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Empreendedoras
no Brasil e no Mundo
Organizadores:
Camila Carvalho
Igor Gomes da Silva
Camila Carvalho
Igor Gomes da Silva
(Organizadores)
PERSPECTIVAS EMPREENDEDORAS
NO BRASIL E NO MUNDO
Curitiba – Brasil
2018
Copyright © 2018. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae.
Copyright © 2018. União Brasileira de Educação Católica – UBEC.
Editor-chefe: Railson Moura
Diagramação: Editora CRV
Capa: Gerência de Relacionamento e Comunicação da Universidade Católica de Brasília
Revisão: Os Autores e Profª. MsC. Luli Neri Riccetto
P426
Bibliografia
ISBN 978-85-444-2605-0
DOI 10.24824/978854442605.0
2018
Foi feito o depósito legal conf. Lei 10.994 de 14/12/2004
Proibida a reprodução parcial ou total desta obra sem autorização do Sebrae e da União
Brasileira de Educação Católica.
Todos os direitos desta edição reservados por Sebrae e UBEC.
Diretor da Escola de Gestão e Negócios: Prof. MsC. José Eduardo Pires Campos Júnior
Coordenadora do Projeto de Cooperação SEBRAE – UCB: Profª. MsC. Luli Neri Riccetto
APRESENTAÇÃO.......................................................................................... 11
Camila Carvalho
Igor Gomes da Silva
PREFÁCIO
EMPREENDEDORISMO QUE TRANSFORMA.......................................... 15
Heloisa Menezes
CAPÍTULO 1
O USO DO GEOMARKETING NA TOMADA DE DECISÕES
ESTRATÉGICAS NAS ORGANIZAÇÕES....................................................... 19
Eduardo Magalhães Guedes Ferreira
Camila Carvalho
Débora Ferreira
CAPÍTULO 2
NETFLIX: a importância do fator cultural nas estratégias
de marketing internacional.............................................................................. 43
Rozana Maria Ramos de Lima
Christian Philip Klein
CAPÍTULO 3
ESTRATÉGIAS DE TRADE MARKETING COMO FATOR DE
VANTAGEM COMPETITIVA NAS ORGANIZAÇÕES............................. 59
Suzana Tenório Nascimento França
Camila Carvalho
Igor Gomes da Silva
CAPÍTULO 4
GESTÃO INTEGRADA DE PROJETOS
EM NEGÓCIOS DIGITAIS............................................................................ 85
Keisse Caroline Lopes Brandão
Paulo Roberto Corrêa Leão
Igor Gomes da Silva
CAPÍTULO 5
O MUNDO DAS STARTUPS SOB A ÓTICA DA
GESTÃO DE PROJETOS........................................................................... 105
Michel Carmo Lopes
Paulo Roberto Corrêa Leão
Igor Gomes da Silva
CAPÍTULO 6
O SURGIMENTO DAS FINTECHS EM UM CONTEXTO
DE INSATISFAÇÃO COM O SISTEMA FINANCEIRO............................. 123
Thaysa Cardoso dos Santos
Camilla Sara Gonçalves Cunha
CAPÍTULO 8
O MODELO DE EMPREENDIMENTO SUSTENTÁVEL
DO PROGRAMA NEW VENTURES........................................................... 163
Soraya Barbosa Hara
Camilla Sara Gonçalves Cunha
CAPÍTULO 9
ANÁLISE DAS MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO DO
ICMS NO DISTRITO FEDERAL E OS EFEITOS PARA
AS EMPRESAS DO SETOR DE ALIMENTAÇÃO
ENQUADRADAS NO SIMPLES NACIONAL............................................. 187
Fernanda Bamberg Reinehr
Iane Vieira Silva
Marco Túlio Soares Santana
Luiz Fernando Rodrigues
CAPÍTULO 10
EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA NO CURSO DE
COMUNICAÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE BRASÍLIA............................................................................ 209
Harison dos Santos Peixoto
Sheila da Costa Oliveira
CAPÍTULO 11
COOPERATIVISMO EMPREENDEDOR:
análise histórico-comparativa entre o modelo cooperativo
de crédito brasileiro e o alemão.................................................................... 231
George Henrique de Moura Cunha
Leômany Vinck de Oliveira Carvalho
Michel Constantino
O Brasil se destaca no cenário global como um dos países com maior taxa
percentual de empreendedorismo do mundo. De acordo com pesquisa realizada
pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM) em 2015, o país lidera o ranking
global quando se avalia a porcentagem de adultos entre 18 e 64 anos de idade,
que possuem uma empresa ou estão envolvidos com a criação de um negócio
próprio. O índice de empreendedorismo brasileiro alcança 34,5% da população,
superando todos os países emergentes e desenvolvidos.
Neste sentido, em um país com enormes possibilidades de crescimento e
desenvolvimento socioeconômico pautadas pelas iniciativas empreendedoras,
é mister que as Instituições de Ensino Superior (IES) possuem grande res-
ponsabilidade neste processo, a fim de estimular a reflexão sobre a teoria e a
prática do empreendedorismo, bem como, apontar soluções para os desafios e
oportunidades do mercado brasileiro.
A Universidade Católica de Brasília (UCB) em parceria com o Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), iniciaram uma
parceria estratégica para estimular o ensino, a pesquisa e a extensão aplicada
aos cursos de graduação e pós-graduação Lato Sensu.
No que tange à pesquisa, foram realizadas inúmeras iniciativas institucio-
nais entre docentes, pesquisadores e estudantes; a fim de estimular a reflexão
acadêmica sobre temas pertinentes ao empreendedorismo em seu sentido mais
amplo e multidisciplinar.
Nesta linha de ação, instituiu-se o Projeto para Produção do Conhecimento
em Negócios (PCN), na qual previa a publicação de dois livros sobre as diferentes
abordagens do empreendedorismo, inovação e gestão de negócios. O primeiro foi
publicado em 2017, no qual discutiu-se sobre “Empreendedorismo e os desafios
de um mundo em transformação”. Dando continuidade ao projeto, o presente
livro apresenta as “Perspectivas Empreendedoras no Brasil e no Mundo”.
Este livro apresenta reflexões importantes sobre as práticas empreendedoras.
Em cada capítulo, vamos nos deparar com a originalidade do pensamento dos
autores, a profundidade das análises, a praticidade dos estudos de casos e as
reflexões críticas, desenvolvidas por estudantes e docentes da graduação e da
pós-graduação Lato Sensu da Universidade Católica de Brasília. O resultado
final é uma obra multifacetada que apresentará ao leitor as diversas nuances do
empreendedorismo, observadas do ponto de vista de várias áreas de atuação:
gestão, inovação, marketing, finanças, etc.
