

2,0

xi
3,0

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7 RELAÇÃO ENTRE A PROPORÇÃO E A CARACTERÍSTICA PESQUISADA

A proporção da característica pesquisada - consiste em ter uma estimativa prévia do fenómeno a pesquisar em (%) da proporção (P) na população.
✓ Se P > 50% - Significa que a situação é favorável para o estimador ( podendo – se ter uma amostra pequena).
✓ Se P = 50% - Significa que a situação é desfavorável para o estimador ( a amostra deve ser grande).
✓ Se P < 50% - Significa que a situação é muito desfavorável para o estimador ( Na amostra deve-se necessariamente incluir o maior número possível
de unidades do universo)

8. CÁLCULO DO TAMANHO DA AMOSTRA

Descrição Fórmula
SITUAÇÂO 1: 𝑍∗𝜎 2
Se a variável escolhida na população for intervalar , e a população 𝑛=( )
𝜀
considerada for infinita, o tamanho da amostra é determinada pela fórmula
seguinte Onde:
Z= Valor Crítico, obtido a partir de um nível de confiança:
= Desvio padrão da população
= Erro de estimação

SITUAÇÂO 2: 𝑍2 ∗ 𝜎 2 ∗ 𝑁
Se a variável escolhida na população for intervalar, e a população 𝑛=( )
𝜀 2 (𝑁 − 1) + 𝑧 2 ∗ 𝜎 2
considerada for finita, o tamanho da amostra é determinada pela fórmula Onde:
seguinte: Z= Valor Crítico, obtido a partir de um nível de confiança:
= Desvio padrão da população
N= Tamanho da população
= Erro de estimação

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8. CÁLCULO DO TAMANHO DA AMOSTRA

Descrição Fórmula
SITUAÇÂO 3: 𝑍2 ∗ 𝑃 ∗ 𝑞
Se a variável escolhida na população for nominal ou ordinal, e a população 𝑛 = ( )
𝜀2
considerada for infinita, o tamanho da amostra é determinada pela fórmula Onde:
seguinte: Z= Valor Crítico, obtido a partir de um nível de confiança:
p - proporção do fenómeno pesquisado na população, e será expressa em
percentagem ou decimais;
q =1 − p - expressa a proporção da característica não pesquisada na população.
 = Erro de es

SITUAÇÂO 4:
Se a variável escolhida na população for nominal, e a população 𝑍2 ∗ 𝑝 ∗ 𝑞 ∗ 𝑁
considerada for finita, o tamanho da amostra é determinada pela fórmula 𝑛=( )
𝜀 2 (𝑁 − 1) + 𝑧 2 ∗ 𝑝 ∗ 𝑞
seguinte: Onde:
Z= Valor Crítico, obtido a partir de um nível de confiança:
p - proporção do fenómeno pesquisado na população, e será expressa em
percentagem ou decimais;
q =1 − p - expressa a proporção da característica não pesquisada na população.
N= Tamanho da população
= Erro de estimação

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Exemplo SITUAÇÂO 1:
: Suponha que tenha sido escolhida a variável peso, de certa peça e que a população seja infinita. Pelas especificações do produto, o desvio padrão é de 10Kg. Admitindo –
se um nível de confiança de 95,44%, e um erro de estimativa amostral de 1,5 Kg, Calcule o tamanho da amostra:
RESOLUÇÃO:
Dados:
n − é infinito
 = 1,5
 = 10
2 ( z) = 0,9544
0,9544
 ( z) =
2
 ( z) = 0,4772  z = 2 ; ( vêr, Tabela de Distribuição Normal Padrão)
 Z * 
2
Substituindo na fórmula : n =   tem-se :
  
2
 2 *10 
n =   = 177,77  178  n = 178
 1,5 

NOTA: 95,44% corresponde a um nível de confiança de 0,9544 correspondente ao coeficiente de confiança (ou desvios em relação a média) de 2,0  2,0 daí, a
 0,9544
representação de 2 ( z) = 0,9544 onde para se obter o z, basta dividir   = 0,4772 , que corresponde na Tabela Tabela de Distribuição Normal Padrão a
 2 
0,4772
e z =2

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Exemplo SITUAÇÂO 2: : Tendo como base o exemplo anterior , suponha que a população seja finita de 700 peças. Calcule o tamanho da amostra
RESOLUÇÂO:

 Z 2 * 2 * N   2 2 *102 * 700 
n =  2 
2 
 n = 
   n = 144,4  n  144
2 
  ( N − 1) + z *    (1,5) * (700 − 1) + (2) * (10) 
2 2 2

EXEMPLO SITUAÇÂO 3:
: Um pesquisador, pretende saber “as atitudes dos estudantes universitários em relação a suas experiências pré –matrimoniais”, a proporção dos estudantes que apresentam
um lar satisfatório é de 50%. A pesquisa deve ser realizada a um nível de confiança de 99,7% e a um erro de 4%, qual deve ser o tamanho da amostra representativa se o
número de estudantes é mais de 100.000 unidades estatísticas?
RESOLUÇÂO:
Dados:
N − é infinito
p = q = 50%
 = 4%
 = 0,997
 0,997 
 2 ( z) = 0,997   ( z) =   = 0,49846  z = (2,9 + 0,06)  z = 2,96
 2 

(Vide Tabela 2 Pág 151 , cópias)


Substituindo os dados na fórmula:
𝑍2 ∗𝑃∗𝑞  (2,96) 2 * 50 * 50 
𝑛=( 𝜀2
) obtém – se n =   = 1.369  n = 1.369
 (4) 2 

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EXEMPLO SITUAÇÂO 4:
: Suponha que na pesquisa feita no exemplo anterior, o número de estudantes não ultrapasse a 50.000 unidade, e que além disso o pesquisador pretenda trabalhar apenas
com um nível de confiança de 95% e um erro de estimação de 4%. Qual deve ser o tamanho mínimo da amostra para que seja representativa? Considere 50% como sendo a
proporção dos estudantes com a característica pesquisada
RESOLUÇÂO

N = 50.000
p = q = 50%
 = 4%
 = 95%  2 ( z) = 0,95   ( z) = 
0,95 
 = 0,4750  z = (1,9 + 0,06) = 1,96  z = 1,96
 2 

𝑍2 ∗𝑝∗𝑞∗𝑁
Substituindo os dados na fórmula: 𝑛 = (𝜀2 (𝑁−1)+𝑧2 ∗𝑝∗𝑞)

 (1,96) 2 * 50 * 50 * 50.000 
n =  2   n = 593
 (4) * (50.000 − 1) + (1,96) * 50 * 50 
2

NOTA: Para alguns autores, 1,96 é arredondado para 2,0

EXERCÍCIOS

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