Visto o caráter multidisciplinar dos temas abordados, o livro foi organizado
em 3 seções:
12
Os organizadores:
Camila Carvalho
Igor Gomes da Silva
PREFÁCIO
EMPREENDEDORISMO
QUE TRANSFORMA
dimensões, de forma que ele possa contribuir com ideias para o mundo dos ne-
gócios e para o ambiente em que está inserido. Há o desejo de buscar mudanças,
reagir a elas e explorá-las como oportunidade de negócios. Soma-se a importância
do empresário se tornar empreendedor e ter seu próprio negócio. Nesse sentido, o
Sebrae atua para fortalecer a gestão dos pequenos negócios e torná-los competitivos.
Junto aos professores e alunos, o Sebrae atua para desenvolver potencialidades
por meio do Programa Nacional de Educação Empreendedora (PNEE), que busca
ampliar, promover e disseminar a educação empreendedora nas instituições de
ensino por meio da oferta de metodologias de empreendedorismo nos currículos,
visando consolidar a cultura empreendedora. Essas parcerias integram a estratégia
do Sebrae de fomentar a oferta de educação empreendedora no ensino formal, em
especial, no nível superior, e na prioridade institucional de promover a cultura do
empreendedorismo com a missão de desenvolver pessoas para o empoderamento,
com atitudes e mentalidade empreendedoras, de modo que possam encontrar
soluções para os mais diversos problemas.
Para disseminar a educação empreendedora no ensino superior, a ação do
Sebrae seleciona e apoia, técnica e financeiramente, propostas de parceria com IES.
E para apoiar todos os envolvidos – instituições de ensino e profissionais ligados
a essa temática, o Centro Sebrae de Referência em Educação Empreendedora
(CER) é um espaço virtual (www.cer.sebrae.com.br) dedicado à construção do
conhecimento sobre educação empreendedora e empreendedorismo. Entre outras
finalidades, o CER visa disseminar a educação empreendedora, bem como divulgar
a produção desse conhecimento em eventos especializados, no Brasil e no exterior.
No CER também estão disponíveis estudos e mapeamentos do comportamento
empreendedor, análises comparativas sobre o impacto da atitude empreendedora,
pesquisas, artigos, textos técnicos, livros e estudos de caso.
Sabemos por meio de pesquisa que ainda temos um longo caminho a percorrer
no sentido de envolver as instituições de ensino com a educação empreendedora.
Buscamos, assim, desenvolver, de maneira integrada, práticas inovadoras de ensino,
para estimular a cultura e o perfil empreendedores, por meio de reflexões sobre
empreendedorismo junto a estudantes e docentes, o ecossistema empreendedor
e o mercado. Mas, parceiras como esta – com Escola de Gestão e Negócios da
Universidade Católica de Brasília, que tornou viável a presente publicação, nos
entusiasmam e mostra que estamos no caminho certo para transformar realidades,
abrindo novos campos de atuação profissional no Brasil.
Heloisa Menezes
Diretora técnica do Sebrae
SEÇÃO I
EMPREENDEDORISMO SOB
A ÓTICA DO MARKETING
CAPÍTULO 1
O USO DO GEOMARKETING
NA TOMADA DE DECISÕES
ESTRATÉGICAS NAS ORGANIZAÇÕES
Introdução
Referencial teórico
Marketing
Geomarketing
tanto, Krek (2009) alerta que os dados demográficos e estatísticos devem ser
recolhidos em órgãos governamentais que divulgam para a população e que
são chanceladas por autoridades internacionais. No Brasil, o IBGE divulga
estudos e dados estatísticos de tempos em tempos.
Para realizar a segmentação de mercado, Tellez Valencia e Aguilar (2000)
afirmam que os dados estatísticos de órgãos governamentais são utilizados
para fazer a divisão espacial do mercado em sistemas e estruturas, para obter
dados de áreas homogêneas, conforme as variáveis disponíveis. Assim, é
possível realizar a análise de um grupo de consumidores de uma determinada
área, no qual se tem a dimensão do mercado foco e é possível ter a noção
do perfil socioeconômico dos consumidores. Os autores argumentam dois
tipos de conceitos: (1) macrogeográfica que desloca o consumidor devido as
grandes distâncias no qual está situado e (2) micro geográfica que localiza
concretamente o consumidor em um ponto específico.
A viabilidade do Geomarketing implica um conhecimento exato de
comportamentos de uma determinada área, para um determinado público-
-alvo e sua relação com os padrões espaciais subjacentes (BANOS, 2011).
O Geomarketing com o cruzamento de pesquisas revela as preferências do
consumidor. Do ponto de vista qualitativo, este tipo de informação permite
ajustar os serviços, tanto quanto possível para o público-alvo.
A internet e os softwares de SIG são meios de disseminação de infor-
mações no mundo. Neste sentido, Longley e Mateos Rodríguez (2005) de-
monstram que o avanço tecnológico estimulou a comercialização de produtos
segmentados e o marketing desenvolveu ferramentas para poder coletar, extrair
e manipular dados de tal forma que as classificações do Geomarketing puderam
absorver um amplo banco de dados digitais, tanto do setor público, quanto
do privado, sobre a estrutura dos lares, estilo de vida e padrões de consumo
em diferentes escalas geográficas.
Segundo Druck (2002), a incorporação das técnicas de geoestatística
nas análises de mercado permite a construção de modelagem espacial com
base na correlação de elementos considerados relevantes no território, com
resultados probabilísticos para a quantificação da ocorrência do fenômeno no
espaço geográfico. A utilização destes modelos quantitativos abre novas pers-
pectivas para as análises espaciais aplicadas a fenômenos socioeconômicos,
como por exemplo, o consumo.
Com o auxílio do Geomarketing, a equipe de marketing saberá o local
onde se concentram as pessoas com demografia similares, com estilo de vida
parecido e que possuem a mesma renda (ROIG-TIERNO et al., 2013). Neste
sentido, Longley e Mateos Rodríguez (2005) afirmam que os softwares SIG
e técnicas de Geomarketing permitem antecipar e mudar prioridades e pre-
ferências das comunidades e suas segmentações. De acordo com Gouveia
(2013) há maior propensão de o consumidor ter um comportamento conforme
26
o local no qual vive, demonstrando assim que as empresas devem ter rotas de
distribuição para atender o cliente e satisfazê-lo cada vez mais.
Neste contexto, vale destacar também a crescente utilização de internet
móvel. Os aparelhos com maior grau tecnológico permitem obter a informação
do posicionamento global do usuário. Com isso, podem-se utilizar aplicativos
com mapas digitais e traçar rotas percorridas ou rotas a percorrerem para
diminuir o tempo de locomoção. Assim, podem-se coletar dados para fazer a
segmentação de mercado e saber onde está localizado o cliente ideal para o
produto (CARDOSO, 2011).
Costa e Silva (2018) destacam que a crescente utilização de aparelhos
Smartphones, principalmente no mercado Brasileiro, com a utilização de GPS,
permite que as empresas monitorem a experiência do consumidor em suas
redes sociais, verifiquem se o consumo foi individual ou em grupo e como a
reação do networking do consumidor aconteceu nas redes sociais.
No âmbito de mercado, a utilização de variáveis geográficas no processo
decisório é especialmente importante. Os aspectos e atributos relacionados
à localização são críticos para a maior parte das atividades comerciais e de
prestação de serviços. Nestes casos, uma boa localização pode representar
uma grande variação no volume de negócios e ser determinante para o sucesso
ou o fracasso de um empreendimento (Masano, 2003).
Isso reforça a importância estratégica das análises espaciais para a tomada
de decisão de negócios. Porém, Buchanan e Estall (1976) afirmam que ainda
são poucos os empreendedores que, ao procurar uma localização para os seus
negócios, procedem a uma investigação acurada.
Com isso, percebe-se que a utilização de um Sistema de Informação Geo-
gráfica (SIG) é uma ferramenta de tomada de decisão das empresas que visam à
expansão ou inserção de marca no mercado brasileiro. Dessa forma, as empresas
podem verificar onde está localizado o cluster de consumo e mitigar gastos com
projetos sem o prévio estudo de mercado com a utilização de Geomarketing.
MapInfo Professional1
MapInfo MapBasic2
ArcGIS (ESRI)3
2 MAPINFO. Map Basic v7. 8: User Guide. 2004. Disponível em: <http://ees2.geo.rpi.edu/gis/docs78/
mb_ug.pdf>. Acesso em: 07 ago. 2016.
3 ESRI. Imagem ESRI: oficial distribuidor. Disponível em: <http://www.img.com.br>. Acesso em: 03
Abr. 2018.
28
OnMaps4
Metodologia
Coleta de Dados
Tratamento de Dados
Resultados
Para análise dos dados, foi realizada uma pesquisa exploratória com
os profissionais de Brasília, Distrito Federal, Brasil, que estão relacionados
diretamente com marketing e área comercial. No questionário foi verificado
o perfil do entrevistado, começando por gênero, faixa etária, escolaridade,
área e cargo de atuação na empresa no qual trabalha. Ao todo, foram 40
entrevistados, sendo 55% do gênero feminino e 44% do gênero masculino.
Sobre a área de atuação em marketing e/ou gestão comercial e o cargo ocu-
pado, 32,5% dos profissionais entrevistados possuem o cargo de analista, 20,0%
possuem cargo de assistente, 15,0% possuem cargo de coordenador e 13% pos-
suem cargo de gerente. Isso evidencia que os profissionais entrevistados podem
levar soluções de Geomarketing para seus superiores e também utilizarem tais
conceitos para alavancar as vendas, conforme apresentado na tabela 1.
PERSPECTIVAS EMPREENDEDORAS NO BRASIL E NO MUNDO 31
Masculino Feminino
Cargo Total
Sim Não Sim Não
Assistente 7,5% 2,5% 2,5% 7,5% 20,0%
Analista 12,5% 5,0% 7,5% 7,5% 32,5%
Coordenador 2,5% 2,5% 5,0% 5,0% 15,0%
Gerente 2,5% 2,5% 7,5% 0,0% 12,5%
Diretor 2,5% 0,0% 0,0% 0,0% 2,5%
Outros 0,0% 5,0% 5,0% 7,5% 17,5%
Total 27,5% 17,5% 27,5% 27,5% 100,0%
Fonte: Elaborado pelo autor.
A partir desse ponto, será analisada apenas a amostra que afirmou co-
nhecer o conceito de Geomarketing. Os profissionais puderam responder de
32
Vantagem
Análise
Otimizar Melhor
Profissionais o esforço tomada Enfrentar a Expandir do perfil e Direcionamento Análise de Planejamento
localização de Marketing e mercado e e gestão de
da equipe de concorrência mercado
do expansão de risco vendas
de vendas decisão
consumidor
Pouco Muito
Nível de Conhecimento Insatisfatório Satisfatório Excelente
Satisfatório Satisfatório
Conhecimento teórico
7,7% 53,8% 23,1% 15,4% 0,0%
sobre Geomarketing
Estratégias de Geomarketing 0,0% 53,8% 30,8% 15,4% 0,0%
Ferramentas e Softwares 15,4% 46,2% 38,5% 0,0% 0,0%
Integração de dados/Mapas 30,8% 61,5% 0,0% 7,7% 0,0%
Implementação de programas
15,4% 61,5% 23,1% 0,0% 0,0%
de Geomarketing
Aplicação prática nas
7,7% 53,8% 7,7% 30,8% 0,0%
organizações
Estudos e casos de sucesso 7,7% 53,8% 15,4% 23,1% 0,0%
Fonte: Elaborado pelo autor.
Softwares Utilização
MapInfo Professional 0,0%
MapInfo Basic 0,0%
ArcView (ESRI) 0,0%
ArcGIS (ESRI) 0,0%
OnMaps (Geofusion) 0,0%
Outros 100%
Fonte: Elaborado pelo autor.
Novos Produtos/
53,8% 7,7% 7,7% 30,8% 0,0% 0,0%
Serviços
Direcionamento de
53,8% 7,7% 7,7% 15,4% 0,0% 15,4%
Marketing
Estratégico
Análise de
Tendências e
53,8% 7,7% 0,0% 23,1% 7,7% 7,7%
Potencial de
Mercado
Análise da
53,8% 7,7% 7,7% 15,4% 7,7% 7,7%
Concorrência
Localização de
23,1% 15,4% 0,0% 46,2% 7,7% 7,7%
Clientes
Contato com
23,1% 30,8% 23,1% 15,4% 7,7% 0,0%
Fornecedores
Operacional
Definição de
23,1% 23,1% 0,0% 30, 8% 15,4% 7,7%
Metas
Direcionamento da
23,1% 15,4% 23,1% 15,4% 7,7% 15,4%
equipe de Vendas
Definição de
30,8% 23,1% 0,0% 46,2% 0,0% 0,0%
Logística
Fonte: Elaborado pelo autor.
PERSPECTIVAS EMPREENDEDORAS NO BRASIL E NO MUNDO 37
Considerações finais
Estima-se que 85% dos bancos de dados das empresas contêm algum tipo
de informação geográfica como endereços de ruas, cidades, estados, códigos
postais, ou até mesmo números de telefone com códigos de área. O mape-
amento em softwares de informações geográficas pode auxiliar o processo
de tomada de decisão através de todas essas informações geradas, utilizando
os componentes geográficos em seus dados para exibir os resultados em um
mapa. Isso permite a visualização de padrões e cruzamentos de informações
de forma rápida e fácil.
Entretanto, esta pesquisa demonstra que os profissionais de marketing
do Distrito Federal não têm conhecimento técnico avançado para realizar as
análises de Geomarketing e desconhecem os softwares existentes no mer-
cado. Dessa forma, as empresas que queiram investir em ferramentas para
o seu planejamento estratégico devem analisar as possibilidades existentes
no mercado e investir em capacitação do recurso humano, pois mesmo que
os profissionais de marketing do Distrito Federal tenham conhecimento de
Geomarketing, estes demonstraram não ter o conhecimento das ferramentas
existentes no mercado.
Diante do exposto no presente trabalho o objetivo foi alcançado ao
verificar o grau de conhecimento dos profissionais acerca da ferramenta de
Geomarketing. Também, foi possível verificar o perfil dos profissionais entre-
vistados no Distrito Federal que trabalham de alguma forma com técnicas ou
conceitos de Geomarketing, bem como avaliar de que forma esta ferramenta
é utilizada no planejamento estratégico e operacional das organizações.
Sendo assim, da amostra da pesquisa que afirmou conhecer o Geomarke-
ting, os analistas produzem relatórios para o auxílio da tomada de decisão, os
coordenadores dão as diretrizes para a equipe informar seus superiores e os
gerentes que tem a autonomia para a tomada de decisão. Contudo, percebe-se
que os profissionais têm pouco contato sobre conceito e ferramentas de Geoma-
rketing durante os cursos de graduação e/ou especialização, o que faz com que
eles busquem conhecimentos a partir da literatura ou por serem autodidatas.
Por fim, mesmo sem o conhecimento adequado dos profissionais das fer-
ramentas de Geomarketing, este é demandado pelos profissionais para realizar
análises de viabilidade de metas, em ações de marketing e reposicionamento
de marca, produto e/ou serviços. Também, mesmo sem um conhecimento
aprofundado do Geomarketing, conforme demonstrou à pesquisa, os profis-
sionais entrevistados reconhecem a importância do Geomarketing como uma
ferramenta de apoio para a tomada das decisões estratégicas e operacionais
nas organizações.
38
REFERÊNCIAS
ARANHA, Francisco. Sistema de Informação Geográfica: uma arma estraté-
gica para o Database Marketing. Revista de Administração de Empresas,
São Paulo, v. 36, n. 2, p. 12-16 abr/jun, 1996. Disponível em: <http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75901996000200003&ln
g=en&nrm=iso>. Acesso em: 08 jun. 2016.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo,
SP: Atlas, 2010.
KUAN, Fu-Yung et al. Using RPC Block Adjustment models for the ac-
curacy of environmental research, cartography and geomarketing: a new
concept of cartography. Berlin, 2012.
40
RICHERS, Raimar. Marketing: uma visão brasileira. São Paulo: Elsevier, 2000.
Introdução
Metodologia
[...] o principal não está no conteúdo dos meios, mas no fato de as pessoas
estarem a eles ligados como bens de consumo. A preocupação com o que
a televisão, o cinema, o rádio e agora, os computadores veiculam, deveria
ser muito menor do que a preocupação com o fato de que as pessoas se
sentem obrigadas a passar seu tempo livre em sua companhia (RÜDIGER,
1999, p. 142).
No que tange ao marketing de hoje ele “deve ser entendido como uma
forma de entender o cliente e satisfazer suas necessidades e desejos” (KOTLER;
ARMSTRONG, 1999, p. 4), isto é, desenvolvendo as estratégias de marketing
que melhor se apliquem na inserção do produto no mercado almejado.
A adaptação de um ou mais países envolve uma série de compostos,
levando em consideração as diferenças de cultura, hábitos, costumes, religião
e nacionalidade dos diferentes públicos-alvo (VACCARI, 2011). Hofstede
PERSPECTIVAS EMPREENDEDORAS NO BRASIL E NO MUNDO 51
1. Distância de poder;
2. Individualismo versus Coletivismo;
3. Masculinidade versus Feminilidade;
4. Fuga das incertezas;
5. Orientação de longo prazo versus orientação de curto prazo.
[...] está relacionada ao grau com o qual membros de uma sociedade ficam
incomodados com situações mal definidas, desestruturadas e ambíguas.
Algumas culturas exibem fortemente sua posição em relação à fuga da
incerteza com um comportamento agressivo e intolerante (VACCARI,
2011, p. 575).
Considerações finais
fazendo com que haja uma unificação das culturas por meio da utilização
do mesmo produto.
Portanto, em empresas da nova economia, a homogeneização dos gostos
e necessidades é mais fácil de ser alcançado, como é o caso da aceitação dos
youtubers10 sendo importante a padronização das estratégias que beneficie o
consumidor e a empresa, mas levando em consideração as possíveis adapta-
ções culturais.
Com assinantes pelo mundo todo, o serviço de streaming da Netflix
desperta dois tipos de sentimentos: o interesse e o aceite dos consumidores
para com os produtos e sua facilidade de acesso, e do outro lado à fúria de
canais e serviços de TV por assinatura, que encaram a concorrência como
algo ameaçador, uma vez que a Netflix é capaz de mudar a indústria cultural,
unificando diferentes pessoas a partir de um único gosto.
10 Pessoas de diferentes perfis que criam canais no site Youtube e disponibiliza entretenimento, diversão,
tutoriais, vídeo aula, entre outros.
54
REFERÊNCIAS
ACUFF, Frank L. Como negociar qualquer coisa com qualquer pessoa em
qualquer lugar do mundo. 2. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2004.
KEEGAN, W. Marketing Global. 7. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
Introdução
Metodologia
social que dirige o fluxo econômico de bens e serviços dos produtores aos
consumidores de maneira que iguale eficazmente a oferta e a demanda,
e realize os objetivos da sociedade (MCCARTHY; PERREAULT, 1997
apud ALVAREZ, 2010, p. 15).
Entre os quatro P’s, o preço é um dos itens mais observados, tanto pelo
fabricante/canais de venda, quanto pelo consumidor, pois este se tornou um
item diferenciador na busca pela fidelização de novos consumidores. Para
Arbache (2004), o preço difere dos outros três elementos do marketing mix,
já que este gera receita e os demais proporcionam lucros. Consequentemente,
as empresas tentam arduamente elevar seus preços até onde o nível de dife-
renciação permite.
A implementação do marketing incide sob o processo de transformar o
plano de marketing organizacional em ações que cumpram com os objetivos
traçados nesse processo do planejamento, as estratégias de marketing são as
ações em práticas, ou seja, os elementos que serão definidos e utilizados para
alcançar as metas desenhadas e desejadas pela empresa. Já as estratégias de
trade marketing são os meios que resultam na operação, na adequação da
estratégia, na estruturação da empresa para melhor atender as necessidades
dos canais de venda com um único objetivo: o de conquistar o cliente final
no ponto de venda.
Partindo da compreensão quanto à necessidade de reforçar a integração
entre marketing e trade marketing, cabe agora descrever as ações desempe-
nhadas pelo trade marketing quanto ao conceito e à sua relevância para as
organizações. Portanto, alinhando essa compreensão com as estratégias de
marketing, o sucesso desejado pela organização e desenhado pelos departa-
mentos estratégicos será mais facilmente alcançado.
13 Dados extraídos de Samsung e Sony: estratégia empresarial e gestão do conhecimento em duas empre-
sas líderes, de autoria de Polizelli, SA em: <http://docplayer.com.br/683521-Samsung-e-sony-estrategia-
-empresarial-e-gestao-do-conhecimento-em-duas-empresas-lideres.html>. Acesso em: 20 abr. 2013.
14 Dados extraídos de Marketing de Vendas-PepsiCo, de Rodrigo Pedrali Godoi e Ivanildo Schiochetti Junior, p. 69
a 70, SA em: <http://docplayer.com.br/19134429-Marketing-de-vendas-pepsico.html>. Acesso em: 21 abr. 2013.
PERSPECTIVAS EMPREENDEDORAS NO BRASIL E NO MUNDO 77
Considerações finais
REFERÊNCIAS
ALVAREZ, Francisco Javier Sebastian Mendizabal. A aplicação das vari-
áveis do trade marketing mix nas empresas de produtos de consumo no
Brasil: um estudo da frequência de aplicação, 2006. Disponível em: <http://
www.anpad.org.br/ema/2006/dwn/ema2006-mktc-137.pdf>. Acesso em: 28
fev. 2015.
Introdução
Fundamentação teórica
Metodologia da pesquisa
Em seu sentido mais geral, método é a ordem que se deve impor aos dife-
rentes processos necessários para atingir um certo fim ou resultado desejado.
94
Resultados da pesquisa
Fonte: Autores.
96
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
PERSPECTIVAS EMPREENDEDORAS NO BRASIL E NO MUNDO 97
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
98
Fonte: Autores.
Conclusão
e articulação com outros atores na cadeia do projeto. Para que esses desafios
sejam revertidos em oportunidade de crescimento, é necessário que cada
empreendedor aplique a metodologia do PMI em seus negócios, adaptando
cada um à sua realidade, utilizando os recursos disponíveis, valendo-se das
experiências anteriores e buscando novas fontes de conhecimento em ges-
tão, como cursos de especialização e treinamentos, sejam eles on-line ou
presenciais, cooperando assim, para que as respostas negativas encontradas
no questionamento possam ser minimizadas.
Com o objetivo de cumprir o último objetivo específico citado na intro-
dução deste artigo, foi desenvolvida uma ferramenta, que ajuda os empreen-
dedores digitais a definirem o roteiro do planejamento da Integração de seus
projetos seguindo o modelo proposto pelo PMI. Conclui-se assim, que para
melhorar o gerenciamento, é viável a utilização de ferramentas on-line que
possam facilitar a distribuição de tarefas com prováveis colaboradores. Isso
é possível pois os entrevistados estão familiarizados com o ambiente web e
confirmaram em sua maioria que para um projeto ser considerado de sucesso
ele deve ser planejado do início ao fim.
102
REFERÊNCIAS
BARROS, A. J.; LEHFELD, N. A. Fundamentos de metodologia cientí-
fica. 3. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
em: <https://nacoesunidas.org/brasil-e-o-quarto-pais-com-mais-usuarios-de-
-internet-do-mundo-diz-relatorio-da-onu/>. Acesso em: 20 mar. 2018.
Introdução
Referencial teórico
Gerenciamento de projetos
A ISO 21500 traz uma definição bem extensa sobre projetos, mas pode-
mos focar em um núcleo que classifica o projeto como “um conjunto único de
processos que consiste em atividades coordenadas e controladas com datas de
início e fim, empreendidas para atingir os objetivos”. Uma das características
de projetos que não pode ser esquecida é de que ao término dos processos e
esforços de desenvolvimento, ele trará um produto como resultado.
O Gerenciamento de Projetos, portanto, é a aplicação de conhecimentos,
habilidades e técnicas para a execução de projetos de forma efetiva e eficaz.
Trata-se de uma competência estratégica para organizações, permitindo
com que elas unam os resultados dos projetos com os objetivos do negó-
cio – e, assim, melhor competir em seus mercados (PMI BRASIL, 2018).
Metodologia de pesquisa
Instrumentos e procedimentos
Universo e amostra
Resultados da pesquisa
Conclusão
REFERÊNCIAS
COSTA, Ana Paula. Planejar projetos com o uso da metodologia PMC. Te-
choje: vantagens competitivas. InfoMoney, 22 nov. 2015. Disponível em:
<http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/1964>.
Acesso em: 06 out. 2017.
GITAHY, Yuri. Afinal, o que é uma startup? Exame.com, São Paulo. Entre-
vista concedida à Revista Exame, a Daniela Moreira. Publicado em 3 fev. 2016.
Disponível em: <https://exame.abril.com.br/pme/o-que-e-uma-startup/>.
Acesso em: 03 set. 2017.
Introdução
16 “A inovação disruptiva traz soluções mais eficientes através de novos mercados e modelos de negó-
cios, ocasionando uma ruptura com o modelo antigo e alterando as bases de competições existen-
tes” (CÂNDIDO, 2011, p. 6).
124
Globalização e tecnologia
Segundo Castells (1999), para que uma nação obtenha bons índices
socioeconômicos, leva-se em consideração diversos fatores, como: a produti-
vidade, a inovação tecnológica, a criação de rede e a globalização. Os Estados
Unidos (EUA) e Reino Unido (UK) são considerados nações bem-sucedidas,
que possuem ecossistemas de inicialização tecnológica que superam outras
economias no mundo (GENOME, 2017).
E dentro dessa revolução tecnológica há uma nova economia, a qual
torna algumas nações mais inclusivas e outras menos. O grau de envolvimento
varia de acordo com a abertura das instituições, as políticas e os regulamentos
(CASTELLS, 1999). Sendo assim, a globalização e a tecnologia “não devem ser
vistas como um processo homogêneo, que levaria à expansão e à uniformização
em todas as nações e sociedades” (RODRIGUES; OLIVEIRA; FREITAS,
2001, p. 98), pois cada uma delas possuem suas limitações e especificidades.
E dentro dessas limitações em uma “modernidade inerentemente globa-
lizante” (GIDDENS, 1991, p. 60) a nova economia por meio da tecnologia
traz consigo “inovações de serviços/produtos, métodos e técnicas aplicadas
ao empreendedorismo e à economia” (UBALDO NETO, 2014, p. 13).
Empreendedorismo e a internacionalização
Born global
21%
12%
64%
Eficiência Meios: refinar a proposta do produto, revisar os UXs, encontrar canais para conquistar os clientes.
21 Pontuação de desempenho baseada nos índices do Global Financial Centre Index (2016), Doing
Business (2017) e Global Innovation Index (2016) quanto mais próximo de 0, quer dizer que o país é
mais propício para o crescimento das fintechs (DELOITTE, 2017).
134
Conclusão
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Cleusimar Cardoso Alves et al. Globalização e Desigualdade
Social nos Aspectos Econômicos, Políticos, Sociais e Culturais. Revista
Pesquisa & Debate, São Paulo, v. 26, n. 2, p. 151-168, set. 2015. Disponível
em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/rpe/article/viewFile/23052/17601>.
Acesso em: 13 ago. 2017.
CORDEIRO, Terry; WEEVERS, Ivo. Design não é mais uma opção – Expe-
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Janeiro: Alta Books, 2017. Cap. 2. p. 34-37. Tradução por Samantha Batista.
LEE, In. Fintech: Ecosystem and Business Models. Advanced Science And
Technology Letters, Macomb, v. 142, n. 1, p. 57-62, 23 dez. 2016. Sci-
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MENAT, Rébecca. Por que estamos tão Animados com FinTech. In: CHISHTI,
Susanne; BARBERIS, Janos. A Revolução FinTech: o manual das startups
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Cap. 1. p. 10-12.
PHILIPPON, Thomas. Has the U.S. Finance Industry Become Less Effi-
cient?: On the Theory and Measurement of Financial Intermediation. 2014.
Disponível em: <http://pages.stern.nyu.edu/~tphilipp/papers/Finance_Effi-
ciency.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2017.
PRADO, José. Crise total: o cenário perfeito para o fenômeno Fintech. 2016.
Publicada pela Conexão FinTech. Disponível em: <http://conexaofintech.com.
br/fintech/crise-o-cenario-perfeito-para-fintech/>. Acesso em: 12 ago. 2017.
Introdução
(2007) “as principais razões que levam a maioria dos negócios ao fracasso
são a falta de planejamento, o desconhecimento do mercado e a ausência de
metas a serem atingidas”.
Como consequência desses fatores, este trabalho tem como objetivo,
identificar os modelos de gestão utilizados por micro e pequenas revendedoras
de automóveis seminovos, segundo o seu tempo de existência. Além do fator
tempo, são focos desse estudo as variáveis formação acadêmica do gestor e o
tipo de constituição acionária. Como objetivo específico esta pesquisa buscou
identificar se há um modelo de gestão que predomine entre as empresas para
que haja melhor atuação no segmento, evidenciando também as diferenças
de atuação das empresas familiares quando comparadas às demais.
Como base teórica, foram levantados autores e organizações como, por
exemplo, o SEBRAE, IBGE, SANTOS E FRANÇA, DORNELAS, entre
outros que deram suporte para melhor definir assuntos e características como,
modelo de gestão, no qual Santos e França (2007) trazem conceitos e no-
menclaturas que diferem de Chiavenato (2009), em que apesar de diferentes
posições, as definições de modelos de gestão estão vinculadas ao período
vivenciado. Foram pesquisados também assuntos que trazem definições de
micro e pequenas empresas enquadradas respectivamente de acordo com seu
porte, com embasamento jurídico, também diferenciado de definições esta-
belecidas por organizações como IBGE, juntamente ao Sebrae, que trazem
além da definição jurídica, outras definições para fins bancários e etc. Outra
definição teórica importante se refere à variável composição gerencial, sendo
retratadas empresas familiares e não familiares.
Gestão Tradicional
Gestão Moderna
trabalho. Foi a partir daí que os gestores passaram a buscar mais a eficiência
na organização, sendo elaborados novos estudos empresariais como, por
exemplo, estudos do sentimento e da relação humana.
Quanto ao ponto de vista da liderança, ambos os autores trazem como
características: Um foco humanístico no qual a preocupação com as pessoas
supriu a preocupação com a máquina, sendo agora visto o “homem social”,
passa a ter confiança nas pessoas; autonomia do colaborador; as pessoas são
enfatizadas, delegação plena de autoridade, dinâmica grupal e interpessoal.
Gestão Contemporânea
Após esse período, no qual foi estabelecida a dita gestão moderna, segundo
Santos e França (2007), em 1960, surge um novo conceito de gestão, conhecido
como gestão contemporânea, gestão essa que traz como característica uma
organização composta por diversos subsistemas na qual interagem entre si.
Esse novo conceito traz uma revolução sistêmica nos modelos de orga-
nização e passa a ser referência em todos os conceitos e modelos utilizados,
pois, além das características já citadas, vale ressaltar que esse conceito traz
interação com os ambientes internos e externos. Devido ao fato da pressão
sistêmica interna e externa é que entre 1960 a 1980 esse modelo de gestão
é definido, e é a partir dele que a opinião do cliente passa ser considerada,
influenciando a tomada de decisões por produtos ofertados na empresa.
Fischer (2002), afirma que nesse novo modelo sistêmico, os clientes
passam a exercer um papel mais ativo em relação às organizações. Em relação
à pesquisa, podemos afirmar que o modelo de gestão referido se caracteriza
em um modelo sistêmico e comportamental que foca as pessoas atreladas
ao ambiente organizacional, valendo ressaltar que a organização passa a ter
perfil aberto na qual interage com o meio, característica esta revolucionária
no momento.
Chiavenato (2004) define tal modelo por nome de planejamento estra-
tégico, no qual afirma ter surgido por volta da década de 60, que através de
metodologias propostas pelo professor Igor Ansoff, traz como característica
a interação da organização com seu ambiente.
A partir desta, torna-se possível ocorrer uma variância de acordo com
alinhamento de seus objetivos.
Referem-se também nesse estudo que a empresa passa a englobar de
forma significativa questões políticas, estratégicas e funcionais dentro do meio.
Philip Kotler (1975) conceitua que o planejamento estratégico se trata
de uma metodologia gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida
pela organização, visando um maior grau de interação com o ambiente.
150
Gestão Atual
Ressaltado que esta classificação traz a definição apenas para fins ban-
cários, ações de tecnologia, exportação e outros, havendo a ressalva de que
esse critério não possui fundamentação legal.
Para fins legais vale o previsto na Lei 123 de 14 de dezembro de 2006, na
qual define a classificação da empresa quanto à questão da receita bruta anual.
Lodi (1993, p. 6), diz que “a empresa familiar é aquela em que a consi-
deração da sucessão da diretoria está ligada ao fator hereditário”, ou seja, é
necessário que os herdeiros estejam sempre na liderança para conservar os
valores e sempre levar o nome da empresa adiante.
Já o Sebrae (2013), juntamente com a PWC (2014) indica que não é so-
mente o fator hereditário que caracteriza uma empresa como familiar. Faz-se
necessário que os principais cargos tomadores de gestão da empresa, sejam
geridos por membros da família proprietária, na qual os mesmos devam ter total
poder sobre o negócio, possuir um mínimo de capital social da organização,
juntamente com direitos legais para interferir na administração da mesma.
Dentre as empresas consideradas familiares, de acordo com o Sebrae
(2013) podemos classificar seus modelos de gestão em: modelo tradicional,
híbrido e influência familiar.
O modelo de gestão familiar tradicional, segundo o Sebrae (2013) é um
modelo sistêmico mais fechado, no qual a família possui total domínio sobre
os negócios da empresa, deixando os colaboradores com pouca transparên-
cia repassada a eles. Ou seja, correlacionado às gestões anteriores estudadas
podemos comparar esse modelo de gestão a abordagem clássica.
Já o modelo de gestão híbrida, é um modelo de companhia aberta que
traz como perfil uma maior transparência quanto à tomada de decisões, na
qual a família ainda possui o controle de liderança e decisões, porém a gestão
é constituída também com profissionais não proprietários da organização. Ou
seja, correlacionado às gestões anteriores, podemos comparar essa gestão à
abordagem moderna.
Por fim, podemos caracterizar como influência familiar, aquela gestão na
qual as ações estão em poder no mercado, mas mantendo ainda uma influência
estratégica familiar quanto à tomada de decisões. Em grau comparativo, po-
demos correlacionar esse modelo de gestão a abordagem contemporânea, na
qual a empresa possui mercado aberto, possuindo influência interna e externa
para tomada de decisões.
(GIL, 2008, p. 42), sendo necessário identificar e descrever quais são os mo-
delos de gestão utilizados por essas revendas de automóveis de acordo com
seu perfil, sendo avaliados seus gestores quanto a sua formação acadêmica e o
perfil da empresa de acordo com sua estrutura e seu período de funcionamento.
Quanto às técnicas, foram utilizadas a bibliográfica, para fundamentar as
teorias e ferramentas utilizadas pelos gestores, e pesquisa de campo, aplicada
junto aos empreendedores e colaboradores onde se identificou seus modelos
de gestão. Como constructo analítico, esse estudo se baseou nas distinções
de modelos de gestão elaboradas por Santos e França (2007), que distinguem
tais conceitos em:
Resultados e discussões
Este dado nos revela que somente pela formação escolar não é possível
haver uma atualização quanto aos processos de gestão. Por exemplo, no caso
de empresas familiares, Donelley (apud LODI, 1978, p. 6) diz que “a empresa
familiar é aquela em que a consideração da sucessão da diretoria está ligada
ao fator hereditário”. Muitas vezes o gestor atuante possui maior formação
escolar, porém seu modelo ainda carrega fortes influências de seus antecessores.
Conclusão
REFERÊNCIAS
BARBOZA, L. F.; COSTA, S. R. Modelos de Gestão e modelos de re-
ferência. Disponível em: <http://www.convibra.com.br/upload/pa-
per/2012/39/2012_39_4866.pdf>. Acesso em: 17 set. 2016.
Introdução
24 É definido como o desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem
comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazerem suas próprias necessidades
(ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2017).
164
25 Agenda intitulada: Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para Desenvolvimento Sustentável.
26 Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e
trabalho decente para todos, (AGENDA, 2030, p. 15).
27 Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a
inovação. (AGENDA, 2030, p. 15).
28 Assegurar padrões de produção e de consumo sustentável (AGENDA, 2030, p. 15).
29 Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável
PERSPECTIVAS EMPREENDEDORAS NO BRASIL E NO MUNDO 165
31 O portfólio New Ventures Brasil é um documento com a coleção de trabalhos já realizados pelo
programa, bem como informações acerca de suas atividades e empresas participantes do programa.
PERSPECTIVAS EMPREENDEDORAS NO BRASIL E NO MUNDO 175
que fabrica adesivos especiais e trabalha com uma vasta linha de produtos
para atender mercados específicos.
Em linha com a Adespec (2009), a sustentabilidade e preocupação com
o meio ambiente é uma característica chave da empresa, e atenta para o
desempenho dos seus produtos com a responsabilidade socioambiental. Foi
também a única empresa de selantes convidada a participar da conferência
Rio+20. Sua atuação está na fabricação de polímeros adesivos, massas e
vedantes a base de água e não corrosivos. Segundo dados de seu website, os
adesivos possuem alto desempenho, resistência a altas e baixas temperaturas,
ultravioleta e umidade. Possuem também alta flexibilidade, força de tração e
coesão para colar e vedar qualquer tipo de substrato.
Outra empresa de destaque do portfólio é a Dry Wash, pioneira e deten-
tora de original tecnologia em lavagem de carro sem a utilização de água.
Segundo os dados apresentados no portfólio, ela atua no México, Portugal,
Austrália, e possui 50 unidades no Brasil e 2 novas unidades na Índia.
A sustentabilidade está nos produtos utilizados, que são 100% ecológicos e
preservam em média 320 litros de água para cada carro lavado, deixando de
gerar a mesma quantidade em resíduos ao meio ambiente. Além disso, ainda
afirmam fazer o uso da carnaúba orgânica, que permite a remoção completa
de resíduos sem uso de produtos químicos. É importante ressaltar que a
utilização de produtos que substituem a utilização de água é extremamente
válida e positiva, visto a alarmante situação de escassez e racionamento em
algumas regiões do Brasil.
Em 2008, de acordo com o portfólio NVB (2011), o Grupo Orsa comprou
participações em outra empresa do portfólio NVB: a Ouro Verde Amazônia,
o investimento foi em cerca de um milhão e meio de reais. Ela foi criada em
2002 e, segundo a empresa Ouro Verde Amazônia (2012), o foco inicial era o
processamento da castanha brasileira e a finalidade de promover a coleta da
castanha por parte de comunidades tradicionais, proporcionando uma renda
adequada para tais comunidades através da prática do comércio justo.
A Ouro Verde Amazônia possui produtos high end à base de castanha
do Pará com promoção do uso sustentável da terra e proteção à floresta Ama-
zônica, em parceria com comunidades da Amazônia para coleta responsável
com o logo “árvore não é plantada, nem cortada”. Ademais, possuem cerca
de 1,3 milhões de hectares de floresta amazônicas mantidos sob gestão.
O cuidado com a preservação da floresta Amazônica é essencial, visto que
ela é um dos grandes tesouros nacionais e abriga uma vasta riqueza de fauna
e flora. No entanto, o desmatamento ainda é, infelizmente, um dos maiores
problemas ambientais do Brasil, e grande parte dele ocorre na Floresta
Amazônica. De acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
PERSPECTIVAS EMPREENDEDORAS NO BRASIL E NO MUNDO 177
• Tecverde32
• Neutralize Carbono33
Conclusão
REFERÊNCIAS
ACCIÓN VERDE. Los retos de Colombia para conservar sus bosques.
Disponível em: <http://www.accionverde.co/site-esp/agenda-global/> Acesso
em: 01 abr. 2018.
Introdução
Referencial teórico
continua...
PERSPECTIVAS EMPREENDEDORAS NO BRASIL E NO MUNDO 195
continuação
EXEMPLO DE COMPRA FEITA POR UM VAREJISTA DO DF COM UM
FORNECEDOR DE SP (PRODUTO SUJEITO A ST)
Para Oliveira (2016, p. 3), esse regime tem como objetivo unificar o
recolhimento de tributos de nível federal, estadual e municipal (ISSQN, PIS,
COFINS, IRPJ, CSLL, IPI, ICMS e CPP) por meio do Documento de Arre-
cadação do Simples Nacional (DAS).
O valor devido mensalmente pelos optantes do Simples Nacional é
calculado mediante análise do enquadramento da tabela do anexo I da Lei
Complementar Nº 123¹, de 14 de dezembro de 2006, que aponta para alíquotas
específicas baseadas na Receita Bruta dos últimos doze meses ou proporcional,
caso a empresa tenha iniciado sua atividade no exercício corrente.
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
Metodologia
Cobrança de Diferencial de Lei n° 1.254/1996, Art. 6-D. não sujeita A Lei 5.558/2015 altera a Lei nº 1.254/1996
alíquotas nas operações ao regime de pagamento antecipado e dispõe quanto ao ICMS e decreta:
interestaduais do imposto adquirida por contribuinte Art. 20-A. É devido ao Distrito Federal
optante pelo Simples Nacional, o imposto correspondente à diferença
instituído pela Lei complementar entre a alíquota interna e a interestadual,
Federal n°123/2006, o valor da nas operações com mercadoria
operação na unidade federada de proveniente de outra unidade federada
origem, em relação à diferença da destinadas a contribuinte do imposto
alíquota interna e interestadual. estabelecido no Distrito Federal optante
pelo Simples Nacional, instituído pela Lei
complementar Federal n°123/2006
continuação
Efeitos na arrecadação
Resultados
REFERÊNCIAS
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 6. ed. Rio de
Janeiro, 2012.
Introdução
34 Essa metodologia foi escolhida devido ao fato de que o autor do artigo é estudante do Curso de Publici-
dade e Propaganda da UCB, e que o orientador atua em ambos os cursos que foram objeto da pesquisa.
210
Definição de empreendedorismo
A raiz da palavra tem cerca de 800 anos, derivado do verbo francês entre-
prendre o qual significa fazer algo ou empreender. O significado etimológico
é representado pela soma do entre, do latim inter, que designa espaço que
vai de um lugar a outro, ação mútua, reciprocidade e interação, além do
pendre, do latim prehendere, que significa tomar posse, utilizar, empregar,
tomar atitude (MARINO; CERICATO; MELO, 2007, p. 35).
Diante disso, podemos afirmar que há sim uma importância muito grande
do empreendedorismo e da inovação dentro da área da comunicação, pois,
mesmo que o profissional da área não esteja interessado em abrir e administrar
o seu próprio empreendimento, as características e habilidades empreendedoras
serão muito importantes para o sucesso profissional em qualquer ambiente de
trabalho, por isso a importância de as universidades prepararem os seus alunos
não somente para que eles considerem a possibilidade de abrir o próprio ne-
gócio, mas para que desenvolvam as habilidades e características comumente
atribuídas ao empreendedorismo, de modo a aplicá-las em qualquer ambiente
profissional no qual estejam inseridos.
35 Com esse resultado podemos analisar dois fenômenos importantes. O primeiro tem relação com a
população de Brasília, que é em sua maioria mulheres (52,19% da população), e o segundo, que
também tem relação com o primeiro, que mostra que a taxa de pessoas do sexo feminino nos cursos
de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Brasília também é maior do
que a taxa de pessoas do sexo masculino.
PERSPECTIVAS EMPREENDEDORAS NO BRASIL E NO MUNDO 219
Conclusão
REFERÊNCIAS
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL. Universidade Católica de Brasília
(Org.). Projeto Pedagógico do Curso de Comunicação Social da Univer-
sidade Católica de Brasília. 2010. Disponível em: <https://www.ucb.br/
sites/000/1/PDF/2015/PPD/PPCComunicaAAoSocialJornalismoePubleProp.
pdf>. Acesso em: 16 nov. 2016.
Introdução
O caso brasileiro
O caso alemão
Bancos
Bancos Pontos de Empréstimos
Cooperativos / Associados Ativos (em reais)
Centrais Atendimento (em reais)
Cooperativas
DZ Bank 900 12.000 14.400.000 547 bilhões 271 bilhões
WGZ Bank 204 2.403 2.600.000 127 bilhões 49 bilhões
Total 1.104 14.403 17.000.000 674 bilhões 320 bilhões
Conclusões
Após apresentação dos dados nos itens anteriores, chega-se à tabela com-
parativa abaixo, onde se podem observar os números referentes ao cooperati-
vismo de crédito brasileiro e alemão, que serão interpretados posteriormente.
Bancos Bancos
Pontos de Ativos Empréstimos
País Cooperativos Cooperativos / Associados
Atendimento (em reais) (em reais)
Centrais Cooperativas
BRASIL 2 970 4.123 4.902.919 66,7 bilhões 38,9 bilhões
ALEMANHA 2 1.104 14.403 17.000.000 674 bilhões 320 bilhões
Fonte: Portal do Cooperativismo de Crédito (adaptado).
Cooperativismo de Crédito
14.403
4.123
970 1.104
BRASIL ALEMANHA
Cooperativismo de Crédito
674
320
66,7 38,9
ATIVOS EMPRÉSTIMOS
BRASIL ALEMANHA
REFERÊNCIAS
BRASIL. Banco Central do Brasil. Disponível em: <http://www.bcb.gov.
br/pre/composicao/coopcred.asp>. Acesso em: 20 out. 2016.
Camila Carvalho
Mestre em Transporte pela Universidade de Brasília, pós-graduada em Trans-
porte e Logística pela University of Miami e em Educação a Distância pela
Universidade Católica de Brasília. Graduada em Turismo pela Universidade
Federal de Ouro Preto. Atua como professora e consultora nas áreas de trans-
porte, logística e empreendedorismo. E-mail: camilaufop@gmail.com
Débora Ferreira
Pesquisadora na área de Gestão de Riscos e Desastres. Mestre em Planeja-
mento Territorial e Desenvolvimento Socioambiental pela Universidade do
Estado de Santa Catarina. Graduada em Turismo pela Universidade Federal
de Ouro Preto.
Michel Constantino
Professor da Universidade Católica Dom Bosco e Doutor em Economia.